IInfecção Hoospitalar Esstudo de Prevalência Em Um Hospital Publico de Ensino

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2007, MOURA Et Al. 2007, MOURA Et Al.

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  • 416 Rev Bras Enferm, Braslia 2007 jul-ago; 60(4):416-21.

    Infeco hospitalar: estudo de prevalnciaem um hospital pblico de ensino

    Maria Eliete Batista MouraDoutora em Enfermagem. Coordenadora de

    Pesquisa e Ps-Graduao da FaculdadeNOVAFAPI, Teresina, PI. Docente da

    Graduao e do Mestrado em Enfermagemda Universidade Federal do Piau - UFPI.

    [email protected]

    Snia Maria de Arajo CampeloEnfermeira Especialista em Mdico-Cirurgica. Docente da Graduao de

    Enfermagem da NOVAFAPI, Teresina, PI.Mestranda em Enfermagem pela UFPI.

    [email protected]

    Francisca Cortez Prado de BritoEnfermeira especialista em Gesto de

    sistemas e servio de sade, Gerente deEnfermagem do Hospital Getlio Vargas,Teresina, PI, Mestranda em Enfermagem

    pela [email protected]

    Odina Maria Amorim BatistaEnfermeira especialista em Controle de

    Infeco Hospitalar. Docente da graduaoem Enfermagem da NOVAFAPI, Teresina,

    PI. Mestranda em Enfermagem pela [email protected]

    Telma Maria Evangelista de ArajoEnfermeira. Doutora em Enfermagem.

    Professora Adjunto da UFPI, Teresina, PI eNOVAFAPI. Membro do Ncleo de Estudos

    em Sade Pblica NESP/[email protected]

    Adlia Dalva da Silva OliveiraMestre em Polticas Pblicas. Docente da

    Faculdade NOVAFAPI, Teresina, [email protected]

    RESUMO

    Este estudo objetivou determinar a prevalncia de infeco hospitalar (IH) e distribuio por topografia epor microorganismo e suas sensibilidades antimicrobianas. Realizado em duas Unidades de TerapiaIntensiva (UTIs) de um hospital pblico de ensino de Teresina, com amostragem de 394 casos de IH eprocessados pelo Software SPSS. A infeco respiratria foi a maior prevalncia (61,26%) na UTI Geral.Evidenciou-se maior sensibilidade bacteriana amicacina (52,48) na UTI do SPS. O microorganismocom maior prevalncia foi a Klebsiella pneumonia (35,46%) na UTI geral. Conclui-se que a prevalnciade IH nas duas UTIs foi de 60,8%, ultrapassando 45,3 % do ndice geral registrado nos hospitaisbrasileiros que 15,5%, contribuindo para aumentar a morbi - mortalidade causadas por infeces.Descritores: Enfermagem; Infeco Hospitalar; Prevalncia.

    ABSTRACT

    This study aimed to determine the prevalence of nosocomial infection (NI) and distribution for topographyand microorganism and its antimicrobial sensibility. The study was carried out in two Intensive CareUnits (ICUs) of a public teaching hospital of Teresina, with sampling of 394 NI cases and processed bythe SPSS Software. The respiratory infection was the biggest prevalence (61.26 %) in the General ICU.It was found a bigger bacterial sensibility to amicacine (52.48 %) in the ICU of the ER. The microorganismwith bigger prevalence was Klebsiella pneumonia (35.46 %) in the general ICU. In conclusion, theprevalence of NI in the two ICUs was 60.8 %, exceeding 45.3 % of the general rate registered in theBrazilian hospitals that is 15.5 %, contributing to increase the morbi -mortality caused by infections.Descriptors: Nursing; Nosocomial Infection; Prevalence.

    RESUMEN

    Este estudio tiene como objetivo determinar la superioridad de infeccin hospitalaria (IH) y distribucinpor topografa, por microorganismos y sus sensibilidades antimicrobianas. Realizado en dos Unidadesde Terapia Intensiva (UTIS) de un hospital pblico de enseanza de Teresina, con muestra de 394 casosde IH y procesados con Software SPSS. La infeccin respiratria mostr mayor superioridad (61,26%)en la UTI General. Evidenci mayor sensibilidad bacteriana al amicacina (52,48%) en la UTI del SPS. Elmicroorganismo con mayor superioridad fue Klebsiella neumona (35,46%) en la UTI general. Comoconcluye, la superioridad de IH en las dos UTIS fue 60,8%, sobrepasando 45,3 % del ndice generalregistrado en hospitales brasileos que es 15,5%, contribuyendo para aumentar a morbi - mortalidadcausadas por infecciones.Descriptores: Enfermera; Infeccin Hospitalria; Prevalncia.

    Nosocomial infection: study of prevalence at a public teaching hospital

    Infeccin hospitalaria: estdio de prevalncia en un hospital pblico y de enseanza

    Moura MEB, Campelo SMA, Brito FCP, Batista OMA, Arajo TME, Oliveira ADS. Infeco hospitalar:estudo da prevalcia em um hospital pblico de ensino. Rev Bras Enferm 2007 jul-ago; 60(4):416-21.

    PESQUISARevistaBrasileira

    de Enfermagem

    REBEn

    Submisso: 08/05/2007Aprovao: 12/07/2007

    1. INTRODUO

    Pacientes internados em instituies de sade esto expostos a uma ampla variedade demicroorganismos patognicos, principalmente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde o uso deantimicrobianos potentes e de largo espectro a regra e os procedimentos invasivos rotina. Nessaperspectiva, esta pesquisa tem como objeto de estudo a prevalncia de infeces hospitalares (IH) nasunidades de terapia intensiva de um hospital pblico e de ensino.

    O Ministrio da Sade (MS), na Portaria n 2.616 de 12/05/1998, define IH como a infeco adquiridaaps a admisso do paciente na unidade hospitalar e que se manifesta durante a internao ou aps a alta,quando puder ser relacionada com a internao ou procedimentos hospitalares(1).

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    Infeco hospitalar: estudo da prevalcia em um hospital pblico de ensino

    Rev Bras Enferm, Braslia 2007 jul-ago; 60(4):416-21.

    A problemtica da IH no Brasil cresce a cada dia, considerando que ocusto do tratamento dos clientes com IH trs vezes maior que o custo dosclientes sem infeco. Mesmo com a legislao vigente no pas, os ndicesde IH permanecem altos, 15,5%, o que corresponde a 1,18 episdios deinfeco por cliente internado com IH nos hospitais brasileiros. Alm disso,considera-se mais um agravante, o fato das instituies de sade pblicapossurem a maior taxa de prevalncia de IH no pas, 18,4%(2).

    Em 2000, foi divulgada a taxa de prevalncia de IH dos hospitais dereferncia e de ensino, localizados na capital Teresina, e apresenta-se comosegue: Hospital Areolino de Abreu, 37,7%; Maternidade Dona EvangelinaRosa, 11,3%; Hospital Infantil Lucdio Portela, 35,7%; Hospital de DoenasInfecto-Contagiosas, 23,7%, e o Hospital Getlio Vargas, que funciona h59 anos, possui quatrocentos e vinte e nove leitos, tem Comisso de Controlede Infeco Hospitalar (CCIH) e Servio de Controle de Infeco Hospitalar(SCIH) estruturado, possui uma taxa de prevalncia de IH de 31,1%.Dessa forma, a prevalncia de IH nos cinco hospitais de referncia deTeresina foi de 27,9%(3) , ou seja, 12,4% a mais do que a prevalnciaregistrada em nvel nacional que de 15,5%(2).

    Assim, para melhorar as condies de atendimento dos hospitais doEstado do Piau em termos de controle de infeco, foi criada em 1994 aComisso Estadual de Controle de Infeco Hospitalar (CECIH), oficializadaatravs de Portaria(4) e publicao no Dirio Oficial da Unio.

    Junto a CECIH foi criado o ncleo executivo do Estado, formado portcnicos (enfermeiros e mdicos) com experincia em controle de infeco.Esse ncleo desenvolve um plano de controle de infeco hospitalar (PCIH)que tem como meta a criao de CCIH em todos os hospitais da capital enas regionais de sade, para desenvolverem um conjunto de aesdeliberadas e sistemticas, com vistas reduo mxima da incidncia egravidade das infeces hospitalares.

    Dessa forma, todos os profissionais da sade e demais profissionaisinseridos na estrutura da assistncia hospitalar, de alguma maneira, estopermanentemente participando do trabalho em servio, do trabalho em sadecomo um todo e tambm so responsveis pela estrutura, processo eresultados dos Programas de Preveno e Controle de Infeco Hospitalar.

    Neste sentido, a Epidemiologia, que uma especialidade de SadeColetiva e estuda a distribuio das doenas e agravos sade nas populaese o seu determinante, considera que o conhecimento da ocorrncia e dosdeterminantes das doenas e agravos sade objetiva aes de preveno(5).Diante disso que os estudos epidemiolgicos na rea de Infeco Hospitalartm-se destacado e se tornado mais sofisticado nos ltimos anos. Dentreesses estudos, os de prevalncia de IH medem o status de uma populaocom relao ao evento ou doena de interesse.

    A prevalncia de IH como a proporo da populao que tem o eventoou doena de interesse em um determinado momento ou perodo de tempoespecfico tambm aponta algumas fontes que podem influenciar a taxa deprevalncia de IH numa instituio. Esta pode aumentar com a maior duraoda doena, com o aumento da sobrevida, com o aumento da incidncia, coma imigrao de casos, com a emigrao de indivduos sadios e com amudana do mtodo diagnstico. Por outro lado, podem diminuir com amenor durao da doena, com a alta letalidade da doena, com a diminuioda incidncia, com a imigrao de indivduos sadios e com a emigrao decasos(5).

    A identificao da taxa de prevalncia de IH depende da utilizao detcnicas de Vigilncia Epidemiolgica, dos critrios de diagnstico e dosfatores de risco intrnsecos e extrnsecos presentes numa determinada unidadeem um dado tempo(5).

    As unidades de terapia intensiva so de especial importncia para proverdois servios principais aos pacientes criticamente enfermos: suporte devida para falncias orgnicas graves e a monitorizao intensiva que permitaa identificao precoce e o tratamento apropriado das intercorrncias clinicasgraves. Constituem nveis de atendimento sade de alta complexidade,atuando de forma decisiva quando h instabilidade de rgos e sistemas

    funcionais com risco de morte (6).Dessa forma, os pacientes admitidos em Unidade de Terapia Intensiva

    (UTI), esto sujeitos a riscos de 5 a 10 vezes maior de adquirir infeco queaqueles de outras unidades de internao do hospital, alm de mais vulnerveisintrinsecamente infeco, so freqentemente expostos aos fatores derisco tais como: procedimentos invasivos, cirurgias complexas, drogasimunossupressoras, antimicrobianos e as interaes com a equipe de sadee os fmites(5) .

    Diante dessa problemtica, dos aspectos abordados e da vulnerabilidadedos pacientes internados na UTI, considerada rea crtica, onde h um maiornmero de pacientes graves e submetidos diversos procedimentosinvasivos e portanto um maior numero de infeco(8), o estudo tem comoobjetivo determinar a prevalncia de infeco hospitalar (IH) e distribuiopor topografia e por microorganismo e suas sensibilidades antimicrobianas.

    2. METODOLOGIA

    Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa,realizado em um hospital pblico e de ensino, localizado na cidade de Teresina,no Estado do Piau.

    A populao do estudo foi constituda por 647 pacientes que foram internadosna UTI Geral e na UTI do Servio de Pronto Socorro (SPS), ambas deatendimento pacientes adultos, no perodo de janeiro a dezembro do ano de2006. A amostragem foi constituda por 394 pacientes que desenvolveraminfeco hospitalar no mesmo perodo. As UTIS do HGV possuem 13 leitos,divididos em 6 leitos na UTI do SPS e 7 leitos na UTI geral. Na sua maioria,internam pacientes com poli-traumatismos, traumatismo crnio-enceflico(TCE), acidentes vasculares cerebrais (AVCs) provenientes do SPS e deoutras clinicas como: mdica, nefrologia, neurolgica, ortopdica, cirrgica,ginecolgica, urolgica e pneumolgica.

    Os dados foram coletados por meio da verificao de documentosreferentes aos indicadores de infeco hospitalar, das culturas realizadas noano de 2006, constante no banco de dados da Comisso de Controle deInfeco Hospitalar (CCIH) do hospital. O instrumento de coleta de dados foium formulrio estruturado com a identificao do servio, o nmero da cultura,topografia da IH, tipos de microorganismos e sensibilidade aos antibiticos.

    Para a anlise dos dados foi utilizado o software SPSS, verso 9.0. Naanlise estatstica foram utilizadas medidas simples como: distribuio defreqncias e percentuais. Porm, para estudar a associao entre a infecohospitalar e os tipos de procedimentos, foram calculadas as razes deprevalncia. Os dados mais significativos foram apresentados em tabelas.

    3. APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS

    Os resultados do estudo de prevalncia de IH realizado em um hospitalpblico e de ensino, caracterizam a qualidade da estrutura fsica, organizacionale funcional do Hospital, com srias complicaes no processo de cuidarexecutado pelos profissionais da sade, com destaque para os deEnfermagem, os quais dependem desses fatores, face oferta da assistnciarequerida pelo cliente.

    Verifica-se que o problema da infeco hospitalar, nas UTIs estudadas,apresenta-se grave e faz transformar as taxas encontradas em uma medidaindireta da qualidade da assistncia que est se prestando ao usurio desteservio de sade.

    A prevalncia de IH nas duas UTIs foi de 60,8%. A UTI Geral foiresponsvel pelo maior ndice de infeco, 64%, enquanto a UTI do ProntoSocorro teve uma prevalncia de 36%.

    A tabela 1 representa a prevalncia de IH por topografia na UTI Geral ena UTI do Servio de Pronto Socorro. As infeces mais freqentes nestesetor so a respiratria, sistmica e a infeco de trato urinrio, considerandoque a maioria dos clientes faz uso de ventiladores mecnicos e catetervesical.

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    Tabela 1 Topografia das infeces por UTI. Teresina(PI), 2006.

    Tipo (Setor) UTI Geral UTI SPS

    Total Topografia n % n % n %

    Respiratria Urinria Sistmica Tegumentar Ferida Operatria

    155 44 39 8 7

    61,26 17,39 15,42 3,16 2,77

    82 20 31 3 5

    58,16 14,18 21,99 2,13 3,55

    237 64 70 11 12

    60,15 16,24 17,77 2,79 3,05

    Total 253 100,00 141 100,00 394 100,00

    Fonte: CCIH do Hospital Getlio Vargas, HGV Fichas de protocolos de colheita de culturas. P> 0,05

    Tabela 2. Tipos de microorganismos por UTI. Teresina(PI), 2006.

    Tipo (Setor)

    UTI Geral UTI SPS Total Microorganismos isolados

    n % n % n % S. aureus Bgn (no fermentado) Pseudomonas aeruginosa Pseudomonas sp Escherichia coli Preoteus mirabilis Proteus sp Stafilococus epidermidis Klebisiela penumoniae

    35 46 14 61 8 1 1

    10 89

    13,94 18,33 5,58 24,30 3,19 0,40 0,40 3,98 35,46

    32 30 5

    33 9 - 1 1

    43

    22,70 21,28 3,55 23,40 6,38

    - 0,71 0,71 30,50

    67 76 19 94 17 1 2

    11 132

    17,09 19,39 4,85

    23,98 4,34 0,26 0,51 2,81

    33,67 Total 251 100,00 141 100,00 392 100,00

    Fonte: CCIH do Hospital Getlio Vargas, HGV Fichas de protocolos de colheita de culturas. # No somar 100%, pode ser detectado mais de um microorganismo.

    Tabela 3. Sensibilidade dos microorganismos de acordo com antibiograma. Teresina (PI), 2006.

    Tipo (Setor) UTI Geral UTI SPS

    Total Sensibilidade antibitica n % n % n %

    Amicacina Ampicilina Aztreonam Cefalexina Cefalotina Cefepime Cefotaxima Ceftazdima Ceftriaxona Ciprofloxacin Cefzolina Clindamicina Cloranfenicol Gentamicina Imipenem Oxacilina Perflexacin Penicilina Sulfametoxazol Vancomicina Sem registro

    120 29 120 30 28 100 66 94 77 95 29 20 53 86 115

    9 59 11 40 40 4

    47,06 11,37 47,06 11,76 10,98 39,22 25,88 36,86 30,20 37,25 11,37 7,84 20,78 33,73 45,10 3,53 23,14 4,31 15,69 15,69 1,57

    78 18 61 25 19 41 31 57 37 56 24 24 40 50 72 14 28 6

    22 31 1

    52,48 12,77 43,26 17,73 13,48 29,08 21,99 40,43 26,24 39,72 17,02 17,02 28,37 35,06 51,06 9,93 19,86 4,26 15,60 21,99 0,71

    194 47 181 55 47 141 97 151 114 151 53 44 93 136 187 23 87 17 62 71 5

    48,99 11,87 45,71 13,89 11,87 35,61 24,49 38,13 28,49 38,13 13,38 11,11 23,48 34,34 47,22 5,81

    21,97 4,29

    15,66 17,93 1,26

    Fonte: CCIH do Hospital Getlio Vargas, HGV Fichas de protocolos de colheita de culturas. # No somar 100%, pode ser detectado mais de um tipo de sensibilidade.

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    Nesta tabela, evidenciou-se a superioridade dos casos de infecorespiratria, especialmente na UTI geral, com (61,26%) dos casos, seguidada UTI do Servio de Pronto Socorro, com 58,16 %. A infeco sistmica foia segunda mais prevalente, com um total de 17,77, seguida da urinria, com16,24%, nas duas UTIs. As topografias que apresentaram menor prevalnciade infeco foram a tegumentar e a de ferida operatria. Assim, percebe-seque no h associao topogrfica entre as duas unidades de terapia intensiva.

    As taxas observadas corroboram com a literatura, pois autores, combase em outros trabalhos relacionados com IH em UTIs, colocam que ainfeco respiratria nas UTIs, apresenta-se como a segunda mais comuminfeco nosocomial e com alta letalidade, variando entre 33% a 71% ecom relao entre caso e fatalidade podendo atingir at 55%. Os casos de86% de infeces respiratrias esto associados pneumonia em pacientesem ventilao mecnica, sendo a infeco mais comum(8).

    As taxas de incidncia de infeco hospitalar para pacientes internadosem UTI variam, conforme o tipo de unidade e a populao atendida, emrazo da gravidade da doena bsica, da restrio de pacientes no leito, douso freqente de sedao e das alteraes no nvel de conscincia e dosmltiplos procedimentos invasivos das vias respiratrias, em que o principalfator de risco o uso de ventilao mecnica associado ao tempo prolongadode utilizao, equacionando tambm como fatores de risco: contaminaodos equipamentos e das solues utilizadas na terapia ventilatria; condiesfavorveis de aspirao, entre outros(5).

    Em estudo de prevalncia e multicntrico, realizado em 22 hospitais daTurquia em 2001, foram analisados 56 UTIs, com 236 casos de IH relatados.Um total de 115 pacientes (48,7%) apresentou um ou mais episdios deinfeco nososcomias. Os stios mais freqentes foram a pneumonia no tratorespiratrio inferior (28%), infeco de corrente sangunea (23,3%) e infecourinria (15,7%). Os fatores de risco associados podem ser o uso de tuboorotraqueal , presena de sonda vesical, traumas mltiplos, profilaxia delcera de estresse , presena de sonda nasogstrica , uso de ventiladormecnico(6).

    A infeco de trato urinrio (ITU) uma das mais freqentes na populaoadulta. Cerca de 70% a 88% dos casos de ITU ocorrem em pacientessubmetidos a cateterismo vesical por ser um procedimento invasivo. Adurao do cateterismo um dos fatores que contribuem para a ocorrncia dainfeco urinria. A ocorrncia da infeco depende das caractersticas domicroorganismo causador, do tamanho do seu inoculo e da defesa dohospedeiro. A E. coli o principal agente isolado nas bacteririas hospitalares.Os microorganismos, pseudomonas aeruginosas, klebisiela pneumoniae,proteus sp e o enterococo esto entre os agentes mais comuns (7).

    Segundo dados epidemiolgicos, 35% a 45% de todos os casos deinfeces hospitalares adquiridas, so infeces do trato urinrio, sendo que80% esto relacionadas ao uso de cateter vesical de demora (principalveiculo de transmisso)(9).

    A tabela 2 representa a prevalncia de IH por tipo de microorganismos naUTI Geral e na UTI do Servio de Pronto Socorro.

    Nesta tabela, evidencia-se que o microorganismo causador do maiornmero de infeces foi a Klebsiella Pneumoniae (35,46%), na UTI geral,seguida da UTI do SPS, com 30,50% dos casos. Os Pseudomonas spp foio segundo microorganismo mais prevalente, com 24,30%, na UTI geral,seguida da UTI do SPS, com 23,40%. Os microorganismos que apresentarammenor prevalncia nos resultados das culturas foram Proteus spp e Proteusmirabilis.

    Estudos evidenciam uma taxa de infeco alta entre pacientes de terapiaintensiva, especialmente nas infeces respiratrias cujas bactriaspredominantes foram: Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa eStaphylococcus aureus (agentes muitiresistentes). Outro estudo desenvolvidona Turquia com 56 UTIs, demonstrou a prevalncia desses mesmosmicroorganismos, Pseudomonas aeruginosa(20,8%), Staphylococcusaureus (18,2%), Klebsiella pneumoniae (16,1%)(6).

    Pesquisa de prevalncia realizada em So Paulo, no ano de 2003, com

    durao de somente um dia, envolvendo 19 UTIs, identificou 126 casos deIH, 87 pacientes receberam antimicrobianos no dia do estudo, 72 (57%) paratratamento e 15 (12%) para profilaxia. Neste estudo os agentes maisfreqentemente isolados foram: Enterobacteriaceae (33,8%), pseudomonasaeruginosa (26,4%) e Staphylococcus aureus (16,9%; 100% MRSA) Staphylococcus aureus meticilina resistente. Esta anlise multivariadaidentificou como fatores de risco associados infeco adquirida em UTI:idade maior ou igual a 60 anos,uso de sonda nasogstrica e ps-operatrio(6).

    Fatores como o uso de sonda nasogstrica, ps-operatrio, idade maiorou igual a 60 anos, procedimentos invasivos, cirurgias complexas, drogasimunossupressoras, sedao e as interaes com a equipe de sade e osfmites, mostraram associao com infeco (5).

    A tabela 3 representa a sensibilidade dos microorganismos aos antibiticosutilizados na UTI Geral e na UTI do Servio de Pronto Socorro. TABELA 3

    Na tabela 3, evidenciou-se nos antibiogramas, uma maior sensibilidadebacteriana ao aminoglicosideo amicacina, com 48,99%, seguido do imipenem,com 47,22% e do aztreonan com 45,71%, nas duas UTIs.

    Os aminoglicosdeos (amicacina, streptominina, gentamicina, neomicinae tobramicina) so antibiticos bactericidas com rpida ao letal para osbacilos aerbicos gram-negativos sensveis(10). O uso da amicacina recomendado apenas no tratamento de infeces graves causadas porbactrias sensveis nos casos de sepse, pneumonia e outras infecesgraves de comprometimento do estado geral do paciente, na maioria dasvezes em associao com outros antimicrobianos(11).

    O imipenem, a exemplo de outros antibiticos Beta-Lactmico, liga-se sprotenas de ligao da penicilina, interrompe a sntese da parede celularbacteriana e provoca morte dos microorganismos sensveis. Sua atividadein vitro excelente para uma ampla variedade de microorganismos aerbicose anaerbicos. Os streptococos, os enterococos e as cepas resistentes penicilina no-produtora de Beta- Lactamase, os stafilococos (incluindo cepasprodutoras de penicilase), so todas sensveis. indicado para o tratamentode infeces do trato urinrio, das vias respiratrias inferiores, infecesintra-abdominais e ginecolgicas, cutneas, dos tecidos moles, dos ossos edas articulaes(12).

    O aztreonan, tambm um composto Beta-Lactmico que se mostraresistente a muitas das Beta-Lactamases elaboradas pela maioria das bactriasgram-negativas. A terapia com esse antimicrobiano Beta- Lactmicos dinmico. A prevalncia da resistncia bacteriana a esse antimicrobianocontinua aumentando nos servios de sade, enquanto outros novos e maiseficazes so desenvolvidos para uso clinico(12).

    O advento dos antibiticos e quimioterpicos permitiram o controle e curadas doenas infecciosas, mudando a evoluo natural dessas doenas deforma marcante. Porm, dez anos depois de descoberta a penicilina e antesmesmo de estar disponvel para uso clnico, foi identificada a presena debeta-lactamases em bactrias, caracterizando resistncia de algumas espciese logo o surgimento de resistncia adquirida aos antimicrobianos passou aser um problema cada vez mais preocupante(13).

    Dessa forma, os antibiticos representam um item de alto consumo emhospitais, em particular em unidades de pacientes mais graves, como asUTIs. A inadequao e o uso abusivo de antibiticos e a falta de critrios naescolha do tratamento emprico, so fatores determinantes para o surgimentode diversos microorganismos resistentes em uma unidade de terapiaintensiva(5).

    A tabela 4 representa a sensibilidade dos trs microorganismos maisprevalentes no estudo, aos antibiticos utilizados na UTI Geral e na UTI doServio de Pronto Socorro.

    Evidencia-se na tabela 4 a predominncia da sensibilidade domicrorganismo S. aureus a vancomicina(100%), a pseudomonas spp aaztreonam (64,77%) e a Klebsiella pneumoniae ao antimicrobiano imipenem(62,2%).

    A vancomicina um glicopeptdeo, atualmente em uso clnico, que temseu uso restrito ao tratamento das infeces por gram-positivos(9). Porm,

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    nos ltimos anos, o aumento das infeces por patgenos gram-positivosforam destaque em diferentes publicaes(14).

    O S. aureus considerado um patgeno humano oportunista e comfreqncia est associado s infeces hospitalares. De acordo com o NationalNosocomial Infections Surveillande do Center for Disease Control andPrenventio (CDC), desde 1999, a proporo de S. aureus resistente meticilina (Staphylococcus aureus meticilina-resistentes - MRSA) ultrapassa50% entre os pacientes internados em UTI(21) .

    No Brasil, as infeces hospitalares causadas por S. aureus resistentes meticilina, tambm elevado, correspondendo de 40% a 80%, pricipalmentenas UTIs. Pesquisas recentes demonstraram altos ndices de mortalidadeem pacientes que desenvolveram bacteremia por MRSA, 49% a 55%, doque por S. aureus sensvel meticilina (MSSA), 20% a 32%(14).

    A Pseudomona um gnero de bacilos gram-negativos aerbios dafamlia pseudomoneacea. So patgenos para planta e somente algumasespcies esto associadas com doenas no ser humano. A sua patognesedeve ser discutida no contexto de uma infeco oportunista, sendo necessriaa existncia de quebra de barreiras ou de defeitos especficos de alguns dosmecanismos de defesa imune e em contato com o homem, pode colonizardiversos tecidos. As manifestaes clnicas mais prevalentes so:pneumonias, infeces de cateter vascular central, infeco de trato uninrio,dentre outras(15).

    O aztreonan um antibacteriano beta-lactmico monocclico comindicaes para infeces respiratrias causadas por: klebisiella pneunoniae,pseudomonas spp, proteus mirabilis e escherichia coli(16,17) .

    A Klebisiela pneumoniae um bacilo gram-negativo presente no tratogastrointestinal de indivduos colonizados e um importante patgeno causadorde infeces hospitalares, especialmente em unidades de tratamento crticocomo nas UTIs.

    A resistncia da Klebisiela pneumoniae produtora de beta-lactamase deespectro ampliado (ESBL), classe de enzimas que conferem resistncia atodas as cefalosporina, tem causado preocupao nos servios de terapiaintensiva. Porm, a maioria das Klebisielas pneumoniae, apresenta a beta-

    Tabela 4. Tipo de microorganismo por sensibilidade. Teresina(PI), 2006.

    Tipo de Microorganismo

    S. aureus Pseudomonas aeruginosa Klebisiela penumoniae Total Sensibilidade antibitica

    n % n % n % n % Amicacina Ampicilina Aztreonam Cefalexina Cefalotina Cefepime Cefotaxima Ceftazdima Ceftriaxona Ciprofloxacin Cefzolina Clindamicina Cloranfenicol Gentamicina Imipenem Oxacilina Perflexacin Penicilina Sulfametoxazol Vancomicina Sem registro

    40 16 7 29 25 7 31 22 32 33 27 29 37 34 8 20 3 9 29 55 -

    67,80 27,12 11,86 49,15 42,37 11,86 52,54 37,29 54,24 55,93 45,76 49,15 62,71 57,63 13,56 33,90 5,08 15,25 49,15 93,22

    -

    40 3 57 2 2 33 13 35 19 34 1 4 6 30 38 1 24 2 4 2 1

    45,45 3,41 64,77 2,27 2,27 37,50 14,77 39,77 21,59 38,64 1,14 4,55 6,82 34,09 43,18 1,14 27,27 2,27 4,55 2,27 1,44

    57 15 65 12 8 60 33 52 36 45 11 4 23 38 79 -

    31 2 19 3 1

    44,88 11,81 51,18 9,45 6,30 47,24 25,98 40,94 28,35 35,43 8,66 3,15 18,11 29,92 62,20

    - 24,41 1,57 14,96 2,36 0,79

    137 34 129 43 35 100 77 109 87 112 39 37 66 102 125 21 58 13 52 60 2

    50,00 12,41 47,08 15,69 12,77 36,50 28,10 39,78 31,75 40,88 14,23 13,50 24,09 37,23 45,62 7,66

    21,17 4,74

    18,98 21,90 0,73

    Fonte: CCIH de um Hospital de ensino. # No somar 100%, um microorganismo pode ter mais de uma sensibilidade.

    lactamase SHV-1. A Klebisiela pneumoniae oxytoca, apresenta a enzimatipo K1. No entanto, a enzima K1 possue uma atividade mais ampla emrelao SHV1, e 20% das Klebisielas pneumoniae oxytoca, mutantes,hiperproduzem essa bata-lactamese e so resistente todas as penicilinas,cefotaxina, cefetriaxon, astreonan, mas no so resistentes aos carbapnicos(imipenem), pois apresentam maior estabilidade(14).

    Dessa forma, os microorganismos S. aureus, pseudomonas spp e aKlebsiella pneumoniae fazem parte da flora microbiana das duas unidades deterapia intensiva estudadas, demonstrando sensibilidade aos antimicrobianospadronizados e alguns de uso restrito, necessitando de vigilncia por parte daCCIH do hospital.

    4. CONCLUSO

    A taxa de prevalncia de IH nas duas UTIs foi de 60,8%. A UTI Geral foiresponsvel pelo maior ndice de infeco 64%, enquanto a UTI do ProntoSocorro teve uma prevalncia de 36%.Evidenciou-se que o microorganismocausador do maior nmero de infeces foi a Klebsiella Pneumoniae (35,46%)na UTI geral, seguida da UTI do SPS, com 30,50% dos casos. OPseudomona spp foi o segundo microorganismo mais prevalente, com 24,30%na UTI geral, seguido da UTI do SPS, com 23,40%. Os microorganismosque apresentaram menor prevalncia nos resultados das culturas foramProteus spp e Proteus mirabilis.

    Nos antibiogramas, percebeu-se uma maior sensibilidade bacteriana aoaminoglicosdeo amicacina, com 48,99%, seguido do imipenem, com 47,22%e do aztreonan, com 45,71%, nas duas UTIs. A predominncia dasensibilidade do microrganismo S. aureus foi a vancomicina (100%), dapseudomonas spp foi a aztreonam (64,77%) e a Klebsiella pneumoniae aoantimicrobiano imipenem (62,2%).

    Nas UTIs, os fatores propcios para o desenvolvimento de uma IHcomo: o tempo de permanncia prolongado, o uso de ventilao mecnica eprocedimentos invasivos, a susceptibilidade dos pacientes, idade, uso deimunossupressores, doenas de base e condies nutricionais, tm contribudo

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    Infeco hospitalar: estudo da prevalcia em um hospital pblico de ensino

    Rev Bras Enferm, Braslia 2007 jul-ago; 60(4):416-21.

    para a prevalncia de infeces neste servio, necessitando de uma vigilnciapermanente por parte da Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (CCIH)do hospital, conforme preconizado pelo Programa Nacional de Controle deInfeco Hospitalar do MS.

    Dessa forma, o MS estabelece que 70% das IH so controlveis e 30%so prevenveis. Considerando esses dados, nas UTIs do hospital estudado,18,24% de infeces poderiam ser prevenveis se o referido Programa deControle de IH fosse bem desenvolvido e precaues fossem tomadas paraevitar as infeces cruzadas, transmitidas, provavelmente, pelas mos dos

    profissionais da sade, por no usarem a tcnica correta da lavagem dasmos, caracterizada, isoladamente, como a ao mais importante para apreveno e controle das IH.

    Alm disso, a vigilncia epidemiolgica, precauo padro, medidas deisolamento, materiais e equipamentos adequados, higienizao do ambiente,identificao de bactrias multi-resistente, antibioticoterapia adequada,treinamento da equipe multiprofissional, implementao de medidas de controle,so fatores importantes e determinantes que podem interferir nos resultadoscom reduo das taxas de prevalncia de infeco hospitalar.

    REFERNCIAS

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