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ANAIS I SEMINARIO PAULISTA DE ENFERMAGEM EM DERMATOLOGIA I SPEED 30 de setembro e 01 outubro/2011

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ANAIS

I SEMINARIO PAULISTA DE

ENFERMAGEM EM DERMATOLOGIA

I SPEED

30 de setembro e 01 outubro/2011

TRABALHO 01

CONTRIBUIÇÃO DA ABORDAGEM DE ROY PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM A UMA ADOLESCENTE COM ICTIOSE: RELATO DE

EXPERIÊNCIA

Claudia Aparecida da Silva Funada; Cristiane Laurinda de Moura; Ana Flávia Bezerra, Stela Márcia Draib Gervásio

Introdução: As Ictioses fazem parte de um grupo de genodermatoses, caracterizada por uma serie de alterações no processo de

queratinização da pele. A Ictiose Arlequim é a forma mais severa e rara das genodermatoses, de herança recessiva autossômica

monogênica, com uma incidência de 1: 300.000 nascidos vivos, sendo que em 1990 estimavam-se 100 pessoas vivas no mundo

todo, com uma possível ancestralidade na Escandinávia. Em 2005 identificou-se o gene recessivo ABCA12 responsável por esta

Síndrome, que causa o endurecimento da camada queratinizada da pele formando placas que envolvem todo o corpo,

impossibilitando a pele de cumprir suas funções, favorecendo a perda de líquido e infecção. O avanço tecnológico possibilitou a

detecção desta genodermatose no período gestacional por ultrassonografia 3D, mapeamento genético através do DNA via fetoscopia

ou análise de líquido amniótico. O tratamento dermatológico específico visa à manutenção da permeabilidade da pele e de suas

funções essenciais. A utilização de retinóides, uma das bases do tratamento, ainda apresenta controvérsias, devido à toxicidade e

outros eventos adversos graves. O modelo de adaptação de Roy é um sistema no qual o individuo tem a capacidade de criar

mudanças para se adaptar ao ambiente, podendo ser validamente aplicado aos portadores de Ictiose Arlequim, uma vez que o

convívio social e a manutenção do tratamento são seus maiores desafios, devido às alterações visíveis em toda extensão corpórea. O

conhecimento da doença, o apoio da família, o convívio social e o tratamento continuam dermatológico e emocional, são

ferramentas importantes para a autoaceitação. Objetivo: Discorrer o relato de experiência de uma adolescente com Ictiose Arlequim

abordando as contribuições da Teoria de Roy para os cuidados de enfermagem. Método: Relato de experiência de uma adolescente

de 16 anos da Pensilvânia, EUA, realizado no período de Agosto de 2011, com aprovação do CEP sob protocolo 483/11. A coleta de

dados foi realizada através de endereço eletrônico, na qual foi encaminhado um questionário semi-estruturado contendo de 12

perguntas a adolescente em estudo. Fazem parte do critério de inclusão da pesquisa artigos de 1950 a 2011 por se tratar de uma

doença rara. As bases de dados consultadas foram Lilacs, Scielo, Medline, e PubMed. Utilizou-se os seguintes descritores: Ictiose

Arlequim, Adolescência e Teoria de Roy. Resultado: Após análise dos dados coletados demonstra à adolescente ter conhecimento

aprofundado da doença, mas o convívio social e a manutenção do tratamento são seus maiores desafios. Adapta-se ao processo

saúde doença, seguindo rigorosamente o tratamento diário proposto. Percebe-se que a estrutura familiar, o apoio da sociedade e o

autocuidado diferem na sobrevivência desta adolescente. Conclusão: Concluímos que o processo de adaptação aos portadores de

Ictiose Arlequim é possível a partir da Teoria de Roy. A manutenção rigorosa e continua do tratamento permite o aumento de

sobrevida destes pacientes. O autocuidado é fundamental em todas as etapas do processo saúde e doença. Faz-se necessário o

desenvolvimento de terapias medicamentosas menos agressivas ao organismo e a conscientização da sociedade a esses

portadores.

Referências

AKIYAMA, M. Harlequin ichthyosis and other autosomal recessive congenital ichthyoses: The underlying genetic defects and

pathomechanisms. Jornal of Dermatological Science, 2006 january; 42:83-9.

GEORGETTI, F.C.D.; EUGÊNIO, G.R.; VOLPE, H.T. Ictiose arlequim: relato de caso e revisão de literatura. Harlequin icthyosis: case report

and literature review. Rev Paul Pediatria 2006; 24(1): 90-3.

LAI- CHEONG, J. E.; MCGRATH, J. A. Avanços no entendimento da base genetic de doenças hereditárias monogênicas da barreira

epidérmica: novas pistas para os principais genes que podem estar envolvidos na patogênese da dermatite atópica. Advances in

understanding the genetic basis of inherited single gene skin barrier disorders: new clues to key genes that may be involved in the

pathogenesis of atopic dermatitis. An. Bras Dermatol. 2006; 81(6): 567- 71.

MELO, M.E.; LOPES, M.V.O.; FERNANDES, C.A.F.; LIMA, T.F.E.; BARBOSA, I.V. Teorias de Enfermagem: importância da correta aplicação

dos conceitos. Enfermeria Global. Rev Eletronica cuatrimestral de enfermeria.out 2009; 17: 1-9.

Graduanda de Enfermagem Claudia Aparecida da Silva Funada - [email protected]

Graduanda de Enfermagem Cristiane Laurinda de Moura

Profª. MsC Ana Flávia Bezerra

Coord. do Curso de Enfermagem da UNIP- Prof.ª Stela Márcia Draib Gervásio

TRABALHO 02

SPINAL CORD INJURY PRESSURE ULCER SCALE : UMA NOVA ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO PARA ÚLCERA POR

PRESSÃO

RITA DE CÁSSIA FERREIRA

Introdução: As úlceras por pressão(UPP) são freqüentes em pacientes com lesão medular, proporcionando sérias

complicações clínicas, psicológicas e sociais. A prevenção torna-se fundamental através da avaliação de seus fatores de

risco(CALIRI et al 2002). Atualmente existem inúmeras escalas de avaliações de risco para o desenvolvimento das UPP,

porém não especificamente para pacientes com lesão medular. SALZBERG et al(1996) desenvolveram uma escala

específica para essa clientela denominada de Spinal Cord Injury Ulcer Pressure Scale (SCIPUS). Objetivo: Esse estudo tem

como objetivo descrever a SCIPUS em suas propriedades, bem como sua aplicabilidade através da revisão de literatura.

Métodos: A metodologia utilizada foi a consulta as bases de dados Cochrane, LILACS, MEDILINE, SciELO e PUBMED de

artigos publicados desde a sua criação até o presente momento. Resultados: A SCIPUS foi desenvolvida a partir de um

estudo retrospectivo em um centro hospitalar para veteranos de guerra numa população total de 219 pacientes com

lesão medular(LME), tendo como critérios de inclusão: LME sem lesão de córtex cerebral. Tratamento e exames dentre os

anos de 1987 e 1993, limitações de mobilidade e etiologia neoplásica ou traumática com início de LME. Quinze fatores

de risco atingiram os quatro critérios de inclusão para a formação da SCIPUS: nível de atividade, grau de morbidade, LME

completa, incontinência urinária, disreflexia autonômica, idade avançada, doenças cardíaca-pulmonares ou renais, função

cognitiva diminuída, diabetes, tabagismo, internação hospitalar ou casa de repouso, hipoalbuminemia e anemia. Os

escores estavam classificados como: risco baixo 0-2; moderado: 3-5; alto: 6-8; muito alto 9-25. Nos resultados individuais

totais variam de 0 a 19, o valor mais alto foi de 25, o médio valor 7. Pacientes pertencentes ao grupo com UPP obtiveram

resultado médio significante maior do que o grupo de controle sem UPP. Comparada as escalas disponíveis usadas, os

primeiros resultados da SCIPUS representaram uma especificidade e sensibilidade melhor a esta clientela

específica(BYRNE et al, 1999). Os 15 fatores de risco da SCIPUS foram considerados como fortes indicadores aos

pacientes com LME para o desenvolvimento das UPP, intensificando assim sua prevenção

Como tratamento. Conclusões: A SCIPUS no momento está em projeto de tradução para a língua portuguesa,

adaptadação transcultural e validação pela autora citada acima.

Referências:

Byrne WD, Salzberg CA, Klabir R, Niewerburgh P, Clayten CG. Predicting Pressure Ulcers During Initial Hospitalization for Acute Cord

Injury. Wounds, 1999;11(2):45-7.

Caliri MHL, Nogueira PC, Santos CB. Fatores de risco e medidas para úlcera por pressão no lesado medular, experiência da equipe de

enfermagem do Hospital das Clinicas de FMRP-USP. Medicina, Ribeirão Preto,2002;35:14-23.

Salzberg CA, Byrne DW, Clayten CG, Klabir R, Niewerburgh P, Viehbeck M. A new Pressure Ulcer Assessment Scale for individual with

spinal Cord injury. Am J Phys Med Rehabil, 1996;75(2):96-104.

TRABALHO 03

A UTILIZAÇÃO DA MEMBRANA POLIMÉRICA ASSOCIADA À PRATA EM PACIENTE QUEIMADO – UM ESTUDO DE CASO

Juliana T. Ramos; Loretta Castellar de Andrade; Marília Cristina M. Gomes; Márcio Martins da Costa

Trata-se de um relato de experiência de enfermeiros. O estudo de caso refere-se ao tratamento de paciente portador de

queimadura de 2° grau superficial e profunda na face após exposição direta a chama associada ao querosene.

OBJETIVOS: Apresentar e discutir a luz do referencial bibliográfico a metodologia de trabalho dispensada a um paciente

em uso de membrana polimérica impregnada com prata no tratamento tópico para queimadura térmica na face; Analisar

os resultados obtidos com o tratamento supramencionado frente aos sentimentos relatados no momento da primeira

consulta de enfermagem. METODOLOGIA: estudo de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. A utilização desta

metodologia permitiu reconhecer o fenômeno, possibilitando refletir sobre o tema e a identificação dos resultados

esperados. Cabe dizer que durante a realização do estudo, foi solicitado ao paciente autorização para coleta dos dados e

registros fotográficos. RESULTADOS: Para a análise dos dados utilizamos os registros fotográficos, a observação após a

troca dos curativos e a opinião do paciente a cerca do tratamento e suas ansiedades. CONCLUSÃO: No tratamento de

afecções cutâneas é fundamental que a conduta seja baseada em uma tríade primordial, qual seja, na realização do

diagnóstico diferencial, nos critérios de elegibilidade do curativo e na relação de confiança do paciente com a equipe. A

utilização da membrana polimérica associada à prata nanocristalina proporcionou uma cicatrização esteticamente

aceitável, em um curto espaço de tempo e com conforto para o paciente.

1. Leão CEG. Queimaduras. In: Fonseca FP, Rocha PRS, editors. Cirurgia ambulatorial. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan; 1999. p.122-8.

2. SILVIA A.JORGE, SÔNIA REGINA P.E.DANTAS. Abordagem Multiprofissional do Tratamento de Feridas. São Paulo: Editora

Atheneu, 2008.

3. Site : Hospitalar.com.br ; Copyright© 2000-2011 HOSPITALAR. Nanotecnologia agiliza o tratamento de regeneração de

tecidos em queimados, 2006.

4. MARIANE, Urio. Bases para tratamento das queimaduras na fase aguda. In: BIROLINI, Dário;URIYAMA,Edivaldo;

STEINMAN, Eliana. Cirurgia de emergência. São Paulo: Atheneu, 1996.

TRABALHO 04

O CUIDADO À PESSOA PORTADORA DE FERIDA CRÔNICA: REFLEXÕES ACERCA DA DIMENSÃO PSICOSSOCIAL

Maria Vigoneti Araujo Lima Armelin¹

RESUMO

Os avanços no tratamento das feridas permitiram uma evolução na assistência às pessoas, promovendo resultados

evidentes. Pesquisas foram elaboradas para identificar o melhor tratamento, porém, destacamos a necessidade de

compreender além das terapêuticas tópicas, os aspectos psicossociais que envolvem esses indivíduos. O cuidado da

ferida vai além do curativo propriamente dito. Uma ferida não é somente uma lesão física, mas algo que dói sem

necessariamente precisar de estímulos sensoriais; uma marca, uma mágoa, uma perda irreparável ou uma doença

incurável. A ferida fragiliza e incapacita. Essa condição implica em profundas modificações no estilo de vida, podendo

levar à ruptura das relações sociais. O distanciamento entre os indivíduos é intensificado pelo estigma que a sociedade

tem da pessoa com lesão, causando repercussões em seu cotidiano. Nesta perspectiva, entende-se que é necessária

uma leitura reflexiva acerca dos aspectos psicossociais que envolvem o cuidado à pessoa com feridas crônicas. Este

trabalho objetiva refletir sobre o cuidado de pessoas com ferida crônica contemplando aspectos psicológicos e sociais,

bem como fomentar discussões a esse respeito. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, e para sua execução

realizamos um levantamento bibliográfico sobre o tema proposto e após leitura detalhada tecemos as seguintes

reflexões. A palavra ferida significa muito mais que a perda da continuidade da pele, nos remete à palavra chaga, que

significa algo que penaliza, “castiga”, desgraça e deixa cicatriz (JORGE; DANTAS; VON ZUBEN, 2004). Conviver com

qualquer tipo de lesão segundo Brandão 2002, interfere nas relações sociais, no ambiente de trabalho e no convívio

familiar. Conseqüentemente essas pessoas tornam-se vulneráveis a diversas situações: desemprego, abandono,

isolamento social, resultando em efeitos indesejáveis para os projetos de vida. Essas situações provocam sentimentos

como tristeza, ansiedade, raiva, vergonha, interferindo no estado de equilíbrio, na auto-imagem, na auto-estima,

tornando-se fenômeno relevante para o cuidar em enfermagem. O indivíduo que possui sua integridade cutânea

prejudicada não tem somente este desequilíbrio em sua totalidade, mas em sua necessidade de amor, de estima e de

auto-imagem formando um contexto global que deve ser visto pela Enfermagem para prestar cuidados (HORTA, 1979).

Em vista disso é preciso refletir como o Enfermeiro cuida de um ser humano fragilizado, com odores e secreções, com

auto-estima destruída, prolongada recuperação e extremamente assustado com complicações que podem acontecer

nestes casos (JORGE; DANTAS; VON ZUBEN, 2004). Diante da complexa realidade que envolve o portador de ferida é

importante que o profissional de enfermagem amplie sua visão a respeito dos sentimentos que, frente à doença,

afloram no círculo familiar e social do paciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- BRANDÃO, E. S. O cuidar de enfermagem ao cliente com afecção cutânea: Paradigma sociopoético [dissertação]. Rio

de Janeiro: Universidade de Rio de Janeiro; 2002.

- JORGE, Sílvia Angélica; DANTAS, Sônia Regina Peres Evangelista; VON ZUBEN, Afonso Celso. Abordagem

multiprofissional do tratamento de feridas. São Paulo: Atheneu, 2004.

TRABALHO 05

CUIDADOS COM A PELE ADOTADOS POR GESTANTES

Maristela Belletti Mutt Urasaki

Introdução: as modificações que ocorrem durante a gravidez tornam a pele da mulher mais predisposta a

ocorrências exigindo rigor nos cuidados. Objetivos: conhecer os cuidados com a pele adotados pela mulher no

período gestacional e identificar a apropriação dos mesmos. Métodos: estudo quantitativo, descritivo e exploratório

realizado com 124 gestantes de quatro UBS da zona leste de São Paulo. Critérios de inclusão adotados: maiores de

18 anos, idade gestacional maior ou igual a 13 semanas e inexistência de problemas dermatológicos anteriores a

gestação. A coleta de dados foi realizada em julho de 2008 através de formulário composto por cinco domínios:

caracterização da população, estilo de vida, cuidados com a pele e cabelos, auto-percepção sobre cuidados com a

pele e orientações recebidas por profissionais. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (CEP/SMS 301/07). Resultados: a média de idade foi de 26,5 anos; a

escolaridade mais freqüente o ensino médio completo e a renda três salários mínimos; 57 (46%) mulheres estavam

no segundo trimestre de gestação e 67 (54%) no terceiro. Sobre estilo de vida e cuidados com a pele: 62 (50%)

gestantes mantêm atividades que exigem permanência em pé prolongada, dessas 18 (29%) por mais de seis horas

ao dia; 107 (86,3%) não realizam qualquer tipo de exercício físico; 59 (48%) ficam expostas a radiação solar no

período das 10 às 16 horas; a maior parte das mulheres toma mais de um banho ao dia, banhos quentes e

demorados, usam sabonete comum, em barra, diretamente sobre a pele e com pH alcalino. 57 (46%) gestantes não

fazem hidratação facial, 38 (30,6%) realizam de forma irregular, apenas uma (1,4%) usa produto recomendado por

dermatologista; 13 (10,5 %) não fazem hidratação corporal; 90 (72,6%) não fazem uso de protetores solar. Das 34

que usam 12 (35,3%) passam o produto diariamente e regularmente, 5 (14,7%) diariamente e com reaplicação, 10

(29,4%) de forma irregular e sete (20,6%) somente no lazer. Sobre o controle de peso, 35 (28,2%) gestantes

informaram não fazer; 46 (37,1%) afirmaram manter hábito alimentar inadequado e 44 (35,5%) ter mudado a

alimentação para mais saudável após a gestação; 27 (21,8%) ingerem menos de um litro de líquido por dia. A

maioria 92 (74,2%) afirma investir nos cuidados com a própria pele e 70 (56%) informam não receber da equipe de

saúde orientações sobre cuidados com a pele na gestação. Constatou-se inadequação de várias práticas que

podem contribuir no desencadeamento de alterações cutâneas como melasma gravídico, estrias, aranhas

vasculares e acne1,2. Conclusões: os resultados evidenciam a importância da inserção dos cuidados da pele nos

programas de educação em saúde dos serviços que proporcionam atendimento a gestante.

Referências bibliográficas: 1 Alves GF, Varella TCN, Nogueira LSC. Dermatologia e gestação. An. bras. dermatol.

2005; 80 (2): 179-86; 2 Reis VMS; Patriarca M. Prevenção das alterações da pele na gestação [Internet]. São Paulo:

Organon Farmacêutica; [acesso em 2008 Ago 23]. Disponível em: <http:// www.pelenagravidez.com.br>.

TRABALHO 06

Alterações fisiológicas da pele percebidas por gestantes

Maristela Belletti Mutt Urasaki

Introdução: as modificações fisiológicas que ocorrem na pele no período gestacional usualmente não comprometem

fisicamente a mãe e o bebe, mas podem deflagrar problemas psicossociais na mãe. Às enfermeiras que atuam no

acompanhamento das gestantes compete ter conhecimento sobre tais ocorrências, estabelecer diagnósticos

apurados e, incorporar, no plano assistencial, intervenções eficazes para problemas potenciais e reais. Objetivo:

descrever as alterações de pele percebidas pela gestante durante o período gestacional e verificar o grau de

incômodo sentido. Métodos: estudo quantitativo, descritivo e exploratório realizado com 124 gestantes de quatro

UBS da zona leste de São Paulo. Critérios de inclusão adotados: maiores de 18 anos, idade gestacional maior ou

igual a 13 semanas e inexistência de problemas dermatológicos anteriores a gestação. A coleta de dados foi

realizada em julho de 2008 por meio de formulário composto por três domínios: caracterização da população,

alterações de pele percebidas na gestação e grau de incômodo das alterações percebidas. A pesquisa foi aprovada

pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (CEP/SMS 301/07). Resultados:

A média de idade foi 26,5 anos; 59 (47,6%) gestantes brancas e 39 (31,4%) pardas; 41 (33%) com ensino médio

completo; 76 (63,3%) com renda menor de três salários mínimos. Da amostra, 113 (91,2%) gestantes perceberam

alterações na pele e fâneros; das que não observaram alterações seis encontravam-se no início do segundo

trimestre, período este em que as modificações começam a surgir; apenas uma mulher completou o período de

quarenta semanas sem notar qualquer alteração. Foram citadas 345 alterações; a média por gestante foi 2, 78 (dp =

1,89). As alterações pigmentares foram as mais citadas; 70 (20,3%) mulheres referiram manchas (maioria na face,

seguida por mama, pescoço, abdome, braços e dorso) e 53 (15,4%) confirmaram hiperpigmentação (surgimento da

linha alba e escurecimento da auréola mamária). As alterações vasculares foram citadas por 61 (17,7%) gestantes,

estrias por 59 (17,1%), acne 44 (12,8%), alterações de pelo 33 (9,6%) e unha fraca 13 (3,7%). Os resultados são

compatíveis com dados de outros estudos1-3. Das gestantes que perceberam alterações em sua pele 50 (44,2)

sentiram-se incomodadas pelo quadro e 26 (23%) muito incomodadas. O desconforto referido pode tornar-se um

agente estressor significativo e, ainda, se levar a busca de soluções ou tratamentos inadequados agravará o

problema existente. Conclusão: evidenciou-se alta prevalência das alterações de pele no período gestacional e de

desconforto. Diante dos resultados compreende-se que a condução das atividades assistenciais e educativas

desenvolvidas por profissionais de saúde devem valorizar enfaticamente esta problemática.

Referências bibliográficas: 1 Muzaffar F, Hussain I, Haroon TS. Physiologic skin changes during pregnancy: a study

of 140 cases. Int. j. dermatol. 1998; 37 (6): 429-31; 2 Barankin B, Silver SG; Carruthers A. The skin in pregnancy. J.

cutan. Med. surg. 2002; 6, (3): 236-40; 3 Suzuki MM, Pinheiro AM, Suzuki MT, Mosci C, Suzuki AM. Dermatoses na

gravidez: a importância do exame dermatológico no pré-natal. An. bras. dermatol. 2005; 80 (supl2): S77-188.

TRABALHO 07

Diagrama de Avaliação de Úlceras Arteriais : Uma revisão sistemática

Luma Santos; Raquel Cunha; Sheila Maria; Tais Tonelli, Alessandra Bongiovani e Patrícia Ferreira

RESUMO

Introdução: As úlceras arteriais são caracterizadas pela aterosclerose que leva a obstrução progressiva das

artérias, acarretando em isquemia. É uma doença extremamente incapacitante e que reduz qualidade de vida dessa

clientela, devido presença de muita dor. (Iponema & Costa, 2007) A partir dessa caracterização é fundamental a

realização dos diagnósticos de base e diferencial das úlceras para a melhor opção terapêutica, prevenção das

complicações decorrentes e recuperação do paciente. (Gamba, 2005) Objetivo: Descrever as formas de avaliação

para diagnóstico de úlceras arteriais. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada por meio

da análise retrospectiva de estudos primários que focalizam úlceras vasculogênicas e a abordagem adequada do

profissional de enfermagem. Os estudos foram identificados nas seguintes bases de dados: LILACS, SCIELO,

MEDLINE, PubMed, BVS, DEDALUS. Foram consultadas monografias, trabalhos de conclusão de curso e literatura

presentes no acervo da biblioteca Pe. Inocenti Radrizzani do Centro Universitário São Camilo, por meio de consultas

no catálogo On Line Quíron e acervo da biblioteca Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da

Universidade de São Paulo. Discussão: Para o diagnóstico diferencial de úlceras arteriais é necessário uma

anammese detalhada com busca no histórico do cliente; focar nos fatores de risco como tabagismo, etilismo crônico,

sedentarismo, idade, e ocupação; doenças prévias como: vasculites, doenças vasoespásticas, hipertensão arterial,

diabetes mellitus e demais doenças relacionadas à lesão de artérias (Iponema & Costa, 2007); histórico familiar,

estado nutricional e condições alimentares; exame físico minucioso das características clínicas da lesão, utilizando o

sistema de avaliação MEASURE Keast, et al (2004) apud Dealey (2008), além da avaliação dos MMII como

coloração da pele adjacente, pulsos, perfusão periférica, edema, turgor e hidratação de modo comparativo do

membro com a lesão e outro; coleta de exames laboratoriais que analisem aporte nutricional, sistema vascular,

imunológico e metabólico e exames complementares como realização do Doppler que caracteriza local de redução

de fluxo e grau de obstrução (COREN-SP CAT nº 019/2010) e ITB - Índice Tornozelo Braço, responsável por definir

a localização da doença arterial e

quantificá-la (Giollo Jr & Martin, 2010), ambos confirmam o diagnóstico de Úlcera Arterial e auxiliam na escolha do

tratamento adequado. Conclusão: A capacidade para a realização de avaliação acurada de uma ferida é uma

aptidão importante e necessária do enfermeiro

Descritores: enfermagem, avaliação, úlcera arterial

Referências Bibliográficas:

DEALEAY, Carol. Cuidando de Feridas – Um Guia para as Enfermeiras. 3ªEd. Atheneu. São Paulo. 2008. pg.

240.

GAMBA, Mônica Antar. Úlceras Vasculogênicas – Úlcera Aterial. In: JORGE, Silvia Angélica & DANTAS, Sônia

Regina Luiz Evangelista. Abordagem Multiprofissional ao Tratamento de Feridas. 1ª Ed. Atheneu. São Paulo,

2005. pg. 241-246.

GIOLLO JUNIOR, Luiz Tadeu & MARTIN, José Fernando Vilela. Índice tornozelo-braquial no diagnóstico da

doença aterosclerótica carotídea. Revista Brasileira de Hipertensão. V. 17. n. 2. pg. 117-118 2010. Disponível em:

http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/17-2/13-indice.pdf

HARADA, Maria de Jesus Castro S. et al. Doppler para avaliação de feridas Parecer COREN-SP CAT nº

019/2010. Disponível em: http://inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/019_2010_Doppler.pdf

IPÓNEMA, Elizabeth Conceição & COSTA, Márcia Martins da. Úlceras Vasculogênicas. In: SILVA, Roberto Carlos

Lyra da; FIGUEIREDO, Níbia Maria de & MEIRELLES, Isabella Barabosa. Feridas Fundamentos e Atualizações

em Enfermagem. Yendis. São Caetano do Sul, 2007. pg. 337-350.

TRABALHO 08

ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE CURATIVOS DE UM HOSPITAL GERAL: RESULTADOS NO

TRATAMENTE DE FERIDAS

Aline Néri¹ ; Janici Th. Santos²

INTRODUÇÃO: O cuidado aos pacientes acometidos por feridas é uma especialidade da Enfermagem,

reconhecida pela Sociedade Brasileira de Enfermagem Dermatológica (SOBENDE) e Associação Brasileira de

Estomaterapia (SOBEST). Diante das necessidades apresentadas por uma amostra de pacientes clínicos e

cirúrgicos acometidos por lesões de pele de diferentes etiologias e outros com potencial de risco para

desenvolvimento de novas lesões, sentiu-se a necessidade de descrever os resultados alcançados pela atuação

do enfermeiro da Comissão de Curativo (COC) por meio da avaliação, intervenção e evolução do processo

cicatricial das feridas, assim como a aplicação de estratégias para prevenção de outras lesões. OBJETIVO:

Descrever os resultados do tratamento de lesões de pele, alcançados pelas estratégias implementadas pela

Comissão de Curativos (COC), em um Hospital Geral. METODOLOGIA: Foram analisados os resultados da

evolução do processo de cicatrização de um total de 202 pacientes internados nas Unidades de Internação e

Terapia Intensiva, com acompanhamento de feridas de várias etiologias. Os dados foram coletados através de

um instrumento elaborado pela Enfermeira do COC, entre janeiro e junho de 2011, com registros dos

seguintes dados: a-) setor, b-) identificação do paciente, c-) data da 1ª avaliação, d-) classificação da ferida, e-)

localização, f-) tipo de lesão g-) evolução da lesão. RESULTADOS: Foram obtidos por meio de análise

quantitativa. Do total de 202 lesões acompanhadas, organizou-se os resultados do processo de cicatrização em

três aspectos: a-)lesões com cicatrização completa, 43 lesões, representando 21% do total, b-) lesões com

cicatrização em vigência, total de 91, equivalendo a 45% das lesões acompanhadas, as demais lesões num total

de 68, representam 43% das lesões em que os pacientes evoluíram para óbito ou alta, sem possibilidade de

descrever resultados. CONCLUSÃO: A atuação da enfermeira do COC, por meio de um trabalho

sistematizado e próximo ao paciente, resultou em diminuição das lesões, na conscientização quanto à

prevenção e na elaboração de um manual de orientações que possibilita a continuidade do tratamento em

domicílio. Por meio deste estudo conseguiu-se a implantação de medidas que permitam desenvolver uma

enfermagem de qualidade.

REFERENCIAS:

1.Dealey C. cuidando de feridas: um guia para enfermeiras. 2ªed. São Paulo: Atheneu; 2001.

3. Backes DS. A evolução de uma ferida aguda com o uso de carvão ativado e prata. Nursing

(São Paulo) 2005; 91(8):588-92.

4. Gomes AMT, Oliveira DC. Estudo da estrutura da representação social da autonomia

profissional em enfermagem. Rev. Esc. Enferm USP 2005;39(2):145-5. IRON, Glenn. Feridas:

novas abordagens, manejo clínico e atlas em cores. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

Instituição : Hospital Santa Cruz

1- Enfermeira integrante da Comissão de Curativos do Hospital Santa Cruz, Especializanda

em Enfermagem em Dermatologia.

2-Enfermeira de Educação Continuada do Hospital Santa Cruz - Mestre em Gerontologia-

Especialista em Geriatria, Terapia Intensiva e Emergência.

TRABALHO 09

Tratamento de Úlceras Arteriais

Luma Santos; Raquel Cunha; Sheila Maria; Tais Tonelli e Patrícia Ferreira

Introdução: As úlceras de etiologia arterial devem ser abordadas como um problema grave que requer atenção, pois, apesar de superficiais, podem

evoluir rapidamente e acometer tecidos subcutâneos, fáscia muscular, ossos e articulações, sem esquecer seu alto grau incapacitante em virtude da

lesão propriamente dita e da amputação, e sua incidência no índice de mortalidade (corroborando com o aumento deste) relacionado às infecções

secundárias. Não é raro identificar alterações na coloração cutânea resultantes de uma vasodilatação no leito da pele, por ação de metabólitos

vasoativos produzidos pela isquemia, a grande maioria apresenta tecido desvitalizado, amarelo ou preto, tipo esfacelo ou escara (“necrose”), não

sendo muito exsudativas. Localizam-se na região distal retromaleolar, no calcâneo ou em pododáctilos acarretando em muita dor aos portadores de

úlcera arterial (SILVA, FIGUEIREDO e MEIRELES, 2007). Objetivo: Identificar os principais tratamentos existentes para úlceras arteriais.

Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada por meio da análise retrospectiva de estudos primários que focalizam úlceras

vasculogênicas e a abordagem adequada do profissional de enfermagem. Os estudos foram identificados nas seguintes bases de dados: LILACS,

SCIELO, MEDLINE, PubMed, BVS, DEDALUS. Foram consultadas monografias, trabalhos de conclusão de curso e literatura presentes no acervo

da biblioteca Pe. Inocenti Radrizzani do Centro Universitário São Camilo, por meio de consultas no catálogo On Line Quíron e acervo da biblioteca

Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Discussão: Segundo Gamba apud Jorge e Dantas (2005), é

fundamental a realização dos diagnósticos diferencial e de base das úlceras para a melhor opção terapêutica, prevenção das complicações

decorrentes e recuperação do paciente. Para tanto a correta conduta torna-se primordial para o tratamento nas úlceras isquêmicas arteriais, que

classicamente envolve o desbridamento conservador, controle da dor, uso de curativos oclusivos e melhora da circulação (HESS, 2002).

Revascularização: A intervenção cirúrgica é realizada para melhorar a circulação e é essencial no tratamento de membros gravemente

comprometidos. Os procedimentos incluem angioplastia percutânea por balão com ou sem introdução de stent, angioplastia percutânea por laser e

cirurgia de derivação arterial (HESS, 2002). Para Brandão, Martins e Kolblinger apud Brandão e Santos (2006), havendo necessidade de intervenção

cirúrgica para revascularização, enquanto aguarda-se o procedimento, é possível, na presença de esfacelo ou tecido necrótico no leito da ferida, fazer

uso de desbridantes autolíticos, como por exemplo, o hidrogel ou químico, como as enzimas proteolíticas. Todo cuidado na manipulação ou

procedimento deverá ser tomado devido à hipóxia tissular. Os curativos utilizados não devem fazer aderência para evitar traumatismos

desnecessários e aliviar a dor. Curativos oclusivos: Segundo Hess (2002) os curativos oclusivos proporcionam diversos benefícios. Ao oferecer

cobertura imediata, reduzem a dor e protegem a ferida de infecção. Além disso, ajudam a controlar o exsudato, aumentam o desbridamento

autolítico e mantêm um ambiente úmido na ferida, que acelera o processo de cicatrização. Em virtude do ressecamento da pele, nenhum curativo

deverá ser preso diretamente sobre a ferida devido ao risco de escoriação. Assim, deve-se utilizar atadura de crepom sem compressão fixando-a com

fita adesiva. É recomendável a utilização de algodão ortopédico ou gazes sobre o curativo para aquecer os pés, diminuindo a vasoconstrição.

Mudanças nos hábitos de vida e Terapia Sintomática: Hess (2002) relata que a conduta na arteriosclerose, por exemplo, inclui algumas mudanças nos

hábitos de vida, tais como: prática de exercícios físicos, redução do colesterol, abandono do tabagismo, controle da pressão arterial e glicemia e dieta

regrada. Alguns agentes antiplaquetários (ácido acetilsalicílico, ticlopidina e clopidogrel) e derivados da xantina (pentoxifilina) são frequentemente

usados para tratar os sintomas associados à doença arterial periférica. Entretanto, o tratamento clínico isolado tipicamente tem eficácia limitada em

úlceras arteriais. Modalidades terapêuticas mais modernas, inclusive fatores de crescimento humano e substitutos cutâneos fabricados por

bioengenharia, são promessas importantes no tratamento dessas feridas, freqüentemente difíceis de cicatrizar. Segundo Brandão, Martins e

Kolblinger apud Brandão e Santos (2006), mesmo os indivíduos que não forem portadores de úlceras, mas tiverem algum grau de insuficiência

arterial devem:

• Manter as extremidades aquecidas com meias de algodão sem garrotear o membro - Proteger as proeminências ósseas de atrito e cisalhamento -

Evitar o cruzamento das pernas devido à compressão dos vasos - Evitar traumatismo nos pés por traumatismo mecânico ou térmico - Utilizar

emolientes neutros para evitar ressecamento e fissuração da pele - Realizar regularmente a inspeção de pernas e pés - Lavar e secar os pés com

cuidado - Cortar as unhas no formato quadrado a fim de evitar “unha encravada” - Manter a cabeceira da cama elevada - Minimizar a dor com

medicações específicas prescritas pelo médic - Procurar atendimento médico e tratar imediatamente quando apresentar flictemia, hiperemia, dor,

edema, calor e/ou infecção.

Conclusão: A úlcera arterial é um agravo de alta incidência e é fundamental que o profissional enfermeiro esteja sempre se atualizando no intuito de

estar preparado para atuar de forma satisfatória no cuidado e tratamento de portadores de úlceras arteriais. É preciso a criação de vínculo paciente-

enfermeiro para que haja adesão ao tratamento e melhora da cicatrização. É importante ressaltar a necessidade de estudos e aprimoramento no

diagnóstico e tratamento deste tipo de lesão, visto a carência de publicações sobre o tema.

Descritores: úlcera arterial, tratamento, enfermagem, curativos oclusivos, revascularização.

Referências bibliográficas:

v BRANDÃO, Euzeli da Silva; KÖLBLINGER, Elizabeth & MARINS, Rosângela Guiomar de A. Cuidados Essenciais ao cliente com Úlceras

Arteriais e Venosas. . In: BRANDÂO, Euzeli da Silva & SANTOS, Iraci dos. Enfermagem em Dermatologia – Cuidados técnico, dialógico e

solidário. Cultura Médica. Rio de Janeiro, 2006. pg. 295-303.

v HESS, Cathy Thomaz. Úlceras Venosas e Arteriais. In: HESS, Cathy Thomaz. Tratamento de feridas e úlceras. 4ª Ed. Reichmann & Affonso.

Rio de Janeiro, 2002, pg. 135 -139.

v GAMBA, Mônica Antar. Úlceras Vasculogênicas – Úlcera Aterial. In: JORGE, Silvia Angélica & DANTAS, Sônia Regina Luiz Evangelista.

Abordagem Multiprofissional ao Tratamento de Feridas. 1ª Ed. Atheneu. São Paulo, 2005. pg. 241-246.

v IPONEMA, Elizabeth Conceição & COSTA, Márcia Martins da. Úlceras Vasculogênicas. In: SILVA, Roberto Carlos Lyra da; FIGUEIREDO,

Níbia Maria De & MEIRELLES, Isabella Barbosa. Feridas Fundamentos e

Atualizações em Enfermagem. Yendis. São Caetano do Sul, 2007. pg. 337-350.

TRABALHO 10

TRATAMENTO DE ÚLCERAS VENOSA: REVISÃO SISTEMÁTICA

Luma Santos; Raquel Cunha; Sheila Maria; Tais Tonelli e Patrícia Ferreira

Introdução: A insuficiência venosa resulta da obstrução das válvulas venosas nas pernas ou de um fluxo do sangue para trás através

das válvulas, afetando as veias superficiais e profundas. Esse distúrbio no mecanismo fisiológico do fluxo venoso resulta em

hipertensão venosa, em virtude do aumento prolongado da pressão nos vasos. Como as paredes das veias são mais delgadas e

complacentes que as paredes das artérias, acabam por se distender prontamente quando a pressão venosa se eleva de maneira

consistente. Assim, os folhetos das válvulas venosas são estirados e impedidos de se fechar por completo, permitindo um refluxo

retrógrado do sangue (Yamada apud Jorge e Dantas, 2003). Segundo Carmo, Castro e Sarquis (2007), o tratamento clínico oferecido

ao portador de úlcera venosa consiste na realização do curativo, terapia compressiva, prescrição de dieta que favoreça a cicatrização,

orientações quanto à importância de repouso e uso de meias de compressão após a cura da ferida. Objetivo: Identificar a etiologia da

insuficiência venosa e os principais tratamentos existentes para esse tipo de lesão. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de

literatura realizada por meio da análise retrospectiva de estudos primários que focalizam úlceras vasculogênicas e a abordagem

adequada do profissional de enfermagem. Os estudos foram identificados nas seguintes bases de dados: LILACS, SCIELO,

MEDLINE, PubMed, BVS, DEDALUS. Foram consultadas monografias, trabalhos de conclusão de curso e literatura presentes no

acervo da biblioteca Pe. Inocenti Radrizzani do Centro Universitário São Camilo, por meio de consultas no catálogo On Line Quíron e

acervo da biblioteca Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Discussão: Cullum et al

apud Borges Caliri e Hass (2007), relata que a terapia compressiva deve ser aplicada, de modo consistente, para melhorar a

efetividade do cuidado e reduzir os custos do tratamento. Os profissionais que utilizam o sistema devem ser capacitados, uma vez

que a compressão aplicada inadequadamente pode predispor os pacientes a complicações. Johnson e Paustrian apud Borges, Caliri e

Hass (2007) descrevem existem situações em que a compressão graduada está contra-indicada como nos casos de insuficiência

arterial moderada e severa, carcinoma, bem como em pacientes que estejam desenvolvendo trombose venosa profunda. Em relação à

bandagem de compressão pneumática intermitente, os resultados sugeriram que ela é benéfica no tratamento da úlcera venosa e deve

ser considerada como terapia adjunta. Mas essa recomendação não é consenso, uma vez que não foram percebidas diferenças com o

seu uso em todos os estudos analisados (HOFMAN e CHERRY, 1998). O uso de bandagem de calor radiante mostra ser seguro e

eficiente para pacientes internados com úlcera venosa recalcitrante, mas requer mais avaliação para investigar sua eficácia, enquanto

tratamento ambulatorial (BELVARO e NICOLARE, 1993). Segundo Harding et al apud Borges, Caliri e Hass (2007), quanto à

terapia tópica, não foram encontradas evidências indicando qual é a melhor. Os resultados dos estudos sugerem o uso de uma

cobertura simples, não aderente, de baixo custo e aceitável pelo paciente e, com opções de tratamento. Pacientes com úlcera extensa

ou associada com o comprometimento arterial podem ser beneficiados com as técnicas de cicatrização adjuvante, tais como pele

humana e revascularização arterial, quando possível. Para os pacientes com comprometimento primário do sistema venoso

superficial, é sugerido o procedimento cirúrgico minimamente invasivo para a correção (ZAMBONI et al, 2003). Conclusão: Cabe

ao enfermeiro estabelecer comunicação terapêutica com o cliente visando à valorização das queixas apresentadas e o respeito à

particularidade de cada indivíduo. É de extrema importância que o profissional use da comunicação verbal de forma clara e objetiva,

respeitando a linguagem do paciente, para que o mesmo possa compreender as informações que lhe são transmitidas e, assim,

comprometer-se com sua saúde possibilitando o cumprimento das ações que lhe são delegadas a fim de garantir o sucesso do

tratamento. Descritores: tratamento, ulcera varicosa, enfermagem, literatura de revisão e medicina baseada em evidências.

Referências Bibliográficas:

- BORGES, Eline Lima; CALIRI, Maria Helena Larcher & HAAS, Vanderlei José. Revisão sistemática do tratamento tópico da

úlcera venosa. Rev Latino-am Enfermagem. São Paulo. v.15. n. 06. pg. 1163-70. Novembro-dezembro 2007. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15n6/pt_16.pdf - CARMO, Sara da Silva; CASTRO, Clarissa Domingos de; RIOS, Vanessa Souza

& SARQUIS, Micheline Garcia Amorim. Atualidades na assistência de enfermagem a portadores de úlcera venosa. Revista

Eletrônica de Enfermagem. (serial on line) v. 09. n.02. pg. 506-517. Mai-Ago 2007. Disponível em:

http://www.fen.ufg.br/revista/v9/n2/pdf/v9n2a17.pdf - YAMADA, Beatriz Farias Alves. Úlceras Vasculogênicas – Úlcera Venosa.

In: JORGE, Silvia Angélica & DANTAS, Sônia Regina Luiz Evangelista. Abordagem Multiprofissional ao Tratamento de

Feridas. 1ª Ed. Atheneu. São Paulo, 2005. pg. 248-259.

TRABALHO 11

USO DE POLIHEXAMETILENO-BIGUANIDAS (PHMB) NO TRATAMENTO DE FERIDAS: RELATO DE CASOS

ANTONUCCI, R. B.; MARCARI, A. N.; PEIXOTO, N.; POLETTI, N. A. A.

O tratamento tópico de feridas infectadas é um tema muito debatido entre enfermeiros, e a vivência em um

ambulatório de cuidados a pacientes portadores de feridas tem apontado para uma dificuldade no tratamento tópico

destas lesões, quer seja pela falta de opção de coberturas existentes no mercado, quer pela utilização dos produtos

que tem como objetivo a desinfecção local, mas que possuem efeitos tóxicos sobre as células envolvidas com o

delicado processo de cicatrização. O PHMB (Polihexametileno-Biguanidas é um antisséptico do mesmo

grupo da clorexidina que atua em bactérias gram positivas e gram negativas, e em anaeróbios que são

responsáveis pelo odor. O polihexametileno biguanida é também considerado um antimicrobiano, que favorece o

controle de microorganismos presentes em feridas infectadas, visto que as moléculas deste produto exercem seu

efeito bactericida, por meio de mecanismos de agregação, mediada pelos seus núcleos catiônicos de biguanida

Também atua na modificação da permeabilidade da membrana citoplasmática microbiana que leva a

perda de componentes fundamentais e morte celular. Desta forma, o presente estudo tem por objetivo relatar

alguns casos de pacientes com úlceras crônicas e agudas com presença de tecido necrótico e desvitalizado, e de

odor forte em diversas localizações, em uma enfermaria cirúrgica de um Hospital Escola de São José do Rio

Preto. O estudo foi realizado no período compreendido entre os meses de Maio a Agosto de 2011, iniciando após a

autorização do cliente e/ou de seu responsável pela assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e

autorização para registro fotográfico. As lesões foram tratadas com curativo local diário de PHMB gel associado à

antibioticoterapia sistemática. Este tratamento apresentou resultado satisfatório, com a diminuição do odor,

desbridamento da placa necrótica e cicatrização parcial das lesões até o momento e proporcionando ao cliente o

alívio da dor, diminuição do odor e melhora da qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

• MOORE, K.; GRAY, D. Uso del agente antimicrobiano PHMB para prevenir la infección de heridas. Gerokomos, v. 19, n. 3,

p. 145-152, 2008.

• KIRKER, K. R.; FISHER, S. T.; JAMES, G. A.; MCGHEE, D.; SHAH, C. B. Efficacy of polyhexamethylene biguanide-

containing antimicrobial foam dressing against MRSA relative to standard foam dressing. WOUNDS, v. 9, n. 3, p. 229-233,

2009. • TIMMONS, J.; LEAK, K PHMB: Utilización del apósito de espuma antimicrobiana (AMD) KendallTM (PHMB 0,5%) en el tratamiento

de las heridas crónicas. Gerokomos, v. 21, n. 1, p. 37-43,

2010.

• Rafaela Butinholi Antonucci - Pós Graduanda em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP, e

Enfermeira Aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base.

e-mail: [email protected] - Ana Maria Marcari – Enfermeira Pós Graduada em Estomaterapia pela PUC-PR, enfermeira

aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base - Nádia Antonia Aparecida Poletti – Profª Dra. do Departamento de

Enfermagem Geral da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP. - Nelci Peixoto – Enfermeira Pós Graduanda em

Estomaterapia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP-SP, e enfermeira técnica da Helianto

TRABALHO 12

TRATAMENTO DE ÚLCERA CRÔNICA, TERAPIA COM PLASMA RICO EM PLAQUETAS.

ERICA CAMARGO DE OLIVEIRA1, SHIRLEY SAMPE 2, FABIANA MARQUES 3

RESUMO

O presente estudo relata a aplicação de Plasma Rico em Plaquetas (PRP) em úlceras crônicas de pacientes diabéticos e

hipertensos. As doenças de base retardam a cicatrização e contribuem para infecções e amputações, no entanto as

plaquetas ativadas liberam quantidades aumentadas de fatores de crescimento pré - formados dentro da ferida, esses

fatores são responsáveis por estimular a angiogênese, a mitogênese e a permeabilidade vascular, o que os tornam

essenciais para o tratamento de feridas em pacientes diabéticos, pois a hiperglicemia interfere principalmente na

angiogênese, diminuindo a capacidade natural de cicatrização do individuo. (1,2). O intuito do estudo foi avaliar a

eficácia do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) na cicatrização de feridas crônicas e dessa forma reduzir complicações

como infecções e amputações de extremidades. A aplicação do PRP em seres humanos foi iniciada após aprovação do

projeto pelo COEP da Universidade Nove de Julho (aprovado em 16/02/2011, sob o nº. 384396). Os dados foram

coletados após assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido (resolução 196/96 do conselho nacional de

saúde). Realizávamos anamnese e exame físico do paciente, utilizando instrumento onde constam também

informações sobre a lesão, a terapia ocorreu no período de cinco semanas, com aplicações semanais. O PRP era

obtido através de punção venosa periférica, onde coletávamos 20ml de sangue venoso, separados em tubos com

anticoagulante, que submetíamos a centrifugação para separação celular. Após limpeza da ferida com SF 0,9%

aplicávamos o gel plaquetário no leito da lesão e utilizávamos adaptic® como cobertura primária, gaze como

secundária e envolvíamos o membro em atadura crepom. O tratamento com PRP proporcionou aos voluntários,

redução do tempo de cicatrização, redução significativa da dor local e contribuiu diretamente para a epitelização

tecidual, com formação de tecidos de melhor qualidade e aproximação das bordas, não foram observadas

complicações ou desconfortos durante a terapia, concluindo que os fatores de crescimento presentes no plasma rico

em plaquetas cooperam gradativamente e de forma acelerada na cicatrização tecidual e apresentou eficácia

terapêutica para o caso descrito.

Palavras-chave: Úlcera crônica, plasma rico em plaquetas, feridas, fator de crescimento.

Referências Bibliográficas1. Nobrega NL, Biondo-Simões MLP, Barczak D, Ioshii SO. Effects of hiperglycemia and aging in angiogenesis and

reepithelization of colonic anastomoses in rats. Acta Cir. Bras. 2007, vol. 22 (suppl. 1): 2-7.2. Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem Medico Cirúrgica. V.2 Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2008.

1. Enfermeira. Sócia da sociedade Brasileira em Dermatologia

e – mail: [email protected]

2. Enfermeira. Professora do departamento de saúde da Universidade Nove de Julho. UNINOVE (SP)3. Biomédica. Mestranda em Biologia Molecular na Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (SP).

TRABALHO 13

TRATAMENTO DE LESÃO POR EMBOLIA CUTIS MEDICAMENTOSA: RELATO DE CASO

ANTONUCCI, RAFAELA BUTINHOLI; ANSELMO, AMANDA MAYRA; MARCARI, ANA MARIA; RUIZ, PAULA

BUCK

A Embolia cútis medicamentosa ou Síndrome de Nicolau é um evento adverso raro, decorrente da administração de

medicamentos intramusculares; dentre os quais incluímos o cetoprofeno, o diclofenaco, a penicilina, a vacina tríplice, etc. A

Sindrome se manifesta com uma grave reação local a droga, caracterizada por dor aguda intensa, inflamação cutânea,

subcutânea e intramuscular e necrose dos tecidos moles no local da administração da injeção; apresenta sequelas

potencialmente devastadoras, podendo resultar em significativa morbidade para o indivíduo e o custo elevado para as

Instituições de saúde. Desta forma, o presente estudo tem por objetivo relatar um caso de lesão por Embolia cútis

medicamentosa em região glútea porcetoprofeno, em uma enfermaria cirúrgica de um Hospital Escola de São José do Rio

Preto. Para revisão da literatura realizou-se a busca nos bancos de dados: Medline, Scielo e Lilacs durante o período de 2006 a

2011. O estudo foi realizado no período compreendido entre os meses de Fevereiro a setembro de 2011, em uma enfermaria

cirúrgica e setor ambulatorial de um hospital escola de São José do Rio Preto. O trabalho foi desenvolvido na forma de estudo

de caso, tendo início após a autorização do cliente através do termo de consentimento livre e esclarecido e autorização para

registro fotográfico. A lesão foi tratada com curativo local diário (papaína gel 6% e 3%) associado à terapia de Câmara

Hiperbárica e antibioticoterapia sistêmica. Este tratamento apresentou resultado satisfatório, com a cicatrização parcial da lesão

até o momento e proporcionando ao cliente o alívio da dor e melhora da qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

Hamilton, B et al. Nicolau syndrome in an athlete following intra-muscular diclofenac injection. Acta Orthopaedica

Belgica,v. 74, n.74, p. 860-864; 2008.

Lie, C; Leung, F; Chow, S; Nicolau syndrome following intramuscular diclofenac administration: a case report. Journal of

Orthopaedic Surgery, v. 14, n. 1, p. 104-107; 2006.

Duque, FLV; Chagas, CAA. Acidente por injeção medicamentosa no músculo deltóide: lesões locais e à distância, revisão de

32 casos. Jornal Vascular Brasileiro, v. 8 n. 3; 2009.

Alyasin, S; Sharifian, M. Nicolau Syndrome Caused by Penicillin Injection a Report From Iran. Shiraz E Medical Journal, v.

11, n. 2; 2010.

Nischal, KC et al. Nicolau syndrome: An iatrogenic cutaneous necrosis. Journal Cutan Aesthet Surg, v. 2, p. 92-95; 2009.

Rafaela Butinholi Antonucci - Pós Graduanda em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto -

FAMERP-SP, Enfermeira Aprimoranda em Curativo e Estomaterapia pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto.e-mail:

[email protected]

Amanda Mayra Anselmo - Enfermeira Clínica do Hospital de Base de São José do Rio Preto, Especialista em Enfermagem em

Dermatologia pela Faculdade de Medicina de Rio Preto - FAMERP.

Ana Maria Marcari – Enfermeira Pós Graduada em Estomaterapia pela PUC-PR, Enfermeira Aprimoranda em Curativo e

Estomaterapia pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto.

Paula Buck Ruiz – Enfermeira em Centro Cirúrgico; Sala de Recuperação Pós Anestésica do Hospital de Base de São José do

Rio Preto.

TRABALHO 14

AVALIAÇÃO DE LESÕES MAMILARES DECORRENTES DA PRÁTICA DA AMAMENTAÇÃO: UMA REVISÃO

INTEGRATIVA DA LITERATURA.

Marina Possato Cervellini, Mônica Antar Gamba, Ana Cristina Freitas de Vilhena Abrão

RESUMO

Introdução: A prevalência do trauma mamilar pode chegar a 96% durante a primeira semana de puerpério, sendo a

dor no mamilo ocasionada pela lesão, a segunda razão mais comum para o desmame precoce, além disso, a

ruptura na pele favorece o aparecimento de comorbidades. Na literatura atual, muitos estudos clínicos sobre

intervenções no tratamento do trauma mamilar, vêm apresentando limitações e viéses metodológicos que reduzem

sua validade interna, além de impossibilitar o emprego seguro das intervenções na prática. Nesse sentido, a

avaliação das lesões mamilares, bem como o uso de um instrumento de mensuração adequado nos estudos

clínicos, são de grande importância na eficácia científica da intervenção proposta e especificidade do tratamento,

além de fornecer uma linguagem padronizada entre os profissionais de saúde e ajudar no avanço do conhecimento

das lesões e do tecido mamilar.

Objetivos: Identificar e avaliar as evidências disponíveis na literatura sobre avaliações de lesões mamilares

causadas pela prática da amamentação.

Métodos: Realizou-se um estudo de revisão integrativa da literatura, buscando publicações indexadas nas

seguintes bases de dados: Medline, Lilacs, Pubmed Central, Embase, Science Verse-Scopus e Cochrane Library,

com período de busca variando entre 1966 a 2011 ou sem restrições de data, conforme base de dados. Foram

identificadas publicações no idioma inglês, alemão, espanhol e português. Os Descritores em Saúde foram:

mamilos, lesões, dor, trauma, avaliação ou classificação, sinais e sintomas e resultado de tratamentos. Após leitura

de títulos e resumos das 1228 publicações identificadas, encontraram-se 62 artigos que apresentaram os critérios de

seleção previamente definidos. Em seguida, com a leitura na íntegra, obteve-se uma amostra final de 20 artigos.

Resultados: Os autores da literatura atual demonstram uma forma particular de análise das lesões mamilares,

sendo praticamente em cada estudo, escolhida uma forma de mensuração da área lesionada. Encontrou-se nos

artigos analisados, o uso de escalas de avaliação do processo de cicatrização, do estadiamento do trauma mamilar;

escores de pontuação, quanto à severidade da lesão e aspectos morfológicos apresentados; e o uso de

classificações preexistentes para definição e mensuração do trauma mamilar. Entre os estudos, as lesões mais

observadas foram: eritema, edema, vesículas, crostas e equimose. Algumas características da lesão foram

ressaltadas: o sangramento, o exsudato e a coloração vermelha de várias tonalidades. Outras lesões foram citadas

pelos autores, dentre elas; fissuras, escoriações, bolhas, erosões, dilaceração, abscesso, descamação, marcas

brancas, amarelas ou escuras, áreas inflamadas, hematoma, petéquias, úlcera, cisto, descoloração e faixas de

compressão.

Conclusões: Concluiu-se a inexistência de consenso ou de concordância, quanto à forma de avaliação das lesões

mamilares, tanto na descrição dos tipos de lesão, bem como fase de cicatrização em que se encontram. Este fato

vem dificultando a assistência e o tratamento das lesões, provocando no meio profissional a falta de entendimento e

criando opiniões conflitantes, bem como, trazendo dificuldades metodológicas às pesquisas científicas. Neste

sentido, faz-se necessário a elaboração de uma classificação dos traumas mamilares, com entendimento

dermatológico das lesões e especificidades do tecido mamilar.

TRABALHO 15

ASPECTOS METODOLÓGICOS RELEVANTES EM ESTUDOS DE VALIDAÇÃO EM DERMATOLOGIA: UMA

REVISÃO INTEGRATIVA.

Marina Possato Cervellini, Ana Cristina Freitas de Vilhena Abrão, Mônica Antar Gamba.

RESUMO

Introdução: A importância dos instrumentos de mensuração em dermatologia tem sido reconhecida. Na prática

clínica podem orientar a prevenção, o diagnóstico, e as intervenções. Na investigação científica, além de um

instrumento de mensuração específico, podem trazer avanços no ensino de base. No entanto, a elaboração e

validação de novos instrumentos de medida são tarefas complexas e consomem um tempo considerável do

pesquisador. Para que sejam confiáveis e válidos, é fundamental que sejam desenvolvidos embasados em métodos

científicos e que o pesquisador possua conhecimento definido do construto, geralmente adquirido através de

extensa revisão de literatura. Observam-se algumas dificuldades na realização de estudos de validação em

dermatologia, julgando-se oportuno descrever aspectos metodológicos referentes ao processo de validação através

do levantamento da literatura atual.

Objetivos: Verificar qual metodologia vem sendo adotada em estudos de validação relacionados ao cuidado com

lesões cutâneas ou mucosas e identificar aspectos metodológicos relevantes ao conhecimento acadêmico.

Métodos: Realizou-se este estudo de revisão integrativa da literatura, buscando publicações indexadas nas

seguintes bases de dados: Medline, Lilacs e Pubmed Central, com período de busca variando entre 1997 a 2011 ou

sem restrições de data, conforme base de dados. Foram identificadas publicações no idioma inglês, alemão,

espanhol e português, através dos descritores: estudos de validação, reprodutibilidade dos testes, confiabilidade,

lesões e feridas,

classificados conforme o índice DeCs de Descritores em Saúde. Após leitura de títulos e resumos das 302

publicações identificadas, encontraram-se 62 artigos que apresentaram os critérios de seleção definidos. Em

seguida, com a leitura na íntegra, obteve-se uma amostra final de 6 artigos.

Resultados: Observou-se entre os estudos a concordância na adoção de três atributos para a avaliação da

confiabilidade: a estabilidade, a equivalência e a homogeneidade. Encontrou-se entre os artigos incluídos

semelhança com relação ao processo inicial de validação. De forma que, a definição do construto e a elaboração

dos instrumentos ocorreram através de revisão da literatura ou em estudo anteriormente realizado. Observou-se a

formação de um conjunto de abordagens metodologicamente selecionadas entre os estudos. Com relação à

validade, as abordagens mais utilizadas foram: a validade de conteúdo, de construto do tipo convergente e

discriminante e de critério do tipo concorrente.

Conclusões: Comparando-se os achados com a literatura atual, concluiu-se que os autores estão em consenso,

quanto à forma metodológica do processo de validação de instrumentos de mensuração, porém, notou-se o alto grau

de exigência imposta aos pesquisadores, em sua maioria doutores, quanto à necessidade de clareza,

disponibilidade de tempo, detalhamento do estudo, adequação de testes estatísticos e conhecimento do tema

pesquisado. A presença do rigor metodológico entre os estudos é fato significativo e valoroso para a pesquisa

científica e para os portadores de lesões cutâneo-mucosas.

TRABALHO 16

PERFIL DA CRIANÇA COM ULCERA POR PRESSÃO- ESTUDO MULTICÊNTRICO

Donata Maria De Souza Pellegrino1, Geraldo Magela Salome2, Ana Claudia Amoroso Ribeiro3, Leila Blanes4, Lydia

MasakoFerreira3

Introdução. A úlcera por pressão (UP) na criança ocorre principalmente durante a internação em unidades de terapia intensiva

pediátricas (UTIP)1. Uma correta avaliação do evento UP, direciona para o conjunto de características do paciente, da

instituição e intervenções multiprofissionais na prevenção e tratamento2. A pesquisa brasileira,nesta área é incipiente. A melhoria

na qualidade do atendimento à criança necessita de parâmetros objetivos e imparciais para subsidiar práticas assistenciais e

administrativas. Objetivo. Caracterizar o perfil das crianças com úlcera por pressão, internadas em quatro UTIPs. Métodos.

Estudo observacional, descritivo-exploratório, multicêntrico. Autorizado por Comitê de Ética em Pesquisa sob nº1384/09 e pelas

quatro instituições pesquisadas. Critérios de inclusão: internação em UTI Pediátrica, mínimo 24 h, ocorrência de UP após a

internação, idade entre 30 dias à 17 anos. Exclusão: recusa em participar da pesquisa, e úlceras relacionadas a equipamentos

com causa diversa de forças de pressão. Utilizados formulários de dados demográficos e clínicos, prontuário, entrevista com o

responsável pela criança, Escala de Braden Q3, para avaliação do risco, após informação e orientação aos enfermeiros pelo

pesquisador. Inspeção direta da pele,em dias alteranados, durante o banho da criança para detecção da UP e classificação dos

estágios segundo NPUAP- 2007. Dados levantados no período de 30 a 45 dias. Resultados. Avalidas167 crianças em risco

para UP, destas 26 desenvolveram 38 UP durante a internação na UTIP. Três delas nas primeiras 24 h de internação, 2

durante o ato operatório. Quatorze crianças tiveram apenas uma UP, 8 apresentaram 2 úlceras concomitantes e 7 em mais de

uma ocasião e Metade das crianças apresentaram escore de risco menor que 16. Houve predomínio do sexo feminino (54%), cor

branca(72%), idade pré-escolar com mediana de 4 anos. Cateter central, incluindo de inserção periférica presente em 63,1%

dos casos, tubo naso-enteral ou gastrostomia em pacientes crônicos (25,3%). A sedação e drogas vasoativas administradas em

65%, sendo ventiladas mecanicamente em sua maioria (63%). Ocorreram alterações na temperatura corporal em 13 crianças.

Nas crianças que apresentaram edema 61% desenvolveram UP. Quanto à localização: nove UP no pavilhão auricular externo,

occipito e calcâneos seis em cada local, quatro em vértebras lombares, três em maléolos, dorso e têmporas, duas em cada.

Quanto ao estágio: Grau I, hiperemia não reativa, em 20 UP; grau II em nove. A indisponibilidade de exames como albuminemia

e hemoglobina sérica, abaixo de 10 mg/dl, na metade dos resultados obtidos, impediu a análise. Uso de prevenção em todas as

unidades: colchão piramidal (93,9%), seguido de mudanças de decúbito e uso de placas de hidrocolide. Conclusão. Úlceras por

pressão na UTI pediátrica é um evento com características próprias: crianças estão sob risco, apresentando uma ou mais

úlceras por pressão. A prevenção deve ser melhorada, outros parâmetros melhor investigados para compor o diagnóstico real do

problema aqui delineado.

Referências. 1. Baharestani MM, Ratlif C, National Pressure Ulcer Advisory Panel. Pressures ulcers in nenonates and children:

A NPUAP white paper. Adv Skin Wound Care. 2007;20(4): 2008-220. 2. Willock J, Harris C, Harrison J, Poole C. Identifying the

characteristics of children with pressure ulcers. Nurs. Times. 2005;101(11):40-3. 3. Maia ACAR, Blanes L, Pellegrino DMS, Dini

GM, Ferreira LM.Tradução para a língua portuguesa, adaptação cultural e validação da Escala de Braden Q. Rev Paul Ped (in

Pub). 2011.

1Enfermeira estomaterapeuta. Curso de Aperfeiçoamento:Pesquisa Científica em Cirurgia- Unifesp [email protected]

2. Enfermeiro estomaterapeuta. Doutor em Ciências da Saúde- Unifesp

3. Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Unifesp

4. Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Unifesp

5.Médica. Professora Titular da Disciplina Cirurgia Plástica. Unifesp

.

TRABALHO 17

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PELÍCULA DE CELULOSE NO TRATAMENTO DE FITOFOTODERMATOSE

CARLA DUARTE GARCIA1

ELBIA REGINA PEREIRA DE SOUZA2

JÉSSICA EVERTHY CAROLINO3

INTRODUÇÃO Há várias plantas que contém uma substância conhecida como furocumarina, que produz na pele reações

fototóxicas por estimulação da luz, particularmente, a luz ultravioleta A (320nm a 400nm). Essas reações são conhecidas como

fitofotodermatoses. Geralmente, surge dentro de 24 até 72 horas após o contato e caracteriza-se por eritema, conseqüente

formação de vesículas e bolhas e pigmentação, dependendo da intensidade da reação. As plantas podem causar

fitofotodermatoses, principalmente as que pertencem à família das rutáceas, plantas produtoras de frutas cítricas, como a

laranja (Citrus sinensis), o limão-galego (Citrus limmonia), o limão Taiti (Citrus medica), a tangerina ou mexerica (Citrus reticulata

ou Citrus nobilis) e outras, como a arruda (Ruta graveolens). A dermatose desencadeada pode ser localizada nas mãos,

usualmente, no seu dorso, assim como nos locais tocados por elas, sendo comum aparecer na pele de outras pessoas,

especialmente, crianças, tocadas por essas mãos. Isso ocorre pelo conhecido fato de que as furocumarinas (metoxipsoralenos)

estão abundantemente presentes nas cascas dessas frutas. A classificação da lesão vem de encontro com a descrição da

queimadura de segundo grau que acomete e epiderme e derme, são extremamente dolorosas e há presença de bolhas com

exsudato seroso. A assistência ao paciente, assim como o manejo e o tratamento especifico, exige do enfermeiro conhecimento

e estratégias para a indicação da cobertura ideal. A película de celulose é uma cobertura biocompatível produzida pela

bactéria Acetobacter xylinum, um microrganismo encontrado na natureza, em frutas e legumes em decomposição. Após uma

série de procedimentos industriais passa a ter grande resistência mecânica e se torna impermeável a líquidos, mantendo a

permeabilidade a gases, formando uma barreira bacteriológica. Outra característica é a atenuação ou mesmo a eliminação da

dor, redução do tempo de tratamento e diminuição do custo com coberturas secundárias e internações

OBJETIVO Avaliar a eficácia da película de celulose em paciente com fitofotodermatose.

METODOLOGIA Estudo de caso de um paciente durante o período 01 de janeiro de 2011 á 31 de janeiro de 2011 em Pronto

Atendimento no município de São Paulo. Foram realizados registros fotográficos e o acompanhamento do caso foi autorizado

mediante termo de livre consentimento assinado pelo familiar do paciente. Aprovado pela Comissão de Ética da Instituição

RESULTADOS P.H.S.K., masculino, 17 anos, compareceu a unidade de Pronto Atendimento após contato com limão realizando

caipirinhas e se expondo ao sol, iniciou quadro com aparecimento de eritema, bolhas e dor intensa. Na avaliação inicial referia

dor e apresentava bolhas na região do dorso das mãos. No terceiro dia de curativo realizado desbridamento mecânico com a

retirada de tecido desvitalizado, apresentando tecido viável à aplicação da película de celulose. O paciente retornou no período

de 72 horas sem queixas álgicas e após avaliação constatada aderência da membrana, com a orientação do retorno a cada dois

dias. Manteve a película de celulose durante 26 dias apresentando boa evolução de cicatrização com desprendimento da

membrana recebendo alta com orientações

CONCLUSÕES O conhecimento do enfermeiro no que tange a dermatologia e o uso de novas tecnologias é um diferencial na

assistência. A indicação da película de celulose bacteriana é válida e segura no tratamento de lesões fitofotodermatoses

proporcionando aceleração da cicatrização, dispensando a troca de curativos secundários, minimizando o trauma e a dor. A

orientação sobre a atuação da cobertura proporcionou confiança e aderência do paciente ao tratamento e tranqüilidade da

família com as ações propostas trazendo parceria e um excelente resultado no processo cicatricial.

REFERENCIAS

1. Reis, VMS. Dermatoses provocadas por plantas (fitodermatoses). Anais Brasileiros de Dermatologia, 2010 85 (4).

2. Vale ECS. Primeiro Atendimento em queimaduras: a abordagem do dermatologista. An. Bras.Dermatol,2005 80(1).

3. Galli, R. Estudo comparativo entre o rayon e a membrana de celulose produzida por

bactéria (Bionext®) como nova alternativa para o tratamento de queimaduras de

segundo grau.Revista Brasileira de Queimaduras,2010 9(4):155-215.

4. Vieira, J.C. eta al.Menbrana porosa de celulose no tratamento de queimaduras.Arquivos Catarinenses de Medicina,2007 36(1)

1. Carla Duarte Garcia. Enfermeira Assistencial da Unimed Paulistana CPAZL. Pós-Graduação em Urgência e Emergência.2. Elbia Regina Pereira de Souza. Coordenadora de Enfermagem da Unimed Paulistana CPAZL. Pós-Graduação em Administração Hospitalar.3. . Enfermeira Assistencial da Unimed Paulistana CPAZL. Pós-Graduação em Administração Hospitalar.Relatora do Trabalho. Telefone (11) 9956-6574. Email: [email protected]

TRABALHO 18

Título: Diagnósticos de Enfermagem prioritários no Lesado Medular: Estudo de caso clínico

Autores: Bruna Prini Rafaldini (1); Paula Buck de Oliveira Ruiz (2); João Junior Gomes(3); Nadia Aparecida Poletti (4);

Introdução: O enfermeiro naturalmente desenvolve papéis nos âmbitos educativo, gerencial, na coordenação e

implementação da assistência de Enfermagem ao paciente , à família e à comunidade, tornando-se integrante

essencial na recuperação e cuidado com pacientes portadores de lesão medular. Atualmente o IBGE identificou que

14,5% da população brasileira como portadora de deficiência física (1). O inevitável comprometimento da estrutura da

pele está no grupo das complicações mais freqüentes na pessoa com lesão medular, por surgir como resultado do

repouso prolongado no leito ou permanência por longo período na mesma posição (2). Dado que afirma a

necessidade de conhecimentos de enfermagem específicos e assistência sistematizada proporcionando cuidado

integral e humanizado ao lesado medular. Nesse contexto torna-se importante a realização da sistematização da

assistência de enfermagem e, a definição de Diagnosticos de Enfermagem específicos para o cuidado com

pacientes portadores de lesão medular, contribuindo para uma assistência qualificada, facilitando assim, a

recuperação do paciente e a reabilitação em conjunto com a familia. Objetivo: Será identificar os Diagnosticos de

Enfermagem mais freqüentes em um paciente com lesao medular. Metodologia: Por se tratar de um projeto de

pesquisa para elaboração do trabalho de conclusão de curso de especializacao em estomaterapia, está em fase de

aprovação pelo comitê de ética. Estudo de caso baseado na situação real de paciente que oferece um método de

tomada de decisão clínica e permite a investigação em profundidade de uma pessoa. (3) . O sujeito deverá ser

atendido em domicilio por um serviço de atenção especializada do interior de São Paulo, ser portador de lesão

medular com paraplegia ou tetraplegia. Os diagnósticos de enfermagem serão baseados na taxonomia II NANDA

Internacionaol 2009-2011, definidos por meio do raciocínio Risner. O instrumento de coleta será o mesmo utilizado

durante a entrevista clinica da instituição de saúde que atenderá o paciente. Resultados esperados: A identificação

dos diagnósticos de enfermagem relevantes na atenção ao paciente que sejam pertinentes ao cuidado em domicilio,

que atendam as necessidades primordiais do binômio paciente e família visando a superação das limitações

impostas pelo comprometimento neuromuscular proveniente da lesão medular.

Heck A. Brasil, um país de pessoas com deficiência. [on line] 2005 [citado 2 ago 2011]; Disponível em: URL:

http://www.entreamigos.com.br/noticias/BrasilRadiografia.html.

Scramin A. P.; Machado W. C. A. Cuidar de pessoas com tetraplegia no ambiente domiciliário:

intervenções de Enfermagem na dependência de longo prazo. Esc Anna Nery R Enferm 2006 dez; 10

(3): 501 – 8

Muller-Staub M, Stuker-Studer U. Clinical decision making: fostering critical thinking in the nursing diagnostic

process through case studies (German). Pflege. 2006;19(5):281-6.

TRABALHO 21

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM FRENTE AO EXTRAVASAMENTO DE ANTINEOPLASICOS EM

ONCOPEDIATRIA.

Dreiciene Moreira da Silva; Ana Flávia Bezerra, Carlos Oliveira Rocha, Stela Márcia Draib Gervásio

O câncer infantil é um grave problema de saúde pública sendo a principal causa de mortalidade em crianças e

adolescentes brasileiros até 18 anos. Dados epidemiológicos sobre o câncer infantil mostram que o avanço científico

na área oncológica promoveu grandes oportunidades de cura, quando o diagnóstico é feito precocemente e o

tratamento é especializado. Neste sentido, o tratamento antineoplásico, torna-se imprescindível para o sucesso da

cura destes pacientes. Contudo, alguns antineoplásicos são dotados de toxicidade dermatológica local quando há

extravasamento destes, comprometendo vasos sanguíneos e tecidos adjacentes, causando dor, irritação ao longo

do seu trajeto venoso e inclusive podendo acarretar em necrose da região acometida. A incidência de

extravasamento está em torno de 0,1 a 6% do total de antineoplásicos administrados sendo as seqüelas e danos

teciduais relacionados às drogas empregadas e a concentração administrada. O extravasamento de drogas

antineoplásicas pode ser prevenido, diagnosticado precocemente e ter intervenções e seguimento de enfermagem

mais adequados, por meio da utilização de protocolos específicos. Objetivo: Destacar a importância da assistência

de enfermagem frente ao extravasamento de antineoplásicos em oncopediatria. Método: Revisão integrativa e

sistemática da literatura, sendo revisados 52 artigos publicados de 1997 a 2011 e selecionados de bibliotecas

virtuais como Scielo e Lilacs. Resultados: O diagnóstico precoce, a suspeita ou ocorrência de extravasamento em

oncopediatria deve ser acompanhado por meio de instrumentos e protocolos específicos. Frente ao extravasamento

de antineoplásico deve-se proceder: 1-Interromper imediatamente a infusão da droga; 2- Realizar aspiração do

máximo de medicação extravasada possível; 3- Remover o dispositivo intravenoso periférico com cuidado para não

provocar lesões adicionais; 4- Instalar compressas frias ou quentes conforme droga extravasada; 5- Medir a

circunferência do membro afetado para comparações seguintes; 6- Cobrir levemente com um curativo estéril

oclusivo; 7- Registrar no prontuário ou formulário específico a quantidade extravasada, os sinais e sintomas

apresentados, as medidas e orientações realizadas; 8- Observar regularmente a presença de dor, eritema e sinais

de necrose; 9- Fotografar o membro para documentação e reavaliação das condutas; 10- Manter vigilância rigorosa

e controle seqüencial por telefone, durante as 24 e 48 horas subseqüentes ao incidente. Conclusão: O

extravasamento de antineoplásicos é uma das complicações agudas mais severas relacionadas à administração

endovenosa dessa modalidade de tratamento. A padronização dos cuidados de enfermagem, para a administração

destes e intervenção nos casos de extravasamento, é uma importante medida para a segurança do paciente. É de

suma importância a observância de protocolos de extravasamento de antineoplásicos previamente estabelecidos.

Cabe ao profissional enfermeiro a aquisição do conhecimento técnico-científico, sendo de sua competência ética e

legal evitar e minimizar qualquer iatrogênia ocorrida com o paciente durante a infusão do antineoplásico.

REFERENCIAS

ANDRADE, M; SILVA, S. R. Administração de quimioterápicos: uma proposta de protocolo de enfermagem. Revista Brasileira de

Enfermagem. Brasilia, vol. 60, n.3. 2007.

BHUNHEROTTI, M. R. Intervenções no extravasamento de quimioterápicos vesicantes: revisão integrativa da literatura. 2007.

143f. Dissertação de mestrado, USP. Ribeirão Preto.

CHANES, D. C; DIAS, G. C; GUTIERREZ, M. G. R. Extravasamento de drogas antineoplásicas em pediatria: algoritmos para

Prevenção, Tratamento e Seguimento. vol. 54, n.3.2008. p. 263-273.

CICONA, E. C. Crianças e adolescentes com câncer: experiências com a quimioterapia. 2009, 143f. Dissertação (Mestrado em

Enfermagem junto ao Programa de Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública) – Universidade de São Paulo, Ribeirão

Preto, 2009.

FONTES, C. A. S; ALVIM, N. A. T. Human relations in nursing care towards cancer patients submitted to antineoplasic

chemotherapy. Acta Paulista de Enfermagem. São Paulo, vol. 21, n.1, Jan/Março 2008.

TRABALHO 22

O cuidado domiciliar de paciente com úlcera de membro inferior associada a edema linfático : relato de experiência

Arlei Rodrigues

O cuidado de enfermagem a pacientes com feridas é de extrema importância e deve considerar essencialmente o

acompanhamento de todas as etapas do tratamento no que se refere à evolução do processo cicatricial, as condutas

terapêuticas as condições sistêmicas da pessoa e o planejamento da assistência. Para complementar o enfermeiro

deve ainda acolher e planejar junto ao paciente o ambiente em que será exercido esse cuidado. Deste modo esta

investigação tem por objetivo relatar a experiência de enfermagem quanto ao cuidado domiciliar de paciente com

úlcera de membro inferior associado a edema linfático. Trata-se de uma investigação do tipo relato de experiência,

realizado na cidade de Birigui- SP no período de março a setembro de 2010 com uma pessoa do sexo masculino

portador de úlcera venosa na perna esquerda associada a edema linfático. Ao exame inicial verificou-se que o

paciente apresentava uma ulcera com evolução de trinta e cinco anos, associada a edema linfático, deformidades no

pé e odor de forte intensidade. Para começar o tratamento foi preciso preparar o paciente para adesão, pois tratava-

se de uma pessoa com idéias pré concebidas a respeito da ferida, e que já havia passado por sucessivos

tratamentos, que frustraram suas expectativas já que não culminaram com a cicatrização. Após avaliação local e

sistêmica e com a obtenção da adesão ao tratamento domiciliar procedeu-se a limpeza rigorosa da ferida e optou-

se por aplicar um curativo primário de hidrofibra , curativo secundário com gaze de algodão, aplicação de terapia de

contenção com bota de Unna a 23 mmhg com associação de terapia de compressão com Faixa Elástica a 40

mmhg . As trocas de curativo eram realizadas a cada três dia devido a grande quantidade de exsudato. Foi ainda

iniciado tratamento médico com o antibiótico Ciprofloxacina 500 mg durante um período de quatorze dias. Durante

as três primeiras semanas observou-se dificuldade de adaptação do paciente ao tratamento e maceração da pele

perilesional devido a quantidade de exsudato. Na quarta semana a ferida foi acometida por uma infestação de

larvas do tipo miiase, sendo retiradas 200 larvas de forma mecânica da lesão. Neste sentido identificou-se neste

período uma involução da lesão e foi necessária intervenção junto aos familiares devido as condições precárias de

higiene do ambiente, no qual o paciente vivia . Após a quinta semana de tratamento verificou-se a diminuição de

50% do edema, tecido de granulação vermelho brilhante, ilhas de epitélio espalhadas sobre o leito da ferida e

contração das bordas que levou a uma redução de 40% nas dimensões. Assim ficou estabelecido troca de curativos

três vezes por semana , em uma fase que manteve a diminuição progressiva das dimensões da ferida e do edema.

Ao final de seis meses houve a epitelização total da ferida e a alta do paciente. Neste caso é foi possível concluir

que o cuidado de enfermagem adequado e a participação do paciente e familiares conduziu a melhora na qualidade

de vida.

End: Sebastião Custódio 1836 res.Simões fone: (18) 3644-5350 cel (18) 97929106 email:

[email protected]

TRABALHO 23

USO DE ENXAGUATÓRIO DE POLI-HEXA METILENOBIGUANIDA (PHMB) NO TRATAMENTO DE CANDIDÍASE

OROFARÍNGEA (C.O) – RELATO DE CASO.

GERALDO BLSS, COSTA RA, VILLA PR, KLUMPP CC, MONETTA L O tratamento de diversas

patologias pode exigir o uso prolongado de corticoterapia, antibioticoterapia e inibidores da bomba de prótons. O uso de

tais fármacos e principalmente a imunossupressão causada pelos corticosteróides caracteriza importante fator de risco

para o desenvolvimento de Candidíase Oral (C.O.) e esofágica7. A C.O. é a infecção fúngica mais comum em pacientes

imunossuprimidos1, Candida albicans é a espécie mais frequente, no entanto, outras espécies como C. tropicalis,

C.glabrata, C. Krusei e C. parapsilosis, também têm sido identificadas2. A Association of the Infectious Diseases Society

of America (AIDSA) recomenda a associação de antifúngicos e uso de anti-sépticos orais no tratamento da C.O.3

Atualmente, tem-se recomendado como tratamento o uso de clotrimazol, nistatina, miconazol, e fluconazol4. Inúmeros

estudos têm apresentado as vantagens do uso da poli-hexa-metilenobiguanida (PHMB), um agente antimicrobiano

catiônico biguanídico, que interage com ácidos carregados negativamente nas moléculas de fosfolipídios presentes na

membrana de bactérias, protozoários e fungos, incluindo as leveduras. Proporciona maior fluidez, aumento da

permeabilidade e perda da integridade celular, causando extravasamento de eletrólitos citoplasmáticos, em particular,

sódio e potássio, o que leva a lise dos microrganismos5. Conhecido por possuir efeitos antimicrobianos superior a

outros biocidas catiônicos, como a clorexidina, o PHMB apresenta amplo espectro contra a maioria das espécies de

Cândida6. O perfil de toxicidade do PHMB confia elevada segurança no seu uso para o tratamento de afecções em pele

e mucosas, o que justifica sua indicação no tratamento de ceratite ocular por Acanthamoeba Keratitis e na composição

de formulações para manutenção de lentes de contato.8 O estudo objetivou relatar os resultados do uso de

enxaguatório bucal com PHMB 0,2% como coadjuvante no tratamento em um paciente acometido por C.O. Paciente

I.O., 31 anos, com púrpura trombocitopênica idiopática secundária ao HIV, submetido a corticoterapia contínua por 60

dias, queixando-se de saliva escassa, alteração de paladar, dificuldade na deglutição de alimentos sólidos e dor em

cavidade oral. Ao exame físico foi observado: lábios ressecados, saliva espessa e esbranquiçada, eritema, papilas

proeminentes em base da língua com presença de lesão e aprofundamento do sulco mediano, caracterizando

diagnóstico de C.O. No dia 0 de tratamento, foi orientado e esclarecido pela enfermeira a realizar três bochechos diários

com enxaguatório bucal contendo PHMB 2% e a proceder adequadamente a higiene oral diária. Foram realizados

registros fotográficos da cavidade oral nos dias da avaliação do tratamento. Durante todo o período manteve

corticoterapia e nos primeiros 14 dias fez uso de fluconazol 150mg/dia. Conforme a AIDSA, o diagnóstico e seguimento

da C.O. baseia-se em critérios clínicos4, devido a inexistência de um instrumento validado para avaliação de mucosite

não relacionada a quimioterapia. Para análise dos resultados, os autores definiram os sinais e sintomas do paciente

como parâmetros de avaliação, analisado-os nos dias 0, 4, 13 e 35 de tratamento. No 4ºdia observou-se melhora

importante na coloração do leito da língua, eritema e lesões, sendo relatado pelo paciente, melhora da algia e

deglutição desde o 2º dia de tratamento. No 13º dia nenhum sintoma ou sinal clínico de C.O. foi observado, sendo

descontinuado o uso do enxaguatório. Porém, após 7 dias, o paciente queixou-se de retorno das alterações da mucosa

oral, quando foi reintroduzido o uso do enxaguatório na mesma freqüência, mantendo seu uso de forma profilática,

conduta esta que manteve o paciente sem retorno do quadro.

REFERENCIAS:

1Klein RS, Harris CA, Small CB, et al. Oral candidiasis in high-risk patients as the initial manifestation of the

acquired immunodeficiency syndrome. N Engl J Med 1984; 311:354–8.

2Rex JH, Rinaldi MG, Pfaller MA. Resistance of Candida species to fluconazole. Antimicrob Agents Chemother

1995; 39:1–8.

3Guidelines for Prevention and Treatment of Opportunistic Infections in HIV-Infected Adults and Adolescents

Recommendations from CDC, the National Institutes of Health, and the HIV Medicine Association of the Infectious

Diseases Society of America Morbidity and Mortality Weekly Report www.cdc.gov/mmwr Recommendations and

Reports April 10, 2009 / Vol. 58 / No. RR-4

4Van Roey J, Haxaire M, Kamya M, Lwanga I, Katabira E. Comparative efficacy of topical therapy with a slow-

release mucoadhesive buccal tablet containing miconazole nitrate versus systemic therapy with ketoconazole in

HIV-positive patients with oropharyngeal candidiasis. J Acquir Immune Defic Syndr 2004; 35: 144–50.

5Silva, N.C.L., et al. Demonstração do efeito microbicida das moléculas de PHMB sobre as leveduras. VI Congresso Pan-Americano e X

Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. Porto Alegre, 2006.

6Larson, E.L., Macginley, K.J., Leyden, J.J., et al. Skin colonization with antibiotic-resitent (JK Group) and antibiotic-sensitive lipophilic

diphtheroids in hospitalized and normal adults. J.Infect. Dis. 153, 701-706.

7Chocarro Martínez A, Galindo Tobal F, Ruiz-Irastorza G, González López A, Alvarez Navia F, Ochoa Sangrador

C, Martín Arribas MI. Risk factors for esophageal candidiasis. Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2000 Feb; 19 (2):96-

100.

8Alfawaz, A. Radial Keratoneuritis as a presenting sign in acanthamoeba keratitis. Middle East Afr J Ophthalmol. 2011 Jul; 18(3):252-5.

TRABALHO 24

LASERTERAPIA ASSOCIADA AO USO DE MEMBRANA POLIMÉRICA COM PRATA NO TRATAMENTO DE ÚLCERA CAUSADA

POR ANEMIA FALCIFORME: ESTUDO DE CASO

SIMÕES CR, FARIA G, MONETTA L

A anemia falciforme é o resultado de uma alteração genética caracterizada pela hemozigose de um gene que designa uma

hemoglobina anormal denominada de hemoglobina S (HbS), a qual provoca a alteração dos eritrócitos fazendo-os tomar a forma de

“foice” (1). No Brasil, aproximadamente 0,3% da população negra é afetada pela doença e estima-se a existência de pelo menos dois

milhões de portadores da HbS (heterozigotos) (2). Dentre as complicações presentes nesta patologia encontra-se a úlcera de membros

inferiores, tipicamente ao redor do maléolo e mais freqüentemente bilaterais. A causa destas lesões ulcerativas é complexa e

multifatorial, o que leva a uma difícil cicatrização, com alta taxa de recorrência (2-3). Terapias coadjuvantes no tratamento de feridas

incluem o uso do LASER de baixa potência (Light Amplification by the Stimulated Emission of Radiation), que consiste em uma energia

luminosa (fóton) monocromática, coerente e colimada com a capacidade de provocar mudanças na permeabilidade da membrana

mitocondrial gerando um aumento do nível de ATP na célula(4-5). Na fase inflamatória da cicatrização, o LASER promove a

fotobiomodulação celular, produzindo fatores de crescimento e reduzindo o número de células inflamatórias. (6) Na fase proliferativa, sua

ação estimula a neoangiogênese e a contração da ferida. Muitos autores têm investigado os efeitos bioestimulatórios da laserterapia em

vários campos de pesquisa, como cultura de células, cicatrização muscular e de feridas, estimulação neural e hormonal e diminuição da

dor. (7) O objetivo deste estudo foi relatar os resultados do tratamento de um paciente no tratamento tópico de lesão ulcerativa por

anemia falciforme utilizando membrana polimérica com prata associada a laserterapia de baixa potencia, GaAIAs de 830nm

(infravermelho) e InGaAIP de 655nm (vermelho). Paciente com 28 anos, sexo masculino, raça negra, com diagnóstico clínico de anemia

falciforme, com acompanhamento de médico hematologista, referindo intensa queixa álgica durante a manipulação e em episódios

noturnos (valor 7 de 10), exsudato sero-purulento em média quantidade, bordos macerados, leito recoberto parcialmente (cerca de

70%) por tecido desvitalizado; faz uso de ácido fólico, sulfato de zinco, complexo B, hidroxiuréia, pidolato de magnésio e omeprazol.

Foram realizados 39 curativos, na freqüência de 3x/semana, com acompanhamento semanal da enfermeira especialista em

dermatologia do serviço. O tratamento tópico consistiu em limpeza da lesão com soro fisiológico 0,9% morno; higienização da pele

íntegra na margem da ferida com PHMB degermante; desbridamento enzimático com solução de papaína a 2% por 15 minutos, apenas

até o desbridamento do tecido desvitalizado; laserterapia de baixa potência e cobertura da lesão com membrana polimérica com prata.

A aplicação do laser era realizada no modo pontual, margiando a ferida e varredura no centro da mesma, com uma distância mínima

possível entre a caneta e a ferida, sem proporcionar contato. O paciente foi orientado pela enfermeira e esclarecido sobre os objetivos

do tratamento, assinando espontaneamente o termo de consentimento informado. Na segunda semana de tratamento, relatou melhora

significativa da algia não relacionada a troca do curativo, com remissão completa em 5 semanas, porém, manteve queixa álgica (de

valor 7 em 10) durante o manuseio da ferida até a 12ª semana. Na a 4ª semana foi concluído o desbridamento enzimático e suspensa a

papaína. Na 8ª semana de curativos, pode-se observar diminuição significativa da exsudação, passando de purulenta a serosa, e na

16ª semana, o tratamento proposto apresentou sucesso com a epitelização total da úlcera. Os resultados positivos obtidos neste caso

nos estimulam a continuar estudando os efeitos da laserterapia e da cobertura de membrana polimérica em pacientes com úlceras de

difícil do tratamento tópico.

Referências:

1Loureiro Monique Morgado, Rozenfeld Suely. Epidemiologia de internações por doença falciforme no Brasil. Rev. Saúde

Pública [serial on the Internet]. 2005 Dec [cited 2011 Sep 20] ; 39(6): 943-949. Available from:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102005000600012&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-

89102005000600012.

2Stypulkowski Jaíne B., Manfredini Vanusa. Alterações hemostásicas em pacientes com doença falciforme. Rev. Bras. Hematol.

Hemoter. [serial on the internet]. 2010 Feb (cited 2011 Sep 05]; 32(1): 56-62. Available from:

http://www.scielo.com.br//scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-8484420100001000014&Ing=en.Epub Feb 26,2010.

http://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842010005000001.

3Ruiz Milton A. Anemia falciforme: objetivos e resultados no tratamento de uma doença de saúde pública no Brasil. Rev. Bras. Hematol.

Hemoter. [serial on the Internet]. 2007 Sep [cited 2011 Sep 05]; 29 (3): 203-204. Available from:

http://www.scielo.com.br//scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842007000300001&Ing=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-

8484200700300001.

4Aguimar de Matos Bouruinon-Filho, Alfredo Carlos Rodrigues Feitosa, Gilson Correia Beltrão, Rogério Miranda Pagnoncelli. Utilização

do Laser de Baixa Intensidade no Processo de Cicatrização Tecidual. Revisão de Literatura. Rev. Portuguesa de Estomalogia, Medicina

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5Kátia Simone de Souza, Antonio Carlos Tavares de Lucena, Alice Cristina Sampaio do Nascimento, Anderson da Silva Araújo. O uso

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Pernamb, 2007; 52 (1): 45-50.

6OLIVEIRA MMM, SOUZA APO Efeitos do laser de baixa potência (685 nm) na cicatrização de feridas cutâneas.

http://forumenfermagem.org/feridas/2011/04/efeitos-do-laser-de-baixa-potencia-685nm-na-cicatrizacao-de-feridas-cutaneas-artigo-

original-de-investigacao/ 2011.

7LUCAS C, GEMERT MJC, HAAN RJ. Efficacy of low-level laser therapy in the management of stage III decubitus ulcers: a prospective,

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