Índios - Trabalho

download Índios - Trabalho

of 9

Transcript of Índios - Trabalho

  • 7/22/2019 ndios - Trabalho

    1/9

    POVOS INDGENAS DO BRASIL

    A parte de cada um est com o respectivo nome. Sim EM PRIMEIRA PESSOA. Ento,tentem aprender a fala, da forma que est escrita, usando Nossa, Ns e coisas do

    gnero que te incluem no texto. Qualquer dvida, s perguntar.

    Origem: (WALRIA)No Perodo Colonial, houve muita discusso sobre a nossa origem: uns acreditavam

    que ermos descendentes das tribos perdidas de Israel, outros duvidavam at de quefossemos humanos. Em 1537, o papa Paulo III proclamou a nossa humanidade na BulaVeritas Ipsa. Hoje j se conhece mais sobre as nossas origens de povoamento da Amrica:supe-se que ns os amerndios, somos provenientes da sia, entre 14 mil e 12 mil anos

    atrs.Teramos chegado por via terrestre atravs de um "subcontinente" chamado Berngia,

    localizado na regio do estreito de Bering, no extremo nordeste da sia. Os antroplogosadmitem em geral que tratvamos de povos de origem monglica (mongis siberianos),que povoavam o continente americano desde o Canad at a Terra do Fogo. As nossasaparentes diferenas de cor da pele e de estatura corporal podem muito bem serexplicadas pelo ambiente em que vivemos e ao regime alimentar que adotamos. Assim,nosso povo protegido pelas densas florestas conservava- se mais claro do que os doscerrados, mais expostos ao sol, e os que se alimentaram de caa se desenvolveram

    fisicamente mais do que os que s tinham peixe por dieta.

    Lngua e vocabulrio: (Bruna)Nosso povo possui diversas lnguas e estas esto divididas em troncos lingusticos sendo

    as principais delas: Tupi ou Macro Tupi (encontrada principalmente no litoral brasileiro),Macro-J, Aruak, Lnguas no classificadas (tribos que vivem isoladas, e at mesmodialetos derivados de outra lngua), Lnguas extintas (falantes que aderiram ao portugus,sendo totalmente esquecida).

    Havia mais de 200 lnguas no nosso Brasil, quando fomos descobertos. Em meados de1700 trs de cada quatro brasileiros falavam tupi. A lngua portuguesa ganhou um coloridoespecial, por causa do contato com o tupi e se distanciou muito do portugus falado emPortugal. O tupi tambm sofreu influncia do portugus e as palavras se tornaram maissimples, desaparecendo muitos sons guturais e nasais.

    A lngua indgena, principalmente o tupi, por ser a mais falada ao longo da costaatlntica, pelos tupinambs, exerceu forte influncia no vocabulrio dos brasileiros. Nageografia brasileira tambm predominam nomes nativos, como por exemplo: arara (avegrande), piranha (peixe dentudo), Tiet (rio verdadeiro), Iguatemi (pequena enseada derio). Algumas expresses tambm so de origem indgena: Chega de nhenhenhm

  • 7/22/2019 ndios - Trabalho

    2/9

    (nhem=fala), No deixe a peteca cair (peteca=bater com as mos). Outros exemplos

    so: Arapuca: armadilha para aves; Caju: ano, pois o tempo era contado porfrutificaes dessa planta; Canoa: embarcao a remo, esculpida no tronco de umarvore; Capenga: pessoa coxa, manca; Catapora: o fogo interno, febre eruptiva,

    erupo; Gamb: a barriga oca; Guri: bagre jovem; Ipanema: lugar fedorento; Ipiranga:rio vermelho; Jacar: sinuoso, com curvas; Jaboti: aquele que tem muito flego; Oi:saudao tupi; Perereca: andar aos saltos; Xar: tirado do meu nome.

    Os termos que criamos aparecem em: nomes de utenslios, objetos, comidas,crendices, seres fantsticos, molstias, fenmenos naturais, nomes de lugares, nomes depessoas e outros nomes prprios, espcimes da fauna e da flora, frases feitas e aindatermos de uso geral.

    Religio: (LARISSA)No fcil definir o nosso sistema religioso no Brasil, primeiro porque tratamos de vrios povos, com culturas

    diversas, segundo porque, devido grande movimentao que passamos e pelo vastoterritrio brasileiro, nossos costumes e, portanto, tambm a nossa religio sofreu contnuase profundas modificaes atravs do tempo. As crenas religiosas e supersties tinhamum importante papel dentro da cultura indgena.

    Ns somos fetichistas: temamos ao mesmo tempo um bom DeusTupe um espritomaligno, tenebroso, vingativo Anhang. Algumas das nossas tribos pareciam evoluir

    para a astrolatria, embora no possussem templos, e adorvamos o Sol (Guaraci medos viventes) e a Lua (Jacinossa me). O culto aos mortos era coisa rudimentar.

    Ns, originrios das Amricas, fomos submetidos ao aculturamento e tivemos queestrategicamente fazer a fuso religiosa com a europeia, a fim de assegurar parte dacultura dos nossos antepassados. Ns Tupinamb de Olivena, secularmenteparticipvamos da celebrao crist do 7 domingo, aps a Pscoa, em memria adescida do Esprito Santo sobre os apstolos e acompanhvamos ao toque de caixas, querepresentava o sincretismo tupinamb, pois os nossos antepassados utilizavam as batidasde tambores, nos rituais religiosos, nas guerras, e em comemoraes.

    Resumindo, podemos dizer que ns, que povoamos o Brasil antes do advento dosportugueses, no chegamos a um conceito claro da divindade, menos ainda a cultuarpublicamente um deus nico, mas certamente fomos monotestas, na figura de um SerSuperior.

    Mitos:

    Diversas das nossas lendas se tornaram populares entre no - ndios, enriquecendo os

    folclores regionais Geralmente cada povo indgena tem seus mitos de origem, de como seupovo veio a ser. So os mitos cosmognicos. Esses mitos, transmitidos oralmente, de

  • 7/22/2019 ndios - Trabalho

    3/9

    gerao a gerao, so muito importantes na formao do indivduo social, pois fornecemcoeso simblica percepo do indivduo como parte de um corpo social, reforandosua identidade tnica. Desde tempos imemoriais, os mitos descrevem eventos que se dono nosso mundo, e a floresta o elemento concreto, visvel e tangvel desse mundo.

    Tup(THIAGO) o autor do trovo e dos relmpagos, sendo o criador do raio, tal onipresena celesteconfere a este um poder significativo na mitologia Tupinamb. Jaci (BRENDA)a formosa deusa Jaci, a Lua, a Rainha da Noite que traz suavidade e encanto para a vidados homens. No incio de todas as coisas, Tup criou o infinito cheio de beleza e perfeio.Povoou de seres luminosos o vasto cu e as alturas celestes, onde est seu reino. Criouento, a formosa deusa Jaci, a Lua, para ser a Rainha da Noite e trazer suavidade e

    encanto para a vida dos homens. Mais tarde, ele mesmo sucumbe ao seu feitio e a tomacomo esposa. Jaci era irm de Iara, a deusa dos lagos serenos. Guaraci ou Quaraci(LUCIANO)Na mitologia tupi-guarani a representao ou deidade do Sol, s vezes compreendidocomo aquele que d a vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o sol importantenos processos biolgicos. Tambm conhecido como Coaraci. identificado com o deushindu Brahma e com o egpcio Osris.

    Msica: (WALRIA)A nossa msica, a msica indgena brasileira parte do vasto universo cultural dos

    vrios povos que habitaram e habitam o Brasil. Sendo uma das atividades culturais maisimportantes na nossa socializao, a msica polimorfa e de enorme variedade,tornando impossvel um detalhamento extenso no escopo de um nico artigo.

    Nossa tradio musical no um objeto de antiqurio como se pensa por ai; algovivo e sempre em mutao, sendo constantemente praticada e renovada. A maioria dens associa a msica ao universo transcendente e mgico, sendo empregada em todosos rituais religiosos. A msica indgena ligada desde suas origens imemoriais a mitosfundadores e usada com finalidades de socializao, culto, ligao com os ancestrais,exorcismo, magia e cura. H msicas e instrumentos exclusivos dos homens, outros s demulheres, ou melodias cantadas apenas em certo rito ou com uma funo especfica. Emdiversas etnias existe um ciclo de rituais de grande importncia relacionados s flautassagradas, sendo realizados apenas por homens e com um instrumental cuja viso vedada s mulheres.

    A nossa cultura basicamente oral, nela a msica uma extenso da fala, e seuslimites s vezes so sutis e imprecisos. Um discurso pode acabar em canto, ou o inverso.

  • 7/22/2019 ndios - Trabalho

    4/9

    Dentre as espcies vocais, existem subdivises de acordo com o objetivo de cadacano.

    Danas: (MICAELY)A dana, poderosa linguagem universal, um meio de expresso importante desdepocas remotas, assim como a msica. Criados em contato ntimo com a natureza emmeio a florestas exuberantes, rios caudalosos, fauna e flora ricas e diversificadas ns,somos impregnados pelos seus mistrios. Nos rituais e crenas, a dana e a msica tm umpapel fundamental e uma grande influncia na sua vida social. Danamos para celebrar

    atos, fatos e feitos relativos vida e aos costumes. Danamos enquanto preparam aguerra; quando voltamos dela; para celebrar um cacique, safras, o amadurecimento defrutas, uma boa pescaria; para assinalar a puberdade de adolescentes ou homenagear osmortos em rituais fnebres; espantar doenas, epidemias e outros flagelos. As danasindgenas podem ser realizadas por um nico individuo ou em grupo. As mulheres noparticipam de danas sagradas, executadas pelos pajs ou grupos de homens. Soutilizados, ainda, smbolos mgicos, totens, amuletos, imagens e diversos instrumentosmusicais e guerreiros em danas religiosas, dependendo do objetivo da cerimnia. Emalgumas delas muitos usam mscaras, denominadas domins, que lhes cobrem o corpo

    todo e lhes servem de disfarce

    Instrumentos Musicais: (LUCIANO)

    Associada ao universo transcendente e mgico, a msica para a maioria de ns utilizada em rituais religiosos, socializao, ligao com ancestrais, magia e cura. Estpresente em festas comemorativas, sazonais, guerreiras, ritos de passagem econgraamento entre as tribos. Uma parte essencial dessa msica so os instrumentos quea produzem. Cada tribo possui seus instrumentos, que so utilizados de maneiras diferentespor diversas comunidades. Apesar de confeccionados basicamente com os mesmosmateriais, apresentam particularidades, distinguindo-se entre si pela aparncia,complementos, pormenores, estrutura e ornamentao, que refletem caractersticasprprias das culturas a que esto ligados. Os instrumentos indgenas, do ponto de vista dasua utilidade, podem servir para a comunicao ou para funes propriamente musicais.Dessa forma, a obteno do som entre os ndios uma mensagem sonoro-musicaldestinada a diversos fins.

    Instrumentos de Caa (Bruno)

  • 7/22/2019 ndios - Trabalho

    5/9

    Arco e flecha: Usvamos muito esse instrumento como arma de guerra e de caa. Namaioria das tribos indgenas brasileiras, o arco feito do caule de uma palmeirachamada tucum, de cor escura, muito encontrada prxima aos rios. A flecha feita deuma espcie de bambu, chamada taquaral ou caninha.

    O tacape, tambm chamado de borduna, palavra de origem indgena que significa"arma valente na guerra". semelhante a uma pequena espada, com um metro decomprimento, de madeira dura, pintado de preto ou vermelho.

    Lana:Arma menos difundida que as anteriores, mas ainda assim de uso generalizado.Pode ser dividida em trs tipos distintos: as azagaias, as lanas de uso a p e as de uso acavalo. Frisamos que as lanas a cavalo no so propriamente pr-histricas, j queelas s foram empregadas aps a chegada do Europeu e da difuso do cavalo comoanimal de montaria, pois este no era como ns, nativo das Amricas.

    Alimentao: (ISABELA)No descobrimento do Brasil: No primeiro contato que teve conosco os ndios tupiniquins, nolitoral sul da Bahia, Pedro lvares Cabral apresentou a dois deles, no dia 24 de abril de 1500,os alimentos que trazia em suas naus: carneiro, galinha, po de trigo, peixe cozido,confeito, fartis, vinho, mel e figos passados. Experimentamos, mas no gostamos de nada,afinal no estavam acostumados com aquele tipo de comida.

    A antropofagia praticada por alguns grupos tribais do Brasil revestia-se de carter

    exclusivamente ritual. As notcias fornecidas pelos cronistas do sculo XVI do conta de suaimportncia na nossa organizao social como fator indispensvel aos ritos de nominaoe iniciao. O alemo

    O adversrio capturado vivo era conduzido aldeia dos vencedores e ali mantidoprisioneiro durante um perodo no qual todas as honras e privilgios lhe eram concedidos:era designado uma mulher para lhe fazer companhia e os melhores alimentos eramcolocados a sua disposio. A execuo, com violento golpe de borduna, cabia a quem ohouvesse capturado, podendo ser por este transferido a algum merecedor de tal

    obsquio, em sinal de agradecimento ou homenagem. Dessa forma, acreditavam que, aocomer a carne de um inimigo guerreiro, iriam assim adquirir o seu poder, seusconhecimentos e as suas qualidades. Com a vinda dos missionrios jesutas, esses costumesforam fortemente combatidos, por serem incompatveis com os valores e padres dasociedade europeia.

    Hoje:Existem mais de 200 grupos indgenas diferentes no Brasil. Cada um deles cultiva seushbitos alimentares. Cada grupo tem suas preferncias na gastronomia. Alguns grupos tmna mandioca a base de sua alimentao, outros preferem o milho. Os Caiap gostam decomer a carne de caas gordas, como antas e jabotis. J os ndios do Alto Xingudesprezam a carne de animais de cho e preferem comer peixes e macacos. Outros

  • 7/22/2019 ndios - Trabalho

    6/9

    grupos usam diversos insetos e larvas em sua alimentao cotidiana. Podemos dizer que aalimentao indgena natural, pois eles consomem alimentos retirados diretamente danatureza. Desta forma, conseguem obter alimentos isentos de agrotxicos ou de outrosprodutos qumicos. Nossa alimentao saudvel e rica em vitaminas, sais minerais e

    outros nutrientes. Somada a uma intensa atividade fsica, a alimentao indgenaproporciona aos integrantes da tribo uma vida saudvel. Logo, podemos observar nasaldeias isoladas (sem contatos com o homem branco), indivduos fortes, saudveis e felizes.Obesidade, estresse, depresso e outros males encontrados facilmente nas grandescidades passam longe das tribos. Numa aldeia indgena, o preparo dos alimentos deresponsabilidade das mulheres. Aos homens, cabe a funo de caar e pescar.

    PEDRO:Os principais alimentos consumidos por ns so: as frutas, as verduras, os legumes,as razes, a carne de animais caados na floresta (capivara, porco-do-mato, macaco etc),

    os peixes, alguns cereais e as castanhas. Dentre os pratos tpicos da culinria indgenapodemos destacar: Tapioca (espcie de po fino feito com fcula de mandioca), piro(caldo grosso feito de farinha de mandioca e caldo de peixe), pipoca e o beiju (espciede bolo de formato enrolado feito com massa de farinha de mandioca fina).

    Chs e plantas medicinais: (WALRIA E FLVIO)

    Arruda (Folha): Serve para dor de cabea, enxaquecas e clicach- Babosa (Caule): Serve para gripe, inflamao, gastrite, queimaduras, queda decabelo e cicatrizao.

    Boldo (Folhas): Para comida que faz mal, m digesto (dor de barriga)ch- Cajueiro (Cascas, folhas, fruto): Serve para anemia, inflamao e tosse. Capim- santo (Folhas): Indicado para dor de cabea, calmante e casos de diabetes.

    ch- Mamona (folha): Serve para dor de cabea. Colnia (Folha): Serve para dor no corao.ch - Graviola (Folhas e casca): Serve para emagrecer, fortalecer o sangue, dor nos ossos

    e dor de cabea.Obs. (Para emagrecer o ch folha, e para dores faz o ch dacasca).

    Imburana de espinho (Casca): Serve para diarreia, para abrir o apetite e tambmpara curar ferimentos.

    Malva Santa (Folhas): Serve para vrias doenas, inclusive inflamao. infuso- P de Guaran, usado como tnico estomquico, estimulante, contra distrbios

    gastro-intestinais, diarrias. Ativa as Funes cerebrais e combate a arteriosclerose, asnevralgias e as enxaquecas, detm as hemorragias atua como calmante para o

    corao. leo de Andiroba, potente cicatrizante, anti-inflamatrio.

  • 7/22/2019 ndios - Trabalho

    7/9

    Saracura-mir, energtico, usado no tratamento de cansao fsico, sexual, insnia,nervosismo, falta de memria.

    Casca de Assacu, usado no combate s inflamaes em geral, ulceraes, tumores.

    Bebidas: (ISABELA)Cauim: uma bebida alcolica tradicional nossa desde tempos pr-colombianos, feita

    atravs da fermentao da mandioca ou do milho. No caso dos Patax o cauim tambm chamadode alu. A matria-prima a mandioca, que ralada, amolecida emgua durante alguns dias (pubada), cozida, triturada e recozida para a fermentao. Abebida resultante opaca e densa e tem gosto azedo; ela pode ser misturada com vriasfrutas e com caldo de cana. O cauim pode ser consumido no cotidiano por uma ou duaspessoas, mas mais comumente consumido em festas com dezenas ou centenas de

    pessoas, frequentemente de duas ou mais aldeias. Atualmente, contudo, produz-se cadavez menos o cauim devido ao processo demorado e trabalhoso de feitura da bebida.

    Vestimentas: (BRENDA)Temos um jeito bem caracterstico de se vestir e se enfeitar. Penas na cabea, saias,

    pinturas corporais e colares esto entre os adornos que os prprios ndios confeccionam eutilizam no dia-a-dia.

    Nosso visual sempre tem um sentido dentro do contexto da cultura indgena. Existemalgumas vestimentas e enfeites prprios para cerimnias religiosas e rituais. As vestimentas eadornos variam de tribo para tribo, mas todos os ndios contam com enfeites e acessriosespeciais para celebraes de casamentos, nascimentos, mortes e cerimnias religiosas.Nossos adornos tm significado e valor cultural. At mesmo as cores so importantes nessecontexto. A nossa vestimenta sofre influncia da natureza e das estaes do ano. Duranteo inverno, podemos utilizar uma bata para protegermo-nos do frio. De uma forma geral,vestimos levando em considerao o tempo, os fenmenos da natureza e as celebraes.

    Adereos (Amanda)Mais do que meros adereos, os artefatos plumrios so smbolos usados em rituais e

    cerimnias e podem representar mensagens sobre sexo, idade, filiao (cl), posiosocial, importncia cerimonial, cargo poltico ou grau de prestgio dos seus portadores.De 15 a 26 de abril, a UFRJ exps alguns destes enfeites plumrios feitos por ns como objetivo de difundir a arte indgena e quebrar o senso comum sobre estes adereos.

    Diferente do que se pensa, eles no servem apenas para enfeitar o corpo, mas tambm

    para a confeco de armas, instrumentos musicais e at mscaras. No Brasil, existem doisgrupos de estilos plumrios: um deles o monumental, que apresenta longas penas

  • 7/22/2019 ndios - Trabalho

    8/9

    associadas a suportes rgidos e o outro o delicado, que agrupa pequenas penas emsuportes flexveis.

    A exposio apresenta os diferentes tipos da arte que uma das mais antigas de nossacultura e apesar de pequena, a mostra tem uma riqueza visual muito grande, com enorme

    variedade de cores e ornamentos de beleza singular. A partir desta pequenaapresentao, percebe-se que os nossos tesouros so penas e plumas, que devidamentetrabalhadas, constituem-se em verdadeiras joias raras.

    Brincadeiras: (WALRIA E ISABELA) A CORRIDA DO SACI: Trace uma linha na terra ou na areia para definir o local de

    largada e outra, a uns 100 metros de distncia, para definir a meta a ser atingida. Oparticipante dever correr em um s p, sem poder trocar durante a corrida. Quemconseguir ultrapassar a linha da meta ou chegar mais longe o vencedor.

    O GAVIO E OS PASSARINHOS:O participante que props a brincadeira ganha o papelde gavio. O gavio desenha na areia uma grande rvore, cheia de galhos. As demaiscrianas so os passarinhos. Cada uma delas escolhe um galho e senta-se l. Depois detodos acomodados em seus galhos, o gavio sai caa dos passarinhos, que deverosair de seus ninhos batendo os ps no cho e cantando para provocar o bicho, que vaiavanando lentamente. J bem perto do grupo, o predador d um pulo em direoaos pssaros, que devero fazer vrias manobras para distra-lo. Quando um dospassarinhos for capturado, ele dever ficar em um refgio escolhido pelo gavio.Ganha a brincadeira o ltimo participante capturado.

    PEIXE PACU: Um participante escolhido para ser o pescador, enquanto os demaisdevero formar uma fila que dever se mexer feito uma serpente. O pescador corre aolongo da fila para tentar tocar o ltimo jogador com uma vara ou um pedao de pau,que representa a vara de pescar, evitando ser impedindo pelos outros jogadores.

    MARIMBONDO: brincadeira na areia em que se separam dois grupos, sendo um demeninas e outro de meninos. As meninas brincam de casinha, fazendo beiju enquantoos meninos constroem na areia uma casa de marimbondo. Em seguida, as meninas

  • 7/22/2019 ndios - Trabalho

    9/9

    percebem a existncia da casa de marimbondos e tentam destru-la. Ao faz-lo saemcorrendo com os meninos em sua perseguio para pic-las. Depois de um tempo osgrupos se revezam. (na figura)

    ONDE EST O FOGO?:brincadeira na areia da praia. Cava-se um buraco que caiba ummenino dentro e um tnel de comunicao com este buraco de forma a que umacriana seja totalmente encoberta pela areia dentro do buraco e possa respirar pelotubo. Em seguida uma criana pergunta pelo tubo: onde est o fogo? A criana queest no buraco tem que dar indicaes como direita, esquerda, atrs. At que ascrianas aceitam a direo e a criana encoberta pela areia possa sair do buraco.

    LUTA NA GUA:uma criana fica de p no ombro de outra, sendo que duas duplas decrianas participam da brincadeira. As crianas que esto em cima se do as mos etentam derrubar o adversrio. Vence quem consegue ficar sem cair.

    Hbitos e Costumes: (VYCTRIA E SUELLEN)Nosso povo deixou diversas prticas culturais. A vontade de andar descalo foi outro

    hbito que deixamos aos vrios povos atuais. Geralmente, quando chegam a casa apsum dia inteiro de trabalho ou estudo, a primeira coisa que fazem retirar o calado e ficarcerto tempo descalos. Muitas pessoas tm o hbito de sempre andar descalas quandoesto em suas casas.

    O costume de descansar em redes outra herana do nosso povo. Quase sempredormimos em redes de palha que se encontram dentro das ocas (suas habitaes nas

    aldeias). Tambm o costume de tomar banho todos os dias uma herana nossa.A culinria brasileira herdou vrios hbitos e costumes da nossa cultura, como a

    utilizao da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho), o costumede se alimentar com peixes, carne socada no pilo de madeira (conhecida comopaoca) e pratos derivados da caa (como picadinho de jacar e pato ao tucupi), almdo costume de comer frutas (principalmente o cupuau, bacuri, graviola, caju, aa e oburiti).

    Alm da influncia na culinria brasileira, deixamos tambm a crena nas prticaspopulares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao p de guaran, aoboldo, ao leo de copaba, catuaba, semente de sucupira, entre outros, para curaralguma enfermidade.A influncia cultural indgena na sociedade brasileira no para por a: a lngua portuguesabrasileira tambm teve influncia da nossa lngua. Vrias palavras indgenas se encontramem no vocabulrio cotidiano, como palavras ligadas flora e fauna. Ns, os indgenas,deixamos para a sociedade brasileira uma diversidade cultural que foi importante para aformao da populao brasileira.