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Industrial Pró www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Julho 2017 – ANO IX edição 86 REFIS NOVO PARCELAMENTO SAVING+ ECONOMIA PARA EMPRESAS ENTREVISTA HELENA RIBEIRO Prejuízo de R$ 126 milhões em Goiás ROUBO DE CARGAS

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IndustrialPrówww.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Julho 2017 – ANO IX

edição

86

REFISNOVO PARCELAMENTO

SAVING+ECONOMIA PARA EMPRESAS

ENTREVISTAHELENA RIBEIRO

Prejuízode R$ 126 milhões

em Goiás

ROUBO DE CARGAS

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ExpedienteEditorial

De cargas a reformas, o País está em movimento. Nesta edição,vamos tratar fortemente destes dois temas. A logística, fundamentalpara a indústria nacional, e as reformas, principalmente, referentes àsleis que regem o emprego.

Sobre o movimento de cargas no País, manchete da Pró-Indus-trial 86, destacamos as perdas provocadas pelo roubo de cargas. NoBrasil, segundo estudo da Firjan, o prejuízo foi de R$ 6,1 bilhõesentre 2011 e 2016 – cinco vezes mais do que o governo federal inves-tiu na melhoria do sistema prisional brasileiro.

Entre todos Estados brasileiros, Goiás foi o terceiro em volume deroubos de cargas no período, atrás apenas de Rio de Janeiro e SãoPaulo. Os roubos em estradas goianas registraram perdas de R$ 126milhões, com mais de 2 mil ocorrências no período. É absurdo.

Sobre o movimento reformista do trabalho no País, a outra vertenteda edição 86, abordamos a reforma trabalhista, que caminha noCongresso, descrevendo todos passos da Câmara às comissões e pos-sível aprovação no Senado do projeto do governo federal.

A expectativa do empresariado é muito grande com o projeto, queaté então caminhou muito bem. Mas o debate também avança em algoque já se aprovou, na Nova Lei de Terceirizações, com entrevista coma empresária Helena Ribeiro, uma das referências neste setor no País.

Boa Leitura, Leandro Resende.

ADIAL - Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º andar -Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás. CEP: 74.083-

060 Fone: (62) 3922-8200

www.adial.com.br

SUMÁRIO

Um País em movimento

PRÓ-INDUSTRIAL

Pró-Industrial2

Presidente do Conselho de Administração

Otávio Lage de Siqueira Filho

Conselho Nato Cyro Miranda, José Alves Filho, Alberto Borges e Cesar Helou

Vice-Presidente Financeiro Cesar Helou

Vices-Presidentes e Conselheiros Alexandre Baldy Sant’anna Braga, Alfredo

Sestini Filho, Ananias Justino Jayme, AngeloTomaz Landim Júnior, Carlos Luciano Mar-tins Ribeiro, Domingos Sávio Gomes de Oli-

veira, Domingos Vilefort Orzil, HeribaldoEgídio da Silva, José Alves Filho, José Do-

mingos Francischinelli, José Carlos Garrotede Souza, Márcio Botelho Teixeira, MarleyAntônio da Rocha, Maximiliani LiubomirSlivnik, Olímpio José Abrão, Paulo SérgioGuimarães Santos, Ronaldo Aspesi, ValdoMarques, Vanderlan Vieira Cardoso e Wil-

son Luiz da Costa.

Presidente ADIAL-LOGRivas Rezende da Costa

Conselheiro Vice Presidente ADIAL-LOGGlorivan França e José Costa Pereira Filho

Conselho Fiscal - Efetivos André Luiz Baptista Lins Rocha, Antônio Be-nedito dos Santos, Evaristo Lira Baraúna e

Romar Martins Parreira;

Conselho Fiscal - Suplentes Luciano Araújo Carneiro, Luiz Alberto Rassi,Ricardo Vivolo e Sebastião Osmar Albertini.

Diretor ExecutivoEdwal Freitas Portilho “Chequinho”

Produção e EdiçãoLeandro Resende - Contemporânea

ImpressãoPoligráfica

ANÚNCIOS: (62) 3922-8200

Julho 2017 Nº 86

Ano IX

EDITORIAL País em movimento 2. // PERIGO NAS ESTRADASRoubo nas estradas goianas cresce 36% 3-5.// GESTÃO Saving+,uma maneira profissional de reduzir custos empresariais 6-7.//NOTAS INDUSTRIAIS Novo parcelamento da Sefaz, convalidaçãono Senado e produção industrial 8.// ADIAL-LOG Empresa: Mah-nic.// ENTREVISTA Helena Ribeiro 13-15.// MARKETING & PRO-DUTOS Lançamentos da indústria 16-17.//LEITURA LivrosEmpresariais 18.// OPINIÃO Otávio Lage de Siqueira Filho 19//

EMPRESAS, MARCAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃOMahnic (2, 9), Firjan (2, 3, 4, 5), Sefaz (2, 8), Polícia Rodoviária Federal (4, 5), Polícia Mi-litar (4, 5), Polícia Civil (4,5), Natura (4), Anatel (4),Deloitte (6,7,12 ), Assembleia Legisla-tiva (8), Senado (8), Confaz (8), IBGE (8, 18), AmBev (9), Anglo American (9), Brasil Kirin(9), Bunge (9), Cargill (9), Italac (9), Jalles Machado (9), Nestlé (9, 16, 17), JBS (9), Pep-

sico (9), Jaepel (9), Goialli (9), Unilever (9), Ford (9), Mercedes Benz (9),Grupo EMPZ(13, 14), FGV (14, 15), Leão (16), Coca-Cola (16, 17), Hypermarcas (16), AD Studio (16),Teuto (16), Kibon (17), Piracanjuba (17), Supemercado Moderno (17), Times (18), Sales-

force (18), HyperQuality (18), Equiplex (20), Sindifarco (20).

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A cada 23 minutos, ocorre um roubode caminhão nas estradas brasileiras.Este é apenas um dos dadosestarrecedores divulgados em estudodo Sistema Firjan sobre o impactoeconômico do roubo de cargas no País.Para Goiás, os números não são osmelhores. O Estado fica atrás apenas doRio de Janeiro e São Paulo quando oassunto é roubo de cargas.

Esta modalidade de crime nasestradas brasileiras fica mais absurdaquando se compara com outros países.O total de roubo de cargas no Brasildurante 44 dias é o equivalente a todosroubos de caminhões que ocorrem nosEstados Unidos e Europa, juntos,durante o ano inteiro.

No Brasil, o roubo de cargaprovocou um prejuízo de R$ 6,1 bilhõesentre o período de 2011 e 2016, com97.786 ocorrências. Avaliando arealidade goiana, no mesmo período, oprejuízo causado foi de R$ 126 milhões,com mais de 2 mil ocorrênciasregistradas. Estes números colocam oBrasil em oitavo, de 57 paísesestudados, mais perigoso para otransporte de cargas no mundo.Ficamos à frente apenas de países emguerra e conflitos civis – como

Paquistão, Eritréia e Sudão do Sul. Em Goiás, o crescimento deste tipo

de crime foi de 36% no mesmo período(2011 a 2016). Para o presidente daADIAL-Log, Rivas Rezende, com acontinuidade da crise econômica, oroubo de carga tende a aumentar. “Nosegundo semestre, será maior, comoocorre todos os anos. Não adiantacombater o roubo de carga semcombater o receptador, esses alimentama cadeia”, disse.

“Transportar carga de valor

agregado alto para determinadasregiões já é, mas será ainda maisarriscado. Goiás vem se tornando alvodas quadrilhas. Por exemplo, peloEstado passam grandes volumes deeletrônicos, por ser um Estado central.No entanto, se rouba de tudo, poisexistem redes de receptadores dediversos segmentos de consumo”, disseo líder empresarial.

A ADIAL-Log, destaca Rivas, vemconversando com órgãos de SegurançaPública e cobrando ação de combate aos

Roubo de cargas em Goiás cresce 36%

ESTADO É O TERCEIRO MAIS PERIGOSO DO PAÍS PARA TRANSPORTEDE MERCADORIAS, ATRÁS APENAS DE SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO

PERIGO NAS ESTRADAS

“O combate não sefaz em uma ação,mas deve ser umprograma, uma

política dos órgãosde segurança”

Rivas RezendeEmpresário epresidente da

ADIAL-Log

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roubos no Estado. “O setor público, eminteligência e nas investigações, deveriater integração das polícias Civil, Militare Rodoviária Federal, realizandocompartilhamento das ações einformações. O combate não se faz emuma ação, mas deve ser um programa,uma política dos órgãos de segurança.”

Já não bastasse a infraestruturalogística ser precária, o empresário dosetor de transporte tem de enfrentardiariamente outro problema: acriminalidade que migra do meiourbano para as estradas. Quadrilhasespecializadas e facções criminosasincluíram a modalidade de crime roubode cargas, assim como tráfico de drogase roubo a bancos, entre suasespecialidades.

Anápolis, uma das regiões líderesdo setor industrial no Estado, puxa alista de cidade com maior número deocorrências de roubo de mercadorias –principalmente pela concentração deum setor muito visado pelos ladrões deestrada: fármaco-químico. Outras duasreuniões com forte índice de ocorrênciassão a Sul e Sudeste, por conta doagronegócio. No caso, não o produtofinal, mas os insumos, comofertilizantes, defensivos e, também,granéis de soja.

Destaca-se que o avanço daindustrialização do Estado, comdiversificação de fábricas, atraicriminosos. Goiás tem forte produçãode alimentos, bebidas e medicamentos,produtos que tem alto fluxo de venda euma variedade expressiva de potenciaisreceptadores.

Atualmente, as empresas avaliam osriscos e custos provocados pelo roubode carga para decidir novosinvestimentos e, no último caso,fazendo a transferência de fábricas ecentros de distribuição para Estadoscom menos ocorrências. É o caso da

Natura, que estuda suspender asoperações no Rio de Janeiro por contado roubo de produtos.

Algumas seguradoras não cobremmais viagens para locais de alto risco –como o próprio Rio. A continuar assim,os preços dos produtos tendem a subirmais no Estado e, em um cenário maisrestritivo, causar desabastecimento.

Segundo o estudo da Firjan, os custosextras aplicados para compensar asdespesas provocadas pelo roubo decargas variam de 12% a 30% -dependendo do produto.

Além do estudo, a Firjan lançou oMovimento Nacional contra o Roubo deCargas – projeto que defende a criaçãode novos níveis de cooperação entre a

- Proibir a comercialização e o uso de Bloqueadores de Sinal deRadiocomunicações (BSR), conhecidos como “jammer” cujo uso no País éautorizado pela ANATEL apenas para estabelecimentos penitenciários.

- Cassar, por cinco anos, a eficácia da inscrição no CNPJ e no ICMS doestabelecimento que adquirir, expor ou comercializar Bloqueadores de Sinal deRadiocomunicações, com pena extensiva aos sócios majoritários e sóciosadministradores da empresa penalizada.

- Implementar, integralmente, a Política Nacional de Combate ao Furto eRoubo de Veículos e Cargas, de modo a melhorar a integração entre as forças desegurança.

- Investir no combate ao roubo e furto de cargas a totalidade do produtoobtido nas ações de repressão à comercialização de produtos falsificados e aodescaminho.

- Aumentar a segurança nas fronteiras e nas águas territoriais, de forma acoibir a entrada no país de drogas e armas compradas pelas organizaçõescriminosas, financiadas, entre outros, pelo produto do roubo de cargas.

- Permitir que recursos oriundos de Termos de Ajustamento de Conduta porquestões ambientais e trabalhistas possam ser utilizados para equipar as forçaspoliciais.

- Recompor os quadros das polícias militar e civil e da Polícia RodoviáriaFederal e garantir à PRF o acesso às imagens de monitoramento das rodovias,além de fazer funcionar adequadamente os postos de fiscalização rodoviária daPRF, as barreiras fiscais e balanças, em especial nas principais fronteiras estaduais.

- Ter uma atuação direta da Polícia Federal no combate às organizaçõescriminosas que utilizam o roubo de cargas para financiar o tráfico de drogas earmas.

- Ajustar a legislação de Dação em Pagamento, de forma a permitir queempresas inscritas na dívida ativa dos Estados e da União possam realizarpagamentos por meio da dação de equipamentos e da realização de serviçosdestinados a garantir o bom funcionamento das forças de segurança.

PERIGO NAS ESTRADAS

SUGESTÕES DO MOVIMENTONACIONAL CONTRA ROUBO DE CARGAS

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Equipe da Decar,comandada pelo delegado AlexandreBarros, premiada pelos resultados em 2017

PERIGO NAS ESTRADAS

União, os Estados e os setores-chaves dasociedade para produzir ações práticas nocombate ao roubo de cargas.

O movimento vai atuar na criação deleis com punições mais severas para apratica de crime de receptação,armazenamento e venda de produtosroubados. No Rio, por exemplo, foiaprovada lei que prevê punição aempresas que comercializam ouarmazenam produto oriundo de roubo oufurto – ficando estas proibidas de venderao setor público e receber incentivosfiscais. Pela lei carioca, sócio majoritário ouadministrador ficará proibido de exercerno Estado o mesmo ramo de atividade,mesmo que seja em outra empresa.

Estudo da Firjan destaca que o roubode cargas é um crime que afeta fortementea economia por seus efeitos em cadeia,resultando em uma forte perda decompetitividade, com a transferência doscustos extras para a sociedade através dopreço final das mercadorias. “Para osgovernos, sobretudo os Estados, ocorreperda da arrecadação de impostos com acomercialização clandestina destas cargas.Outro impacto social é o aumento daviolência, uma vez que o roubo de cargasvem sendo utilizado para financiar otráfico de drogas e armas”, traz o estudo.

Paralelo ao crescimento dasocorrências, aponta estudo, o combate aoroubo de cargas no Brasil tem sidodificultado por três fatores: a maioratuação de grandes organizaçõescriminosas, que transformaram esse crimeem fonte de financiamento; a falta deações mais rigorosas voltadas para punir,em conjunto, todos os elos da cadeiacriminosa; e a carência de estrutura dasforças de segurança diretamenterelacionadas ao combate ao roubo decargas. “Nos 95 mil quilômetros derodovias federais, a Polícia RodoviáriaFederal (PRF) possui cerca de 10 milagentes. Este quadro, que apresenta um

déficit estimado de pelo menos trêsmil servidores”, revela.

O combate ao roubo de cargas eaos elos da cadeia criminosa a queestá ligado é indispensável para oBrasil, uma vez que esta prática afetaa economia e a segurança pública emtodo o País – aponta o estudo.

SEGURANçA PúBLICAO delegado títular da Delegacia

Estadual de Repressão a Furtos eRoubos de Cargas, Alexandre BrunoBarros, destaca que uma prática queocorre muito em Goiás é o furtomediante fraude, quando existe umasimulação de roubo, comparticipação do próprio motorista,coaptado por uma organizaçãocriminosa. “Quadrilhas aliciam estesprofissionais para facilitarem a açãocriminosa. Realizamos a prisão de 45pessoas, só neste ano, a maioriareceptadores e motoristas”, disse odelegado, reforçando o trabalhoconjunto realizado nas ações da suadelegacia com a Polícia Militar e aPolícia Rodoviária Federal.

A forma que foram estabelecidasas investigações em Goiás, explicaAlexandre Barros, foi de atacar os

receptadores para depois lidar com osagentes delitivos. “Reduzimos oroubo de cargas no Estado em váriossetores”, disse, mas aponta que emalguns segmentos, como do setor decombustíveis, os números avançam epreocupam. “Criamos uma força-tarefa específica e, de março a junhodo ano passado, reduzimos em 47% onúmero de casos em geral”, destacou,reforçando que o estudo da Firjanconsidera dado de ocorrências dosúltimos cinco anos.

Segundo a Firjan, a falta depunição adequada a este crimeperpetua a atuação de receptadores jáidentificados.

A forma mais eficaz e imediatapara aumentar a repressão, continuaestudo, é aprovar projetos jáexistentes no Congresso Nacional eavançar nas legislações estaduais.

“Em nível federal, há projetos quepreveem a baixa da inscrição noCadastro Nacional da Pessoa Jurídica(CNPJ) e a proibição de concessão deregistro pelo prazo de cinco anos,sendo que a pena se estende aossócios e administradores. Em nívelestadual é preciso avançar emlegislações mais severas.”

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6 Pró-Industrial

GESTÃO

Saving+, uma maneira profissional de baixar custos

A formação de uma central decompras coletivas das indústrias erauma demanda antiga na ADIAL (As-sociação Pró-Desenvolvimento Indus-trial do Estado de Goiás). Durante asreuniões na entidade, as empresassempre manifestavam o interesse dereduzir custos operacionais formandoum pool de compras. Mas, implantarum sistema de gestão de compras exi-gia experiência, profissionalismo e in-tegração.

No ano passado, após reuniões doCFO Program, realizado em parceriacom a Deloitte, a ADIAL começou aimplantar, de fato, o pool de compras– já com o apoio de algumas empresasassociadas da ADIAL e outrasgrandes empresas da região.

A equipe da ADIAL teve a oportu-nidade de visitar, ouvir e entender umpouco do que está acontecendo emcada uma das empresas dos mais di-versos segmentos. As indústrias fize-ram tudo que podiam ter feito,reduzindo custos e despesas atravésdos famosos ‘cortes’, que todos sabemquais são e quais são as suas conse-quências.

O conceito de compras coletivasvai além do que simplesmente reduziro preço final pago pelas empresas emum determinado item de consumo oumatéria prima. Existem grandes opor-tunidades para o mercado fornecedor,tanto no que diz respeito ao aumentodo market share, novos mercados,quanto ao desenvolvimento de novosfornecedores.

Como o volume de algumas em-presas é consolidado e a negociaçãono mercado se dá apenas uma vez du-

rante um determinado período, o for-necedor que entende o conceito, vêcomo uma oportunidade de amplia-ção de mercado com baixo esforço,mesmo porque fazendo as contas,todo o custo com força de vendas epublicidade que ele teria negociandoindividualmente com cada uma dosmembros do pool ele também podeconverter em redução de seus custosna formação do preço final.

Como todos os "cortes de despe-sas" já foram feitos, e avaliando pelolado estratégico, principalmente o deretorno para os acionistas, em um mo-mento que o foco é reduzir o prejuízoou pelo menos empatar, o pool decompras da ADIAL pode ser uma po-derosa ferramenta para a obtençãodesse resultado.

Partindo de uma fórmula simples:levando em consideração o perfil dasindústrias, o gasto em compras repre-senta em média 60% da receita e, nocenário atual, uma margem de lucroabaixo de 10%. Apenas como ilustra-ção, nesse cenário imaginemos umaempresa que fatura R$ 100 milhões,com lucro anual de R$10 milhões e,que tem como meta incrementar seulucro em 20% (ou R$ 2 milhões).

Para atingir sua meta pelo ca-minho da receita, a empresa terá deaumentar seu faturamento em 20%(ou R$ 20 milhões), pois os seus cus-tos de operação também aumenta-rão, mantendo a margem líquida daempresa.

Já com a utilização do pool decompras da ADIAL, o Saving+, como

MEMBROS JÁ VÃO PAGAR MENOS EM TELEFONIA, CARTÃO ALIMENTAÇÃO, CARTÃO REFEIÇÃO, LOCAÇÃO DE VEÍCULOS E OUTSOURCING DE IMPRESSÕES

RESPONDA RÁPIDO

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7 Pró-Industrial

GESTÃO

ferramenta de compras por meio daconsolidação dos volumes, precisaría-mos reduzir 3,3% (ou seja, R$ 2 mil-hões) dos gastos da empresa, pois aredução de custo impacta diretamentena última linha da DRE (Demonstra-ção do Resultado do Exercício).

No cenário econômico atual, émais viável aumentar sua receita em20% ou reduzir 3% dos seus custos?

Neste raciocínio, por Goiás estarna região central do Brasil, longe dosprincipais players do mercado forne-cedor com suas matrizes corporativasem São Paulo e Rio de Janeiro, as em-presas locais muitas vezes são atendi-das por representantes terceirizados,o que acaba por elevar o preço final doproduto ou serviço.

O pool de compras está partindosempre do melhor benchmark depreço possível, que garante economiaaos membros, mas o que nos sur-preendeu bastante é que se superouas expectativas nas negociações ini-ciais (Telecom, Cartão Alimentação eCartão Refeição), atingindo condiçõesrealmente superiores ao preço-alvopré-estabelecido.

Nesses dois primeiros itens asconcorrências foram finalizadas,convidou-se os principais players domercado nacional que possuem a ca-pacidade de atendimento à de-manda das mais de 100 empresasassociadas à ADIAL e dezenas deoutras parceiras.

O interessante é que as empresasestão solicitando também o auxílio doSaving+ para consolidar e negociaritens um pouco mais estratégicos.

Outro ponto relevante é que exis-tem casos em que o membro do clubepode se tornar um vendedor, pois oserviço ou item produzido por eletambém é solicitado por um grupo deempresas.

Nesse caso, ele concorre com osdemais players. Partindo do pressu-posto que o "dever de casa" já foi rea-lizado, e que o Saving+ estáauxiliando em melhores compras pelopool, a consequência será que eleconseguirá precificar melhor, aumen-

tar significativamente a chance nessaconcorrência e também, perante todoo mercado, vai ter oportunidades deampliar seu raio de ação e competiti-vidade.

“Nessa primeira semana do mêsde julho, iniciamos o trabalho de apre-sentação dos resultados obtidos e osfornecedores vencedores em reuniõesindividuais a cada membro do poolde compras. Como não há reunião daADIAL nesse mês de julho, optamospor divulgar os fornecedores vence-

dores na próxima reunião da enti-dade, programada para 14 de agosto.Até lá também teremos finalizadosoutros itens como Locação de Veícu-los e Outsourcing de Impressões.Entre em contato e encaminhe sua de-manda nesses itens para a Saving+.Juntos somos mais fortes!”, apontou odiretor do pool de compras, Igor Lyra.

Mais informações podem ser obti-das no site www.savingmais.com.brou pelo e-mail [email protected].

COMO A SUA EMPRESA COMPRA?

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8 Pró-Industrial

Goiás terá novo parcelamentode dívidas tributárias

A Secretaria da Fazenda propôse o governo encaminhou projeto delei à Assembleia Legislativa dandoaos contribuintes devedores deICMS e ITCD medidas facilitadoraspara renegociação de seus débitos,com fato gerador até 31 de dezem-bro de 2016. A adesão ao programatermina em 29 de setembro desteano. A intenção da Sefaz é arreca-dar R$ 100 milhões neste ano. Oprojeto deve ser aprovado aindaneste mês.

Serão oferecidas reduções de até98% para multas e de 50% nos jurospara pagamentos à vista. Para apena pecuniária, haverá redução deaté 90%. Além do pagamento àvista, as empresas podem parcelarseus débitos em até 60 meses. Asempresas em recuperação judicial,em até 84 meses. Os descontos sãomaiores para aqueles contribuintesque pagarem o débito à vista e vãodecrescendo à medida que o nú-mero de parcelas aumenta.

O programa vai permitir o paga-mento do débito por meio de cré-dito acumulado na escrita dosujeito passivo ou recebido emtransferência para este fim, desdeque o contribuinte faça o paga-mento à vista de pelo ao menos40% do débito. Além disso, o pro-jeto ainda vai anistiar contribuintesinscritos em dívida ativa até 31 dedezembro de 2010, desde que as dí-vidas de ICMS, ITCD e IPVA nãoultrapassem R$ 14 mil.

A proposta traz outras medidasfacilitadoras para quitação dos dé-bitos. O contribuinte pode, porexemplo, diante de débitos de vá-rios processos, optar por pagar so-mente um ou alguns destes. Pode,ainda, efetuar tantos parcelamentosquantos forem de seu interesse, op-tando por pagar apenas a partenão-litigiosa e pode, por fim, pagarsomente parte do débito.

Para incentivar o pagamentoainda neste ano, os parcelamentos

com o pagamento da última parcelaaté 29 de dezembro 2017 terão omesmo percentual de redução damulta e dos juros de mora daquelesque decidirem pelo pagamento àvista. Para manter a pontualidadedo pagamento, o parcelamento serácancelado, após a ausência de paga-mento de três parcelas, sucessivasou não. O projeto foi autorizadopelo Confaz.

MAIS PRAzO A Secretaria da Fazenda escla-

rece que o decreto nº 8.970, de 9 dejunho, não concede ampliação deprazo apenas para as empresas emrecuperação de judicial, que passoude 60 meses para 108 meses.

Também as demais empresascom créditos tributários de ICMSforam beneficiadas com a amplia-ção do prazo máximo de 60 mesespara 84 meses, desde que façamadesão à mudança até o dia 31 dedezembro de 2017.

O Plenário do Senado aprovou,no último dia 4, requerimento deurgência para a tramitação do pro-jeto que autoriza o Conselho Na-cional de Política Fazendária(Confaz) a convalidar créditos tri-butários decorrentes de isenções,incentivos e benefícios que foramdados irregularmente.

O Substitutivo da Câmara dosDeputados (SCD) 5/2017 ao Pro-jeto de Lei do Senado (PLS)130/2014 também flexibiliza o quó-rum que exige a unanimidade nadecisão autorizativa de todos osEstados e do Distrito Federal paraque sejam concedidos benefíciosfiscais de ICMS.

NOTAS INDUSTRIAIS

Senado aprova urgência para projetosobre convalidação de incentivos de ICMS

A produção industrial subiu0,6% em maio ante abril, divulgouo Instituto Bra sileiro de Geografiae Estatística (IBGE).

Em relação a maio de 2016, aprodução registrou uma fortealta, de 4%. Nessa comparação,sem ajuste, as estimativas varia-vam de um avanço de 1% a 4,6%.

Produção industrialsobe 0,6% em maio

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A Mahnic Operadora Logística re-gistrou 15% de crescimento no anopassado. O resultado fez com que aempresa ampliasse sua frota, com in-vestimento total de R$ 8 milhões nesteano, e aquisição de 15 novos veículos,para buscar uma expansão de 25% noresultado de 2017. A Mahnic, que temsede em Aparecida de Goiânia, contacom oito filiais e po ntos de apoio es-palhados pelo País e mais 450 colabo-radores, entre diretos e indiretos.

O diretor Alexandre Mahnic des-taca que a empresa investe forte emseu patrimônio físico e humano, mo-dernizando equipamentos e apoiandoa instrução técnica de seus colabora-dores. “Assim, garantimos um serviçode qualidade, segurança e agilidade,visando a satisfação e fidelidade dosclientes, com responsabilidade e sus-tentabilidade social, ambiental e eco-nômica”, disse, destacando que amatriz tem área de 5,8 mil metros qua-drados, entre armazém, manutenção eárea administrativa.

Com 210 veículos, a Mahnic atendea Região Sudeste e Centro-Oeste, comfoco maior nos Estados de Goiás, Dis-trito Federal e São Paulo. Dentre os se-tores, a empresa tem uma carteira declientes formada por indústrias ali-mentícias, de higiene e limpeza, pneus

e borrachas, produtos químicos e quí-micos controlados, embalagens, cou-ros e artigos em couros, matéria-prima

e suprimentos para indústrias, minériode ferro, grãos e medicamentos.

Grandes marcas são atendidas pelaMahnic, como Ambev, Anglo Ameri-can, Brasil Kirin, Bunge, Cargill, Italac,Jalles Machado, Nestlé, JBS, Pepsico,Jaepel, Goialli, Unilever, entre outras.

Fundada em 1956, quando Dio-lindo Mahnic, ainda com 18 anos, ad-quiriu um Ford 46 para transportarlenha e pequenas cargas, na região dePirassununga, em São Paulo. No anoseguinte, o jovem empresário com-prou seu primeiro caminhão novo, umMercedes Benz 312. Ainda em 1957, aMahnic iniciou o transporte de com-bustível de São Paulo para Goiás.

Em 1974, a empresa passou a trans-portar máquinas pesadas e postes parao Governo de Goiás e para algumasempresas prestadoras de serviços doEstado. Ao longo dos anos e apesar detodas as dificuldades econômicas queo país atravessou, conseguiu aumentarsua frota de veículos.

Em 1977, passou a transportar paralaticínios, permanecendo nesta faixado mercado até o início dos anos no-venta – quando transfere (em 1990),para o ramo de carga seca. “Inicia-se,neste momento, um crescimento gra-dativo de sua frota e a conquista denovas parcerias e clientes.”

EMPRESA INVESTE R$ 8 MILHÕES NESTE ANO NA COMPRA 15 NOVOS VEÍCULOS

ADIAL-LOG

Pró-Industrial

“O crescimentoda Mahnic

motivou novos investimentos”

Alexandre MahnicDiretor

Mahnic amplia frota paracrescer 25% em 2017

FROTA210 veículos

EQUIPE450 colaboradores

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12 Pró-Industrial

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Michal Gartenkraut

ENTREVISTA

Pró-Industrial13

“Flexibilização não retira direitos trabalhistas”

Helena RibeiroCEO do Grupo EmpZ

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Pró-Industrial14

ACEO doGrupo EMPZ,Helena Ri-beiro, chega aterceirizarmais de 100mil trabalha-

dores para as principais empre-sas do País. No ano passado,movimentou mais de 120 mil tra-balhadores e faturou quase R$400 milhões. A psicóloga goiana,referência nacional neste mer-cado e também controladoraFGV em Goiás, aponta que aNova Lei da Terceirização é ummarco para a economia brasi-leira. Confira os principais tre-chos da entrevista a seguir:

A Nova Lei da Terceirização éum marco no que se refere aoemprego no País?

Sem dúvidas que sim. Ampliaas possibilidades de geração deemprego quanto mais seguro eflexível com regras do jogo claraspara agilizar e movimentar a eco-nomia não só na segurança paragerar novos empregos mas tam-bém com o surgimento de novosmicro e pequenos empreendedoresespecialistas em serviços demanda-dos. A terceirização de serviços emão de obra é uma realidade quehá muito já existe. Nosso GrupoEMPZ terceiriza já há 20 anos paravários segmentos em todo País,chegando a empregar mais de 100mil funcionários por ano. Vejo aterceirização como uma ferramentade gestão estratégica e competitivaque chega para aumentar a eficiên-cia e produtividade nas empresasem função da especialização e focodos prestadores de serviços que eli-mina o tempo do cliente em ativi-dades que possam ser delegadas eque não sejam estratégicas e nemfaçam parte diretamente de seucore business. O texto do tema tra-tado na lei 13.429 que legaliza a ter-ceirização no Brasil, atualiza nossasjurássicas leis do trabalho, co-brindo uma grande lacuna em

nossa legislação e regulamenta umgrande debate existente há anos eque influencia a vida de milhões detrabalhadores, empresas, entidadese cidadãos, além de estar em linhacom a realidade mundial. Com oprocesso de contratação menos bu-rocrático, com menor risco jurídico,mais ágil e flexível para o emprega-dor, haverá consequentemente oaumento da confiança para empre-gar. Os benefícios virão para osdois lados. Há um desconheci-mento e muita confusão. O trabalha-dor terceiro não e in formal ele eregido pela CLT e portanto não fi-cará desamparado, os direitos tra-balhistas (como INSS, FGTS e avisoprévio) serão mantidos. A terceiri-zação não reduz o número de em-prego pelo contrário, não provocainformalidade e contribui para dis-tribuição de renda e não pode serofertada ou vista como uma formade reduzir custo a qualquer preço,isto e um tiro no pé das prestadorase serviços terceirizáveis. Terceirizaré uma forma prática de flexibilizar,dinamizar, ganho na gestão na mo-dernização de seus processos commaior qualidade.

Os ganhos a geração de empregoem um ritmo muito forte porconta da terceirização começarão aser sentidos com maior força como crescimento da economia?

Acredito que a lei da terceiriza-ção poderá ser uma das saídas paraa recuperação da economia. Está-vamos com o mercado estagnadoe com milhares de desempregadosaté o início do ano. Agora lenta-mente o cenário iniciou uma tímidamudança e certamente com a san-ção da lei o mercado vai acelerar econsequentemente novas oportuni-dades tanto para o empregadorquanto para os empregados vãosurgir. Infelizmente o tema estásendo tratado mediante forte cla-mor popular e grave crise políticae econômica. Com a instabilidadeeconômica grandes empresas fe-charam suas portas ou reduziram

equipe e muitos profissionais queacabaram ficando sem emprego seaventuraram em montar seu pró-prio negócio e sem a nova lei daterceirização seria muito burocrá-tico e caro principalmente paraesses micro empresários contrata-rem funcionários. Toda mudançaé vista com certa adversidades , aspessoas geralmente ficam insegu-ras com o novo, mas tenho certezaque o tempo irá mostrar que a leida terceirização foi um grandeavanço para as relações trabalhistasno Brasil e o quanto contribuirápara o crescimento econômico. Alei possibilitará o aumento da pro-dutividade e eficácia da prestaçãode serviços, isso porque, a empresafocará no seu negócio, terceirandoas tarefas secundárias para empre-sas com know-how para desem-penhá-las. Com o aumento daeficácia, o custo operacional tendea reduzir, com isso os saláriospodem vir a serem melhores.

O País passa por um momento dereformas. A mudanças nas leis tra-balhistas, vai provocar uma mu-dança cultural para criar e manterempregos no País?

O que vai provocar mudançaspositivas e o crescimento da nossaeconomia passa necessariamentepela geração de novos empregos eo estímulo ao consumo. Existe simum enorme potencial em nossaeconomia, por isso precisamosestar preparados e ajustar nossasleis para atender a nova realidadee necessidades de mercado. Empaíses desenvolvidos e com baixastaxas de desemprego a legislaçãotrabalhista e flexível e os direitos detrabalhadores e empregadores sãoprotegidos de forma clara. Umdado que mostra o quanto nossa le-gislação tem brechas e interpreta-ção dúbia e a assustadoraestatística onde nós somos cam-peães de reclamações trabalhistasno mundo. Vejam que de todas asreclamações trabalhistas existentesno mundo em todos os países, mais

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de 80% são do Brasil. Assusta e trazinsegurança jurídica, além da cer-teza de que algo de ve ser feito ur-gente para resolver ou pelo menosminimizar este fato gerador dedesestímulo ao emprego formal.Tanto para trabalhadores e empre-gadores a lei proporcionará ganhosna eficácia produtiva e redução decustos operacionais. Essa combina-ção de fatores consequentementelevará as empresas a terem resul-tados melhores o que contribuirápara a oferta de melhores salários.Assim como também já mencio-nei, o processo de contratação fi-cará mais simples, mais barato eflexível, o que ocasionará umamaior oferta de empregos, fo-mentando o crescimento de mi-croempresas. Eu não vejonenhum motivo para não aprovaro texto da forma que está. Nãotem perda de direitos trabalhistas,muito pelo contrário existira flexi-bilidade e maior mobilidade naaplicação dos direitos.

Como você enxerga o cenário domercado de trabalho no Brasilpara os próximos dez anos?

Sempre tive uma visão muitootimista, mesmo antes da sançãoda nova lei da terceirização acre-ditava que esse momento de in-stabilidade econômica, não gostode falar crise, seria um momentopara o surgimento de novas opor-tunidades, de aprendizado e quede alguma maneira encontraría-mos novas soluções para movi-mentar o mercado do trabalho. Asanção da lei e da reforma trabal-hista surge para abrir os hori-zontes, reforçar o otimismo doempreendedor, a confiança dos in-vestidores e, com certeza, acelerara economia e o mercado de tra-balho consequentemente. Daqui hápoucos anos tenho certeza queestaremos colhendo os frutos danova lei da terceirização e atualiza-ções na legislação trabalhista. Essamudança que hoje ainda é vistacom muitas polêmicas e indaga-

ções resultará na evolução das re-lações de trabalho. Vamos ter omercado mais competitivo, as em-presas estarão em expansão deprodução e os salários melhores.Não tenho dúvidas que teremosmais ofertas de empregos, maistrabalhadores qualificados, maissegurança na relação entre empre-gado e empregador e menos recla-mações trabalhistas. Teremostrabalhadores mais felizes e espe-rançosos na construção de seu fu-turo aqui, em seu País.

O trabalhador brasileiro está sepreocupando mais com a qualifi-cação ou o atraso é muito grandeainda?

Devido a diminuição da de-manda de empregos no Brasil,nesses dois últimos anos, os profis-sionais tiveram que acrescentar di-ferenciais no seu currículo porquea competição por um posto de tra-balho se tornou muito acirrada.Com isso a procura por qualifica-ção se tornou uma prioridade, hojenão podemos dizer que um cursode MBA seja um diferencial, acre-dito que seja um requisito básico.Olhando por esse viés esse mo-mento delicado que estamos vi-vendo na economia contribuiupara que termos profissionais maisqualificados. A necessidade fez otrabalhador brasileiro se especiali-zar e estudar mais. Aqueles quequem tinha apenas ensino médiofoi em busca de um curso técnico,aqueles que tinham curso superiorforam em busca de uma pós gra-duação e aquele que tinha pós gra-duação foi em busca deespecialização em universidadesno exterior. Ainda temos muitopara evoluir no quesito qualifica-ção de mão de obra, mas estamoscaminhando bem. Acredito que aeducação seja a solução do Brasil.Tanto acredito na transformaçãodo país por meio da educação quetenho em nosso negócio uma es-cola de Referencia que traz a par-ceria com a FGV em convênio com

a nossa Faculdade que já formoucerca de 10 mil executivos emGoiás e está entre as três melhoresda Rede da FGV no País.

Investir em qualificação é o mel-hor investimento profissional? Épreciso planejar a carreira?

Em tempos de incerteza econô-mica talvez seja complicado falarem planejamento de carreira.Claro, que é muito importante es-tabelecer uma meta e se esforçarao máximo para alcançá-la, masas estradas estão esburacadas e senão estiver preparado para en-frentar os obstáculos do mercado,trabalhar apenas para alcançarseus objetivos não seja somente onecessário Como falei anterior-mente com a diminuição da de-manda de empregos cada vezmais a qualificação se torna im-portante, ter em seu currículocurso de especialização, experiên-cias internacionais em universi-dades consagradas, ter fluênciaem outras línguas são primordiaispara se tornar um profissionalcompetitivo no mercado de tra-balho. Sim, investir em qualifica-ção é o melhor investimento queo profissional pode fazer paraser bem sucedido. Sempre falo eaté comentei acima a educação é asolução para o Brasil, para empre-sas e pessoas.

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“Em países desenvol-vidos e com baixas

taxas de desempregoa lei trabalhista é

flexível e os direitosde trabalhadores eempregadores são

protegidos de formaclara.”

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MARKETING & PRODUTOS

LeãoCom o inverno se aproximando, os chás são uma ótima opção para

consumo. Aproveitando a chegada da estação, a marca Leão, referênciade chás desde 1901, apresenta ao mercado nacional Leão Fuze Senses,uma linha especial que inaugura o segmento super premium dacategoria no país. Líder em chás e infusões, a marca busca acompanharas necessidades do consumidor e as tendências mundiais paradesenvolver produtos que atendam a suas expectativas.“Observamosque os apaixonados por chá são extremamente conectados ao mundodas infusões e suas novidades. Estão sempre buscando novasexperiências, misturas, sabores e rituais diferenciados. Sãoconsumidores que apreciam produtos exclusivos e de alta qualidade”,diz Renato Fukuhara, diretor de marketing de novos negócios da Coca-Cola Brasil.

Exemplo de responsabilidade social do Teuto, o Centro deEducação Infantil (CEI) Walterci de Melo completou no últimomês 18 anos de tradição. A instituição está instalada na sededo Teuto em Anápolis e atende hoje aproximadamente 200crianças. O projeto nasceu do ideal do empreendedor Waltercide Melo, responsável pela expansão do Teuto, de oferecereducação de qualidade a filhos de colaboradores e criançascarentes da região. Para ele, falecido em maio de 2014, ainiciativa era uma motivação a mais. “O investimento nacreche é de grande importância e muito gratificante,principalmente quando observamos os frutos resultantesdesse trabalho, com a formação de novos alunos a cadaperíodo. Uma preparação para a vida!”, disse à época de umadas comemorações de Natal, em 2013.

Com o slogan “Tomou o novo Doril, até a enxaqueca sumiu”, DorilEnxaqueca apresenta sua nova campanha de mídia, em horário nobre daTV aberta. O filme reforça as funcionalidades do medicamento: rápida açãoe extrapoder analgésico contra dores de cabeça intensas. Desenvolvida emparceria com a AD Studio, a campanha terá desdobramentos nas principaisemissoras de TV, rádios, revistas, material de ponto de venda e nosmobiliários urbanos de São Paulo. Além disso, como estratégia demarketing para o digital, Doril Enxaqueca apresentará conteúdosinformativos e interativos em sua nova fanpage. O objetivo da marca épromover conversas sobre o tema, para que as pessoas que possuem doresde cabeça intensas se sintam acolhidas, compreendidas e bem-informadas.“Doril Enxaqueca é o primeiro medicamento OTC a se posicionar para doresde cabeça intensas porque realmente entende quem sofre com dor decabeça forte”, comenta Luiz Clavis, Diretor Executivo da Unidade deNegócios de Consumer Health da Hypermarcas.

Hypermarcas

Teuto

A Nesfit, marca debiscoitos saudáveis ecereais matinais adultos daNestlé, apresenta suasnovas barras deNuts&Frutas nas versõesNuts, Maçã & Cranberry eNuts Banana, Goiaba &Coco. As novidades, comcombinações de saboresinusitados, trazem pedaçosde frutas e nuts inteiras.Segundo a empresa, oslançamentos chegam emembalagens transparentesde 25g e 50g que reforçamo conceito de naturalidade do produto. Todos os sabores jáestão disponíveis nas redes varejistas de todo o país pelopreço sugerido de R$ 3,49.

Nesfit

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Mais um importante reconhecimento para a Piracanjuba. De acordocom 45ª Pesquisa Nacional sobre Reconhecimento de Marcas, realizadaanualmente pela Revista Supermercado Moderno, o Leite Longa VidaPiracanjuba é o preferido dos supermercadistas de todo Brasil. O estudo foifeito entre junho e novembro de 2016 e contou com a participação de2.274 supermercadistas do país, segmentados por área geográfica. Aotodo, foram avaliadas 157 categorias. “Esse reconhecimento reafirmanosso comprometimento em oferecer aos consumidores produtosinovadores, saudáveis e de qualidade. Além disso, reforça nossa forteparticipação no mercado, uma vez que estamos presentes em todas asregiões”, afirma o Diretor Comercial da Piracanjuba, Luiz Cláudio Lorenzo. Amarca ainda ficou em 3º lugar nacional na categoria Leite Condensado e 4ºlugar nas categorias Leite em Pó e Achocolatado Líquido, com o Pirakids.

A marca de sorvetes Kibon amplia sua linha de potesao lançar três novos sabores: o Kibon Mousse nas versõesMaracujá, Limão e Chocolate. Segundo a empresa, a linhatraz uma versão mais leve e cremosa do sorvete nos trêssabores. A novidade está disponível pelo preço sugerido deR$ 14,90. “Duas vezes por ano, buscamos criar receitas queatendam as diferentes ocasiões de consumo para continuarsendo a marca preferida dos consumidores. Queremos estarcada vez mais próximos e presentes na vida das pessoasproporcionando momentos mais felizes e gostosos!”, afirmaRoberto Antunes, Diretor de Marketing de Kibon.

A marca Magnum traz um complemento para sua linhade Pâtisserie Francesa, lançada em 2016 com os saboresMagnum Petit Gatêau e Magnum Crème Brûlée. A ediçãoMagnum Tarte Aux Pommes traz um sorvete de baunilhacom toque de canela, misturado com sorvete de maçã ecoberto pelo delicioso chocolate branco belga.

Piracanjuba

A Nestlé apresenta,exclusivamente ao mercadonordestino, sua nova linha debebidas lácteas Nestlé Ideal.As novidades vêm nos saboresMorango e Vitamina deFrutas, que une os sabores dabanana, mamão e maçã. Segundo a marca, os novos produtos trazem oexclusivo composto NutriCerto, um mix de nutrientes que os tornafonte de ferro, zinco, vitaminas e cálcio. Hoje, a empresa já estápresente no mercado nordestino com a opção de composto lácteo naversão em pó. Os lançamentos estarão disponíveis nas redes varejistasde todo o Nordeste a partir deste mês.

Nestlé

A Del Valle, marcada Coca-Cola Brasillíder no ramo de sucose distribuída na maiorparte do País pelaCoca-Cola FEMSABrasil, apresenta anova fórmula do DelValle Frut, que agoraconta com Vitamina Ce 40% menos açúcarem sua composição. Os sabores de tangerina, uva, citrus Punch e limão, a bebidaestá de cara nova, com embalagem modernizada de 450 ml e ergonômica. “O DelValle Frut é a opção mais refrescante da família Del Valle e agora, apresentandoVitamina C e 40% menos açúcar em sua composição, proporciona uma alternativamais saudável aos clientes”, afirmou Guilherme Magri, gerente de marketing.

Kibon

Del Valle

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CONTEÚDO S.A.Como os empreendedores usam o conteúdo para gerar um público enorme e criar empresasextremamente bem-sucedidas.Desenvolva inicialmente o seu público, em seguida, crie o seuproduto. Esta é uma abordagem empreendedora simples, porém profundamente bem-sucedida de uma das mentes empresariais mais criativas atualmente. Um dos pioneiros domarketing de conteúdo, Joe Pulizzi descobriu a fórmula sobre o poder do conteúdo e, emConteúdo S.A., ele divide o processo de startups em seis etapas, simplificando para você avisualização, o lançamento e a monetização do seu próprio negócio.

LEITURA EMPRESARIAL

JUROS, MOEDA E ORTODOXIA, POR ANDRÉ LARA RESENDE Neste conjunto de ensaios, André Lara Resende reflete sobre as origens e o desenvolvimento da

teoria monetária e suas implicações no contexto brasileiro. Juros, inflação e política fiscal recebem doautor um enfoque inovador, ancorado nas melhores investigações da atualidade, que põem emquestão algumas convicções estabelecidas. Da teoria à história, os ensaios discutem as políticas

comumente receitadas para a inflação crônica, a recessão e o desemprego.

BÍBLIA DAS VENDASReceita previsível é um livro instigante, mas acima de tudo útil.

Considerado a Bíblia de Vendas do Vale do Silício, é como se fosse umaconsultoria do mais alto nível. De forma objetiva e com cases reaisimplantados pelos próprios autores, você vai aprender, passo a passo,como colocar em prática o processo de vendas outbound , que levou aSalesforce e a HyperQuality, dentre outras, a aumentarem em mais de300% suas receitas e a obterem milhões de dólares em receitas futuras.

COMPORTAMENTOEste livro tem como objetivo oferecer, em linguagem acessível

e didática, conceitos e práticas que envolvem o comportamentodo consumidor, para estudantes e profissionais que estãoiniciando nas áreas de marketing, comunicação, administração,vendas, psicologia e empreendedorismo, como também parapessoas que desejam saber quem é o consumidor e como somoscomo consumidores.

O DINHEIRO E A HISTÓRIAO que é o dinheiro? O que os bancos fazem? Qual é a diferença entre uma ação e um título? Por

que contratar e comprar um seguro de imóveis? E o que faz exatamente um fundo hedge?Considerado pela revista Time uma das cem pessoas mais influentes do mundo, o historiador Niall

Ferguson traz um estudo brilhante da história financeira em A ascensão do dinheiro, e explica por queos aspectos financeiros só fazem sentido se soubermos sua origem.

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OPINIÃO

Brasil fecha 21 indústrias por dia

A indústria brasileira é um patri-mônio nacional. Em qualquer país domundo, existe um esforço conjuntopara se manter a vitalidade e a expan-são de sua indústria – questão dehonra, autonomia e empoderamentopara qualquer nação desenvolvida. NoBrasil, é diferente. Assiste-se pacifica-mente, há mais de uma década, umprocesso continuado de desindustria-lização, de perda de empresas e em-pregos no setor industrial.

Há um longo período que o setorenfrenta dificuldades. Sem um plane-jamento mínimo, com uma política in-dustrial ineficiente por parte dogoverno federal, já são três ou quatroanos sem crescer, revezando estagna-ção e recessão. Os prejuízos vem sendocontabilizados para indústria brasileiraano a ano. Mesmo com o último resul-tado mensal da produção industrial,indicador divulgado pelo IBGE, emmaio, com leve alta de 0,6%, mantém osetor 19,8% abaixo do ponto mais ele-vado da série histórica (junho de 2013).

A falta de dinamismo no setor in-dustrial reflete não apenas na desace-leração nos números de vendas eprodução, mas também um fecha-mento sistemático de indústrias. É otormento que mais assusta o setor. E osnúmeros são tristes. É um processo dedesindustrialização gradativo. Os nú-meros de 2016, divulgado no mês pas-sado, refletem este momento.

Em um ano, o número de indús-trias ativas no Brasil caiu de 333 milunidades para 325 mil fábricas abertas.Ou seja, foram fechadas mais de 8 milempresas do setor no Brasil. São 21 fá-bricas encerrando atividade por dia noPaís. É quase uma indústria por horaque fecha suas portas.

Como consequência, menos pes-

soas estão empregadas no setor, comfechamento de 642 mil postos de tra-balho em apenas um ano. São quase1.800 trabalhadores que perdem o em-prego diariamente na indústria nacio-nal. É um desastre para um setor quemovimenta, em vendas, anualmente,R$ 2,8 trilhões, mas que, por conta darecessão, em 2015, reduziu em 13% osinvestimentos. São números oficiais doIBGE. São dados que o governo temantecipadamente, que aparecem natela dos planejadores econômicos doPaís em tempo real, durante todos osúltimos meses. Fizeram alguma coisa?Nada.

A indústria brasileira precisa sertratada com mais respeito. É precisoinformar ao máximo a sociedade destegrave momento, apresentar quais sãoos riscos de dependência de importa-ção se continuarmos nesta trajetória dedesinvestimento. De fato, neste ritmo,muitos setores vão desaparecer. Al-guns insumos industriais, que no pas-sado se comprava no País, hojesomente importado – o que já cria fortedependência do câmbio, de oferta edemanda mundial do insumo e dapressão dos fornecedores. Em algunscasos, obriga-se a parar a produção porfalta de insumos disponíveis ou aces-síveis no mercado. Essa realidade, acontinuar neste ritmo, logo vai chegarmais forte nos produtos de consumoda população. Como são custos extrasque já entram na composição do preçode vários produtos nacionais, afetamdiretamente os índices de inflação. Teruma indústria forte é uma proteção dequalquer país sério e com planeja-mento estratégico.

É um alerta que a ADIAL faz hoje,que já fez nos últimos anos, e reforçaagora. A falta de interesse em repensar

nossa indústria vai ter consequênciasainda mais graves. Não vamos longe,só para citar um simples exemplo dasoportunidades que não geramos e es-paço que perdemos. Hoje a indústriaparaguaia, precária e sub-existente háalguns anos, cresce em um ritmo váriasvezes maior que o nosso, atraindo in-vestimentos estrangeiros e até mesmode indústrias brasileiras. Vamos assistirformar uma indústria Made in Para-guay ao nosso lado, sem reagir, sem terum plano de recuperação da nossa in-dústria, sem dar segurança ao investi-dor? É o que acontece hoje.

Os números deste ano, com osci-lação entre altas e quedas nas vendas,ainda não dão maior confiança ao in-dustrial. De fato, interrompem umalonga sequência de quedas, mas semfirmar um novo rumo. O último dadodivulgado pelo IBGE, em maio, decrescimento de 0,6%, por exemplo,não foi suficiente para compensar oresultado de abril, que registrouqueda de 1,3%.

Como o acumulado de perdas émuito forte e prolongado, é precisoque o setor tenha uma recuperaçãocontinuada e mais robusta de pelomenos 12 a 18 meses para retomar ospatamares de quatro a cinco anos atrás.Na ADIAL, defendemos políticasemergenciais para evitar que se feche21 fábricas e milhares de empregos dosetor por dia no País. Reforço que re-cuperar a indústria nacional é umaquestão de prioridade, autonomia eempoderamento da economia brasi-leira. Vamos trabalhar unidos em prolda indústria.

Otávio Lage de Siqueira Filho é empresário e presidente da ADIAL

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