In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório
-
Upload
adriano-rodrigues -
Category
Documents
-
view
4.516 -
download
16
description
Transcript of In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 1 de 67
ADRIANO RODRIGUES
Natal
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 2 de 67
2002 ADRIANO RODRIGUES
IN MEMORIAN CEMI TEacuteRI O VERTI CAL E CREMATOacuteRI O
Trabalho Final de Graduaccedilatildeo apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte do semestre letivo de 20021
Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo
NATAL- RN Setembro de 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 3 de 67
AGRADECIMENTOS
Com o inestimaacutevel apoio da minha famiacutelia este trabalho se concretizou
num esforccedilo individual que se tornou coletivo
Agradeccedilo especialmente a meus Pais Adilson Costa e Silbene
Rodrigues a meu irmatildeo Giorgio Rodrigues A Sinval Sousa e ao restante da
minha famiacutelia soteropolitana A Luanda Jucyelle pelas traduccedilotildees e incentivos
ao longo de todo o trabalho Ao meu Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo
Agradeccedilo aos meus colegas de turma pelo apoio que me deram
principalmente Sirley Leila Mauro Ana Guedes e Alexandre
Agradeccedilo a Luiacutes Carlos Glecircnio Leilson pela oacutetima perspectiva a Mozart
Soares pela maquete A Daniella Leal A Michelle Dos Santos pela atenccedilatildeo e
paciecircncia A Arquiteta Isabel Costa A Dona Mercecircs A Eduardo Vila Ao Prof
Maacutercio Medeiros e aos demais professores do Departamento de Arquitetura
principalmente a Prof(a) Socircnia Marques Prof(a) Edja Prof(a) Amadja Prof(a)
Mocircnica Prof(a) Iana
Enfim a todos que citados ou natildeo citados direta ou indiretamente
contribuiacuteram para a realizaccedilatildeo deste trabalho meu muito obrigado
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 4 de 67
10 ndash INTRODUCcedilAtildeO
Finalizando o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN com este
Anteprojeto almejamos demonstrar a capacidade adquirida e aplicar neste
projeto arquitetocircnico os conhecimentos desenvolvidos ao longo do curso
V isando minimizar as agruras do sepultamento este Anteprojeto de
Cemiteacuterio e Crematoacuterio almeja modificar o espaccedilo cerimonial do sepultamento
e tornaacute-lo menos fugidio e com circulaccedilotildees mais abertas e livres
Ao longo da histoacuteria os cemiteacuterios se modificaram assim como a forma
de morar das pessoas Atualmente cresce a demanda por cemiteacuterios do tipo
parque e do tipo vertical Os cemiteacuterios parque satildeo compostos de grandes
aacutereas gramadas e os jazigos satildeo identificados por placas no niacutevel do gramado
para que natildeo interfiram na contemplaccedilatildeo da paisagem que geralmente estes
cemiteacuterios querem proporcionar Contudo os cemiteacuterios do tipo vertical se
tornam mais atrativos no sentido do custo benefiacutecio do empreendedor e
tambeacutem pela higiene e limpeza que podem proporcionar Esses cemiteacuterios
podem funcionar vinte e quatro horas por dia e a depender do projeto estatildeo
livres das intempeacuteries que podem prejudicar um sepultamento ao ar livre por
exemplo
A opccedilatildeo por um complexo que fosse capaz de atender as mais
variadas religiotildees surgiu da necessidade de unificar um espaccedilo e tornaacute-lo
universal no sentido da multiplicidade pois aleacutem de cemiteacuterio vertical este
Anteprojeto tambeacutem eacute um Crematoacuterio
A cremaccedilatildeo eacute um processo tatildeo antigo quanto o sepultamento No
forno cremador as temperaturas podem chegar a 900ordmC e a cremaccedilatildeo pode
durar ateacute trecircs horas para se completar posteriormente os restos cremados
satildeo separados e acondicionados em urnas para serem entregues as famiacutelias
O I n Mem orian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio surge com o objetivo
de proporcionar um complexo ecumecircnico onde as religiotildees predominantes no
paiacutes possam realizar seus ritos com comodismo e liberdade este Anteprojeto
focaliza o visitante e natildeo no ldquomoradorrdquo pretende-se uma arquitetura para os
vivos na ldquonecroacutepole dos mortosrdquo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67
Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo
trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item
mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos
especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do
Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor
de equipamentos para crematoacuterios
O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da
evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do
projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das
legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de
partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao
conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais
de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian
Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio
O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67
20 ndash MORRER E DEPOIS
Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O
ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute
como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado
deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque
estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo
morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos
Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param
contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos
momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma
explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos
Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso
natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo
a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do
que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma
recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que
nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente
proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com
isso ainda natildeo sabemos lidar
ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de
sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa
estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)
Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a
aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento
pessoal
ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os
bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um
determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa
silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997
p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em
nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila
que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do
morrer
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67
Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante
de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam
suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que
foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a
concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam
completamente os valores dessas pessoas
A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da
vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o
quanto ela eacute curta e prazerosa
21 ndash Quanto agraves Religiotildees
As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema
importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por
noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta
Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos
torna melhores com os outros e consigo mesmo
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia
fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras
No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo
basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o
Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas
com o Budismo
211 ndash Brasil Catoacutelico
Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai
do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em
comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da
populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000
Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia
celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa
Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos
recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do
mandamento do amor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67
Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa
catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja
visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se
opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio
procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a
humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as
demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou
sem a imagem de Cristo
O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida
sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a
semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito
Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia
Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo
totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre
semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida
seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)
Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma
forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para
sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com
Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da
carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal
mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar
que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo
acreditam em reencarnaccedilatildeo
Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses
existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as
adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67
30 ndash CEMITEacuteRIOS
Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789
os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe
dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca
Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o
priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de
Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo
todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve
apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas
temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas
quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de
que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os
sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam
a graccedila de Deus (Ibid 2001)
Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o
cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades
Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios
permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das
igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes
mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque
econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)
No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade
do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que
causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos
foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que
tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada
A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e
com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso
desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das
pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de
epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e
o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 2 de 67
2002 ADRIANO RODRIGUES
IN MEMORIAN CEMI TEacuteRI O VERTI CAL E CREMATOacuteRI O
Trabalho Final de Graduaccedilatildeo apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte do semestre letivo de 20021
Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo
NATAL- RN Setembro de 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 3 de 67
AGRADECIMENTOS
Com o inestimaacutevel apoio da minha famiacutelia este trabalho se concretizou
num esforccedilo individual que se tornou coletivo
Agradeccedilo especialmente a meus Pais Adilson Costa e Silbene
Rodrigues a meu irmatildeo Giorgio Rodrigues A Sinval Sousa e ao restante da
minha famiacutelia soteropolitana A Luanda Jucyelle pelas traduccedilotildees e incentivos
ao longo de todo o trabalho Ao meu Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo
Agradeccedilo aos meus colegas de turma pelo apoio que me deram
principalmente Sirley Leila Mauro Ana Guedes e Alexandre
Agradeccedilo a Luiacutes Carlos Glecircnio Leilson pela oacutetima perspectiva a Mozart
Soares pela maquete A Daniella Leal A Michelle Dos Santos pela atenccedilatildeo e
paciecircncia A Arquiteta Isabel Costa A Dona Mercecircs A Eduardo Vila Ao Prof
Maacutercio Medeiros e aos demais professores do Departamento de Arquitetura
principalmente a Prof(a) Socircnia Marques Prof(a) Edja Prof(a) Amadja Prof(a)
Mocircnica Prof(a) Iana
Enfim a todos que citados ou natildeo citados direta ou indiretamente
contribuiacuteram para a realizaccedilatildeo deste trabalho meu muito obrigado
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 4 de 67
10 ndash INTRODUCcedilAtildeO
Finalizando o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN com este
Anteprojeto almejamos demonstrar a capacidade adquirida e aplicar neste
projeto arquitetocircnico os conhecimentos desenvolvidos ao longo do curso
V isando minimizar as agruras do sepultamento este Anteprojeto de
Cemiteacuterio e Crematoacuterio almeja modificar o espaccedilo cerimonial do sepultamento
e tornaacute-lo menos fugidio e com circulaccedilotildees mais abertas e livres
Ao longo da histoacuteria os cemiteacuterios se modificaram assim como a forma
de morar das pessoas Atualmente cresce a demanda por cemiteacuterios do tipo
parque e do tipo vertical Os cemiteacuterios parque satildeo compostos de grandes
aacutereas gramadas e os jazigos satildeo identificados por placas no niacutevel do gramado
para que natildeo interfiram na contemplaccedilatildeo da paisagem que geralmente estes
cemiteacuterios querem proporcionar Contudo os cemiteacuterios do tipo vertical se
tornam mais atrativos no sentido do custo benefiacutecio do empreendedor e
tambeacutem pela higiene e limpeza que podem proporcionar Esses cemiteacuterios
podem funcionar vinte e quatro horas por dia e a depender do projeto estatildeo
livres das intempeacuteries que podem prejudicar um sepultamento ao ar livre por
exemplo
A opccedilatildeo por um complexo que fosse capaz de atender as mais
variadas religiotildees surgiu da necessidade de unificar um espaccedilo e tornaacute-lo
universal no sentido da multiplicidade pois aleacutem de cemiteacuterio vertical este
Anteprojeto tambeacutem eacute um Crematoacuterio
A cremaccedilatildeo eacute um processo tatildeo antigo quanto o sepultamento No
forno cremador as temperaturas podem chegar a 900ordmC e a cremaccedilatildeo pode
durar ateacute trecircs horas para se completar posteriormente os restos cremados
satildeo separados e acondicionados em urnas para serem entregues as famiacutelias
O I n Mem orian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio surge com o objetivo
de proporcionar um complexo ecumecircnico onde as religiotildees predominantes no
paiacutes possam realizar seus ritos com comodismo e liberdade este Anteprojeto
focaliza o visitante e natildeo no ldquomoradorrdquo pretende-se uma arquitetura para os
vivos na ldquonecroacutepole dos mortosrdquo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67
Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo
trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item
mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos
especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do
Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor
de equipamentos para crematoacuterios
O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da
evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do
projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das
legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de
partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao
conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais
de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian
Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio
O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67
20 ndash MORRER E DEPOIS
Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O
ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute
como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado
deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque
estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo
morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos
Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param
contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos
momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma
explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos
Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso
natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo
a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do
que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma
recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que
nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente
proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com
isso ainda natildeo sabemos lidar
ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de
sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa
estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)
Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a
aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento
pessoal
ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os
bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um
determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa
silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997
p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em
nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila
que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do
morrer
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67
Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante
de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam
suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que
foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a
concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam
completamente os valores dessas pessoas
A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da
vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o
quanto ela eacute curta e prazerosa
21 ndash Quanto agraves Religiotildees
As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema
importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por
noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta
Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos
torna melhores com os outros e consigo mesmo
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia
fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras
No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo
basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o
Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas
com o Budismo
211 ndash Brasil Catoacutelico
Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai
do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em
comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da
populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000
Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia
celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa
Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos
recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do
mandamento do amor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67
Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa
catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja
visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se
opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio
procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a
humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as
demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou
sem a imagem de Cristo
O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida
sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a
semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito
Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia
Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo
totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre
semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida
seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)
Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma
forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para
sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com
Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da
carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal
mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar
que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo
acreditam em reencarnaccedilatildeo
Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses
existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as
adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67
30 ndash CEMITEacuteRIOS
Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789
os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe
dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca
Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o
priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de
Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo
todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve
apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas
temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas
quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de
que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os
sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam
a graccedila de Deus (Ibid 2001)
Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o
cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades
Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios
permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das
igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes
mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque
econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)
No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade
do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que
causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos
foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que
tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada
A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e
com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso
desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das
pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de
epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e
o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 3 de 67
AGRADECIMENTOS
Com o inestimaacutevel apoio da minha famiacutelia este trabalho se concretizou
num esforccedilo individual que se tornou coletivo
Agradeccedilo especialmente a meus Pais Adilson Costa e Silbene
Rodrigues a meu irmatildeo Giorgio Rodrigues A Sinval Sousa e ao restante da
minha famiacutelia soteropolitana A Luanda Jucyelle pelas traduccedilotildees e incentivos
ao longo de todo o trabalho Ao meu Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo
Agradeccedilo aos meus colegas de turma pelo apoio que me deram
principalmente Sirley Leila Mauro Ana Guedes e Alexandre
Agradeccedilo a Luiacutes Carlos Glecircnio Leilson pela oacutetima perspectiva a Mozart
Soares pela maquete A Daniella Leal A Michelle Dos Santos pela atenccedilatildeo e
paciecircncia A Arquiteta Isabel Costa A Dona Mercecircs A Eduardo Vila Ao Prof
Maacutercio Medeiros e aos demais professores do Departamento de Arquitetura
principalmente a Prof(a) Socircnia Marques Prof(a) Edja Prof(a) Amadja Prof(a)
Mocircnica Prof(a) Iana
Enfim a todos que citados ou natildeo citados direta ou indiretamente
contribuiacuteram para a realizaccedilatildeo deste trabalho meu muito obrigado
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 4 de 67
10 ndash INTRODUCcedilAtildeO
Finalizando o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN com este
Anteprojeto almejamos demonstrar a capacidade adquirida e aplicar neste
projeto arquitetocircnico os conhecimentos desenvolvidos ao longo do curso
V isando minimizar as agruras do sepultamento este Anteprojeto de
Cemiteacuterio e Crematoacuterio almeja modificar o espaccedilo cerimonial do sepultamento
e tornaacute-lo menos fugidio e com circulaccedilotildees mais abertas e livres
Ao longo da histoacuteria os cemiteacuterios se modificaram assim como a forma
de morar das pessoas Atualmente cresce a demanda por cemiteacuterios do tipo
parque e do tipo vertical Os cemiteacuterios parque satildeo compostos de grandes
aacutereas gramadas e os jazigos satildeo identificados por placas no niacutevel do gramado
para que natildeo interfiram na contemplaccedilatildeo da paisagem que geralmente estes
cemiteacuterios querem proporcionar Contudo os cemiteacuterios do tipo vertical se
tornam mais atrativos no sentido do custo benefiacutecio do empreendedor e
tambeacutem pela higiene e limpeza que podem proporcionar Esses cemiteacuterios
podem funcionar vinte e quatro horas por dia e a depender do projeto estatildeo
livres das intempeacuteries que podem prejudicar um sepultamento ao ar livre por
exemplo
A opccedilatildeo por um complexo que fosse capaz de atender as mais
variadas religiotildees surgiu da necessidade de unificar um espaccedilo e tornaacute-lo
universal no sentido da multiplicidade pois aleacutem de cemiteacuterio vertical este
Anteprojeto tambeacutem eacute um Crematoacuterio
A cremaccedilatildeo eacute um processo tatildeo antigo quanto o sepultamento No
forno cremador as temperaturas podem chegar a 900ordmC e a cremaccedilatildeo pode
durar ateacute trecircs horas para se completar posteriormente os restos cremados
satildeo separados e acondicionados em urnas para serem entregues as famiacutelias
O I n Mem orian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio surge com o objetivo
de proporcionar um complexo ecumecircnico onde as religiotildees predominantes no
paiacutes possam realizar seus ritos com comodismo e liberdade este Anteprojeto
focaliza o visitante e natildeo no ldquomoradorrdquo pretende-se uma arquitetura para os
vivos na ldquonecroacutepole dos mortosrdquo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67
Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo
trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item
mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos
especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do
Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor
de equipamentos para crematoacuterios
O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da
evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do
projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das
legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de
partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao
conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais
de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian
Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio
O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67
20 ndash MORRER E DEPOIS
Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O
ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute
como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado
deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque
estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo
morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos
Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param
contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos
momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma
explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos
Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso
natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo
a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do
que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma
recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que
nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente
proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com
isso ainda natildeo sabemos lidar
ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de
sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa
estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)
Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a
aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento
pessoal
ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os
bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um
determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa
silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997
p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em
nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila
que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do
morrer
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67
Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante
de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam
suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que
foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a
concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam
completamente os valores dessas pessoas
A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da
vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o
quanto ela eacute curta e prazerosa
21 ndash Quanto agraves Religiotildees
As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema
importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por
noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta
Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos
torna melhores com os outros e consigo mesmo
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia
fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras
No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo
basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o
Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas
com o Budismo
211 ndash Brasil Catoacutelico
Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai
do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em
comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da
populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000
Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia
celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa
Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos
recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do
mandamento do amor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67
Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa
catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja
visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se
opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio
procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a
humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as
demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou
sem a imagem de Cristo
O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida
sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a
semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito
Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia
Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo
totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre
semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida
seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)
Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma
forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para
sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com
Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da
carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal
mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar
que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo
acreditam em reencarnaccedilatildeo
Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses
existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as
adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67
30 ndash CEMITEacuteRIOS
Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789
os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe
dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca
Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o
priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de
Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo
todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve
apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas
temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas
quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de
que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os
sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam
a graccedila de Deus (Ibid 2001)
Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o
cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades
Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios
permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das
igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes
mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque
econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)
No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade
do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que
causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos
foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que
tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada
A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e
com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso
desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das
pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de
epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e
o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 4 de 67
10 ndash INTRODUCcedilAtildeO
Finalizando o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN com este
Anteprojeto almejamos demonstrar a capacidade adquirida e aplicar neste
projeto arquitetocircnico os conhecimentos desenvolvidos ao longo do curso
V isando minimizar as agruras do sepultamento este Anteprojeto de
Cemiteacuterio e Crematoacuterio almeja modificar o espaccedilo cerimonial do sepultamento
e tornaacute-lo menos fugidio e com circulaccedilotildees mais abertas e livres
Ao longo da histoacuteria os cemiteacuterios se modificaram assim como a forma
de morar das pessoas Atualmente cresce a demanda por cemiteacuterios do tipo
parque e do tipo vertical Os cemiteacuterios parque satildeo compostos de grandes
aacutereas gramadas e os jazigos satildeo identificados por placas no niacutevel do gramado
para que natildeo interfiram na contemplaccedilatildeo da paisagem que geralmente estes
cemiteacuterios querem proporcionar Contudo os cemiteacuterios do tipo vertical se
tornam mais atrativos no sentido do custo benefiacutecio do empreendedor e
tambeacutem pela higiene e limpeza que podem proporcionar Esses cemiteacuterios
podem funcionar vinte e quatro horas por dia e a depender do projeto estatildeo
livres das intempeacuteries que podem prejudicar um sepultamento ao ar livre por
exemplo
A opccedilatildeo por um complexo que fosse capaz de atender as mais
variadas religiotildees surgiu da necessidade de unificar um espaccedilo e tornaacute-lo
universal no sentido da multiplicidade pois aleacutem de cemiteacuterio vertical este
Anteprojeto tambeacutem eacute um Crematoacuterio
A cremaccedilatildeo eacute um processo tatildeo antigo quanto o sepultamento No
forno cremador as temperaturas podem chegar a 900ordmC e a cremaccedilatildeo pode
durar ateacute trecircs horas para se completar posteriormente os restos cremados
satildeo separados e acondicionados em urnas para serem entregues as famiacutelias
O I n Mem orian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio surge com o objetivo
de proporcionar um complexo ecumecircnico onde as religiotildees predominantes no
paiacutes possam realizar seus ritos com comodismo e liberdade este Anteprojeto
focaliza o visitante e natildeo no ldquomoradorrdquo pretende-se uma arquitetura para os
vivos na ldquonecroacutepole dos mortosrdquo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67
Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo
trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item
mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos
especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do
Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor
de equipamentos para crematoacuterios
O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da
evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do
projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das
legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de
partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao
conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais
de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian
Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio
O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67
20 ndash MORRER E DEPOIS
Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O
ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute
como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado
deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque
estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo
morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos
Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param
contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos
momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma
explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos
Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso
natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo
a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do
que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma
recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que
nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente
proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com
isso ainda natildeo sabemos lidar
ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de
sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa
estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)
Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a
aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento
pessoal
ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os
bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um
determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa
silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997
p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em
nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila
que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do
morrer
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67
Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante
de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam
suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que
foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a
concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam
completamente os valores dessas pessoas
A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da
vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o
quanto ela eacute curta e prazerosa
21 ndash Quanto agraves Religiotildees
As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema
importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por
noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta
Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos
torna melhores com os outros e consigo mesmo
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia
fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras
No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo
basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o
Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas
com o Budismo
211 ndash Brasil Catoacutelico
Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai
do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em
comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da
populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000
Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia
celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa
Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos
recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do
mandamento do amor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67
Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa
catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja
visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se
opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio
procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a
humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as
demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou
sem a imagem de Cristo
O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida
sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a
semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito
Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia
Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo
totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre
semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida
seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)
Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma
forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para
sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com
Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da
carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal
mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar
que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo
acreditam em reencarnaccedilatildeo
Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses
existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as
adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67
30 ndash CEMITEacuteRIOS
Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789
os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe
dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca
Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o
priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de
Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo
todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve
apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas
temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas
quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de
que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os
sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam
a graccedila de Deus (Ibid 2001)
Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o
cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades
Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios
permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das
igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes
mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque
econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)
No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade
do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que
causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos
foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que
tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada
A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e
com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso
desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das
pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de
epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e
o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67
Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo
trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item
mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos
especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do
Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor
de equipamentos para crematoacuterios
O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da
evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do
projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das
legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de
partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao
conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais
de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian
Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio
O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67
20 ndash MORRER E DEPOIS
Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O
ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute
como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado
deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque
estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo
morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos
Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param
contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos
momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma
explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos
Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso
natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo
a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do
que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma
recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que
nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente
proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com
isso ainda natildeo sabemos lidar
ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de
sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa
estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)
Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a
aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento
pessoal
ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os
bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um
determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa
silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997
p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em
nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila
que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do
morrer
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67
Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante
de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam
suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que
foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a
concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam
completamente os valores dessas pessoas
A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da
vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o
quanto ela eacute curta e prazerosa
21 ndash Quanto agraves Religiotildees
As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema
importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por
noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta
Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos
torna melhores com os outros e consigo mesmo
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia
fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras
No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo
basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o
Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas
com o Budismo
211 ndash Brasil Catoacutelico
Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai
do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em
comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da
populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000
Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia
celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa
Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos
recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do
mandamento do amor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67
Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa
catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja
visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se
opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio
procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a
humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as
demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou
sem a imagem de Cristo
O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida
sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a
semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito
Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia
Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo
totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre
semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida
seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)
Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma
forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para
sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com
Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da
carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal
mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar
que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo
acreditam em reencarnaccedilatildeo
Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses
existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as
adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67
30 ndash CEMITEacuteRIOS
Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789
os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe
dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca
Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o
priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de
Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo
todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve
apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas
temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas
quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de
que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os
sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam
a graccedila de Deus (Ibid 2001)
Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o
cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades
Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios
permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das
igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes
mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque
econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)
No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade
do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que
causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos
foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que
tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada
A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e
com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso
desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das
pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de
epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e
o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67
20 ndash MORRER E DEPOIS
Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O
ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute
como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado
deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque
estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo
morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos
Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param
contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos
momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma
explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos
Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso
natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo
a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do
que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma
recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que
nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente
proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com
isso ainda natildeo sabemos lidar
ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de
sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa
estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)
Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a
aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento
pessoal
ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os
bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um
determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa
silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997
p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em
nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila
que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do
morrer
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67
Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante
de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam
suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que
foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a
concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam
completamente os valores dessas pessoas
A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da
vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o
quanto ela eacute curta e prazerosa
21 ndash Quanto agraves Religiotildees
As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema
importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por
noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta
Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos
torna melhores com os outros e consigo mesmo
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia
fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras
No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo
basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o
Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas
com o Budismo
211 ndash Brasil Catoacutelico
Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai
do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em
comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da
populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000
Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia
celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa
Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos
recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do
mandamento do amor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67
Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa
catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja
visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se
opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio
procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a
humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as
demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou
sem a imagem de Cristo
O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida
sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a
semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito
Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia
Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo
totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre
semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida
seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)
Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma
forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para
sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com
Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da
carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal
mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar
que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo
acreditam em reencarnaccedilatildeo
Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses
existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as
adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67
30 ndash CEMITEacuteRIOS
Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789
os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe
dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca
Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o
priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de
Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo
todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve
apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas
temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas
quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de
que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os
sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam
a graccedila de Deus (Ibid 2001)
Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o
cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades
Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios
permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das
igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes
mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque
econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)
No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade
do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que
causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos
foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que
tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada
A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e
com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso
desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das
pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de
epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e
o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67
Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante
de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam
suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que
foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a
concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam
completamente os valores dessas pessoas
A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da
vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o
quanto ela eacute curta e prazerosa
21 ndash Quanto agraves Religiotildees
As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema
importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por
noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta
Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos
torna melhores com os outros e consigo mesmo
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia
fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras
No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo
basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o
Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas
com o Budismo
211 ndash Brasil Catoacutelico
Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai
do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em
comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da
populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000
Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia
celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa
Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos
recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do
mandamento do amor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67
Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa
catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja
visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se
opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio
procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a
humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as
demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou
sem a imagem de Cristo
O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida
sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a
semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito
Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia
Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo
totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre
semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida
seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)
Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma
forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para
sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com
Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da
carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal
mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar
que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo
acreditam em reencarnaccedilatildeo
Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses
existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as
adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67
30 ndash CEMITEacuteRIOS
Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789
os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe
dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca
Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o
priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de
Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo
todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve
apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas
temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas
quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de
que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os
sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam
a graccedila de Deus (Ibid 2001)
Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o
cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades
Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios
permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das
igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes
mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque
econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)
No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade
do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que
causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos
foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que
tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada
A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e
com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso
desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das
pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de
epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e
o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67
Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa
catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja
visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se
opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio
procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a
humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as
demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou
sem a imagem de Cristo
O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida
sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a
semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito
Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia
Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo
totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre
semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida
seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)
Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma
forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para
sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com
Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da
carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal
mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar
que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo
acreditam em reencarnaccedilatildeo
Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses
existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as
adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67
30 ndash CEMITEacuteRIOS
Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789
os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe
dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca
Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o
priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de
Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo
todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve
apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas
temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas
quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de
que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os
sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam
a graccedila de Deus (Ibid 2001)
Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o
cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades
Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios
permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das
igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes
mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque
econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)
No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade
do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que
causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos
foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que
tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada
A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e
com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso
desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das
pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de
epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e
o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67
30 ndash CEMITEacuteRIOS
Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789
os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe
dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca
Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o
priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de
Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo
todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve
apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas
temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas
quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de
que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os
sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam
a graccedila de Deus (Ibid 2001)
Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o
cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades
Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios
permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das
igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes
mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque
econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)
No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade
do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que
causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos
foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que
tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada
A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e
com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso
desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das
pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de
epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e
o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67
epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO
2002 p-12)
O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de
1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)
Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas
proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no
ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a
vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)
Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida
pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer
Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas
contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das
epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais
adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-
14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais
31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal
Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital
do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e
nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-
100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado
um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e
sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria
sido o mais antigo encontrado por ele
Figura 1 Fachada da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67
Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na
terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o
governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os
corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal
com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem
que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados
no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio
da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores
Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no
piso da Igreja Matriz
Fonte LOPES et al2002
A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa
Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem
uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido
construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os
apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados
por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave
forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa
Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)
Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram
abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou
que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina
domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito
cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio
As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo
XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999
p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem
participaram dessa grande mortandade
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67
No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados
da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao
Brasil Como conta Cascudo (p-213)
ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de
Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto
no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a
de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo
asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de
habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo
Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos
trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos
Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o
pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da
praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e
determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem
sepultados
O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da
cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e
suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na
cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do
algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um
local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses
(Ibid p-264)
Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a
construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no
caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo
consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros
de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria
na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de
abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com
vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do
Alecrim
Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio
um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67
Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o
Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO
1999 p-266)
Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941
reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela
reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos
Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo
de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa
Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a
importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma
homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado
Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas
esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem
Cemiteacuterio do Alecrim
Fonte Tribuna do Norte 2001
Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e
manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna
constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes
Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento
distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor
Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom
Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este
uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)
No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio
municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque
das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu
projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67
pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da
SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros
Tabela 01
Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal
Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos
Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos
Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos
Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos
Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos
Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos
Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes
SENSUR 2002
Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que
possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)
Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia
de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento
tabela abaixo
Tabela 02
Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001
Cemiteacuterio Quantidade
Cemiteacuterio Bom Pastor I 298
Cemiteacuterio Bom Pastor II 736
Cemiteacuterio da Redinha 26
Cemiteacuterio de Igapoacute 93
Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30
Cemiteacuterio de Ponta Negra 64
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67
Cemiteacuterio do Alecrim 338
Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330
Meacutedia Geral Mensal 1995
Fonte SENSUR 2002
Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios
O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais
no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma
meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de
Natal no ano de 2001
Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67
40 ndash CREMATOacuteRIOS
A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os
anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos
principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados
Iberoamericanos 2002)
Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque
pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)
O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade
aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e
pregam esta praacutetica
Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim
digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam
compatiacuteveis com a Igreja
O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo
Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a
cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se
diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE
VALLES DEL TUY 2002)
A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do
Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral
declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de
sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como
por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre
outras (BARBOSA 2002)
Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa
voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas
caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave
semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a
feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo
como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o
universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas
Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees
quanto agrave cremaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67
O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo
ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de
cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute
tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever
A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo
em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia
americana geralmente e projetado especialmente para isso
A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo
pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-
passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute
suficiente para todo o processo no forno cremador
Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados
em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de
acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -
que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por
nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins
Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja
dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do
enlutado
A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente
principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e
com grande aceitaccedilatildeo
Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-
Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de
26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)
Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se
comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do
serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros
As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute
praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se
comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute
apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO
METROPOLITANO 2002)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67
41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios
A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em
equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All
Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas
funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados
em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em
trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes
A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e
serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das
maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de
cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida
411 - Cremadores Fabricados
4111 - Modelo All 2500 Elite
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos
- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos
da Ameacuterica e no Canadaacute
- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria
Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite
Fonte All Crematory 2002
O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle
automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel
para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora
continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de
cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67
4112 - Modelo All 2001
O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos
Estados Unidos da Ameacuterica)
- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas
- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo
- Bototildees de controle
Figura 6 Cremador Modelo All 2001
Fonte All Crematory 2002
Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e
motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua
operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral
removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio
4113 - Modelo All 3000
Projetado para alta eficiecircncia
- Capacidade aumentada em um design compacto
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos
- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental
americana
- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de
Controle por Computador disponiacutevel
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67
Figura 7 Cremador Modelo All 3000
Fonte All Crematory 2002
O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma
maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto
D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica
Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse
modelo de cremador um dos mais escolhidos
4114 - Modelo All 4000
Cremador de alta performance
- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees
- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos
- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental
- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia
- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica
Figura 8 Cremador Modelo All 4000
Fonte All Crematory 2002
Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance
Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos
restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente
a limpidez dos gases emitidos
Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem
fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma
operaccedilatildeo ainda mais eficiente
412 - Acessoacuterios
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67
A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa
na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo
4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096
- Silencioso e faacutecil de limpar
- Completamente automaacutetico
Figura 9 Processador de Cinzas
Fonte All Crematory 2002
O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os
resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta
segundos
4122 - Estaccedilatildeo Processadora All
Em accedilo inoxidaacutevel design completo
Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou
compartimentos temporaacuterios
Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67
A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo
eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais
com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096
4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993
Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil
acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona
seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs
quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios
tamanhos e opccedilotildees
Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria
Fonte All Crematory 2002
4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees
variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes
para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas
etc
Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria
Fonte All Crematory 2002
4125 ndash Urnas Cineraacuterias
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67
Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais
variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e
expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos
- Esculpidas e fabricadas em bronze
Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze
Fonte All Crematory 2002
- Madeira e bronze
Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Diversos tipos de madeiras
Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira
Fonte All Crematory 2002
- Porcelana
Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana
Fonte All Crematory 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67
- Maacutermores
Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore
Fonte All Crematory 2002
4126 ndash Outros Acessoacuterios
- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos
cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece
tambeacutem um container especial com 300 pol
Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados
Fonte All Crematory 2002
- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados
reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo
- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os
registros de cremaccedilatildeo em ordem
- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo
reduzido satildeo largamente utilizados
- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de
feno dos restos cremados
- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e
proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara
- Ferramentas para limpeza e trabalho
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67
- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo
bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave
cabeccedila
- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento
contra o calor de radiaccedilatildeo)
- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de
couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas
Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do
original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67
50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS
As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a
dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites
de Internet
Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em
materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA
RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de
Graduaccedilatildeo da UFRN
A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o
funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da
Paz ambos do Grupo Vila
A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes
familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de
serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo
lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento
51 ndash Estudos de Caso
Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os
seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados
511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ
O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco
pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de
serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos
Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete
Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo
Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar
com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas
preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas
de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67
Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas
Estacionamento privativo Traslados gratuitos
Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente
Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados
Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos
por vidro
Fonte Memorial do Carmo 2002
512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP
Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para
500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios
Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos
individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios
capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna
Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda
Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos
realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores
devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes
Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades
Fonte Memorial Vicentino 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67
513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP
O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento
inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de
seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas
de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel
acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste
Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade
Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em
volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo
como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de
Satildeo Paulo
Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas
amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e
jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando
atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees
Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas
etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas
legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo
constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na
realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores
localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais
Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67
Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares
Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002
514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP
Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee
de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar
condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de
oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas
instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24
horas
Figura 24 Foto da Maquete do conjunto
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
Observaccedilotildees
- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de
pavimentos-tipo
- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios
masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para
funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito
de lixo seacuteptico
- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo
dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada
quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e
aacutetrium
- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos
em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos
Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais
Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002
- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de
005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio
com vidro (Figura 25)
52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67
Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da
projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a
vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais
elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma
seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o
pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de
onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer
ponto dos corredores de circulaccedilatildeo
Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical
centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a
ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o
centro dos pavimentos-tipo
As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas
basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre
no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na
projetaccedilatildeo desse pavimento
Figura 26 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67
Figura 27 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
Figura 28 Proposta de pavimento-tipo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem
com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia
neste caso onde se localiza no centro
Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento
teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que
proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio
As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo
item
Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67
60 - O PROJETO
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no
municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao
Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e
Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e
testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a
Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e
quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e
testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num
total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete
metros quadrados de terreno)
Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada
mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia
Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia
vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do
bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o
municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67
Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim
Fonte Arquivo do Autor
61 ndash Justificativa
A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria
de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais
o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro
em seu investimento
Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na
Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de
Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In
Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados
respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67
Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio
Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos
que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com
vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo
mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro
Tabela 03
Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por
jazigos
Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e
Crematoacuterio
Aacuterea (msup2) 5159700 547727
Jazigos 5400 7416
Aproveitamento
(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo
Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova
Descoberta
No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em
que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma
o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu
significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura
(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a
vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de
homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o
entorno
O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do
Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande
Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim
Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba
Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um
localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao
Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se
encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67
Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do
Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco
cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de
Natal
A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais
disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado
Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz
por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101
Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000
habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria
Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000
habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)
Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou
Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da
populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)
Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de
63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de
909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do
Estado (Ibid 1999 p-10)
62 - Especificidades
No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All
Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular
do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos
da Ameacuterica
Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel
de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este
equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o
forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e
dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza
O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos
jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67
tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no
conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e
lacrados com tampos em pedra polida
O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com
os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio
contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as
urnas decorativas
A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os
restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do
forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda
permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a
piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo
restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria
orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos
calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a
trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo
polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente
pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a
20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)
A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como
numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo
mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato
com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode
ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo
da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de
embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente
uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como
seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio
Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute
necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de
ventilaccedilatildeo
Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem
um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67
famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo
precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo
63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico
As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram
pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de
legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as
legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as
legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros
631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de
Parnamirim 2000
O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o
instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do
processo de planejamento urbano
Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3
compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir
proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com
o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana
De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na
SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de
Adensamento)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67
Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem
Escala
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim
(2000)
O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona
Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou
destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com
restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana
O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como
sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por
apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano
desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II
Para esta aacuterea fica determinado que
- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)
- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art
78)
- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de
edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for
inferior a 250m (Art 112)
- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no
caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de
2400m de altura (Art 114)
Caacutelculo do Recuo Frontal
Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-
esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num
total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de
2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis
Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos
acrescentados totalizando 392m (028 x 14)
Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua
Professora Soliana de Andrade
- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de
altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67
de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de
600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)
Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior
Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no
caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num
total de 20 x 028m = 560m
Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior
- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m
- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar
os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)
- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se
a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)
- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as
atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem
apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento
Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas
(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de
1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para
cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15
vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio
de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas
considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia
de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de
estacionamento
Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas
restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86
vagas um nuacutemero superior ao estimado
O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por
liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que
podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por
promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo
com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar
geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de
Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67
efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para
execuccedilatildeo
632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico
Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte
De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In
Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo
como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair
a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os
veloacuterios
Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso
temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o
piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta
forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo
as seguintes diretrizes
- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)
- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)
- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns
- Escada enclausurada
- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo
automaacutetica
- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia
- Elevador de seguranccedila
- Paacutera-raios
- Instalaccedilatildeo de hidrantes
- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)
A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias
- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de
descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda
- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo
- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo
corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67
- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de
equipamento
- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes
telefone etc
- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte
discriminada em planta
- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de
caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e
malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2
- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir
com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo
- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute
no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda
- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de
pavimentos
- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque
- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm
Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um
miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros
Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio
aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (
15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20
litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de
seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por
dia
Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para
trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020
litros
633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal
O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre
cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965
condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67
O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de
comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade
O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas
destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de
capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de
preparaccedilatildeo)
Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas
inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura
634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro
6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969
Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares
cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical
6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970
Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir
I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios
almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de
construccedilatildeo
II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo
em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada
mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical
III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees
IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios
V - Loja para venda de flores
VI - Agecircncia Funeraacuteria
VII - Local para informaccedilotildees
VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos
IX - Posto de telefones puacuteblicos
X - Local para estacionamento de veiacuteculos
XI - Incinerador de lixo
XII - Forno crematoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67
XIII - Depoacutesito de ossos
XIV - Sala de necropsia
XV - Pequena enfermaria
Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave
inumaccedilatildeo de cadaacuteveres
Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no
miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais
III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees
suficientes para o transporte do feacuteretro
IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as
necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia
Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias
I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois
metros e sessenta centiacutemetros
II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs
metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo
Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte
dimensotildees miacutenimas
I - largura oitenta centiacutemetros
II - altura sessenta centiacutemetros
III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros
Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de
modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas
a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por
pavimento
b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos
c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a
circulaccedilatildeo de acesso
6343 - Decreto Nordm 7914 1988
Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de
uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea
construiacuteda e ocupada por sepultura
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67
6344 - Decreto Nordm 20061 2001
Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos
funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para
remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano
635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei
N 6725 1994
Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua
cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes
Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver
duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das
autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de
accedilatildeo criminosa
Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever
I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento
puacuteblico ou particular
II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo
haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item
anterior
Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se
incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus
Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo
de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos
636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente
D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros
materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios
Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo
e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67
Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura
miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo
poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)
Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura
da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C
Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio
deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)
horas
Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo
estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em
equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada
64 - Programa de Necessidades
Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees
Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco
realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal
bem como os estudos de caso avaliados anteriormente
Estacionamento Externo 50 vagas
Guarita
Estacionamento Interno 36 vagas
Setor Visitantes
Atendimento
Lanchonete
Floricultura
Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67
Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio
Salas de Veloacuterio seis salas
Repouso Familiar seis salas
Enfermaria
Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos
Escada
BWCs
Varandas
Elevadores
Jazigos
Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados
Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento
Setor Serviccedilos
Garagem
Depoacutesito
BWCs funcionaacuterios
Estar de funcionaacuterios
Serviccedilo Lavanderia
Espera
Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo
dos defuntos
Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados
Elevadores
Gerador
Depoacutesito de Lixo
Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67
Setor Administraccedilatildeo
Recepccedilatildeo
Almoxarifado Arquivo
Administraccedilatildeo
Diretoria
WCs
Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila
transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico
geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis
pavimentos diferenciados e 21 andares
Aacuterea do Terreno com 547727msup2
65 - Definiccedilotildees de Partido
Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e
Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por
recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e
interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao
urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel
Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de
entrada de serviccedilo e principal respectivamente
O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo
estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a
entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves
aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67
No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo
setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste
pavimento ficam os setores de visitas e lanches
Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian
LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-
Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente
fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a
ponta do ambiente
O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A
predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma
opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto
No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam
diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e
do Ossuaacuterio
Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de
halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas
fica notoacuterio
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67
Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que
se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os
mesmos
Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois
pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves
urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas
salas de veloacuterio jazigos e lanchonete
O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma
simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo
marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao
planejamento inicial houve um excelente encontro
A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute
na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67
Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67
LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos
5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-
Elevadores 5-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67
Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian
LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-
Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
66 ndash Funcionalidade
O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a
funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a
racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as
ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza
Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente
restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos
funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade
Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom
funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo
dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees
661 - Fluxo dos Visitantes
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67
Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das
circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela
Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte
Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a
peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente
arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte
do conjunto
Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo
espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No
Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se
pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o
Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo
rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e
pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada
Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute
a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode
aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste
pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados
para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete
com mezanino e Ossuaacuterio
Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do
empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia
ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando
Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos
Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas
cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso
proporciona uma vista panoracircmica do local
662 - Fluxo dos Atauacutedes
A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que
vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o
Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67
Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e
Higienizaccedilatildeo
Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos
os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente
preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de
Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem
do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas
O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende
alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte
ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do
sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins
Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador
de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-
determinado ou para a Sala do Cremador
Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que
quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo
Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a
finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente
desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este
momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute
663 ndash Circulaccedilotildees
As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar
da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo
de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se
pode perceber o movimento de um pavimento ao outro
Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de
circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais
As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de
Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade
tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios
A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do
Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67
vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a
altura do espelho e o comprimento do piso
Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da
Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12
pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta
corrediccedila com abertura central
Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e
comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou
funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo
natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser
encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um
modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante
67 - Conforto
As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em
consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se
dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das
duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos
uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas
Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais
amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite
Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com
base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o
clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para
Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos
para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento
permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem
isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra
chuvas
O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente
nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber
e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67
aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute
a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos
periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no
Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra
no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro
Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In
Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios
se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute
origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e
subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo
(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees
segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo
(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do
vento no percurso
Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In
Memorian
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67
Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor
Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as
aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a
direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda
satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)
fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento
Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam
espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes
68 - Estrutura
O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os
padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias
concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes
nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido
Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e
fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada
para que as secccedilotildees sejam reduzidas
Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema
Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro
de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas
financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente
Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural
correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas
da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi
auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e
Mestre pela UNICAMP
Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de
45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com
vatildeos livres de ateacute 1275m
Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de
lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67
optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm
Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os
menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se
encontram nas extremidades
As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um
processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a
aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts
diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves
vigas presentes na estrutura convencional
69 - Acabamentos
Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In
Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo
tempo
O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa
escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes
de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem
Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os
banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros
restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas
com padratildeo inferior ao porcelanato
As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher
O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em
lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado
As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado
como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo
em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado
esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67
Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de
ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas
das perspectivas (Figuras 42 e 43)
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67
Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67
Figura 43 Vista do In Memorian
Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no
projeto do Autor
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67
610 ndash Paisagismo
Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a
grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que
se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto
Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do
Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela
Grama Esmeralda
Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos
entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de
arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores
ao local
No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas
aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca
Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que
ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de
faacutecil manutenccedilatildeo
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67
70 ndash REFEREcircNCIAS
ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso
em 30 jan 2002
ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso
em 23 jul 2002
BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do
Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo
[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt
adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002
BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994
BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002
CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das
representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -
Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte
CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed
Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999
CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de
2002
CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em
lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002
DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente
Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67
DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal
1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996
GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia
(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000
LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA
Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002
Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo
I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar
MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002
MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002
MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em
lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002
MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima
Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e
Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em
lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67
NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o
Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias
Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965
OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la
Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em
lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul
de 2002
PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim
2000
REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In
ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo
Paulo Companhia das Letras 1999 v 2
RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo
construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical
RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001
RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988
RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee
sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de
dezembro de 1968
RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de
Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de
Bombeiros Poliacutecia Militar
RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do
Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997
in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO
TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67
Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo
Parnamirim 1999
SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA
Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo
DIFEL v 2
SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem
pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de
mar de 2002
SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal
2002
SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes
Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em
lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar
2002
TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute
EDUFAL 1999
TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02
de nov de 2001
VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que
morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997