CUIDADOS COM A PELE EM PESSOAS COM ANEMIA FALCIFORME

Rose Ana Rios David

Universidade Federal da Bahia Escola de Enfermagem

30 setembro 2011

I SEMINÁRIO PAULISTA DE ENFERMAGEM EM DERMATOLOGIA

ANEMIA FALCIFORME

INCIDÊNCIA DE NASCIDOS VIVOS DIAGNOSTICADOS COM DOENÇA FALCIFORME

• ESTADOS / INCIDÊNCIA

• Bahia 1:650 • Rio de Janeiro 1:1.200 • Pernambuco Maranhão, Minas Gerais e Goiás 1:1.400 • Espírito Santo 1:1.800 • Acre 1:3.480 • Mato Grosso do Sul 1:8.360 • Santa Catarina e Paraná 1:13.500

• Fonte: PNTN/Ministério da Saúde, Programas Estaduais de Triagem Neonatal/Serviços de Referência em Triagem Neonatal credenciados.

MANIFESTAÇÕES CLINICAS

• “Relacionam-se a dois fenômenos principais:

• oclusão vascular pelos glóbulos vermelhos seguida de infarto nos diversos tecidos e órgãos,

• hemólise crônica e seus mecanismos compensadores”

• Braga, J Medidas gerais no tratamento das doenças falciformes Ver Bras

Hematologia 2007

PREVALÊNCIA

Indivíduos de origem africanos e afrodescendentes;

• Na África Equatorial 40% da população é portadora; • É a doença hereditária mais prevalente no Brasil; • É mais freqüente nas regiões sudeste e nordeste - Bahia; • Não apresenta relação com o sexo; • Atinge, em média, um a cada cinco mil recém-nascidos.

• Fonte: PNTN/Ministério da Saúde, Programas Estaduais de Triagem Neonatal/Serviços de Referência em Triagem Neonatal credenciados.

MANIFESTAÇÕES DERMATOLOGICAS

Dactilite #

Ictericia

Palidez

Ulcera

DACTILITE • Crianças de 6 meses

a 2 anos de idade. Sindrome mão pé

• Manifestações agudas:

Algia intensa Edema (sem eritema)

• Localização: dorso das mãos e

pés

TRATAMENTO DA DACTILITE Antiinflamatórios

Analgésicos Aplicação calor

Hidratação

# Lactente: Algia Hemograma – esfregaço sangue

periférico – drepanócitos Eletroforese de hemoglobina - HbS

ICTERICIA HEMOLITICA

Destruição excessiva das hemácias

Caracterizada pelo excesso de bilirrubina no sangue > 2mg/100ml com deposição de pigmento biliar na pele e mucosas

PALIDEZ

Hemoglobina < 5 – 9 g/dl limitrofes

Falcização da hemácia - sequestração esplênica

Esplenomegalia e redução O2 circulante

TRATAMENTO

• PALIDEZ INTENSA

• CONDIÇÃO EMERGÊNCIA - ICC

• TTO HOSPITALAR

• TRANSFUSÃO SANGUINEA

• CONDUTAS CLINICAS e CIRURGICAS

• Doença falciforme:eventos agudos e sinais de alerta

www.saude.gov.br/ bvs

ULCERA FALCÊMICA

• Sexo masculino > 10 anos

• áreas com menor tecido

• subcutâneo e pele fina: região maleolar

• tibial anterior,

• área do tendão de Aquiles

ULCERA FALCÊMICA

ULCERA FALCÊMICA

PATOGÊNESE

• Vaso oclusão Redução do suprimento sanguineo

• Fatores da coagulação e fibrinólise - deficiência de antitrombina III depleção dos níveis de ON e a uma maior tendência à vasoconstrição

• Genética - HLA-B35, Cw4 #

• Insuficiência venosa #

• Paladino S Úlcera de membros inferiores na anemia falciforme Ver Brasileira de Hematologia 2007

ULCERA FALCÊMICA

• Costa FF. Anemia falciforme. In: Marco Antonio Zago,

Roberto Passeto Falcão, Ricardo Pasquini (editores). Hematologia: fundamentos e prática. Editora Atheneu, 2004. p.239

Vaso oculsão

Medidadores inflamatórios

Hipóxia pele

Ulcera

Redução do fluxo

sanguineo

Adesão hemacia e

reticulócito

Vulnerabilidade as Infecções

• Disfunção esplênica

• Hipóxia tecidual facilitando locais de foco de infecção.

• MO + frequentes :

• Staphylococcus aureus ;

• Pseudomonas aeruginosa;

• Streptococcus species;

• Bacteroides species

• Halabi-Tawil M, at all Sickle cell leg ulcers: a frequently disabling complication and a marker of severity. Br J Dermatol. Feb 2008;158(2):339-44. [Medline]

CUIDADOS COM A PELE DOS MMII

• PROTEÇÃO PELE – BARREIRA

• ALÉRGICOS

• HIDRATAÇÃO ORAL

• HIDRATAÇÃO PELE

• CONTROLE ANEMIA

• ELEVAÇÃO MMII E REPOUSO

CUIDADOS COM A PELE MMII

• USO DE CALÇADOS MACIOS

• USO DE REPELENTES PARA INSETOS

• HIGIENE E HIDRATAÇÃO DA PELE

• TRATAMENTO IMEDIATO DE PEQUEMOS TRAUMAS

• ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL – SUPLEMENTAÇÃO ZINCO, CONTROLE Hb, ANTIBIOTICOTERAPIA SIST

TRATAMENTO AMBULATORIAL

• Curativos e coberturas

• Controle do edema – Terapia compressiva

• Elevação dos MMII

• Controle e tratamento da infecção

• Correção da deficiência de nutrientes - sulfato de zinco

• OHB

• Implante de células-tronco - UFBA

CONCLUINDO.... • Educação dos familiares e do paciente sobre os principais

• aspectos da doenças

• Orientação sobre nutrição, hidratação, uso de roupas adequadas

• à temperatura, exercícios

• Orientação sobre a importância do acompanhamento regular

• Imunização adequada

• Orientação para manutenção da profilaxia e realização do

• esquema vacinal

• Ensinar a palpar o baço e medir a temperatura

• Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento

• Suplementação com ácido fólico

• Realização de exames periodicos para detectar precocemente

• alterações

• Aconselhamento genético e detecção de outros portadores na

• família

OBRIGADA!

ROSE ANA RIOS DAVID

EEUFBA – PROAFE – GPAH

SOBENDE

UHMS

rardavid@terra.com.br

Somos do tamanho dos nossos sonhos!