In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

67
in Memorian CEMITÉRIO VERTICAL E CREMATÓRIO TFG : ARQUITETURA E URBANISMO :: UFRN :: ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Página 1 de 67 ADRIANO RODRIGUES Natal

description

Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo. UFRN. 2002

Transcript of In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

Page 1: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 1 de 67

ADRIANO RODRIGUES

Natal

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 2 de 67

2002 ADRIANO RODRIGUES

IN MEMORIAN CEMI TEacuteRI O VERTI CAL E CREMATOacuteRI O

Trabalho Final de Graduaccedilatildeo apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte do semestre letivo de 20021

Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo

NATAL- RN Setembro de 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 3 de 67

AGRADECIMENTOS

Com o inestimaacutevel apoio da minha famiacutelia este trabalho se concretizou

num esforccedilo individual que se tornou coletivo

Agradeccedilo especialmente a meus Pais Adilson Costa e Silbene

Rodrigues a meu irmatildeo Giorgio Rodrigues A Sinval Sousa e ao restante da

minha famiacutelia soteropolitana A Luanda Jucyelle pelas traduccedilotildees e incentivos

ao longo de todo o trabalho Ao meu Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo

Agradeccedilo aos meus colegas de turma pelo apoio que me deram

principalmente Sirley Leila Mauro Ana Guedes e Alexandre

Agradeccedilo a Luiacutes Carlos Glecircnio Leilson pela oacutetima perspectiva a Mozart

Soares pela maquete A Daniella Leal A Michelle Dos Santos pela atenccedilatildeo e

paciecircncia A Arquiteta Isabel Costa A Dona Mercecircs A Eduardo Vila Ao Prof

Maacutercio Medeiros e aos demais professores do Departamento de Arquitetura

principalmente a Prof(a) Socircnia Marques Prof(a) Edja Prof(a) Amadja Prof(a)

Mocircnica Prof(a) Iana

Enfim a todos que citados ou natildeo citados direta ou indiretamente

contribuiacuteram para a realizaccedilatildeo deste trabalho meu muito obrigado

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 4 de 67

10 ndash INTRODUCcedilAtildeO

Finalizando o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN com este

Anteprojeto almejamos demonstrar a capacidade adquirida e aplicar neste

projeto arquitetocircnico os conhecimentos desenvolvidos ao longo do curso

V isando minimizar as agruras do sepultamento este Anteprojeto de

Cemiteacuterio e Crematoacuterio almeja modificar o espaccedilo cerimonial do sepultamento

e tornaacute-lo menos fugidio e com circulaccedilotildees mais abertas e livres

Ao longo da histoacuteria os cemiteacuterios se modificaram assim como a forma

de morar das pessoas Atualmente cresce a demanda por cemiteacuterios do tipo

parque e do tipo vertical Os cemiteacuterios parque satildeo compostos de grandes

aacutereas gramadas e os jazigos satildeo identificados por placas no niacutevel do gramado

para que natildeo interfiram na contemplaccedilatildeo da paisagem que geralmente estes

cemiteacuterios querem proporcionar Contudo os cemiteacuterios do tipo vertical se

tornam mais atrativos no sentido do custo benefiacutecio do empreendedor e

tambeacutem pela higiene e limpeza que podem proporcionar Esses cemiteacuterios

podem funcionar vinte e quatro horas por dia e a depender do projeto estatildeo

livres das intempeacuteries que podem prejudicar um sepultamento ao ar livre por

exemplo

A opccedilatildeo por um complexo que fosse capaz de atender as mais

variadas religiotildees surgiu da necessidade de unificar um espaccedilo e tornaacute-lo

universal no sentido da multiplicidade pois aleacutem de cemiteacuterio vertical este

Anteprojeto tambeacutem eacute um Crematoacuterio

A cremaccedilatildeo eacute um processo tatildeo antigo quanto o sepultamento No

forno cremador as temperaturas podem chegar a 900ordmC e a cremaccedilatildeo pode

durar ateacute trecircs horas para se completar posteriormente os restos cremados

satildeo separados e acondicionados em urnas para serem entregues as famiacutelias

O I n Mem orian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio surge com o objetivo

de proporcionar um complexo ecumecircnico onde as religiotildees predominantes no

paiacutes possam realizar seus ritos com comodismo e liberdade este Anteprojeto

focaliza o visitante e natildeo no ldquomoradorrdquo pretende-se uma arquitetura para os

vivos na ldquonecroacutepole dos mortosrdquo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67

Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo

trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item

mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos

especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do

Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor

de equipamentos para crematoacuterios

O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da

evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do

projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das

legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de

partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao

conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais

de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian

Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio

O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67

20 ndash MORRER E DEPOIS

Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O

ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute

como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado

deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque

estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo

morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos

Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param

contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos

momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma

explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos

Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso

natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo

a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do

que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma

recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que

nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente

proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com

isso ainda natildeo sabemos lidar

ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de

sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa

estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)

Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a

aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento

pessoal

ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os

bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um

determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa

silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997

p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em

nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila

que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do

morrer

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67

Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante

de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam

suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que

foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a

concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam

completamente os valores dessas pessoas

A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da

vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o

quanto ela eacute curta e prazerosa

21 ndash Quanto agraves Religiotildees

As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema

importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por

noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta

Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos

torna melhores com os outros e consigo mesmo

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia

fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras

No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo

basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o

Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas

com o Budismo

211 ndash Brasil Catoacutelico

Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai

do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em

comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da

populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000

Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia

celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa

Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos

recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do

mandamento do amor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67

Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa

catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja

visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se

opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio

procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a

humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as

demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou

sem a imagem de Cristo

O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida

sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a

semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito

Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia

Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo

totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre

semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida

seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)

Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma

forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para

sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com

Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da

carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal

mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar

que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo

acreditam em reencarnaccedilatildeo

Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses

existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as

adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67

30 ndash CEMITEacuteRIOS

Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789

os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe

dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca

Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o

priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de

Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo

todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve

apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas

temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas

quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de

que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os

sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam

a graccedila de Deus (Ibid 2001)

Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o

cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades

Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios

permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das

igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes

mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque

econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)

No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade

do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que

causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos

foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que

tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada

A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e

com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso

desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das

pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de

epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e

o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 2: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 2 de 67

2002 ADRIANO RODRIGUES

IN MEMORIAN CEMI TEacuteRI O VERTI CAL E CREMATOacuteRI O

Trabalho Final de Graduaccedilatildeo apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte do semestre letivo de 20021

Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo

NATAL- RN Setembro de 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 3 de 67

AGRADECIMENTOS

Com o inestimaacutevel apoio da minha famiacutelia este trabalho se concretizou

num esforccedilo individual que se tornou coletivo

Agradeccedilo especialmente a meus Pais Adilson Costa e Silbene

Rodrigues a meu irmatildeo Giorgio Rodrigues A Sinval Sousa e ao restante da

minha famiacutelia soteropolitana A Luanda Jucyelle pelas traduccedilotildees e incentivos

ao longo de todo o trabalho Ao meu Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo

Agradeccedilo aos meus colegas de turma pelo apoio que me deram

principalmente Sirley Leila Mauro Ana Guedes e Alexandre

Agradeccedilo a Luiacutes Carlos Glecircnio Leilson pela oacutetima perspectiva a Mozart

Soares pela maquete A Daniella Leal A Michelle Dos Santos pela atenccedilatildeo e

paciecircncia A Arquiteta Isabel Costa A Dona Mercecircs A Eduardo Vila Ao Prof

Maacutercio Medeiros e aos demais professores do Departamento de Arquitetura

principalmente a Prof(a) Socircnia Marques Prof(a) Edja Prof(a) Amadja Prof(a)

Mocircnica Prof(a) Iana

Enfim a todos que citados ou natildeo citados direta ou indiretamente

contribuiacuteram para a realizaccedilatildeo deste trabalho meu muito obrigado

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 4 de 67

10 ndash INTRODUCcedilAtildeO

Finalizando o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN com este

Anteprojeto almejamos demonstrar a capacidade adquirida e aplicar neste

projeto arquitetocircnico os conhecimentos desenvolvidos ao longo do curso

V isando minimizar as agruras do sepultamento este Anteprojeto de

Cemiteacuterio e Crematoacuterio almeja modificar o espaccedilo cerimonial do sepultamento

e tornaacute-lo menos fugidio e com circulaccedilotildees mais abertas e livres

Ao longo da histoacuteria os cemiteacuterios se modificaram assim como a forma

de morar das pessoas Atualmente cresce a demanda por cemiteacuterios do tipo

parque e do tipo vertical Os cemiteacuterios parque satildeo compostos de grandes

aacutereas gramadas e os jazigos satildeo identificados por placas no niacutevel do gramado

para que natildeo interfiram na contemplaccedilatildeo da paisagem que geralmente estes

cemiteacuterios querem proporcionar Contudo os cemiteacuterios do tipo vertical se

tornam mais atrativos no sentido do custo benefiacutecio do empreendedor e

tambeacutem pela higiene e limpeza que podem proporcionar Esses cemiteacuterios

podem funcionar vinte e quatro horas por dia e a depender do projeto estatildeo

livres das intempeacuteries que podem prejudicar um sepultamento ao ar livre por

exemplo

A opccedilatildeo por um complexo que fosse capaz de atender as mais

variadas religiotildees surgiu da necessidade de unificar um espaccedilo e tornaacute-lo

universal no sentido da multiplicidade pois aleacutem de cemiteacuterio vertical este

Anteprojeto tambeacutem eacute um Crematoacuterio

A cremaccedilatildeo eacute um processo tatildeo antigo quanto o sepultamento No

forno cremador as temperaturas podem chegar a 900ordmC e a cremaccedilatildeo pode

durar ateacute trecircs horas para se completar posteriormente os restos cremados

satildeo separados e acondicionados em urnas para serem entregues as famiacutelias

O I n Mem orian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio surge com o objetivo

de proporcionar um complexo ecumecircnico onde as religiotildees predominantes no

paiacutes possam realizar seus ritos com comodismo e liberdade este Anteprojeto

focaliza o visitante e natildeo no ldquomoradorrdquo pretende-se uma arquitetura para os

vivos na ldquonecroacutepole dos mortosrdquo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67

Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo

trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item

mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos

especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do

Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor

de equipamentos para crematoacuterios

O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da

evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do

projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das

legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de

partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao

conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais

de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian

Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio

O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67

20 ndash MORRER E DEPOIS

Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O

ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute

como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado

deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque

estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo

morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos

Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param

contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos

momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma

explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos

Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso

natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo

a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do

que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma

recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que

nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente

proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com

isso ainda natildeo sabemos lidar

ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de

sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa

estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)

Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a

aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento

pessoal

ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os

bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um

determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa

silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997

p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em

nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila

que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do

morrer

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67

Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante

de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam

suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que

foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a

concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam

completamente os valores dessas pessoas

A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da

vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o

quanto ela eacute curta e prazerosa

21 ndash Quanto agraves Religiotildees

As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema

importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por

noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta

Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos

torna melhores com os outros e consigo mesmo

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia

fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras

No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo

basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o

Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas

com o Budismo

211 ndash Brasil Catoacutelico

Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai

do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em

comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da

populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000

Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia

celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa

Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos

recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do

mandamento do amor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67

Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa

catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja

visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se

opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio

procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a

humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as

demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou

sem a imagem de Cristo

O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida

sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a

semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito

Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia

Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo

totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre

semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida

seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)

Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma

forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para

sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com

Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da

carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal

mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar

que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo

acreditam em reencarnaccedilatildeo

Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses

existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as

adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67

30 ndash CEMITEacuteRIOS

Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789

os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe

dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca

Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o

priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de

Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo

todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve

apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas

temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas

quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de

que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os

sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam

a graccedila de Deus (Ibid 2001)

Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o

cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades

Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios

permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das

igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes

mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque

econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)

No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade

do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que

causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos

foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que

tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada

A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e

com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso

desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das

pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de

epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e

o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 3: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 3 de 67

AGRADECIMENTOS

Com o inestimaacutevel apoio da minha famiacutelia este trabalho se concretizou

num esforccedilo individual que se tornou coletivo

Agradeccedilo especialmente a meus Pais Adilson Costa e Silbene

Rodrigues a meu irmatildeo Giorgio Rodrigues A Sinval Sousa e ao restante da

minha famiacutelia soteropolitana A Luanda Jucyelle pelas traduccedilotildees e incentivos

ao longo de todo o trabalho Ao meu Orientador Prof Fabriacutecio de Paula Leitatildeo

Agradeccedilo aos meus colegas de turma pelo apoio que me deram

principalmente Sirley Leila Mauro Ana Guedes e Alexandre

Agradeccedilo a Luiacutes Carlos Glecircnio Leilson pela oacutetima perspectiva a Mozart

Soares pela maquete A Daniella Leal A Michelle Dos Santos pela atenccedilatildeo e

paciecircncia A Arquiteta Isabel Costa A Dona Mercecircs A Eduardo Vila Ao Prof

Maacutercio Medeiros e aos demais professores do Departamento de Arquitetura

principalmente a Prof(a) Socircnia Marques Prof(a) Edja Prof(a) Amadja Prof(a)

Mocircnica Prof(a) Iana

Enfim a todos que citados ou natildeo citados direta ou indiretamente

contribuiacuteram para a realizaccedilatildeo deste trabalho meu muito obrigado

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 4 de 67

10 ndash INTRODUCcedilAtildeO

Finalizando o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN com este

Anteprojeto almejamos demonstrar a capacidade adquirida e aplicar neste

projeto arquitetocircnico os conhecimentos desenvolvidos ao longo do curso

V isando minimizar as agruras do sepultamento este Anteprojeto de

Cemiteacuterio e Crematoacuterio almeja modificar o espaccedilo cerimonial do sepultamento

e tornaacute-lo menos fugidio e com circulaccedilotildees mais abertas e livres

Ao longo da histoacuteria os cemiteacuterios se modificaram assim como a forma

de morar das pessoas Atualmente cresce a demanda por cemiteacuterios do tipo

parque e do tipo vertical Os cemiteacuterios parque satildeo compostos de grandes

aacutereas gramadas e os jazigos satildeo identificados por placas no niacutevel do gramado

para que natildeo interfiram na contemplaccedilatildeo da paisagem que geralmente estes

cemiteacuterios querem proporcionar Contudo os cemiteacuterios do tipo vertical se

tornam mais atrativos no sentido do custo benefiacutecio do empreendedor e

tambeacutem pela higiene e limpeza que podem proporcionar Esses cemiteacuterios

podem funcionar vinte e quatro horas por dia e a depender do projeto estatildeo

livres das intempeacuteries que podem prejudicar um sepultamento ao ar livre por

exemplo

A opccedilatildeo por um complexo que fosse capaz de atender as mais

variadas religiotildees surgiu da necessidade de unificar um espaccedilo e tornaacute-lo

universal no sentido da multiplicidade pois aleacutem de cemiteacuterio vertical este

Anteprojeto tambeacutem eacute um Crematoacuterio

A cremaccedilatildeo eacute um processo tatildeo antigo quanto o sepultamento No

forno cremador as temperaturas podem chegar a 900ordmC e a cremaccedilatildeo pode

durar ateacute trecircs horas para se completar posteriormente os restos cremados

satildeo separados e acondicionados em urnas para serem entregues as famiacutelias

O I n Mem orian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio surge com o objetivo

de proporcionar um complexo ecumecircnico onde as religiotildees predominantes no

paiacutes possam realizar seus ritos com comodismo e liberdade este Anteprojeto

focaliza o visitante e natildeo no ldquomoradorrdquo pretende-se uma arquitetura para os

vivos na ldquonecroacutepole dos mortosrdquo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67

Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo

trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item

mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos

especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do

Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor

de equipamentos para crematoacuterios

O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da

evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do

projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das

legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de

partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao

conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais

de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian

Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio

O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67

20 ndash MORRER E DEPOIS

Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O

ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute

como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado

deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque

estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo

morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos

Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param

contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos

momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma

explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos

Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso

natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo

a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do

que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma

recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que

nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente

proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com

isso ainda natildeo sabemos lidar

ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de

sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa

estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)

Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a

aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento

pessoal

ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os

bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um

determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa

silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997

p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em

nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila

que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do

morrer

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67

Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante

de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam

suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que

foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a

concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam

completamente os valores dessas pessoas

A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da

vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o

quanto ela eacute curta e prazerosa

21 ndash Quanto agraves Religiotildees

As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema

importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por

noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta

Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos

torna melhores com os outros e consigo mesmo

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia

fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras

No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo

basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o

Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas

com o Budismo

211 ndash Brasil Catoacutelico

Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai

do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em

comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da

populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000

Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia

celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa

Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos

recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do

mandamento do amor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67

Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa

catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja

visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se

opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio

procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a

humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as

demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou

sem a imagem de Cristo

O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida

sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a

semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito

Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia

Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo

totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre

semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida

seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)

Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma

forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para

sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com

Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da

carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal

mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar

que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo

acreditam em reencarnaccedilatildeo

Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses

existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as

adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67

30 ndash CEMITEacuteRIOS

Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789

os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe

dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca

Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o

priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de

Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo

todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve

apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas

temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas

quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de

que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os

sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam

a graccedila de Deus (Ibid 2001)

Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o

cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades

Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios

permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das

igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes

mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque

econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)

No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade

do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que

causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos

foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que

tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada

A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e

com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso

desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das

pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de

epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e

o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 4: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 4 de 67

10 ndash INTRODUCcedilAtildeO

Finalizando o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN com este

Anteprojeto almejamos demonstrar a capacidade adquirida e aplicar neste

projeto arquitetocircnico os conhecimentos desenvolvidos ao longo do curso

V isando minimizar as agruras do sepultamento este Anteprojeto de

Cemiteacuterio e Crematoacuterio almeja modificar o espaccedilo cerimonial do sepultamento

e tornaacute-lo menos fugidio e com circulaccedilotildees mais abertas e livres

Ao longo da histoacuteria os cemiteacuterios se modificaram assim como a forma

de morar das pessoas Atualmente cresce a demanda por cemiteacuterios do tipo

parque e do tipo vertical Os cemiteacuterios parque satildeo compostos de grandes

aacutereas gramadas e os jazigos satildeo identificados por placas no niacutevel do gramado

para que natildeo interfiram na contemplaccedilatildeo da paisagem que geralmente estes

cemiteacuterios querem proporcionar Contudo os cemiteacuterios do tipo vertical se

tornam mais atrativos no sentido do custo benefiacutecio do empreendedor e

tambeacutem pela higiene e limpeza que podem proporcionar Esses cemiteacuterios

podem funcionar vinte e quatro horas por dia e a depender do projeto estatildeo

livres das intempeacuteries que podem prejudicar um sepultamento ao ar livre por

exemplo

A opccedilatildeo por um complexo que fosse capaz de atender as mais

variadas religiotildees surgiu da necessidade de unificar um espaccedilo e tornaacute-lo

universal no sentido da multiplicidade pois aleacutem de cemiteacuterio vertical este

Anteprojeto tambeacutem eacute um Crematoacuterio

A cremaccedilatildeo eacute um processo tatildeo antigo quanto o sepultamento No

forno cremador as temperaturas podem chegar a 900ordmC e a cremaccedilatildeo pode

durar ateacute trecircs horas para se completar posteriormente os restos cremados

satildeo separados e acondicionados em urnas para serem entregues as famiacutelias

O I n Mem orian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio surge com o objetivo

de proporcionar um complexo ecumecircnico onde as religiotildees predominantes no

paiacutes possam realizar seus ritos com comodismo e liberdade este Anteprojeto

focaliza o visitante e natildeo no ldquomoradorrdquo pretende-se uma arquitetura para os

vivos na ldquonecroacutepole dos mortosrdquo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67

Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo

trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item

mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos

especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do

Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor

de equipamentos para crematoacuterios

O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da

evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do

projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das

legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de

partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao

conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais

de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian

Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio

O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67

20 ndash MORRER E DEPOIS

Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O

ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute

como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado

deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque

estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo

morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos

Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param

contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos

momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma

explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos

Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso

natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo

a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do

que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma

recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que

nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente

proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com

isso ainda natildeo sabemos lidar

ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de

sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa

estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)

Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a

aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento

pessoal

ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os

bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um

determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa

silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997

p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em

nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila

que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do

morrer

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67

Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante

de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam

suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que

foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a

concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam

completamente os valores dessas pessoas

A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da

vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o

quanto ela eacute curta e prazerosa

21 ndash Quanto agraves Religiotildees

As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema

importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por

noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta

Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos

torna melhores com os outros e consigo mesmo

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia

fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras

No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo

basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o

Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas

com o Budismo

211 ndash Brasil Catoacutelico

Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai

do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em

comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da

populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000

Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia

celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa

Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos

recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do

mandamento do amor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67

Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa

catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja

visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se

opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio

procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a

humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as

demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou

sem a imagem de Cristo

O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida

sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a

semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito

Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia

Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo

totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre

semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida

seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)

Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma

forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para

sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com

Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da

carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal

mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar

que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo

acreditam em reencarnaccedilatildeo

Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses

existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as

adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67

30 ndash CEMITEacuteRIOS

Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789

os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe

dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca

Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o

priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de

Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo

todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve

apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas

temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas

quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de

que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os

sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam

a graccedila de Deus (Ibid 2001)

Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o

cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades

Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios

permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das

igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes

mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque

econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)

No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade

do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que

causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos

foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que

tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada

A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e

com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso

desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das

pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de

epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e

o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 5: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 5 de 67

Este trabalho estaacute dividido nos seguintes itens ldquoMorrer e Depoisrdquo

trata a questatildeo da morte e a forma dos catoacutelicos de vecirc-la O terceiro item

mostra como os cemiteacuterios deixaram as igrejas e se tornaram pontos

especiacuteficos nas cidades Trata tambeacutem da origem dos cemiteacuterios na Cidade do

Natal O quarto item fala da origem dos crematoacuterios e mostra um fornecedor

de equipamentos para crematoacuterios

O quinto item trata da metodologia aplicada dos estudos de caso e da

evoluccedilatildeo da proposta arquitetocircnica O sexto item trata das consideraccedilotildees do

projeto como localizaccedilatildeo justificativa especificidades da proposta das

legislaccedilotildees pertinentes do programa de necessidades das definiccedilotildees de

partido adotadas da funcionalidade do complexo das questotildees referentes ao

conforto ambiental na edificaccedilatildeo do partido estrutural adotado dos materiais

de acabamento utilizados e de diretrizes para o paisagismo no I n Memorian

Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio

O seacutetimo item indica as referecircncias bibliograacuteficas abordadas no texto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67

20 ndash MORRER E DEPOIS

Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O

ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute

como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado

deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque

estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo

morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos

Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param

contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos

momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma

explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos

Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso

natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo

a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do

que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma

recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que

nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente

proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com

isso ainda natildeo sabemos lidar

ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de

sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa

estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)

Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a

aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento

pessoal

ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os

bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um

determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa

silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997

p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em

nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila

que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do

morrer

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67

Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante

de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam

suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que

foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a

concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam

completamente os valores dessas pessoas

A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da

vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o

quanto ela eacute curta e prazerosa

21 ndash Quanto agraves Religiotildees

As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema

importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por

noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta

Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos

torna melhores com os outros e consigo mesmo

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia

fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras

No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo

basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o

Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas

com o Budismo

211 ndash Brasil Catoacutelico

Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai

do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em

comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da

populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000

Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia

celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa

Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos

recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do

mandamento do amor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67

Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa

catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja

visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se

opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio

procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a

humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as

demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou

sem a imagem de Cristo

O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida

sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a

semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito

Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia

Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo

totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre

semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida

seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)

Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma

forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para

sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com

Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da

carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal

mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar

que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo

acreditam em reencarnaccedilatildeo

Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses

existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as

adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67

30 ndash CEMITEacuteRIOS

Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789

os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe

dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca

Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o

priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de

Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo

todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve

apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas

temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas

quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de

que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os

sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam

a graccedila de Deus (Ibid 2001)

Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o

cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades

Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios

permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das

igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes

mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque

econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)

No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade

do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que

causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos

foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que

tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada

A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e

com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso

desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das

pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de

epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e

o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 6: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 6 de 67

20 ndash MORRER E DEPOIS

Na Natureza estatildeo presentes os componentes da Vida e da Morte O

ciclo de vida e morte atinge a todos os seres biologicamente vivos e natildeo haacute

como escapar desse ciclo Natildeo haacute se quer um indiviacuteduo que tenha escapado

deste ciclo que eacute uma das leis da Naturezaldquo seres vivos soacute morrem porque

estatildeo vivosrdquo (VALLE 1997 p-29) este autor refere-se aos Minerais que natildeo

morrem pois tambeacutem nunca estiveram vivos

Fisiologicamente a morte acontece quando os sinais vitais param

contudo eacute nas religiotildees que podemos encontrar conforto e abrigo nos

momentos mais difiacuteceis A maioria das religiotildees tenta de alguma forma

explicar para onde vamos depois da morte e de onde viemos

Aqui no Ocidente existe uma supremacia da ideacuteia de vida natildeo que isso

natildeo seja bom mas algumas vezes a falta de reflexatildeo ignora a morte e daiacute ldquo

a cultura do Ocidente mais voltada para a acircnsia incont ida do lsquoter m aisacute do

que para a busca do lsquoser m aisacute prefere negar a morterdquo (Ibid p-30) Uma

recusa em aceitar o inevitaacutevel jaacute que comeccedilamos a morrer assim que

nascemos Parece que quando nos deparamos com a morte de um ente

proacuteximo nos deparamos com a nossa proacutepria possibilidade de morrer e com

isso ainda natildeo sabemos lidar

ldquoEnfrentar a morte de um a pessoa eacute confrontar-se com a realidade de

sua proacutepria m orte na medida em que eu negar a m orte de um a pessoa

estarei cr iando a m inha proacutepria im ortalidaderdquo(DrsquoASSUMPCcedilAtildeO 1984 p-22)

Natildeo haacute a necessidade de encarar a morte como um fato bom na vida mas a

aceitaccedilatildeo do inevitaacutevel eacute importante no nosso processo de desenvolvimento

pessoal

ldquoNeste m undo ningueacutem a r igor eacute proprietaacuter io de nada Todos os

bens satildeo concedidos ao ser hum ano a t iacutetulo de em preacutest imo por um

determ inado lapso de tem po Vatildeo passando de um as para out ras m atildeos numa

silenciosa liccedilatildeo de desapego a todos os cam inhantes da Vidardquo(VALLE 1997

p-33) Desta forma nos apegamos de forma ansiosa aos objetos que estatildeo em

nossa volta e o medo de perdecirc-los definitivamente natildeo nos agrada Essa forccedila

que nos prende eternamente a pessoas e objetos contribui para a rejeiccedilatildeo do

morrer

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67

Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante

de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam

suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que

foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a

concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam

completamente os valores dessas pessoas

A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da

vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o

quanto ela eacute curta e prazerosa

21 ndash Quanto agraves Religiotildees

As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema

importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por

noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta

Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos

torna melhores com os outros e consigo mesmo

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia

fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras

No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo

basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o

Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas

com o Budismo

211 ndash Brasil Catoacutelico

Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai

do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em

comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da

populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000

Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia

celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa

Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos

recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do

mandamento do amor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67

Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa

catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja

visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se

opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio

procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a

humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as

demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou

sem a imagem de Cristo

O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida

sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a

semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito

Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia

Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo

totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre

semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida

seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)

Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma

forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para

sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com

Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da

carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal

mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar

que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo

acreditam em reencarnaccedilatildeo

Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses

existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as

adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67

30 ndash CEMITEacuteRIOS

Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789

os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe

dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca

Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o

priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de

Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo

todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve

apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas

temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas

quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de

que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os

sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam

a graccedila de Deus (Ibid 2001)

Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o

cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades

Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios

permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das

igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes

mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque

econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)

No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade

do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que

causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos

foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que

tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada

A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e

com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso

desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das

pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de

epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e

o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 7: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 7 de 67

Muitas pessoas que tiveram experiecircncias muito proacuteximas ao instante

de morrer como um coma um acidente violento ou perigos iminentes relatam

suas histoacuterias e declaram que nasceram de novo Para essas pessoas que

foram atingidas por essas experiecircncias o sentido da vida se torna outro a

concepccedilatildeo da morte tambeacutem se alterar e muitas vezes mudam

completamente os valores dessas pessoas

A morte poderia ser encarada como um fato e natildeo como um fim da

vida ou o fim de tudo Ao pensarmos na vida como finita eacute que percebemos o

quanto ela eacute curta e prazerosa

21 ndash Quanto agraves Religiotildees

As religiotildees nos datildeo paracircmetros e eacuteticas a seguir e satildeo de extrema

importacircncia para a formaccedilatildeo das pessoas Muitas delas satildeo conhecidas por

noacutes desde o iniacutecio das civilizaccedilotildees mas natildeo se sabe qual delas eacute a correta

Natildeo haacute uma religiatildeo correta A melhor delas eacute aquela que nos conforta e nos

torna melhores com os outros e consigo mesmo

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como cerimocircnia

fuacutenebre por serem religiotildees mais ortodoxas e conservadoras

No extremo oriente a cremaccedilatildeo eacute mais aplicada na Iacutendia e no Japatildeo

basicamente pela influecircncia Budista tatildeo forte nesses paiacuteses Na Iacutendia o

Hinduiacutesmo eacute outra religiatildeo bastante difundida e detecircm algumas semelhanccedilas

com o Budismo

211 ndash Brasil Catoacutelico

Os catoacutelicos satildeo a porccedilatildeo do Povo de Deus reunido na unidade do Pai

do Filho e do Espiacuterito Santo que professam a sua feacute em Jesus Cristo em

comunhatildeo com a Igreja de Roma Compotildeem aproximadamente 74 da

populaccedilatildeo brasileira segundo o censo do IBGE em 2000

Os catoacutelicos romanos acolhem a Palavra de Deus contida na Biacuteblia

celebram o misteacuterio de Cristo nos Sacramentos particularmente na Santa

Ceia professam a feacute apostoacutelica expressa nas formulaccedilotildees dos antigos Credos

recebidos na Tradiccedilatildeo procuram viver em comunhatildeo pela praacutetica do

mandamento do amor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67

Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa

catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja

visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se

opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio

procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a

humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as

demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou

sem a imagem de Cristo

O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida

sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a

semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito

Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia

Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo

totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre

semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida

seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)

Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma

forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para

sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com

Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da

carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal

mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar

que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo

acreditam em reencarnaccedilatildeo

Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses

existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as

adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67

30 ndash CEMITEacuteRIOS

Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789

os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe

dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca

Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o

priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de

Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo

todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve

apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas

temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas

quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de

que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os

sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam

a graccedila de Deus (Ibid 2001)

Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o

cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades

Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios

permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das

igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes

mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque

econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)

No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade

do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que

causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos

foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que

tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada

A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e

com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso

desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das

pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de

epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e

o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 8: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 8 de 67

Os catoacutelicos romanos consideram a Igreja de Jesus Cristo una santa

catoacutelica e apostoacutelica Corpo do qual Cristo eacute a Cabeccedila Sabem que a Igreja

visiacutevel desde a origem se apresenta com uma grande diversidade que natildeo se

opotildee agrave unidade da Igreja de Jesus Cristo Fieacuteis ao mandato missionaacuterio

procuram testemunhar Jesus Cristo e anunciar o Evangelho a toda a

humanidade particularmente aos pobres num diaacutelogo respeitoso com as

demais religiotildees do mundo e as culturas Tecircm como siacutembolo a Cruz com ou

sem a imagem de Cristo

O dia da morte inaugura para o catoacutelico ao final de sua vida

sacramental a consumaccedilatildeo de seu novo nascimento iniciado no batismo a

semelhanccedila definitiva agrave imagem do Filho conferida pela unccedilatildeo do Espiacuterito

Santo e a participaccedilatildeo na festa do Reino antecipada na eucaristia

Os que morrem na graccedila e na amizade de Deus e que estatildeo

totalmente purificados vivem para sempre com Cristo Satildeo para sempre

semelhantes a Deus porque o vecircem tal como ele eacute face a face ldquoA outra vida

seraacute um lsquoestaracute com Deusrdquo rdquo(VALLE 1997 p-71)

Os catoacutelicos crecircem firmemente - e assim esperam - que da mesma

forma que Cristo ressuscitou verdadeiramente dos mortos e vive para

sempre assim tambeacutem depois da morte os justos viveratildeo para sempre com

Cristo ressuscitado e que ele os ressuscitaraacute no uacuteltimo dia A ressurreiccedilatildeo da

carne significa que apoacutes a morte natildeo haveraacute somente a vida da alma imortal

mas que mesmo os nossos corpos mortais readquiriratildeo vida Eacute fato lembrar

que ressurreiccedilatildeo e reencarnaccedilatildeo satildeo atos diferentes e os catoacutelicos natildeo

acreditam em reencarnaccedilatildeo

Atualmente a Igreja Catoacutelica aceita a cremaccedilatildeo e em alguns paiacuteses

existe uma cerimocircnia especiacutefica para essas ocasiotildees Para o Brasil as

adaptaccedilotildees estatildeo sendo estudadas e seratildeo disseminadas quando possiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67

30 ndash CEMITEacuteRIOS

Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789

os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe

dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca

Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o

priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de

Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo

todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve

apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas

temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas

quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de

que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os

sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam

a graccedila de Deus (Ibid 2001)

Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o

cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades

Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios

permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das

igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes

mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque

econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)

No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade

do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que

causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos

foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que

tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada

A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e

com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso

desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das

pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de

epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e

o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 9: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 9 de 67

30 ndash CEMITEacuteRIOS

Segundo Silva (2001) na Europa apoacutes a Revoluccedilatildeo Francesa de 1789

os mortos foram separados dos vivos criando-se cemiteacuterios ao ar livre longe

dos periacutemetros urbanos de acordo com as ideacuteias higienistas da eacutepoca

Deste modo o Brasil Colocircnia tambeacutem adere aacute ideacuteia e em 1801 o

priacutencipe regente lanccedila a primeira lei colonial Carta Reacutegia Nordm 18 de 14 de

Janeiro regulamentando as praacuteticas vigentes de sepultamento e combatendo

todo o tipo de enterros dentro dos limites urbanos No entanto natildeo houve

apoio religioso nem popular tendo em vista que as irmandades religiosas

temiam pela perda das fortunas dos donativos e heranccedilas direcionadas a elas

quando o falecido natildeo tivesse herdeiros Por parte da populaccedilatildeo no sentido de

que a mentalidade da eacutepoca herdada da Idade Meacutedia expressava que os

sepultados fora da igreja ou muito longe de suas imediaccedilotildees natildeo alcanccedilariam

a graccedila de Deus (Ibid 2001)

Entretanto ficou estabelecido que a igreja enterraria seus mortos e o

cemiteacuterio ficaria para aqueles que natildeo fizessem parte das irmandades

Posteriormente os nobres do Impeacuterio perceberam que os cemiteacuterios

permitiriam mais condiccedilotildees de ostentaccedilatildeo do que as laacutepides sepulcrais das

igrejas e entatildeo comeccedilaram a proliferar nos primeiros cemiteacuterios os grandes

mausoleacuteus com o objetivo uacutenico de mostrar a posiccedilatildeo de destaque

econocircmico social e poliacutetico dos seus ocupantes (Ibid 2001)

No Brasil os cemiteacuterios tomaram mais significado na segunda metade

do seacuteculo XIX devido as grandes epidemias ocorridas na eacutepoca e que

causaram altas mortalidades Neste mesmo seacuteculo os avanccedilos tecnoloacutegicos

foram muito marcantes na induacutestria no comeacutercio e nos transportes o que

tornou a circulaccedilatildeo das pessoas mais facilitada

A concentraccedilatildeo das populaccedilotildees nas cidades se torna mais efetiva e

com isso uma seacuterie de problemas novos surgiram Com progresso

desordenado e aumento demograacutefico assim como a facilidade de tracircnsito das

pessoas tornaram os centros urbanos um local ideal para a proliferaccedilatildeo de

epidemias Doenccedilas como a malaacuteria a tifo a tuberculose a peste bubocircnica e

o coacutelera causaram pacircnico na populaccedilatildeo das grandes cidades europeacuteias Essas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 10: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 10 de 67

epidemias tambeacutem se espalharam para outras partes do mundo(CANUTO

2002 p-12)

O coacutelera-morbo teria matado umas duzentas mil pessoas nos anos de

1855 e 1856 no Brasil entatildeo Impeacuterio (SANTOS FILHO p-479)

Era comum sepultar em solo sagrado nas igrejas ou nas

proximidades Achava-se que enterrar no solo sagrado garantiria um lugar no

ldquoparaiacutesordquo O ritual fuacutenebre era cuidadoso e prolongado envolvendo ateacute a

vestimenta do defunto (REIS 1999 p-96)

Portanto com o crescente aumento da taxa de mortalidade ocorrida

pelas epidemias um nuacutemero maior de sepultamentos tendia a acontecer

Nesta eacutepoca os meacutedicos acreditavam que os sepultamentos nas igrejas

contribuiacuteam para a contaminaccedilatildeo do ambiente favorecendo a proliferaccedilatildeo das

epidemias Jaacute que as igrejas estavam lotadas era preciso um local mais

adequado e afastado da cidade para os sepultamentos (CANUTO 2002 p-

14) Desta forma surgem os cemiteacuterios semelhantes aos atuais

31 - Origem dos Cemiteacuterios Em Natal

Ateacute aproximadamente 1856 natildeo havia cemiteacuterios catoacutelicos na capital

do Rio Grande do Norte Os sepultamentos aconteciam dentro das igrejas e

nos seus arredores nas laterais ou proacuteximos ao cruzeiro (CASCUDO 1999 p-

100) Comprovando este fato Cascudo (p-104) declara que teria encontrado

um Atestado de Oacutebito com data de falecimento a 8 de Agosto de 1774 e

sepultura na capela do Senhor Bom Jesus das Dores este documento teria

sido o mais antigo encontrado por ele

Figura 1 Fachada da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 11: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 11 de 67

Conta-se que na Igreja Matriz (Figura 1) ldquodorm em anocircnimos na

terra sagrada m ilhares de seres que fizeram a nossa cidade dir igiram o

governo e olharam essa m esm a paisagem Cada ponta de ladrilho cobre os

corpos rdquo (CASCUDO 1999 p-101) Esta Igreja seria a mais antiga de Natal

com aproximadamente trecircs seacuteculos e vaacuterias reformas Eacute de salientar tambeacutem

que os mais influentes - poliacuteticos militares religiosos etc - eram sepultados

no interior da igreja (Figura 2) o mais proacuteximo possiacutevel do altar ao contraacuterio

da populaccedilatildeo comum que eram sepultadas nos seus arredores

Figura 2 Sepultura de Andreacute de Albuquerque Maranhatildeo sepultado no

piso da Igreja Matriz

Fonte LOPES et al2002

A segunda igreja mais antiga desta cidade seria a Igreja Nossa

Senhora do Rosaacuterio com aspecto mais bucoacutelico e simplificado de onde se tem

uma boa vista do Rio Potengi Segundo Cascudo (p-101) deve ter sido

construiacuteda entre 1713 ou 1714 e era naquele solo que foram sepultados os

apenados de morte Cita tambeacutem que quatro homens teriam sido executados

por lei na Cidade do Natal (Ibid p-161) Desses quatro homens trecircs foram agrave

forca e um fora fuzilado desta forma eram enterrados na capela de Nossa

Senhora do Rosaacuterio (Ibid p-165)

Por questotildees sanitaristas os sepultamentos nas igrejas foram

abandonados isso por volta de 1855 quando o Presidente Passos determinou

que construiacutessem o Cemiteacuterio do Alecrim Ateacute o seacuteculo XIX a medicina

domeacutestica tomava conta dos doentes as simpatias e os remeacutedios sem efeito

cientiacutefico faziam parte do cenaacuterio

As epidemias assolaram o Rio Grande do Norte na metade do seacuteculo

XIX e tendo o ano de 1856 mais conhecido como o Ano-do-coacutelera (Ibid 1999

p-125) aleacutem do coacutelera a variacuteola a febre amarela e a siacutefilis tambeacutem

participaram dessa grande mortandade

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 12: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 12 de 67

No entanto novos pensamentos e haacutebitos mais higiecircnicos importados

da Europa que tambeacutem sofrera com as grandes epidemias chegaram ao

Brasil Como conta Cascudo (p-213)

ldquo sugiram as instalaccedilotildees de assistecircncia Hospital Asilo de

Mendicidade com seccedilatildeo de orfanato cuidado aos var iolosos do Lazareto

no Asilo Satildeo Joatildeo de Deus para tuberculosos Melhoram entos no sistem a

de encanam ento drsquoaacutegua potaacutevel forno de incineraccedilatildeo crem ando o lixo

asseio noturno de toda a cidade visitas aos preacutedios particulares antes de

habitaccedilatildeo campanha pela vacinardquo

Apoacutes milhares de mortes na Proviacutencia do Rio Grande os novos tempos

trouxeram novos haacutebitos e tambeacutem meacutedicos

Segundo Cascudo (p-264 2002) o Cemiteacuterio dos Ingleses ldquo foi o

pr im eiro e m uito antes de 1855rdquo Na outra margem do Rio Potengi perto da

praia da Redinha estava localizado este cemiteacuterio com formato circular e

determinado para os marinheiros estrangeiros e natildeo catoacutelicos serem

sepultados

O Presidente Passos teria mando escolher um local bem longe da

cidade como descrito e teriam sido os empregados de firmas inglesas e

suiacuteccedilas os primeiros sepultados no local Como havia filiais dessa natureza na

cidade do Natal atraiacutedas pela larga produccedilatildeo de cana-de-accediluacutecar e colheita do

algodatildeo e com a chegada das grandes epidemias tornou-se necessaacuterio um

local para enterrar protestantes e luteranos que eram chamados ingleses

(Ibid p-264)

Em 1856 por ordem do Presidente Passos ficou determinada a

construccedilatildeo do primeiro cemiteacuterio oficial da cidade do Natal Este ficava no

caminho das Quintas junto agrave bifurcaccedilatildeo da estrada do Pitimbu Segundo

consta o cemiteacuterio seria quadrado com duzentos e cinquumlenta palmos craveiros

de extensatildeo pelo lado de dentro e com nove palmos de altura da qual teria

na parte superior adornos simples A porta de entrada teria dez palmos de

abertura e ao fundo do cemiteacuterio na frente do portatildeo erguia-se a capela com

vinte e cinco palmos por quinze de fundo (Ibid p-264) Nascia o cemiteacuterio do

Alecrim

Como o cemiteacuterio ficava longe do restante da populaccedilatildeo era necessaacuterio

um carro de transporte que teria sido providenciado e vindo do Recife Da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 13: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 13 de 67

Ribeira a populaccedilatildeo era conduzida num trem da estrada de ferro ateacute o

Oitizeiro e depois conduzia-se o defunto a braccedilo ateacute o cemiteacuterio (CASCUDO

1999 p-266)

Conta Cascudo (p-266) que o Prefeito Gentil Ferreira em 1941

reformou o cemiteacuterio abrindo ruas mais amplas reconstruindo a capela

reformando os muros e ampliando a aacuterea de sepultamentos

Segundo Cascudo (p-266) o primeiro tuacutemulo de maacutermore teria vindo

de Portugal e trabalhado por um artista-marmorista com muita pompa

Sepultura de advogado e deputado provincial Deste modo jaacute percebemos a

importacircncia que se dava aos tuacutemulos (Figura 3) tornando-se uma

homenagem e lembranccedila viva do parente enterrado

Figura 3 Tuacutemulo da Famiacutelia Cicco em maacutermore rosa estaacutetuas

esculpidas representam a influecircncia da famiacutelia e a forma de homenagem

Cemiteacuterio do Alecrim

Fonte Tribuna do Norte 2001

Preservar os esses viacutenculos com os antepassados eacute conservar e

manter a identidade da comunidade que se distingue das outras e torna

constante a memoacuteria dos que vieram antes e jaacute natildeo mais estatildeo presentes

Atualmente Natal possui oito cemiteacuterios municipais em funcionamento

distribuiacutedos nos bairros que datildeo nome aos cemiteacuterios Alecrim Bom Pastor

Igapoacute Nova Descoberta Pajuccedilara Ponta Negra e Redinha No bairro do Bom

Pastor existem o Cemiteacuterio do Bom Pastor 1 e Bom Pastor 2 sendo este

uacuteltimo uma ampliaccedilatildeo do primeiro (Figura 4)

No bairro do Guarapes seraacute implantado o mais novo cemiteacuterio

municipal da Cidade do Natal o Cemiteacuterio do Guarapes ou Cemiteacuterio Parque

das Rosas contaraacute com 7281 loacuteculos (SENSUR 2002) A aprovaccedilatildeo do seu

projeto jaacute foi efetuada restando a execuccedilatildeo a ser efetivada posteriormente

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 14: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 14 de 67

pela Prefeitura Municipal do Natal Neste projeto esteve agrave frente a Arquiteta da

SENSUR Isabel Cristina Costa Medeiros

Tabela 01

Situaccedilatildeo dos Cemiteacuterios no Municiacutepio de Natal

Cemiteacuterio Bom Pastor I Aacuterea 29700msup2 5300 loacuteculos

Cemiteacuterio Bom Pastor II Aacuterea 28322msup2 6200 loacuteculos

Cemiteacuterio da Redinha Aacuterea 3000msup2 1300 loacuteculos

Cemiteacuterio de Igapoacute Aacuterea 7776msup2 1600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Pajuccedilara Aacuterea 1920msup2 600 loacuteculos

Cemiteacuterio de Ponta Negra Aacuterea 2700msup2 800 loacuteculos

Cemiteacuterio do Alecrim Aacuterea 24200msup2 5600 loacuteculos

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta Aacuterea 51597msup2 5400 loacuteculos

Cemiteacuterio do Guarapes Aacuterea 44073msup2 7281 loacuteculos

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio do Guarapes

SENSUR 2002

Percebe-se que os maiores cemiteacuterios em aacuterea satildeo tambeacutem os que

possuem mais loacuteculos jaacute que todos satildeo do tipo tradicional (Tabela 1)

Atualmente os cemiteacuterios da Capital desse Estado detecircm uma meacutedia

de vinte sepultamentos mensais contando-se os oito em funcionamento

tabela abaixo

Tabela 02

Sepultamentos nos Cemiteacuterios do Municiacutepio de Natal em 2001

Cemiteacuterio Quantidade

Cemiteacuterio Bom Pastor I 298

Cemiteacuterio Bom Pastor II 736

Cemiteacuterio da Redinha 26

Cemiteacuterio de Igapoacute 93

Cemiteacuterio de Pajuccedilara 30

Cemiteacuterio de Ponta Negra 64

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 15: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 15 de 67

Cemiteacuterio do Alecrim 338

Cemiteacuterio Pq Nova Descoberta 330

Meacutedia Geral Mensal 1995

Fonte SENSUR 2002

Na Tabela 2 temos dados de sepultamentos e os referidos cemiteacuterios

O Cemiteacuterio do Bom Pastor II eacute o de maior volume de sepultamentos mensais

no ano de 2001 este atente a populaccedilatildeo mais carente Temos entatildeo uma

meacutedia de quase vinte sepultamentos por mecircs nos cemiteacuterios do Municiacutepio de

Natal no ano de 2001

Figura 4 Mapa de Natal com a localizaccedilatildeo dos cemiteacuterios municipais

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 16: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 16 de 67

40 ndash CREMATOacuteRIOS

A cremaccedilatildeo data da antiguidade das civilizaccedilotildees ocidentais Entre os

anos de 1400 aC e 200 dC era a forma mais comum de destino aos mortos

principalmente pela aristocracia romana (OEI - Organizacioacuten de Estados

Iberoamericanos 2002)

Ateacute o seacuteculo XIX as doutrinas cristatildes proibiam a cremaccedilatildeo porque

pensava-se que destruindo o corpo natildeo se poderia ressuscitar (Ibid 2002)

O Judaiacutesmo e o Islamismo natildeo aceitam a cremaccedilatildeo como finalidade

aos mortos As culturas Ocidentais como o Budismo e o Hinduismo aceitam e

pregam esta praacutetica

Atualmente a Igreja Catoacutelica reconhece a cremaccedilatildeo como um fim

digno aos mortos desde que o respeito e a orientaccedilatildeo da cerimocircnia sejam

compatiacuteveis com a Igreja

O Coacutedigo do Direito Canocircnico Cacircnon N 1176 e a Congregaccedilatildeo

Romana para a Doutrina da Feacute de 8 de maio de 1963 menciona que a

cremaccedilatildeo natildeo mais atenta contra os costumes da Igreja Catoacutelica e como se

diz popularmente ldquo do poacute viestes e ao poacute retornaraacutesrdquo (CEMENTERIO PARQUE

VALLES DEL TUY 2002)

A opiniatildeo da Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do Brasil atraveacutes do

Padre Dimas Lara Barbosa Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral

declara que natildeo existem por parte da Igreja restriccedilotildees quanto agrave forma de

sepultamento e que mais importantes satildeo as motivaccedilotildees determinantes como

por exemplo as questotildees de sauacutede puacuteblica as motivaccedilotildees religiosas entre

outras (BARBOSA 2002)

Os catoacutelicos professam a ressurreiccedilatildeo do corpo Isso natildeo significa

voltar ao que se era antes (segundo o Pe Dimas) com as mesmas

caracteriacutesticas mortais fraacutegeis de nosso corpo atual mas agrave sua glorificaccedilatildeo agrave

semelhanccedila do que aconteceu com Jesus Por isso natildeo seria de acordo com a

feacute catoacutelica uma cremaccedilatildeo feita por motivos estranhos a esta parte do credo

como por exemplo para que as cinzas levem o corpo a uma comunhatildeo com o

universo considerado corpo da divindade ou outras motivaccedilotildees sincreacuteticas

Feitas estas ressalvas muito mais de natureza religiosa natildeo haacute restriccedilotildees

quanto agrave cremaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 17: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 17 de 67

O Pe Dimas Lara Barbosa declara tambeacutem que estaacute previsto no novo

ritual das exeacutequias ainda em estudos um rito especifico para o caso de

cremaccedilatildeo O mesmo se diga do sepultamento em gavetas O importante eacute

tratar com respeito catoacutelico o cadaacutever

A Cremaccedilatildeo eacute um processo atraveacutes do calor que transforma um corpo

em restos cremados realizado por um forno cremador de tecnologia

americana geralmente e projetado especialmente para isso

A cremaccedilatildeo se faz individualmente e juntamente com o caixatildeo que natildeo

pode ser retirado Recomenda-se apenas que as proacuteteses mecacircnicas marca-

passos e joacuteias sejam retiradas Um periacuteodo de aproximadamente trecircs horas eacute

suficiente para todo o processo no forno cremador

Apoacutes a cremaccedilatildeo e a separaccedilatildeo os restos cremados satildeo armazenados

em urnas especiacuteficas e entregues aos familiares Estes podem ou devem de

acordo com a legislaccedilatildeo vigente guardaacute-las nos Columbaacuterios de cemiteacuterios -

que satildeo os ambientes destinados aos restos cremados e satildeo formados por

nichos com tampos de vidro - ou levaacute-las consigo dando outros fins

Algumas culturas determinam que uma parte dos restos cremados seja

dispersa em mares rios etc E que o restante retorne com a famiacutelia do

enlutado

A cremaccedilatildeo eacute um processo antigo Atualmente no Ocidente

principalmente nos paiacuteses mais desenvolvidos se tornou largamente utilizado e

com grande aceitaccedilatildeo

Em paiacuteses como Japatildeo quase 99 dos mortos satildeo cremados Na Gratilde-

Bretanha cerca de 70 na Austraacutelia 50 Nos Estados Unidos satildeo cerca de

26 e esse iacutendice vem crescendo (CREMATOacuteRIO METROPOLITANO 2002)

Atualmente no Brasil o nuacutemero de cremaccedilotildees ainda eacute pequeno se

comparado com outros paiacuteses no entanto a disponibilidade do tempo do

serviccedilo bem como a falta de informaccedilatildeo contribuem para os baixos nuacutemeros

As maiores vantagens da cremaccedilatildeo satildeo a higiene do processo que eacute

praticamente natildeo poluente e seu custo que eacute algumas vezes mais reduzido se

comparado ao sistema tradicional Quem opta pela cremaccedilatildeo portanto estaacute

apenas acelerando a transformaccedilatildeo da mateacuteria (CREMATOacuteRIO

METROPOLITANO 2002)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 18: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 18 de 67

41 ndash Fornecedor de Equipamentos para Crematoacuterios

A All Crem atory (2002) se diz liacuteder de seguranccedila e eficiecircncia em

equipamentos para cremaccedilatildeo Com tradiccedilatildeo de quase meio seacuteculo a All

Crematory tem fabricado cremadores e equipamentos para crematoacuterios casas

funeraacuterias e cemiteacuterios ao redor do mundo Seus equipamentos satildeo utilizados

em quarenta e oito estados dos Estados Unidos da Ameacuterica e tambeacutem em

trinta e um paiacuteses espalhados pelos seis continentes

A All Crem atory oferece a mais avanccedilada pesquisa engenharia e

serviccedilos capacitados disponiacuteveis na Induacutestria de hoje Conduzem uma das

maiores empresas do ramo no mundo e reparam todos os modelos de

cremadores jaacute fabricados Possui sede na cidade de Orlando Floacuterida

411 - Cremadores Fabricados

4111 - Modelo All 2500 Elite

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas ou menos

- Aprovado ambientalmente nos cinquumlenta estados dos Estados Unidos

da Ameacuterica e no Canadaacute

- Cremador mais eficaz em custo-benefiacutecio desta categoria

Figura 5 Cremador Modelo All 2500 Elite

Fonte All Crematory 2002

O modelo padratildeo da All Crematory 2500 Elite inclui sistema de controle

automaacutetico porta eleacutetrica mesa movida agrave forccedila hidraacuteulica frente removiacutevel

para limpeza e um sistema de Controle de Emissatildeo que monitora

continuamente a emissatildeo de gases liberados e controla o processo de

cremaccedilatildeo para uma geraccedilatildeo sem fumaccedila e sem odor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 19: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 19 de 67

4112 - Modelo All 2001

O cremador mais popular do mundo (vendido exclusivamente fora dos

Estados Unidos da Ameacuterica)

- Completa uma cremaccedilatildeo em duas horas

- Porta eleacutetrica com ponto para observaccedilatildeo

- Bototildees de controle

Figura 6 Cremador Modelo All 2001

Fonte All Crematory 2002

Eacute o cremador mais silencioso de todos os modelos Os queimadores e

motores satildeo abrigados em compartimentos completamente fechados sua

operaccedilatildeo silenciosa permite flexibilidade na sua locaccedilatildeo Apresenta lateral

removiacutevel para limpeza em accedilo refrataacuterio

4113 - Modelo All 3000

Projetado para alta eficiecircncia

- Capacidade aumentada em um design compacto

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada setenta e cinco a noventa minutos

- Atende com a mais atualizada regulamentaccedilatildeo ambiental

americana

- Maacutequina de carregamento automaacutetico opcional e Sistema de

Controle por Computador disponiacutevel

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 20: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 20 de 67

Figura 7 Cremador Modelo All 3000

Fonte All Crematory 2002

O Cremador All 3000 foi projetado para satisfazer a demanda por uma

maacutequina de alta produccedilatildeo em um design mais compacto

D ispotildee de frente removiacutevel para limpeza Apresenta porta eleacutetrica

Tempo de cremaccedilatildeo e troca entre cremaccedilotildees mais raacutepidas faz desse

modelo de cremador um dos mais escolhidos

4114 - Modelo All 4000

Cremador de alta performance

- Projetado para facilitar alto volume de cremaccedilotildees

- Completa uma cremaccedilatildeo a cada sessenta ou oitenta minutos

- Apresenta o mais rigoroso padratildeo ambiental

- Opera continuamente vinte e quatro horas por dia

- Equipado com maacutequina de inserccedilatildeo automaacutetica

Figura 8 Cremador Modelo All 4000

Fonte All Crematory 2002

Este modelo estabeleceu um novo padratildeo em produccedilatildeo e performance

Ele apresenta um carregador automaacutetico removiacutevel para raacutepida remoccedilatildeo dos

restos cremados Um sistema de controle de emissatildeo monitora continuamente

a limpidez dos gases emitidos

Executa automaticamente accedilatildeo corretora para uma operaccedilatildeo sem

fumaccedila e sem odores Existe um sistema opcional computadorizado para uma

operaccedilatildeo ainda mais eficiente

412 - Acessoacuterios

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 21: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 21 de 67

A Empresa oferece todos os equipamentos e acessoacuterios que se precisa

na operaccedilatildeo de uma cremaccedilatildeo

4121 - Processador de Cinzas All ndash Modelo ACP-096

- Silencioso e faacutecil de limpar

- Completamente automaacutetico

Figura 9 Processador de Cinzas

Fonte All Crematory 2002

O mais avanccedilado processador no mercado O ACP-096 reduz os

resiacuteduos da cremaccedilatildeo a menos de 200 pol em aproximadamente trinta

segundos

4122 - Estaccedilatildeo Processadora All

Em accedilo inoxidaacutevel design completo

Esta estaccedilatildeo transfere os restos cremados para as urnas definitivas ou

compartimentos temporaacuterios

Figura 10 Estaccedilatildeo Processadora

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 22: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 22 de 67

A exaustatildeo dessas unidades compactas e o sistema de filtraccedilatildeo

eliminam a necessidade de aberturas de ventilaccedilatildeo horizontais ou verticais

com o exterior Esta estaccedilatildeo acomoda o Processador de Cinzas ACP-096

4123 - Refrigerador Mortuaacuterio All ndash Modelo ACC-0993

Referencial de alta qualidade eacute completo e provido de faacutecil

acessibilidade Apresenta controle automaacutetico de refrigeraccedilatildeo Proporciona

seguranccedila ateacute o armazenamento final Capacidades disponiacuteveis para trecircs

quatro ou cinco corpos Estes refrigeradores estatildeo disponiacuteveis em vaacuterios

tamanhos e opccedilotildees

Figura 11 Cacircmara Frigoriacutefica Mortuaacuteria

Fonte All Crematory 2002

4124 - Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

A All Crem atory oferece quatro modelos de mesas com elevaccedilotildees

variadas Manuais ou eleacutetricas satildeo utilizadas para transportar corpos e atauacutedes

para os automoacuteveis mesas de preparaccedilatildeo nichos de sepultura em gavetas

etc

Figura 12 Mesa Hidraacuteulica Elevatoacuteria

Fonte All Crematory 2002

4125 ndash Urnas Cineraacuterias

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 23: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 23 de 67

Satildeo os recipientes para guardar os restos cremados ornados das mais

variadas formas e elegacircncias Satildeo muitas vezes uma forma de arte e

expressatildeo como homenagem poacutestuma Vendidos em vaacuterios modelos

- Esculpidas e fabricadas em bronze

Figura 13 Urna Cineraacuteria esculpida em bronze

Fonte All Crematory 2002

- Madeira e bronze

Figura 14 Urna Cineraacuteria em bronze com detalhes em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Diversos tipos de madeiras

Figura 15 Urna Cineraacuteria em madeira

Fonte All Crematory 2002

- Porcelana

Figura 16 Urna Cineraacuteria em porcelana

Fonte All Crematory 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 24: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 24 de 67

- Maacutermores

Figura 17 Urna Cineraacuteria em esculpida em maacutermore

Fonte All Crematory 2002

4126 ndash Outros Acessoacuterios

- Container de mantimento temporaacuterio para abrigar os restos

cremados com capacidade de 192 pol Composto em polipropileno oferece

tambeacutem um container especial com 300 pol

Figura 18 Container temporaacuterio para os restos cremados

Fonte All Crematory 2002

- Rodos de cremaccedilatildeo rodos em papelatildeo para serviccedilos pesados

reduzindo a abrasatildeo com o chatildeo

- Discos de identificaccedilatildeo em accedilo inoxidaacutevel ajudam a manter os

registros de cremaccedilatildeo em ordem

- Containeres de cremaccedilatildeo de papelatildeo riacutegidos seguros e com preccedilo

reduzido satildeo largamente utilizados

- Matildeo magneacutetica permite uma segura remoccedilatildeo de fragmentos de

feno dos restos cremados

- Escovas com 6rdquo e 12rdquo de largura Satildeo menos abrasivas e

proporcionam mais seguranccedila para varrer os restos cremados na cacircmara

- Ferramentas para limpeza e trabalho

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 25: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 25 de 67

- Kit de proteccedilatildeo consiste em uma maacutescara oacuteculos luvas sabatildeo

bolsa etiquetas e instruccedilotildees de uso O kit luxo proporciona proteccedilatildeo dos peacutes agrave

cabeccedila

- Aventais lavaacuteveis em couro ou alumiacutenio (proporciona isolamento

contra o calor de radiaccedilatildeo)

- Macacotildees Luvas Jalecos Maacutescara de proteccedilatildeo ao poacute Mangas de

couro Escudo para o rosto Panelas de cinzas

Obs Os itens referentes ao All Crematory foram traduzidos do

original em inglecircs com o auxiacutelio de Luanda Jucyelle

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 26: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 26 de 67

50 ndash PROCEDIMENTOS METODOLOacuteGICOS

As pesquisas se iniciaram agrave procura de monografias contudo a

dificuldade em se obter materiais sobre o tema direcionou a busca para sites

de Internet

Apesar disso algumas propostas semelhantes foram pesquisadas em

materiais locais como eacute o caso do Cemiteacuterio Parque e Crematoacuterio (DA MATA

RUBENS 1993) e Crematoacuterio (GEBARA 1999) todos Trabalhos Finais de

Graduaccedilatildeo da UFRN

A busca pela funcionalidade dessa tipologia nos levou a observar o

funcionamento da Funeraacuteria Satildeo Francisco e tambeacutem do Cemiteacuterio Morada da

Paz ambos do Grupo Vila

A Funeraacuteria Satildeo Francisco dispotildee de trecircs capelas de veloacuterio e de suiacutetes

familiares para cada uma respectivamente Dispotildee tambeacutem de circulaccedilatildeo de

serviccedilo sala de higienizaccedilatildeo mostruaacuterio recepccedilatildeo administraccedilatildeo

lanchonete garagem paacutetio coberto estacionamento

51 ndash Estudos de Caso

Aleacutem dos citados anteriormente temos tambeacutem a tiacutetulo preliminar os

seguintes Estudos de Caso pesquisados via Internet abaixo relacionados

511 - Memorial do Carmo Rio de Janeiro - RJ

O Memorial do Carmo (2002) reuacutene em um uacutenico edifiacutecio de cinco

pavimentos jazigos e nichos perpeacutetuos com completa infra-estrutura de

serviccedilos Tambeacutem detecircm aacuterea convencional para sepultamentos

Possui Capelas com ar-condicionado Loja de flores Lanchonete

Posto de enfermagem Quarto de repouso com banheiro privativo

Sepultamento noturno Sala de embalsamamento Jazigo Perpeacutetuo familiar

com ossaacuterio Dispotildee de trecircs elevadores com capacidade para ateacute 29 pessoas

preparados para receber os carrinhos com a urna funeraacuteria aleacutem de escadas

de escape prevendo a seguranccedila da edificaccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 27: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 27 de 67

Serviccedilos funeraacuterios disponibilizados por telefone Seguranccedila 24 horas

Estacionamento privativo Traslados gratuitos

Os jazigos (Figura 19) satildeo inviolaacuteveis e a manutenccedilatildeo permanente

Funciona 24 horas por dia inclusive finais de semana e feriados

Figura 19 Jazigos modulados com espaccedilo para flores e guarnecidos

por vidro

Fonte Memorial do Carmo 2002

512 - Memorial Vicentino Satildeo Vicente ndash SP

Trata-se de uma obra composta de oito andares com capacidade para

500 loacuteculos por andar perfazendo 4000 novas vagas e mais 1000 ossuaacuterios

Cada loacuteculo do Memorial Vicentino (2002) atende ateacute sete sepultamentos

individuais dentro dos prazos legais Conteacutem tambeacutem recepccedilatildeo dois veloacuterios

capela sala de estar elevadores lanchonete e seguranccedila interna

Possui 502597 msup2 de aacuterea construiacuteda

Funcionamento informatizado e atendimento 24 horas Sepultamentos

realizados com teacutecnicas de solidificaccedilatildeo de necrochorume e livre de odores

devido ao sistema de ventilaccedilatildeo forccedilada e lavadores de gazes

Figura 20 Jazigos sobrepostos em quatro unidades

Fonte Memorial Vicentino 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 28: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 28 de 67

513 - Memorial Cemiteacuterio Santos ndash SP

O Memorial Cemiteacuterio (2002) eacute conhecido pelo seu planejamento

inteligente contando com uma completa infra-estrutura de serviccedilos de

seguranccedila e informaccedilatildeo Tudo foi planejado para atender a todas as normas

de higiene e seguranccedila Os visitantes sentem-se num local agradaacutevel

acabando com a imagem de que cemiteacuterio eacute um lugar triste

Tambeacutem o cuidado com a preservaccedilatildeo da natureza eacute outra prioridade

Todo o projeto foi realizado para natildeo prejudicar o lenccedilol freaacutetico e a mata em

volta do Memorial Por toda a sua estrutura e beleza o Memorial foi incluiacutedo

como ponto turiacutestico nas secretarias de Turismo de Santos e do Estado de

Satildeo Paulo

Em meacutedia satildeo realizados 50 sepultamentos por mecircs Dispotildee de salas

amplas de veloacuterio estacionamento ambulatoacuterio meacutedico aacutereas arborizadas e

jardins com lago de carpas e a Capela Nossa Senhora de Assunccedilatildeo visando

atender todas as religiotildees para missas cultos e oraccedilotildees

Figura 21 Ossuaacuterio com cobertura transluacutecida

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Possui tambeacutem Banco de dados informatizado (localizaccedilatildeo datas

etc) Auxiacutelio e conferecircncia de documentos seguros atestados e normas

legais Seguranccedila 24 horas Ambulatoacuterio meacutedico e psicoloacutegico Manutenccedilatildeo

constante de higiene e limpeza Proteccedilatildeo contra sol e intempeacuteries na

realizaccedilatildeo de visitas e cerimocircnias Amplo estacionamento Elevadores

localizados estrategicamente Espaccedilo para realizaccedilatildeo de eventos culturais

Atendimento especial para deficientes Tambeacutem oferece serviccedilo de crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 29: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 29 de 67

Figura 22 Vista da Ala dos jazigos duplos e ou uacutenicos

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

Figura 23 Vista da Ala dos jazigos familiares

Fonte Memorial Cemiteacuterio 2002

514 - Metropolitano Cemiteacuterio Vertical Satildeo Vicente ndash SP

Este complexo (METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL 2002) dispotildee

de 12 andares e 13200 loacuteculos Aleacutem de quatro salas para veloacuterio com ar

condicionado e isolamento acuacutestico Dispotildee de uma sala de estar sala de

oraccedilotildees praccedila de alimentaccedilatildeo e um jardim interno com cascata Suas

instalaccedilotildees tambeacutem oferecem estacionamento no subsolo e seguranccedila 24

horas

Figura 24 Foto da Maquete do conjunto

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 30: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 30 de 67

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

Observaccedilotildees

- Total de 1309779 msup2 divididos em subsolo teacuterreo 12 de

pavimentos-tipo

- Subsolo 108145 msup2 de aacuterea possui estacionamento vestiaacuterios

masculino e feminino copa-cozinha refeitoacuterio e sala de estar para

funcionaacuterios ambulatoacuterio sala de almoxarifado sala de necropsia e depoacutesito

de lixo seacuteptico

- Teacuterreo 93084 msup2 de aacuterea possui praccedila de alimentaccedilatildeo

dependecircncias administrativas sala de estar sala de oraccedilotildees caixa de escada

quatro salas para veloacuterios dois elevadores sociais e mais dois para atauacutedes e

aacutetrium

- Pavimento-Tipo 91940 msup2 possui 1100 loacuteculos sobrepostos

em 05 niacuteveis com acesso atraveacutes de corredores abertos

Figura 25 Vista parcial dos jazigos Detalhe dos arranjos florais

Fonte Metropolitano Cemiteacuterio Vertical 2002

- Loacuteculos em placas de concreto preacute-moldado na espessura de

005 m frontal de granito verde ubatuba (070x065 m) e caixilho de alumiacutenio

com vidro (Figura 25)

52 ndash Evoluccedilatildeo da Proposta

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 31: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 31 de 67

Logo abaixo estatildeo dispostas figuras que abordam a evoluccedilatildeo da

projetaccedilatildeo Essas figuras demonstram a busca pela boa projetaccedilatildeo e a

vontade de se adequar a boa funcionalidade com uma visatildeo esteacutetica mais

elaborada tentando aliar essas duas questotildees sem que o crescimento de uma

seja a derrota da outra Dessa forma as Figuras 26 27 e 28 mostram o

pavimento-tipo sendo adequada a ideacuteia inicial que seria circulaccedilotildees livres e de

onde fosse possiacutevel visualizar o cenaacuterio do entorno de praticamente qualquer

ponto dos corredores de circulaccedilatildeo

Esses pavimentos-tipo tem semelhanccedilas na circulaccedilatildeo vertical

centralizada e que poderia ter sido adotada na proposta final no entanto a

ideacuteia de ter um vazio central fez com que a circulaccedilatildeo vertical natildeo tomasse o

centro dos pavimentos-tipo

As Figuras 26 e 27 satildeo em formato de estrela de oito pontas

basicamente esse formato foi abandonado pelo lanccedilamento estrutural da Torre

no pavimento teacuterreo que pela sua natildeo ortogonalidade causaria transtornos na

projetaccedilatildeo desse pavimento

Figura 26 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 32: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 32 de 67

Figura 27 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

Figura 28 Proposta de pavimento-tipo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

A Figura 28 se apresenta muito semelhante a proposta final poreacutem

com outro lanccedilamento estrutural A circulaccedilatildeo vertical tambeacutem se diferencia

neste caso onde se localiza no centro

Na Figura 29 abaixo temos uma proposta inicial para o pavimento

teacuterreo Esta proposta foi abandonada pelo excesso de circulaccedilotildees que

proporcionava e pela falta de visibilidade para o exterior nas Salas de Veloacuterio

As propostas adotadas no Anteprojeto estatildeo descritas no proacuteximo

item

Figura 29 Proposta de pavimento teacuterreo

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 33: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 33 de 67

60 - O PROJETO

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio localiza-se no

municiacutepio de Parnamirim ndash RN no bairro de Emauacutes (Figura 30) Limita-se ao

Norte com Rua Projetada e testada de 4890m (Quarenta e Oito metros e

Noventa centiacutemetros) ao Sul com a Rua Professora Soliana de Andrade e

testada de 4924m (Quarenta e Nove metros e Vinte e Quatro centiacutemetros) a

Leste com a Rua Nossa Senhora de Lourdes e testada de 11430m (Cento e

quatorze metros e Trinta centiacutemetros) e a Oeste com a Rua Projetada e

testada de 11227m (Cento e doze metros e vinte e sete centiacutemetros) num

total de 547727msup2 (Cinco mil Quatrocentos e Setenta e Sete Vinte e Sete

metros quadrados de terreno)

Figura 30 Mapa de Parnamirim Bairro de Emauacutes em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Este terreno (Figura 31 e 32) encontra-se em aacuterea pouco urbanizada

mas com infra-estrutura preparada para atender a qualquer tipologia

Pertence a Prefeitura Municipal de Parnamirim que desta forma natildeo poderia

vendecirc-lo pois estaacute destinado como aacuterea de equipamento comunitaacuterio do

bairro mas poderia cedecirc-lo em troca de serviccedilos de infra-estrutura para o

municiacutepio ou o bairro de Emauacutes por exemplo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 34: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 34 de 67

Figura 31 Locaccedilatildeo do Projeto no Bairro de Emauacutes Parnamirim Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

Figura 32 Vista do terreno no Bairro de Emauacutes Parnamirim

Fonte Arquivo do Autor

61 ndash Justificativa

A princiacutepio este Anteprojeto de Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio seria

de domiacutenio privado jaacute que desta forma por ser verticalizado e valorizar mais

o aproveitamento do solo urbano o grupo proprietaacuterio poderia ter mais lucro

em seu investimento

Portanto toma-se este exemplo como aproveitamento do terreno na

Tabela 03 abaixo percebe-se que a aacuterea ocupada pelo Cemiteacuterio Parque de

Nova Descoberta eacute da ordem de quase dez vezes superior a aacuterea do In

Memorian e que considerando-se o nuacutemero de jazigos abaixo relacionados

respectivamente tem-se que o aproveitamento da aacuterea do terreno no In

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 35: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 35 de 67

Memorian eacute da ordem de mais de dez vezes o aproveitamento do Cemiteacuterio

Parque de Nova Descoberta de tipologia tradicional Portanto percebemos

que se de uma forma temos uma edificaccedilatildeo marcante na paisagem com

vantagens e desvantagens nesta questatildeo temos tambeacutem uma racionalizaccedilatildeo

mais efetiva e lucrativa do ponto de vista do custo benefiacutecio do empreiteiro

Tabela 03

Comparativo de aproveitamento do solo em metros quadrados por

jazigos

Cemit Pq de Nova Descoberta In Memorian ndash Cemit Vertical e

Crematoacuterio

Aacuterea (msup2) 5159700 547727

Jazigos 5400 7416

Aproveitamento

(Aacuterea Jazigos) 955 msup2jazigo 074 msup2jazigo

Fonte DA MATA RUBENS 1993 Dados do Cemiteacuterio Parque de Nova

Descoberta

No entanto a verticalizaccedilatildeo o torna mais marcante na paisagem em

que estaacute inserido que tem predominacircncia de edificaccedilotildees teacuterreas e desta forma

o complexo se torna tambeacutem um marco visual para o bairro de Emauacutes O seu

significado fica entatildeo mais expressivo no local jaacute que sua altura

(aproximadamente 7070m) o torna um ponto de referecircncia para a

vizinhanccedila Desta forma o complexo em si pode ser uma forma de

homenagear o enlutado pela sua imponecircncia e esteacutetica considerando-se o

entorno

O I n Mem orian visa atender principalmente a populaccedilatildeo da Capital do

Rio Grande do Norte entretanto estaacute inserido tambeacutem no mercado da Grande

Natal que compreende os municiacutepios de Natal Parnamirim Cearaacute-mirim

Extremoz Satildeo Gonccedilalo do Amarante e Macaiacuteba

Parnamirim conta atualmente com quatro cemiteacuterios puacuteblicos um

localiza-se no Bairro de Santos Reis e outro na Aacuterea de Expansatildeo Urbana ao

Sul do Municiacutepio ambos na regiatildeo metropolitana da cidade Os outros dois se

encontram proacuteximos ao litoral do municiacutepio em Pium e Pirangi do Norte O

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 36: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 36 de 67

Cemiteacuterio Morada da Paz encontra-se no bairro de Emauacutes nas proximidades do

Rio Pitimbu e eacute de domiacutenio privado Parnamirim detecircm um total de cinco

cemiteacuterios sendo que este uacuteltimo atende principalmente ao municiacutepio de

Natal

A escolha por Parnamirim se deu pelo fato do municiacutepio estar mais

disposto em atrair investimentos dessa natureza do que a capital do Estado

Desta forma o I n Memorian encontra-se proacuteximo ao Cemiteacuterio Morada da Paz

por questatildeo de infra-estrutura e facilidade de acesso pela BR-101

Parnamirim eacute o terceiro maior municiacutepio do Estado e conta com 86000

habitantes (IBGE 1986) e com uma populaccedilatildeo estimada pela Secretaria

Municipal de Planejamento (1999) com cerca de 106000

habitantes(RELATOacuteRIO DA CARACTERIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO 1999 p-10)

Este municiacutepio como dito anteriormente faz parte da Grande Natal ou

Regiatildeo Metropolitana de Natal isso abrange um total de mais de 36 da

populaccedilatildeo total do Estado do Rio Grande do Norte(Ibid 1999 p-10)

Parnamirim tambeacutem dispotildee de uma taxa de crescimento alta cerca de

63 entre 1991 e 1996 Uma populaccedilatildeo essencialmente urbana cerca de

909 e estaacute inserida em franco processo de conurbaccedilatildeo com a capital do

Estado (Ibid 1999 p-10)

62 - Especificidades

No caso do forno cremador o modelo escolhido eacute do fabricante All

Crematory Modelo All 2001 (Figura 6 p-16) tido como o modelo mais popular

do mundo e atende as condiccedilotildees de aprovaccedilatildeo ambiental dos Estados Unidos

da Ameacuterica

Com dimensotildees de 216m de altura por 152m considerando o painel

de controle temos 180m de largura e 457m de profundidade Este

equipamento pesa 8165kg e funciona a eletricidade e combustiacutevel para o

forno com Gaacutes Natural Este modelo completa uma cremaccedilatildeo em duas horas e

dispotildee de lateral removiacutevel para limpeza

O Ossuaacuterio eacute o local onde se guardam as ossadas provenientes dos

jazigos que apoacutes trecircs anos podem ser transferidos ou natildeo Essas ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 37: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 37 de 67

tanto podem vir de outros cemiteacuterios como dos jazigos disponiacuteveis no

conjunto Os nichos do Ossuaacuterio satildeo compartimentos de 050x050x050m e

lacrados com tampos em pedra polida

O Pavimento Columbaacuterio eacute o local adequado ao repouso das Urnas com

os restos cremados As dimensotildees dos nichos correspondem ao do ossuaacuterio

contudo os tampos satildeo em vidro temperado para que se possa visualizar as

urnas decorativas

A cremaccedilatildeo se daacute com a porta do forno fechada Apoacutes o periacuteodo os

restos cremados e natildeo cinzas como popularmente se diz satildeo retirados do

forno e colocados em um processador para que os ossos que ainda

permaneccedilam inteiros se desagreguem O processo de cremaccedilatildeo utilizado eacute a

piroacutelise que representa a queima total do caixatildeo das roupas e do corpo

restando apenas os ossos jaacute profundamente calcinados Nenhuma mateacuteria

orgacircnica sobrevive a este processo O que resta no final satildeo apenas restos

calcaacuterios (semelhantes agrave areia da praia) Os restos natildeo satildeo submetidos a

trituraccedilatildeo porque utiliza-se um equipamento e um processo moderno que natildeo

polui natildeo sai fumaccedila e nem qualquer cheiro Os ossos ficam praticamente

pulverizados O processador apenas realiza uma pequena trepidaccedilatildeo por 15 a

20 segundos para que estes se separem (SCHILLING 2002)

A decomposiccedilatildeo dos corpos dentro dos jazigos na Torre se faz como

numa sepultura tradicional O processo de decomposiccedilatildeo natildeo se faz pelo solo

mas sim pelas bacteacuterias jaacute presentes em nossos corpos Assim o natildeo contato

com o solo natildeo prejudica esse processo Apoacutes trecircs anos a exumaccedilatildeo pode

ocorrer e a ossada pode ser transferida para o Ossuaacuterio a depender da opccedilatildeo

da famiacutelia A transferecircncia para o Ossuaacuterio tambeacutem depende do tipo de

embalsamamento aplicado isso porque alguns processos satildeo praticamente

uma mumificaccedilatildeo e que apoacutes alguns anos natildeo restam apenas os ossos como

seria o procedimento normal para a transferecircncia ateacute o Ossuaacuterio

Os jazigos podem ser preacute-moldados e montados no local contudo eacute

necessaacuteria uma impermeabilizaccedilatildeo desses jazigos e uma tubulaccedilatildeo de

ventilaccedilatildeo

Os Jazigos Completos se diferenciam dos Simples por apresentarem

um espaccedilo adicional para comportar aleacutem do atauacutede uma ossada Portanto a

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 38: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 38 de 67

famiacutelia pode dispor de uma sepultura e ossuaacuterio ao mesmo tempo natildeo

precisando transportar a ossada permanecendo assim no mesmo jazigo

63 - Legislaccedilotildees Incidentes no Projeto Arquitetocircnico

As legislaccedilotildees especiacuteficas pertinentes a cemiteacuterios e crematoacuterios foram

pesquisadas com base em outras cidades jaacute que Parnamirim natildeo dispotildee de

legislaccedilotildees especiacuteficas para esses fins Desta forma seguem abaixo as

legislaccedilotildees pertinentes a elaboraccedilatildeo do projeto de arquitetura bem como as

legislaccedilotildees cabiacuteveis num projeto com estes paracircmetros

631 - Plano Diretor de Parnam irim Prefeitura Municipal de

Parnamirim 2000

O Plano Diretor de Parnamirim de acordo com o Art 1ordm eacute o

instrumento baacutesico da poliacutetica de desenvolvimento urbano que eacute parte do

processo de planejamento urbano

Tem como objetivos estrateacutegicos de acordo com o Art 3

compatibilizar estabelecer planejar estimular promover garantir

proporcionar orientar e criar mecanismos para a integraccedilatildeo do Municiacutepio com

o Estado Declara que todo o territoacuterio do Municiacutepio eacute Zona Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Parnamirim-RN de 2000 o In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio encontra-se no bairro de Emauacutes na

SZ II (Sub-aacuterea II) Figura 33 da AEPA (Aacuterea Especial Preferencial de

Adensamento)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 39: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 39 de 67

Figura 33 Mapa de Parnamirim Sub-aacuterea II em destaque Sem

Escala

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor com base no Plano Diretor de Parnamirim

(2000)

O Art 25 divide a totalidade do municiacutepio em duas zonas Zona

Adensaacutevel que eacute aquela adequada agrave urbanizaccedilatildeo efetivamente ocupada ou

destinada agrave expansatildeo da cidade e a Zona de Proteccedilatildeo Ambiental com

restriccedilotildees de ocupaccedilatildeo urbana

O Art 28 esclarece a Aacuterea Especial Preferencial de Adensamento como

sendo destinada prioritariamente para intensificaccedilatildeo de adensamento por

apresentar infra-estrutura instalada e para conter o crescimento urbano

desordenado Esta aacuterea se subdivide em duas SZ I e SZ II

Para esta aacuterea fica determinado que

- Taxa de Permeabilidade de 20 (Art 67)

- Aacuterea miacutenima do lote de 20000msup2 e frente miacutenima de 800m (Art

78)

- Recuo Frontal de 250m para o primeiro e segundo pavimentos de

edificaccedilotildees em vias locais e quando o passeio puacuteblico apresentar largura for

inferior a 250m (Art 112)

- Pavimentos elevados acima do segundo pavimento aplicam-se no

caso deste projeto 500m e adiciona-se 028m para cada pavimento acima de

2400m de altura (Art 114)

Caacutelculo do Recuo Frontal

Temos o Pavimento Teacuterreo e o Primeiro Pavimento com 385m de peacute-

esquerdo num total de 770m Satildeo mais vinte pavimentos para a torre num

total de 5985m para 315m de peacute-esquerdo nestes pavimentos Acima de

2400m (que satildeo o Pavimento Teacuterreo + o Primeiro Pavimento + Seis

Pavimentos num total de 2660m) na torre temos 14 pavimentos

acrescentados totalizando 392m (028 x 14)

Temos entatildeo 500 + 392 = 892m de Recuo Frontal com a Rua

Professora Soliana de Andrade

- Recuos Laterais e Posterior Primeiro Pavimento ou ateacute 300m de

altura o recuo miacutenimo eacute dispensado Para o Segundo Pavimento ou ateacute 600m

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 40: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 40 de 67

de altura recuo miacutenimo de 150m Para cada pavimento elevado acima de

600m de altura acrescenta-se 028m ao recuo miacutenimo (Art 115)

Caacutelculo dos Recuos Laterais e Posterior

Temos que o Segundo Pavimento estaacute elevado acima de 600m no

caso a 770m desta forma contamos os adicionais como 20 pavimentos num

total de 20 x 028m = 560m

Temos entatildeo 150 + 560 = 710m de Recuos Laterais e Posterior

- Altura ateacute a laje de cobertura do uacuteltimo pavimento 7070m

- As edificaccedilotildees verticalizadas em todo o municiacutepio devem observar

os criteacuterios conforme orientaccedilatildeo do Corpo de Bombeiros do Estado (Art 119)

- Na zona adensaacutevel seratildeo permitidos todos os usos observando-se

a taxa de ocupaccedilatildeo de 80 da aacuterea do terreno (Art 123)

- O Art 137 refere-se a reserva para estacionamento e que as

atividades enquadradas como geradoras de impacto no sistema viaacuterio devem

apresentar caacutelculos referentes agrave demanda de vagas para estacionamento

Neste caso calculamos 448650msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas

(jazigos) e dividimos por 30000msup2 de acordo com o Decreto Nordm 7914 de

1988 do Estado do Rio de Janeiro que estabelece a previsatildeo de uma vaga para

cada 30000msup2 de aacuterea ocupada pelas sepulturas Ficamos entatildeo com 15

vagas miacutenimas para estacionamento No entanto calculamos que num veloacuterio

de grande movimento poderemos ter ateacute 200 pessoas aglomeradas

considerando-se que todas venham em automoacuteveis de passeio e numa meacutedia

de 5 pessoas por automoacutevel teremos entatildeo uma necessidade de 40 vagas de

estacionamento

Seratildeo 40 vagas mais as 15 vagas miacutenimas chegando a 55 vagas

restar acrescentar que o complexo In Memorian dispotildee de um total de 86

vagas um nuacutemero superior ao estimado

O I n Mem orian fica caracterizado como Causador de Impacto por

liberar gases ou odores e tambeacutem por ser um complexo com atividades que

podem concentrar mais de duzentas pessoas ao mesmo tempo ou por

promover concentraccedilatildeo de fluxo e tracircnsito em horaacuterio especiacutefico de acordo

com o Art 128 Desta forma ficaria sujeito a uma avaliaccedilatildeo preliminar

geradora de um Relatoacuterio de Impacto expedida pela Secretaria Municipal de

Urbanismo e Meio Ambiente caso comprovada a compatibilizaccedilatildeo desses

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 41: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 41 de 67

efeitos com a vizinhanccedila aiacute entatildeo o projeto seria aprovado e liberado para

execuccedilatildeo

632 - Norm as de Prevenccedilatildeo e Com bate a I ncecircndio e Pacircnico

Lei Nordm 4436 1974 Estado do Rio Grande do Norte

De acordo com esta norma do Corpo de Bombeiros o Anteprojeto In

Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio estaacute classificado quanto a ocupaccedilatildeo

como de Reuniatildeo Puacuteblica Por similaridade com templos religiosos e por atrair

a aglomeraccedilatildeo de pessoas em periacuteodos diversos quando acontecem os

veloacuterios

Os dispositivos de proteccedilatildeo estatildeo separados por grupos no caso

temos uma ldquocota cobertardquo que eacute a distacircncia do piso no pavimento teacuterreo ateacute o

piso do uacuteltimo pavimento tipo temos entatildeo uma altura de h = 6755m Desta

forma se enquadra em Cota coberta superior a sessenta metros Recebendo

as seguintes diretrizes

- Prevenccedilatildeo moacutevel (extintores)

- Prevenccedilatildeo fixa (hidrantes)

- Prevenccedilatildeo automaacutetica nas circulaccedilotildees e aacutereas comuns

- Escada enclausurada

- Alarme sonoro conjugado com o funcionamento da prevenccedilatildeo

automaacutetica

- Iluminaccedilatildeo de emergecircncia

- Elevador de seguranccedila

- Paacutera-raios

- Instalaccedilatildeo de hidrantes

- Aacuterea de refuacutegio (Plataforma de Resgate)

A Escada Enclausurada tem as seguintes exigecircncias

- Iniciar no uacuteltimo pavimento uacutetil e acabar no pavimento de

descarga mantendo continuidade de enclausuramento ateacute a saiacuteda

- Possuir antecacircmara ventilada por dutos de ventilaccedilatildeo

- As portas de acesso agrave antecacircmara e agrave escada deveratildeo ser do tipo

corta-fogo podendo ter resistecircncia cada uma a 60 min de fogo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 42: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 42 de 67

- Natildeo poderaacute ser utilizada como depoacutesito ou localizaccedilatildeo de

equipamento

- Natildeo poderaacute ter abertura para tubulaccedilatildeo de lixo eletricidade gaacutes

telefone etc

- Deve ser provida de iluminaccedilatildeo de emergecircncia com fonte

discriminada em planta

- A iluminaccedilatildeo natural deve ser obtida por aberturas providas de

caixilho fixo guarnecido de vidro aramado com espessura miacutenima de 6 mm e

malha de 1250mm2 com aacuterea no maacuteximo igual a 050m2

- As portas para o acesso agrave escada seratildeo do tipo corta fogo de abrir

com resistecircncia miacutenima a 90 minutos de fogo

- As portas abriratildeo no sentido da saiacuteda e a sua abertura natildeo influiraacute

no traacutefego da escada ou do acesso agrave saiacuteda

- A escada deve ser sinalizada quanto aos seus acessos e nuacutemeros de

pavimentos

- Os lances seratildeo retiliacuteneos natildeo se permitindo degraus em leque

- O espelho do degrau pode variar entre 16 a 18 cm

Quanto ao Reservatoacuterio Superior de Aacutegua esta norma especifica um

miacutenimo para combate a incecircndio de 7200 litros

Temos entatildeo a seguinte estimativa de consumo diaacuterio

aproximadamente 140000msup2 de aacuterea ajardinada isso significa 2100 litros (

15 litros por msup2 ) Classificado por similaridade com as igrejas temos 20

litros por lugar Estimando uma meacutedia de 70 pessoas por veloacuterio e um total de

seis salas de veloacuterio no projeto temos 70 x 6 = 420 x 2 litros = 840 litros por

dia

Um total diaacuterio de2100 + 840 = 2940 litros com uma reserva para

trecircs dias teremos 8820 litros No geral teremos 8820 + 7200 = 16020

litros

633 - Decreto Municipal da Prefeitura do Natal

O municiacutepio de Natal dispotildee de uma lei antiga e desatualizada sobre

cemiteacuterios Um decreto municipal Nordm 735 de 18 de agosto de 1965

condicionando a cemiteacuterio puacuteblicos e tradicionais

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 43: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 43 de 67

O Art 1ordm adota uma cova funeraacuteria com dimensotildees de 220m de

comprimento por 080m de largura e 130m de profundidade

O Art 6 declara que no recinto dos cemiteacuterios aleacutem das aacutereas

destinadas a ruas e avenidas seratildeo reservados espaccedilos para a construccedilatildeo de

capelas depoacutesitos mortuaacuterios e necroteacuterios (entenda-se como sala de

preparaccedilatildeo)

Art 19 - Eacute de trecircs anos o prazo miacutenimo a vigorar entre duas

inumaccedilotildees (sepultamentos) na mesma sepultura

634 - Decretos Municipais da Prefeitura do Rio de Janeiro

6341 - Decreto-Lei Nordm 88 1969

Art 4 - Natildeo se permitiraacute o estabelecimento de cemiteacuterios particulares

cujas sepulturas sejam inferior a b) 2000 se cemiteacuterios do tipo vertical

6342 - Decreto ldquoErdquo Nordm 3707 1970

Art 12 - Todo cemiteacuterio deveraacute possuir

I - Instalaccedilotildees administrativas constituiacutedas por escritoacuterios

almoxarifado vestiaacuterios e sanitaacuterios de pessoal e depoacutesito para materiais de

construccedilatildeo

II - Capelas para veloacuterio - uma para cada dez mil sepulturas ou fraccedilatildeo

em se tratando de cemiteacuterios dos tipos tradicional e parque uma para cada

mil sepulturas ou fraccedilatildeo em se tratando de cemiteacuterio do tipo vertical

III - Loja para venda de refrigerantes e pequenas refeiccedilotildees

IV - Loja para venda de artigos funeraacuterios

V - Loja para venda de flores

VI - Agecircncia Funeraacuteria

VII - Local para informaccedilotildees

VIII - Sanitaacuterios puacuteblicos

IX - Posto de telefones puacuteblicos

X - Local para estacionamento de veiacuteculos

XI - Incinerador de lixo

XII - Forno crematoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 44: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 44 de 67

XIII - Depoacutesito de ossos

XIV - Sala de necropsia

XV - Pequena enfermaria

Art 17 - Por sepultura entende-se o lugar no cemiteacuterio destinado agrave

inumaccedilatildeo de cadaacuteveres

Art 76 - O cemiteacuterio vertical contaraacute aleacutem do previsto no art12 no

miacutenimo os seguintes compartimentos instalaccedilotildees ou locais

III - Trecircs elevadores dois dos quais pelo menos com dimensotildees

suficientes para o transporte do feacuteretro

IV - Gerador de energia eleacutetrica proacuteprio capaz de suprir as

necessidades de todo o cemiteacuterio em caso de emergecircncia

Art 77 - O cemiteacuterio vertical obedeceraacute ainda agraves seguintes exigecircncias

I - O peacute direito de cada pavimento natildeo poderaacute ser inferior a dois

metros e sessenta centiacutemetros

II - as circulaccedilotildees de acesso ao jazigo deveratildeo ter no miacutenimo trecircs

metros de largura dotados de ventilaccedilatildeo

Art 78 - Os jazigos deveratildeo obedecer internamente as seguinte

dimensotildees miacutenimas

I - largura oitenta centiacutemetros

II - altura sessenta centiacutemetros

III - comprimento dois metros e trinta centiacutemetros

Paraacutegrafo Uacutenico - Os jazigos poderatildeo ser sobrepostos e justapostos de

modo a formar um conjunto obedecida as seguintes caracteriacutesticas

a - A sobreposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo quatro jazigos por

pavimento

b - A justaposiccedilatildeo poderaacute ser no maacuteximo vinte e cinco jazigos

c - A cada vinte e cinco jazigos justapostos deveraacute ser prevista a

circulaccedilatildeo de acesso

6343 - Decreto Nordm 7914 1988

Paraacutegrafo uacutenico No caso de cemiteacuterio vertical a previsatildeo seraacute de

uma vaga para cada 30000m2 (trezentos metros quadrados) de aacuterea

construiacuteda e ocupada por sepultura

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 45: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 45 de 67

6344 - Decreto Nordm 20061 2001

Art 8ordm - A Concessionaacuteria e as permissionaacuterias prestadoras de serviccedilos

funeraacuterios teratildeo que possuir no miacutenimo dois veiacuteculos apropriados para

remoccedilatildeo do corpo cadaveacuterico humano

635 - Decretos Municipais da Prefeitura de Belo Horizonte Lei

N 6725 1994

Art 23 - A inumaccedilatildeo do cadaacutever poderaacute ser substituiacuteda pela sua

cremaccedilatildeo nos termos e condiccedilotildees estabelecidos nos artigos seguintes

Art 24 - Soacute poderaacute haver cremaccedilatildeo nos casos em que natildeo houver

duacutevidas quanto agrave causa mortis e absoluta insuspeiccedilatildeo por parte das

autoridades policial ou judicial competentes de que ela tenha decorrido de

accedilatildeo criminosa

Art 25 - Seraacute cremado o cadaacutever

I - daquele que houver demonstrado esse desejo por instrumento

puacuteblico ou particular

II - se a famiacutelia do morto assim o desejar desde que o de cujus natildeo

haja feito declaraccedilatildeo em contraacuterio por uma das formas a que se refere o item

anterior

Art 28 - Os restos mortais apoacutes a regular exumaccedilatildeo poderatildeo se

incinerados mediante consentimento expresso da famiacutelia do de cujus

Art 29 - As cinzas resultantes da cremaccedilatildeo do cadaacutever ou incineraccedilatildeo

de restos mortais seratildeo recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos

636 - Conselho Nacional de Meio Ambiente

D isciplina os processos de tratamento teacutermico de resiacuteduos e outros

materiais Seccedilatildeo IV Crematoacuterios

Todo sistema crematoacuterio deve ter no miacutenimo a cacircmara de combustatildeo

e a cacircmara secundaacuteria para queima dos volaacuteteis

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 46: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 46 de 67

Paraacutegrafo 1ordm A cacircmara secundaacuteria deveraacute operar agrave temperatura

miacutenima de 800ordm C e o tempo de residecircncia do resiacuteduo em seu interior natildeo

poderaacute ser inferior a 1s (um segundo)

Paraacutegrafo 2 O sistema soacute pode iniciar a operaccedilatildeo apoacutes a temperatura

da cacircmara secundaacuteria atingir a temperatura de 800ordm C

Os corpos fetos ou as peccedilas anatocircmicas recebidas no crematoacuterio

deveratildeo ser processados preferencialmente no prazo maacuteximo de 08 (oito)

horas

Paraacutegrafo uacutenico Na impossibilidade de processamento no prazo

estabelecido no ldquocaputrdquo os corpos peccedilas ou fetos deveratildeo ser mantidos em

equipamento com refrigeraccedilatildeo adequada

64 - Programa de Necessidades

Este programa de necessidades se deu com base nas Legislaccedilotildees

Especiacuteficas e nas pesquisas realizadas via Internet e tambeacutem visitas in loco

realizadas ao Cemiteacuterio Morada da Paz e a Funeraacuteria Satildeo Francisco em Natal

bem como os estudos de caso avaliados anteriormente

Estacionamento Externo 50 vagas

Guarita

Estacionamento Interno 36 vagas

Setor Visitantes

Atendimento

Lanchonete

Floricultura

Ossuaacuterio ambiente destinado agraves ossadas

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 47: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 47 de 67

Capela Sacristia pode funcionar como a seacutetima sala de veloacuterio

Salas de Veloacuterio seis salas

Repouso Familiar seis salas

Enfermaria

Sala de Urnas e Atauacutedes cataacutelogos dos modelos oferecidos

Escada

BWCs

Varandas

Elevadores

Jazigos

Columbaacuterio pavimento destinado agraves urnas com os restos cremados

Lanchonete Mirante no uacuteltimo pavimento

Setor Serviccedilos

Garagem

Depoacutesito

BWCs funcionaacuterios

Estar de funcionaacuterios

Serviccedilo Lavanderia

Espera

Preparaccedilatildeo Higienizaccedilatildeo embalsamamento lavagem conservaccedilatildeo

dos defuntos

Sala do Cremador cremaccedilatildeo e separaccedilatildeo dos restos cremados

Elevadores

Gerador

Depoacutesito de Lixo

Casa de Gaacutes fonte de combustiacutevel para o Forno Cremador

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 48: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 48 de 67

Setor Administraccedilatildeo

Recepccedilatildeo

Almoxarifado Arquivo

Administraccedilatildeo

Diretoria

WCs

Informaacutetica Monitoramento do preacutedio com cacircmeras de seguranccedila

transmissatildeo das imagens de veloacuterios via Internet Arquivamento eletrocircnico

geral (cadastro dos sepultados ossadas e urnas)

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio conta com seis

pavimentos diferenciados e 21 andares

Aacuterea do Terreno com 547727msup2

65 - Definiccedilotildees de Partido

Procurou-se apoiar a atividade do I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e

Crematoacuterio com os estacionamentos externos a Leste e a Oeste Optamos por

recuar o conjunto e obtermos com isso uma aacuterea de estacionamento frontal e

interno Desta forma poderiacuteamos ter uma edificaccedilatildeo com mais suporte ao

urbanismo local proporcionando uma aacuterea externa mais usual e visiacutevel

Os acessos de automoacuteveis encontram-se a Norte e a Sul sendo de

entrada de serviccedilo e principal respectivamente

O acesso do visitante se daacute pela entrada social ao Sul passando pelo

estacionamento interno ateacute a passarela de entrada Tentando valorizar a

entrada do visitante que teria a vista da passarela de entrada em meio agraves

aacutervores e palmeiras assim que transpusesse o estacionamento

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 49: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 49 de 67

No Pavimento Teacuterreo (Figura 34) os cocircmodos mais ao Norte satildeo

setores de serviccedilo e de administraccedilatildeo Na parte Sul da edificaccedilatildeo neste

pavimento ficam os setores de visitas e lanches

Figura 34 Planta do Pavimento Teacuterreo In Memorian

LEGENDA 1-Entrada Passarela 2-Espelho dacuteaacutegua 3-Lanchonete 4-

Ossuaacuterio 5- Atendimento 6-Capela 7-Administraccedilatildeo 8-Serviccedilos

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Para proteger o Ossuaacuterio dos incocircmodos solares jaacute que este ambiente

fica a Oeste tomou-se como partido a proteccedilatildeo com peacutergulas de ponta a

ponta do ambiente

O Paisagismo eacute um ponto em destaque no Pavimento Teacuterreo A

predominacircncia de gramiacuteneas no solo e aacutervores de folhagem perene satildeo uma

opccedilatildeo neste sentido As palmeiras tambeacutem devem fazer parte do conjunto

No Primeiro Pavimento (Figura 35) alguns ambientes se interligam

diretamente com o Pavimento Teacuterreo eacute o caso do mezanino da Lanchonete e

do Ossuaacuterio

Neste pavimento adotou-se a ideacuteia de salas de veloacuterios precedidas de

halls de circulaccedilatildeo A preocupaccedilatildeo com entradas e saiacutedas de ar pelas varandas

fica notoacuterio

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 50: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 50 de 67

Figura 35 Planta do Primeiro Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Varanda 2-Lanchonete 3-Ossuaacuterio 4-Vazio 5-Veloacuterio

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Os vazios funcionam como ampliadores da noccedilatildeo de perspectiva que

se pretendia obter de um pavimento ao outro e tambeacutem da interaccedilatildeo entre os

mesmos

Satildeo quatro os Pavimentos-tipo (Figuras 36 37 38 e 39) dois

pavimentos essencialmente de jazigos um terceiro pavimento destinado agraves

urnas com os restos cremados e um uacuteltimo pavimento e mais alto com duas

salas de veloacuterio jazigos e lanchonete

O formato em cruz do pavimento-tipo - com vinte andares - foi uma

simbologia cristatilde que se adotou no conjunto Jaacute que este siacutembolo eacute tatildeo

marcante para o cristianismo e que a soluccedilatildeo encontrada correspondia ao

planejamento inicial houve um excelente encontro

A diferenccedila entre os dois pavimentos-tipo destinados aos jazigos estaacute

na posiccedilatildeo das jardineiras e o formato do vazio central

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 51: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 51 de 67

Figura 36 Planta do Pavimento Tipo Andares Pares In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 37 Planta do Pavimento Tipo Andares Iacutempares In Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 52: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 52 de 67

LEGENDA 1-Vazio 2-Circulaccedilatildeo 3-Jardineira 4-Jazigos Completos

5-Jazigos Simples 6-Elevadores 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Figura 38 Planta do 20 Pavimento - Columbaacuterio In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Nichos para as Urnas Cineraacuterias 3-Estar 4-

Elevadores 5-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 53: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 53 de 67

Figura 39 Planta do 21 Pavimento In Memorian

LEGENDA 1-Vazio 2-Lanchonete Mirante 3-Repouso Familiar 4-

Veloacuterio 5-Elevadores 6-BWCs 7-Escada

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

66 ndash Funcionalidade

O I n Memorian Cemiteacuterio Vertical e Crematoacuterio tenta aliar a

funcionalidade com o conforto ambiental e a plasticidade Desta forma a

racionalizaccedilatildeo do projeto iniciou-se com a resoluccedilatildeo dos problemas e as

ordens funcionais exigentes num projeto desta natureza

Com as definiccedilotildees de partido tomadas jaacute citadas anteriormente

restava aliar as ideacuteias iniciais do Partido Arquitetocircnico com os quesitos

funcionais e desta forma obter um projeto de boa qualidade

Para esse fim foram analisados trecircs quesitos importantes para o bom

funcionamento de um complexo com essas caracteriacutesticas Satildeo eles O fluxo

dos visitantes O fluxo dos atauacutedes e as Circulaccedilotildees

661 - Fluxo dos Visitantes

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 54: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 54 de 67

Priorizamos as distinccedilotildees entre as circulaccedilotildees dos visitantes das

circulaccedilotildees dos atauacutedes (caixotildees) Portanto temos uma entrada social pela

Guarita e outra entrada de serviccedilo ao Norte

Desta forma o visitante tem um caminho que vindo de automoacutevel ou a

peacute eacute obrigatoacuteria a passagem pelo estacionamento interno devidamente

arborizado e sempre verde percebendo primeiro o paisagismo que faz parte

do conjunto

Posteriormente dirige-se a passarela de entrada passando pelo

espelho drsquoaacutegua jardins e Floricultura chegando ao Atendimento No

Atendimento o visitante se informaraacute sobre qual andar deveraacute se dirigir Se

pretende ir a uma das Salas de Veloacuterio visitar algum jazigo visitar o

Ossuaacuterio visitar o Columbaacuterio Desta forma o funcionaacuterio pode informaacute-lo

rapidamente ou acessar o terminal de computador onde estatildeo os arquivos e

pesquisar Informando qual o pavimento encontra-se a sepultara procurada

Caso o visitante deseje dirigir-se a algum veloacuterio deveraacute caminhar ateacute

a Escada ou Elevadores Chegando ao Primeiro Pavimento o visitante pode

aproveitar os espaccedilos de conviacutevio as circulaccedilotildees e as varandas Neste

pavimento tambeacutem estatildeo localizados - aleacutem dos veloacuterios - BWCs adaptados

para portadores de deficiecircncia Enfermaria Repousos familiares Lanchonete

com mezanino e Ossuaacuterio

Caso o visitante desejasse falar com a Administraccedilatildeo do

empreendimento ou desejasse escolher qual a urna ou atauacutede para a famiacutelia

ou mesmo quisesse ir agrave Capela o faria logo apoacutes o Atendimento caminhando

Para visitar qualquer jazigo o visitante dirige-se ao pavimento pelos

Elevadores Sociais Os pavimentos-tipo satildeo dotados de circulaccedilotildees abertas

cuja sensaccedilatildeo de confinamento eacute drasticamente reduzida aleacutem disso

proporciona uma vista panoracircmica do local

662 - Fluxo dos Atauacutedes

A entrada de serviccedilo ao Norte eacute o ponto de chegada dos defuntos que

vindos do Hospital ou das residecircncias devidamente documentados com o

Atestado de Oacutebito expedido por um meacutedico registrado satildeo transportados da

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 55: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 55 de 67

Garagem atraveacutes de maca para a Espera ou a Sala de Preparaccedilatildeo e

Higienizaccedilatildeo

Na Espera aguarda-se o momento do Veloacuterio caso jaacute estejam prontos

os detalhes da cerimocircnia De outra forma se o defunto natildeo vier devidamente

preparado para o sepultamento ou o veloacuterio seraacute preparado na Sala de

Higienizaccedilatildeo onde ocorreraacute o embalsamamento caso necessaacuterio a lavagem

do corpo e a colocaccedilatildeo das vestimentas

O tipo de embalsamamento decorre dos objetivos a que se pretende

alcanccedilar Por exemplo se o sepultamento ocorre ateacute poucas horas da morte

ou se o defunto precisaraacute percorrer longas distacircncias ateacute o local do

sepultamento o embalsamamento seraacute diferenciado e adequado aos fins

Preparaccedilotildees agrave parte um funcionaacuterio conduziraacute o atauacutede pelo Elevador

de Serviccedilo ateacute as Salas de Veloacuterio Posteriormente para o jazigo preacute-

determinado ou para a Sala do Cremador

Os Veloacuterios Crematoacuterios estatildeo equipados com monta-cargas que

quando acionados conduzem o atauacutede ateacute a Sala do Cremador logo abaixo

Como a cerimocircnia de cremaccedilatildeo estaacute mais determinada aos horaacuterios a

finalizaccedilatildeo da mesma com o acionamento do monta-carga que levemente

desceraacute torna este momento marcante jaacute que as despedidas seguem ateacute este

momento daiacute em diante a cremaccedilatildeo na Sala do Cremador aconteceraacute

663 ndash Circulaccedilotildees

As circulaccedilotildees horizontais neste projeto se fazem de um modo peculiar

da maneira em que estatildeo colocadas No Pavimento Teacuterreo e no Primeiro o eixo

de circulaccedilatildeo dos visitantes se faz pelos aacutetrios criados pelos vazios de onde se

pode perceber o movimento de um pavimento ao outro

Desta forma os ambientes tecircm em comum um grande hall de

circulaccedilatildeo de onde podem partir para outros locais

As circulaccedilotildees verticais que satildeo os Elevadores Sociais Elevadores de

Serviccedilo e a Escada de Emergecircncia estatildeo dispostas a atender com facilidade

tanto os visitantes quanto aos funcionaacuterios

A Escada de Emergecircncia estaacute em conformidade com as Normas do

Corpo de Bombeiros Possui Ante-cacircmara portas corta-fogo esquadrias com

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 56: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 56 de 67

vidro aramado e o formato da escada atende as diretrizes especiacuteficas como a

altura do espelho e o comprimento do piso

Os Elevadores Sociais (duas unidades) satildeo de modelo padratildeo da

Elevadores Otis correspondente ao modelo ADV-1210-9C Comporta 12

pessoas e mantecircm uma velocidade de 10ms com acionamento de porta

corrediccedila com abertura central

Os Elevadores de Serviccedilo destinam-se ao transporte dos atauacutedes e

comportam aleacutem do atauacutede logo acima da maca um a trecircs pessoas ou

funcionaacuterios que porventura possam seguir no mesmo momento Este modelo

natildeo segue nenhum padratildeo dimensional da Elevadores Otis contudo pode ser

encomendado facilmente elevando o preccedilo do equipamento a ateacute 30 de um

modelo semelhante constante no cataacutelogo do fabricante

67 - Conforto

As condicionantes climatoloacutegicas para este projeto levaram em

consideraccedilatildeo agraves mesmas condicionantes da capital do estado jaacute que natildeo se

dispunha de dados referentes a cidade de Parnamirim Pela proximidade das

duas cidades esses dados climatoloacutegicos devem corresponder muito proacuteximos

uns dos outros natildeo chegando a comprometer as anaacutelises feitas

Na regiatildeo dispomos de clima quente e uacutemido com temperaturas mais

amenas agrave noite e brisa constante durante todo o dia e agrave noite

Desta forma podemos nos orientar pelas seguintes diretrizes com

base no Meacutetodo Mahoney (1998) para uma boa relaccedilatildeo da arquitetura com o

clima satildeo elas Os edifiacutecios preferencialmente devem estar orientados para

Norte-Sul com o maior eixo para Leste-Oeste Devem haver espaccedilos abertos

para penetraccedilatildeo das brisas vindas do Sudeste Aproveitar o movimento

permanente do ar direcionando uma ventilaccedilatildeo cruzada Paredes leves poreacutem

isolantes Coberturas leves poreacutem isolantes Necessidade de proteccedilatildeo contra

chuvas

O estudo da insolaccedilatildeo inicialmente foi derivado a insolaccedilatildeo incidente

nas quatro faces do terreno (Figura 40) para que assim pudeacutessemos perceber

e zonear adequadamente os ambientes bem como planejar proteccedilotildees ou

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 57: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 57 de 67

aberturas nas direccedilotildees corretas Desta forma percebemos que a face Oeste eacute

a mais castigada pelo Sol recebendo insolaccedilatildeo durante todo o ano nos

periacuteodos vespertinos daiacute a indicaccedilatildeo de elaborar uma parede cega no

Ossuaacuterio e pergolado no intuito de barrar os raios solares e projetar sombra

no restante dos pavimentos teacuterreo e primeiro

Figura 40 Cartas solares incidentes nas faces do terreno In

Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Eacute sabido que o fenocircmeno da renovaccedilatildeo de ar no interior dos edifiacutecios

se daacute pela diferenccedila de pressatildeo ldquoquando o vento incide em um edifiacutecio daacute

origem na superfiacutecie externa do m esm o a zonas de sobrepressatildeo e

subpressatildeo isto eacute pressotildees m aiores ou m enores do que a atmosfeacuter icardquo

(TOLEDO1999 p-93) Desta forma a direccedilatildeo dos ventos nas edificaccedilotildees

segue a direccedilatildeo das zonas de alta pressatildeo para as zonas de baixa pressatildeo

(Figura 41) e quanto maior a diferenccedila de pressatildeo maior a velocidade do

vento no percurso

Figura 41 Direccedilatildeo dos ventos dominantes Zonas de pressatildeo In

Memorian

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 58: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 58 de 67

Fonte Elaboraccedilatildeo do Autor

Portanto foi levando estas diretrizes em consideraccedilatildeo que as

aberturas principalmente no Primeiro Pavimento foram localizadas para a

direccedilatildeo dos ventos (zonas de alta pressatildeo) no caso do terraccedilo e da varanda

satildeo maiores que as aberturas de saiacutedas de ar (zonas de baixa pressatildeo)

fazendo com que a velocidade dos ventos aumente no interior do pavimento

Os vazios principalmente o que percorre toda a Torre tambeacutem proporcionam

espaccedilos para a circulaccedilatildeo livre dos ventos predominantes

68 - Estrutura

O sistema construtivo adotado na construccedilatildeo deste projeto segue os

padrotildees atuais de mercado Alvenaria de tijolos para as paredes divisoacuterias

concreto armado para a estrutura portante e lajes preacute-moldadas ou lajes

nervuradas isso a depender do vatildeo a ser vencido

Os jazigos nos pavimentos da Torre podem ser preacute-moldados e

fabricados em outros locais Podem ser construiacutedos em argamassa armada

para que as secccedilotildees sejam reduzidas

Alguns erros de projeto referente a natildeo compatibilizaccedilatildeo entre Sistema

Estrutural e Projeto de Arquitetura satildeo algumas vezes detectados no canteiro

de obras Desta forma as modificaccedilotildees corretivas se tornam onerosas

financeiramente e muitas vezes inviaacuteveis estrutural ou arquitetonicamente

Com o intuito de corrigir erros e aplicar um lanccedilamento estrutural

correto foi necessaacuterio o auxiacutelio de informaccedilotildees mais detalhadas e especiacuteficas

da Engenharia Portanto o lanccedilamento estrutural da Torre de 21 andares foi

auxiliado pelo Eng Calculista Maacutercio Dantas de Medeiros formado pela UFRN e

Mestre pela UNICAMP

Ficou recomendado o dimensionamento dos pilares com dimensotildees de

45x70cm 45x120cm e 30x120cm Num total de 24 pilares para a Torre com

vatildeos livres de ateacute 1275m

Portanto devido aos grandes vatildeos ficou decido por um sistema de

lajes que correspondesse em seguranccedila a esses requisitos Desta forma

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 59: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 59 de 67

optou-se por Laje Nervurada modelo ATEX 900 com altura total de 50cm

Vigas de Boccedilo tambeacutem foram especificadas com 60cm de altura para os

menores vatildeos e 120cm para os quatro maiores vatildeos da estrutura que se

encontram nas extremidades

As Formas e Especificaccedilotildees da Atex do Brasil satildeo indicativas de um

processo seguro e viaacutevel As maiores vantagens das lajes nervuradas satildeo a

aplicaccedilatildeo de vatildeos maiores que os usuais a liberdade da aplicaccedilatildeo de layouts

diferenciados jaacute que o posicionamento das paredes natildeo estaacute amarrado agraves

vigas presentes na estrutura convencional

69 - Acabamentos

Foi pensado um padratildeo de acabamento sofisticado para o In

Memorian de modo a demonstrar mais sofisticaccedilatildeo e simplicidade ao mesmo

tempo

O uso de materiais comuns no mercado regional seria uma boa

escolha como por exemplo o piso do arruamento interno seria em bloquetes

de concreto que aleacutem de resistentes satildeo tambeacutem de faacutecil montagem

Para o piso nas aacutereas internas especificamos porcelanato Os

banheiros puacuteblicos podem dispor dessas mesmas peccedilas Jaacute os banheiros

restritos aos funcionaacuterios podem receber ceracircmica com resistecircncia PEI 4 mas

com padratildeo inferior ao porcelanato

As paredes recebem tinta PVA laacutetex em cores a escolher

O forro utilizado para todo o conjunto nas aacutereas de visitantes eacute em

lambri de madeira devidamente lixado e impermeabilizado

As portas mais simples satildeo laminadas e outras em vidro temperado

como eacute o caso das portas nas Salas de Veloacuterio As janelas e brise-soleils satildeo

em alumiacutenio preto com peliacutecula reflexiva na cor cinza Tambeacutem seria utilizado

esquadria tipo pele de vidro no Ossuaacuterio e na Lanchonete

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 60: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 60 de 67

Para o revestimento externo nas fachadas propomos a utilizaccedilatildeo de

ceracircmica 10x10cm nas cores branca amarela e cinza de acordo com as vistas

das perspectivas (Figuras 42 e 43)

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 61: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 61 de 67

Figura 42 Vista do In Memorian a partir do estacionamento interno

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 62: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 62 de 67

Figura 43 Vista do In Memorian

Fonte Elaboraccedilatildeo da perspectiva por Glecircnio Leilson com base no

projeto do Autor

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 63: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 63 de 67

610 ndash Paisagismo

Devido a grande aacuterea verde que o projeto proporciona bem como a

grande quantidade de jardineiras nos pavimentos elevados eacute importante que

se proponham diretrizes quanto ao paisagismo a ser adotado no conjunto

Eacute preferiacutevel o uso de folhagem sempre verde e rasa No caso do

Pavimento Teacuterreo existem grandes aacutereas para gramiacuteneas optando-se pela

Grama Esmeralda

Pode-se compor o cenaacuterio com aacutervores caducas e arbustos Propomos

entatildeo a Sucupira e Palmeira Imperial para o Estacionamento Interno O uso de

arbustos floridos como Hibiscos Brancos e Amarelos podem trazer mais cores

ao local

No Estacionamento Externo ficamos com a Palmeira Imperial e nas

aacutereas remanescentes de canto o Pereiro como aacutervore caduca

Nas jardineiras da Torre podemos utilizar Alamandas Amarelas que

ficam pendentes no parapeito das jardineiras e aleacutem de resistentes satildeo de

faacutecil manutenccedilatildeo

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 64: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 64 de 67

70 ndash REFEREcircNCIAS

ALL CREMATORY Disponiacutevel em lthttpwwwallcremcomgt Acesso

em 30 jan 2002

ATEX DO BRASIL Disponiacutevel em lthttpwwwatexcombrgt Acesso

em 23 jul 2002

BARBOSA Padre Dimas Lara Confederaccedilatildeo Nacional dos Bispos do

Brasil Secretaacuterio do Instituto Nacional de Pastoral Re Sobre a crem accedilatildeo

[mensagem pessoal] Mensagem recebida por lt

adrianorodrigueszzncomgt em 14 de mai de 2002

BELO HORIZONTE Decreto-lei n 6725 de 1994

BRASIL Conselho Nacional de Meio Ambiente 2002

CANUTO Jeane Fialho O Cem iteacuterio do Alecrim um a anaacutelise das

representaccedilotildees da m orte em Natal Natal 2002 Monografia (Graduaccedilatildeo) -

Curso de Histoacuteria Universidade Federal do Rio Grande do Norte

CASCUDO Luiacutes da Cacircmara Histoacuteria da Cidade do Natal 3 ed

Natal Instituto Histoacuterico e Geograacutefico 1999

CEMENTERIO PARQUE VALLES DEL TUY Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematorioscomcrematorioaspgt Acesso em 03 de jul de

2002

CREMATOacuteRIO METROPOLITANO Disponiacutevel em

lthttpwwwcrematoriometropolitanocombrgt Acesso em 20 mar 2002

DrsquoASSUMPCcedilAtildeO Evaldo A Diaacutelogo Meacutedico Tanatologia e o Doente

Terminal In Diaacutelogo Meacutedico Ano 10 n2 1984

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 65: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 65 de 67

DA MATA Ruceacutelia RUBENS Antocircnio Cem iteacuterio Parque Natal

1993 Monografia (Graduaccedilatildeo) Curso de Arquitetura e Urbanismo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ELEVADORES OTIS Manual do Projetista 7 ed Nov de 1996

GEBARA Michelle dos Santos Crematoacuterio Natal 1999 Monografia

(Graduaccedilatildeo) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica 2000

LOPES Brenda BARCELLOS Daniella CARVALHO Kelly LISBOA

Mariana I greja Matriz de Nossa Senhora da Apresentaccedilatildeo Natal 2002

Trabalho de Disciplina (Teoria e Histoacuteria da Arquitetura Brasileira e Urbanismo

I) - Curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Potiguar

MEMORIAL CEMITEacuteRIO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialcemiteriocombrgt Acesso em 23 fev 2002

MEMORIAL DO CARMO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialdocarmocombrgt Acesso em 12 jan 2002

MEMORIAL VICENTINO Disponiacutevel em

lthttpwwwmemorialvicentinocombrgt Acesso em 17 jan 2002

MEacuteTODO MAHONEY Determ inaccedilatildeo da relaccedilatildeo arquitetura-clima

Natal 1998 Disciplina de Conforto Ambiental 1 - Curso de Arquitetura e

Urbanismo Universidade Federal do Rio Grande do Norte

METROPOLITANO CEMITEacuteRIO VERTICAL Disponiacutevel em

lthttpwwwcemiteriometropolitanocombrgt Acesso em 05 jan 2002

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 66: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 66 de 67

NATAL Decreto-lei n 735 de 18 de agosto de 1965 Aprova o

Regulamento dos Cemiteacuterios Puacuteblicos de Natal e daacute outras providecircncias

Diaacuterio Oficial do Municiacutepio p06 11 de set de 1965

OEI - Organizacioacuten de Estados Iberoamericanos Para la Educacioacuten la

Ciencia y la Cultura Disponiacutevel em

lthttpwwwoeiorgcosiientrega19art03htmaagt Acesso em 11 de jul

de 2002

PARNAMIRIM Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim

2000

REIS Joatildeo Joseacute O cotidiano da morte no Brasil oitocentista In

ALENCASTRO Luiacutes Felipe de (Org) Histoacuteria da vida privada no Brasil Satildeo

Paulo Companhia das Letras 1999 v 2

RIO DE JANEIRO Decreto ldquoErdquo n 3707 de 1970 Disciplina a criaccedilatildeo

construccedilatildeo e funcionamento de cemiteacuterios tipo tradicional parque e vertical

RIO DE JANEIRO Decreto n 20061 de 2001

RIO DE JANEIRO Decreto n 7914 de 1988

RIO DE JANEIRO Decreto-lei n 88 de 7 de ago de 1969 Dispotildee

sobre a criaccedilatildeo de cemiteacuterios particulares daacute outras providecircncias 5 de

dezembro de 1968

RIO GRANDE DO NORTE Lei n 4436 de 1974 Normas de

Prevenccedilatildeo e Combate a Incecircndio e Pacircnico Comando do Corpo de

Bombeiros Poliacutecia Militar

RIO GRANDE DO NORTE Relatoacuterio da Caracterizaccedilatildeo do

Municiacutepio Plano Diretor Prefeitura Municipal de Parnamirim Secretaria de

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997

Page 67: In Memorian : Cemitério Vertical e Crematório

in Memorian CEMITEacuteRIO VERTICAL E CREMATOacuteRIO

TFG ARQUITETURA E URBANISMO UFRN ADRIANO RODRIGUES MOTA FREIRE Paacutegina 67 de 67

Estado do Turismo Programa de Accedilatildeo para o Desenvolvimento do Turismo

Parnamirim 1999

SANTOS FILHO Lycurgo Medicina no periacuteodo imperial In HOLANDA

Seacutergio Buarque de (Dir) Histoacuteria da civilizaccedilatildeo brasileira Satildeo Paulo

DIFEL v 2

SCHILLING Fernando Re_Informaccedilotildees_CORTEL [mensagem

pessoal] Mensagem recebida por lt adrianorodrigueszzncomgt em 22 de

mar de 2002

SENSUR-Secretaria de Serviccedilos Urbanos Prefeitura da cidade do Natal

2002

SILVA Edmar da Titular de Histoacuteria Universidade Estadual de Goiaacutes

Jornal O Popular Coluna Opiniatildeo 2 de nov de 2001 Disponiacutevel em

lthttpwwwsincepcombrgt ltAssociadosgt ltHistoacuteriagt Acesso em 02 mar

2002

TOLEDO Eustaacutequio Vent ilaccedilatildeo natural das habitaccedilotildees Maceioacute

EDUFAL 1999

TUacuteMULOS satildeo testemunhas da histoacuteria Tribuna do Norte Natal 02

de nov de 2001

VALLE Waldo Lima do Valle Morrer e depois como vivem os que

morrem Joatildeo Pessoa A Uniatildeo 1997