idosos

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE DE VIDA E DA DEPENDÊNCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR MÁRCIA ANDRÉA GONÇALVES LEITE VILA REAL, 2011

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UNIVERSIDADE DE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO DISSERTAO DE MESTRADO EM GESTO GESTO DA QUALIDADE DE VIDA E DA DEPENDNCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NAS ORGANIZAES DO TERCEIRO SETOR M M R RC CI IA A A AN ND DR R A A G GO ON N A AL LV VE ES S L LE EI IT TE E V VI IL LA A R RE EA AL L, , 2 20 01 11 1 UNIVERSIDADE DE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO DISSERTAO DE MESTRADO EM GESTO GESTO DA QUALIDADE DE VIDA E DA DEPENDNCIA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NAS ORGANIZAES DO TERCEIRO SETOR De: Mrcia Andra Gonalves Leite Orientadores: Professor Doutor Vtor Manuel C. Pereira Rodrigues Professor Doutor Marcilio Sampaio dos Santos V VI IL LA A R RE EA AL L, , 2 20 01 11 1 Estetrabalhofoiexpressamenteelaboradocomo dissertaooriginalparaefeitodeobtenodograu deMestreemGesto,sendoapresentadana Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro. Uma pessoa permanece jovem, na medida em que ainda capaz de aprender, adquirir novos hbitos e tolerar contradies. Marie Von Ebner-Eschenbach AGRADECIMENTOS Para atingir ao to almejado objetivo passei por vrias etapas e nelas muitas pessoas deram de alguma forma o seu contributo: Agradeo a Deus por ter chegado at aqui, aps muitos caminhos; A minha famlia, meu bem mais precioso, pelo apoio incondicional; AosmeusorientadoresprofessorDoutorMarcilioSampaioeVtorRodrigues pela disponibilidade e pacincia ao longo do percurso deste estudo; AprofessoraDoutoraCarlaMarquespelocarinhoeapoionasquestes institucionais; A professora Soeiro e Ana Moreno, pelo incentivo e valiosos ensinamentos;Ao professor Videira, pelas orientaes e apoio acadmico; Aos docentes que contriburam com meu aprendizado; A Gina Santos, pelo seu apoio e amizade; Aos colegas do mestrado, especialmente Else Salis e Helen Mandarano, irms que estiveram sempre comigo; AosamigosSaraRamalheira,RaquelGonalves,LusFreitaseAlexandra Campos, que me acolheram na sua casa em Vila Real; Ao amigo Luciano pelo apoio nas horas difceis; Aosgestoresdasinstituiespelaautorizaodoestudoedisponibilidadenas respostas aos inquritos;A todos os utentes que voluntariamente se dispuseram a participar, sem os quais este estudo no teria sido possvel; Aos funcionrios da UTAD sempre solcitos com os Brasileiros no perodo que auniversidadeestemfrias,principalmenteaManuelaValente,Manuela Mouro, D. Teresa e Cludia (Enfermagem), Ana Rosa, Maria Joo, Conceio Gonalves e Abel Coelho;Atodosaqueles,nocitados,quecontriburamdiretaouindiretamentena realizao deste trabalho, a minha eterna gratido. RESUMOAscondiescrnicaseporvezesincapacitantesprocessopeloqualumadeterminada condio(agudaoucrnica)afetaafuncionalidadedosidosos-tendemasemanifestarcomo avanardaidade.Sabe-sequenormalmentetaislimitaesnosofatais,noobstantetendea comprometer de modo significativo a qualidade de vida da pessoa idosa ao afetar o desempenho da funcionalidadee,emconsequnciaasatividadesdevidacotidiana.Emtodoomundomodernoo aumentoexponencialnaquantidadedeidososumarealidadequeapontaparaamelhoriados indicadores desade,crescetambmademandaporserviosdesadevoltados para apopulao idosaeanecessidadedeutilizaodeinstrumentosdeavaliaofuncional.Ondexde IndependncianasAtividadesdeVidaDiria(AVD),desenvolvidoporSidneyKatz,umdos instrumentos mais antigos. Este estudo teve por objetivo conhecer a Qualidade de Vida (QDV) das pessoasidosasinstitucionalizadas,suarelaocomasvariveisdescritivas,scio-econmicasea importncia da gesto institucional neste contexto. Optou-se por um estudo exploratrio-descritivo etransversalnoqualfoiutilizadocomoinstrumentoderecolhadedados,umquestionriobio-relacional,umagrelhadeavaliaodaQualidadedevida,ndicedeKatzmodificadoeum questionrio aos gestores da instituio. Participaram no estudo 130 utentes de sete instituies para idosos do concelho de Oeiras. Constatou-sequeosfatoresqueinterferemnaQDVvariamemfunodognero81,5%sexo feminino e 18,5% sexo masculino do total da amostra, da existncia de dor (p= 0,014) e existindo umacorrelaopositivaentreondicedeKatzequalidadedevida(p0,05 Afigura6ilustraadistribuiodaescaladondicedaqualidadedevidadosidosos institucionalizados nos vrios grupos. Figura 6 - Diagrama de extremos e quartis da escala do ndice da qualidade de vida dos idosos institucionalizados dos vrios grupos etrios Estes resultados levam-nos a rejeitar a hiptese formulada. Estado Civil H3: Existe diferena significativa na Qualidade de Vida do idoso institucionalizado em funo do estado civil 78 Ahiptesedaexistnciadediferenasestatisticamentesignificativasnaqualidadede vidadosidosospertencentesaosdiferentesestadoscivisdosidososfoiavaliadapelo testenoparamtricodeKruskal-Wallis,seguidodacomparaomltipladasmdias das ordens como descrito em Marco (2007). Usou-se uma probabilidade de erro tipo I () de 0,05. Noseverificaramdiferenasestatisticamentesignificativasnaqualidadedevidados idosos de acordo com o seu estado civil (2=1,500; p=0,695) apesar do grupo dos idosos casados terem registrado menor qualidade de vida (Quadro 30). Quadro 30 Resultados da aplicao da escala do ndice da qualidade de vida pelo estado civil Estado CivilNMdiaDP Mdia ordens 2P Solteiro 824,503,70375,56 1,5000,695 ns Casado 2222,146,04259,50 Divorciado 424,507,76776,88 Vivo 9623,306,73765,56 ns p>0,05 Afigura7ilustraadistribuiodaescaladondicedaqualidadedevidadosidosos institucionalizadosnosvriosgrupos.Alinhaanegritorepresentaamediana, enquadradaentreo1quartil(extremoinferiordacaixa)eo3quartil(extremo superiordacaixa).Asbarrasinferioresesuperioresrepresentam,respetivamenteo mnimo e o mximo das distribuies. 79 Figura 7 - Diagrama de extremos e quartis da escala do ndice da qualidade de vida dos idosos institucionalizados por estado civil Estes resultados levam-nos a rejeitar a hiptese formulada. Nvel de instruo H4: Existe diferena significativa na Qualidade de Vida do idoso institucionalizado em funo do nvel de instruo Ahiptesedaexistnciadediferenasestatisticamentesignificativasnaqualidadede vidadosidososcomdiferentesnveisdeinstruofoiavaliadapelotesteno paramtrico de Kruskal-Wallis, seguido da comparao mltipla das mdias das ordens como descrito em Marco (2007). Usou-se uma probabilidade de erro tipo I () de 0,05. Apesardeseverificarqueovalormdiodondicedaqualidadedevidatantomaior quantoonveldeinstruodoidosonoseverificaramdiferenasestatisticamente significativasnaqualidadedevidadosidosospertencentesaosdiferentesnveisde instruo (2=4,336; p=0,229) (Quadro 31). 80 Quadro 31 Resultados da aplicao da escala do ndice da qualidade de vida pelo nvel de instruo Nvel instruo NMdiaDP Mdia ordens 2P Sem instruo 1922,006,96856,34 4,3360,229 ns 1 ciclo8122,996,43364,27 2 ciclo1823,445,95368,08 3 ciclo ou mais 1226,336,49984,42 ns p>0,05 Afigura8ilustraadistribuiodaescaladondicedaqualidadedevidadosidosos institucionalizados nos vrios grupos. Figura 8 - Diagrama de extremos e quartis da escala do ndice da qualidade de vida dos idosos institucionalizados pelo nvel de instruo Estes resultados levam-nos a rejeitar a hiptese formulada. Existncia de dor H5: Existe diferena significativa na Qualidade de Vida do idoso institucionalizado em funo da existncia de dor A hiptese da existncia de diferenas estatisticamente significativas entre os idosos que sentem algum tipo de dor e os que no sentem dor na sua qualidade de vida foi avaliada pelo teste no paramtrico de U Mann-Whitney. 81 OsidososquenosentemdorapresentaramvaloresdondicedeQVIsuperioresaos apresentadospelosidososquesentemdoreasdiferenasobservadasforam estatisticamente significativas (Z=-2,455; p= 0,014) (Quadro 32). Quadro 32 Teste de U Mann-Whitney da escala do ndice QVI em funo da existncia de dor Existncia dor NMdiaDP Mdia ordens ZP Sim8222,236,50859,30 -2,4550,014* No4824,906,11376,08 * 0,010 < p 0,050 Afigura9ilustraadistribuiodaescaladondicedaqualidadedevidadosidosos institucionalizados nos dois grupos. Figura 9 - Diagrama de extremos e quartis da escala do ndice da qualidade de vida dos idosos institucionalizados pela existncia de dor Estes resultados levam-nos a aceitar a hiptese formulada. 82 Nvel de instruo H6:ExisteassociaosignificativaentreondicedeKatzeondicedequalidadede vida do idoso institucionalizado RecorrendoaocoeficientedecorrelaoRdeSpearman,osresultadosencontrados traduzem-nosqueexistemelevadasassociaeslinearespositivasnototaldaamostra entreondiceQVIeondicedeKatzsendoestaestatisticamentesignificativa(r= 0,465;p0,05 Afigura10ilustraadistribuiodaescaladondicedaqualidadedevidadosidosos institucionalizados nos dois grupos. Figura 10 - Diagrama de extremos e quartis da escala do ndice da qualidade de vida dos idosos institucionalizados pela existncia de ambientes adaptados Estes resultados levam-nos a rejeitar a hiptese formulada. Existncia de fiscalizao dos servios por parte dos gestores H8: Nos lares onde os gestores fiscalizam os servios prestados, o ndice de Qualidade de Vida do idoso institucionalizado maior Ahiptesedaexistnciadediferenasestatisticamentesignificativasnaqualidadede vida entre os idosos cujas instituies os gestores fiscalizam os servios prestados e os 84 idososqueseencontrameminstituiescujosserviosprestadosnosofiscalizados pelos respectivos gestores foi avaliada pelo teste no paramtrico de U Mann-Whitney. Osidososnasinstituiescujosserviosprestadossofiscalizadospelosgestores apresentaramvaloresdondicedeQVIligeiramentesuperioresaosapresentadospelos restantes idosos mas as diferenas observadas no foram estatisticamente significativas (Z=-0,666; p= 0,509) (Quadro 35). Quadro 35 Teste de U Mann-Whitney da escala do ndice QVI em funo de fiscalizao pelos gestores FiscalizaoNMdiaDP Mdia ordensZP Sim10523,396,58366,57 -0,6660,509 ns No2522,486,04961,00 ns p>0,05 Afigura11ilustraadistribuiodaescaladondicedaqualidadedevidadosidosos institucionalizados nos dois grupos. Figura 11 - Diagrama de extremos e quartis da escala do ndice da qualidade de vida dos idosos institucionalizados pela existncia de fiscalizao pelos gestores Estes resultados levam-nos a rejeitar a hiptese formulada. 85 Adoo de medidas para preveno de quedas H9: Nos lares que adotam medidas para preveno de quedas, o ndice de Qualidade de Vida do idoso institucionalizado maior Ahiptesedaexistnciadediferenasestatisticamentesignificativasnaqualidadede vida entre os idosos cujas instituies adotaram medidas para preveno de quedas e os idosos que se encontram em instituies que no o adotaram foi avaliada pelo teste no paramtrico de U Mann-Whitney. Osidososcujainstituionoadotoumedidasparaprevenodequedaspertencem todos mesma instituio (Casa Residencial Snior So Pedro) e apresentaram valores do ndice de QVI ligeiramente superiores aos apresentados pelos restantes idosos mas as diferenasobservadasnoforamestatisticamentesignificativas(Z=-0,863;p=0,393) (Quadro 36). Quadro 36 Teste de U Mann-Whitney da escala do ndice QVI em funo da adoo de medidas para preveno de quedas Preveno quedas NMdiaDP Mdia ordens ZP Sim11723,106,65664,55 -0,8630,393 ns No1324,234,54974,04 ns p>0,05 Afigura12ilustraadistribuiodaescaladondicedaqualidadedevidadosidosos institucionalizados nos dois grupos. 86 Figura 12 - Diagrama de extremos e quartis da escala do ndice da qualidade de vida dos idosos institucionalizados pela adoo de medidas para preveno de quedas

Estes resultados levam-nos a rejeitar a hiptese formulada. Promoo da autonomia H10:Noslaresemquepromovidaaautonomiadoutente,ondicedeQualidadede Vida do idoso institucionalizado maior Ahiptesedaexistnciadediferenasestatisticamentesignificativasnaqualidadede vida entre os idosos cujas instituies promovem a autonomia do utente e os idosos que seencontrameminstituiesquenoopromovemfoiavaliadapelotesteno paramtrico de U Mann-Whitney. Os idosos cujas instituies promovem a autonomia do utente apresentaram valores do ndicedeQVIligeiramentesuperioresaosapresentadospelosrestantesidososmasas diferenasobservadasnoforamestatisticamentesignificativas(Z=-1,416;p=0,161) (Quadro 37). 87 Quadro 37 Teste de U Mann-Whitney da escala do ndice QVI em funo da promoo da autonomia do utente Prom. Auton. NMdiaDP Mdia ordens ZP Sim12323,406,50466,61 -1,4160,161ns No720,005,22845,93 ns p>0,05 Afigura13ilustraadistribuiodaescaladondicedaqualidadedevidadosidosos institucionalizados nos dois grupos. Figura 13 - Diagrama de extremos e quartis da escala do ndice da qualidade de vida dos idosos institucionalizados pela promoo da autonomia do utente Estes resultados levam-nos a rejeitar a hiptese formulada.

88 Quadro 38 Resultado das Hipteses de investigao (suportada/ no suportada) Hiptesep-valueResultado H1:Existe diferena significativa na Qualidade de Vida do idoso institucionalizado em funo do gnero 0,002**Suportada H2:Existe diferena significativa na Qualidade de Vida do idoso institucionalizado em funo do grupo etrio 0,826ns No Suportada H3:Existe diferena significativa na Qualidade de Vida do idoso institucionalizado em funo do estado civil 0,695ns No Suportada H4:Existe diferena significativa na Qualidade de Vida do idoso institucionalizado em funo do nvel de instruo 0,229ns No Suportada H5:Existe diferena significativa na Qualidade de Vida do idoso institucionalizado em funo da existncia de dor 0,014*Suportada H6:Existe associao significativa entre o ndice de Katz e o ndice de qualidade de vida do idoso institucionalizado 0,001***Suportada H7:Nos lares onde existem ambientes adaptados, o ndice de Qualidade de Vida do idoso institucionalizado maior 0,290 ns No Suportada H8:Nos lares onde os gestores fiscalizam os servios prestados, o ndice de Qualidade de Vida do idoso institucionalizado maior 0,509 ns No Suportada H9:Nos lares que adotam medidas para preveno de quedas, o ndice de Qualidade de Vida do idoso institucionalizado maior 0,393 ns No Suportada H10:Nos lares em que promovida a autonomia do utente, o ndice de Qualidade de Vida do idoso institucionalizado maior 0,161 ns No Suportada *** p < 0,001; * 0,010 < p 0,050; ns p>0,05 89 V- Discusses dos Resultados Quanto a caracterizao das Instituies Refira-se que de uma forma geral as instituies tm o mesmo sistema de admisso de idosos,possuindoregulamentointernoprprios,comregrasdefuncionamentodolar.Oacessoaadmissonainstituiovedadaapenasaidososcomdoenasinfecto-contagiosas e acomparticipao do utente e/ ouEstado varia dos 696a1200 euros. aindadesalientarquetodasasinstituiesimplementamosistemadeturnosdosseus profissionais.Podemos observar que a imensa maioria dos lares no tem carro de pronto atendimento para reverter uma parada cardaca ou o equivalente em equipamentos e medicamentos o queapossibilidadedeummalestarsbitoumapossibilidaderealparatodosns, sendomaisprovvelaindaparautentesemcasasderepouso,tendoaidadeavanada como um agravante.Ocontributodoinvestigadorcientfico,dopontodevistaderelevnciasocialestem evidenciarechamaratenoparasituaesqueseapresentamcomoinaceitveise mesmo perigosas para todos que busquem e pagam direta ou indiretamente por servios que por sua essncia e relevncia social deveriam ter respeito e ateno sua clientela.A satisfao do usurio pelo menos deveria ser uma preocupao constante de todaequalquerempresa.Semasatisfaodaclientelaparaaqualsecomprometea prestarumservioesperadoqueaempresafecheasportas,postoqueningumem bomsensopagarporumservioquestrazaborrecimentoou,piorainda,danos.Se isso bem verdade parabens e servios o que dizer ento quando se lida com pessoas idosasqueporvezesnorespondemporsimesmo.Nestecontextoconstatamosque apenasumadasinstituiespossuiinstrumentosparamedirasatisfaodosutentese funcionriose,mesmoassim,trata-sedeumlivrodenominadoLivrodosUtentes ondesepodedaropiniesrelativosaosserviosprestados.Paracompletareapoiar 90 nossasconsideraes,bastaacrescentarqueapenasumadasinstituiespesquisadas dava formao continuada aos seus funcionrios. A infeco hospitalar se afigura como um problema de sade pblica mesmo em pases einstituiesderelevanteconceitonareadeprestaodeserviosdesade.Para tanto, por lei,em muitos pases, deve-se haver uma Comisso de Controle deInfeco Hospitalarconstitudaporprofissionaisquesoespecialmentecapacitadosetreinados, tendoaindaautonomiaparainterviremtodoequalquerprocessodetrabalhoqueno estejamemconsonnciacomasnormasdecontroledainfecohospitalar.Poisbem, detectamosemnossasinquiriesqueapenasquatroinstituiespossuemalgum mecanismodecontrolenessarea.Constatamosumadeficinciamuitoimportantena contratao dos seguintes profissionais: assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas da fala e psiclogos. Existncia de ambientes adaptados Os idosos cujas instituies tm os seus ambientes adaptadosapresentaram valores do ndicedeQVIligeiramentesuperioresaosapresentadospelosrestantesidososmasas diferenas observadas no foram estatisticamente significativas. ComexceodosLaresdoDafundoedoLarVilaMendesquequandoquestionados sobre qual ou quais os aspectos que no cumprem as normas referiram no possurem elevadores ou cadeira elevatria de acesso ao piso superior (Quadro 9). Nesteaspectodeve-sesalientarqueemconformidadecomondicedaKatzosidosos com limitaes motoras so prejudicados e mesmo no correspondidos no seu direito de locomoo com segurana. Existncia de fiscalizao dos servios por parte dos gestores Osidososnasinstituiescujosserviosprestadossofiscalizadospelosgestores apresentaramvaloresdondicedeQVIligeiramentesuperioresaosapresentadospelos restantes idosos mas as diferenas observadas no foram significativas. Quandoquestionadososgestoresacercaseestesfiscalizamosserviosdesade prestados,oscuidadosdehigiene,administraodemedicao,seguranaalimentar, remoo correta de resduos, realizao de atividades e segurana.No entanto, o Lar do Dafundo, o Lar Vila Mendes e a Casa de Repouso Santo Amaro de Oeiras e Padre Cruz referiram no o fazer. 91 EmconformidadecomondicedeKatz,oslaresacimarelacionadosnoatendems atividades bsicas de vida diria (ABVDs) que incluem as relacionadas ao autocuidado como alimentar-se, banhar-se, vestir-se, arrumar-se. Este fato constatado e manifestado, dopontodevistadeprocessosdetrabalhoegestoemserviosdesadeafigura-se comomuitograve,poispeemchequeanaturezadaprpriainstituio,ouseja,sua funo precpua que prestar cuidados com qualidades a idosos com limitaes fsicas e cognitivas. Acresa-se que no cumprem as normas especficas do decreto-lei n 133/97, art.46.Acontinuaradescumpriroreferidodecreto,implicaleninciaecomplacncia do poder pblico. Em caso de danos e mesmo o falecimento de utentes este poder ser acionadojuridicamenteporomissoedescumprimentodasleisporeleprprio institudo. Adoo de medidas para preveno de quedas Osidososcujainstituionoadotoumedidasparaprevenodequedaspertencem todos mesma instituio (Casa Residencial Snior So Pedro) e apresentaram valores do ndice de QVI ligeiramente superiores aos apresentados pelos restantes idosos mas as diferenas observadas no foram estatisticamente significativas. Apenasparaconfiguraroquograveseapresentaestasituao,temosaCasa ResidencialSniorSoPedroquesequeradotamedidasbsicasparaaprevenode quedas. Na lida diria com idosos fragilizadas as quedas so uma das principais causas de bitos. Promoo da autonomia do utente Os idosos cujas instituies promovem a autonomia do utente apresentaram valores do ndicedeQVIligeiramentesuperioresaosapresentadospelosrestantesidososmasas diferenas observadas no foram estatisticamente significativas . SegundoMTSS,(2009)AsAtividadesdaVidaDiria(AVD)easAtividades InstrumentaisdaVidaDiria(AIVD)estorelacionadascomacapacidadede autonomiadoindivduo,nosaonveldosauto-cuidados,comotambmna participao na sociedade enquanto cidado de plenos direitos.Dentre as muitas funes de um lar que se dispe a abrigar idosos em condies de risco dadofragilidadeinerenteprpriaidade,estempromoverasade,preveniro agravamentodeenfermidadespr-existentese,nomenosimportante,promovera autonomia do utente atravs de orientaes e adaptaes especializadas. Isso se afigura 92 comobsico.Noentanto,emnossasinvestigaes-papelprecpuodopesquisador imparcial percebeu-se que h instituies que no o faz. Quanto a caracterizao das Pessoas Idosas Institucionalizadas As taxas de mortalidade variam no decorrer do tempo influenciado pela estrutura etria da populao, dentre outros fatores como surgimento ou desaparecimento de epidemias. Nos pases desenvolvidos da Europa e Amricas a reduo nas taxas de mortalidade em jovens tem sido particularmente dramtica. No outro extremo da vida esse fenmeno se apresenta como o aumento espetacular na longevidade, ou seja, nunca se viveu tanto. Osdeterminantessociaisemsadesoascondiesemqueaspessoasviveme trabalham.EmPortugal,naEuropacomoumtodaaspessoastemacessoacuidados mdicosadequados.Tambmtemsidomelhoradoascondiesnonvel socioeconmico,condiesdemoradiaeoutrascondiesprpriasdavidamodernaa fimdequeobemestarsejaalcanado.Nessecenrioasmulheresseapresentammais longevas que os homens.Vivemos em mundo em rpida mudana onde a velocidade da informao a regra. As pessoasnotemtempoaperder,muitostrabalhammaisdedoisexpedientes.As ocupaesdoprofissionaisedolartomamquasetodooperododamanhedatarde, restandoanoiteparaodescanso,ocontatocomafamlia.Nesseambientede velocidade, ocupaes e preocupaes constantes os idosos comumente reclamam da falta de ateno dos parentes. Mesmo em casa no tem tempo ou mesmo pacincia para escutaroidoso.Essepadroserepetenocomportamentodosnetos.Estconfigurada nessecenrioasolido,adesatenoeporvezesodescuidoparacomosavs,pais, mes que chegaram ao limiar da idade.Analisandoapopulaoemestudo,verificou-senahiptese(H1)umaevidnciado nmero de elementos do gnero feminino com 81,5%, e do gnero masculino 18,5% do totaldaamostra,estefatodecorredeumamaiorlongevidadedosexofemininoe, segundoestimativasreferentesaINE(2005),aesperanadevidanascenadas mulhereserade81,40anosenquantoquenoshomenserade74,90anos,sendoa esperana de vida aos 65 anos de mais 19,50 e 16,20 anos, respectivamente. Segundo a DireoGeraldeSade(2008)estima-sequeemPortugalde2010a2050,haverum 93 aumento progressivo nos ndices de envelhecimento e dependncia em ambos os sexos e faixasetrias,comndicesdeenvelhecimentonasmulheres,chegandoem2050a 276,4% enquanto nos homens 211,1% e de dependncia 64,4 % e 51,2%. Neste estudo pode-se observar que os idosos do gnero masculino apresentaram valores do ndice de QVI superiores aos apresentados do gnero feminino e as diferenas observadasforam estatisticamente significativas (p= 0,012). Quanto ao Grupo etrio (H2), no total da amostra investigado foi representativo, a faixa etriaentre86aos90anoscom32,3%.Tendoemcontaqueosidosospodemser subdivididos, segundo INE (2008) considerado o fator idade, Idoso Jovem- 65 a 74 anos deidade;Idoso-75a84anos;Idoso-Idoso-85a99anos;Idosovelho-acimados100 anosemmais.OutrosestudosdeMartins(2006);BorneBoechat(2006)apresentam resultadossemelhantes;noprimeiroaspessoasidosasinstitucionalizadascomidade superiora75anosrepresentam65,9%;nosegundoestafaixaetriaatingeosquatro quintosdapopulaoidosa.Entendendoaidadecomooprocessoevolutivoda existnciadosseresvivos,seriadeseesperaramedidaqueaidadeaumente,as complicaescrnicastenderiamasermaisgraveseinfluencianegativamentena qualidade de vida. Quanto ao estado civil (H3), as pessoas idosas com o estado civil vivo so claramente asmaisrepresentadas,atingindoos73,8%dototaldaamostra.Esteestudoestem consonnciacompereira(2006),quandoreferequeoestadocivilnoinfluenciana qualidade de vida dos idosos. Ao contrrio do estudo de Martins (2004) cit. por Almeida (2008) que corroboram a ideia de que a morte do conjugue ou do parceiro pode alterar significativamenteavidadoidoso(Mazo,Lopes&Benedetti,2001).Aviuvezea solidoaelaassociada,constituiparaalgunsautorescomoumadascausasprovveis paraainstitucionalizao(Pal,2005).Apesardosresultadosnohouvediferenas significativas na QVI. NaFormao(H4)onvelmximodeescolaridade,observa-sequeamaioriapossui baixonveldeescolaridade(62,3%)daamostrapossuemhabilitaesliterriasdo primeirociclo.Davim;Torres;DantaseLima(2004)igualmenteencontraram,emseu estudorealizadoemtrsinstituiesasilaresnacidadedeNatal(RN),baixonvelde 94 escolaridade, visto que 46% dos idosos pesquisados no eram alfabetizados, e o restante tinhaapenasoprimeirograucompleto.Almdisso,onveldeinstruodos participantes mostra que, no passado, estudar era privilgio para poucos. As exigncias das tarefas de casa e da roa exigiam tambm a presena da mo-de-obra dos filhos de qualqueridade,principalmentedasmulheres,oquetambmcontribuaparaqueelas no estudassem. No houve diferenas significativas encontradas na QVI. Ideia e Motivo para a institucionalizao Ainternaodoidosoemumainstituiodelongapermannciapodeseapresentar comonicasadaparaafamlia,frentenodisponibilidadedosuportefamiliar, financeiro e psicolgico que o mesmo necessita. (Davim, et.al, 2004). Aoaferirdequempartiuaideiadainstitucionalizaodoidosoconcluiu-seter,na maiorparte,aideiaterpartidodosfilhos(43,8%)apesarde22,3%dosidososterem indicadoteremsidoelesprpriosaterainiciativa.Aocontrriodosresultados encontradosemumestudodeAlmeida(2008)revelamqueainiciativaparaa institucionalizao partiu das pessoas idosas (46,2%) seguindo-sea iniciativa por parte dosfilhos,com30,1.Fernandes(2000),refereaindaqueamaiorpercentagemdos idosos alega ter sido por sua prpria vontade que recorreu institucionalizao (29,49% e 38,49% respectivamente, para o sexo masculino e feminino). Quantoaomotivoasadefoiomaisreferidoparaainstitucionalizaodoidoso atingindoos53,1%dadistribuiocomoisolamento/solidoasertambmbastante referidocom46,9%.Estesresultadosnoforamosmesmosaolongodasvrias instituies. Visitas familiares e amigos Verificou-se que 93,8% dos idosos destes lares recebem visitas, correspondendo 77,0% destas visitas apenas de familiares e 18% de amigos. Com a institucionalizao existir sempreumafastamento,entreapessoaidosa,asuafamliaeamigos,pormdeseja-se que o ambiente institucional seja o mais adequado possvel, para favorecer o bem estar e a privacidade ao idoso residente na instituio. 95 Relacionamento Interpessoal na Instituio Consiste em tentar perceber de que forma os idosos do nosso estudo se relacionam com afamlia,comosseusparesecomosfuncionriosdasinstituies.Pelaanlise constata-se que a maior parte dos idosos tem uma relao muito satisfatria (55,4%) ou satisfatria(29,2%)comosseusfamiliares.Relatammanterumarelaosatisfatria (50,8%)emesmomuitosatisfatria(20,0%)comosrestantesidosos,eamaiorparte indicouterumarelaosatisfatria(48,5%),muitosatisfatria(35,4%)ourazovel (16,2%)comosfuncionriosdasinstituiespesquisadas.Preponderantemente,as relaes sociais e o ambiente da instituio so percebidos maispositivamentepelosparticipantesdapesquisa.ConformeDavimet.al(2004),o cotidianocomossemelhantesquepossuemexperinciasdamesmapoca,departilhar essas experincias e os vnculos afetivos, mescla-os com os novos amigos, tornando-se aimagemtofortequeosidososverbalizamaexpressopegaramizade.Oamigo institucionalizadotornaodia-a-diadoidosomaisinteressante,preenchendosuavida cotidianaeconferindoaoambienteinstitucionalumaconotaomaisprximado ambiente familiar. O comportamento de isolamento social acarreta uma srie de repercusses na sade do idoso.Incentivarofortalecimentodasrelaesdeamizadesurgecomoumagrande estratgiadosprofissionaisdesadeparaincrementarolocalnoqualoidosovive, promovendosadeelhefazendoexperimentaroprazerdosvnculosnoseuviver. Nesse sentido, necessrio criar contextos sociais para aumentar a qualidade de vida do idoso atravs do fortalecimento das redes sociais significativas, buscando, dessa forma, gerar condies para que o idoso possa se ver como co-construtor das mudanas em sua vida (Tavares, 2009). Problemas de sade e Existncia de dor

Osidosospesquisadosquereferemterproblemadesade91,5%respondem afirmativamente,tendoapenas8,5%indicadonoteremqualquerproblema.Dentreos problemas de sade referidos salienta-se as doenas e perturbaes do sistema msculo-esquelticoetecidoconjuntivo,doenascardiovasculares,doenaseperturbaesdo sistema hepatobiliar e pncreas e doenas neurolgicas. J os idososque sentem ou no algumtipodedor,Constatou-seque63,1%dosidososresponderamafirmativamente. Podemos constatar que estas patologias so apontadas por vrios autores como sendo as 96 maisfrequentesnestafaixaetria(Born&Boechat,2006).Acrescente-seaindaque, estas patologias crnicas, habitualmente, cursam com a presena de dor.A grande maioria dos idosos institucionalizados so portadores de doenas crnicas ou deficincias,sendoestesfortementeassociadoscomaperdadacapacidadefuncional, fatordelimitaoparaodesempenhonassuasatividadesdirias(Rosa,2003). Comprometendo significativamente a qualidade de vida do idoso institucionalizado. Atividades dirias ao longo do dia A atividade mais referida a fisioterapia (72,7%), no entanto existem outras atividades referidaspelosidososcomoocasodevisualizaodeteleviso,ler,frequentaremo coro e jogar domin. A atividade fsica e ldica fundamental nesta etapa de vida dos idosos,poisapreservaodacapacidadeparadesempenharasatividadesbsicasde vidadiriasopontosbsicosparaprolongaromaiortempopossvelaindependncia destes idosos institucionalizados. Quanto ao ndice de Qualidade de Vida do Idoso (IQVI) Ondicedequalidadedevida(QVI)avaliasetecomponentes(Isolamento/ Comunicao; Mobilidade; Atividades da vida diria; Atividade ocupacional; Atividade ldica; Relao familiar e Recursos econmicos.A distribuio das pessoas idosas institucionalizadas pelas dimenses da escala da QVI, revela-nos que diz respeito componente Isolamento/Comunicao, e tendo em conta a totalidade da amostra, todos os idosos revelaram efetuar algum tipo de comunicao. O grupomaisalargadofoiodosidososqueapresentamcomunicaocentradana envolvente habitacional (instituio) com 61,5%.Quanto a mobilidade- Os idosos da totalidade da amostra necessitam, na sua maior parte (54,6%), de recorrer a ajudas tcnicas para se deslocarem. Quando inquiridos acerca das atividades da vida diria, 40,8% dos idosos referiram realizar atividades mas com ajuda deoutros,38,5%.Relativamenteatividadeocupacionalosgrupospredominantes tendo em conta a totalidade da amostra so os grupos dos idosos que dizem manter uma atividadeocupacionalremunerada(43,8%)eosquedizemnoterqualqueratividade destandole(30,0%).Aotentaraferirseosidososdaamostradesenvolvemouno algum tipo de atividade ldica constata-se que a grande maioria refere faz-lo (80,8%). Noquedizrespeitorelaofamiliarqueosidososmantmcomassuasfamliase 97 participaodestesconstata-sequeexisteparticipaoepredominaparaosidososda totalidadedaamostracom87,7%.Osrecursoseconmicossoapontadoscomo suficientes para as necessidades bsicas para a maioria dos idosos (51,5%), tendo 43,8% referido serem estes recursos insuficientes. Verifica-senesteestudoque56,2%dosidososdototaldaamostraseencontram integradosnogruposemqualidadedevida,apenas43,8%sesituamnogrupocom qualidade de vida. Quando comparado o ndice de qualidade de vida em funo do sexo, verificamos que as pessoas idosas do sexo masculino so as que referem,incluir-se no grupocomqualidadedevida(p=0,012),oqueestemdesacordocomMartins(2004) citado por Almeida, (2008), que encontrou (65,2% vs 47,1%) onde conclui que foram as pessoasidosasdosexofemininoquemaioritariamenteapresentaramumavidacom melhor qualidade. Portanto o IQVI varia em funo do sexo. Quanto a Avaliao das atividades de vida dirias ndice de Katz Ondicedasatividadesdevidadirias(AVDs)foiavaliadoporumaadaptaodo ndicedeKatzmodificado,comquatrocomponentes(banho;vestir-se;utilizaodo WC;mobilidade).Aoavaliarmosograudedependncia/independnciadosidosos atravs do ndice de Katz, constatamos que a maioria da nossa amostra no que diz respeito a tomar banho(comesponjaemducheoubanheira)67,7%dosidososnecessitadeajudapara lavar-seemmaisdeumapartedocorpo,necessitadeajudaparasairouentrarna banheiraounoselavasozinhopeloqueconsideradodependentenestaatividade. Existeumamenorpercentagemdeidosos(40,8%)queindependenteavestir-se(vai buscararoupadearmriosegavetas,vestearoupa,colocaadornoseabrigos;utiliza auxiliaresmecnicos).Amaiorpartedosidosos(59,2%)nosevestesouveste-se parcialmente.RelativamenteutilizaodoW.C.,53,8%vaiaoW.C.,entrandoe saindo sozinho do mesmo, consegue limpar os rgos excretores e compe a sua roupa (independente). J 46,2% usa bacio ou urinol ou precisa de ajuda para utilizar o W.C.Amobilidade,capacidadededeslocamentodoindivduopeloambiente,um componentedafunofsicaextremamenteimportante;constituindoumpr-requisito para a execuo das atividades de vida diria (AVDs) e a manuteno da independncia (Pereira, 2006). A maior parte dos idosos (53,1%) precisa de ajuda para utilizar a cama e/ou a cadeira (dependente) e apenas 46,9% entra e sai da cama, senta-se ou levanta-se 98 dacadeira,deformaindependente.Depreende-seque48,4%dosidososintegramo grupo dos que tm uma dependncia importante, seguindo-se o grupo dos independentes com31,5%,sendoogrupodosquetmumadependnciaparcialde20,0%.Diferente dosresultadospornsencontrados,Martins(2004)cit.porAlmeida(2008),verificou emseuestudoque66,8%daspessoasidosassoindependentes,24,9%apresentam dependncia parcial e 8,3% dependncia importante. AocorrelacionarmosondicedeKatzcomaqualidadedevidadosidosos institucionalizados,obtivemos,nesteestudoumacorrelaopositiva,ondea autonomia/dependncia significativa na amostra estudada. 99 VI. CONCLUSES/SUGESTES Mediante os resultados obtidos na caracterizao geral do nosso estudo, conclui-se que dos130idososinstitucionalizadosresidentes,avaliadosnoconcelhodeOeiras,a qualidade de vida obteve diferenas significativas, variando em relao ao gnero, onde as pessoas do gnero feminino prevaleceram sobre o gnero masculino, a existncia de dor e houve uma correlao positiva entre o ndice de Katz e a QVI. Emrelaoaosrequisitosabordadosnoquestionriodeinvestigaonoforam encontradosdiferenassignificativasnoestadocivil,graudeinstruo,grupoetrio, ambientesadaptados,fiscalizaodosserviosprestados,promoodeautonomiae preveno de quedas. Osresultadosencontradosnesteestudoapontamparaanecessidadedamelhoriano contexto institucional, j que o resultado da QVI do total da amostra foi de 56,2 % no apresentam uma qualidade de vida considerada satisfatria.A investigao feita evidencia de modo indubitvel a pouca efetividade da prestao de serviosporpartedoslaresparaidosos,sendoquecabeaopoderpblicoalmde fiscalizarestasinstituies,desenvolverpolticaspblicascomfoconamelhoriada qualidadedevidadosseuscidados,sobretudoaquelesqueprestaramumavidade servio laboriosa sociedade e ao pas. Limitaes ao estudoOestudoapresentoudiversaslimitaesquenecessitamserexpostas:emrelaoao tamanhodaamostra,deve-sesalientarquedos42laresexistentesnoConcelhode Oeirasapenassete(07)instituiesresponderamfavoravelmentesnossasinsistentes solicitaes para que abrissem seu espao para a pesquisa. A dificuldade de realizar estudos cientficos emInstituio de longa permanncia para idosos(ILPIs)jfoireferenciadoporoutrosinvestigadores,levandoacrerqueo excessodeburocraciaexistentepodeserdevidoatentativadeevitarexposiodo utente,faltadedisponibilidadeporpartedosgestoresouevitartornar-sepblico situaes internas. 100 Outra dificuldade encontrada a destacar aos critrios de excluso da amostra, deve-se ao fatoparticularscaractersticasdapopulaoinstitucionalizadaterdiagnsticode doenaspsiquitricaseneurolgicascrnicas,comperdadacapacidadecognitiva, impedindo-os em dar respostas aos inquritos. Deacordocomasconclusesobtidas,asdificuldadesencontradasaolongoda realizao deste trabalho e tendo como base os resultados encontrados, sugere-se pontos parafuturainvestigao,asquaisnopuderamseraprofundados,taiscomo:ampliara amostra,realizaodoestudoapartirdaentradanainstituio,fazerumestudo comparativocomgruposdeidososinstitucionalizadosdeoutropas,paraconhecero mbito institucional e a qualidade de vida destes utentes. Uma melhor gesto de cuidados, com medidas preventivas e educativas, estimulando a cognio, atravs de palestras, cuidados e incentivo prtica de atividades fsicas, com animadores sociais para que os utentes fiquem o quanto possvel ativos. Do ponto de vista da gesto em servios pblicos, em especfico a prestao de servios a idosos institucionalizados, fica evidente que os gestores precisam ser alertados para a realidadegeritricanopas,postoqueodesconhecimentodestarealidadeleva omisso ou falta de polticas pblicas para esta populao especfica. 101 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS Almeida,A.J.S.(2008).Apessoaidosainstitucionalizadaemlares:Aspectose contextodaqualidadedevida.DissertaodeMestrado,InstitutodeCincias Biomdicas de Abel Salazar, Porto.Baraano,A.M.(2004).Mtodosetcnicasdeinvestigaoemgesto:Manualde apoio realizao de trabalhos de investigao. Lisboa: Edies Slabo. Berger, L. (1995). Aspectos biolgicos do envelhecimento. In L. Berger, & D. Mailloux-Poirier,PessoasIdosas:Umaabordagemglobal.Processodeenfermagempor necessidades (Cap. 9, pp. 123-155). Lisboa: Lusodidacta. Born,T.,&Boechat,N.S.(2006).Aqualidadedoscuidadosaoidoso institucionalizado. In E. V. Freitas, L. Py, F. A. X. Canado, J. Doll, & M. L. 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FORMULRIO BIO-RELACIONAL DO IDOSO 1-Sexo (M) (F) 2-Idade ______ 3-Estado civil Solteiro(a)(1)Vivo(a) (4) Casado(a) (2)Outro(5) Qual ?______________________ Divorciado(a) (3) 4 -Nvel de instruo 1 ciclo(1) 2ciclo(2) 3ciclo(3) Ensino secundrio(4) Licenciatura(5) Mestrado(6) Doutoramento(7) 5 - De quem partiu a ideia para a institucionalizao no lar ? Filhos (1)Prpria pessoa(2)Assistente Social (3) Familiares(4)Cnjuge(5) 5.1Qualfoiomotivoparaainstitucionalizao ?___________________________________________ 6 - Costuma receber visitas ? Sim(1) No (2) 6.1 - Se sim, de quem? Familiares (1) Familiares e amigos (2) Amigos (3) 111 6.2 - Com que frequncia ? Ocasionalmente(1) Mensalmente(2) Semanalmente(3) Diariamente(4) 7 - Como classificaria a relao com a sua famlia ? Muito satisfatria (1) Satisfatria (2) Razovel(3) No satisfatria(4) 7.1 - Como classificaria a sua relao com os restantes idosos do lar ? Muito satisfatria (1) Satisfatria (2) Razovel(3) No satisfatria(4) 7.2 - Como classificaria a sua relao com os funcionrios do lar ? Muito satisfatria (1) Satisfatria (2) Razovel(3) No satisfatria(4) 8 - Sofre de algum problema de sade ?Sim(1)No (2) 8.1-Serespondeuafirmativamente,qualou quais?__________________________________________ 8.2 - Tem algumador?Sim (1)No(2) 9 - Que atividades faz habitualmente ao longo do dia? 112 ANEXO 2. GRELHA DE AVALIAO DO NDICE DE QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO (PARA CLCULO DO NDICE QVI) 113 ANEXO 3. NDICE MODIFICADO DE KATZ Avaliao da Atividade de Vida Diria 1 Banho (com esponja em duche ou banheira) Independente: necessita de ajuda para lavar-se em uma s parte do corpo (como as costas ou uma extremidade incapacitada) ou toma banho completamente sem ajuda(1) Dependente:necessitadeajudaparalavar-seemmaisdeumapartedocorpo; necessitadeajudaparasairouentrarnabanheiraounoselava sozinho.(0) 2 Vestir-se Independente:vaibuscararoupadearmriosegavetas,vestearoupa,coloca adornoseabrigos;utilizaauxiliaresmecnicos;exclui-seoapertardos sapatos(1) Dependente: no se veste s ou veste-se parcialmente.(0) 3 Utilizao do W.C. Independente:vaiaoW.C.,entrandoesaindosozinhodomesmo;Limpaos rgosexcretores(podeusarounosuportesmecnicos);compemasua roupa(1) Dependente:usabacioouurinolouprecisadeajudaparautilizaro W.C(0) 4 Mobilidade Independente:entraesaidacama,senta-seoulevanta-sedacadeira,deforma independente (pode usar ou no suportes mecnicos).(1) Dependente: precisa de ajuda para utilizar a cama e/ou a cadeira; no utiliza uma ou mais destas deslocaes (0) 114 ANEXO 4. QUESTIONRIO SOBRE A GESTO DO LAR 1- O Lar possui todos os ambientes adaptados conforme normas do decreto- Lei 133/97 art.46 ? 1- ( )Sim 2- ( ) no Se no, em qual ou quais aspectos que no cumpre as normas 2-Osserviosdesadeprestados,oscuidadosdehigiene,administraodemedicao,segurana alimentar,remoocorretaderesduos,realizaodeatividadeseseguranasofiscalizadospelos gestores? 1- ( )Sim 2- ( ) no Se no, qual ou quais actividades que no so fiscalizadas 3- H medidas adotadas para preveno de quedas? 1-( )Sim 2- ( ) no Se sim, que medidas que so adotadas 4-O lar promove a autonomia do individuo, atravs de orientaes e adaptaes especializadas? 1-( )Sim 2- ( ) no Se sim, que orientaes e adaptaes so/foram introduzidas 5-Comosedoatendimentodosutentes,emcasodeemergncia,Hcarrodeparadacardacaouo equivalente em equipamentos e medicamentos, alm de monitorizao cardiovascular e respiratria? 1-( ) Sim2-( ) no Se no, qual outro procedimento utilizado nestes casos 6-Existe algum instrumento usado na instituio para medir a satisfao dos utentes e funcionrios? 1-( )Sim 2-( ) no Em caso afirmativo, qual? E como?

7-Existe o controlo de infeces ? e quais medidas preventivas so realizadas? 1-Sim ( ) 2-No( ) 8-H cursos de capacitao de gestores ou outros profissionais na instituio? 1-Sim( ) 2-No( ) 9-Quantosmdicos,enfermeiros,auxiliares,assistentesocial,fisioterapeutas,terapeutasdafala, psiclogos possui nos turnos manh, tarde e noite? 10-Como feita a admisso do utente e quais os critrios utilizados neste processo? 11-Qualocustoparaainstituiocomosidososecomosedacomparticipaodoutentee/ouestado para permanncia destes no lar? 115 ANEXO 5. PEDIDO DE AUTORIZAO AOS LARES DE TERCEIRA IDADE 116 117 118 119 120 121