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Apostila deSantificação

“E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo”(Êxodo 19:6b ACF)

http://seladonapromessa.wordpress.com

31/01/2011

Vinícius Damasceno do Nascimento

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Apostila de Santificação 1

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CONTEÚDO

O AUTOR ..........................................................................................................................................2

ESCLARECIMENTOS INICIAIS ..................................................................................................................3

1. CONSAGRAR OU SANTIFICAR?.......................................................................................................5

2. SANTIDADE OU SANTIFICAÇÃO… QUAL A DIFERENÇA?.......................................................................7

3. CONSAGRAÇÃO… SINÔNIMO PARA SANTIFICAÇÃO?........................................................................13

4. COMO NOS CONSAGRAR? ..........................................................................................................17

5. COMO DEUS NOS SANTIFICA? .....................................................................................................26

6. A UNÇÃO É VÁLIDA NO NOVO TESTAMENTO?................................................................................29

7. CONCLUSÃO ............................................................................................................................35

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................38

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Apostila de Santificação 2

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O AUTOR

Nasci de novo pela conversão em Cristo Jesus em umaencenação de Páscoa realizada em uma Igreja Batista Tradicional noano de 1988. Ao final daquele mesmo ano, em 4 de setembro, passeipelas águas do batismo. Hoje, como membro de uma IgrejaPentecostal Assembléia de Deus, busco crescer espiritualmentepermanentemente, e aprendi que devo dar graças a Deus pelaexistência de todas as denominações e igrejas que pregam as boasnovas do Evangelho de Cristo. Ultrapassei a barreira do entender epassei a saber que denominação não salva, mas Cristo. Hoje, sinto nomais profundo do meu coração que Jesus não ensinou nenhuma dasdoutrinas pregadas pelas denominações atuais, mas a própria doutrinade Deus. Doutrinas denominacionais derivadas de interpretaçõesteológicas da Bíblia, a verdadeira doutrina de Deus, são posiçõespassíveis de falha, e cada busca por defender esta ou aquela correnteteológica é campo vasto para dissidências religiosas e perda de tempoprecioso para propagação do simples e bom evangelho da salvação.

Não sou teólogo e nem um estudante de teologia, mas umestudioso da Bíblia desejoso de alcançar a estatura de varão perfeito(Efésios 4.13), “como obreiro que não tem de que se envergonhar, quemaneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15). Não desmereço oestudo teológico, mas me acautelo do mesmo como de qualquer outraciência humana, pois o próprio Apóstolo Paulo, quando ainda eraSaulo, tendo o mais profundo conhecimento teológico e tendo sidoensinado por um dos melhores professores da época, veio a possuirinterpretação equivocada do Tanakh e de suas profecias messiânicas.A exemplo de Paulo, que somente veio a compreender o realsignificado das escrituras quando teve uma real e verdadeiraexperiência com Deus, creio que seminários, cursos teológicos emesmo o estudo autodidata da teologia, não garantem o crescimentoespiritual do verdadeiro cristão, e muito menos a formação de umalíder religioso, como um pastor. Desta feita, reafirmo o tão conhecido‘sola escriptura’ defendida por Martinho Lutero, ou seja, da mesmaforma que os dogmas da Igreja Católica não podem suplantar a Bíblia,as interpretações teológicas também não o devem.

Como estudioso da Bíblia, valorizo sobremaneira o estudo daBíblia em seus idiomas originais (hebraico, aramaico e grego) por crerque, apesar dos tradutores existentes realizarem obras magníficas ede grande valor para a proclamação do evangelho, as traduçõessempre apresentam perdas de significado e tendências doutrinárias dequem as realizam. Ainda, apesar desta importância que imputo aoestudo dos idiomas originais, não sou especialista em nenhum deles,podendo ser classificado apenas como um leigo pesquisador ou umautodidata muito limitado, valendo-me muito de léxicos (dicionários) esoftwares que permitem análise exegética facilitada.

Como pregador leigo e professor de escola bíblica aprendi aimportância e as benesses de se estudar e aprofundar no

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Apostila de Santificação 3

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conhecimento da Bíblia. Logo, tento através desta apostila transmitirum pouco do que Deus tem me concedido compreender sobre Ele.

Vinícius Damasceno do Nascimento

ESCLARECIMENTOS INICIAIS

Foi empregado como referência para o hebraico (AntigoTestamento) o texto da Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS) e para ogrego (Novo Testamento) o Texto Bizantino ou Texto Recebido (TR).Em relação à BHS ser a melhor referência para o estudo do textohebraico conforme os manuscritos originais não existem divergênciasrelevantes, mas em relação ao Texto Recebido em detrimento doTexto Crítico (TC), não se pode dizer o mesmo.

O que posso explicar sobre a decisão de empregar o TRneste trabalho, em sucintas palavras, é que o considero melhorpreservado. Com esta palavra não desprezo a importância histórica doTexto Crítico e sua capacidade de difundir o plano redentor de Cristo,mas, tendo consciência sobre a qualidade espiritual dos textosexistentes, não seria lógico empregar qualquer texto inferior ao melhordisponível, que é o Texto Recebido.

Esta posição contundente em relação ao Texto Recebidoestá firmada basicamente em:

1) Isaías 40:8; 59:21 e 1 Pedro 1:25, onde afirmam que aspalavras de Deus não se desviariam da nação eleita emmomento algum, ou seja, nunca se perderiam,permanecendo para sempre, condição esta não atendidapelo TC que, apesar de ser o mais antigo em datação(século II d.C.), só foi encontrado em 1844 (principalmanuscrito – Sinaiticus); e

2) Atos 2:42, 1 Coríntios 11:2, Gálatas 1:9, 2 Timóteo 3:14e 2 Tessalonicenses 2:15, dentre tantas outraspassagens, que afirmam, para perseverarmos nadoutrina e no evangelho dos apóstolos, tal qual foramensinados, condição esta também não atendida pelo TC,pois não foi o texto a nós repassado pelos nossos paisna fé, haja visto que ficou perdido por muito tempo,sendo divulgado somente no século XIX. O TC não foi otexto preservado pela igreja primitiva e repassado degeração em geração até nossos dias, e sim o TR.

Cabe ressaltar que ambas as condições bíblicas sãoplenamente atendidas pelo TR, por ser o texto que recebemos denossos pais na fé, cujas existências muitas vezes sacrificaram parapreservá-lo, nunca deixando que se perdesse.

Como conseqüência da posição ora apresentada não poderiaser diferente em relação ao texto em português e ficou fácil decidir

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Apostila de Santificação 4

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sobre o emprego da Bíblia na versão Almeida Corrigida Fiel (ACF) porser esta, segundo os próprios editores, a única versão em portuguêsfiel ao Texto Recebido. Ainda, como critério de emprego da ACF foi ocritério de tradução, pois emprega a equivalência formal - mais fiel aotexto original pela tradução literal palavra-a-palavra. Na equivalênciadinâmica é feita a tradução buscando-se enfatizar o pensamentooriginal, mesmo que seja a custa da literalidade. Desta feita, consideroa abordagem formal superior à dinâmica, pois nesta última, com aintenção de transmitir o pensamento faz-se, mesmo que nãointencionalmente e sem o intuito tendencioso, uma interpretaçãosegundo padrões doutrinários do tradutor. Logo, mesmo queempregando o TR e a tradução segundo a abordagem formal, com ointuito de não haver perdas no texto original, sempre que possível, foianalisado o texto no idioma original, inclusive para identificação dosversículos em que ocorrem os termos principais a serem estudados.

As indicações de palavras nos idiomas originais mantiveramas referências do Léxico de Strong, de maneira que qualquer pesquisaposterior por termo seja facilitada para o leitor. Para quem não estiveracostumado com as referências de Strong é interessante saber quesão números indicadores das palavras do Léxico de Strong eaparecerão antecedidos das letras H ou G, representando, os idiomashebraico ou grego, respectivamente.

Como exemplo, podemos citar:

H06942 - קדש - qadash - separar, santificar, onde o códigoalfanumérico H06942, indica uma palavra hebraica (H) cujo número dereferência é 06942; e

G03742 - οσιοτης - hosiotes – santidade, onde o códigoalfanumérico G03742, indica uma palavra grega (G) cujo número dereferência é 03742.

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Apostila de Santificação 5

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1. CONSAGRAR OU SANTIFICAR?“E vestirás com eles a Arão, teu irmão, e também seus filhos; e osungirás e consagrarás, e os santificarás, para que me administrem osacerdócio.”

(Êx 28:41 ACF)

Ex 28.41 deixa claro que existe distinção entre unção,consagração e santificação. Não entremos agora no mérito da palavraunção, que recebe tratamento diferenciado dos termos consagração esantificação, bem como na importância destas três condições para osacerdócio. Tratando apenas dos termos consagração e santificação,esta distinção tão nítida nesta passagem, será que é verdadeira, ou osmuitos comentários e léxicos bíblicos que as indicam como sinônimosestão certos em suas afirmações?

Mas, deixando a literatura religiosa especializada e pensandonestas palavras apenas como falantes do português, sem um contextobíblico específico… vejamos o que nos diz o Dicionário Aurélio sobreestes verbetes…

con.sa.grarVerbo transitivo direto. 1.Tornar sagrado. 2.Rel. Oferecer a Deus ouaos santos, por culto ou voto. 3.Nas religiões cristãs, converter (pãoe vinho) em corpo e sangue de Cristo. Verbo transitivo direto eindireto.4.Dedicar, votar. Verbo transobjetivo.5.Eleger. Verbo pronominal. 6.Dedicar-se. 7.Obter sucesso, fama. [C.:1] § con.sa.gra.ção sf.

san.ti.fi.carVerbo transitivo direto. 1.Tornar santo. 2.Canonizar (1). §san.ti.fi.ca.ção sf.

No português, um idioma totalmente ocidental e derivado dolatim, seria possível traduzir os sentidos originais das palavras emhebraico e grego utilizadas na Bíblia, escritas sob a ótica de umacultura totalmente oriental? Creio que não.

Mas… partindo da definição em português, ambassignificariam tornar santo ou sagrado. Qual a relevância de hojequerermos ser santos? Isto seria possível? Se possível valeria a penatamanho esforço em viver uma vida santa?

Se tivesse que empregar um versículo da Bíblia para definiras benesses de uma vida santa usaria o Salmo 1.3.

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Apostila de Santificação 6

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“Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qualdá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quantofizer prosperará.”

(Sl 1:3 ACF)

Mas como não preciso usar apenas um versículo… vejamosalguns dos muitos benefícios existentes:

A santificação permite que o homem contemple Deus(Hebreus 12.14);

A santificação é uma condição para Deus operarmaravilhas na vida do crente (Josué 3.5);

Satanás não tem poder contra a vida dos santos (Tiago4.7; Jó 2.6);

O santo não fica desamparado (Salmo 37.25); e O santo tem acesso livre a Deus (Salmo 34.17; Hebreus

10.19-23).

Muitos comentários bíblicos e livros teológicos generalizam atradução dos termos santificação e consagração, devido àcomplexidade de diferenciar as duas palavras, dizendo que sãosinônimos, chegando alguns ao equívoco de dizer que santidadetambém é sinônimo dessas duas palavras. Para continuar este estudoé necessário vermos também o que significa a palavra santidade noDicionário Aurélio.

san.ti.da.deSubstantivo feminino. Estado de santo. Sua (ou Vossa) Santidade.Tratamento dado ao Papa.

Antes de diferenciar santificação de consagração, primeironos atenhamos à palavra santidade, distinguindo-a do termosantificação.

Quando entendermos o que é santidade, santificação econsagração, então será possível responder a perguntar deste tópico.

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Apostila de Santificação 7

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2. SANTIDADE OU SANTIFICAÇÃO… QUAL A DIFERENÇA?A palavra santidade é traduzida para o português (27

ocorrências na ACF) basicamente de três palavras, 1 hebraica e 2gregas: H06942 - קדש - qadash - separar, santificar, tendo comoderivadas as palavras H06918 - קדוש - qadowsh - santo, separado, eH06944 - קדש - qodesh - separação, santidade; G03742 - οσιοτης -hosiotes - santidade; e G040 - αγιος - hagios - santo; sendo estaúltima a base para as palavras G041 - αγιοτης - hagiotes - santidade,piedade; e G042 - αγιωσυνη - hagiosune - santidade, pureza moral.

Estas palavras podem ser empregadas para designar umatributo de Deus, a Sua santidade. Também são aplicadas referindo-sea lugares e coisas, mas em proporção bem menor, sempre indicandoseparação para Deus, assim como os utensílios do templo, as vestessacerdotais e a própria casa de Deus, tanto nos céus como na Terra.Esta separação, quando as palavras são empregadas neste sentido,por vezes também aparece relacionada à pureza, ou seja, paraseparar implicaria em purificar.

O verbete hebraico H06942 - קדש - qadash - separar,consagrar, purificar, dedicar (172 ocorrências), bem como os seusderivados: H06918 - קדוש - qadowsh - santo, separado (116ocorrências) e H06944 - קדש - qodesh - separação, santidade (465ocorrências), são preponderantemente empregados para indicarseparação de lugares, coisas e pessoas para Deus. Quando taispalavras são empregadas referindo-se a Deus, deve-se entender ocontexto, pois, mesmo nesta condição, costumam indicar o lugar ondeDeus está, como pode ser evidenciado em 1 Crônicas 16.29 e Salmo60.6, onde a santidade de Deus parece ser a sua morada ou lugaronde se encontra, como o santos dos santos, o santíssimo lugar dotemplo. Entre as poucas vezes em que dão a entender que a santidadeé um atributo, podemos citar: Levíticos 10.3; 11.44; Salmos 77.13;96.9; 108.7; e Amós 4.2.

Em relação à palavra G040 - αγιος - hagios - santo (226ocorrências) e suas variantes G041 - αγιοτης - hagiotes - santidade,piedade (1 ocorrência) e G042 - αγιωσυνη - hagiosune - santidade,pureza moral (3 ocorrências), são empregadas preferencialmente emrelação a Deus (1 Pedro 1.16), sendo os termos empregados paradesignar especificamente: o Espírito Santo (Mateus 1.18), o Messias(Marcos 1.24) e o Deus-Pai (João 17.11). Algumas vezes aparececomo designando a separação de pessoas, coisas e lugares a Deus(Mateus 4.5; 27.52). Ainda, é interessante notar que a raiz destaspalavras é a mesma do verbete G053 - αγνος - hagnos - puro, santo,ou seja, mais uma vez a santidade está intimamente ligada compureza.

Já o termo G03742 - οσιοτης - hosiotes - santidade dirigidaa Deus, (2 ocorrências) é preponderantemente empregado para indicaro processo de separação do homem em busca de ser igual ao Cristo(Lucas 1.75 e Efésios 4.24). Neste sentido, entendo que deveria ser

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Apostila de Santificação 8

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traduzido mais como santificação e não santidade, ou seja, umprocesso e não uma qualidade. Entretanto, derivando da mesma raiz,o verbete G03741 - οσιος - hosios - santo, puro (8 ocorrências) éenfaticamente utilizado para indicar Jesus como um ser santo e puro,ou seja, separado do pecado (Atos 13.35; Hebreus 7.26; Apocalipse15.4;16.5), entretanto, por vezes também aparece relacionado aohomem (1 Timóteo 2.8; Tito 1.8).

Concluindo a cerca da palavra santidade, podemos dizer queesta, quando se refere a Deus aparece propriamente no original bíblicoem quatro palavras: H06918 - קדוש - qadowsh; H06944 - קדש -qodesh; G040 - αγιος - hagios (incluindo as variantes G041 e G042)e G03741 - οσιος - hosios.

Sobre as palavras santificação e o verbo santificar, (tratemoscomo palavras com radical santif- , aparecendo 161 vezes na ACF),não serão outras as palavras encontradas no original. Isto é tão certoque é possível notar que o número de ocorrências da palavrasantidade em português (161 ocorrências na ACF) foi muitodiscrepante em relação ao número de ocorrências das palavrasoriginais (172+116+465+226+1+3=983). Este saldo devedor é fruto detraduções como santificação ou santificar, e, como consagração ouconsagrar.

Se tal análise, segundo os originais, for realizada nas versõesem português da Bíblia poderá haver divergência, pois como dito,muitas vezes tais palavras do original são traduzidas como consagrarou consagração. Exemplo desta afirmação é Levítico 11.44 em que aversão revista e atualizada (ARA) traduz como “consagrareis e sereissantos”, enquanto a versão corrigida fiel (ACF) aparece como“santificareis e sereis santos”. Destaque deve ser dado a esteversículo, pois ele não só aparece algumas vezes traduzidoequivocadamente, bem como é ele uma das passagens bíblicas quemelhor explica o sentido do termo santificação como separação dascoisas impuras. Analisemos Levítico 11.44:

“Porque eu sou o SENHOR vosso Deus; portanto vós vos santificareis(H06942 - קדש - qadash), e sereis santos (H06918 - קדוש - qadowsh),porque Eu Sou santo (H06918 - קדוש - qadowsh); e não voscontaminareis com nenhum réptil que se arrasta sobre a terra;”

(Lv 11:44 ACF)

Atenção deve ser dada que o verbete empregado paradesignar o estado de santidade de Deus e o estado desejado desantidade do homem é o mesmo H06918 - קדוש - qadowsh - santo,separado, palavra variante de H06942 - קדש - qadash - separar,consagrar, purificar, dedicar. Ou seja, Deus deseja que sejamos santosassim como Ele é. Em relação ao termo H06942 - קדש - qadash,entendo que o melhor seria traduzir este texto tal qual a revista eatualizada, ou seja, “vos consagrareis e sereis santos”, não pelapalavra, mas pela pessoa que comete a ação (a explicação para esta

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Apostila de Santificação 9

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Assim como nunca poderemos, por nósmesmos, alcançar a estatura de varão

perfeito, jamais conseguiremos nosjustificar ou nos santificar. Entretanto,a Bíblia deixa todas estas ordens, pois osacrifício vivo agrada a Deus, ou seja,tentarmos o impossível pela fé é o quemostra a natureza divina em nós, pois

só para Deus não existe impossível.

posição será passada ao fim do tópico). Creio que outra opção detradução coerente seria “portanto buscais vós a santificação, e sereissantos”. Antecipando parte da dita explicação futura, podemos dizerque consagração é a busca humana da santificação, ou seja, todapassagem que afirma ser do homem a responsabilidade pelasantificação estaria imputando a ele o desejo de buscá-la através daconsagração, mas isto será visto em detalhes mais a frente.

Analisemos 1 Tessalonicenses 5.23:

“E o mesmo Deus de paz vos santifique (G037 - αγιαζω - hagiazo)em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamenteconservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor JesusCristo.”

(1Ts 5:23 ACF)

O verbete utilizado para santificação, que é o G037 - αγιαζω- hagiazo - separar para Deus, santificar, purificar, dedicar (29ocorrências) é derivado do verbete G040 - αγιος - hagios,permanecendo nas mesmas palavras já vistas, sendo este o estadopermanente de Deus e um estado possível ao homem, a santidade.Note-se que santificar nesta passagem é a palavra mais apropriada,pois a ação é divina, amparando totalmente a compreensão dastraduções em relação a Levítico 11:44.

Então deve estar surgindo neste momento duas perguntas,principalmente se você possui uma tendência de interpretação bíblica

literal tal como eu: 1ª) Quem é o responsável pelaexecução do processo de santificação do homem,

o próprio homem (Levítico 11.44) ou Deus (1Tessalonicenses 5.23)? (sei que esta

pergunta já fora parcialmenterespondida, mas carece de mais

detalhes); e 2ª) Se não há diferençade termos no original então deonde sai esta distinção entresantidade e santificação?

Respondendo aprimeira pergunta, pode-se dizerbiblicamente que, apesar de seruma obrigação do ser humano

buscar a santificação (1 Pedro1.15,16), sua execução não é uma

capacidade humana, sendo umaresposta de Deus (Levítico 21.8;22.32)

às ações do homem em buscá-la. Logo,toda vez que o verbo santificar estiver sendo

relacionado como uma ação humana, entendoque esteja indicando a tentativa ou busca do ser

humano em alcançar a santidade. Assim como nunca poderemos, pornós mesmos, alcançar a estatura de varão perfeito (Efésios 4.13),

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Apostila de Santificação 10

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Qualquer criatura possuidora do livre-arbítrio concedido por Deus, por invejado padrão máximo existente que é Deus,

poderá ter o mal em seu ser, vindo apecar. Nenhuma criatura que tenha o

mal decorrente do livre-arbítrio em suanatureza poderá ser santa por si só, ou

seja, as criaturas de Deus são santificadaspor Deus, pois por si próprias jamais

serão santas.

jamais conseguiremos nos justificar ou nos santificar. Entretanto, aBíblia deixa todas estas ordens, pois o sacrifício vivo (Romanos 12.1)agrada a Deus, ou seja, tentarmos o impossível pela fé (Mateus 17.20)é o que mostra a natureza divina em nós (Filipenses 4.13), pois sópara Deus não existe impossível (Mateus 19.26).1

Para responder a segunda pergunta não é necessário saberhebraico ou grego, pois a própria Bíblia se explica. O próprio Deus falade si mesmo: “Eu sou santo” (Levítico 11.44,45;19.2; 20.26; 21.8;Isaías 43.3,15; 48.17; Ezequiel 39.7; 1 Pedro 1.16) e nEle não há malalgum (Salmo 5.4), não podendo pecar (Hebreus 4.15) e nem sequerser tentado (Tiago 1.13). Se Deus é santo por ser a perfeita ausênciado mal sem o mínimo risco de cometê-lo (Salmo 145.17), logo, Ele é o

padrão de santificação mais alto existente, ou seja, asantidade a ser atingida pelos homens. Ou

seja, a Deus pertence a santidade etodo homem, ao buscar ser igual a

Deus, Ele o santifica, sendo este oprocesso de santificação.

Logo, podemosdeduzir que somente Deus ésanto em si mesmo, ou seja,Ele por sua naturezaperfeita e não podercoexistir com o mal, énaturalmente separado domal, 100 % puro. Qualquer

criatura livre que dEleadvenha (possuidora do livre-

arbítrio concedido) por inveja(Tiago 1.15) do padrão máximo

existente que é Deus, poderá ter omal em seu ser, assim como foi com

Lúcifer que intentou ser igual a Deus(Isaías 14.12-14) e o próprio homem (Gênesis

3.5), vindo a pecar. Para melhor entender estepensamento vejamos Tiago 1.15, pois nesta passagem fica claro que o

1 Tentar ser igual a Deus pela busca do impossível (natureza divina) é diferente de tentar ser Deus (autoridade epoder divino). Deus nos fez a Sua imagem e semelhança, pois sempre desejou que fôssemos iguais a Ele,entretanto o próprio Jesus, sendo Deus, não usurpou o ser igual a Deus (Fp 2.6). Nesta passagem, atenção deveser dada que, em português, quase que a totalidade das traduções deste texto não valorizam o artigo “o” e, mesmoque o façam, o texto ainda fica confuso de interpretar. Por mais que ocorra um desmerecimento do método detradução literalista, que muito valorizo, ao empregar este “o”, ocorre a valorização do sentido do texto original emportuguês, que entendo ser “a natureza divina”, facilitando a compreensão de quem lê. Ao empregar a frase “nãousurpou o ser igual a Deus” o leitor passa a entender mais facilmente “não usurpou da natureza divina”, ou seja, nãotentou exercer indevidamente a posição de Deus-Pai. Quando é traduzido “não usurpou ser igual a Deus”, meparece transmitir mais a idéia de não exerceu indevidamente a natureza de Deus”. Jesus e o Pai são um, logo Elenão poderia usurpar o que lhe pertence, a natureza divina, entretanto, o escritor poderia estar se referindo á posiçãoocupada pelas pessoas da Trindade, que são posições diferentes, a ponto de Jesus se sentar à destra de Deus-Paie não no centro, como Rei supremo (Hb 10.12). Deus sempre desejou que fôssemos iguais à Ele, mas nuncaaceitou que quiséssemos ser Ele. Não está assim na Bíblia, mas é como se fosse mais ou menos assim: por Jesusnão usurpar da natureza de Deus intentando ter o poder de Deus é que foi-Lhe dado todo o poder no céu e na terra.

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desejo desenfreado por aquilo que Deus proíbe (a concupiscência ouinveja) é que gera o pecado. Neste sentido, nenhuma criatura quetenha o mal decorrente do livre-arbítrio2 em sua natureza pecadorapoderá ser santa por si só, reiterando o que já foi visto: as criaturas deDeus são santificadas por Deus, pois por si próprias jamais serãosantas.

“Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e opecado, sendo consumado, gera a morte.”

(Tg 1:15 ACF)

Deve-se entender neste ponto que querer ser igual a Deus,como o pecado de Adão e o de Lúcifer, implica em ter o mesmo podere não só a mesma natureza. O pecado não está em querer ser bom,mas em ter o poder, a autoridade e a glória de Deus. Analogamente,podemos explicar esta forma de pensamento bíblico com os 10mandamentos: não é pecado desejar ser bem sucedido, ter bens ou teruma esposa, mas sim ter o sucesso do teu próximo, os bens do teupróximo e a mulher do teu próximo (Êxodo 20.17). Da mesma formanão é pecado querer ter a natureza divina, pois para isto fomoscriados, mas é pecado sim querer ter o poder divino, ou seja, ser Deusem toda a sua plenitude.

Concluindo a cerca do processo de santificação, podemosdizer que os termos que apresentam este sentido, aparecempropriamente no original bíblico em: H06942 - קדש - qadash; G037 -αγιαζω – hagiazo; e G03742 - οσιοτης - hosiotes.

Desta feita, agora fica fácil concluir que:

Santidade é o estado de quem é santo, ou seja, umatributo exclusivo de Deus, pois somente Ele é santo por sisó, ou seja, puramente santo, pois nEle nunca houve, nãoexiste e nunca haverá mal algum. Deus é o único ser cujanatureza é 100% santa, por ser 100% puro. Neste sentido, osditos santos nesta Terra não o são. Não estou com istodesacreditando a salvação das pessoas, mas dizendo a puraverdade: estes santos católicos ainda não o são, pois aindanão foram santificados por Deus em sua plenitude, se Deusassim o fizer no Dia do Juízo. Muito menos o Papa que échamado de Santidade, sendo este um atributo exclusivo deDeus. Santificação é um processo iniciado com a revelaçãode Deus como Santo, levando o homem à busca em sersanto, contudo sua execução compete puramente a Deus, ouseja, é o processo pelo qual o homem recebe a santidadepela ação única e exclusiva de Deus. Esta busca do homemem santificar-se, apesar de por si só ser impossível, pode serdefinida como uma tentativa deste purificar-se pela separação

2 O livre-arbítrio não gera o mal, mas é ele que permite que o mal nasça no coração do homem. O mal porsi só sempre existirá e não é o livre-arbítrio que o dá vida, mas é ele que permite ao homem decidir entreescolher os dois caminhos existentes: o bem e o mal.

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Apostila de Santificação 12

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do mundo, pelo afastamento do pecado e pela busca em seaproximar do caráter divino, com o fim de alcançar a salvaçãoe, portanto, a santidade. Neste sentido, em que o homembusca a semelhança da natureza divina, santificar não é atentativa humana de purificar-se pela separação do pecado,mas a ação de Deus separar o homem do pecado. Ou seja, asantificação só será alcançada plenamente quando ocorruptível for revestido da incorruptibilidade e o mortal daimortalidade. Isto só ocorrerá quando tivermos nossos corposcarnais transformados em corpos espirituais (1 Coríntios15.52-54). Santificação implica em mudança de natureza eisto não é possível ao homem, somente a Deus, nos despindodo velho homem e nos vestindo do novo, que é a imagem denosso Salvador Jesus Cristo (Colossenses 3.9,10).

Agora que já sabemos definir e diferenciar santidade desantificação, voltemos á pergunta original do título: consagrar ousantificar? Lembrando que ficou uma pergunta sem resposta nesteúltimo parágrafo: se santificação não é a busca do homem em sersanto então o que é esta busca?

Já sabemos o que é santificar, restando-nos saber agora oque é consagrar…

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Apostila de Santificação 13

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3. CONSAGRAÇÃO… SINÔNIMO PARA SANTIFICAÇÃO?Inicialmente, as definições do Aurélio não ajudaram muito,

pois santificar e consagrar parecem sinônimos ao significarem tornarsanto ou sagrado. Sobre a palavra santificação muita coisa já foi vista,vejamos agora sobre consagração…

Os termos com a raiz consagr- aparecem 73 vezes na BíbliaACF. Retomando o estudo dos idiomas originais, temos o termo jáconhecido H06942 - קדש - qadash - separar, consagrar, purificar,dedicar, que muitas vezes aparece em português como consagrar,entretanto aparecem ainda outros termos que por vezes são traduzidoscomo consagrar, consagrado ou consagração: H04390 - מלא - male’ -consagrar, estar cheio, estar concluído, plenitude, reunir-se contra;H02598 - חנכה - chanukkah - dedicação, consagração; H05144 - נזר -nazar - dedicar-se, consagrar-se, separar-se, tornar-se nazireu;G05048 - τελειοω - teleioo - tornar perfeito, tornar completo, levar atéo fim proposto; G01457 - εγκαινιζω - egkainizo - renovar, fazer denovo, consagrar, dedicar; G02564 - καλεω - kaleo - ostentar um nomeou título; G02145 - ευπροσεδρος - euprosedros - devoto, constante.

Como visto anteriormente, o verbete hebraico H06942 - קדש -qadash - separar, santificar (172 ocorrências), bem como o seuderivado H06944 - קדש - qodesh - separação, santidade (465ocorrências) são mais empregados para indicar separação de lugares,coisas e pessoas para Deus. Mesmo quando empregado como atributode Deus, pode estar se referindo ao lugar onde Deus está. Entretanto,existem ocorrências do verbete onde a única possibilidade aceitável éque a santidade de Deus é um atributo e não um lugar. Logo, podemosenfatizar que o emprego destes verbetes está mais ligado à ação deseparação de lugares, coisas e pessoas para Deus. Estaria corretotraduzir tal verbete como consagrar? Creio que sim! Continuemos…

O verbete H04390 - מלא - male’ - consagrar, estar cheio,estar concluído, plenitude (247 ocorrências) ou o H04394 - מלא - millu’- consagração, engaste (15 ocorrências) são muito empregados com aidéia de completar ou encher. Por vezes aparece vinculado á idéia deperseverança no Senhor (Números 14.24;32.11,12). Entretanto, emalgumas passagens, como no texto inicial (Êxodo 28.41), aparecesendo traduzido como o verbo consagrar, bem como se referindo aocordeiro do holocausto para consagração (Levítico 8.22). Moisés,quando manda matar os adoradores do bezerro de ouro (Êxodo32.29), emprega este verbete determinando que se consagrem pelaseparação do que é profano. De igual maneira Ezequias emprega esteverbete como ação do homem o consagrar-se (2 Crônicas 29.31).Também é empregado este termo como uma consagração resultantede expiação e de purificação (Ezequiel 43.26). Destes termos podemosconcluir que consagração estaria intimamente ligada à idéia de estarpleno, completo, cheio, engastado (marcado), podendo vir atrelada aidéia de perseverança. Ou seja, consagração implicaria em alcançar onível de aperfeiçoamento máximo que podemos ter, estando cheios do

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Apostila de Santificação 14

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Espírito Santo da promessa, recebendo sua marca, o selo da salvação.Lembrando que tal ação seria executada pelo homem, ou seja,consagrar-se ao Senhor é o mesmo que levar uma vida dedicada aDeus, situação esta que se torna muito difícil e requer perseverançafrente às constantes ciladas do diabo.

Em relação a H02598 - חנכה - chanukkah - dedicação,consagração (7 ocorrências), seu emprego está sempre vinculado àconsagração e dedicação de coisas, ora sendo o altar (Números 7.10)e ora os muros de Jerusalém (Neemias 12.27).

O verbete H05144 - נזר - nazar - dedicar-se, consagrar-se,separar-se, tornar-se nazireu (10 ocorrências) está relacionado com apurificação. É empregado quase que somente para tratar das práticasdos nazireus (Números 6.2-12), homens que se separavam de tudoque pudesse afastá-los de Deus, fazendo votos como não cortar ocabelo e não beber bebida forte. Também aparece vinculado a praticado jejum (Zacarias 7.3). Neste sentido consagração é o ato de praticaratos de fé, seja pela abstinência de comidas, bebidas, ou qualqueroutra coisa decorrente de voto, em busca de purificação.

Em relação a G05048 - τελειοω - teleioo - tornar perfeito,tornar completo, levar até o fim proposto (27 ocorrências) aparecesempre vinculado à idéia de perfeição e completude. Muitas bíbliasnão traduzem este termo como consagrar, mas como aperfeiçoar.Neste sentido, consagração, mais uma vez, vem relacionada à idéia dealcançar o nível de perfeição máximo planejado por Deus para ohomem.

Sobre o verbete G01457 - εγκαινιζω - egkainizo - renovar,fazer de novo, consagrar, dedicar (2 ocorrências) pode-se afirmar queaparece vinculado à idéia de lei, cuja aprovação (sanção) garantepermissões, penas e recompensas dela decorrentes (Hebreus9.18;10.20). Desta vez, consagração traz uma idéia mais profunda,pois ao significar mudança do estado original (renovar, fazer de novo),traz à lembrança a salvação por Jesus Cristo, matando a naturezapecaminosa do homem advinda de Adão e levando-nos ao planoredentor de Deus. È praticamente o mesmo que santificar, poissantificação é uma alteração de natureza humana em divina,lembrando que por se tratar de uma ação humana é limitada, nuncaatingindo a plenitude da santidade desejada por Deus.

Ainda existe o verbete G02564 - καλεω - kaleo - ostentar umnome ou título, ser chamado, ser conhecido (147 ocorrências). Sob oponto de vista de ter um título ou ser conhecido de uma devida forma,muito tem a ver com consagração, pois todos são chamados paraserem salvos, mas poucos são os escolhidos, pois poucos seconsagram. Neste sentido, somente os consagrados são os queconseguem ser chamados filhos de Deus e serem conhecidos comosalvos, recebendo o nome de cristãos. Entretanto, na lei judaica estaconsagração era atribuída aos primogênitos (eram chamados de formaimpositiva) e a melhor ocorrência em que encontrei tal tradução foi emLucas 2.23. Esta passagem indica a ordem prevista no Torah: todo

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Apostila de Santificação 15

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Santificação e consagração representam abusca da santidade pelo homem, entretanto,se diferenciam principalmente pela ação dequem as executa. Se a transformação em

santo for ministrada por Deus no homem é oprocesso de santificação, e se for executada

pelo homem como uma tentativa depurificação pela separação do pecado para se

achegar a Deus em prol de receber asantificação, deverá ser chamada de

consagração.

macho será chamado para Deus, ou seja, será dedicado pelos pais aDeus (Êxodo 13.2; Números 3.13). Das 147 ocorrências, Lucas 2.23 éa única passagem na ACF em que tal verbete é traduzido comoconsagrar, por coerência com os textos do Antigo Testamento, poistodas as demais ocorrências são relacionadas a ser chamado ou serconhecido. Neste sentido, consagrar indica uma ação impostasocialmente por exigência divina e não um desejo do indivíduo, masem ambos os sentidos, quem é consagrado a Deus passa a serconhecido como tal por ser diferente dos demais.

Em relação ao verbete G02145 - ευπροσεδρος -euprosedros - devoto, constante (1 ocorrência) é difícil afirmar algosobre seu emprego por aparecer apenas uma vez, mas nesta únicaocorrência (1 Coríntios 7.35) fica clara a idéia de dedicação à Deus.

Lembremos da pergunta que restou do tópico anterior: sesantificação não é a busca do homem em ser santo então o que é estabusca? Podemos responder que esta busca é a consagração. Por issoexiste tamanha confusão entre empregar os termos santificação econsagração, mas a distinção detalhada entre estas palavras serávista mais a frente. Por enquanto, nos limitemos ao termo

consagração…

Consagração não é só abusca humana pela santidade,

pois também é: em primeirolugar, aceitar Jesus como

único e suficientesalvador, aceitando a

nova aliança e comisto renovando anossa naturezapecadora em umavida transformadapelo sangue deCristo; o

aperfeiçoamentoespiritual em busca,

primeiro, do selo dasalvação, e, depois da

plenitude do EspíritoSanto; a purificação pela

perseverante separação dopecado e de tudo que é

profano; a prática de atos de fécomo jejum em busca de purificação; e,

por fim, mudança de atitudes nesta vida, demaneira que passemos a ser conhecidos como filhos de Deus, ou seja,dar testemunho de mudança de vida.

Creio que santificação e consagração, podem ambasrepresentar a busca da santidade pelo homem, entretanto, sediferenciam principalmente pela ação de quem as executa. Se a

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Apostila de Santificação 16

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transformação em santo for ministrada por Deus no homem é oprocesso de santificação, e se for executada pelo homem como umatentativa de purificação pela separação do pecado para se achegar aDeus em prol de receber a santificação, deverá ser chamada deconsagração. Lembremos que também existe a distinção decompletude e mutabilidade, pois a consagração nunca será plena porser executada por um ser imperfeito e impuro, o homem, requerendosempre a persistência para que o nível ora alcançado não se perca (1Coríntios 10.12), ou seja, também é mutável. Entretanto, asantificação, no Dia do Juízo será plena, pois só Deus, o único sersanto pode tornar puro o impuro, justo o injusto, e santo o profano, ouseja, a santificação após plena é também permanente e imutável, poisse for para salvação esta será eterna (Hebreus 5.9).

Ainda, podemos analisar a relação entre consagração esantificação conforme Tiago 4.8:

”Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos,pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.”

(Tg 4:8 ACF)

Consagração é o “Chegai-vos a Deus” e a santificação é aconseqüência amorosa e misericordiosa de Deus, sendo o “Ele sechegará a vós”.

Logo, definamos estes termos:

Santificação é o processo pelo qual Deus torna ohomem um ser santo. Um dia tal processo será pleno eimutável, quando o corruptível se revestir da incorruptibilidadee o mortal da imortalidade, ou seja, quando Jesus voltar elevar a sua Igreja para a Nova Jerusalém. Consagração é a tentativa do homem se purificar pelaseparação do pecado e de tudo que é profano em busca dealcançar a santidade. Esta tentativa humana, por si só, nuncaresultará em santificação, mas se for verdadeira e persistente,poderá mover o coração de Deus a nos santificar.Consagração é um processo de dedicação exclusiva a Deus.

Então, respondamos de forma objetiva e direta a perguntaproposta no título do estudo: consagrar ou santificar?

Como sou um ser humano imperfeito e muito longe daperfeição divina, só me resta, por eliminação, uma resposta:consagrar, esperando que Deus, ao se agradar de meu coração eatitudes, me santifique. Agora, ficam mais três perguntas a seremrespondidas: 1ª) Como nos consagrar?; 2ª) Como Deus nos santifica?;e 3ª) A santificação só ocorrerá no Apocalipse ou Deus já nos santificana terra?

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4. COMO NOS CONSAGRAR?

Recapitulando, foi visto que a santificação é o processo peloqual o homem alcança a santidade, que é a natureza divina, logo sepode concluir que tanto santificação como santidade estãorelacionadas com a natureza de Deus. Vimos também queconsagração tem a ver com empenho, dedicação e trabalho em prol dealcançar a santidade, ações tipicamente humanas. Apesar de tãodistintas, muito se relacionam… se a santificação é uma ação divinaem resposta à ação humana de consagração, então como nosconsagrar, de maneira que Deus nos santifique?

Em primeiro lugar devemos entender que tudo que estiver naBíblia como caminho para a santificação também servirá para aconsagração, pois ambas possuem o mesmo objetivo, ser iguais aCristo, santo. O mais importante de tudo, com certeza, é buscar aDeus, o seu reino e a sua justiça (Mateus 6.33), afastando-se de todoo pecado, mas vejamos alguns aspectos específicos que a Bíbliadestaca.

Neste último século ouvimos falar de vários oradoresevangélicos pregando ‘contra’ coisas profanas como Satanismo, NovaEra, Maçonaria, Movimentos Homossexuais, etc... Mostrar o erro não éerrado, mas supervalorizar, sim. É função do pastor pregar contra ascoisas profanas ou anunciar Jesus? Existe uma máxima que diz que“tempo é dinheiro” e concordo plenamente com este ditado popular.Logo, se o tempo é tão escasso, então porque gastá-lo com algodiferente de Jesus? Ter opinião e esclarecer o rebanho é deverpastoral, mas nunca os comentários sobre o pecado devem suplantaro ensino da palavra e a busca de Deus, pois nossas mentes devem seocupar de tudo o que possui alguma virtude (Filipenses 4.8). Entendoque pregar sobre Jesus é pregar contra o pecado sem falar nEle, maspregar explicitamente contra o pecado nunca será pregar sobre Jesus,podendo virar uma apologia à pecar por despertar curiosidade emquem não está cometendo-o. Neste sentido devemos buscar aoSenhor (1 Crônicas 16.11, Salmo 105.4; Isaías 55.6), seu Reino e suaJustiça (Mateus 6.33).

No Antigo Testamento havia uma ênfase em buscar a Deus,como se o verbo buscar fosse uma ordem profética indicando oMessias que viria, ou seja, Isaías 55.6 estaria determinando quebuscássemos a Jesus enquanto Ele estivesse entre nós, enquantoestivesse perto da humanidade, como o Emanuel, o Deus conosco.Sobre este buscar, enquanto conosco, o próprio Cristo deixou bemclaro que não seria com jejum, mas quando Ele retornasse para o céu,Jesus dá a entender que deveria ser com jejum sim (Lucas 5.34,35).Lembremos das Marias que foram ao sepulcro e o anjo disse saberque estavam buscando o Jesus crucificado, e informou que Ele nãojazia mais ali, pois havia ressuscitado (Mateus 28.5,6). Estas Mariaspoderiam até buscar o Mestre, mas Ele não estava mais perto o

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Apostila de Santificação 18

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suficiente para que elas o encontrassem, logo só lhes restava buscar oReino, tal qual Jesus havia ordenado (Mateus 6.33).

Note-se que no Novo Testamento Jesus não enfatiza buscaro Senhor, mas sim o Reino e a justiça… seria uma mudança de foco?Não, pois após a ressurreição Jesus retornaria para o Reino, logo,buscar o Reino é o mesmo que buscar a Deus. Mais uma vez entendoque o verbo buscar estaria sendo empregado profeticamente,indicando uma condição futura, quando, tendo Cristo ressuscitado dosmortos, só restaria ao homem buscar o Reino para poder encontrarDeus, pois Ele não viria mais ao mundo para restabelecer a comunhãocom a humanidade. Coaduna com esta idéia o texto de João 16.10quando afirma que o Consolador convence o homem da justiça deDeus, pois Jesus iria para o Pai e não seria mais visto. Logo, estapassagem bíblica reafirma a idéia de que buscar o Reino e a justiça deDeus é a única forma de revermos a Cristo. E hoje, a forma expostapor Jesus é através do jejum, assim como os Nazireus seconsagravam no Antigo Testamento pela abstinência de tudo quefosse profano.

Outra questão inicialmente apresentada é o afastamento dopecado, ou seja, a purificação que a própria etimologia das palavrassugere. Como o pecado é gerado pela concupiscência (Tiago 1.15),logo devemos andar em espírito (Gálatas 5.16) e nos resguardar dostrês tipos que a Bíblia enumera (1 João 2.16): a concupiscência dacarne e suas obras (Gálatas 5.16-26), a concupiscência dos olhos e asoberba da vida.

É interessante notar que antes do parágrafo anteriorestávamos falando de jejum e agora das 3 formas de geração dopecado. A mesma seqüência aparece em Lucas 4.1-13, quando Jesusfoi tentado, permitindo também perfeita comparação com Gênesis 3.6,com a primeira tentação da humanidade. Então, vejamos…

1º) Jejum: Lucas 4.2 – Jesus fez um jejum de 40 dias nodeserto após ser batizado, estando com uma fragilidade nãoexperimentada por Adão e Eva em Gênesis 3.6, pois podiam comer detodas as demais árvores;

2º) Concupiscência da carne e suas obras (desejos físicos):Lucas 4.2,3 – Jesus foi tentado a transformar pedra em pão quandosentia fome após um jejum de 40 dias. Gênesis 3.6 – Adão e Evaforam tentados a comer da árvore, pois era boa para se comer. Aconcupiscência da carne e suas obras é qualquer desejo físicodesenfreado, ou seja, Jesus não se deixou dominar pela necessidadefísica de comer, diferentemente do homem natural que nem fometinha;

3º) Concupiscência dos olhos: Lucas 4.5-7 – Jesus foitentado a ganhar todos os reinos do mundo, toda a glória e poderdeles, se adorasse o diabo. Gênesis 3.6 – O fruto era agradável aosolhos. Tanto Adão e Eva, como Jesus foram tentados pelo que viam.Concupiscência dos olhos está relacionada com posses e poder, ouseja, qualquer desejo desenfreado pelo que é dos outros e lhe agrada,

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Apostila de Santificação 19

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ou mesmo até o simples consumismo desenfreado é concupiscênciados olhos. Jesus mais uma vez deu exemplo de superioridade dianteda tentação; e

4º) Soberba da vida: Lucas 4.9-11 – Jesus foi tentado aprovar que é Deus, ou seja, sua divindade foi posta à prova, seuorgulho foi posto à prova. Gênesis 3.6 – A árvore era desejável paradar entendimento. A soberba está intimamente relacionada comorgulho e querer ser o “maioral”. Atente que ser o maioral é diferentede ser o melhor. Mais uma vez voltamos a questão que temos que sertão bom quanto Deus é, mas nunca querer ser Ele, ou seja, devemosser o melhor de nós, mas nunca querer ser o maioral.

Então para não cair nestas tentações como fazer? Oumelhor… como Jesus fez, para aprendermos?

Primeiramente, Jesus se batizou, dando o exemplo depurificação assim como os sacerdotes que se lavavam na consagraçãoe em todas as vezes que iam ministrar no Tabernáculo ou no Templo(Êxodo 29.4). A água purifica o corpo, pois o homem nasce no mal edeve se arrepender dele, batizando-se como forma de demonstrar aDeus e ao mundo que morreu para o mundo e nasceu para Deus. Estenovo nascimento iniciado com a simbólica purificação exterior deveráevoluir para um crescimento espiritual constante até que sejaalcançada a natureza divina do Mestre.

Depois Ele jejuou (Mateus 3.13-4.2), como uma forma dedizer: submeto meu velho homem e domino minha natureza carnal emamor ao Deus que me fez. O jejum é uma forma de lamento por estarlonge de Deus (Mateus 9.15). Como o pecado nos afasta de Deus,devemos jejuar como uma forma de dizer a Deus:

- Pai, eu sei que peco e não sou digno de ser chamado teufilho. Por isto, estou tentando dominar minha natureza carnal atravésdeste jejum e espero que o Senhor me aceite como filho pelo quequero ser e não pelo que sou, pois isto muito me entristece.

O jejum pode ser utilizado como um momento de petição,mas não deve ser esta a sua finalidade principal, e sim reconhecernossa incapacidade de salvação, submetendo o corpo á vontade deDeus, ser santos.

Ainda, devemos lembrar que Jesus recitava a Bíblia comoforma de lutar contra o diabo (Mateus 4.4,7,10), logo Ele sabia a Bíbliadecorada. A Palavra de Deus é ação preventiva contra o pecado, poisestá escrito:

“Escondi a Tua palavra no meu coração, para não pecar contra Ti.”(Sl 119:11 ACF)

A vida de Jesus foi um total exemplo de como lutar e vencero diabo, pois esta passagem não é a única ocasião em que satanásinvestiu contra o Mestre (Hebreus 2.18; 4.15). Devemos orar, amar osdemais com íntima compaixão incluindo os inimigos, cantar louvores aDeus, cuidar dos nossos irmãos como Cristo que lavou os pés dos

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Apostila de Santificação 20

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discípulos,… enfim, não basta apenas se batizar, ler a Bíblia e jejuar,deve-se viver uma vida de santidade tal qual a de Cristo, pois somosseus imitadores, ou pelo menos devemos ser.

Quando formos a imagem do Cristo aqui na Terra, entãoestaremos vivendo uma vida verdadeira de consagração. Nestesentido, consagração implica em:

- batismo;

- orar;

- jejuar;

- ler e estudar a Bíblia; e

- principalmente, vencer o diabo, pois sendo imitadores deCristo, devemos vencer o diabo para que ele fuja de nós (Tiago 4.7),ou seja, uma vida de consagração abala os alicerces do inferno.

Não gostaria que ficassem com a falsa idéia de que vencer odiabo é mais importante que ser batizado, orar, jejuar e ler a Bíblia.Entretanto, o destaque dado como principal nesta parte do estudo édevido à seguinte idéia: que adianta fazer isto tudo se não vencer odiabo? Isto tudo serve para uma finalidade maior, alcançar a salvaçãopor vencer o pecado e o diabo. É neste sentido que destaco o vencer odiabo nesta fase do estudo. Mas veremos mais a frente que todosestes elementos são por demais importantes.

Partindo da idéia que pelos frutos seremos conhecidos(Mateus 7.20), uma vida consagrada a Deus é para ser notada.Devemos ser conhecidos por vencer o diabo, logo precisamos nospreparar para esta batalha com a Armadura de Deus (Efésios 6.10-18),pois ela é indicada como a forma de estarmos firmes contra as astutasciladas do diabo.

Segundo Efésios 6.14-18 a Armadura de Deus, que nosgarante uma vida de evidente consagração, é composta por:

Verdade nos lombos – um cinturão que envolvia o corpodo soldado romano. Jesus disse que Ele era o caminho, aVERDADE e a vida, sendo somente Ele que leva ohomem a DEUS (João 14.6). Apesar do cinto ser umapeça do vestuário que envolve todas as demais peças,perdendo importância frente à couraça, o escudo e outraspeças, o apóstolo a menciona primeiro, pois sem ela asdemais não ficarão sobre o corpo, e assim é Jesus, Ele éo fundamento. Sem o cinto a armadura se desmancha.Sem Cristo a Armadura de Deus também se desmancha.

Couraça da justiça – era o colete á prova de bala daépoca, protegendo a parte mais vital do homem, ocoração. Jesus Cristo veio para cumprir toda a justiça, poismorrendo por nós na cruz Ele estava servindo deholocausto por nossos pecados e essa era a exigência dalei, ou seja, a justiça (Mateus 3.15; João 16.10; 2 Coríntios5.21). Todo aquele que se reveste da couraça da justiça

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Apostila de Santificação 21

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acredita na morte de Jesus na cruz como única forma delevar o homem à salvação. Se revestir da couraça dajustiça é o mesmo que se cobrir com o sangue vertido porJesus na cruz. Assim como foi na saída dos Israelitas doEgito no Êxodo, que foram salvos da morte pelo sanguenos umbrais das portas, na guerra espiritual é o sangue deCristo que nos livra da morte.

Preparação do evangelho da paz nos pés – os calçadossão um aspecto crucial no combatente da época, pois amaior parte do efetivo era infantaria a pé e um exércitodescalço não conseguiria ter mobilidade e atuar de formadinâmica, ou seja, ataque e contra-ataque não poderiamser sustentados a longas distâncias. Mas falar desandálias é fácil, contudo sobre o evangelho é mais difícile complexo, pois a dinâmica na batalha espiritual édiferente... quem cumpre o IDE (Mateus 28.19-20)converte inimigo em amigo, é algo muito mais profundo. Aimportância do calçado espiritual é fundamental paratransformar a tropa inimiga em tropa amiga.

Escudo da fé – a própria passagem afirma que é esteescudo que nos protege contra os dardos inflamados domaligno, ou seja, é um escudo muito bom, pois é anti-chamas, tecnologia conhecida somente em nossos dias.Ainda, devemos destacar que dardos são flechas. O arcoe a flecha era a arma mais temida da época, pois poderiaalcançar o inimigo à longas distâncias sem confronto. Ouseja, o escudo é tão bom que é capaz de proporcionardefesa contra a melhor arma do inimigo, o arco e flecha. Afé é definida em Hebreus 11.1 e sem ela é impossívelagradar a DEUS (Hebreus 11.6), mas como conseguircom ela apagar os dardos inflamados do diabo? Pois tudoé possível ao que crê (Marcos 9.23). A fé é tão poderosaque ela é capaz de vencer o mundo (1 João 5.4). Esta fé épara ser somente em Jesus, e é através dela, ou melhor,através de Jesus, pois é nEle em que a fé é depositada,que tudo é possível ao que crê (Filipenses 4.13). Se tiver afé do tamanho de um grão de mostarda poderemostransportar montes (Mateus 17.20) e quem sabe ver ocarros e cavalos de fogo ao nosso redor assim como Elaise Eliseu viram (2 Reis 6.17).

Capacete da salvação – o capacete é uma peça tãoimportante que está presente até fora de campo debatalha, como é o caso do trânsito com os capacetesautomobilísticos. Ele protege a mente e o cérebro dequem o usa. Quem é espiritual, ou seja, salvo, pensa nascoisas espirituais (1 Coríntios 2.13-16) e não se deixalevar pelas coisas podres do mundo (Filipenses 4.8),renovando a sua mente conforme a vontade de DEUS(Romanos 12.2), de maneira que tenha a mente de Cristo(1 Coríntios 2.16).

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Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus – sobre aPalavra se tem muito a falar, mas neste momento pouco adizer por não ser o foco do estudo. Desta feita destaco oque considero mais importante. É a única arma ofensivacitada pelo escritor, mas Jesus a usou de forma defensivana tentação, pois se defendeu das tentações do diabocitando a Bíblia (Mateus 4). Devemos ser obreiros que nãotemos do que nos envergonhar, sabendo manejá-laadequadamente (2 Timóteo 2.15), ora defensivamente eora ofensivamente empregando a estratégia daresistência, mas isto será visto mais a frente. Outrodetalhe importante que considero aqui é que a Palavra deDeus foi citada de forma ininterrupta por Jesus contra atentação do diabo. Isto não é possível somente lendo, masmeditando (Josué 1.8; Salmo 1.2), ou seja, devemosesconder a Palavra em nossos corações para nãopecarmos contra Deus (Salmos 119.11). Leiturasistemática da Bíblia em 1 ano é válida? Sim! Mas o idealé, além de fazer uma leitura sistemática, decorarversículos chaves e meditar estudando realmente sobre oque Deus fala aos nossos corações.

Orando e vigiando – orar sem cessar é outro versículo,mas exemplifica bem a idéia central (2 Tessalonicenses5.17), que também fora ensinada por Jesus (Lucas 18.1).Mas a oração em conjunto com a vigília, que é o ato deestar atento durante um período de tempo para verificar seexiste alguma ocorrência em seu setor de vigilância com ointuito de dar o alerta, é algo mais profundo ... evita quecaiamos em tentação (Mateus 26.41), pois são elas quefazem com que o espírito domine a carne. Orando evigiando, o espírito, que é forte, passa a dominar a carne,que é fraca. Não se esqueça: A CARNE NUNCA SECONVERTE!

Qual é a parte mais importante da armadura? Toda aarmadura é necessária, ou seja, só uma parte dela não ésuficiente na batalha (Efésios 6.13). Isto me faz lembraruma frase muito dita no meio militar: o excelente é inimigodo bom. Este ditado militar expõe uma máxima no campode batalha: não devemos ter pontos fracos e ninguém éperfeito, logo, é melhor sermos bons em tudo que sermosexcelentes em uma coisa e cheios de pontos fracos emdiversas outras. A armadura é toda importante, para quenão tenhamos vulnerabilidades.

Qualquer um pode usar a armadura? Não! Assim comoDavi não conseguiu usar a armadura do rei contra Golias,nós podemos passar pela mesma situação, com adiferença que no nosso caso DEUS já disse que é parausarmos a armadura e devemos estar em condições deusá-la a qualquer momento. Para estarmos em condiçõesdevemos estar firmes e constantes tal qual um soldado

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que permanece com seus músculos firmes e em treinoconstante (1 Coríntios 15.58).

Devemos usar a estratégia certa contra o diabo – Paralutar contra um inimigo devemos saber quem ele é. Odiabo anda ao derredor buscando a quem possa tragar (1Pedro 5.8) e sua missão é matar, roubar e destruir (João10.10), bem como sua principal especialidade é a astúciana preparação de ciladas (Efésios 6.11), ou seja,emboscadas. Em contrapartida, DEUS, nosso Senhor dosExércitos, já nos deixou a estratégia certa: Resistir aodiabo para ele fugir (Tiago 4.7). Resistência não é umaação defensiva, mas ofensiva, pois o diabo já é o donodesse mundo, logo ele possui sua soberania que éameaçada pela presença da igreja. Se ele não fosse donodesse mundo, ele não teria oferecido o mundo a Jesus emtroca de sua adoração. Resistência é uma estratégiamilitar de luta dos nativos contra uma ocupaçãoestrangeira para restabelecer a soberania e independênciapré-existentes. Ou seja, resistência ao diabo não épassividade, mas luta para impor o Reino de Deus nestaterra. A estratégia certa é a ofensiva pela estratégia daresistência, ou seja, enfraquecendo o inimigo com atuaçãoquase que individual dos crentes, pois é isso queestabelece esta doutrina militar. Ainda, devemos lembrarque o crente nunca deve agir defensivamente, poissabemos que somos mais que vencedores em Jesus(Romanos 8.37), logo, pode vir a ofensiva que for dodiabo, continuamos marchando para o alvo que é Cristo(Filipenses 3.14).

Amados, santificação é para salvação. A vitória na lutaespiritual só é possível pela consagração, pois sem a qual nãoobteremos a santificação, que é a condição para vermos o Senhor(Hebreus 12.14).

Mas o guerreiro não é só sua armadura, também é umhomem. Lembrando que temos a opção de ser como o primeiro Adão,o primeiro homem, ou Jesus, o segundo Adão (1 Coríntios 15.45-49).Se optarmos por seguir Jesus, Ele próprio disse como deveríamosproceder: negarmos a nós mesmos, tomar a nossa cruz a cada dia, esegui-Lo (Lucas 9.23). Negarmos a nós mesmos não é fácil, pois não ésó negarmos nossas vontades, mas nossa natureza pecaminosa. Paranegarmos a nós mesmos é necessário não só tomar nossa cruz, masnos crucificar nela (sentido figurado), pois a cada dia devemos travaruma luta contra nosso corpo e subjugá-lo ao espírito. Outro detalheinteressante é que tomar a nossa cruz não é o mesmo que tomar acruz de Cristo, ou seja, são os nossos pecados. Jesus levou ospecados de todo o mundo, mas nós devemos assumir os nossos ecrucificá-los na cruz. Pode parecer pouco, diante do peso que Jesuslevou, o pecado de toda a humanidade, mas saiba que só os nossos jáé tarefa árdua. Crucificar os nossos pecados não é apenas viver uma

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vida feliz sabendo que Jesus os levou na cruz por nós, mas lutar paraque estes pecados não tornem a nos controlar. O seguir Jesus, quepouco é abordado, pois poucos estão dispostos a sofrer a perseguiçãoe a padecer a morte que Ele sofreu, é o último passo, mas é o passomais gratificante, pois ao segui-Lo estaremos recebendo nossoscorpos glorificados para herdarmos a natureza divina na NovaJerusalém. Poderíamos parar por aqui e finalizar que temos os passospara viver uma vida de consagração em busca da santificação, mas aBíblia é mais completa em detalhes…

Outra forma de nos guardarmos da concupiscência da carneé andando em Espírito (Gálatas 5.16), e desta forma estaremosapresentando o Fruto do Espírito, que é apenas um, mas com diversosgomos, se assim podemos chamar: amor, gozo, paz, longanimidade,benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (Gálatas 5.22). Ocristão consagrado não pode dar fruto diferente deste, pois o Fruto doEspírito é apenas um, ou seja, se for sem amor ou qualquer outrogomo, não será o Fruto do Espírito. É difícil para qualquer cristãoapresentar as 9 características dos santos, mas o aperfeiçoamento dossantos virá com o tempo pela freqüência na Igreja, pois para este fimJesus deu os dons ministeriais à Igreja (Efésiso 4.10-13). Isto só épossível na congregação, pois é na Igreja que pomos em prática Isaías41.6.

”Um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te.”(Is 41:6 ACF)

Ainda, podemos analisar este tópico conforme Tiago 4.8:

”Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos,pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.”

(Tg 4:8 ACF)

Lembremos que na primeira parte deste versículo foi vistoque a consagração é o “Chegai-vos a Deus” e a santificação é oconseqüente “Ele se chegará a vós”. Logo, na segunda parte doversículo fica a nossa responsabilidade na consagração. Cabe a nóslimpar nossas mãos e purificar nossos corações, ou seja, aconsagração, que parte de nós deve ser uma purificação integral deobras visíveis (mãos) e de intenções (coração). Deus não se deixaenganar (Gálatas 6.7), pois sonda os corações (Provérbios 21.2) edeseja que estejamos plenamente conservados irrepreensíveis emtoda a maneira de viver (1 Pedro 1.15) para a vinda de Jesus: espírito,alma e corpo (1 Tessalonicenses 5.23). Nesta parte retomemos umafrase já dita: o corpo não se converte. Logo, a partir desta frasepodemos afirmar que o corpo não herdará o céu? Sim herdará, mastransformado (Romanos 8.23; 1 Coríntios 15.53,54). A tendêncianatural do corpo é para o pecado, pois é nascido em pecado,ocorrendo uma luta constante entre corpo e espírito após o novonascimento em Cristo (Gálatas 5.16,17). Veja tamanho amor o deDeus, em mandar o seu Santo Espírito habitar em nós, em nossoscorpos impuros, como templo para sua morada. O amor de Deus não

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acabou na cruz, mas se prolonga hoje em nossas vidas ao fazermorada em nossos corpos impuros, sendo Ele puro, pela aceitação denossa consagração como condição suficiente e necessária. Veja aimportância da consagração! Você é morada do Espírito Santo deDeus! O ideal é que você seja santo para Ele fazer morada em você,mas Ele aceita apenas que você esteja se consagrando. E se nem istovocê estiver fazendo? Será que Ele fará morada? Não! Você deverguardar seu corpo, sua alma e seu espírito irrepreensíveis para Deus!Esta é a ordem! Não há condições de excepcionalidade!

Esta purificação do ser humano deve ser visível evitandopalavras torpes (Mateus 12.37), pois a língua é perigosa (Tiago3.5,6,10). Também devemos evitar roupas sensuais que exponham otemplo do Espírito Santo, nosso corpo (1 Timóteo 2.9; 1 Coríntios11.14,15). O nosso corpo deve ser possuído para santificação (1Tessalonicenses 4.3,4; 1 João 3.3), abstendo-se do pecado e decoisas que profanem o nosso corpo.

Em resumo, o homem se consagra primeiramente pela fé emJesus Cristo como seu único e suficiente Salvador e cumprindo aordenança do batismo. Depois, perseverando na fé em Cristo, naoração, no jejum, na leitura da Bíblia, e em viver tal qual Jesus,vencendo o mal e mantendo-se puro a espera do retorno do Mestrepara buscar a sua Amada Igreja.

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5. COMO DEUS NOS SANTIFICA?

Basicamente só o que é Santo pode santificar, ou seja, sóDeus pode nos santificar, logo resta-nos apenas como forma desantificação o contato com o Deus Santo.

A verdade, que é a Palavra de Deus (João 17.17; Efésios5.26; 1 Timóteo 4.5) nos permite santificação ao conhecermos Deus-Pai e o próprio Jesus, o verbo vivo. Não basta conhecer a Palavra deDeus, devemos conhecer o Deus da Palavra. Os próprios discípulosnão sabiam quem era Jesus a ponto do Mestre lhes perguntar e sóPedro conseguir responder (Mateus 16.13-16). O único que souberesponder quem era Jesus, juntamente com os outros, ficouentristecido e após sua morte, o negou, o abandonou e voltou à suavida antiga. Devemos tomar cuidado para, após anos de contato comsua Palavra e sabendo quem é Jesus, não entremos no mesmo errodos discípulos de não conhecê-Lo. Não basta ouvirmos o que Ele fezcom os outros, devemos saber o que Ele faz conosco, ou seja, énecessário experiência de vida andando diariamente com Ele epraticando a sua Palavra de forma verdadeira. Ao confrontarmosnossas atitudes com as regras contidas na Bíblia, passamos aidentificar nossos pecados, e desde que arrependidos passemos a nãopraticá-los, mais entramos no processo de santificação. Por nósmesmos é possível identificar os nossos pecados? Não, somente pelaBíblia. Por nós mesmos é possível não cometermos nossos pecadosnovamente? Não, somente pela misericórdia de Deus. Por isso é que aPalavra não deve ser só ouvida, mas praticada (Josué 1.8; Tiago 1.22),caso contrário, nos enganaremos achando que seremos santificadospor Deus, quando na verdade ouviremos apartai de mim que não vosconheço (Lucas 13.27).

A fé no sangue vertido por Jesus na cruz (Atos 26.18; 1Coríntios 1.2;6.11; Hebreus 13.12) nos santifica. Jesus veio para quefôssemos salvos, ou seja, Ele é o meio de salvação, sendo a portapara a salvação. É pela fé em Cristo, na crença que sua morte vicáriapagou o preço por nossos pecados, é que somos santificados. QuandoDeus nos olhar no Dia do Juízo, Ele não vai ver os crentes, mas ocordeiro do holocausto que nos substituiu, ou seja, a santidade deJesus é que vai ser vista em nós e não mais nós, porque passará aviver Ele em nós (Gálatas 2.20). Por isto Cristo com seu sangue nossantifica através de nossa fé nEle.

O Espírito Santo (Romanos 15.16; 1 Coríntios 6.11), poisconvence o homem do pecado, da justiça e do juízo de Deus (João16.8), logo, é Ele que convence o homem da morte vicária de Jesuspor nós e de nossa necessidade dEle. Sem o Espírito Santo asantificação não ocorre, pois o homem por si só nunca seráconvencido do pecado, por mais que leia a Bíblia e tenha ouvido falarde Jesus. Hoje não temos mais Deus-Pai falando diretamente aohomem como no Éden, nem os grandes profetas do passado trazendoa mensagem de Deus, e nem Cristo andando por nossas ruas… o que

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temos é o Espírito Santo de Deus que foi derramado sobre sua Igrejano Pentecostes. Não devemos extinguir o Espírito da mesma formaque não devemos negligenciar a Bíblia (Mateus 22.29). Ou seja, seextinguirmos os Espírito, perderemos a santificação, e isto é muitosério, como explicaremos no tópico sobre unção.

A oração (1 Timóteo 4.5) é o último meio que Deus nossantifica, pois Deus é um ser social. Somos sociais, porque fomosfeitos a imagem e semelhança de um Deus sociável, ou seja, é atravésda conversa com Ele que passamos a ter intimidade com Ele. De igualmaneira, é através da oração que também somos santificados, poisDeus também fala aos nossos corações nas orações. A oração não éum monólogo, Deus não fica só ouvindo como muitos pensam.Experimente orar e em alguns momentos ficar em silêncio tentandoouvir a voz de Deus… você poderá se surpreender com os resultados:respostas às perguntas através de versículos vindos à mente ou aprópria voz de Deus, por exemplo. Ainda, é importante entender aorigem da palavra oração, que nasceu no hebraico H06279 - -עתרÌathar – orar, suplicar, rogar, pleitear. O ato de orar é, ocidentalmentefalando, entendido como pedir a Deus alguma coisa, mas para o judeupossui um significado muito mais profundo, pois עתר - Ìathar possui omesmo sufixo de H06258 - עתה - Ìattah – agora (sentido temporal);diretamente, conexão (sentido de junção). Neste sentido oração não ésó petição, mas implica em conexão imediata e direta com Deus, ouseja, é como a internet, o telefone, ou qualquer outro meio decomunicação. As comunicações exigem conexões entre ambos oslados, permitindo tráfego de informações, onde o pedido pode ser umadessas informações, mas não é necessariamente o único dado quepode ser trafegado, nem tampouco o único emissor será o homem. Aoração é o meio de comunicação e o pedido é uma mensagem, masos dois extremos da rede de comunicação (Deus e o homem) podemtramitar outros dados e outras informações. Pela oração nós passamosa ter conexão direta com o Pai e cabe ao homem o ligar e o desligar(Mateus 18.18.19).

Então, resumidamente, Deus nos santifica em todos osmomentos que travamos contato com Ele, seja através da leiturabíblica, da fé em Cristo, da atuação do Espírito Santo em nossas vidas,ou pela oração. Mas aquele que estiver de pé, cuide para que não caia(1 Coríntios 10.12)…aquele que é santo, seja santificado ainda(Apocalipse 22.11), para que não perca a santificação.

A cada dia que o homem permite a graça transformadora deDeus habitar em seu ser, o Espírito Santo o convence do pecado, dajustiça e do juízo de Deus. Neste processo constante o homempermanece aperfeiçoando-se em busca de tornar-se igual a Cristo.Logo, a cada dia, Deus, através de sua palavra lida e da ação doEspírito Santo, santifica o homem que se consagra.

Entretanto, haverá um dia, o Dia do Juízo, em que seremostransformados, e o corruptível se revestirá do incorruptível, e o mortalda imortalidade (1 Coríntios 15.53,54). Neste momento a santificação

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será plena e imutável, pois nos tornaremos iguais a Deus como Eleplanejou desde o Éden (Gênesis 1.26).

Sobre quando Deus santifica o homem, posso afirmar queDeus nos santifica a cada momento que nos consagramos econsumará este processo no Dia do Juízo, quando então se tornaráirreversível.

Quem é hoje o povo separado e escolhido por Deus? AIgreja, pois a própria palavra Igreja (G01577 - εκκλησια - ekklesia –chamados para fora, separados, grupo de pessoas especialmentereunidas de uma grande multidão para um negócio específico) significaisto. A Bíblia explicita bem esta idéia em 1Pedro 2.9:

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, opovo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que voschamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”

(1 Pe 2:9 ACF)

Ou seja, hoje somos os santos, não na completude dapalavra, pois vivemos em constante processo de santificação, masnum perfeito profético, ou seja, em uma palavra profética da qual nãohá dúvida, por ser revelação do próprio Deus. Pois sabemos que embreve e não tardará o dia em que subiremos ao alto e encontraremosnosso Mestre, Irmão e Amigo Jesus Cristo, o primeiro de muitos, quefoi nos preparar morada junto do Pai.

Completando a análise do texto base (Êxodo 28.41),estudamos os termos consagrar e santificar, mas restou o termo ungir.Esta passagem é do Antigo Testamento e refere-se ao processo deescolha e preparação dos sacerdotes. No Antigo Testamento adiferenciação entre unção, consagração e santificação existia e estastrês eram necessárias para que o sacerdote executasse suasatribuições eclesiásticas, mas… hoje em dia, ainda existe estadiferenciação e todas as três são necessárias aos cristãos modernos?

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6. A UNÇÃO É VÁLIDA NO NOVO TESTAMENTO?

Foi visto que a consagração e a santificação são necessáriasa toda a humanidade. Mas, a unção… o que é e para que serve? Énecessária ainda hoje?

A unção era a forma antiga de escolher reis (1 Samuel 16.1-3), profetas (1 Reis 19.16) e sacerdotes (Êxodo 29.29,30). Davi não foiungido várias vezes, mas apenas uma vez, ou seja, a unção é pontuale não repetitiva como muitos afirmam (1 João 2.27). E em relação aisto me refiro à unção divina, a determinada por Deus a Samuel (1Samuel 16.3-13), e não à unção dos homens, pois destes Davi sofreumais duas como confirmação da unção divina (2 Samuel 2.4-7; 5.3; 1Crônicas 11.3). Os homens só ungiram Davi rei sobre Judá e depoissobre todo o Israel, pois Deus já o havia escolhido antes e ungido paraeste propósito. Não devemos confundir a unção divina com ahumana… não podemos confundir a incomparável e verdadeira unçãodivina com a falível unção humana. Profanas e hereges já foramungidos por instituições humanas que se autodenominam igrejas, semDeus nunca os ter chamado para um ministério, ou sequer teremaceitado Jesus como seu único e suficiente Salvador e Mestre. Nãomudemos nossos valores, não consideremos como importante o quenão tem nenhum valor. A unção que devemos respeitar é a divina.

Historicamente, desde o tempo veterotestamentário, a unçãoera realizada com óleo específico para esta finalidade. O óleo daunção era considerado o mais precioso dos óleos, sendo separadosomente para este fim. Existiam diversos outros tipos de óleos eazeites, como também é denominado na Bíblia, com destinaçõespróprias: o azeite das candeias, que era usado para queimar,permitindo iluminação em candeias (Mateus 25.1-13); o azeiteempregado na alimentação, tal qual o da viúva de Sarepta (1 Reis17.8-24); e o azeite medicinal para tratamento de feridas (Lucas10.34). Mas note-se que os azeites e o óleo da unção possuemtratamento diferenciado, tal qual em Êxodo 25.6, quando, ao elencaras ofertas para o Tabernáculo, identifica as especiarias como sendo amatéria prima para o óleo da unção e o azeite para a luz.

O óleo da unção possuía no Antigo Testamento tamanhaimportância que sua confecção e destinação foram detalhadas emÊxodo 30.22-33. Tinha como matéria-prima as principais especiarias:mirra, canela aromática, cálamo aromático, cássia, e azeite deoliveiras. A fórmula era detalhada não só em composição, mastambém em proporção dos ingredientes, sendo a confecção e seuemprego indiscriminado proibidos ao povo. O óleo da unção deveriaser empregado somente para ungir o que deveria ser santificado, bemcomo os sacerdotes. Ele por si só era santo e assim deveria serconsiderado pelo povo. Mas este óleo ainda deve ser confeccionadohoje? Como tem sido a unção na igreja moderna? Como a igrejaprimitiva nascida no Pentecostes interpretava a unção?

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O Novo Testamento indica que nós fomos escolhidos emCristo, logo a nossa unção é em Cristo e no Espírito Santo dapromessa que nos foi enviado, assim como dito por João:

“E vós tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas. […] E aunção que vós recebestes dEle, fica em vós, e não tendes necessidadede que alguém vos ensine; mas, como a Sua unção vos ensina todasas coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou,assim nEle permanecereis.”

(1 Jo 2:20,27 ACF)

Em 1 João 2.27 aparece que a unção ensina todas as coisasaos cristãos. O que seria isto? Comparando com Lucas 12.12 onde éindicado que o Espírito Santo nos ensina o que devemos falar, ficaclaro que o Espírito Santo derramado sobre a Igreja é a unção deDeus, ou seja, todos os verdadeiros cristãos são ungidos pelo EspíritoSanto da promessa. Se a unção ensina e o Espírito Santo de Deusensina, logo a nossa unção não é mais com óleo, mas com o EspíritoSanto da promessa. Assim como o óleo da unção era o santo perfumeque não deveria ser imitado, o Espírito Santo é o próprio Deus sobreas vidas dos crentes, exalando o mais precioso perfume da santidadedivina, fórmula esta que não deve ser falsificada e nem pode, pois nãoé mais uma fórmula humana, mas a essência do Deus vivo. Aleluia,pois não vivemos na sombra da promessa, como no VelhoTestamento, mas vivemos a concretude da promessa, vivemos otempo da graça, o tempo da Nova Aliança em Cristo Jesus. É melhor oSanto Espírito de Deus que o óleo sobre nossas cabeças. Que oEspírito de Deus desça de nossas cabeças até a orla de nossas vestesassim como o foi com Arão (Salmo 133.2).

“É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, abarba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.”

(Sl 133:2 ACF)

O próprio Jesus é referenciado como ungido de Deus maisdo que os demais, por amar a justiça e odiar a iniqüidade (Hb 1.9).Sendo seus próprios títulos: Messias (H04899 - משיח - mashiyach),em hebraico; ou Cristo (G05547 - Ξριστος - Christos), em grego,palavras que mais apropriadamente, em virtude da transmissão diretade significado, poderiam ser traduzidas como “O Ungido de Deus”.

“Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus,te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.”

(Hb 1:9 ACF)

A unção é necessária ainda hoje, pois somos templo doEspírito Santo (1 Corintios 6.19) e devemos ser imitadores de Cristo, operfeito sumo-sacerdote da ordem de Melquisedeque. Porconseguinte, devemos ser ungidos assim como os sacerdotes queministravam no Tabernáculo e no Templo. Hoje, após o véu ter sidorasgado de alto a baixo com a morte de Jesus na cruz, nós perdemosa necessidade de intermediadores entre o homem e Deus. Nós somos

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os sacerdotes de nossos corpos, templos do Espírito Santo. Desde omomento em que o acesso está livre ao santíssimo, cabe a nós apurificação dos sacerdotes (nós), pois Deus não muda. Para havercomunhão entre Deus e o homem, ambos devem estar em mesmonível. Contudo, Deus jamais vai se sujar de maneira que se torne igualao homem, logo, resta ao homem o purificar-se para chegar até Deus.Mesmo contra a lógica, Deus já chegou ao nível humano semcontaminar-se, quando veio ao mundo como Jesus. Mas hoje cabe anós buscarmos o reino, pois Ele já deu o primeiro passo e o próximodeve ser nosso. Se devemos ser sacerdotes assim como Jesus e ossacerdotes no Antigo Testamento, logo necessitamos da unção e elanão se dá mais com óleo, mas com o Espírito Santo.

Existem mais aspectos que merecem detalhamento sobre aunção de Deus, vejamos…

Em primeiro lugar, a unção de Deus é um evento: único(pontual), completo em si mesmo (não requer porçõescomplementares), e um estatuto perpétuo (não se perde a unção),quando ocorre na vida do ser humano. Atentemos para 1 João 2.27quando diz “…fica em vós…”, ou seja, ela não acaba como muitosfalsos profetas vêm falando atualmente, alegando que devemos buscara unção nova de cada dia. Quando Deus unge alguém, esta unçãodivina é estatuto perpétuo (Números 18.8), ou seja, dura para sempre,é eterna, não cessa nunca, sendo contínua e inalterável. Chegam aocúmulo de dizer que milagres podem ser feitos com base em unçãovelha… NÃO EXISTE UNÇÃO VELHA! DEUS NÃO DEIXA A UNÇÃODADA POR ELE ENVELHECER EM SUA VIDA! Davi fora ungido Reisobre Israel quando menino e aproximadamente 15 anos depois setornou Rei. Isto seria uma unção velha? Ou se é um ungido ou não seé ungido! A unção é única e não se repete! Deus não unge um homempastor de uma igreja específica, Deus o unge pastor. Os homenspodem até fazer diversas unções, mas a de Deus é única eirrevogável. Muitos homens de Deus receberam dEle a unção para opastorado, entretanto somente se tornam pastores anos depois, quiçádécadas, pois se desenvolveram espiritualmente, ministerialmente,fizeram seminário, enfim, a unção divina ocorre quando Deus chama enão quando o homem vê a profecia se chamar.

O próprio diabo era um querubim ungido (Ezequiel 28.14).Ele perdeu a unção quando pecou? Creio que não, pois ser ungido éreceber uma missão e esta obrigação ele nunca vai perder, mas pornão mais ser consagrado e santo, virou profano (Ezequiel 28.16).Atente-se que em Ezequiel 28.16 o título para o qual foi ungido, queera cobrir, não lhe fora retirado – querubim cobridor –, mas virouprofano para executá-la. Da mesma forma Davi não ousou por a mãosobre Saul (1 Samuel 24.4-11; 26.9,10), pois era ungido de Deus, evingou-o quando foi assassinado (2 Samuel 1.1-16), mesmo já tendose afastado de Deus como se não tivesse sido ungido (2 Samuel 1.21),pois estava profanando o reino de Deus. Quer dizer… a falta decomunhão com Deus não faz perder a unção, mas torna algo oualguém profano. É pior do que eu mesmo imaginava antes de começar

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este estudo! Devemos ter cuidado para não estarmos nos tornandoprofanos, pois após aceitar Jesus Cristo como Salvador, o EspíritoSanto passa fazer morada em nós e devemos ser santos para que istoocorra. Se deixarmos a santificação, passaremos a ser templosprofanados do Espírito Santo de Deus. Que perigo!

Em segundo lugar, a unção de Deus desde o AntigoTestamento, é caracterizada por transformação, ou seja, mudança decomportamento causada pela entrada do Espírito Santo de Deus navida de quem é ungido, assim como ocorreu com Saul quando foiungido por Samuel (1 Samuel 10.6,9). Quando o Espírito Santo deDeus se apoderava de Sansão seu poder o transformava em umguerreiro poderoso (Juízes 14.1). A unção de Jesus era paraevangelizar, libertar, restaurar e curar (Lucas 4.18,19). No NovoTestamento a unção, que é o derramar do Espírito Santo sobre a Igrejano Pentecostes, veio cumprir a promessa de Jesus, mudando osapóstolos pela concessão de poder (Atos 1.8;2.16,17) e estes sinaisdevem acompanhar-nos até nossos dias, pois também cremos(Marcos 16.17,18), ou não cremos?! Eu creio! Mas não é só poder,também é mudança de coração… relembremos a unção de Saul lendonovamente 1 Samuel 10.6,9.

“E o Espírito do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás comeles, e tornar-te-ás um outro homem. […] Sucedeu, pois, que,virando ele as costas para partir de Samuel, Deus lhe mudou ocoração em outro; e todos aqueles sinais aconteceram naquelemesmo dia.”

(1 Sm 10:6,9 ACF)

Além de profetizar, Saul teve o seu coração mudado e ele setornou em outro homem. É como se Saul tivesse vivido um arquétipode cristão, ou seja, ele passou por uma espécie de novo nascimento(João 3.3-7). Lembremos que o nascer de novo requer nascer da águae do Espírito, ou seja, os dois batismos (Atos 19.4-6): o doarrependimento passando pelas águas e o batismo no Espírito Santo,quando se recebe o selo da salvação e os dons são manifestos. Maspara demonstrar alteração plena no velho homem carnal em novohomem espiritual a transformação deve ser mais profundamanifestando o fruto do Espírito Santo, que não posso me negar arepeti-los, pois devem ser evidenciados por todos os ungidos,santificados em Deus (Gálatas 5.22).

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade,benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.”

(Gl 5:22 ACF)

Em terceiro lugar, já na consagração dos sacerdotes (Êxodo29.1-46) o ato de santificar objetos e pessoas era realizadoempregando o sangue e o óleo ungido. Um novilho e dois carneiroseram mortos durante o rito de consagração de sacerdotes. Ossacerdotes a serem consagrados deveriam impor as mãos sobre todos

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estes animais antes de serem sacrificados como uma forma detransmitir seus pecados. O rito se iniciava lavando-os e pondo neles asvestes especiais do sacerdócio. A unção com o óleo era procedidasobre a cabeça do sumo sacerdote tendo vestido toda a roupagemapropriada. Em seguida os demais sacerdotes eram introduzidos noritual estando eles com a roupagem devida. Só então o novilho paraexpiação dos pecados seria sacrificado e totalmente queimado aoSenhor. Um carneiro seria totalmente queimado e ofertado ao Senhor.O segundo carneiro seria imolado, entretanto não deveria sertotalmente queimado, havendo procedimentos específicos a seremseguidos. Com o sangue deste carneiro seriam pincelados a orelhadireita, o polegar da mão direita e o polegar do pé direito, sendo oresto do sangue espalhado sobre o altar. Então deveria ser espargidoo sangue que estivesse sobre o altar com o óleo da unção sobre ossacerdotes e sobre as suas vestes com as quais estivessem vestidos,santificando-os e suas vestes. Parte do carneiro deveria ser oferecidacomo oferta alçada e outra parte deveria ser cozida para servir decomida aos sacerdotes enquanto deveriam permanecer por sete diasà porta da tenda da congregação.

O simbolismo de empregar sangue do cordeiro e óleo daunção sobre os sacerdotes era uma forma de profetizar a morte deJesus e a descida do Espírito Santo (Atos 2.38; 1 Coríntios 6.11; 1Pedro 1.2). O cordeiro sem máculas cujo sangue sararia nossospecados para sempre (1 Pedro 1.19) não somente cobriu nossasorelhas e polegares direitos, nem tampouco foi aspergido sobre nossasvestes terrenas santificando-nos, mas lava nossas almas, nos purificade todo o mal, alvejando nossas vestes brancas celestiais, com asquais estaremos diante de Deus (Apocalipse 7.14). De igual forma, aunção do Espírito Santo não só foi aspergida sobre nós e nossasvestes, mas habita em todo o nosso corpo trazendo em nossaimperfeita e impura humanidade a santa e pura presença divina. Assimcomo no Antigo Testamento o sangue do cordeiro e o óleo da unçãoeram empregados para santificar os sacerdotes, o sangue de JesusCristo e a unção do Espírito Santo santificam a noiva e mantêm apureza do templo de Deus na Terra, nossos corpos terrestres.

Em quarto lugar, vemos que a unção do líder é diferenciadados demais sacerdotes, pois Arão recebeu um banho de óleo da unção(Exodo 29.7; Salmo 133.2) logo no início da cerimônia e os demaissacerdotes, seus filhos, tiveram o óleo espargido sobre eles e suasvestimentas juntamente com o sangue do último cordeiro somente nofim da cerimônia juntamente com Arão (Êxodo 29.21). Ou seja, Arão, osumo sacerdote, recebe porção dobrada e os demais sacerdotessomente o espargir. Muitos crêem que após o véu ter se rasgado dealto a baixo com a morte de Jesus na cruz (Mateus 27.51),simbolizando o livre acesso de todos os cristãos no santo dos santossem necessidade de intermediários, todos nos tornamos iguaissacerdotes sem necessitarmos de pastores, mas isto não é verdade.Os pastores são os nossos sumo sacerdotes modernos a quemdevemos respeitar pois receberam de Deus unção específica para estefim e por esta unção dobrada terão de responder mais rigorosamente

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que todos os demais sacerdotes, que somos nós. A responsabilidadedos pastores e líderes religiosos é tamanha que existem versículosque tratam especificamente disto como Ezequiel 34.2 e Jerrmias 23.1.Sobre eles cairá tamanho juízo que o próprio Jesus lançou um “ai”, ouseja, uma advertência para os doutores da lei:

“Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência; vósmesmos não entrastes, e impedistes os que entravam.”

(Lc 11.52 ACF)

Respondendo as perguntas iniciais, podemos garantir que aunção é necessária para a nação santa e o sacerdócio real, a Igreja deCristo. Ainda, a unção não requer mais óleos e especiarias, pois é feitapelo próprio Espírito Santo de Deus, transformando-nos e dando-nospoder para proclamar o ide de Jesus. Entretanto, devemos nos guardarsantos, pois uma vez ungidos, ungidos para sempre. Melhor seriaperder a unção ao perder a santificação, mas isto não ocorre. Sendoungidos e perdendo a santificação, cairemos no pecado sem perdão,que é a profanação, assim como o diabo, pois estaremos profanando otemplo do Espírito Santo. Isto ocorre, pois, após sermos lavados pelosangue do Cordeiro, nossos corpos foram ungidos e santificados emCristo e no Espírito Santo. Assim como os itens sagrados do Templo edo Tabernáculo, que não deveriam ser profanados, nossos corpos nãodevem ser profanados, pois a unção não se perde.

Maior cautela deve ser tomada, pois foi a única situação emque Jesus se irou na Terra foi quando presenciou a profanação dotemplo, logo imagine como Ele tratará este assunto no Dia do Juízo…Sendo mais esclarecedor, Jesus somente sacou um chicote eexpulsou homens de um local quando presenciou vendilhões queprofanavam o Templo de Jerusalém (João 2.13-21). Quando argüidosobre qual era a sua autoridade para proceder assim, respondeu queem 3 dias levantaria aquele templo se fosse derribado, mas naverdade Jesus estava falando sobre o seu corpo, sua crucificação eressurreição e não do Templo de Salomão como muitos pensaram. Eleprovou o que disse, ressuscitou ao terceiro dia e sabemos que mais iravirá sobre os profanadores do templo do Senhor, nossos corpos.

O Templo de Jerusalém foi destruído ainda no primeiroséculo da era cristã: acabando com os sacrifícios de animais, pois osacrifício dos sacrifícios já havia sido feito; e acabando com a moradadivina em templos feitos por mãos humanas, pois iniciava o tempo emque Deus habitaria em templos feitos por mãos divinas onde a pedraangular seria o próprio Cristo, os nossos corpos. Logo, nós crentesdevemos ser cautelosos e fiéis, não permitindo que nossos corpos,almas e espíritos sejam encontrados indignos no Dia do Juízo, poisfomos ungidos para sermos santos e templos do Espírito Santo. SeJesus considerar-nos profanos, qual será sua atitude? SEJAMOSSANTOS, POIS O DEUS QUE EM NÓS HABITA É SANTO!

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Deus só santifica o ungido que seconsagra!

A santificação é de Deus, mas aconsagração é do homem!

Sejamos os nazireus da nova aliança, ossantos pela consagração constante em

busca da Santidade de Deus, pelasemelhança com Cristo Jesus nosso

Senhor e Salvador.

7. CONCLUSÃO

Ao término deste estudo concito que sejamos como osNazireus do Antigo Testamento, que mantinham uma vida dedicada aoDeus verdadeiro sem se contaminar com o pecado e coisas profanas,mas as regras mudaram… Deus não quer só atitude sem coraçãocontrito, Ele é ciumento e deseja verdadeiros adorados que o adorem

em espírito e em verdade (João 4.23), mas para istoprecisamos buscar o reino de Deus e sua

justiça, pela consagração constanteatravés do convívio diário com Deus.

Se nos consagrarmos através,principalmente, da oração, da

leitura bíblica e do jejum, as trêspessoas da Trindade poderãonos santificar para quesejamos iguais a Deus, comoEle assim planejou desde oJardim do Éden.

Não esqueça: seconsagre perseverantemente

e Deus inicialmente o ungirácom o Espírito Santo da

promessa e o santificarácontinuamente até que sua

natureza seja transformada e setorne tal qual Ele é! Jesus não faz o que

o homem pode fazer, assim como foi naressurreição de Lázaro, onde os homens

presentes tiveram que remover a pedra do túmulo para que Jesusfizesse o milagre da ressurreição (João 11.39-44). Jesus não poderiadesintegrar a pedra ou mandar que os anjos o fizessem? Sim, mas Elequer ver a disposição do homem. Lembre-se: Deus só santifica oungido que se consagra! A santificação é dEle, mas a consagração énossa!

Sejamos os nazireus da nova aliança, os santos pelaconsagração constante em busca da Santidade de Deus, pelasemelhança com Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador. Se aconsagração cessar e a santificação acabar, não se esqueça que aunção permanecerá e serás considerado profano para Deus, assimcomo o foi Lúcifer, vindo a ter o mesmo juízo que ele terá, o lago defogo e enxofre que é a segunda morte.

Na busca constante pela santificação concito a se portar talqual Eliseu ás vésperas da assunção ao céu de Elias (2 Reis 2.1-14).Eliseu, desejoso da porção dobrada do espírito de Elias, o seguiu poralguns lugares persistentemente para não perdê-lo de vista: Gilgal,Betel, Jericó e o Rio Jordão. Cada lugar deste não foi em vão, pois nostraz um ensinamento.

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Assim como o povo de Israel, naquela época, ainda tinhagravado em sua memória os detalhes da conquista de Canaã, cadalugar deste possuía um história da guerra, com detalhes espirituais quesão válidos para as nossas batalhas diárias.

Em Gilgal, primeiro acampamento dos israelitasà oeste do Jordão, Josué encontrou-se com Deus eprostrou-se adorando-O (Josué 5.13-15), tendo que retiraras sandálias dos pés assim como Moisés na sarçaardente. Deus se apresentou a Josué com a espadadesembainhada e com o título de Príncipe do Exército doSenhor garantindo-lhe a vitória, mas isto só ocorreu apóso povo cumprir as ordens divinas que foi a circuncisão ecelebrar a Páscoa. No início do ministério Deus nos dizque está pondo o seu exército para batalhar por nós e nosgarantir a vitória, mas devemos ser obedientes a Ele.

Em Betel ou Ai, pois eram cidadescircunvizinhas (Gênesis 13.3), o exército de Israel sofreusua primeira derrota na Guerra da Conquista tendo ambasas cidades se unido contras os israelitas na Guerra daConquista (Josué 8.9,12,17), pois se esqueceram queDeus era a garantia da vitória e passaram a confiar emsuas próprias capacidades (Josué 7.3,4).

Em Jericó Deus demonstrou que Ele ésoberano sobre as muralhas e qualquer obra humanaquando fez a mais forte e poderosa muralha cair diante do

soar de buzinas e do brado do povo (Josué 6.5,20), não precisando dohomem para cumprir suas promessas. Deus é soberano sobre osplanos e obras do homem. Eliseu precisava relembrar deste ensino,pois o seu poder seria grande.

No Jordão, o profeta Elias, e depois Eliseu, com a capa deseu antecessor abriram as águas, relembrando a passagem do Jordãode pé enxuto assim como ocorreu no Mar Vermelho. Deus demonstrounaquele local que é soberano não só sobre o homem, mas sobre todaa criação, pois Ele é o criador e até o vento e o mar lhe obedecem. Opoder dado a Eliseu traria tamanha capacidade divina que ele poderiase achar um semi-deus e Deus queria que ele não se esquecesse deonde era a origem do poder que recebia.

Ainda, devemos nos lembrar que Eliseu não desistiu e foipersistente atrás de sua bênção, que era a porção dobrada do espíritode Elias. Note-se que Eliseu não buscou bênção material como muito épregado em nossos dias, mas a santificação e o poder que vem doalto, pois é este o verdadeiro tesouro que a ferrugem e a traça nãocorroem (Mateus 6.19). Eliseu já havia sido tocado com a capa doprofeta e com esta ocorrência já havia recebido a unção de profeta (1Reis 19.19-21), mas ele não se conteve com a unção, pois ele buscauma santificação maior. Nesta sua busca, ou seja, no seu processo deconsagração, devemos aprender que: a luta virá, mas Deus estáconosco, pois a obra é dEle e não nossa; nossa vitória depende dEle e

Perseguição de Eliseu a Elias antesde sua ascensão aos céus

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sem Ele não podemos nada; Ele é soberano sobre os planoshumanos; e Ele é soberanos sobre toda a criação.

Assim como Eliseu, já fomos ungidos, mas na busca pelasantificação, em nossa constante consagração, devemos serperseverantes aprendendo a ser submissos ao Deus criador que nosungiu e nos predestinou para sermos a sua imagem e semelhança.Diferente de Saul que perdeu a santidade e passou a ser profanodiante de Deus, pois já havia sido ungido, devemos nos apresentar namorte prontos e dignos de sermos chamados Filhos de Deus. Mesmoque percamos a unção, Ele é fiel e justo para perdoar nossos pecados,assim como foi com Sansão, nazireu de Deus que perdeu a santidade,mas no momento da morte restabeleceu sua condição anterior desanto e morreu com dignidade diante de Deus e dos homens. Uma vezungidos templo do Espírito Santo, seremos eternos templos. Assimcomo uma Ferrari sempre será uma Ferrari, mas sem gasolina nãoandará, somos eternos templos que sem o Espírito Santo habitandoem nós não cumpriremos nossa finalidade. Um templo sem o seu Deusé um templo profanado, profanando não só o templo, mas, no nossocaso, o sangue de Cristo e o próprio Espírito Santo que nos santificou,sendo o castigo uma coisa horrenda (Hebreus 10.29-31).

“29 De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedoraquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue daaliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?30 Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eudarei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará oseu povo. 31 Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.”

(Hb 10.29-31 ACF)

Logo, devemos manter a consagração constantemente, paraque Deus nos santifique a cada dia em nível maior e não percamos apresença do Espírito Santo de Deus em nós. Resta-nos o conselho dePaulo:

“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, masenchei-vos do Espírito;”

(Ef 5.18 ACF)

Independente de já estar convertido, batizado, demonstrandoevidências do batismo com o Espírito Santo pelo fruto e for umcumpridor do Ide empregando os dons, a Bíblia é clara em indicar quedevemos buscar aperfeiçoar a nossa santificação já alcançada. Logo,como recomendação final, sugiro maior aprofundamento nos seguintestemas, seguindo uma abordagem de aplicação pessoal: estudo daBíblia, oração e jejum.

Que Deus nos abençoe e nos santifique!

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REFERÊNCIAS

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_____. Hebraico. Tanakh - Bíblia Hebraica Sttutgartensia. VersãoDigital do Software e-Sword na versão 9.6.0, 2010.

_____. Português. Bíblia Sagrada. Tradução Almeida Corrigida Fiel.Versão Digital do Software TheWord na versão 3.2.0.1102, 2010.

_____. Português. Bíblia Sagrada. Tradução Almeida Revista eCorrigida. Versão Digital do Software TheWord na versão 3.2.0.1102,2010.

CURTIS, Adrian. Oxford Bible Atlas. 4ª Edição, Oxford UniversityPress, New York, 2007.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário Aurélio, daLíngua Portuguesa, 7ª edição, revista e atualizada. MiniaurélioEletrônico versão 5.12, 2004.

MICKELSON, Jonathan Kristen. Inglês. Mickelson’s EnhancedStrong’s Greek and Hebrew Dictionaries. Versão Digital do SoftwareTheWord na versão 3.2.0.1102, 2010.

STRONG, James. Português. Dicionário Bíblico Strong – LéxicoHebraico, Aramaico e Grego de Strong. Versão Digital do SoftwareTheWord na versão 3.2.0.1102, 2010.