IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL · Meishu-Sama ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA. ... no Mundo...

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D esde os tempos antigos, as re- ligiões sempre se basearam em dogmas, transmitindo-os através de sermões. Em nossa Igreja – os mes- siânicos o sabem – quase não se utiliza esse recurso. Vou explicar por quê, levando em conta que alguns fiéis ficam embaraçados quando es- tranhos lhes fazem perguntas sobre o assunto. A finalidade da Religião é eliminar erros e incentivar a prática das virtu- des. Contudo, essa prática só é real- mente possível quando as máculas espirituais são eliminadas. Uma vez que o espírito esteja purificado, ces- sarão os atos condenáveis e a pes- soa se tornará honrada, útil ao seu meio social e a toda a humanidade. Os sermões são processos puri- ficadores que agem através do sen- tido da audição. Os livros sagrados, como a Bíblia, a sutra budista, e os ensinamentos de várias religiões, agem mediante o sentido da visão e o espírito das palavras. A Igreja Messiânica Mundial também se uti- liza desses meios, mas possui ainda o processo purificador denominado Johrei. IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL BOLETIM INFORMATIVO NOVEMBRO 2016 41 Shin Verdade Zen Bem Bi Belo Sermão, Johrei e Felicidade “A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento” Meishu-Sama ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA

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Desde os tempos antigos, as re-ligiões sempre se basearam em

dogmas, transmitindo-os através de sermões. Em nossa Igreja – os mes-siânicos o sabem – quase não se utiliza esse recurso. Vou explicar por quê, levando em conta que alguns fiéis ficam embaraçados quando es-tranhos lhes fazem perguntas sobre o assunto.

A finalidade da Religião é eliminar erros e incentivar a prática das virtu-des. Contudo, essa prática só é real-mente possível quando as máculas espirituais são eliminadas. Uma vez

que o espírito esteja purificado, ces-sarão os atos condenáveis e a pes-soa se tornará honrada, útil ao seu meio social e a toda a humanidade.

Os sermões são processos puri-ficadores que agem através do sen-tido da audição. Os livros sagrados, como a Bíblia, a sutra budista, e os ensinamentos de várias religiões, agem mediante o sentido da visão e o espírito das palavras. A Igreja Messiânica Mundial também se uti-liza desses meios, mas possui ainda o processo purificador denominado Johrei.

IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALBoletim informativo

novemBro 2016 nº 41

ShinVerdade

ZenBem

BiBelo

Sermão, Johrei e Felicidade

“A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento”Meishu-Sama

ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA

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O Johrei não visa curar doenças; é, antes, um método de criar felici-dade. Ele não pode ter como obje-tivo a cura das doenças, porque es-tas são formas de purificação; sua finalidade é eliminar as máculas do espírito. O resultado da erradicação dessas máculas é a extinção dos so-frimentos humanos.

Costumo ensinar que a doença, a pobreza e o conflito são processos purificadores. A doença é o principal, porque afeta a própria base da vida. Quando conseguirmos vencê-la, também solucionaremos o problema da pobreza e do conflito. Portanto, a base da felicidade é a eliminação das máculas espirituais. O Johrei é o método mais simples e infalível para erradicá-las. É, pois, evidente que ele não visa a própria doença, e sim as suas causas.

Como já escrevi em outras opor-tunidades, o corpo material do ho-mem vive no Mundo Material, e o espírito, no Mundo Espiritual. Sendo assim, a situação do Mundo Espiri-tual influi sobre o espírito e se reflete sobre o corpo, de modo que o des-tino do homem se origina no Mundo Espiritual. […]

Suponhamos que um espírito se encontre no nível inferior do Plano Inferior; isto significa que ele se acha no fundo do Inferno. Como nesse lo-cal o sofrimento do espírito é muito intenso, há terrível reflexo sobre o corpo físico, que passa a ser espan-tosamente atormentado. No nível médio do Plano Inferior, o reflexo é

menos danoso. Então o sofrimento se torna mais suave, mais tolerável. E assim por diante. Os padecimen-tos variam de acordo com a posição do espírito nas várias camadas do Mundo Espiritual.

Ultrapassando-se as sessenta camadas do Plano Inferior, atinge-se o Plano Intermediário, que cor-responde à vida na Terra. Acima do Plano Intermediário está o Plano Su-perior, o Reino dos Céus, onde se acham os anjos e onde se pode des-frutar uma vida de felicidade.

Como se vê, a posição em que se acha o espírito de uma pessoa reflete-se no seu destino. Por isso, devemos esforçar-nos para elevar o nosso nível espiritual, o que signifi-ca reduzir os nossos sofrimentos e, proporcionalmente, aumentar a nos-sa felicidade. Assim, não mais serão necessários os sofrimentos purifi-cadores. É inútil apelar para a inteli-gência e envidar esforços enquanto o espírito estiver no Plano Inferior, porque esta é a Lei de Deus. E a Lei do Espírito Precede a Matéria tam-bém é inviolável.

Concluímos, portanto que, para ser feliz, é necessário crer em Deus Absoluto, adorá-Lo, compreender e praticar a Sua Vontade, somar méri-tos e purificar o espírito de modo que o seu habitat espiritual se eleve ao Céu. Não há outro processo para al-cançarmos a felicidade, e nisso resi-de o profundo significado do Johrei.

25 de março de 1954

Minhas sinceras felicitações a todos por este Culto pela Paz Mundial e

pelo Culto às Almas dos Antepassados.Primeiramente, gostaria de apresentar

os caravanistas do exterior que estão par-ticipando deste culto connosco. Estamos recebendo 324 messiânicos de 15 países. Sejam bem-vindos! Todos vieram ao Solo Sagrado com o forte desejo de receber Luz e força para o cumprimento da sua missão; portanto, vamos recebê-los com uma calorosa salva de palmas. Muito obri-gado!

Estamos, igualmente, recebendo 150 messiânicos ligados à Igreja de Kuma-moto, região que sofreu muitos estragos devido ao grande terremoto que ocorreu

no início deste ano. Sejam bem-vindos ao Solo Sagrado!

E, também, está participando deste culto, um grupo de 85 jovens estudantes de todo o Japão que, aproveitando as fé-rias escolares, estão em aprimoramento aqui no Solo Sagrado, fazendo dedicação de preparação para o culto. Eles tiveram a oportunidade de tirar uma foto oficial junto a Kyoshu-Sama e puderam ouvir dele pala-vras de incentivo. Creio que todos recebe-ram muita Luz nesse momento.

Hoje, estamos realizando dois cultos muito importantes. Um deles é o Culto pela Paz Mundial, celebrado em agosto pelo facto de este mês marcar o fim da Segun-da Guerra Mundial com o lançamento de

vamos nos ligar firmemente a meishu-Sama

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CULTO PELA PAz MUNDIAL E CULTO àS ALMAS DOS ANTEPASSADOS PRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL - IzUNOMEREvERENDO MASAyOShI KObAyAShITEMPLO MESSIÂNICO, SOLO SAGRADO DE ATAMI - 1 E 2 DE AGOSTO DE 2016

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duas bombas atômicas sobre o arquipéla-go japonês. A Segunda Líder Espiritual de-terminou a realização deste culto em 1962 e, a partir de então, oramos todos os anos para que a paz reine sobre a Terra. Não existe uma atividade pela paz que seja tão universal quanto este culto. O sentimento com o qual é realizado conforta e envolve os antepassados com a Luz de Deus, e promove, cada vez mais, as atividades em prol da paz no mundo espiritual.

Em outra ocasião, falei sobre o lema “A difusão mundial começa por fazer uma pessoa feliz”. Acredito que a paz mundial também começa por fazer uma pessoa fe-liz. Espero que todos continuem servindo diariamente na Obra Divina, com este sen-timento.

O outro é o Culto às Almas dos Ante-passados.

Após o culto feito a Deus, convidamos a se assentarem nos quatro Goreiji (Assen-to dos Espíritos), preparados aqui no Altar, os espíritos da família Okada; os espíritos de pioneiros que fazem parte do alicerce da nossa Igreja; os antepassados das fa-mílias de todos os membros – incluindo os das Igrejas do exterior – e os antepassados com os quais temos afinidade. Depois, lhes oferecemos este culto com todo o respeito.

Meishu-Sama nos ensinou que, en-quanto o ser humano está vivo, ele não é uma existência individual, mas sim, uma extensão de seus antepassados, por estar ligado a eles. Em outras palavras, nós so-mos a síntese de um incontável número de antepassados.

Eles compartilham connosco a mes-ma atmosfera espiritual, já que estamos profundamente interligados. Levando isso em consideração, podemos afirmar que estamos unidos num só corpo. Assim, se nossos descendentes estão alegres, é por-que nossos antepassados também estão alegres. Por outro lado, se estamos tristes, sofrendo, sem saber o que fazer, em meio a inseguranças e angústias, eles também devem estar sentindo a mesma coisa.

A partir do próximo dia 7, começa o

campeonato nacional de verão de base-bol dos alunos de ensino médio. Todos os anos, milhares de pessoas lotam as banca-das para apoiar os jovens jogadores. Ge-ralmente, o capitão ou o lançador de cada equipa agradece o apoio da claque, após o término das partidas. Esse momento de agradecimento nos mostra que os gritos de incentivo dos apoiantes certamente se transformam em motivação para os joga-dores.

Isto se parece bastante com a nossa re-lação com os antepassados. Por exemplo: meus pais são dois; meus avós, quatro; e meus bisavós, oito. Se contarmos quan-tos antepassados temos em dez gerações, este número ultrapassa mil. Na 20ª geração, excede a casa de um milhão. Se somarmos todos os antepassados em vinte gerações, são mais de dois milhões. Ou seja, cada um de nós, que vive se esforçando nesta Terra, possui uma claque muito maior do que aquela do estádio de basebol, e que está sempre nos incentivando.

Independentemente da purificação que tivermos, nós nunca estaremos sozinhos. Um incontável número de familiares torce por nós, de maneira silenciosa. E Meishu-Sama, junto a Deus, que é o Pai de nossas almas, nos protege através de várias pes-

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soas. Ficarmos genuinamente gratos a isso é o caminho para correspondermos a este amor e recebermos, ainda mais, forças do Alto.

Em contrapartida, é importante também que nós, que vivemos no mundo material, “torçamos” pelos antepassados que se en-contram no mundo espiritual. Acredito que podemos fazer isso de duas maneiras.

Uma delas é cultuá-los por intermédio do Sorei-Saishi. Assim como fizemos hoje, utilizando belas palavras, podemos louvar e agradecer a Deus, e também agradecer aos nossos antepassados, por meio de ofe-rendas, “torcendo”, incentivando-os para que acelerem seu aprimoramento e, assim, possam se elevar mais rapidamente às ca-madas mais altas do mundo espiritual.

A segunda é o acúmulo de virtudes. No lugar de nossos antepassados, que se en-contram no mundo espiritual e possuem li-berdade limitada para somar virtudes, nós, que estamos no mundo material, podemos contribuir para a elevação deles por meio do acúmulo de virtudes, orando pela feli-cidade do próximo. Muitas pessoas con-sideram que os antepassados estão vivos apenas no mundo espiritual. Como todos nós, que vivemos neste mundo e nele vie-mos reencarnando, pode ser que a pessoa que está sentada ao nosso lado agora te-nha sido nosso irmão ou nossa irmã, em outras encarnações. Também pode ocorrer que algum dos nossos netos seja a reen-carnação de um dos nossos pais. Pen-sando desta maneira, será que viver pela felicidade de outras pessoas, agradecer e servir aos antepassados não aceleraria ain-da mais a elevação deles?

Nesse ponto, é importante estarmos fortemente ligados a Meishu-Sama, e ligar-mos o maior número de pessoas a ele. Ao louvar Meishu-Sama, ao buscar sua essên-cia nos Ensinamentos e ao nos empenhar-mos nas práticas de salvação do próximo, nós estaremos, com nossos antepassados, sendo intensamente banhados pela Luz de Meishu-Sama e agraciados com a felicida-de.

Meishu-Sama nos ensinou a importân-cia de orarmos a Deus, e também explicou que, nos momentos de emergência, se clamássemos “Meishu-Sama!” ele atuaria como representante de Deus para nos so-correr. É no ato de ligar-se a Meishu-Sama que reside a razão de ser da Igreja Messiâ-nica Mundial.

Entre as músicas que os membros bra-sileiros gostam de cantar, existe o hino “Luz do Oriente”. Ele foi cantado pela primeira vez na inauguração do Solo Sagrado de Guarapiranga, em 1995, e até hoje faz parte do repertório dos cultos que são realizados lá. A letra e a melodia foram compostas por Cosme Marinho Galindo, membro da nos-sa Igreja. Além de trabalhar na Prefeitura do Rio de Janeiro, ele atua como maestro em uma orquestra.

Esta composição nasceu de uma expe-riência pessoal do Cosme. Certo dia, sua namorada teve uma forte crise de asma. Ele a colocou no carro e dirigiu-se imediata-mente para o hospital. No percurso, notou que ela estava desacordada e parecia não estar mais respirando. Enquanto dirigia, ele começou a chamar várias vezes pelo nome de Meishu-Sama, em voz alta: “Meishu-Sama, Meishu-Sama, Meishu-Sama!”, cla-mando pela salvação dela. Foi então que sua filhinha de nove anos (do primeiro ca-samento), que estava no banco de trás, não aguentando ver aquela cena, abraçou a moça desfalecida. Neste momento, mila-grosamente, ela voltou a respirar.

O maestro sentiu um grande alívio e agradeceu a Meishu-Sama, de todo co-ração, por tê-lo atendido. Isso o inspirou a compor a música Luz do Oriente. Creio que os senhores já tiveram oportunidade de apreciá-la. Vamos ouvir os caravanistas brasileiros cantá-la para nós?

Muito obrigado! Gostaram?Liderados por Kyoshu-Sama, vamos

nos ligar firmemente a Meishu-Sama e, com nossos antepassados, vamos nos ele-var cada vez mais nas camadas do mundo espiritual.

Muito obrigado.

O meu nome é Edite Castro Rio Ribei-ro Moreira, sou membro há 14 anos

e dedico no Johrei Center do Porto.Desde há muito tempo que sentia von-

tade de peregrinar aos Solos Sagrados do Japão e Tailândia. No início de 2016, co-mecei a dedicar na difusão de porta em porta, distribuindo Flores de Luz e Bole-tins Informativos da IMMP com o obje-tivo de ganhar a permissão de realizar essa peregrinação. Na primeira vez que saí para essa dedicação, as pessoas não estavam a reagir como eu esperava; uns desviavam-se e outros recusavam a Flor e o Boletim. Decidi então olhar para dentro de mim e comuniquei a Meishu-Sama que queria ser Seu instrumento e levar salva-ção às pessoas e aos seus antepassados. A partir desse instante, semanalmente, passei a encontrar pessoas mais dispo-níveis. Senti como se o Mundo Espiritual estivesse a aceitar a dedicação, que fazia com o Sonen de ganhar permissão para ir aos Solos Sagrados.

Em fevereiro disse ao meu marido que tinha vontade de me inscrever na Carava-na, mas ele não disse nada. Como não é

membro da Igreja, tinha receio que ele não aceitasse. Em março, já só havia duas va-gas disponíveis, foi quando tive de deci-dir e perguntar-lhe se podia avançar. Para meu espanto e imensa felicidade, disse que me oferecia a viagem como presente de aniversário.

A peregrinação foi maravilhosa, além das minhas expectativas, pois vivi momen-tos inesquecíveis. Ao regressar, encontrei a minha família muito feliz, inclusive o meu marido porque apreciou o tempo que teve sozinho com as três filhas menores. Foi a primeira vez que ficaram sem mim e que ele teve de fazer todas as tarefas. Acredito que a minha dedicação gerou muita feli-cidade aos nossos antepassados que se manifestaram de facto na minha família.

Desde 2015 que andava a dizer ao meu marido que devíamos cortar as árvores de um pinhal junto à nossa casa, pois durante o verão não ficávamos sossegados com o risco dos incêndios e no inverno quando ventava, metia medo; mas ele nunca deu importância ao meu pedido.

Quando comecei a fazer esta dedica-ção de difusão de porta em porta, também fiz oração a entregar esta preocupação, o medo que sentia pelos incêndios e falei novamente ao meu marido que tinha que cortar as árvores.

Desta vez ele aceitou o meu pedido e começou a contactar com algumas em-presas. A primeira ofereceu pouco pelas madeiras e, por aquele preço, ele jamais mandaria cortar. Mais uma vez fiz oração e, poucos dias depois, apareceu uma ou-tra empresa que além de oferecer o dobro da primeira, ainda tirava as raízes, ou seja, limpava o terreno todo. Fizeram esse tra-balho no mês de abril.

Em agosto, ao regressar da peregrina-ção aos Solos Sagrados, fiquei assustada pois vi materializado o meu medo de in-cêndio. A caminho da minha casa estava tudo a arder. Cheguei numa segunda-feira e na madrugada do dia seguinte, acordei com o barulho do vento. Eu e o meu ma-

‘‘Aprendi que dedicar para Deus e Meishu-Sama

é o que nos protege e muda o nosso destino!”

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experiência de fÉ

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MORADAS E CONTACTOS DA IMMPCategoria Unidade Morada Código Postal Telefone Responsável EmailPresidente

Sede CentralRua António Granjo, nº105/107 - Bonfim

4300-029 Porto 225 092 143 Min. Carlos Eduardo Luciow [email protected]

Secretaria Min. Jorge Manuel Azevedo [email protected].: 225 092 143 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 18h

Johrei Center Porto Rua António Granjo, nº105/107 - Bonfim

4300-029 Porto 916 124 188 Min. António Carlos Pessoa [email protected]úcleo v.N. de Gaia 935 602 181 Min. Rosa Duarte [email protected]

Telf.: 225 092 143 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 18hJohrei Center Lisboa Rua António Albino Machado, 15A

Quinta dos Barros

(Também reuniões nos respectivos locais)

1600-831 Lisboa

912 201 420 Min. Luciano Vita da Silva [email protected]úcleo Amadora e Sintra 912 545 269 Min. Octávio Fonseca [email protected]

Núcleo Margem Sul 912 269 525 Min. Filipa Pimenta [email protected] 807 455 Srta. Elisabete FerraresiNúcleo Oeiras e Cascais 912 269 525 Min. Filipa Pimenta [email protected]

Telf.: 213 156 576 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 19h

Núcleo Ribatejo (Reuniões nas casas dos membros) 912 201 420 Min. Luciano Vita da Silva [email protected] 205 353 Min. João Lima

Núcleo Algarve931 320 563 Min. Jorge Manuel Azevedo

[email protected]ão (Reuniões nas casas dos membros) 913 340 970 Sra. Karla CaiadoPortimão (Reuniões nas casas dos membros) 965 224 317 Sra. Zenaide Lyra

Johrei Center Coimbra Rua do Brasil, 222 D, R/c Esq. 3030-775 Coimbra 239 482 637 Min. Fernando Chagas Alambert [email protected] 310 898De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 12 às 19h

Núcleo vila Real Rua Miguel Torga, 42 - 2º Dto, Frente 5000-524 Vila Real 912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected]ª feira das 16h às 19h

Núcleo AmaranteRua de Freitas - Edif. do Salto 3 Bloco 5 - 3º Esq. - São Gonçalo

4600-081 Amarante912 201 419 Min. José Araújo Rego

[email protected] 286 843 Sra. Mª. Leonor Mesquita5ª feira das 16h às 20h

Núcleo Lixa Largo do Terreiro - Edif. Mesquita, 72 4615-688 Lixa 912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected] 224 981 Sra. Paula Leite3ª feira das 16h às 20h

Núcleo Oliveira do bairro Rua Cândido dos Reis, 86 - 2º Esq. - T23770-209

Oliveira do Bairro912 201 419 Min. José Araújo Rego

[email protected] 136 936 Sra. Mª. de Jesus Afonso

Sábado das 14h às 16h30

rido olhamos pelas janelas e estava tudo bem. Ele foi se deitar, mas eu não conse-guia sair da janela do meu quarto; sentia como se os meus antepassados me qui-sessem avisar de alguma coisa. Passados cinco minutos, começou a arder o mato atrás da minha casa, que são quilómetros de árvores. O meu marido foi de imedia-to para o armazém, pois temos lá coisas inflamáveis que se pegassem fogo, seria como uma bomba. Como estava mui-to vento, o fogo rapidamente se alastrou para os vizinhos. Tínhamos mangueiras por todo lado para molharmos os cedros, as portadas, o carro, etc. Ouviam-se os gritos dos bombeiros, dos vizinhos e vive-mos momentos horríveis. No meu deses-pero, só chamava por Meishu-Sama.

Quando tudo estava mais calmo e o fogo já apagado, os meus vizinhos co-mentavam que fomos abençoados com um milagre de Deus, que nos tinha saído o euro milhões, porque se ainda tivéssemos

o pinhal junto à casa, não teríamos hipó-tese, perderíamos tudo, arderia a casa, o armazém e as cortes que temos para os animais.

A peregrinação aos Solos Sagrados do Japão e Tailândia foi maravilhosa. Re-tornei mais forte, mais tranquila, mais con-victa dos Ensinamentos de Meishu-Sama e com mais vontade de dedicar.

Aprendi que dedicar para Deus e Meishu-Sama é o que nos protege e muda o nosso destino, porque apesar de ter havido o incêndio, não foi necessário purificar através do sofrimento, pois ante-riormente, já havia purificado através da prática da fé.

Para agradecer esta bênção e protec-ção recebidas, fiz um donativo especial tendo como base o dízimo do valor da venda das árvores e também decidi rece-ber o Mitamaya (Casa dos Antepassados) no meu lar.

Muito Obrigada!

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Bom dia a todos! Os senhores estão a passar bem?

(Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!) Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sa-ma estamos todos bem!

Como sempre, quero iniciar as minhas palavras agradecendo, de todo o coração, a vossa sincera dedicação que nos permi-te expandir a Obra de Salvação de Deus e Meishu-Sama aqui em Portugal. Muito obrigado! (Palmas)

Gostaria de saber quem está a vir hoje pela primeira vez, pode levantar a mão? Puxa, tanta gente! Parabéns! (Palmas) Bem-vindos à casa de Deus e Meishu-sama! É uma honra muito grande estar a receber os senhores e senhoras pela primeira vez! Desejamos, do fundo do coração, que seja a primeira de muitas outras visitas! (Palmas)

Gostaria também de agradecer as orações de todos os senhores pelos ita-lianos. Recebi muitos telefonemas, men-

CULTO ESPECIAL PELOS ANTEPASSADOS - NOvEMbRO / 2016

PALESTRA DO PRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALMINISTRO CARLOS EDUARDO LUCIOw

sagens, sempre perguntando como é que estou, minha família, os membros. Graças a Deus e Meishu-Sama, nenhum membro sofreu dano pessoal, à parte de peque-nas coisas e objetos que caíram dentro de casa, mas nenhum dano físico, estão to-dos bem de saúde. Mas a população em geral está a passar por momentos muito difíceis. São milhares de desabrigados, pessoas que de um minuto para o outro perderam tudo. Enfim, uma situação que nós não podemos nem imaginar, porque não passamos. Mas acredito que se ele-varmos o nosso pensamento a Deus e Meishu-Sama pedindo Luz, forças, para que eles enfrentem e superem esse difícil momento, acho que vão receber o nosso amor e, de alguma forma, vão encontrar dentro de seu espírito a força e a coragem para enfrentar esta grande purificação. Vamos continuar orando por favor! Muito obrigado!

Receberam no Mundo Espiritual a nossa sincera gratidão e com isso se elevaram, se alegraram e essa alegria deles se refle-te em nós em forma de emoção. Houve pessoas que enxugavam as lágrimas, mas não são lágrimas de pesar, são lágrimas de felicidade e gratidão pela Luz que eles receberam. Parabéns a todos pelo Culto de hoje! (Palmas)

Também, durante a oração, lembrei com muita gratidão de todos os Reve-rendos, Ministros e membros pionei-ros da nossa Igreja que dedicaram a sua vida pela difusão da nossa amada

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Estamos hoje também a receber mem-bros de muitas cidades, que viajaram de longe para assistir a este importante Culto pelos Antepassados. Membros do Algar-ve, Margem Sul, Amadora, Sintra, Oeiras, Cascais, Lisboa, Ribatejo, Coimbra, Avei-ro, Vila Real, Amarante, Lixa e também do Brasil, Angola e Espanha. Sejam muito bem-vindos! (Palmas)

Não sei os senhores, mas senti muita emoção e uma força muito grande durante a oração e o Johrei. Tenho a certeza que isso é fruto da gratidão dos Antepassados por terem sido lembrados no dia de hoje.

Ofertório de gratidão pela representante dos participantes, Min. Rosa Maria de Jesus Duarte (Culto das 11h)

Ofertório de gratidão pela representante dos participantes, Sra. Maria Leonor Pinto de Mesquita (Culto das 16h)

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Fé Messiânica. Graças a eles, hoje her-damos essa bagagem espiritual que não nasceu do nada; nasceu do esforço, sacrifício, amor e muita dedicação! Hoje estamos herdando essa bagagem es-piritual que tanto nos dá força, nos conforta e nos dá um Caminho. Esse Ca-minho foi desbravado por eles e a nossa gratidão por eles tem de ser eterna! (Pal-mas)

Kyoshu-Sama nos ensinou: “Eu sinto que jamais poderei ser um verdadeiro ser vivo enquanto acreditar que meus ancestrais, em meu interior, estão mor-tos.”

Como é do conhecimento de todos, recentemente partiu para o Mundo Espiri-tual a nossa querida Ministra Natália, que hoje está completando 40 dias, e como prova dessa orientação do Kyoshu-Sama, aconteceram dois episódios muito inte-ressantes que gostaria de dividir com os senhores.

Na madrugada em que ela fez a passa-gem, uma membro de uma outra cidade, que logicamente não tinha como adivinhar que naquele momento ela faria a passa-gem, durante a noite, sonhou que estava numa Igreja onde tinham muitas pessoas dedicando, inclusive alguns Ministros que

já partiram para o Mundo Espiritual. En-tão, num certo ponto do sonho, o Ministro Mesquita diz para o Ministro Sá assim: “Ó Sá! Despacha-te pá! Temos de ir lá rece-ber a Natália, ela está a chegar!” (Risos) Aí os dois saíram apressados. De facto, isso demonstra que não só eles estão vivos a dedicar, como ela chegou viva! E eles fo-ram recebê-la, como convidada especial que estava a chegar.

O outro sonho também muito bonito, já no dia seguinte, uma outra membro, que também não é do Porto, sonhou que che-gou na Igreja e estavam muitas pessoas a dedicar, inclusive a Ministra Natália estava a dedicar toda alegre, feliz e sorridente. Aí essa membro que já tinha recebido a no-tícia da sua partida para o Mundo Espiri-tual, olhou para a Ministra e ela entendeu que a membro ficou assustada porque ela estava viva e disse: “Ué! Qual é a surpre-sa, acha que eu estou morta?! Não estou morta não, estou viva! Estou viva! Vamos lá, não podemos perder tempo! Vamos dedicar porque a Obra Divina não pode parar!” (Risos) Essa membro ficou toda sur-presa, alegre e começou a dedicar tam-bém! Enfim, são sonhos maravilhosos que demonstram a existência do Mundo Espi-ritual e que realmente o que Kyoshu-Sama

do nosso amado Reverendíssimo Wata-nabe. Como passou rápido, não é? (Sim) Três anos!!! Foi uma cerimónia muito emo-cionante, de muitas lembranças, mas so-bretudo de muita gratidão por tudo o que ele nos ensinou e nos formou.

Naqueles dias tive também a oportu-nidade de encontrar e fazer relatório para o nosso Presidente Mundial, Reverendo Masayoshi Kobayashi. Naquela ocasião, fiz o convite para que ele, no ano que vem, viesse a Portugal para comemorar junto connosco os quarenta anos de difu-são Messiânica em Portugal e ele aceitou o convite! (Palmas) O convite foi feito para que exatamente no mês de novembro, no Culto Especial pelos Antepassados que estamos a realizar hoje, daqui a um ano, ele, representando Meishu-Sama e Kyoshu-Sama, venha nos trazer a Luz do Solo Sagrado e a orientação para essa im-portante data. Na despedida, ele me pediu que transmitisse aos senhores que está sempre orando pela felicidade de todos e que, desde já, está ansioso pelo momento de poder vir e pessoalmente cumprimen-ta-los por essa importante data dos qua-renta anos de difusão em Portugal. (Palmas)

Para preparar a sua vinda, vamos receber pela primeira vez, no próximo

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está orientando, não são palavras vazias, fantasiosas, são palavras verdadeiras que nos dão força e Luz!

Uma grande tristeza do materialista é achar que quando morre um ente queri-do, ele acaba. Mas para nós, que temos certeza da continuação da vida, não só ficamos felizes pelos nossos caros que já partiram como ficamos felizes por nós também, que não vamos morrer, não é? (Risos) Vamos continuar vivos no Mundo Espiritual, que já é uma grande alegria, não é? (Risos) (Sim!) Ainda bem! Graças a Deus! Ou seja, quando morrermos vamos ter que continuar aguentando uns aos ou-tros, porque a gente vai dedicar junto lá! (Risos) Então, é melhor a gente se entender aqui, viu? (Risos) Porque lá é mais rigoroso! Não adianta dizer assim: “Esse Ministro é chato!” ou “Não aguento mais este mem-bro!” Vai chegar lá, vai ter que dedicar com ele! (Risos) Não tem como fugir, con-tinua! Porquê? Porque é o crescimento, é o aprimoramento, é a evolução que se dá através dessa superação das nossas difi-culdades e barreiras.

No início do mês passado tive a per-missão de, como representante de todos os senhores, viajar ao Japão para partici-par do Culto de três anos de falecimento

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mês, a visita do Diretor do Departamen-to Internacional, Reverendo Keizu Miura, que vai visitar a difusão de Portugal, Es-panha e Itália; nesses três países, ele vai visitar as principais unidades religiosas. No Culto Mensal de dezembro, ele vai es-tar aqui presente na Sede e vai transmitir o Johrei coletivo e a orientação de como deveremos nos preparar para receber o Presidente Mundial daqui a um ano. An-tes disso, no dia 1 de dezembro, às 17 horas, em Lisboa, ele vai encontrar com os membros do sul do país e no dia 2 de dezembro, às 11 horas, em Coimbra, ele vai encontrar com os membros do centro do país. Então, por favor, vamos receber o Reverendo Keizo Miura com o máximo carinho, como só os portugueses sabem receber! (Palmas)

Gostaria também de avisar, dentre as boas notícias, que este ano também fize-mos o nosso Calendário Messiânico para 2017, onde cada mês tem uma foto di-ferente de algum Solo Sagrado e alguns Ensinamentos de Meishu-Sama. Dessa forma, nós podemos pôr não só na nossa casa, como dar de presente aos nossos amigos, conhecidos, familiares; deixar a Luz do Solo Sagrado e a Luz dos Ensi-

namentos de Meishu-Sama durante todo o ano presente nas casas de quem nós amamos. Às vezes nós damos no Natal uma garrafa de champanhe, damos um bolo, damos alguma coisa… que é gos-toso, mas acaba logo! (Risos) O calendário dura o ano inteiro, não é? (Sim!) (Risos) O ano inteiro vai estar como um farol de Luz, irradiando a Luz de Deus e Meishu-Sama para aqueles lares. Lindo, não é? (Sim!) Realmente muito bonito, um espetáculo, como todos os anos tem sido! Então, por favor, as pessoas interessadas já podem procurar os seus Ministros porque já está à disposição! (Palmas)

No mês passado recebemos a maravi-lhosa orientação de Kyoshu-Sama, que foi publicada no Boletim Informativo da IMMP que todos os senhores receberam, estu-daram e praticaram. Este mês será publi-cado a orientação do Presidente Mundial, Reverendo Masayoshi Kobayashi, e que depois vão ter também a oportunidade de ler e aprofundar. Na sua orientação está uma frase que diz assim: “Os antepassa-dos compartilham connosco a mesma atmosfera espiritual, já que estamos profundamente interligados. Levando isso em consideração, podemos afir-

ele diz uma outra coisa muito interessan-te: “Os meus pais são dois; meus avós, quatro; meus bisavós, oito. Se contar-mos quantos antepassados temos em dez gerações, este número ultrapas-sa mil. Na 20ª geração, excede a casa de um milhão. Se somarmos todos os antepassados em vinte gerações, são mais de dois milhões.”

É muita gente, dois milhões só até a 20ª geração! Há quem considere uma ge-ração trinta anos e quem considere uma geração quarenta anos, conforme os es-tudos; então, estamos voltando para trás, no tempo, só de 600 a 800 anos; se vol-tarmos milénios, esse número se multipli-ca numa cifra inimaginável! Nunca pensa-mos, não imaginamos… Dois milhões de antepassados até à 20ª geração. O que são dois milhões? A região metropolitana do Porto, por exemplo, tem um milhão e oitocentos mil habitantes; é como se cada um tivesse uma região metropolitana do Porto inteira atrás de si, só até à 20ª ge-ração!

Em agosto no Japão são férias es-colares e realizam o campeonato nacio-nal estudantil de basebol e o Presidente Mundial comparou a claque de uma

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mar que estamos unidos num só corpo. Assim, se nossos descendentes estão alegres, é porque nossos antepassados também estão alegres. Por outro lado, se estamos tristes, sofrendo, sem saber o que fazer, em meio a inseguranças e angústias, eles também devem estar sentindo a mesma coisa.”

É interessante porque são praticamen-te as mesmas palavras da Experiência de Fé da Dª Edite Moreira: “Ao regressar da caravana encontrei a minha família muito feliz; acredito que a minha dedicação ge-rou muita alegria nos meus antepassados, que se manifestaram no meu marido e nos filhos.” Acredito que foi mesmo assim, porque um marido que fica sozinho, com tantos filhos, e fica alegre? Foi Luz, mui-ta Luz! (Risos) Ficou lavando, cozinhando, passando, ela chegou e ele não reclamou? Isso é milagre! (Risos) Até porque ele não é membro; se ele fosse membro, nesse caso agradecia e entendia, mas não sen-do membro? Puxa! Grande milagre! (Risos) Agradeço à Dª Edite por essa maravilho-sa Experiência de Fé, que depois vamos também poder reler no Boletim, com mais calma, pois tem muitas coisas a ensinar.

Na palestra do Presidente Mundial,

Experiência de Fé da Sra. Edite Castro Rio Ribeiro Moreira

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equipa de basebol com os antepassados, dizendo que, para cada jogo, com cada equipa, vai a claque para torcer pela sua equipa para vencer. O Presidente disse que essa relação entre a claque e a equi-pa é a mesma que a nossa relação com os nossos antepassados, que são como uma claque que está atrás de nós, torcen-do por nós, estimulando-nos, apoiando-nos, puxando-nos para cima para a gente avançar.

Agora imaginem uma claque de dois milhões! Um grande estádio de futebol tem cem mil pessoas, imaginem 20 está-dios cheios, gritando para cima de cada um de nós: “Corre, corre…!” (Risos) Que claque, hem? E o que é que acontece na partida? Quando o jogador corre bem, se esforça, o que é que a claque faz? Bate palmas, elogia… Mas se o jogador co-meça a ficar preguiçoso em campo, corre pouco, não se esforça, chega em frente à baliza e chuta ao lado, o que é que a claque faz? “Assobia, uuuhhh!… perna de pau…” (não posso dizer o que é que eles dizem, aqui em frente do Altar…) (Ri-sos) Porquê? Porque ficam com raiva, por-que estão indo lá para apoiar, para fazer a equipa ganhar e eles estão a fazer todo o mundo perder! (Risos) Eles se manifestam, são humanos e humano é assim: quando está feliz, manifesta alegria, satisfação, aprovação; quando está triste, bravo, com

raiva, manifesta sentimentos negativos, xingamentos, etc.

Há equipas que às vezes jogam tão mal que, no final da partida, têm que escapar do campo, porque a claque vai esperá-los à saída e às vezes até jogam pedras no autocarro da própria equipa, porque não aceitam que tenha jogado tão mal assim; tem torcedor violento, não tem? (Sim!) Ele é capaz de dar a vida pela própria equipa, mas também, em contrapartida, exige um bom rendimento, isso se chama fanatis-mo desportivo… e nós temos antepassa-dos de todos os níveis: Tem antepassado muito elevado que até entende, às vezes, que não tenha corrido muito bem aque-la “partida”, tem antepassado médio, que fica só um pouco chateado e tem também antepassado que se pudesse, te pegava

Nave externa

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e te lascava, porque não aceitam perder! (Risos)

No Mundo Material, é onde eles se manifestam, porque quem está lá na “bancada”, não pode entrar no “campo” para fazer “golos”, o Mundo Espiritual não pode entrar no Mundo Material e fazer o que nós temos para fazer… eles depen-dem de nós que estamos “dentro do cam-po”, para fazer; são dependentes de nós, por isso é que eles torcem tanto, por isso é que eles esperam tanto; são totalmente dependentes de nós para “ganhar o jogo”, só que nós não imaginamos que temos dois milhões de torcedores ali, gritando… Imaginam isso? Nunca pensaram assim, pois não? (Não!)

Hoje, quando há pouco ministrei Jo-hrei coletivo, pensei em cada um de vo-cês: dois milhões… dois milhões…. dois milhões… (Risos) Ministrei hoje Johrei para não sei quantos triliões de pessoas… (Ri-sos) Para eles ficarem purificados, felizes com a Luz de Deus e Meishu-Sama e as-sim nos apoiarem na “partida” que a gen-te está a jogar pela Salvação, a partida do Juízo Final, não é uma partidinha qualquer, é a “final do campeonato”, vamos lá!!! (Ri-sos) (Palmas) É a grande final, não podemos brincar em campo, isso é o que eles estão dizendo: “Está-se a aproximar o Juízo Fi-nal, temos que correr rapazes, não pode-mos ficar a arrastar-nos ou de salto alto em campo, não dá…” (Risos)

Este é que é o momento que estamos a viver, temos que acordar para isso e é isso que os antepassados estão esperan-do; por isso é que se manifestam inces-santemente. Nossa missão é essa! Se nós entendemos isso e trabalharmos junto com eles, é uma maravilha, teremos um grande apoio… Mas se nós não entende-mos isso e ficamos sentados na beira do campo, aí não tem jeito!

Essa orientação do Presidente Mun-dial, Rev. Kobayashi, não só foi muito ilustrativa, como foi muito real de cons-cientização do que está a acontecer na parte invisível; só que como nós estamos no campo material, a gente não vê a

JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS OS CALENDÁRIOS DE 2017!

RESERVE JÁ!

Um ótimo presente não só para a sua casa, como também para oferecer aos seus ami-gos e parentes, pois levará a Luz dos Solos Sagrados e dos Ensinamentos de Meishu-Sama, para os lares de todos.

bancada que é espiritual, mas apesar de não ver, não quer dizer que não vai sentir a influência que ela vai manifestar sobre nós; o facto de ser invisível, não quer dizer que seja impercetível… Ela vai ser perce-tível em quê? No que acontece à nossa volta, na nossa vida, na nossa saúde, na nossa família, no nosso trabalho, na so-ciedade. Não é visível mas é percetível e essa percepção faz parte da sensibilidade da fé de cada um.

No Ensinamento de hoje, tem um par-ticular que talvez os senhores já tenham lido muitas vezes, talvez saibam até de cor, mas eu gostaria de aprofundar um pouco mais. O Ensinamento chama-se: “Sermão, Johrei e Felicidade”. Meishu-Sama ensi-na que nós somos encaminhados para a Fé através dos Antepassados e porque é que eles nos encaminharam para a religião? Neste Ensinamento Ele ensina assim: “A finalidade da religião é eliminar os er-ros e incentivar a prática das virtudes. Contudo, essa prática só é realmente possível quando as máculas espirituais são eliminadas.” Ou seja, não é possível nos tornarmos virtuosos enquanto tiver-mos máculas; depois continua: “Uma vez que o espírito esteja purificado, cessa-

rão os atos condenáveis e a pessoa se tornará honrada, útil ao meio social e a toda a humanidade”.

Porque os nossos antepassados nos encaminharam para a Igreja Messiânica? Porque a nossa Igreja é rica em processos de purificação e o objetivo é purificar, por-que purificando a pessoa pode tornar-se virtuosa. O Johrei o que é? A purificação do espírito! A apreciação do Belo o que é? A purificação do sentimento! A alimen-tação natural o que é? A purificação do corpo físico! Todas as práticas messiâni-cas têm o objetivo de purificar, porque pu-rificando a pessoa se eleva, elevando-se torna-se virtuosa e tornando-se virtuosa e honrada, será útil ao seu meio social e a toda a humanidade. Sem purificar, não tem como se elevar e sem se elevar não tem como se tornar virtuoso; por isso eles nos encaminham para a Igreja, para nos purificarmos, nos elevarmos e nos tor-narmos virtuosos. Às vezes acontece que uma pessoa quer se tornar virtuosa, mas não consegue. Porquê? Porque não está devidamente purificada. Ou seja, sabe que precisa de fazer os outros felizes, mas não consegue; sabe que precisa de dar assistência religiosa, mas tem pregui-

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ça de ir; sabe que tem que encaminhar, mas se envergonha de falar da Igreja para os outros… Sabe tudo, mas não conse-gue, parece que está amarrado… O que é que está amarrando? As máculas! Como podemos desfazer a “amarração”? Purifi-cando!

A primeira coisa que precisamos fazer é dedicarmo-nos de corpo e alma, aos processos de purificação: Johrei, prática do altruísmo, apreciação do Belo e Ali-mentação Natural. Por que se nós não praticarmos esses processos de purifi-cação, vamos obrigar a natureza a usar os outros processos de purificação, que são: a doença, a miséria e o conflito. “Ah, mas eu não quero ter doença, miséria e conflito…” Então, tem que usar os outros processos de purificação, porque uns ou os outros vai ter que usar e temos o livre arbítrio para escolher uns ou os outros. Mas não podemos iludir-nos que: “Eu não pratico Johrei, não aprecio o Belo, não en-caminho ninguém, não faço Alimentação Natural, faço o mínimo indispensável, mas não quero sofrer!” Então não dá! Ou um ou outro!

Este Culto pelos Antepassados é um Culto fundamental, porque junto com eles,

que são a nossa grande “claque”, vamos firmar esse compromisso, firmar esse pac-to de trabalhar juntos para nos purificar-mos, nós aqui e vocês aí e juntos praticar-mos as virtudes para nos elevarmos; esse é o compromisso com que temos hoje de sair do Culto, bem definido dentro de nós; não é só um Culto de vir fazer o sufrágio, colocar o nome deles no Altar, rezar, eles já receberam Luz e acabou… Não, não acabou, ao contrário, começa agora! Hoje é dia do sufrágio, dia da ação de graças, que é importante também, mas os nossos pensamentos, palavras e ações, a partir de hoje, é que vão determinar a salvação deles e nossa, na prática, na ação!

Gostaria de concluir com as palavras finais de Meishu-Sama do Ensinamen-to de hoje: “Concluímos, portanto que, para ser feliz, é necessário crer em Deus Absoluto, adorá-Lo, compreender e praticar a Sua Vontade, somar méri-tos e purificar o espírito de modo que o seu habitat espiritual se eleve ao Céu. Não há outro processo para alcançar-mos a felicidade, e nisso reside o pro-fundo significado do Johrei.”

Muito obrigado e desejo um bom mês a todos!

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A FORMAÇÃO DO PARAÍSO NO LAR Força para Viver

4ª Parte

No mês de março de 2009 foi exibida, entre outras peças, no Museu Nacio-

nal de Tóquio, uma imagem de Asura per-tencente ao templo budista Koufuku-ji. A exposição contou com um grande número de visitantes.

Os Asuras são, originariamente, deu-ses da justiça da Índia antiga que, após a derrota em uma batalha contra Sakra, um deus muito poderoso, foram expulsos do mundo divino e se transformaram em deuses maléficos. Mas por que os Asu-ras obedecem aos preceitos do Budismo? Gostaria de falar sobre este tema.

UM ENCONTRO COM UM SER GRANDIOSO

Os Asuras, que se haviam transformado em deuses maléficos, começaram a pla-nejar, junto com seus pares, uma maneira de atrapalhar o trabalho de Shakyamuni. Porém, sempre empenhados em interrom-per sua atividade, os Asuras começaram a escutar o sermão de Shakyamuni. Com isso, a luz começou a chegar nos seus co-rações, até então envolvidos pelas trevas e eles conseguiram se elevar, alcançando o êxtase religioso. Depois disso, eles cas-tigaram e expulsaram os demônios que tentavam atrapalhar e continuaram a ou-vir os sermões que tanto os tranquilizava, permanecendo ao lado de Shakyamuni.

Parece que, a partir de então, os Asu-ras se tornaram divindades que obedecem aos preceitos búdicos. Podemos sentir no rosto da imagem de Asura do templo Ko-fuku-ji a confusão interior vivida por ele, ao

se deparar com o grandioso poder que o transformaria de uma divindade ligada ao mal, em uma divindade ligada ao bem.

Hoje, gostaria de falar sobre o período em que o ser humano, da mesma forma que Asura, se depara com um grandioso poder. Tal período é igualmente o mais adequado para se obter a “força para vi-ver” e voltar-se para um grande objetivo. Falarei sobre a idade adulta, que vai dos 25 aos 44 anos de idade.

Creio que tal oportunidade surge quan-do realmente nos deparamos com um

Continuação da entrevista à revista Izunome (edição Japão) do Revmo. Tetsuo Watanabe

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sofrimento profundo. Aos 23 anos decidi partir para o Rio de Janeiro, para me dedi-car exclusivamente à atividade de difusão pioneira e, aos 27 anos, tive a permissão de ver a Igreja se estabelecer naquela ci-dade. Depois disso, perdi, em um curto espaço de tempo, meu filho mais velho e três Ministros que dedicavam diretamen-te comigo, o que fez com que eu sentis-se uma profunda desilusão e começasse a buscar incessantemente uma resposta para tamanho sofrimento. Em meio a essa situação, as palavras da Terceira Líder Es-piritual me fizeram despertar para o facto de que toda essa purificação estava de acordo com a misteriosa e profunda Von-tade de Deus.

O PODER DIVINO DE 1% QUE ATUA NO ESFORÇO HUMANO

Shakyamuni tomou conhecimento da existência da velhice, da doença e da morte e, para resolvê-las, saiu de casa e dedicou-se à vida religiosa aos 29 anos.

Jesus, após os 30 anos de idade, foi batizado por João Batista e, a partir de en-tão, começou a se empenhar na salvação daqueles que estavam sofrendo. Maomé, fundador do Islamismo, por volta dos 40 anos de idade, perdeu dois filhos, caiu em profundo sofrimento e, enquanto meditava em uma caverna, recebeu a revelação de Alá.

No que diz respeito a este ponto, Meishu-Sama não é uma exceção. Sua primeira esposa, com quem se casou aos 24 anos de idade, faleceu quando ele ti-nha 37 anos. O comércio por atacado, que teve início quando ele tinha 25 anos, sofreu um grande golpe com a depressão mundial; nessa época Meishu-Sama tinha 38 anos de idade.

Até então, Meishu-Sama vinha negan-do a existência de qualquer Deus ou enti-dade e acreditava piamente que somente o esforço humano levava ao sucesso. Po-rém, diante da morte da esposa e do fra-

casso no mundo dos negócios, até mesmo Meishu-Sama se deu conta de quão impo-tente é o ser humano e quão insondável é o destino. Diante de tamanho sofrimento, ele decidiu buscar socorro em diversas re-ligiões.

Depois de muito buscar, ele ingressou na religião Omoto. Aos 44 anos de idade, recebeu uma revelação divina e poste-riormente fundou a nossa Igreja, que tem como objetivo salvar a humanidade do sofrimento causado pela doença, pela po-breza e pelo conflito.

Como vimos acima, Deus nos coloca diante de factos que dificilmente conse-guimos superar sozinhos, por mais que lutemos. É dessa forma que nos guia até Ele. Todavia, de uma certa forma, creio que isto faz parte do processo de evolução na-tural do Homem. Acredito que, da mesma forma que Deus, de acordo com Seu pla-no, fez com que a cultura materialista cen-tralizada no ser humano progredisse mais que a cultura espiritualista, centralizada em Deus, Ele utiliza o mesmo processo no que diz respeito ao desenvolvimento do ser humano.

Meishu-Sama escreveu o seguinte salmo:

“A força do homem é noventa e nove por cento;

a força de Deus é cem por cento.Quem está consciente disso,

não se envaidece.”

Eu acredito que, graças ao esforço que busca alcançar os noventa e nove por cento, é que se consegue chegar ao pata-mar em que se conquistará este grandioso poder - que vive, lado a lado, com a sen-sação de impotência.

Naturalmente, mesmo estes noventa e nove por cento também resultam do acú-mulo das pequenas práticas, do “um pou-quinho”, do “mais um pouquinho”.

Às vezes, ouvimos dizer que “o verda-deiro mestre só nasce com a formação de um discípulo”. E, realmente, creio que

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somente quando estivermos preparados é que o poder grandioso se manifestará e teremos a permissão de encontrar a “força para viver”.

APROVEITAR A CRISE

O ser humano cresce conforme vai se tornando membro da sociedade e to-mando consciência da realidade. Ele deve confrontar-se com diversas situações: seus resultados não são muito bons no trabalho; não consegue estabelecer um bom relacionamento com o seu chefe; é criticado quando comete algum erro; nin-guém reconhece o seu empenho por mais que se esforce e suas expectativas, antes de entrar no novo trabalho, caem todas por terra...

Aqueles que se casam concretizando um sonho e após o casamento, começam a se desentender com a sogra ou surgem tensões no dia-a-dia. E quando somos abençoados com o tão esperado filho?

Se sua saúde é delicada, nossos dias são de pura preocupação. Às vezes, não con-seguimos descansar, porque temos que cuidar de nossos pais, ou somos acome-tidos por alguma doença, ou talvez veja-mos partir um ente querido. Esta é a idade adulta, em que nos deparamos com inú-meros sofrimentos jamais vividos durante a juventude. Porém, creio que este perío-do é fundamental. As crises é que nos dão a oportunidade de nos elevarmos de uma maneira incrível.

Não há ninguém no mundo que tenha alcançado o sucesso sem passar por ne-nhum sofrimento. Muito pelo contrário, tais pessoas passaram por um sofrimento maior do que uma pessoa comum e acre-dito que, porque o enfrentaram sem fugir, é que conseguiram alcançar um grande sucesso. Ou seja, o sofrimento é muito bem-vindo.

Meishu-Sama nos ensina que: “Purifi-camos por meio do sofrimento. Seja no aspecto físico ou espiritual, todos os so-

Revmo. Tetsuo Watanabe

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frimentos são purificadores.” (3 de junho de 1949) Em primeiro lugar, todos os sofri-mentos fazem com que eliminemos nos-sas máculas e já que sabemos que “é um sofrimento para melhorarmos” e que ele nos conduzirá à felicidade, não devemos fugir; é importante aceitá-lo e enfrentá-lo.

Todavia quando, por exemplo, há risco de vida devido à violência do marido no lar, é importante tomar as medidas ade-quadas e ter a coragem de afastar-se dele. Quero ainda dizer que há casos em que é necessário utilizar a lei ou o auxílio de terceiros, ou seja, um meio de fugir do pro-blema temporariamente para se recuperar e reiniciar a vida.

SE TUDO CORRER COMO QUEREMOS, A VIDA PERDE A GRAÇA

O que não pode acontecer é fugirmos da própria vida. Anualmente, mais de 30 mil pessoas se suicidam porque “já não conseguem mais viver”. Há relatos de que 30% daqueles que ingressam em uma firma, pedem demissão antes do final do primeiro ano afirmando “esse trabalho não combina comigo”. Aproximadamente um em cada dois casais que se casaram en-quanto estavam na casa dos 20 anos de idade, acaba se separando (“White Paper on the National Style”, 2005) e a maior causa é, realmente, a “incompatibilidade”. Há pessoas que melhorariam rapidamen-te se deixassem de lado uma leve dor de cabeça, de barriga ou muscular. Ao invés disso, recorrem logo aos analgésicos. Os senhores não acham que tais pessoas são pouco resistentes à dor?

Há os que logo culpam a sociedade pelos próprios problemas, jovens que não trabalham e vivem eternamente às custas dos pais. Vemos também os chamados “helicopter parent”1, expressão inglesa

que se refere aos pais que logo que um professor do filho não lhe agrada, começa a reclamar pedindo que seja despedido.

Há os que exibem a própria autoridade e a usam para influenciar outras pessoas. Criminosos que, sem nenhum motivo, fe-rem e chegam até mesmo a matar. Creio que pessoas assim, em geral, são egoís-tas. Pessoas psicologicamente muito fra-cas, que não conseguem enfrentar o so-frimento sem jogar a responsabilidade em outras pessoas ou fugir. Tal fuga não é só uma solução momentânea, mas também parece estar enfraquecendo ainda mais as pessoas - esta é minha opinião. E creio que a sociedade incita esse tipo de com-portamento.

A humanidade veio se empenhando, utilizando todo seu conhecimento para li-vrar o ser humano dos mais diversos sofri-mentos: doença, pobreza, conflito e vários outros. Por exemplo, vemos que a medi-cina se desenvolveu a ponto de conseguir eliminar, com remédios, a dor física cau-sada por alguma doença e também pro-move a inoculação por meio de vacinas e a esterilização para matar os germes. En-tretanto, a Religião, a Arte e a Ciência se desenvolveram convivendo com tal dor.

Porém, simultaneamente, o que chega a ser irônico, chegamos ao ponto em que começamos a gerar seres tão fracos que já não conseguem suportar a dor, como já disse anteriormente. Creio que o mais im-portante é que tomemos consciência des-se facto e que despertemos para ele.

Temos o seguinte salmo de Nidai-Sama:

“O Mundo Material é um local de aprimoramento onde estão

mesclados o Bem e o Mal, para os homens se burilarem

mutuamente. Burilem-se, portanto.”

1 - Pais que cuidam demais de seus filhos especialmente no que diz respeito à instituição educacional escolhida. Os “pais helicópteros” são chamados assim porque, como “helicópteros” estão sempre circulando ao redor e sobre a cabeça de seus filhos, independente da criança ter ou não necessidade deles. Fenômeno também conhecido como “overparenting”, uma preocupação exagerada com os filhos, descreve pais que tentam eliminar todos os possíveis obstáculos no caminho de seu filho, que tentam resolver todos os seus problemas e evitar que se ex-ponham a qualquer tipo de risco.

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Ou seja, ela nos ensina que o mundo é um “local de aprimoramento”. Aqueles que estão cumprindo pena, chamam o mundo de liberdade, fora das grades, de “lá fora”. Temos a mesma expressão em japonês e a palavra utilizada é “shaba”, que tem sua origem no sânscrito Saha, sendo também uma expressão búdica que significa “mun-do em que devemos suportar as prova-ções, resistir às tentações mundanas”. O ser humano não consegue fugir dos apri-moramentos preparados por Deus. E mes-mo que creia ter conseguido fugir, um dia, esse mesmo aprimoramento retornará. E não é só isso: quanto mais tentamos fugir do sofrimento, mais ele aumenta; é assim que funciona. Sendo assim, devemos ter coragem e encarar o problema com firme-za e somente quando conseguirmos nos esforçar para encontrar sua verdadeira so-lução é que transformaremos o sofrimento em alegria.

Meishu-Sama nos ensina: “Se tudo correr como queremos, a vida perde a graça. (...) Afinal de contas o verdadei-ro valor da pessoa está em tentar, com todo o empenho, resolver um problema

que parece sem solução.” (1º de março de 1952). É dessa forma que ele nos in-centiva.

Meishu-Sama foi uma pessoa mag-nífica que, assim como tentava alegrar o próximo, chegava até mesmo a se delei-tar com as dificuldades a serem vencidas. Esse estilo de vida é que devemos almejar.

Desejo do fundo do coração que gra-vemos suas palavras em nosso peito e, como ele, consigamos enfrentar o porvir com um sorriso no rosto.

A DOR QUE FAZ COM QUE CRESÇAMOS

Se conseguirmos, assim como Meishu-Sama, aceitar a dor oriunda dos mais diversos problemas, adquiriremos a sensibilidade de encarar o sofrimento do próximo como sendo nosso. E creio que, ao mesmo tempo, adquiriremos for-ça e sabedoria para suportar a dor, além de cultivar o poder de controlar o próprio sofrimento.

Como há muitos sofrimentos, é im-possível tratá-los individualmente neste

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momento. Por exemplo, quando, no meio da noite, somos atormentados pela soli-dão em um quarto de hospital, acredito que só de relembrar os momentos alegres vividos, conseguimos controlar bastante a dor (por isso é que também recomendo que cultivem o maior número possível de momentos alegres para que tais lembran-ças sejam muitas!). Acredito também que pensar “este sofrimento, esta dor que estou passando também são provas do amor de Deus que está tentando me criar” ou “minha família está preocupada comi-go e orando sem cessar. Sou privilegiado e muito abençoado!”, isto é, transformar a lamúria em relação à dor em gratidão a Deus, à família e às pessoas que nos cer-cam, ajuda não só a amenizar a dor, mas também a acelerar a recuperação.

Outro ponto que desejo ressaltar é que, da mesma forma que o momento em que um estudante está psicologica-mente mais tranquilo é aquele em que está concentrado em seus estudos, en-tão, mais do que se lamentar porque seu chefe não reconhece seu esforço, o me-lhor é pensar: “Não vou me deixar levar pela opinião alheia, vou me esforçar o máximo possível, fazer tudo o que posso! Vou buscar aprender mais! Isso acabará fazendo com que eu seja mais capaz!”. Acreditar e agir. Se estiver sofrendo com algum relacionamento pessoal, não deve atormentar a outra pessoa por causa dis-so; olhe para o seu interior e tente melho-rar. Se agir assim, surgirá a possibilidade de melhorar tal relação e por meio de tal empenho, você acabará se dando con-ta de que quem mais ganha, quem mais acumula virtude agindo assim, é você mesmo.

Desta forma, encarando o sofrimento de frente, tal qual ele se apresente diante de nós, conseguiremos ter novos sonhos e desejos. Eu acredito que, se seguirmos nos esforçando com um Sonen positivo, mesmo que seja um pequeno esforço, o sofrimento vai diminuindo, diminuindo e acaba se tornando algo minúsculo.

DE PESSOA AMADA À PESSOA QUE AMA

Naturalmente, a força humana tem limi-te. Porém, acredito que, quando a pessoa dá o máximo de si, consegue entregar tudo nas mãos de Deus, humildemente, sem re-ceio algum.

Deus é a origem de nossas almas. Seu sentimento é semelhante ao de um pai. Creio que da mesma forma que chama severa-mente a atenção de um filho que, apesar de não se esforçar nada, está sempre pedindo algo, ao ver um filho que é constantemente grato aos pais e se esforça incansavelmen-te diante de um problema sem solução, e esse filho Lhe pede ajuda, Ele é aquele que responde: “Você se esforçou bastante até aqui!” e lhe estende a mão com alegria. Há também aquelas pessoas que pensam “por mais que me esforce, nunca sou recompen-sado” e vão levando a vida de uma forma negativa. Contudo, não é bem assim. Se elas analisarem bem seu interior e sua vida, verão, sem sombra de dúvida, que Deus as está recompensando de alguma forma. E isso se transforma na força motriz para que a pessoa prossiga se esforçando.

E para que Deus se alegre conosco, devemos utilizar a força que conseguimos cultivar por meio do esforço, o sentimento, a sabedoria, o nosso corpo, o dinheiro en-fim, tudo o que nos foi concedido por Ele de acordo com Seu sagrado objetivo. Em outras palavras, precisamos ajudar o próxi-mo, em atividades que visem ao bem-estar social.

Naturalmente, não é nada fácil começar oferecendo tudo o que temos na dedicação a Deus. Sendo assim, devemos começar devagar, passo a passo, vendo até onde po-demos chegar, mas nos empenhar nas pe-quenas ações altruístas e pensar sempre em pô-las em prática.

Temos o seguinte salmo de Nidai-Sama:

“Quem ama a vida e ajuda o próximo,será amado e protegido por Deus

onde quer que esteja.”

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continua no próximo boletim

que acaba sendo semelhante ao amor al-truísta. Aqueles que têm tal consciência, são necessários à empresa onde traba-lham, recebem a gratidão dos outros e são sempre bem-vindos.

Quando nós nos casamos e temos nossos filhos, ao começarmos a educá-los, sentimos na própria pele o quanto o nosso pai e a nossa mãe sofreram, se es-forçaram e nos amaram. Por isso é que devemos amar, respeitar e honrar nossos pais. Pensando no futuro de nossos filhos, devemos mostrar-lhes que trabalhamos com todo o empenho pelo bem do próxi-mo e de nossa família, que cuidamos do próximo com amor e alegria. Se os pais mostrarem essa postura aos filhos, con-seguirão fazer com que eles entrem natu-ralmente em contato com a essência da fé messiânica. Amar o próximo não é sim-ples. Amar as pessoas de quem gostamos é fácil, mas para amarmos seja quem for, independentemente de nossa preferência, é necessário ter uma força imensa. Uma força que fará com que consigamos não fugir da dor, mas que nos ajudará a aceitá-la e a superá-la. Tenho certeza que Deus verá tal esforço e nos abençoará com for-ça e alegria de viver.

Creio que, aqui, ela nos ensina que é esta prática altruísta que se transformará no ponto de partida, rumo à felicidade de ser abençoado por Deus.

O ESPÍRITO QUE VAI AMADURECENDO ENQUANTO AMA O PRÓXIMO

A gestação, a infância, a adolescência, a juventude, enfim, todos os períodos são importantes, mas não há nenhum mais adequado que o da idade adulta para cul-tivarmos o caráter humano. O corpo físi-co alcança a maturidade na adolescência, mas o lado psicológico só começa a ama-durecer a partir da idade adulta.

Depois que encontramos um trabalho, deparamo-nos com diversos mundos e pessoas. Casamos, estabelecemos novas relações com novas pessoas e há também aqueles que têm filhos. Este é um estágio preparado por Deus para a nossa eleva-ção. Até então, viemos sendo criados en-volvidos pelo amor de nossos pais e de outras pessoas que nos cercavam, mas a partir de agora o ponto principal está em passar à posição da pessoa que dá amor. Nós vivemos graças ao apoio e à ajuda de diversas pessoas. Participar, com espírito de gratidão, em atividades de limpeza da comunidade onde moramos e de ativida-des voluntárias relacionadas à educação também é algo positivo.

O espírito de lealdade à empresa ou à organização que nos emprega para que ganhemos o pão de cada dia também é importante. Acredito que aqueles que se põem na posição de um mero especta-dor e só criticam, com o passar do tem-po, acabarão sobrando dentro do grupo e sairão naturalmente. Não devemos nos comportar como se não nos relacionásse-mos com ninguém. Devemos ter a consci-ência de que fazemos parte do problema pensando “eu represento a empresa onde trabalho”, o “problema da empresa é meu problema”. Quem pensa assim, consegue se colocar no lugar das outras pessoas, o