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Guia do Departamento de Psicanálise

Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae ¶ 2018

O Guia do Departamento de Psicanálise é uma produção da área de Publicações, criada no decorrer dos anos 2007 e 2008.

1a edição: 20092a edição: 20123a edição: 2018

Equipe editorialCristiane Curi Abud Liliane de B. V. Guimarães Mendonça Luciana Cartocci Marcia R. Bozon de Campos

Projeto gráfico originalCelso Longo / ImageriaDiagramação e adaptação desta ediçãoA Máquina de Ideias / Sergio Kon

Imagem da capaLeón Ferrari

Conselho de Direção 2008–2010Ana Maria Sigal, Fátima Milnitzky, Heidi Tabacof, Leonor Rufino, Maria Antonieta Whately, Maria Aparecida Kfouri Aidar, Maria Elisa Pessoa Labaki (articuladora da área de Publicações), Maria Marta Azzolini, Marli Ciriaco Vianna e Rita Cardeal.

Conselho de Direção 2010-2012Anna Mehoudar, Eva Wongtschowski (articuladora da Área de Publicações), Heidi Tabacof, Isabel Mainetti de Vilutis, Mara Caffé, Maria Antonieta Whately, Maria Aparecida Kfouri Aidar, Maria Beatriz Costa Carvalho Vannuchi, Maria Marta Azzolini, Noemi Moritz Kon.

Conselho de Direção 2017- 2018Aline Eugênia Camargo, Ana Cláudia Ayres Patitucci, Cláudia Justi Monti Schonberger, Christiana Martins Ribeiro da Cunha Freire, Cristina Maria Elena Herrera, Elcio Gonçalves de Oliveira Filho, Lucía Leonor Barbero Marcial de Fuks, Marcia Regina Bozon de Campos (articuladora da área de Publicações), Nanci de Oliveira Lima, Natália Gola, Roberta Wanderley Kehdy e Tera Leopoldi.

Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae Rua Ministro Godói 1484 05015 900 Perdizes, São Paulo SP Brasil

Secretaria do Departamento de Psicanálise: funcionamento de 2a a 6a das 9h às 18hs55 11 3866 2753www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise [email protected]

Editorial

O Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae divulga, neste Guia, sua composição e estrutura de funcionamento para membros, alunos e ex-alunos, assim como para outros colegas e pessoas interessadas.

Criado por resolução do Conselho de Direção 2006–2008, o Guia do Departamento de Psicanálise visa favorecer o conhecimento de possibilidades de pertinência, inserção ou participação nas atividades, auxílio nas tarefas de organização e coordenação, consultas, convites, propostas de trabalho e estabelecimento de parcerias. Esta terceira edição atualiza informações, permitindo que o leitor acompanhe as mudanças e transformações relativas à dinâmica de nosso funcionamento, introduzindo os caminhos de acesso (fluxogramas) a cada área de trabalho, orientando o leitor, membros e aspi-rantes a membro a como participar ativamente do Departamento, seja se engajando em atividades existentes, seja propondo novas.

A construção desta edição manteve as principais fontes de consulta utili-zadas nos números anteriores, – entre elas o livro História do Departamento de Psicanálise (Narrativa Um, 2006), a Revista Percurso n. 35, o documento Princípios e Finalidades do Departamento de Psicanálise (7/12/1985) e informes divulgados no Boletim Online1 – e agregou as imprescindíveis informações recebidas dos articuladores das diferentes áreas e dos interlocutores de cada grupo.

Esperamos, desta forma, ampliar o alcance deste efetivo instrumento de acesso e desenvolvimento de projetos compartilhados.

[1] Os livros e documentos mencionados neste Guia podem ser encontrados na Secretaria e na Biblioteca do Instituto Sedes Sapientae e no site do Departamento.

Guia do Departamento de Psicanálise 5

7. I - Apresentação do Departamento de Psicanálise

10. Princípios e Finalidades do Departamento de Psicanálise13. A inserção do Departamento no Instituto Sedes Sapientiae14. Representação do Departamento e Membros na Gestão do Instituto

Sedes Sapientiae

15. II - As Áreas do Departamento e suas Formações Grupais

16. Mapa das Áreas do Departamento17. A Estrutura do Departamento de Psicanálise18. Mapa das Formações Grupais21. • 1. Área de Cursos35. • 2. Área de Clínica e Instituições45. • 3. Área de Formação Contínua71. • 4. Área de Publicações e Comunicação81. • 5. Área de Transmissão, Pesquisa e Intervenções Externas89. • 6. Área de Eventos93. • 7. Área de Relações Internas97. • 8. Área de Relações Externas101. • 9. Área de Administração e Finanças

105. III - A Gestão do Departamento de Psicanálise

107. Assembléia de Membros do Departamento107. Conselho de Direção108. A entrada no Departamento108. O Curso de Psicanálise e o Departamento109. Comissão de Admissão110. Membros do Departamento

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I.

Apresentação do Departamento de Psicanálise

Guia do Departamento de Psicanálise 9

Apresentação do Departamento de Psicanálise

O Departamento de Psicanálise é um espaço de formação, de interlocução, de produção de pesquisas e de publicações, reconhecido tanto pelas atividades que realiza dentro do Instituto Sedes Sapientiae como pelas atividades que seus membros ou agrupamentos desenvolvem em outros espaços. Encontra suas raízes na mesma concepção que deu origem ao Curso de Psicanálise,1 e foi instituído formal e efetivamente em 1985, por vontade e decisão de um conjunto de psicanalistas constituído por professores, alunos e ex-alunos do curso. Coube a Regina Schnaiderman um papel altamente significativo em seu ato de fundação, que decorreu na produção do documento “Princípios e Finalidades do Departamento de Psicanálise” (ver p. 10).

Assumiu-se o compromisso com uma psicanálise independente, com uma forte influência da filosofia e do debate ideológico. A opção por uma posição de abertura cultural e política e de compromisso social – em identificação com a Carta de Princípios do Instituto Sedes Sapientiae –, marcou os traba-lhos desse grupo que, atravessando diversas vicissitudes, deu sustentação ao projeto formativo do curso, e conquistou, com a constituição desse espaço de pertinência e de produção, um novo e fundamental marco de realização.2

O Departamento de Psicanálise aspira ter uma posição ativa dentro do movimento psicanalítico, através do exercício fecundo da transmissão de múltiplas experiências de trabalho clínico, de seus eventos públicos e de sua produção editorial, assim como do contato e intercâmbio com outros ana-listas, grupos, instituições e espaços psicanalíticos ou ligados à psicanálise. Valoriza igualmente a significação histórica e o potencial de intervenção da psicanálise e dos psicanalistas no campo social e cultural em geral. A par-tir de maio de 2017, o Departamento de Psicanálise passou a fazer parte da FLAPPSIP (Federação Latino Americana de Associações de Psicoterapia Psi-canalítica e Psicanálise). Esta federação, que existe desde 1998, é uma rede de instituições comprometidas com a discussão, o intercambio, a produção e a difusão do pensamento psicanalítico em suas diversas práticas originadas nas descobertas de S. Freud e seus seguidores.

Atualmente estruturado em 9 áreas, o Departamento de Psicanálise é uma associação de psicanalistas composta por 289 membros,3 muitos dos quais participam das diversas formações grupais que desenvolvem atividades rela-tivas a: Cursos; Eventos; Publicações e Comunicação; Transmissão, Pesquisa e

[1] Chamado Curso de Psicoterapia de Orientação Psicanalítica até 1980 (ver p. 24).[2] O livro História do Departamento de Psicanálise (Narrativa Um, 2006), publicado em 2006 como parte das comemorações pelos 21 anos do Departamento, registra essa trajetória a partir de depoimentos orais e escritos, fontes documentais e material iconográfico.[3] Este número inclui os aspirantes a membro.

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Intervenções Externas, Clínica e Instituições, grupos de Formação Contínua, e colaboram com as áreas que se ocupam das diferentes interfaces com gru-pos internos e/ou externos ao Instituto Sedes Sapientiae (Relações Internas, Relações Externas, Administração e Finanças).

O Departamento é gerido por um Conselho de Direção eleito bienal-mente em sua Assembléia de Membros, num modelo que visa a um trabalho permanente de articulação e construção política coletiva. A entrada de novos membros é processada através da Comissão de Admissão (desde 1997), tam-bém eleita em Assembléia.

Princípios e finalidades do Departamento de Psicanálise

Documento de fundação do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae

São Paulo, 07 de dezembro de 1985.

1. O Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae é concebido como um espaço no qual um grupo de psicanalistas, preocupados com a produção no âmbito da Psicanálise, concordantes com os princípios fundamentais que regem a instituição Sedes, se reúnem a fim de trocar ideias que enriquecem sua formação teórica e revertem em benefício de sua prática clínica.

2. Partindo de que a formação é complexa e interminável, concebemos o Departamento como um espaço no qual caibam atividades diversas que respondam aos interesses diversificados que cada um de seus membros tem na sua formação.

3. O Departamento se define como um lugar de pertinência para seus membros. A ideia é que essa pertinência não seja uma simples filiação, senão que seus membros sejam ativos e participantes.

4. A produção é o princípio fundamental em torno do qual o Departamento deve organizar-se. É através da produção constante que a Psicanálise realiza seu desenvolvimento teórico, a reflexão sobre a prática clínica, o repensar nosso lugar como psicanalistas, assim como o repensar per-manente da instituição a qual pertencemos.

5. O Departamento não se propõe autorizar ninguém a ser psicanalista. É um lugar de mútuo reconhecimento. O reconhecimento vem do trabalho

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comum, da circulação das ideias, do intercâmbio e exposição da pro-dução individual. O Departamento propicia um espaço que possibilita esse reconhecimento entre os colegas.

6. O Departamento não é um espaço definido por nenhuma linha teórica. Pelo contrário, um espaço no qual a convivência de teorizações diferentes evite as filiações dogmáticas. O confronto das diferenças teóricas tende a dar movimento a um espaço de constante revisão da teoria psicana-lítica e de desenvolvimento dos suportes teóricos que sustentam nossa prática clínica. Falamos de desenvolvimento, partindo do pressuposto de que a Psicanálise é aberta à retificação de seus conceitos a partir de sua instrumentação na prática. Não é uma teoria cristalizada.

7. O Departamento se propõe como um espaço onde cada membro exerça suas possibilidades criativas e sua individualidade, sua singularidade como psicanalista, tentando evitar a formação em série. Deve ser uma preocupação constante que o ensino de uma técnica não seja desligado da teoria. Somente a partir do aprofundamento no campo da Psicanálise é que podemos dar conta de diferentes perguntas ou exigências sociais no campo da saúde mental, e a própria práxis nessa área deverá, por sua vez, enriquecer a nossa teoria.

8. O Departamento se propõe a promover e desenvolver trabalhos no campo psicanalítico, em todas as dimensões que supõe a complexidade de sua prática (teórica, metodológica, político-institucional, formativa), levando em conta o contexto histórico-social no qual esta prática se inscreve. Entendemos que o contexto histórico-social sobredetermina a prática psicanalítica, e que esta pode incidir transformando o mesmo. Neste sentido, é princípio do Departamento não cair no cientificismo neutro, nem tampouco numa prática apolítica.

9. O Departamento se propõe também como um espaço de articulação da Psicanálise com outros campos do conhecimento. É princípio do Departamento, portanto, buscar ser um espaço de reflexão e troca mul-tidisciplinar. A proposta não é criar um Centro de Ciências Humanas, senão um Departamento onde a produção psicanalítica possa contar com a contribuição de produções provenientes de outras disciplinas.

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Instâncias representadas no organograma do Instituto Sedes Sapientiae Instâncias que não estão no organograma, mas que fazem parte da dinâmica institucional Instâncias próprias ao Departamento de Psicanálise Direção executiva e/ou normativa Representação Interlocução e consulta

Núcleo de Funcionários

Núcleo de Departamentos

Núcleo de Centros

Núcleo de Cursos

Conselho do ISS

Cursos e Departamentos

Administração e BibliotecaClínica Centros

Conselho de Direção do

Departamento de Psicanálise

Assembleia do Departamento

Cursos do Departamento de

Psicanálise

Diretoria do ISS

Ato Eleitoral da Comunidade Sedes

AIJF

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A inserção do Departamento no Instituto Sedes Sapientiae

O Instituto Sedes Sapientiae (1977) tem construído um trabalho sólido nas áreas da saúde mental, educação e filosofia. É uma instituição filantrópica, autos-sustentável, vinculada juridicamente à Associação Instrutora da Juventude Feminina. Desenvolve seus trabalhos com recursos provenientes dos cursos, parcerias e de fontes financiadoras nacionais e internacionais (destinadas a projetos desenvolvidos pelos Centros), e se pauta – nos diversos aspectos de seus objetivos e funcionamento – por sua Carta de Princípios (1979), em que se destacam solidariedade e justiça social.

Sua Diretoria é composta por 6 membros com mandato de 3 anos – 3 dos membros são designados pela AIFJ e 3 são eleitos por votação dos integrantes da Comunidade Sedes. No momento, o Instituto Sedes conta com o NAS-Nú-cleo de Assistência Social que integra representantes dos departamentos e com o Núcleo de Funcionários.

O Departamento de Psicanálise foi um dos primeiros departamentos cria-dos no Sedes a partir de cursos regulares. Por vários anos não teve existência formal-estatutária, quando somente eram reconhecidos pela instituição, como integrantes da Comunidade Sedes, os professores do Instituto que fizessem parte dos cursos de especialização ou aperfeiçoamento, aos quais se outorgava o direito de votar e de serem votados nas eleições para a Diretoria do ISS, por seu pertencimento à Comunidade Sedes. Vários dos colegas do Departamento, pertencentes ao Curso de Psicanálise, participaram das sucessivas Diretorias na gestão geral do Instituto. Em diversas oportunidades manifestaram-se a favor do reconhecimento e da inserção dos Departamentos na estrutura estatutária.

Atualmente os Departamentos têm reconhecimento institucional e constam do organograma oficial, na condição de disporem de: um curso de especialização, uma publicação regular periódica e membros que não sejam professores. Desta forma, os membros do Departamento de Psicanálise formam parte da Comunidade Sedes e participam das eleições da Diretoria do Instituto. O Departamento se faz representar no Núcleo de Departamentos por um mem-bro escolhido em Assembléia, o articulador de Relações Internas, que faz parte do Conselho de Direção do Departamento. Os Cursos ligados ao Departamento, por sua vez, enviam seus representantes ao Núcleo de Cursos.

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Representação do Departamento e Membros na Gestão do Instituto Sedes

A representação do Departamento e de seus Cursos junto aos demais e frente à Diretoria do Instituto Sedes Sapientiae se faz através das instâncias represen-tativas propostas, respectivamente, como Núcleo de Departamentos e Núcleo de Cursos, que debatem e levantam questões institucionais pertinentes:

Representação do Departamento de Psicanálise no Núcleo de Departamentos: Faz circular informes e insere temas nas pautas do Núcleo, apresenta sugestões ao Conselho do Sedes, participa em comissões para projetos do Sedes.

Representantes dos cursos no Núcleo de Cursos: Temporariamente suspenso

Como membros da comunidade Sedes, atualmente participam do corpo diretivo do Instituto os seguintes membros do Departamento de Psicanálise:

Membros do Departamento integrantes da Diretoria do ISS 2016-2018: Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes

Membros do Departamento integrantes do Conselho do ISS: Temporariamente suspenso

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II.

As Áreas do Departamento e suas Formações Grupais

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Mapa das Áreas do Departamento

Áreas do Departamento de Psicanálise

Publicações e Comunicação

Formação Contínua

Transmissão, Pesquisa e

Intervenções Externas

Relações InternasEventos Relações

Externas

Clínica e Instituições

Cursos

Administração e Finanças

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A Estrutura do Departamento de Psicanálise

O Departamento de Psicanálise está estruturado por áreas de atividade, cada uma das quais inclui um número variável de grupos de trabalho. Nessas diversas formações grupais, pertencentes às 9 áreas que compõem o Depar-tamento, seus membros encontram espaços de pertencimento e participação para realizar sua formação permanente, a circulação de ideias e o desenvol-vimento de projetos em vários âmbitos.

A organização do Departamento por áreas foi o resultado de um intenso trabalho de reflexão que transformou o modelo de gestão vigente desde sua fundação, pautado na eleição de representantes dos diversos espaços de traba-lho, para o modelo atual que se fundamenta na articulação entre as diversas áreas, contemplando sobretudo, uma política coletivamente construída.

Os articuladores destas áreas são eleitos em Assembléia Geral para inte-grar o Conselho de Direção do Departamento, com um mandato de 2 anos. Cada um dos articuladores acompanha as formações grupais pertencentes à área, transmitindo diretrizes e orientações, acolhendo propostas para a implementação de trabalhos específicos, interligando estes grupos entre si e com o Conselho, informando sobre o funcionamento da área para os diversos integrantes da gestão. Com esta finalidade, mantém contato com os inter-locutores dos grupos de sua área. Além disso, pode formar comissões para a análise e a resolução de questões pontuais.

A Comissão de Admissão processa autonomamente a entrada de novos membros no Departamento e tem sua inserção representada por um de seus membros no Conselho de Direção.

A Incubadora de Ideias foi criada no Conselho de Direção 2010-2011 e é a materialização de um dispositivo do Departamento de Psicanálise des-tinado a estimular, atrair e apoiar iniciativas de toda ordem, projetos que estejam dentro do escopo ético-político que compartilhamos como asso-ciação de psicanalistas.

Há 25 grupos permanentes que atualmente desenvolvem seus trabalhos nas áreas do Departamento de Psicanálise, e cada qual designa um interlo-cutor que se responsabiliza pelo contato com o Conselho de Direção, assim como por sustentar a interlocução entre o grupo ao qual pertence e os demais membros, agrupamentos, parceiros e outros integrantes de nossas redes de participação.

Mapa das Formações Grupais

1. Cursos

Formações Grupais das Áreas do Departamento

Há 25 grupos permanentes que atualmente desenvolvem seus trabalhos nas áreas do Departamento de Psicanálise.

2. Clínica e Instituições

3. Formação Contínua

4. Publicações e Comunicação

5. Transmissão, Pesquisa e Intervenções Externas

6. Eventos

7. Relações Internas

8. Relações Externas

9. Administração e Finanças

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• Psicanálise• Clínica Psicanalítica: Conflito e Sintoma• Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contemporânea

• Inquietações da Clínica Cotidiana • Projeto de Pesquisa e Clínica Psicanalítica das Problemáticas Alimentares • Grupo de Intervenção e Pesquisa Clínica: da gestação à primeira infância • Saúde Mental, suas Instituições e Interfaces • Projeto Laborar

Incubadora de IdeiasSeminários TemáticosGrupos de Trabalho e Pesquisa:

• Grupo de Trabalho e Pesquisa em Dinâmicas Grupais e Institucionais • Grupo Faces do traumático • Generidades: identidades, gêneros e desejo • Grupo de discussão clínica • Grupo de Trabalho e Pesquisa: Famílias no Século XXI • Grupo de leitura – casos clínicos de Freud comentados por Lacan • Grupo de leitura – estudos sobre a obra de André Green • Grupo de Leitura – Estudos sobre a obra de Winnicott • Grupo de leitura – dialogando com Winnicott • Grupo de Leitura: O conflito: mãe x mulher • Grupo de Pesquisa e Intervenção Trabalho e Psicanálise • Grupo de Trabalho e Pesquisa em Problemáticas Alimentares • O feminino e o imaginário cultural contemporâneo • Medicações psiquiátricas em análise: como, quando e porque • Grupo de Trabalho e Pesquisa em Psicanálise com Crianças e Adolescentes• Grupo de Trabalho e Pesquisa em Psicanálise e Contemporaneidade • Grupo de Trabalho em Psicanálise e Cultura • Sexta Clínica

• Percurso – Revista de Psicanálise • Boletim Online – Jornal digital • Blog do Departamento de Psicanálise • Psicanálise no Mundo • Livros de produção interna • Guia do Departamento • Página do Departamento de Psicanálise no portal do Instituto Sedes Sapientiae (site) • CDI- Conselho de Direção Informa • Secretaria Informa • Entre Membros

• GTEP – Grupo de Transmissão e Estudos de Psicanálise• Encontros de Pesquisa no Departamento de Psicanálise

• FLAPPSIP• Movimento Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras

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• 1. Área de cursos

ҿ 1.1 Psicanálise

ҿ 1.2 Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contemporânea

ҿ 1.3 Clínica Psicanalítica: Conflito e Sintoma

PsicanáliseClínica

Psicanalíeica: Conflito e Sintoma

Psicopatologia Psicanalítica

e Clínica Contemporânea

Área de Cursos

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A área de cursos tem o objetivo de sustentar a reflexão sobre a transmissão da psicanálise e a formação de psicanalistas com-prometidos com seu tempo; orienta-se pela concepção de que ensinar psicanálise é fazer trabalhar a relação entre teoria e clínica. A área cuida da articulação entre:

Ǿ os três cursos do departamento que fazem parte dos cur-sos regulares do Instituto Sedes Sapientiae;

Ǿ as equipes docentes e o conjunto do departamento; Ǿ os alunos e o departamento.

Trabalha também para promover a difusão e conhecimento por parte da comunidade dos projetos e programas dos cursos.

Afirma a autonomia dos cursos quanto à formulação de progra-mas, modo de funcionamento e composição do corpo docente.

Os cursos oferecidos pelo Departamento de Psicanálise são:

Ǿ Psicanálise Ǿ Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contemporânea Ǿ Clínica Psicanalítica: Conflito e Sintoma

Articulação da Área de Cursos: vago1

[1] Neste momento, o lugar de articulador de cursos está sendo ocupado por representantes de uma comissão mista (provisória) composta por professores dos três cursos existentes no Departamento. No biênio 2017-2018 os representantes foram: Natália Gola, Aline Eugênia Camargo e Lucia Barbero Fuks.

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Como propor um novo curso?

A proposta de um novo curso deverá ser encaminhada ao Articulador da área de cursos que terá a funçâo de apresentá-la ao Conselho de Direção para em seguida debater a sua pertinência junto aos Cursos existentes no Departamento. Posteriormente a proposta será novamente encaminhada ao Conselho de Direçāo para sua aceitaçāo ou nāo.

proposta de curso respostaarticulador

de cursos

cursos existentes no departamento

e-mail cd

OBS: É importante ressaltar que qualquer nova proposta de curso deverá ser submetida à aprovação da Diretoria do Instituto Sedes Sapientiae.

1.1 Psicanálise

O Curso Psicanálise foi criado em 1976, num momento concomitante à cria-ção do Instituto que se estruturava como espaço de formação em diferentes áreas da Psicologia, da Educação e da Filosofia e como lugar de resistência à ditadura civil-militar, vigente naquela época, posicionando-se ativamente em defesa da democracia e da justiça social.

Naquele momento, Madre Cristina, que ocupava a direção do Instituto, convocou vários profissionais para participarem da instauração dessas novas propostas. Regina Schnaiderman foi fundamental para a criação do Curso, junto a grupos de psicanalistas brasileiros, assim como psicanalistas argentinos recém-chegados ao Brasil e solidários com a proposta, materializando, assim, um projeto que continua, até hoje, sustentando seus princípios fundamentais.

Originalmente nomeado Curso de Psicoterapia de Orientação Psicanalítica – já que a formação em Psicanálise era, até então, privilégio da Sociedade Brasileira de Psicanálise – logo mudou seu nome (em 1980), num movimento afirmativo e contestador das normas que regiam o funcionamento da instituição dita oficial, e, em defesa de uma formação mais ampla e democrática com abertura para outras formas de funcionamento e para a ampliação de seus campos de intervenção.

O Curso instituiu-se, então, como um lugar de inovação comprometendo--se, ao lado de outros movimentos de vanguarda da época, com a discussão democrática e propondo uma formação em que a Psicanálise estivesse inse-rida e comprometida com seu contexto histórico e sua prática se estendesse

Guia do Departamento de Psicanálise 25

para as instituições e espaços públicos, contemplando sempre, as questões sociais e políticas2

Essas marcas iniciais mantêm-se como referências necessárias para as ati-vidades do Curso. Repensamos as questões teórico-clínicas à luz do momento presente, questionando os conceitos e práticas dogmáticas e cristalizadas no tempo. A cultura, a política e a história são fundamentais para pensar e fazer avançar o movimento psicanalítico.

Outra característica fundamental de nosso Curso, que já estava presente em seus inícios, é a liberdade na escolha da análise do analista (e do supervisor). Sabemos que toda análise pode ter efeitos didáticos, mas é sempre de análise que se trata, sem adjetivações que só provocam distorções e aprisionamentos institucionais, como o mostra a História do Movimento Psicanalítico. A Psi-canálise além de se definir por uma teoria, um método e uma técnica que lhe são próprios, se define, fundamentalmente, por sua posição no campo da Ética.

Com duração de 4 anos, o Curso é um espaço de transmissão da Psica-nálise que tem como proposta o estudo cuidadoso da obra de Freud e de outras correntes relevantes na história e no cenário contemporâneo da psi-canálise, e o acompanhamento da clínica dos analistas em formação, tendo como perspectiva o desenvolvimento do pensamento crítico e de práticas que atualizem a potencia e vigência da Psicanálise como modo de abordar o sofrimento humano e favorecer, para cada um, a construção de um estilo singular no seu percurso de tornar-se analista.

Desenvolve atividades contínuas como seminários teórico-clínicos, super-visões clínicas grupais e supervisões individuais, além de organizar atividades pontuais como encontros coletivos para discussão de temas relativos à formação e colóquios internos sobre os trabalhos realizados pelos analistas em forma-ção. Promove, também, eventos abertos ao público em geral como os ciclos de debates e jornadas referentes a algum tema específico da Psicanálise e/ou de seu enlace com as questões sócio-políticas que atravessam a nossa realidade.

Além disso, há uma atividade específica de Aprimoramento clínico-ins-titucional (optativa) para os que queiram participar, como terapeutas, dos serviços oferecidos à comunidade, na Clínica Psicológica do Instituto.

A inserção no Curso possibilita, ainda, que os analistas em formação, a partir do segundo ano, os que já terminaram o Curso, até dois anos depois desse término, possam se inserir no Departamento de Psicanálise, partici-pando de suas atividades, na condição transitória de aspirante a membro. Posteriormente, poderão ser integrados ao Departamento como membros, passando pelo processo de admissão que foi instituído.

Considerado pelo Instituto como Curso de Especialização, oferece 760 horas/ano de atividades e 36 vagas anuais que se destinam a profissionais universitários que já tenham um percurso em sua análise pessoal, estudo teórico em Psicanálise e alguma experiência clínica.

[2] Um desenvolvimento mais detalhado da história dessa origem e das diferentes vertentes e presenças desse momento instituinte, encontra-se no livro História do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, editado em 2006.

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Para a seleção o candidato participará de duas entrevistas individuais devendo, em cada uma, apresentar seu currículo, uma fotografia e um texto curto em que explicite o que o levou a formular sua demanda de formação neste momento e nesta instituição.

Atividades regulares:

Seminários teórico-clínicos: Ǿ 1o ano ■ O Inconsciente freudiano, paradigma do sonho;

■ Da terapia catártica ao tratamento psicanalítico. Ǿ 2o ano ■ Teoria das pulsões;

■ A sexualidade infantil e o Complexo de Édipo. Ǿ 3o ano ■ Clínica das neuroses: Histeria e Neurose Obsessiva;

■ Narcisismo e constituição do Eu. Ǿ 4o ano ■ Seminários sobre diversos temas de clínica psicanalítica.

Atualmente estão em curso: • A sexualidade na clínica psicanalítica contemporânea:

contribuições da filosofia e das teorias de gênero; • Moisés e o monoteísmo: última investigação de Freud e

suas ressonâncias na contemporaneidade; • Psicoses; • Recusa e transgeracionalidade: aproximações à clínica

contemporânea.

Supervisões grupais e individuais: Ǿ Grupal: no 1o 2o e 4o ano. Ǿ Individual: no 3o ano

Aprimoramento Clínico (optativo): Visa a ampliação da clínica do analista e possibilitar uma experiência de Clínica-Institucional

A atividade conta com uma supervisão específica que ocorre semanal-mente em grupo de no máximo 5 participantes

Atividades pontuais:

Colóquio de monografias:É uma atividade do Curso que se realiza a cada 2 anos, desde 1998. Trata-se de um espaço diferenciado para discussão das monografias dos analistas em formação. Em tais colóquios, os participantes encontram uma possibilidade de circulação e reconhecimento de sua produção teórica, de sua prática clí-nica e a oportunidade de fortalecer laços efetivos de pertinência à instituição e ao Curso. Nos dois últimos encontros foi aberta a participação, nas discus-sões dos trabalhos, para os integrantes dos outros Cursos do Departamento.

Guia do Departamento de Psicanálise 27

A organização destes colóquios é de responsabilidade de uma comissão com-posta por professores e alunos.

Os trabalhos apresentados no 2o Colóquio estão publicados no livro: Colóquio Freudiano: teoria e prática da psicanálise freudiana.

Ciclos de debateCada ciclo tem consistido em mesas-redondas coordenadas, que se desenvol-vem em torno de um tema exposto por professores do curso, seguido de um debate aberto ao público. Até o momento, o curso realizou 5 ciclos de debates:

Ǿ “Leituras de Freud” (1995), em que os conferencistas comentavam textos freudianos. (publicado em 1997, sob o título Freud, um ciclo de leituras. Ed. Escuta- Fapesp).

Ǿ “A clínica conta histórias” (1999) que teve como eixo condutor da refle-xão a clínica psicanalítica no mundo contemporâneo. (publicado em 2000, com o mesmo título do ciclo, Ed.Escuta).

Ǿ “Desafios para a psicanálise contemporânea” (2002) que discutiu como a psicanálise se vê confrontada com “novas formas do viver” e as respostas teóricas e clínicas que podem ser construídas. (publicado em 2003, com o mesmo título do ciclo. Ed. Escuta).

Ǿ “O sintoma e suas faces” (2005), realizado sob o formato de uma jor-nada conjunta com os cursos Clínica Psicanalítica: Conflito e Sintoma e Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contemporânea (publicado em 2006 com o mesmo título da jornada. Ed. Escuta e Fapesp).

Ǿ “Psicanálise em trabalho” (2011) que recolocou em trabalho temas funda-mentais de Freud e de autores pós-freudianos, a partir das interrogações e dos impasses da clínica cotidiana de nosso tempo. (publicado em 2012, com o mesmo título do ciclo. Ed. Escuta) .

JornadasO Curso tem participado de diferentes jornadas, tanto as organizadas pelo corpo de professores para discussões internas, como das jornadas propostas pelo Instituto, e das organizadas em conjunto com outros setores do Depar-tamento, como por exemplo, a realizada com o Grupo de Transmissão e Estudos de Psicanálise – GTEP –, da área de Transmissão, Pesquisa e Inter-venções Externas: “Psicanálise hoje: Caminhos da Formação e Transmissão”.

Forma de gestãoJá tivemos diversas formas de gestão. Atualmente a coordenação do curso é coletiva, escolhendo-se, previamente às reuniões mensais, uma pauta de discussão. Organizaram-se, também, grupos de trabalho para questões espe-cíficas pertinentes à formação e a aspectos administrativos ou da relação com outras instâncias da instituição, que comunicam e discutem seus encami-nhamentos, no espaço da reunião geral. Anualmente, um professor assume a coordenação de cada ano tendo a função de convocar reuniões com os

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professores e alunos, acompanhar o desenvolvimento das atividades espe-cíficas e colaborar para a organização das atividades coletivas. A cada dois anos um professor assume a representação para cuidar das relações com a Diretoria e com a Administração do Instituto e um representante para o contato com a Clínica Psicológica e para a coordenação do Aprimoramento.

Critérios para formação da equipe de professoresEm 2017 instituiu-se uma nova modalidade para a entrada de professores no Curso: a contratação através de um Edital, dirigido aos membros do Departa-mento, que explicita os critérios e procedimentos para se efetuar essa escolha. Essa proposta tenta responder a um movimento institucional do próprio Depar-tamento que se tornou maior e mais complexo e pretende favorecer a integração dos diferentes espaços, sustentando nossos princípios de participação e fun-cionamento democráticos. Ao lado dessa modalidade, mantém-se a proposta de convite para psicanalistas externos ao Departamento, que respondam aos princípios que nos norteiam, para fazer parte deste grupo de formação.

Corpo docente: Alcimar Alves de Souza Lima, Ana Maria Sigal, Cleide Monteiro, Decio Gurfinkel, Flávio Carvalho Ferraz, Heidi Tabacof, José Atílio Bombana, Lucía Barbero Fuks, Mara Caffé, Maria Aparecida Kfouri Aidar, Maria Cristina Ocariz, Maria de Fátima Vicente, Maria Helena Fernandes, Maria Laurinda Ribeiro de Souza, Maria Silvia Bolguese, Mario Pablo Fuks, Miriam Chnaidermann, Myriam Uchitel, Nelson da Silva Junior, Paula Francisquetti, Sandra Navarro, Silvia Leonor Alonso e Tales Ab’Saber (professor convidado).

1.2 Clínica Psicanalítica: Conflito e Sintoma

O curso de Clínica Psicanalítica: Conflito e Sintoma (aperfeiçoamento: 136 horas/ano) foi fundado em 1997 e tem a duração de um ano, com um segundo ano opcional para os alunos que desejam se aprofundar no estudo dos con-ceitos essenciais ao pensamento psicanalítico.

De interesse para

Ǿ a) Profissionais que se proponham a abordar em profundidade os fun-damentos da teoria freudiana com o intuito de, no futuro e através da continuidade de experiências formativas, serem psicanalistas.

Guia do Departamento de Psicanálise 29

Ǿ b) Profissionais de outras áreas que, no seu cotidiano de trabalho, desejem compreender as questões relativas à subjetividade, utilizando a psicaná-lise como instrumento para enriquecer sua prática.

Como proposta de ensino toma 2 eixos fundamentais como vias privilegiadas de entrada ao estudo da teoria psicanalítica: o conflito, resultante das diferentes forças intrapsíquicas, e o sintoma, destacando-se como formação do inconsciente.

Procurado por psicólogos, médicos, assistentes sociais, terapeutas ocu-pacionais, acompanhantes terapêuticos, educadores, cientistas sociais e jornalistas, entre outros profissionais. Não requer experiência clínica pré-via. As vagas são destinadas a profissionais com formação universitária. Os grupos de trabalho têm de 12 a 18 participantes.

Programa do 1o ano:

Psicanálise: O surgimento de um pensamento.Freud e sua época. Um estudo autobiográfico. Psicanálise, um saber engajado.

Uma teoria, um método, uma prática.Conceito de sintoma no modelo médico e na psicanálise. O sintoma nas diversas disciplinas. Conflito psíquico. Surgimento do conceito de pulsão.

Uma aproximação metapsicológica.Sintoma como formação do inconsciente. A histeria, um paradigma na forma-ção de sintomas. Condensação, deslocamento, simbolização. Temporalidade e posterioridade. O sentido dos sintomas.

Sintoma e sexualidade infantil.Desenvolvimento libidinal e organizações sexuais. Complexo de Édipo. Recal-que, regressão e fixação.

Noção de trauma. Sedução. Fantasia ou Realidade?História e singularidade. História do paciente e sua doença. Séries comple-mentares. Desencadeante e crise.

A prática clínica.O que se pode escutar na teoria e na clínica. Transferência. A escuta e a análise pessoal.

Programa do 2o ano:

O infantil em Psicanálise.Teorias sexuais infantis. Fantasias originárias. O pequeno Hans. A novela familiar.

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A pulsão.Pulsão e instinto. O objeto. O biológico ou o outro na instauração da fonte da pulsão.

Fantasia.A carta 69. Fantasia ou realidade. Não acredito mais na minha neurótica.

Narcisismo.A instauração do narcisismo primário e secundário. Primórdios na forma-ção do Eu. Segunda tópica.

Complexo de Édipo.Os investimentos libidinais. O caráter anal e as equações simbólicas. Primazia do falo? A família em desordem. O tabu do incesto e a lei. Édipo ampliado. O social e a formação do supereu.

Gênero, sexo, sexualidade e sexuação.Novos aportes à teoria do gênero. Gênero e psicanálise. A sexuação e os processos inconscientes. Da teoria da diferença ao pensamento sobre a diversidade.

As identificações.A bissexualidade e a implosão do Complexo de Édipo.

A oportunidade de Aprimoramento na Clínica Psicológica do Instituto Sedes é oferecida pelo curso aos alunos com graduação em psicologia ou medicina. O aprimorando assume uma dupla inserção, ao participar necessariamente de um grupo de supervisão específico ao curso e também se inserir numa das equipes clínicas da Clínica Psicológica. A seleção para o aprimoramento é feita por meio de entrevista com as coordenadoras do curso e através do processo seletivo proposto pela Clínica.

O curso realizou a Jornada “O sintoma e suas faces”, elaborada em conjunto com os cursos de Psicanálise e Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Con-temporânea, no ano de 2005 (publicada em 2006). Apresentou os trabalhos: “Conflito e sintoma: uma abordagem da teoria psicanalítica” e “Desalienação, transmissão e psicanálise” nos eventos Entretantos de 2014 e 2016.

No processo de seleção para o curso, o candidato se submeterá a uma entrevista individual com um dos docentes, devendo levar uma cópia do curriculum vitae.

Horário das aulas: quintas-feiras, das 18h30 às 20h30.

Corpo Docente: Christiana Cunha Freire, Cristina Herrera, Cristina Ribeiro Barczinski, Daniela Danesi, Iso Ghertman, Maria Marta Azzolini, Noemi Moritz Kon, Rodrigo Blum, Sílvia Nogueira de Carvalho, Soraia Bento.

Guia do Departamento de Psicanálise 31

Coordenadoras e interlocutoras: Ana Maria Sigal ([email protected]) e Lucía Barbero Fuks ([email protected]).

Representante de Aprimoramento na Clínica Psicológica do Instituto Sedes: Sílvia Nogueira de Carvalho ([email protected]).

1.3. Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contemporânea

O Curso de Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contemporânea surgiu no ano de 1998. Concebido por um grupo de professores até então engajados no Curso “Psicoses: Concepções Teóricas e Estratégias Institucionais”, foi criado a partir de uma reflexão sobre as novas figuras clínicas que emergiam na prá-tica psicanalítica e que compareciam insistentemente na mídia e congressos científicos como “novas patologias”. Anorexias, quadros de pânico, várias formas de depressão, toxicomanias e distúrbios do sono eram apresentados como “novidades” diagnósticas e psicopatológicas, sobretudo através da difusão do discurso médico psiquiátrico.

O Curso foi estruturado tomando essas formas de sofrimento como representantes do mal-estar da época, num contexto de rápidas e profundas transformações em vários campos da vida social. Questionávamos em que medida estes quadros expressavam novos modos de produção de subjeti-vidade ou apenas vicissitudes de formas conhecidas de subjetivação, novas roupagens para problemáticas já estudadas pela Psicanálise.

A análise dos modelos socioculturais contemporâneos e seus ideais, das configurações subjetivas dominantes e do protótipo sadio promovido – determinante de formas tipificadas de adoecer – nos permitiu problematizar psicopatologicamente tais “doenças” adotando a perspectiva da complexi-dade, evitando reduzí-las a estruturas invariáveis e estanques.

Desse modo, os diversos aspectos sintomatológicos foram sendo escuta-dos na singularidade de cada caso, abrangendo diferentes campos que podem ser referidos a vários modelos conceituais: o das psiconeuroses, por um lado, e, por outro, o das neuroses atuais, das alterações do ego, das neuroses nar-císicas, do traumatismo, associados por sua vez à compulsão à repetição, às falhas da simbolização e à problemática da recusa.

Atualmente, observamos que outros temas emergem nos seminários teóricos e supervisões convocando nossa escuta. Sentimos necessidade de estender a perspectiva complexa da Psicopatologia para pensar nos efeitos produzidos na subjetividade pelos rápidos avanços tecnológicos que alteram a

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relação do sujeito com o espaço, o tempo e o outro, bem como nos aprofundar nas problemáticas que emergem no campo social, tais como as relaciona-das às mudanças nas relações de gênero, o avanço das politicas neoliberais, os racismos e os fundamentalismos, entre outros.

Nosso projeto atual consiste em ir ampliando a discussão destas ques-tões nos Módulos existentes e, no futuro, realizar mudanças no programa de forma a dar mais espaço para algumas destas problemáticas.

O Curso de aperfeiçoamento Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contempo-rânea se organiza em dois anos. As atividades regulares consistem em seminários teóricos e supervisões semanais, num total de 198 hora/ano. O trabalho teórico é dividido em 6 módulos de 10 aulas, cada um ministrado por um professor.

Em 2018 iniciamos uma aproximação com a Clínica do Instituto com o intuito de oferecer aprimoramento aos alunos. As providências iniciais se revelaram frutíferas e o encaminhamento dependerá do número de alunos interessados e dos procedimentos de seleção.

Módulos

Ǿ 1o anoNarcisismo: Uma introdução – Constituição do sujeito – Estruturação edí-pica – Identificação e formação dos ideais.Depressões, luto e melancolia: Vicissitudes da perda do objeto – O depri-mido na cena social.Pânico, crise de angústia e fobia: O desamparo como condição da cons-tituição psíquica – O  campo do angustiante – Os  limites do aparelho psíquico – Pânico e subjetivação.

Ǿ 2o anoDistúrbios do sono: As perturbações do sono como expressão do mal-estar da época – O desejo de dormir e a erótica do sono – Figuras clínicas: insô-nias, hipersonia, terror noturno, sonambulismo, etc.Toxicomanias: Toxicomanias e políticas públicas: campo atual de embates dos modelos manicomial e anti-manicomial. Toxicomanias como sintoma social e como sintoma clínico – O objeto droga e sua função para o sujeito – O prazer e a relação com a realidade nas toxicomanias – Fetiche e recusa da perda – Dispositivos de tratamento das toxicomanias.Anorexias e Bulimias: História e atualidade – Os “comportamentos ali-mentares” como sintoma: Modelos da histeria, da neurose atual, da adição e narcísico – Trabalho do luto e urgência introjetiva: incorporação e recusa da perda – Sexualidade infantil, Édipo e Feminilidade.

O curso está destinado a psicanalistas e psicólogos, médicos e profissionais da área de saúde que já possuam fundamentos teóricos em psicanálise e prática clínica.

Guia do Departamento de Psicanálise 33

Quanto ao perfil dos candidatos selecionados a equipe decidiu encarar, desde o início, um desafio: acolher alunos motivados pelos objetivos e pro-grama do curso, tendo diferentes níveis de formação teórica e/ou experiência clínica. Chegam, assim, desde profissionais que fazem uma primeira apro-ximação a um dos cursos do Sedes, até colegas que já finalizaram o curso de Psicanálise, psicanalistas do Departamento que integram equipes assis-tenciais na Clínica, etc. Essa heterogeneidade exige do grupo de professores cuidados na programação teórica, na organização dos grupos de supervisão e no manejo da dinâmica grupal.

A avaliação dos alunos se dá durante o próprio decorrer das atividades, tendo como momento privilegiado a apresentação de um trabalho escrito ao final de cada ano, no qual desenvolvem alguma temática relacionada ao conteúdo do curso.

O grupo de professores se reúne semanalmente para avaliar o traba-lho, acompanhar o andamento geral do curso, apresentar os programas e a bibliografia dos diferentes módulos bem como discutir temas relevantes do momento na cena social e política.

Outras atividadesA necessidade de uma interlocução entre pares sobre os temas de fundo, levou o grupo a propor, em 2001, a criação no Departamento do Grupo de Trabalho e Pesquisa Psicanálise e Contemporaneidade. Implantado naquele mesmo ano sob coordenação alternada entre os professores do curso, adquiriu gradativamente um funcionamento horizontal e continua a ser, na atualidade, um espaço importante de participação e elaboração.

O grupo de professores do curso organizou o evento “Central do Brasil: Vicissitudes da Subjetivação”, em 1998 (publicado na revista Percurso no 21, 2o semestre de 1998); apresentou um trabalho coletivo na I Jornada Temática sobre o Feminino, em 2001 (publicado em Figuras clínicas do feminino no mal-estar contemporâneo, Escuta, 2002), e participou da Jornada “O sintoma e suas faces”, elaborada em conjunto com os cursos de Psicanálise e “Clínica Psicanalítica: Conflito e Sintoma”, em 2005 (publicada em 2006). Em 2014, apresentou o texto coletivo “Que interrogantes as chamadas ‘psicopatologias contemporâneas’ trazem ao campo da psicanálise?” no Entretantos I e no ano de 2016 no evento Entretantos II, produziu outro texto coletivo “Reflexões psicanalíticas sobre políticas de tolerância” ambos à disposição para consulta no site do Departamento.

Corpo Docente: Aline Eugênia Camargo, Ana Lúcia Panachão, Ana Maria Siqueira Leal, Mania Deweik, Mario Pablo Fuks, Márcia de Mello Franco, Marcelo Soares da Cruz, Nayra Cesaro Penha Ganhito, Roberta Kehdy e Tatiana Inglez-Mazzarella.

Representante na Comissão Mista de Professores do Departamento de Psicanálise: Aline Eugênia Camargo

Coordenador: Mario Pablo Fuks ([email protected]).

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• 2. Área de Clínica e Instituições

ҿ 2.1 Inquietações da Clínica Cotidiana

ҿ 2.2 Projeto de Pesquisa e Clínica Psicanalítica das Problemáticas Alimentares

ҿ 2.3 Grupo de Intervenção e Pesquisa Clínica: da gestação à primeira infância

ҿ 2.4 Saúde Mental, suas Instituições e Interfaces

ҿ 2.5 Projeto Laborar

Inquietações da Clínica Cotidiana

Projeto de Pesquisa

e Clínica Psicanalítica das

Problemáticas Alimentares

Grupo de Intervenção

e Pesquisa Clínica:

da gestação à primeira infância

Saúde Mental, suas

Instituições e Interfaces

Projeto Laborar

Área de Clínica e

Instituições

Guia do Departamento de Psicanálise 37

A Clínica em uma instituição psicanalítica de transmissão, pesquisa e produção teórica necessariamente está inserida direta ou transversalmente em todas as suas áreas e grupos de trabalho.

A Área de Clínica do Departamento de Psicanálise, como estra-tégia de política institucional e buscando definir suas bordas, se coloca como área de convergência e ressonância da discus-são dos variados temas de interesses nas clínicas pertinentes ao departamento.

Grupos que desenvolvem trabalhos ricos no âmbito da clínica no Departamento:

Ǿ Inquietações da Clínica Cotidiana; Ǿ Projeto de Pesquisa e Clínica Psicanalítica das Problemá-

ticas Alimentares; Ǿ Grupo de Intervenção e Pesquisa Clínica: da gestação à

primeira infância; Ǿ Saúde Mental, suas Instituições e Interfaces; Ǿ Projeto Laborar.

A área propõe sua atuação em 3 frentes articuladas às demais áreas do departamento:

Ǿ Na acolhida e no encaminhamento de iniciativas dos gru-pos de trabalho que vierem a se constituir em torno do interesse de pesquisa e discussão da clínica psicanalítica.

Ǿ Como articuladora de uma intensificação de intercâmbio de trabalho e projetos com a Clínica do Instituto Sedes.

Ǿ Na elaboração e instituição de uma Jornada Bienal de trabalhos clínicos desenvolvidos pelos membros do departamento, como forma de circulação da riqueza e da diversidade do que se realiza, assim como fomento para o pensar e para o fazer clínicos.

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Como propor um novo projeto para a área clínica:

Para propor um novo Projeto para a Área de Clínica e Instituições o grupo proponente pode enviar um e-mail para a secretaria do departamento ([email protected]), dirigido ao articulador da área solicitando o agendamento de uma conversa para apresentação da ideia, pré-projeto ou projeto de trabalho. O trabalho clínico poderá ser realizado no âmbito do Departamento, na Clínica do Instituto ou em uma Instituição externa ao Instituto Sedes Sapien-tiae, mas deve estar em sintonia com os pressupostos éticos do Departamento e com a Carta de Princípios do Instituto. A partir daí o articulador pode suge-rir ao grupo alguns caminhos institucionais que culminarão com a aprovação do novo grupo pelo Conselho de Direção e pelo coletivo do Departamento.

projeto respostaarticulador de clínica e instituições

e-mail cd

Articuladora da Área de Clínica: Claudia Justi Monti Schonberger

2.1. Inquietações da Clínica Cotidiana

Inquietações da Clínica Cotidiana é um grupo em funcionamento desde 1995, que tem como objetivo principal colocar em cena a clínica dos mem-bros, a partir da discussão sobre qual psicanálise se faz nos consultórios, instituições e outros trabalhos. Em função desta diretriz, em 2007 vincu-lou-se à área de Clínica.

Na perspectiva de promover o diálogo regular entre pares e reafirmando o sentido da reunião de psicanalistas numa instituição, os dispositivos pro-postos para os encontros promovidos foram se modificando ao longo do tempo, sempre no intuito de promover a política democrática que o grupo defende em sua ação no Departamento, pautada pela circulação da palavra e pela sustentação da pluralidade de expressões.

Tais encontros, aberto a membros, aspirantes e alunos do curso de forma-ção, ocorrem às terceiras 5as feiras de cada mês e se constituem em espaço de reflexão sobre aspectos da clínica psicanalítica. Nos últimos anos, o grupo tem proposto discussões a partir da apresentação de material clínico, assumindo como eixo de discussão a questão: o que temos feito em nossa clínica cotidiana?

Ao diferenciar sua proposta de uma série de eventos destinada a promo-ver a divulgação de determinadas ideias, assim como de um dispositivo para

Guia do Departamento de Psicanálise 39

a formação continuada do analista, o grupo pretende explorar a vivacidade que fundamenta o lugar do analista, ao sustentar o exercício constante do questionamento da posição que cada um ocupa, bem como do saber que é capaz de produzir.

Durante alguns anos, o grupo convidava ou recebia o pedido de apre-sentação de membros do Departamento de Psicanálise para a exposição de fragmentos clínicos que os inquietavam, para então serem comentados ou problematizados por outro colega – escolhido pelo próprio apresentador – e, em seguida, pelos participantesde cada encontro, aberto a membros e alunos do Departamento.

Desde 2011, o dispositivo praticado mudou, de modo que os membros do Departamento que se dispõem a apresentar o relato de uma sessão, sem uma exposição preliminar sobre o caso, acompanham a discussão assumida pelos demais participantes, que são então convidados a assumir a palavra a fim de explorar as inquietações provocadas em cada um sobre o manejo clínico.

Vale dizer que a condução das “Inquietações da Clínica Cotidiana” se pauta pelo compromisso com o sigilo e com a horizontalidade da discussão, na qual todos se encontram em posição de interlocução sobre o exercício clínico.

Os membros interessados em apresentar as suas inquietações podem entrar em contato direto com o grupo, que considera todos os pedidos, levando em conta a programação das atividades previstas pela organização.

Integrantes: Natalia Gola, Paulo Certain, Roberta Kehdy, Roberto Villaboim e Tiago Corbisier Matheus.

Interlocutor: Roberto da Costa Moraes Villaboim

Encontros: nas terceiras quintas-feiras do mês às 20h45.

2.2. Projeto de Pesquisa e Clínica Psicanalítica das Problemáticas Alimentares

O Projeto foi criado em 2000 por membros e aspirantes a membros do Depar-tamento de Psicanálise a partir do desejo de, sob a perspectiva psicanalítica, pesquisar essas problemáticas alimentares. Desde sua origem, o tripé pesquisa, produção teórica e atendimento clínico sustenta a proposta de investigação e intervenção. A escolha por uma inserção institucional se deve à complexidade dessa clínica e favorece a interlocução com outros profissionais e instituições, numa perspectiva de estabelecer e construir uma clínica ampliada.

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Na sua inserção na Clínica Psicológica do Instituto Sedes Sapientiae e, frente aos desafios dessa clínica, estabelecemos como estratégia trabalhar com diversas modalidades de atendimento: individual, psicoterapia familiar, vincular e grupos. A equipe se reúne semanalmente para discussões clínicas e quinzenalmente para supervisões de casos individuais e familiares. O traba-lho na Clínica Psicológica inclui, ainda, a participação em reuniões e fóruns de discussão com outros Projetos e Equipes Clínicas do Instituto e parceria e discussões com a Psiquiatria e o Serviço Social, o que permite a elaboração de um projeto de atendimento para cada paciente.

O Projeto busca trabalhar em rede e desenvolve atividades em parceria com outras instituições (PROTAD/FMUSP), (PROATA/UNIFESP), CEPPAN, uni-dades do CAPS e outros serviços de atenção à saúde.

Os membros do Projeto têm participado em cursos intra e extra-depar-tamentais com o apoio do Departamento de Psicanálise e do Instituto Sedes Sapientiae, bem como as pesquisas desenvolvidas pela equipe têm sido apre-sentadas em Jornadas Internas do Instituto, Ciclos de Debates e Colóquios do Departamento, aulas no Curso de Psicopatologia Contemporânea, além de participação e apresentação de Pôsteres em Congressos de Psiquiatria e Psicanálise, fora da Instituição.

Jornadas e eventos foram organizados pelo Projeto ao longo de sua existên-cia, bem como a participação em vários livros publicados pelo Departamento, além de outras publicações, como o livro Atendimento Psicanalítico da Ano-rexia e Bulimia. Orgs.: Magdalena Ramos/Mario Pablo Fuks. São Paulo: Editora Zagodoni, 2015.

Há alguns anos, o Projeto participou da fundação da “Comissão Técnica de Grupos Especializados no Estudo e Tratamento de Transtornos Alimen-tares”, com o intuito de promover um amplo debate acerca dos aspectos psíquicos, culturais, etiológicos, educacionais e legais envolvidos na preven-ção e no tratamento dessas patologias, contribuindo também na elaboração de Diretrizes para a Indústria da Moda.

O Projeto conta com o Grupo de Trabalho e Pesquisa em Problemáticas Alimentares, que está vinculado à área de Formação Contínua do Departa-mento de Psicanálise.

Fazem parte do Projeto membros e aspirantes a membros do Departa-mento de Psicanálise.

Integrantes: Camila Junqueira, Débora Pereira do Rego Felgueiras, Elaine Armenio, Liliane B.V.Guimarães Mendonça, Mabel Lidia Casakin, Magdalena Ramos (supervisora de família), Maria M. B. Castanheira, Maria Cristina Petry Barros Martinha, Mario Pablo Fuks (supervisor dos casos individuais), Renata Magalhães Gaspar, Rose Rossetti Miranda, Waleska A. M.O. Ribeiro.

Interlocutora junto ao departamento: Elaine Armenio.

Interlocutora junto à clínica: Mabel Lidia Casakin.

Encontros: às segundas-feiras das 14h00 as 16h30.

Guia do Departamento de Psicanálise 41

2.3. Grupo de Intervenção e Pesquisa Clínica: da gestação à primeira infância

O “Grupo de Intervenção e Pesquisa Clínica: da gestação à primeira infância” é resultado da parceria entre o Departamento de Psicanálise e o Programa Einstein na Comunidade Paraisópolis (PEC-P).

Surgiu do interesse em se pesquisar, a partir da clínica psicanalítica em uma instituição de saúde, a gestação e as primeiras relações do bebê com sua família, além de verificar o alcance da intervenção clínica em uma comu-nidade de risco.

A formalização da parceria entre a AIJF/Instituto Sedes e o Instituto de Responsabilidade Social Albert Einstein passou por um longo caminho e tem sido renovada a cada ano, desde 2011.

Os psicólogos do Setor de Psicologia PEC-P são orientados pelo referen-cial psicanalítico e respondem pela interface do setor com os Programas de Atenção à Gestante e ao Bebê / PAG e PAB respectivamente.

Esta prática clínica nos levou a pensar e pesquisar as relações entre subjetivi-dade e pobreza, subjetividade e violência, interdisciplinaridade e equipamentos públicos de saúde mental. Ou seja, o campo se mostrou um terreno rico para a pesquisa psicanalítica e a perspectiva de refletir sobre as políticas que pos-sam acolher estas questões. Um dos desdobramentos do trabalho produzido pelo grupo foi iniciarmos, em 2015, uma pesquisa sobre os balizadores que podem nortear o trabalho com a gestante e seus familiares. Ou seja, como uma determinada família lida com as angustias de gestar, parir e criar um filho, con-siderando suas condições psíquicas, socioculturais e econômicas.

Em 2017 começamos a oferecer o Curso de Expansão Cultural, gratuito, Cuidadores de bebês com o apoio da Diretoria do Instituto e do Conselho de Direção do Departamento de Psicanálise.

Integrantes (do Depto Psicanálise): Anna Maria Alcântara do Amaral, Anna Mehoudar, Daniela de Andrade Athuil Galvão de Sousa, Eva Wongtschowski, Gisela Haddad, Gisele Senne de Moraes, Lucia Helena Navarro, Márcia Arantes, Mira Wajntal, Rubia Mara do Nascimento Zecchin, Silvia Inglese Ribes e Yone Maria Rafaeli.

Profissionais convidados: Luiz Guilherme Florence (pediatra); Dóris Ammann Saad e Patricia Azevedo (enfermeiras).

Interlocutoras: Anna Mehoudar e Eva Wongtschowski

Encontros: 2as terças-feiras do mês das 20h30 às 22h00.

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2.4. Saúde Mental,suas Instituições e Interfaces.

Este grupo surgiu a partir do interesse de alguns membros do Departamento em trabalhar questões contemporâneas do campo da Saúde Mental e suas instituições.

Nosso objetivo inicial foi constituir um espaço de trabalho dentro do Departamento que possibilitasse a troca de experiências entre seus integran-tes que, ao fortalecer posições e proposições organizasse uma interlocução entre a psicanálise e outros campos de saber – como os direitos humanos, a política, a medicina e a educação.

Propusemos um grupo de trabalho e pesquisa que congregasse os mem-bros do Departamento a retomar a participação histórica do Departamento de Psicanálise no campo da Saúde Mental, cuja marca de fundação foi garan-tir um espaço alternativo de produção de Psicanálise, face aos movimentos políticos e sociais da época.

Quando a psicanálise se oferece como instrumento de trabalho nas insti-tuições ela amplia seu campo de atuação e busca parcerias interdisciplinares que possibilitem trabalhar com o desamparo e a violência nas suas mais varia-das figurações. Dentre estas, o terreno de uma série de movimentos políticos que, na atualidade do campo da Saúde Mental, nos convocam como psicana-listas a participarmos – a partir dos lugares institucionais de inserção – dos movimentos da sociedade, da cultura e da política.

Dentro desta perspectiva de trabalho, iniciamos um debate sobre outras interfaces do institucional, como por exemplo, as mídias sociais e os fenô-menos grupais relacionados à violência intra grupo. Este debate teve como perspectiva a elaboração e discussão de possíveis projetos de intervenção, no âmbito da Educação e da Saúde Mental, onde buscar parcerias inter-disciplinares e interinstitucionais, que nos possibilitassem trabalhar com o desamparo e a violência nas suas mais variadas figurações.

Constituímos, para iniciar este projeto, um grupo de trabalho horizontal e aberto, com reuniões mensais, que começaram em 06/06/2013.

Integrantes: Cristina Herrera, Denise Cardellini, Eva Wongtschowski, Marina Bialer, Milena Narchi, Mira Wanjtal, Miriam Rejani, Paulina Rocha, Rita Cardeal, Silvia Ribes.

Coordenação: Rita Cardeal

Encontros: as reuniões ocorrem nas primeiras terças feiras do mês de 20h30 às 22h30.

Guia do Departamento de Psicanálise 43

2.5. Projeto Laborar: saúde psíquica do trabalhador

O projeto visa atender a trabalhadores, empregados e desempregados, cuja saúde psíquica tenha sido afetada prioritariamente em consequência do tra-balho. O atendimento é realizado na Clínica Psicológica do Instituto Sedes Sapientiae.

Esse projeto nasceu em 2014 do desejo do Grupo de Pesquisa e Inter-venção: Trabalho e Psicanálise, que estuda as transformações no mundo do trabalho e seus impactos sobre a saúde psíquica dos trabalhadores, de realizar atendimentos a eles a partir dos referenciais da psicanálise, da psicopatologia e psicodinâmica do trabalho.

Partimos da concepção sobre a “Centralidade do Trabalho” na constante construção da identidade e do psiquismo dos sujeitos adultos, formulada por Cristophe Dejours. A experiência do trabalho permite o envolvimento com os desafios e limites que as atividades laborais impõem; permite o desen-volvimento da criatividade e de novas habilidades no enfrentamento com as dificuldades; envolve a experiência de estar entre companheiros e esta-belecer relações em vários níveis; possibilita o reconhecimento pelos pares da produção bem realizada. Mas essas aquisições necessitam que o trabalho seja adequado ao trabalhador para que produza saúde e não adoecimento.

As modificações que estão em curso em amplas áreas da existência humana, tais como, a globalização da economia, a guerra concorrencial entre empresas, a alteração no papel do Estado, a busca de lucros ilimitados, a descrença na polí-tica, novos modos de relação, de comunicação e expressão de afetos; alteração profunda na percepção do tempo e do espaço, entre outras; produzem altera-ções na dinâmica que permite ao trabalho cumprir seu papel de Centralidade.

Observamos que o adoecimento e sofrimento psíquico na contempo-raneidade advém da hiperatividade profissional, do medo do desemprego, da competição excessiva e da busca desenfreada por desempenho e produ-tividade advindas das novas formas de gestão das empresas e organizações, além da perda de vínculos importantes no espaço laboral para a realização do trabalho e para a vida dos trabalhadores.

Neste sentido, propusemos realizar atendimento em grupo por acreditar-mos no potencial deste dispositivo na desmistificação de que o adoecimento psíquico pelo trabalho é de responsabilidade individual, bem como, no rees-tabelecimento de vínculos solidários e cooperativos, além de um espaço de reconhecimento e pertencimento.

Para esse objetivo centramos nosso estudo e discussões em torno de autores que problematizam e orientam o atendimento em grupo, como René Kaës, Ana Maria Fernandez, Pichón-Rivière e o próprio Freud.

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Tivemos inicialmente, dificuldades em formar grupos, portanto nos primeiros anos de atendimento – 2016/2017 – o fizemos na modalidade individual.

A partir de novembro de 2017 passamos a atender em grupo aberto, com frequência semanal e gratuita. Essa experiência envolve rodízio de coorde-nador e observador, que esta em avaliação enquanto método, assim como a utilização e integração de narrativas filmadas no processo grupal. Ainda atendemos individualmente caso haja o entendimento de que essa modali-dade seja mais apropriada, por um período, a determinados pacientes.

Além do atendimento na clínica, os integrantes do projeto têm o com-promisso de participar de reuniões do Grupo de Pesquisa e Intervenção: Trabalho e Psicanálise as segundas das 8 às 10 na qual discutimos os casos clínicos e textos sobre psicanálise, psicopatologia e psicodinâmica do traba-lho, bem como, teoria e prática de atendimento em grupo.

Em 2018 fizemos uma convocatória para membros e aspirantes a mem-bros do Departamento, interessados em participar do Projeto. Estamos com novos membros na equipe em período de experiência para integração ao Projeto e ao Grupo de Estudos e Intervenção: Trabalho e Psicanálise até novembro de 2018.

Integrantes: Cleide Monteiro, Pedro Mascarenhas, Marine Meyer Trinca e Virginia Gonçalves.

Interlocutora: Cleide Monteiro

Encontros: O grupo se reúne semanalmente as segundas feiras das 08h00 as 10h00 e os grupos de trabalhadores acontecem às quintas feiras das 19h00 as 20h30.

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• 3. Área de Formação Contínua

ҿ 3.1 Grupo de Trabalho e Pesquisa em Dinâmicas Grupais e Institucionais

ҿ 3.2 Grupo Faces do traumático

ҿ 3.3 Generidades: identidades, gêneros e desejo

ҿ 3.4 Grupo de discussão clínica

ҿ 3.5 Grupo de leitura – as novas configurações familiares

ҿ 3.6 Grupo de leitura – casos clínicos de Freud por Lacan

ҿ 3.7 Grupo de leitura – estudos sobre a obra de André Green

ҿ 3.8 Grupo de Leitura – Estudos sobre a obra de Winnicott

ҿ 3.9 Grupo de leitura – dialogando com Winnicott

ҿ 3.10 Grupo de Leitura: O conflito: mãe x mulher

ҿ 3.11 Grupo de Pesquisa e Intervenção Trabalho e Psicanálise

ҿ 3.12 Grupo de Trabalho e Pesquisa em Problemáticas Alimentares

ҿ 3.13 O feminino e o imaginário cultural contemporâneo

ҿ 3.14 Medicações psiquiátricas em análise: como, quando e porque

ҿ 3.15 Grupo de Trabalho e Pesquisa em Psicanálise com Crianças e Adolescentes

ҿ 3.16 Grupo de Trabalho e Pesquisa em Psicanálise e Contemporaneidade

ҿ 3.17 Grupo de Trabalho em Psicanálise e Cultura

ҿ 3.18 Sexta Clínica

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Área de Formação Contínua

Seminários Temáticos

Incubadora de Ideias

Grupos de Trabalho e Pesquisa

Guia do Departamento de Psicanálise 47

A área de Formação Contínua se caracteriza por ser um espaço de Formação e de Produção para os membros e aspirantes do Departamento de Psicanálise. Em constante trabalho de ela-boração relacionado a um saber que sofre transformações e a uma prática viva, apóia o desenvolvimento de nosso oficio, no tripé análise pessoal, clínica supervisionada e estudo teórico, sem perder de vista a importância do debate sobre as questões sociais e políticas contemporâneas.

Tendo como princípio o engajamento produtivo dos mem-bros do Departamento, a Área acolhe, incentiva e promove a possibilidade de circulação e criação de projetos de trabalho e pesquisa e ajuda a encaminhar os projetos da Área para a sua apresentação e aprovação no Conselho de Direção.

Nesta direção, o articulador da Área responsabiliza-se pela coordenação do dispositivo Incubadora de Ideias, assim como também pela disponibilidade para escutar e fazer circular den-tro do Departamento as questões eventualmente trazidas pelos interlocutores ou coordenadores dos diversos agrupamentos dentro da Área: Seminários Temáticos e Grupos de Trabalho e Pesquisa dedicados a refletir, problematizar e pesquisar temas importantes da teoria e da prática psicanalítica.

O articulador da Área também se responsabiliza por manter atualizados os grupos naquilo que se refere às mudanças no regulamento do Departamento, e a zelar pelo seu cumprimento.

Os Grupos de Trabalho e Pesquisa estão voltados à produção dos seus integrantes e a interlocução entre pares. Em função dos seus interesses de trabalho os grupos podem receber até 20% de externos do número total de vagas oferecidas, a fim de possibilitar a aproximação e troca com psicanalistas que não participam do Departamento.

Os Seminários Temáticos são atividades com tempo limitado de existência, de até um ano de duração, e que funcionam com

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um mínimo de seis participantes – necessariamente membros ou aspirantes a membros do Departamento- que visem ao estudo de um determinado tema através de encontros coorde-nados por um membro do Departamento e auto-financiados pelo grupo. Ao término de sua tarefa, alguns dos grupos par-ticipantes destes seminários se dissolvem, e outros podem originar Grupos de Trabalho e Pesquisa.

Como participar de um grupo já existente no Departamento?

Para saber se um grupo está aberto a novos participantes, entrar em contato com o articulador através do e-mail do departamento ([email protected]).

e-mail respostaarticulador da área

Incubadora de Ideias

A criação da Incubadora de Ideias se deu no âmbito do Conselho de Direção 2010-2011, que teve como eixo propulsor um momento político institucional particular dentro do Departamento. A Incubadora é a materialização de um dispositivo dentro da estrutura do Departamento destinado a estimular atrair e apoiar iniciativas de toda ordem, para a viabilização de projetos que estejam dentro do escopo ético-político que compartilhamos como associação de psicanalistas.

A Incubadora de Ideias é um dispositivo do Conselho de Direção do Departamento de Psicanálise e é alocado na Área de Formação Contínua e tem sempre como coordenador o articulador desta Área no Conselho de Direção, que se renova a cada dois anos.

Oferece um campo de trabalho aberto a todas as Áreas do Departamento, que propicia a troca entre pares e a circulação de transferências transversais dentro do mesmo. Em função da abertura para acolher projetos ou ideias a serem incubadas, que não necessariamente pertencem à Área de Formação Contínua, a Incubadora também propõe articular neste processo às diferen-tes Áreas, quando se trata de dar viabilidade a um projeto que as envolve.

Sem pauta pré-estabelecida, é dirigido aos membros e aspirantes que queriam se aproximar ou reaproximar, para conhecer e conversar sobre o Departamento, ou para propor projetos, esboços, ou ideias que precisam ser incubadas em um lugar de encontro, de expressão, de debate e de invenção. Um dispositivo em contínua construção para aqueles que desejam configu-rar sua condição de pertencimento através da produção.

Guia do Departamento de Psicanálise 49

Como campo de trabalho, é um dos endereços ao quais podem recor-rer os aspirantes e membros que desejam compartilhar espaços propícios à reflexão sobre a psicanálise encarnada em nossas práticas, um modo de fazer psicanálise, de acordo com um dos nossos princípios ético-políticos fundamentais: sustentar e fazer trabalhar as diferenças teórico clínicas do campo freudiano, de forma a acolher e incentivar projetos que respondam às injunções político-sociais da nossa época, dentro/fora do Departamento.

O Conselho de Direção é a instância gestora que responderá pela apro-vação de propostas gestadas dentro da Incubadora, pela consideração da viabilidade dos projetos, de sua consonância com a psicanálise praticada no Departamento, pela relevância ou configuração do tema e, finalmente, pela adequação ao que já está regulamentado no Departamento.

Em 2017-2018 a coordenação dos trabalhos será de Cristina Herrera, articuladora eleita para a área de Formação Contínua, com a participação de Christiana Martins Ribeiro da Cunha Freire.

Reuniões: Primeiras quintas-feiras do mês, das 20h30 às 22h00, abertas a membros e aspirantes.

Como propor um grupo no Departamento?

Para propor um novo grupo de trabalho, o proponente deve enviar um e-mail para a secretaria do departamento ([email protected]), diri-gido ao articulador da área da Área de Formação Contínua solicitando o agendamento de uma conversa para apresentação da ideia, pré-projeto ou projeto de trabalho. A partir daí o articulador encaminhará o projeto para aprovação do Conselho de Direção.

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Articuladora da Área de Formação Continua: Cristina Herrera.

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3.1. Grupo de Trabalho e Pesquisa em Dinâmicas Grupais e Institucionais

O Grupo de Trabalho e Pesquisa em Dinâmicas Grupais e Institucionais se reúne, desde 2004, em torno da tarefa de estudar as práticas clínicas grupais e institucionais, assim como os modelos psicanalíticos que sustentam tais práticas, visando uma tomada de posição ativa na formulação de respos-tas às demandas que a contemporaneidade faz à psicanálise. É um espaço de pesquisa e, fundamentalmente, de referenciação mútua de psicanalis-tas que desenvolvem suas práticas clínicas em instituições variadas. De forma que, nos encontros, alternamos às discussões teóricas, supervisões das práticas clínicas.

Em maio de 2008, o grupo organizou o “Colóquio sobre Grupos: A Expe-riência Clínica e a Psicanálise”, destinado a membros, alunos e ex-alunos dos cursos do Departamento de Psicanálise.

Em maio de 2012, o grupo organizou o “II Colóquio sobre Grupos: O dis-positivo grupal na clínica psicanalítica expandida”, destinado a membros, alunos e ex-alunos dos cursos do Departamento de Psicanálise.

Referências bibliográficas utilizadas Freud, S; Psicologia das Massas e Análise do Ego.Bion, W.R.; Experiências em Grupo.Pontalis, J.B.; O Pequeno Grupo como Objeto; in Psicanálise Depois de Freud.Jacques, E.; Os Sistemas Sociais como Defesa contra as Ansiedades Persecutória e

Depressiva; in Temas de Psicanálise Aplicada. Bleger, J.; O Grupo como Instituição e o Grupo nas Instituições; in Temas de Psicologia. Kaës, R.; Las Teorias Psicanalíticas del Grupo.Kaës, R.; O grupo e o sujeito do grupo, elementos para uma teoria psicanalítica do

grupo, São Paulo, Casa do Psicólogo

Integrantes: Adriana Elizabeth Dias, Juliana Americo Dainezi Santos, Juliana Ferreira Santos Farah, Luciana de Morais Netto, Paulo Jeronymo Pessoa de Carvalho.

Coordenador: Paulo Jeronymo Pessoa de Carvalho

Encontros: quinzenais, às quintas-feiras, das 8h00 às 9h30.

Guia do Departamento de Psicanálise 51

3.2. Grupo Faces do Traumático

O grupo “Faces do traumático”, que iniciou seus trabalhos em março de 2014, tem como proposta o aprofundamento do conceito de trauma nas suas vertentes teórico-clínicas e objetiva compreender e intervir no fenômeno traumático em suas múltiplas expressões.

Quando Freud, em 1920 se pergunta se é possível compatibilizar o prin-cípio do prazer, reitor da dinâmica psíquica, com experiências repetitivas desprazerosas como, por exemplo: os sonhos traumáticos, as brincadeiras infantis, a repetição sofrida dos mesmos destinos e a reação terapêutica nega-tiva, ele postula um “além do princípio do prazer”. Aprofunda, assim, ideias sobre o trauma, sobre a neurose traumática, sobre a compulsão à repetição e sobre o masoquismo, que permitem culminar na formulação de uma nova dualidade pulsional: pulsões de vida e morte e num novo modelo de funcio-namento do aparelho psíquico, conhecido como segunda tópica.

Embora Freud, com o conceito de pulsão de morte, encontre uma saída para um impasse teórico, ele não chega a desenvolver claramente uma clínica correlata a essas teorizações, com o teor e a radicalidade que essas mudan-ças trouxeram para a metapsicologia. É possível pensar que depois de 1920, coube a Ferenczi, amigo íntimo e discípulo de Freud, a tarefa de assinalar –na escuta atenta do traumático e do irrepresentável– os indícios e os traços dessa correspondência.

No fim da década de 30, anos depois da relevante escrita dos chamados “textos sociais”, Freud registra em dois de seus últimos textos – “Análise termi-nável e interminável” e “Construções em análise” – um verdadeiro testamento clínico onde são retomadas várias das questões pendentes em relação ao trauma.

O percurso destes anos possibilitou ao grupo chegar, em 2018, ao roteiro que inclui estes últimos textos, aos quais estamos atualmente dedicados.

Intercalamos com o estudo de Freud textos de outros autores, filmes, e diversos encontros que motivaram a reflexão sobre a interseção da psica-nálise com o campo sócio-político, literário e do direito.

Atualmente o programa concilia o estudo e discussão teórica com a busca de formas de intervenção em situações que apresentem em seu cerne a pro-blemática do trauma.

Atividades Internas no segundo semestre 2018: Ǿ Discussão de textos de Freud da década de 30, destacando aspectos que se vinculam ao conceito de trauma;

Ǿ Avaliação de uma intervenção pontual realizada por duas colegas do grupo (Ana Helena Seixas Campos e Lilian Carbone) com adolescentes

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na periferia de São Paulo, que participam do Projeto “Chef Aprendiz” que está sendo realizado na região;

Ǿ Desenvolvimento do Projeto “Clínica do traumático” a ser implementado na Clínica do Instituto Sedes por volta de outubro de 2018;

Ǿ Preparação do evento que acontecerá em abril de 2019: “Testemunha e experiência traumática”.

Integrantes: Ana Helena Seixas Campos, Camila Munhoz, Clarissa G. Motta, Cristiane Lopes, Erica Otsubo, Flávia Steuer, Iandara Uchôa, Juliana Wierman, Maria Inés Tassinari, Maria Angelina Guimarães Cabral, Maria Carolina C. C. Garcia, Marina Singer e Myriam Uchitel (coordenadora).

Vagas disponíveis: entrar em contato com o grupo pelo email: [email protected]

Interlocutora: Myriam Uchitel

Encontros: semanais, às sextas-feiras, das 13h30 às 15h30

3.3. Generidades: Identidades, Gêneros e Desejo

Nosso objetivo é propiciar o diálogo entre a psicanálise e outros campos de saber que se debruçam sobre as questões de identidade de gênero, sexualidade e seus desdobramentos tais como a medicina, a antropologia, a sociologia, a filosofia, o direito, etc. assim como propiciar discussões clínicas que nos permitam refletir e acolher as formas de sofrimento que se apresentam na contemporaneidade.

Outro objetivo deste grupo é acolher a militância que tanto tem lutado por seus direitos.

Ao pensar sobre a esfera social atual, temos como um de nossos objetivos desconstruir padrões já estabelecidos no pensamento psicanalítico sobre o tema, comprometendo-nos com uma reflexão teórico-clínica que se inda-gue sobre as diferentes compreensões dos conceitos de gênero e sexualidade, estabelecendo um diálogo com os vários discursos da cultura, levando em conta as novas expressões do desejo. É nosso desejo também pesquisar a obra de autores que, dentro e fora da psicanálise, nos permitam situar e elaborar indagações que enriqueçam as possibilidades de escuta e intervenção clínica e que, assim, possamos responder por nosso lugar como psicanalistas nos debates sobre estas problemáticas.

Guia do Departamento de Psicanálise 53

Proponentes: Margarida Melhem e Maya Foigel

Integrantes: Angélica L. Takushi Sanda, Christiana Freire, Cristina Herrera, Daniela Danesi, Debora Cardoso, Gisela Haddad, Margarida Melhem, Marta Azzolini, Mira Wajntal, Noemi Moritz Kon, Veridiana Fraguas, Márcia Daher

Interlocutora: Daniela Danesi

Encontros: quarta quinta-feira de cada mês, às 20h30

3.4. Grupo de Discussão Clínica

Este grupo se organizou e funciona desde abril de 2011, na mesma época em que foi concebida a Incubadora de Ideias, dispositivo do Conselho de Direção do Departamento de Psicanálise. A proposição inicial tinha como objetivo a discussão da clínica psicanalítica e as questões que a concernem – a prática e suas versões, a teoria e suas modulações. Portanto: fazer circular a diversidade na formação teórica, nos estilos, nas práticas exercidas. Uma articulação consoante à associação de psicanalistas que o Departamento se propõe ser: norteado pelo respeito às diferenças nas formações, sustentado por uma ética que privilegia a singularidade e não o individualismo.

A ideia inicial considerava as possibilidades e riscos de um trabalho tão delicado e complexo, com um formato e funcionamento específicos: um grupo horizontal, entre pares, sem coordenação.

A experiência tem revelado crescimento e riqueza nos entrelaçamentos teórico-clínicos resultantes deste grupo de trabalho.

Integrantes: Anna Mehoudar, Claudia Justi Monti Schonberger, Christiana Freire, Cristina Herrera, Daniela Danesi, Eva Wongtschowski, Heidi Tabacof, Noemi Moritz Kon, Rita Cardeal.

Interlocutora: Rita Cardeal

Encontros: às segundas quintas-feiras de cada mês, às 20h30.

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3.5. Grupo de Trabalho e Pesquisa, Famílias no Século XXI

Em nossa prática clínica e também em nosso cotidiano social, ouvimos de forma explícita: “a família não é mais a mesma, tudo mudou”. De fato, a família nuclear, heterossexual, monogâmica, preconizada como parâmetro nos padrões culturais ocidentais e que predominou até meados do século XX, já não se sustenta tão facilmente. Vivemos em um cenário de mobilidade dos desenhos familiares.

Com o aumento do número de divórcios a partir dos anos 70/80 novas uniões surgiram, formando um novo tipo de família que Maria Rita Kehl cha-mou de família tentacular. Nestas novas famílias temos pais, mães, padrastos, madrastas, filhos, enteados, irmãos, meio irmãos, ligados por novas formas de convívio, novas relações, novas tensões, novos conflitos.

As mudanças, no entanto, não pararam aí. Atualmente, uma das transforma-ções polêmicas na estrutura familiar é o casamento homoafetivo. Homossexuais masculinos e femininos reivindicam a legalização da união homoafetiva através do casamento, assim como o direito à paternidade e à maternidade.

Em vários países, o casamento homoafetivo vem sendo legalizado nos últimos anos. No Brasil o casamento civil de pessoas do mesmo sexo está aprovado desde maio de 2013. Em decorrência disso, surgiram novas opções reprodutivas, gerando mudanças nas relações de parentesco e do patronímico.

Temos presenciado ainda, o aumento do número de famílias monopa-rentais e também multiparentais. Daniela Teperman aprofunda o estudo do termo parentalidade e assinala a disjunção na atualidade, entre conjugali-dade e parentalidade.

Consideramos fundamental a contribuição da psicanálise, além de aportes de outras áreas do conhecimento, para avançarmos nas reflexões e estudos sobre essas transformações na estrutura familiar que requerem uma nova escuta.

Para tanto, formamos um grupo de trabalho e pesquisa, horizontal e gratuito, que dispõem de 15 vagas para membros, aspirantes a membros do Departamento de psicanálise e 03 participantes externos.

Objetivos:

Ǿ Estudar o tema na sua interface com a Educação, o Direito, a Medicina. Ǿ Escrever textos e divulgar nossa contribuição Ǿ Propor interlocuções com profissionais de outras áreas Ǿ Discutir casos, filmes, livros

Guia do Departamento de Psicanálise 55

Integrantes: Adriana Dias, Ana Maria Leal, Ana Raquel Ribeiro, Andrea Nosek Lengyel, Ariane Leal Montoro, Fátima Gonçalves, Isabella Silva Borghesi Dal Molin, Maria Cristina Petry Barros Martinha, Marília Oliveira e Telles (advogada de Direito de família), Sandra Grisi, Terezinha Leopoldi (Tera), Therezinha Prado de Andrade Gomes.

Interlocutora: Célia Klouri

Encontros: quinzenais, às sextas-feiras, das 14h30 às 16h00

3.6. Grupo de Leitura: Casos clínicos de Freud comentados por Lacan

O Grupo de Leitura formou-se a partir do espaço de interlocução oferecido pela Incubadora de Ideias.

Freud nos coloca diante de um enigma, quando nos recomenda a cada novo caso, esquecer o que sabemos. Como esquecer o que se sabe e fazer disso algo que opere com frescor, como novidade?

Ler os casos clínicos de Freud. De novo. Mais, ainda…Desta vez, acompanhados pelos comentários de Lacan, eterno leitor de

Freud, destacando desta leitura, elementos que nos permitam discutir e refle-tir sobre a direção do tratamento na clínica de cada analista.

Os textos escolhidos para iniciar este trabalho pertencem a momentos distintos no percurso dos autores. Mais do que modelos, temos a presença de impasses clínicos e teóricos e as tentativas dos autores para ultrapassá--los. Recentemente, o grupo retomou o Caso Schreber em Freud e a partir dos comentários de Lacan, optou na sequência por aprofundar a discussão através da leitura do Seminário III – As Psicoses.

Temos como projeto do grupo destacar e discutir temas que surgirem da leitura desse Seminário.

O grupo é horizontal.

Integrantes: Breno Sniker, Liliane de Barros Vaz Guimarães Mendonça, Luciana Gutierres, Maria Cristina Petry Barros Martinha, Maria Cristina Teixeira Prandini, Maria da Graça Barreto Baraldi, Maria das Graças Amorim da Hora, Maria Luiza Pessoa Loeb e Rose Rossetti Miranda.

Interlocutoras: Maria Cristina Petry Barros Martinha e Maria Cristina T. Prandini

Encontros quinzenais, às 3as feiras, das 11h45 às 13h15

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3.7. Grupo de Leitura: Estudos sobre a obra de André Green

André Green foi um dos grandes psicanalistas do século XX […] Foi de uma geração de analistas que retomou Freud de maneira inovadora e contribuiu para mudanças decisivas no panorama da psicanálise. Green, em particular, aportou contribuições teóricas da maior importância, como conceituações a respeito do negativo, da pulsão de morte, da terciaridade, da linguística, da sublimação. Dialogou com Lacan, Winnicott, Bion, Melanie Klein, entre outros.

Trecho do Editorial da revista Percurso 49/50, dedicada a André Green

Neste grupo de trabalho estudamos a obra de André Green. Iniciamos nossos encontros em 2014, motivados pela leitura da Percurso 49/50 dedicada ao autor, e também pelo evento dedicado ao mesmo número da revista, no qual os diver-sos palestrantes nos apresentaram a complexidade do pensamento de Green.

Desde então, passamos por alguns temas como o afeto, limites, a teoria da linguagem e das representações, o trabalho do negativo, entre outros.

Em 2018 (segundo semestre) e 2019 nosso foco de estudo será o Enquadre. Partiremos deste tema para estudarmos a técnica e o trabalho clínico. Para isso selecionamos alguns textos sobre o assunto. Iniciaremos com a célebre artigo “O analista, a simbolização e a ausência no enquadre analítico” (1974), que trata de mudanças na prática analítica e na experiência clínica; passare-mos por outros até chegarmos ao livro O pensamento clínico (2002) e, depois, A clínica psicanalítica contemporânea (2012), nos quais estão presentes suas últimas ideias sobre o Enquadre. Para nos ajudar nesta empreitada, recorre-remos ao comentador (e amigo pessoal) de Green, Fernando Urribarri, por meio de seus textos sobre o autor.

Podemos apoiar nosso estudo na ideia apresentada no trecho a seguir:

He aquí el programa alrededor del cual debemos reflexionar. Debe-mos construir puentes entre el refugio del análisis y los límites de lo analizable, forzar el pensamiento a moverse entre polaridades con-tradictorias para responder a la exigencia de representarse, hoy en día, lo que es la práctica analítica asumida en toda la extensión de su campo y de las variedades ofrecidas por la experiencia.

[André Green, El encuadre psicoanalítico: su interiorización en el analista y su aplicación en la práctica]

Guia do Departamento de Psicanálise 57

O grupo é horizontal.

Integrantes: Ana Carolina Vasarhelyi de Paula Santos, Deivian Vargas Butler, Fernanda M. Borges, Gisele Senne de Moraes, Luiz Gustavo Veiga, Magali Pacheco Simões, Marcelo Soares da Cruz e Sonia Maria Ramos Mendonça.

Interlocutores: Gisele Senne de Moraes e Luiz Gustavo Veiga

Encontros: O grupo se encontra quinzenalmente às sextas-feiras das 9h00 às 10h30.

3.8. Grupo de Leitura: Estudos sobre a obra de Winnicott

O grupo se formou em 2015 a partir de conversas na Incubadora de Idéias, onde surgiu o desejo de aprofundar o conhecimento da obra de Winnicott. Desde então temos estudado as contribuições winnicottianas a partir de suas idéias fundamentais, como a preocupação materna primária, o falso self, a mãe suficientemente boa, os fenômenos transicionais, a importância da criatividade e do brincar, entre outros. Além disso, também é objetivo do grupo estabelecer um paralelo com conceitos do pensamento freudiano.

O grupo de estudos é horizontal.

Integrantes: Ana Karlic, Angélica Takushi Sanda, Camila Tanganelli, Carolina Kimie Moriyama, Cristiane Curi Abud, Fernanda Quirino Ramos, Márcia R. Bozon de Campos, Maria Elisa Labaki, Olivia Pala Falavina, Renata Udler Cromberg, Ricardo Gomides Santos, Roberto Villaboim, Selma Atti Ricci, Vilma Arantes Carvalho, Waleska Aparecida Martins de Oliveira Ribeiro.

Interlocutora: Renata Udler Cromberg

Encontros: Última sexta-feira do mês, das 13h00 às 15h00

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3.9. Grupo de Leitura: Dialogando com Winnicott

O Grupo de Leitura: Estudos sobre a obra de Winnicott formou-se a partir do espaço de interlocução oferecido pela Incubadora de Idéias.

Winnicott desenvolveu muitos conceitos novos, uma teoria do desenvol-vimento emocional, bem como uma teoria do amadurecimento. Pretendemos favorecer a leitura e compreensão tanto dos conceitos winnicottianos, quanto das diferenças em relação à Freud. Propomos a retomada da seguinte questão: estaremos diante de uma quebra de paradigma em psicanálise?

Face às novas formas de padecimento psíquico, encontramos pacientes que se queixam de falta de sentido na vida, grande sensação de vazio, sensação de futilidade. Podemos chamar tais manifestações de patologia do narcisismo, uma carência de maternagem “suficientemente boa”?

Winnicott tem sido o autor privilegiado para compreender tais casos. Após trabalhar com aproximadamente 60.000 crianças e suas mães em clí-nica pediátrica, este autor passou a dar atenção aos estados ditos regressivos, um aquém da representação.

O grupo é horizontal.

Integrantes: Ana Helena Campos, Claudia M. Arbex, Débora P. do Rego Felgueiras, Isabella Borghesi Dal Molin, Luciana Chaui, Lenita Medeiros, Ricardo Portolano, Thais R. G. Angelo e Vera Criscuolo.

Interlocutora: Elisabeth Antonelli

Encontros: mensais, na segunda 6a.feira do mês das 12h30 às 14h00.

3.10. Grupo de Leitura: O conflito: mãe x mulher

O Grupo de Leitura: O conflito: mãe x mulher formou-se a partir do espaço de interlocução oferecido pela Incubadora de Ideias. O grupo iniciou seus trabalhos em abril de 2015.

A ideia é problematizar este tema, clínico por excelência, a partir de tex-tos de autores sugeridos que apresentam a sua leitura da temática proposta, orientados pelo ensino de Sigmund Freud e Jacques Lacan.

O grupo é horizontal.

Guia do Departamento de Psicanálise 59

Integrantes: Adriana Grosman, Ana Clélia de Oliveira Rocha, Breno Sniker, Daniela Escobari, Iandara Uchoa, Ilana Safro Berenstein, Juliana Gerken, Malu Pessoa Loeb, Maria da Graça B. Baraldi, Maria das Graças Hora, Maria Zilda Armond Di Giorgi, Renata de M. Gaspar e Renata Fortes

Interlocutora: Adriana Grosman

Encontros: quinzenais, às terças-feiras das 11h30 às 13h00.

3.11. Grupo de Pesquisa e Intervenção Trabalho e Psicanálise

O Grupo de Pesquisa e intervenção: Trabalho e Psicanálise estuda as trans-formações no mundo do trabalho e seus impactos sobre a subjetividade contemporânea desde 2014. Ele é originário do Grupo de trabalho e pes-quisa em Psicanálise e Contemporaneidade que, de 2012 a 2014, realizou um estudo sobre a psicopatologia e psicodinâmica do Trabalho, criada por Chistophe Dejours. Nesse período, esse grupo se reuniu por duas vezes com o psiquiatra, psicanalista, professor do Conservatório de Artes e Ofícios e diretor do Laboratório de Psicologia do Trabalho da França – Cristophe Dejours.

A fim de compreender melhor as transformações no mundo do trabalho e as novas formas de gestão, nesse período estudamos e debatemos artigos escritos por brasileiros como Oliveira (2005), Lima et al. (2002), Borges et al (2001); já para conhecer metodologias de intervenção nos locais de traba-lho lemos e discutimos artigos como Matrajt (1999/2002), além de artigos e livros do próprio Dejours, entre outros.

Em 2014, criamos o Projeto Laborar: saúde psíquica do trabalhador, que utiliza o instrumental psicanalítico e da psicopatologia e psicodinâmica do trabalho para realizar atendimento na Clínica do Instituto Sedes Sapientiae a trabalhadores empregados e desempregados, em sofrimento e/ou adoeci-dos. (O projeto Laborar será detalhado no 2.5 deste guia.)

Além do atendimento clínico, pretendemos atender instituições para realização de intervenção no local de trabalho utilizando a psicodinâmica do trabalho. Nessa perspectiva, fomos contatados por entidades, empresas e instituições de ensino para intervir em locais de trabalho nos quais havia altos índices de adoecimento psíquico associado ao trabalho e para colaborar na elaboração de diretrizes para o tratamento destas pessoas. Alguns exemplos de contatos iniciais foram: o Metrô de São Paulo, Secretaria Municipal de

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Assistência Social, Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Faculdade de Enfermagem da USP, Núcleo de Psicologia do Centro de Referência da Saúde Trabalhador – CEREST de Goiânia. Esse último gerou um convite e um acordo de cooperação científica entre a Secretaria da Saúde do Estado de Goiás e o Instituto Sedes Sapientiae, para fazemos parte da equipe que elaboraria uma proposta de Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas para Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho para o Estado de Goías.

Participamos da elaboração do documento desde setembro de 2016, com reuniões mensais virtuais. O documento foi finalizado em Julho de 2018, e apresentado para os profissionais do SUS de Goiás através da Oficina de Consulta Pública em 14/08/2018. A fase final desse processo consiste na redação final das Diretrizes incorporando sugestões de vários colaboradores externos à equipe, que avaliaram o documento e na publicação subsequente, que o tornará o documento oficial, a ser implementado orientando as práti-cas de atendimento ao Trabalhador.

Também temos como objetivo promover a interlocução com outros atores sociais, a fim de introduzir uma leitura psicanalítica do sofrimento no local de trabalho, bem como, em contrapartida, nos apropriarmos de leituras não psicológicas da realidade laboral, com intuito de realizarmos uma constru-ção conjunta de ações e políticas públicas. Neste contexto, seriam nossos interlocutores: Universidades, Centros de referência da saúde do trabalhador (CERESTs), unidades básicas de saúde, empresas públicas e privadas particu-larmente da área de saúde e educação, formuladores de políticas públicas e etc… Este objetivo está sendo concretizado em parte com nossa participação no Grupo de Trabalho: Saúde, Trabalho e Direitos Humanos, coordenado pela Dra. Edith Seligman-Silva, e que conta com participação de entidades sindicais, centros públicos, universidades etc..

Em agosto de 2015, nos apresentamos no seminário Sofrimento Psíquico no Trabalho: mulher trabalhadora na (des) construção do Cinismo Viril a convite da Secretaria Estadual da mulher trabalhadora/CUT.

Em 2016, apresentamos um trabalho no evento Entretantos II: 30 anos de psicanálise e política promovido pelo Departamento de Psicanálise, com o texto “Política, Trabalho e Psicanálise”. Neste mesmo ano participamos de duas mesas redondas no III Ciclo de Conferências: Psicopatologia do Tra-balho e Saúde Pública – com uma palestra e um psicodrama público após a exibição do filme Dois dias e uma noite – promovido pelo curso de Psicopa-tologia e Saúde Pública – NUPSI/USP.

Em 2017, realizamos uma palestra no Banco de Sangue Paulista como parte do programa anual de Qualidade de Vida – Projeto De Bem com a Vida com o tema: “Depressão no ambiente de Trabalho”.

Participamos do evento “Que loucura é essa?”, promovido pela ONG Papel de Gente no qual realizamos uma conversa pública e terapia pública com o tema “A Loucura do Trabalho”.

Guia do Departamento de Psicanálise 61

Em novembro, a convite do Núcleo de Funcionários do Instituto Sedes Sapientiae, realizamos uma palestra sobre o tema: “Trabalho e Saúde Psi-quica do Trabalhador”.

Em 2018: Participamos em agosto do XIV Colóquio de Psicopatologia e Saúde Pública do curso de Psicopatologia e Saúde Pública da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com o tema: “Subjetividade, Trabalho e Sofrimento Psíquico”.

Também em agosto participamos do 1o Encontro Estadual sobre Práticas Institucionais em Saúde Mental e Trabalho promovido pelo CEREST Estadual de São Paulo. Nosso tema: “Relações: subjetividade, sofrimento psíquico e trabalho.”

Integrantes: Cleide Monteiro, Marine Meyer Trinca, Pedro Mascarenhas, Virginia Gonçalves

Interlocutora: Cleide Monteiro

Encontros: semanais, às segundas feiras das 8h00 às 10h00.

3.12. Grupo de Trabalho e Pesquisa em Problemáticas Alimentares

O Grupo de Trabalho e Pesquisa em Problemáticas Alimentares teve início em 2005, em decorrência das atividades clínicas e de pesquisa desenvolvidas desde 2000 pelo “Projeto de Pesquisa e Clínica Psicanalítica das Problemáti-cas Alimentares”, na Clínica Psicológica do Instituto Sedes Sapientiae.

As anorexias e as bulimias configuram-se como uma das formas de expressão do mal-estar contemporâneo que inquietam os analistas, dada a complexidade dos sintomas apresentados por esses pacientes e que demandam um estudo aprofundado de temas como o narcisismo, oralidade, feminili-dade, adolescência, passagens ao ato, entre outros.

O grupo é composto pelos integrantes do Projeto e é aberto a membros, aspirantes a membro e alunos do Departamento, além de outros colegas psi-canalistas que manifestem desejo de estabelecer um espaço de interlocução acerca das problemáticas alimentares e outras áreas de interesse correlatas.

Integrantes: Camila Junqueira, Débora Pereira do Rego Felgueiras, Elaine Armenio, Ilana Tawil, Liliane de B.V.G. Mendonça, Mabel Lidia Casakin, Maria Carolina Garcia, Maria Cristina Petry

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Barros Martinha, Maria M. B. Castanheira, Renata Magalhães Gaspar, Rose Rossetti Miranda e Waleska A. M. O. Ribeiro.

Interlocutora: Waleska A. M. O. Ribeiro

Encontros: mensais, na quarta 2a.-feira do mês, das 14h às 15h30.

3.13. O Feminino e o Imaginário Cultural Contemporâneo

O Grupo “O feminino e o imaginário cultural contemporâneo” foi proposto em 1996 e desde a sua convocatória tem a pesquisa como diretriz. Enfatizar o lugar da pesquisa é uma forma de afirmar que entendemos como nortea-dores fundamentais a produção de conhecimento, a circulação dos lugares de saber e a procura do novo.

Ao longo de sua história o grupo tem mantido a preocupação de promover dentro do Departamento, assim como no campo mais amplo, a interlocução de ideias e produções. Publicação de artigos, entrevistas, participação em eventos e congressos fazem parte de nossas atividades, assim como convites a colegas com trabalhos afins às nossas pesquisas.

Organizamos, no decorrer desses vinte anos de atividades, três Jornadas Temáticas: Figuras Clínicas do Feminino no Mal-Estar Contemporâneo (2001), Interlocuções sobre o Feminino na Clínica, na Teoria e na Cultura (2007) e Corpos, Sexualidades, Diversidade (2015). Compilações dos traba-lhos apresentados nas três Jornadas foram posteriormente publicadas nos livros editados em 2002, 2008 e 2016 sob os mesmos títulos.

Desde o início, abordamos o tema do feminino em diferentes perspectivas: a feminilidade tomada como o mais arcaico na sexualidade; o feminino no caminho da sexuação, como resultado de um longo percurso que dá acesso ao reconhecimento da diferença dos sexos e à constituição da identidade sexual; ou ainda, em outra perspectiva, o feminino relacionado às marcas de bipartição dos gêneros implantadas pela cultura e que diferenciam homens e mulheres, compreendendo as mudanças que o perfil de gênero sofre em cada cultura e em cada momento histórico.

Consideramos que os discursos médico, jurídico e midiático transmitem para os sujeitos significações coletivas ou figuras culturais, imprimindo assim marcas que determinam as formas de ser, amar e gozar. Nossa investigação é levada adiante em permanente diálogo com estes discursos.

Guia do Departamento de Psicanálise 63

Diferentes pesquisas já foram desenvolvidas por membros do grupo ou por mini-grupos organizados em torno de interesses comuns, sendo que a montagem dos projetos, o acompanhamento dos trabalhos e a escrita dos textos é acompanhada passo a passo pelo coletivo grupal. Até agora foram realizadas pesquisas de temas múltiplos como: “Reprodução Assistida”, “Gravidez na adolescência”, “Anorexia e os movimentos sociais e estéticos dos últimos anos”, “Corpos na contemporaneidade”, “Menopausa”, entre outros. Várias destas pesquisas se realizaram em parceria com instituições hospitalares como o Pérola Byngton, Nossa Senhora de Lourdes e a Fun-dação Cruz de Malta.

Atualmente o coletivo grupal está empenhado na realização de uma pes-quisa sobre “Os feminismos e seus discursos” e procura analisá-lo através de múltiplas abordagens: a história, a presença na mídia, os discursos feministas propriamente ditos e a escuta em rodas de conversas.

Nos encontros, trabalha-se com três atividades: Ǿ Participantes engajados nas pesquisas, em frequência quinzenal, discu-tem os projetos e os textos necessários para apoiar os trabalhos, e também supervisionam os trabalhos.

Ǿ No seminário temático, em alternância quinzenal, se discute temas do feminino, trabalhando-se textos numa programação anual, com uma dupla de coordenação que rodizia anualmente.

Ǿ Reunião semestral de todos os integrantes para discussão de um tema pontual previamente agendado, podendo ser a discussão de um filme, uma peça de teatro ou um fato social, convidando eventualmente uma pessoa de fora que esteja trabalhando o tema de interesse do grupo no momento.

Integrantes: Camila Vergara L. G. Silva; Claudia Livingston Ades; Daniela A. A. Galvão de Sousa; Danielle Melanie Breyton; Elaine armenio; Evelyse Stefoni de Freitas Clausse; Helena Couto Gusso; Helena M. F. M. Albuquerque; Ivy Semiguem F.Souza; Lilian Quintão; Luciana Cartocci; Marcia F. Bonatelli; Marcia R. Bozon de Campos; Marcia Cristina Curtolo Bom; Maria Aparecida Barbirato; Maria Carolina Accioly; Mariana Santos David Melhem; Nanci Shirazaula; Roberto Villaboim; Selma Atti Ricci; Silvia de Moraes Gonçalves; Tide Setubal Nogueira; Vivian Salles Alves; Viviane Hercowitz

Interlocutora e Coordenadora: Silvia Leonor Alonso

Encontros: às quintas-feiras das 9h00 às 11h30.

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3.14. Medicações Psiquiátricas em Análise: Como, quando e porque

A proposta deste grupo surge da constatação de que as medicações psiquiá-tricas são, hoje em dia, largamente prescritas por psiquiatras e médicos de outras especialidades. Dada a abrangência dessa prática, e suas possíveis implicações para o sujeito e para a sociedade, entendemos que os psicana-listas devam refletir sobre o assunto.

Pensamos então num grupo de trabalho horizontal, que se ocupasse de questões clínicas e éticas referentes ao uso de medicação por sujeitos durante seu percurso de análise.

O trabalho que vem sendo realizado por este grupo, nas suas leituras e discussões, encontra uma síntese no título de um dos artigos estudados: “Entre la química de las palavras y la química de la medicacíon”, escrito pelo psiquiatra e psicanalista argentino Noberto Lloves.

Este título, de forma poética, sugere uma aproximação entre o trabalho analítico e o efeito dos psicofármacos. Uma aproximação, no nosso enten-dimento, para que se possa criar um espaço de diálogo entre dois saberes distintos: a psicanálise e a psicofarmacologia. E também um campo de pes-quisa onde se possa indagar sobre os efeitos da medicação no percurso de uma análise, bem como a influência do próprio processo analítico, e da trans-ferência, na resposta aos medicamentos.

De acordo com essa posição o grupo segue, há quatro anos, uma trajetória que passou pela história da descoberta dos psicofármacos, pela história das “diferentes psiquiatrias” e pelo estudo de autores psicanalistas que discutem a problemática do uso dos psicofármacos. Após esse percurso o grupo se propôs à discussão de casos clínicos, tendo em vista questões relacionadas ao uso das medicações psiquiátricas.

Integrantes: Ana Lucia Panachao, Cristina Barczinski, Danielle Breyton, Heidi Tabacof, Lucia Helena Perrone, Marina Bialer, Marta Azzolini, Selma Atti Ricci, Silvia Ribes.

Interlocutora: Silvia Inglese Ribes

Encontros: 4as sextas-feiras do mês, das 16h30 às 18h30.

Guia do Departamento de Psicanálise 65

3.15. Grupo de Trabalho e Pesquisa em Psicanálise com Crianças e Adolescentes

O Grupo de Trabalho e Pesquisa em Psicanálise com Crianças e Adolescentes desenvolve os seguintes temas:

Ǿ Discussão sobre os determinantes específicos da clínica com crianças e com adolescentes

Ǿ As particularidades do efeito do processo analítico com crianças e ado-lescentes nas dinâmicas familiares

Ǿ Modelos descritivos da realidade psíquica nas sessões Ǿ Sonho compartilhado e restauro da função preconsciente segundo René Kaës

Ǿ Sonho e sonhar segundo Donald Meltzer Ǿ Investigações sobre o desenvolvimento sexual e de identidade de gênero segundo Robert Stoller

Integrantes: Alice Turazzi, Ana Claudia Patitucci, Célia Correa, Fátima Gonçalves, Paulo Jeronymo P. Carvalho, Pedro Monteiro e Rodrigo Barbosa.

Interlocutor: Paulo Jeronymo P. Carvalho

Encontros: quinzenais, às quintas-feiras, das 8h00 às 9h30.

3.16. Grupo de Trabalho e Pesquisa: Psicanálise e Contemporaneidade

O Grupo de Trabalho e Pesquisa: Psicanálise e Contemporaneidade foi criado em 2001 como um espaço de debate, estudo e discussão, surgido pela necessi-dade de ampliar a reflexão sobre as demandas sociais a que estão submetidos os sujeitos na atualidade, as consequências destas sobre o processo de subje-tivação e as novas formas de apresentação do sofrimento psíquico.

Toma como eixo para suas discussões a leitura de textos, bem como o debate sobre fatos da atualidade ou produções culturais, e se preocupa em estabelecer um constante diálogo com outras áreas do saber, tais como a

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filosofia, a medicina, a sociologia e a história, com o objetivo de ampliar as possibilidades deste diálogo e, em alguns momentos, conta com a participa-ção de convidados. Os membros do grupo tem cada vez mais participado de eventos internos ( Entretantos I e II- Sedes) e em outras instituições. A rede de comunicação virtual intra-grupo é muito produtiva e rica, expandindo as experiências e potencializando o grupo para a leitura dos fenômenos sociais, utilizando entre outras, as ferramentas psicanalíticas.

Em 2006 o grupo realizou, em parceria com o SESC-SP , o ciclo de debates O Mal Estar no Cotidiano. O ciclo compreendeu 2 eventos, com os temas “A Vio-lência Nossa de Cada Dia”( 25/03/06) e “Violência e Desamparo na Cidade” (em 25/11/06). O objetivo do ciclo foi –contribuir com o pensamento crítico que o grupo busca construir sobre a sociedade contemporânea e favorecer o surgimento de um espaço de elaboração sobre essas questões para um público mais amplo.

Em 2007, ao retomar sua tendência e eixo original, o grupo dedicou-se ao estudo e à análise da influência do discurso nos processos de subjetivação do sujeito contemporâneo, a fim de discriminar a singularidade da psicanálise e seus impasses frente à diversidade, utilizando como suporte textos de Sigmund Freud, Jean-Pierre Lebrun e Marcelo N. Viñar, entre outros. Ao se manter na pesquisa de temas relativos à violência e as faces no mal-estar, debateu a importância da narrativa no processamento das experiências do sujeito – utilizando como refe-rência textos de Walter Benjamin – e estudou o impacto das “falhas ambientais” e dos “objetos intermediários” – enquanto “terceiros da cultura” – nos processos de subjetivação, a partir de textos de René Kaës, Sigmund Freud e André Green.

Em 2010, o grupo realizou o evento intitulado Herança e transmissão: trauma e narrativas nos espelhos da cultura, que contou com a presença de Marcelo Viñar para proferir a conferência “Exclusão social e psicanálise” e para participar da mesa-redonda que reuniu Miriam Chnaiderman, Eliane Brum e Mario Pablo Fuks (representante do grupo).

Em 2011 o grupo manteve sua pesquisa sobre a violência, trauma e seus destinos na Cultura, retomando como eixo as relações entre testemunho e elaboração, soberania(s), morte física e morte psíquica, além das questões com a Lei, a partir do conceito do “Homo Sacer”, para o que esteve traba-lhando com textos de: Giorgio Agamben, Betty Bernardo Fuks, S. Freud, Marcio Seligman Silva, Paulo Endo e Walter Benjamin.

A fim de aprofundar alguns eixos de trabalhos, inaugurou-se o dispositivo “grupo(s) de pesquisa,” em espaços diferenciados, que teve como tema: crença(s).

O grupo principal – Psicanálise e Contemporaneidade – seguiu com a leitura de “O risco de cada um”: ensaios de Psicanálise e Cultura, de Juran-dir Freire Costa, que trata dos temas: Transcendência, Criatividade e Ética, trabalhados para além da conceituação freudiana e com aporte do referen-cial de D. W. Winnicott.

Em 2012 e principalmente em junho de 2013 os “incendiários” acontecimen-tos na cena pública movimentaram e inquietaram o grupo, envolvendo-nos com a análise das reivindicações das ruas, além da participação junto à comunidade

Guia do Departamento de Psicanálise 67

Sedes nos encontros do “Vamos Falar de Saúde Mental”, e nas defesas do “CAPS Itapeva” e do “Cria – Unifesp”, com mobilização coletiva para dar continui-dade e sustentação ao trabalho psicanalítico voltado a pessoas nos espectros do autismo. Daí surgindo, o Movimento Psicanálise Autismo e Saúde Pública (MPASP) que além de trazer as contribuições da Psicanálise diante dos riscos psíquicos para o desenvolvimento infanto-juvenil, se coloca como um parceiro na elaboração de políticas públicas para a infância e a adolescência.

Em 2014 questões como: o que vem acontecendo nos processos de subjeti-vação em nossos dias e quais os impactos das políticas econômicas neoliberais sobre os sujeitos da contemporaneidade? E como exercemos o nosso ofício mediante a complexidade, a diversidade e as novas formas de manifestação do sofrimento psíquico? Esses interrogantes nos levaram ao estudo de rela-tos e discussões de casos clínicos e a investir numa pesquisa sobre o papel do trabalho nas novas formas de subjetivação e de sofrimento.

Iniciamos com as leituras de artigos diversos e do livro Banalização da Injustiça Social, de Christophe Dejours, a partir dos quais, o grupo buscou compreender com maior profundidade, reunindo os recursos da psicanálise e os da psicodinâmica, o lugar do trabalho e suas contribuições enquanto fonte de saúde e de doença sobre o sujeito.

Estimulados pela pesquisa sobre o entrelaçamento da saúde psíquica com o trabalho emergiu do grupo principal um novo subgrupo: Trabalho e Psicanálise, do qual o Projeto Laborar é uma das vias, e que disposto a desenvolver um projeto de pesquisa e intervenção, passou a atender pacien-tes, originalmente, em grupo, na clínica do Instituto Sedes.

Também, em 2014 realizamos nos meses de abril e outubro, dois encon-tros com Christophe Dejours (Diretor do Laboratório de Psicopatologia do Trabalho e da Ação em Paris) para discutir sobre questões associadas ao trabalho e à saúde do trabalhador na atualidade, e sobre projetos de atendi-mento clínico, com base em sua longa experiência.

Da mesma forma que em maio de 2015, tivemos um novo encontro com Marcelo N. Viñar refletindo algumas questões sobre o Trabalho, a vulnera-bilidade e as situações traumáticas na conjuntura atual.

Em 2016, o grupo dedicou-se ao estudo e debate de questões ligadas aos impactos sobre os processos de subjetivação face às novas políticas de afir-mação entre gêneros, diversidade e neo-sexualidades, através de textos de Thamy Ayouche , Jean Laplanche e Judith Butler. E vimos o escrito de Alonso, S.L., “O conceito de gênero retrabalhado no marco da teoria da sedução generalizada”. Percurso. 2016; 56/57:81-90.

No primeiro semestre de 2018, o grupo debruçou-se sobre o texto do Joel Birman: “O sujeito desejante na Contemporaneidade”, refletindo sobre as condições propícias ao aumento de violência social e fragmentação subjetiva, tema sobre o qual, pretendemos produzir um texto coletivo para ser publicado.

No segundo semestre, seguimos com a leitura e discussão do livro de Miriam Debieux Rosa : A Clínica Psicanalítica em face da Dimensão

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SocioPolítica do Sofrimento, no qual a autora traz inúmeros aportes freu-do-lacanianos de investigação, reflexão e de intervenção na esfera pública, a partir de uma clínica implicada com o campo social.

O grupo é horizontal.

Integrantes: Débora Felgueiras, Denise M C Cardelini, Elcio Gonçalves, Lilian Fogaça, Márcia Ramos, Mania Deweik, Maria Francisca Lutz, Maria Helena Caffé, Mario P Fuks,Pedro Mascarenhas, Roberta Kehdy e Silvia M Gonçalves e 04 Externos: Cristina Bergantini, Marli Chapeval, Daniela Smid, Débora Andrade

Interlocutora: Denise Maria Cardoso Cardellini

Encontros: mensais, qs segundas quartas-feiras do mês, das 9h20 às 11h15.

3.17. Grupo de Trabalho em Psicanálise e Cultura

O Grupo de Trabalho em Psicanálise e Cultura reúne, desde 2002, pessoas interessadas em discutir, a partir de pressupostos psicanalíticos, manifesta-ções culturais como as produções de cinema, teatro, artes plásticas, literatura e eventos da atualidade.

Pensado inicialmente como “ponto de encontro” onde os participantes, em autogestão, pudessem propor assuntos e desenvolvê-los no grupo ou isoladamente, mantemos esse espírito seguindo uma certa rotina: em nos-sas reuniões discutimos um texto e uma produçao cultural (filme, livro, por exemplo) previamente escolhidos.

Integrantes Beatriz Mendes Coroa, Catarina Osoegawa, Débora Guimarães, Paula Salvia, Sérgio Telles, Simone Naumann, Terezinha Prado de Andrade Gomes e Vilma Arantes.

Interlocutor: João Sérgio Telles

Encontros: mensais, nas segundas 2as feiras de cada mês às 20h30.

Guia do Departamento de Psicanálise 69

3.18. Sexta Clínica

A criação do grupo de trabalho Sexta Clínica foi intermediada pela Incuba-dora de Ideias e surgiu a partir da necessidade de compartilhar as questões da atividade clínica num ambiente de confiança e dentro de um grupo com número limitado a 10 integrantes. Atuando desde 2012 como um grupo horizontal de reflexão sobre a prática cotidiana, foi possível construir uma escuta coletiva que busca acolher as particularidades da clínica de cada um.

Uma das coisas mais valiosas na montagem deste grupo foi o compro-misso, que ficou claro desde o início, de poder discutir a clínica sem censura. Das questões do contrato e pagamento até as hipóteses clínicas e o quantum de afeto convocado pela prática clínica, são discutidos os temas os mais variados. Por vezes determinados temas que nos convocam de modo mais insistente implicam na leitura de textos teóricos. Na maioria das vezes, no entanto, são trazidos casos clínicos para discussão e é neste formato que se vai conhecendo o modo de trabalhar de cada um.

No grupo surgem com frequência questões sobre o excesso de idealização do papel do analista e dúvidas sobre qual seria o seu lugar, mas talvez a ques-tão mais perturbadora ao lidar com um paciente continue sendo o manejo da transferência, esta que é paradoxalmente tanto condição quanto ameaça ao processo analítico. É neste momento que somos radicalmente afetados pelo que vem do outro, quando somos postos à prova.

Pensamos em chamar nosso processo de trabalho de “intervisão”, no qual o relato de cada caso nos convoca a lançar mão do nosso repertório pessoal de associações, imagens e referências teóricas, colocando-nos a serviço da escuta daquele analista. No grupo, mais do que discutir hipóteses diagnósticas ou mesmo propor condutas específicas é possível partilhar uma experiência e construir um lugar de cuidado para nós enquanto analistas. A possibilidade de construir um espaço onde se fala livremente sobre a angústia provocada por certos pacientes configura um instrumento valioso para sustentar a implicação diante do outro que nosso ofício exige.

Integrantes: Ana Carolina Vasarhelyi de Paula Santos, Cristina Ribeiro Barczinski, Déborah de Paula Souza, Deivian Butler, Gisele Senne de Moraes, Ilana Safro Berenstein, Luiz Gustavo Veiga, Marcelo Soares da Cruz, Marcia Maroni Daher e Sonia Maria Ramos Mendonça.

Interlocutoras: Cristina Ribeiro Barczinski e Sonia Maria Ramos Mendonça

Encontros: sextas-feiras das 9h00 às 10h30, frequência quinzenal.

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• 4. Área de Publicações e Comunicação

ҿ 4.1 Livros de produção interna

ҿ 4.2 Revista Percurso

ҿ 4.3 Boletim Online

ҿ 4.4 Blog do Departamento de Psicanálise

ҿ 4.5 Guia do Departamento

ҿ 4.6 Página do Departamento de Psicanálise no portal do Instituto Sedes Sapientiae

ҿ 4.7 Psicanálise no Mundo

ҿ 4.8 CDI

ҿ 4.9 Secretaria Informa

ҿ 4.10 Entre Membros

Livros de produção interna

www.sedes.org.br/Departamento/

Psicanalise

CDI Conselho de

Direção Informa

Percurso – Revista de Psicanálise

Psicanálise no Mundo

Secretaria Informa

Blog do Departamento de

Psicanálise

Boletim Online

Entre Membros

Guia do Departamento

Área de Publicações e Comunicação

Guia do Departamento de Psicanálise 73

O objetivo da área de Publicações é tornar pública a produção do Departamento de Psicanálise, ao fomentar análises e discussões que auxiliem a implementação de políticas frente ao campo edi-torial, ao organizar publicações de difusão da informação sobre o Departamento e ao editar os periódicos: Percurso – Revista de Psicanálise e Boletim Online – Jornal digital.

A área de Publicações se constitui, deste modo, tanto como espaço de referência do acervo escrito do Departamento de Psicanálise quanto como lugar de afirmação da implicação de seus membros com o trabalho de registrar a psicanálise que pensam, praticam, debatem e transmitem.

São responsabilidades da área:

Ǿ Livros de produção interna (desde 1997); Ǿ Revista Percurso – Revista de Psicanálise (desde 1988); Ǿ Boletim Online – Jornal digital (desde 2007); Ǿ Blog do Departamento de Psicanálise (desde 2015); Ǿ Guia do Departamento (desde 2009); Ǿ Página do Departamento de Psicanálise no portal do

Instituto Sedes Sapientiae (site: http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/index.php);

Ǿ Psicanálise no Mundo – seção mensal no nosso site que consta de links de artigos e informações sobre psicaná-lise, publicados nas principais revistas e jornais de línguas inglesa e francesa. Os textos mostram uma psicanálise ativa e presente nos mais diversos ramos da cultura, enfrentando os embates com o espírito do tempo. http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/index.php?mpg=05.06.00;

Ǿ CDI- dispositivo de comunicação do Conselho de Direção do Departamento com os membros e aspirantes;

Ǿ Secretaria Informa – dispositivo de comunicação da secre-taria do Departamento. com membros, aspirantes, alunos e ex-alunos;

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Ǿ Entre Membros – dispositivo de comunicação entre membros e aspirantes para compartilhar iniciativas que contemplem o envolvimento de ao menos um membro ou aspirante.

Como propor uma publicação (livro /revistas ou em outras midias):

Para propor uma publicação através do Departamento de Psicanálise, a pessoa ou o grupo interessado deve enviar ao articulador da área uma pro-posta escrita via e-mail. A proposta deve conter a descrição da proposta de publicação, o que justifica esta publicação nesta instituição e neste momento histórico, autor ou organizador (neste caso deve constar a lista de autores envolvidos), previsão do número de páginas, interesse editorial na publicação e se possível a previsão orçamentária cotada em três editoras.

Os projetos de publicação são submetidos, pelo articulador da área, à ava-liação do Conselho de Direção, que adota como critérios para a concretização de suas atividades os princípios e as diretrizes do Departamento de Psicaná-lise. Daí por diante toda a operacionalização da publicação será realizada pelo autor ou organizador, sob orientação do articulador da área. Para maiores detalhes operacionais, consultar o Manual de Publicações disponível no site do departamento de Psicanálise (http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/arquivos_comunicacao/Manual_Publicacoes.pdf).

proposta de publicação respostaarticulador

de publicaçõese-mail

justificativa orçamentos

cd

Artigos e outros materiais específicos devem ser encaminhados direta-mente à Revista Percurso, ao Boletim ou ao Blog de acordo com a intenção de publicação do autor.

Articuladora de Área de Publicações e Comunicação: Marcia R. Bozon de Campos.

Guia do Departamento de Psicanálise 75

4.1. Revista Percurso

A Revista Percurso é editada pelo Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae e publicada semestralmente, sem interrupções, desde 1988. É uma revista científica dedicada ao avanço dos conhecimentos psicanalíticos em suas vertentes clínica, teórica, metodológica e epistemológica.

Ela surgiu do desejo de um grupo de psicanalistas pertencentes ao Departa-mento de Psicanálise, então recém-fundado, de consolidar o estímulo à criação e à transmissão do pensamento psicanalítico, bem como a troca e a circulação de ideias, tão caras a este Departamento. Este grupo inicial era composto por Janete Froschtengarten, Silvia Alonso, Renata Cromberg e Miriam Chnaider-man e Renato Mezan. Hoje, a revista cresceu, comporta várias seções e possui um grande grupo de participantes que sustentam sua produção.

Visando a estimular o debate entre as várias correntes da Psicanálise, Percurso aceita trabalhos de todas as orientações, tanto de membros do depar-tamento quanto de colegas de outras instituições brasileiras e estrangeiras. Pautamo-nos por um ideal exigente de qualidade científica, literária, esté-tica, pela abertura às inovações consistentes, pelo respeito à complexidade da vida psíquica e dos fenômenos socioculturais, pela recusa do dogmatismo, da intolerância e dos reducionismos, pelo diálogo com as áreas conexas.

Isto permite aos leitores e aos autores que nela escrevem participar de um debate sempre crítico e atual. A revista publica de 8 a 10 artigos por número, além de uma tradução inédita em português (exemplos: J. Laplan-che, P. Fédida, A. Green), e o mesmo número de resenhas, cobrindo o que surge de novo e importante nas publicações psicanalíticas. O leitor também encontra uma entrevista com analistas e não-analistas que têm algo interes-sante a nos dizer e duas seções de debates, em que a revista propõe um tema e uma situação clínica a três colegas de filiações distintas.

Celebrando a associação do nosso Departamento com a FLAPPSIC (Fede-ração Latino-Americana de Associações de Psicoterapia Psicanalítica e Psicanálise), iniciamos em 2018 a publicação, a cada volume, de um artigo em língua espanhola.

Diversos números são temáticos. Alguns tratam de autores de grande importância, como, Ferenczi, Winnicott, Green, Laplanche, Fédida e Fabio Hermann; outros focalizam um determinado problema e suas ramificações, como “a psicanálise extramuros: cinema, literatura, humor”, “formação do analista” ou “psicanálise e política”. Estes números alternam-se com outros de conteúdo mais diversificado, de modo a garantir equilíbrio e variedade.

O número especial 60/61, que marca os 30 anos da Revista, aborda as questões da violência, do desamparo, da necessidade de uma posição ética engajada na atenção ao sofrimento psíquico frente às grandes perturbações vividas atualmente em nossa civilização.

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Aos 30 anos de trabalho, a Revista comemora cerca de 1.500 matérias publicadas, entre artigos, resenhas, entrevistas e debates. É um acervo con-siderável, disponível online no site http://revistapercurso.uol.com.br

Por fim, gostaríamos de destacar algumas práticas da revista que visam a torná-la ainda mais útil aos leitores:

Ǿ debates semestrais entre autores e leitores de cada número; Ǿ um site pensado para ser de fácil navegação, do qual faz parte um Índice Temático indexando por assunto todas as matérias publicadas desde o número 1. Convidamos você a visitá-lo, e a usá-lo gratuitamente sempre que precisar de bibliografia para seus trabalhos.

Ainda no site encontram-se:PERCURSO DIGITAL: Postagens como fotos, vídeos, biografias, tabelas que

complementam certos textos da revista impressa, e outras com mate-rial que embora interessante não encontrou espaço na versão em papel.

COMPRAR REVISTAS: Plataforma de aquisição online (e-commerce pagseguro), que facilita a assinatura, compra de números avulsos individuais ou em pacotes (neste caso, com descontos a verificar). Endereços das livrarias que vendem Percurso em todo Brasil.

Você pode também entrar em contato conosco pelos telefones: (11) 3866-2753 ou pelo email [email protected]

COMO ENVIAR ARTIGOS e RESENHAS: normas detalhadas da revistaLINKS: de editoras, livrarias, sites de referência, sites temáticos, livrarias e

revistas especializadas para pesquisa.CONTATO: [email protected]

Coordenador Editorial: Renato Mezan

Conselho Editorial: Eliana Borges Pereira Leite, Eva Wongtschowski, Leda Maria Codeço Barone, Lilian Quintão, Luciana Cartocci, Mania Deweik, Maria de Lourdes Caleiro Costa, Maria Do Carmo Vidigal Meyer Dittmar (Lila).

Grupo de Entrevistas: Ana Cláudia Patitucci, Bela M. Sister, Célia Klouri, Cristina Parada Franch Leite, Danielle Breyton, Deborah Jean de Cardoso e Silvio Hotimsky

Grupo de Debates: Cristiane Curi Abud, Gisela Haddad, Camila Junqueira, Vera Zimmermann e Thiago Majolo

Debates Clínicos: Beatriz Mendes Coroa, Paula Peron, Sergio Telles

Conselho Editorial de Resenhas: Camila Salles Gonçalves (coordenadora), Janaina Namba, Pedro Mascarenhas, Sergio Telles e Susan Markuszwover

Finanças: Elcio Gonçalves de Oliveira Filho

Guia do Departamento de Psicanálise 77

4.2. Boletim Online – Jornal digital do Departamento de Psicanálise

O Boletim Online é um jornal de psicanálise que chega digitalmente aos seus leitores – todos os membros, aspirantes a membros, alunos e ex-alunos, assim como aos amigos do Departamento que o solicitem –, a fim de incentivar o registro e a participação na vida do Departamento de Psicanálise. Tem a forma de uma newsletter difundida bimestralmente por e-mail e alojada no site do Departamento, onde algumas matérias representativas de suas edições ficam abertas à leitura pública. O lançamento de cada número do Boletim é informado tanto na página inicial do site quanto no Facebook do Departamento, por onde também circulam matérias relacionadas aos temas em debate nas redes sociais.

O Boletim Online – jornal digital do Departamento foi lançado em Junho de 2007 visando à circulação interna dos efeitos cotidianos da experiência psi-canalítica em nosso pensamento e à produção de atos de palavra que recriam e expandem nossa comunidade. Suporte de uma escrita implicada, que coloca em jogo subjetividades de leitores, escritores e editores e torna comum a sua dimensão estética, o Boletim sustenta os seguintes objetivos editoriais:

Ǿ Noticiar a produção dos grupos e dos cursos do Departamento de Psicanálise;

Ǿ Publicar escritos, artigos, comentários e reflexões elaborados pelos inte-grantes de sua rede;

Ǿ Contribuir com o debate das questões que se encontrem em discussão dentro do Sedes, do próprio Departamento e do movimento psicanalítico;

Ǿ Reportar fatos e eventos do campo psicanalítico; Ǿ Fomentar discussões relativas à multiplicidade de temáticas sociais, políticas e culturais contemporâneas sobre as quais a psicanálise tem o que dizer.

Acolher a diversidade de manifestações espontâneas de membros, alunos e ex-alunos do Departamento é o princípio que norteia a publicação dos tex-tos do Boletim, que são sempre assinados por seus autores. A equipe editorial também realiza convites pontuais para a produção de textos específicos por colaboradores: do próprio Departamento, do Instituto Sedes ou participantes de eventos relacionados ao campo psicanalítico, às artes e à cultura.

A fidedignidade das informações veiculadas, a ética das relações e situa-ções, a coesão e a coerência do texto e o respeito à norma culta da língua são os parâmetros do discreto trabalho de revisão textual que é realizado pela equipe editorial. O Boletim Online aceita e permite, sob consulta e com a notificação dos créditos, a reprodução de textos publicados em outras mídias.

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A equipe editorial do Boletim Online é um grupo horizontal autogerido que faz parte da área de Publicações do Departamento de Psicanálise. É com-posta por membros, alunos e ex-alunos do Departamento, cujo ingresso é feito mediante convite da equipe.

Apresentou 2 artigos sobre o trabalho que desenvolve nos eventos Entre-tantos: Escrita e Circulação (2014), em torno da composição coletiva da escrita do Boletim Online e Vozes em ato: políticas da abertura da palavra no Boletim Online (2016), que empreendeu uma leitura freudiana das figuras políticas que a psicanálise invoca em sua crítica da cultura. Tais escritos foram res-pectivamente publicados na edição 31, comemorativa de seu 7o aniversário (http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/index.php?apg=b_ppa-g&pub=31) e no livro Entretantos 2: 30 anos de Psicanálise e Política (no prelo).

Integrantes: Cristina Barczinski, Elaine Armênio, Maria Carolina Accioly de Carvalho e Silva, Mario Pablo Fuks, Nayra Ganhito, Sílvia Nogueira de Carvalho e Tide Setúbal. A equipe editorial conta ainda com a permanente colaboração de Rubia Delorenzo, que já pertenceu ao grupo.

Interlocutora: Sílvia Nogueira de Carvalho

Encontros: mensais, às primeiras 2as feiras, das 20h30 às 23h00.

4.3. Blog do Departamento de Psicanálise

O Blog nasceu em Janeiro de 2015 a partir de conversas na Incubadora de Ideias, onde se identificou a necessidade de conhecer e reconhecer interna (entre os próprios membros) e externamente (público em geral interessado em psicanálise) as atividades do Departamento de Psicanálise. Por meio da publicação de saberes e fazeres em pequenas “doses” e de um jeito fluido e mais informal o Blog apresenta a produção dos grupos de trabalho e pesquisa do Departamento, além de conhecer e reconhecer a produção seus membros, o que estes fazem e pensam acerca da teoria e prática em psicanálise. Daí a criação do Blog como um dispositivo de comunicação e compartilhamento com as pessoas de dentro e de fora do Departamento.

Uma janela para o mundo, para quem quiser espiar o nosso Departa-mento, com textos breves, numa linguagem psicanalítica mais informal e acessível ao público leigo: eis nosso Blog!

Estamos abertos para todos que tenham interesse em publicar, contamos com alguns colunistas que tem alimentado nosso canal de comunicação e temos trabalhado alguns temas: aqueles relacionados aos grupos de trabalho

Guia do Departamento de Psicanálise 79

e pesquisa do próprio Departamento, eventos do Departamento, psicanálise e política, resenhas de livros, psicanálise e cinema, contos psicanalíticos e, recen-temente inauguramos uma nova coluna “livros que marcaram minha vida”.

Objetivo geral do BlogFacilitar o reconhecimento do Departamento de Psicanálise e de seus mem-bros e promover a troca de conhecimentos e informações acerca da psicanálise entre seus membros e entre o Departamento e a comunidade mais ampla (outras pessoas, outras instituições)

Objetivos específicos Ǿ compartilhar as produções dos grupos de estudo, trabalho e pesquisa do Departamento;

Ǿ compartilhar as experiências ou as produções singulares de seus mem-bros dentro e fora do Departamento;

Ǿ trocar conhecimentos acerca da psicanálise.

Conteúdo do BlogO conteúdo estaria dividido de acordo com as seguintes categorias:

Ǿ a. produções do departamento: comunicações breves sobre as pro-duções desenvolvidas pelos grupos de estudo, pesquisa e trabalho do Departamento;

Ǿ b. divulgação de eventos, seminários, colóquios e cursos promovidos pelo Departamento;

Ǿ c. artigos científicos produzidos por membros; Ǿ d. comunicações na mídia feitas por membros; Ǿ e. breves relatos de experiência; Ǿ f. publicação de artigos ou de resenhas de artigos e livros de relevância relacionados à psicanálise.

Produção de ConteúdoO conteúdo do Blog seria produzido pelos próprios grupos de trabalho, pelas áreas do Departamento ou pelos próprios membros e, enviado à comissão editorial do Blog.

Em relação aos grupos de trabalho e as áreas do Departamento, sugere-se que cada grupo e cada área possa se articular com a comissão editorial do Blog através de representantes.

Quanto aos membros, eles seriam convidados pela comissão editorial, via e-mail, a contribuir com a produção de conteúdo do Blog.

Organização da publicaçãoA cargo da comissão editorial do Blog.

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Observações FinaisA divulgação do Blog estaria diretamente vinculada à página do Departa-mento no Facebook, que publicaria vinhetas do conteúdo do Blog.

O intuito do Blog, mais do que divulgar a produção e atividades de seus grupos e membros, é constituir um espaço de reconhecimento, de troca e de interlocução sobre psicanálise.

Comissão Editorial: Adriana Dias, Bianca Giusti, Fernanda Borges, Gisela Haddad e Peu Robles.

Interlocutora: Gisela Haddad

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• 5. Área de Transmissão, Pesquisa e Intervenções Externas

ҿ 5.1 GTEP

ҿ 5.2 Encontros de Pesquisa no Departamento de Psicanálise

GTEP Grupo de Transmissão e

Estudos de Psicanálise

Encontros de Pesquisa no Departamento

de Psicanálise

Área de Transmissão, Pesquisa e

Intervenções Externas

Guia do Departamento de Psicanálise 83

A área de Transmissão, Pesquisa e Intervenções Externas pretende incentivar e apoiar os membros e aspirantes no desenvolvimento da pesquisa em psicanálise, bem como sustentar ações de transmissão da psicanálise que estejam, de saída, associados a outras instituições, a acordos de coo-peração científica, a grupos autogeridos e às parcerias e concorrências públicas.

Partindo dos pressupostos éticos da psicanálise defendidos pelo Departamento, seu objetivo é sustentar a relação do Departa-mento com grupos e instituições de diversos campos – saúde, educação, cultura, arte, filosofia, gestão, etc. –, sempre que tais relações envolvam pesquisa, transmissão ou intervenção, possibilitando a circulação de seus membros e estendendo a visibilidade do Departamento por meio de suas ações.

Cabe à área articular as atividades do GTEP – Grupo de Trans-missão e Estudos de Psicanálise – com o Conselho de Direção, com a Diretoria do Instituto e em relação às intervenções exter-nas referentes ao grupo, sempre que necessário.

Em relação à pesquisa no Departamento, promove, incentiva e assessora os grupos que desenvolvem trabalhos de pesquisa em suas respectivas inserções – quer se trate de projetos de intervenção externa que integram a área, quer se trate de pes-quisas empreendidas por grupos de trabalho e pesquisa.

Como propor um novo projeto de pesquisa?

Para propor um novo projeto, o proponente deve enviar um e-mail para a secretaria do departamento ([email protected]), dirigido ao articulador da Área de transmissão, pesquisa e intervenções externas solicitando o agendamento de uma conversa para apresentação da ideia, pré-projeto ou projeto de trabalho. A partir daí o articulador encaminhará o projeto para aprovação do Conselho de Direção.

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projeto respostaarticulador da áreae-mail cd

Articuladora da Área de Transmissão, Pesquisa e Intervenções Externas: Nanci de Oliveira Lima

5.1. GTEP – Grupo de Transmissão e Estudos de Psicanálise

O Grupo de Transmissão e Estudos de Psicanálise iniciou suas ativi-dades como um grupo de estudos em 1985, compondo o projeto inicial do Departamento de Psicanálise. Em 1989, deu início à condução de projetos de transmissão e de formação e, a partir de 2004, adotou o nome GTEP.

O GTEP assume como objetivo de trabalho a transmissão psicanalítica e a formação de analistas fora da cidade de São Paulo. Sustenta a formação como um processo permanente e contínuo, promotor de uma postura teórica e clínica, crítica e criativa, capaz de pensar sobre o seu saber e o seu fazer, em contextos singulares e diversos de grupalização, questões institucionais, sociais e políticas. Para tanto, adota como referência a leitura da obra freu-diana, mantendo diálogo com outros autores e temas da atualidade, de modo a promover o diálogo no campo psicanalítico e marcado por um saber que se assume sempre inacabado, coerente com a ética psicanalítica, com a qual está comprometido.

A experiência de formação e reflexão se realiza através do dispositivo gru-pal, da interlocução e do compromisso de cada analista frente a seus pares, nos acordos estabelecidos, nas formulações e nos endereçamentos transfe-rênciais. Trata-se de uma modalidade de trabalho em grupo, com grupos, e com o desafio de sustentação das diferenças.

O trabalho da transmissão se dá pela realização de projetos específicos para cada localidade. Conforme a configuração local, cria-se um programa singular de formação, que é revisto a cada etapa. As modalidades praticadas são: Módulo Introdutório, Introdutório Clínico, Formação Básica e For-mação Continuada.

Como dispositivo de sustentação do seu trabalho o GTEP conta com um funcionamento grupal que comporta uma reunião geral quinzenal e reu-niões de grupos de retaguarda para cada localidade, que ocorrem também

Guia do Departamento de Psicanálise 85

quinzenalmente. Retaguarda é um grupo com 6 integrantes em média, dos quais 2 se ocupam das coordenações institucional e de módulo. O coorde-nador institucional se encarrega das relações entre o GTEP e os grupos locais. O coordenador de módulo conduz os seminários na localidade.

As funções de coordenação de módulo e institucional são alternadas a cada ano entre os membros de cada retaguarda, promovendo a circulação das transferências. Os analistas em formação estabelecem transferências com diferentes coordenadores, estilos de transmissão e escuta clínica, o que favorece a riqueza das tramas transferenciais e visa evitar o risco de fixações e de alienações.

Atualmente o GTEP encontra-se em atividade nas cidades de: Goiânia, Lorena, Maringá, Rio Claro e São José do Rio Preto.

A reunião geral do Grupo ocorre quinzenalmente às quartas feiras, das 8h00 às 9h30.

A entrada de novos integrantes acontece por meio de um processo sele-tivo aberto para todos os membros e aspirantes a membro do Departamento.

Integrantes: Ana Lúcia Panachão, Elaine Armênio, Elcio Gonçalves, Iso Ghertman, João Rodrigo Oliveira e Silva, Leonor A. P. Rufino de Souza, Marcia Ramos, Maria Aparecida Barbirato, Maria Carolina Accioly, Fátima Milnitzky, Nanci de Oliveira Lima, Paula P. S. N. Francisquetti, Regina Célia Cavalcante A. de Carvalho, Rodrigo Gonçalves Blum, Rosangela R. Gouveia, Tatiana T. Inglez Mazzarella e Tiago Corbisier Matheus.

Interlocutora: Rosangela Rodrigues Gouveia – email: [email protected]

Encontros: As reuniões gerais do GTEP são quinzenais, às quartas feiras das 8h00 às 9h30.

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5.2. Encontros de Pesquisa no Departamento de Psicanálise

O Encontros de Pesquisa no Departamento de Psicanálise iniciou suas ativi-dades em 2018, e nasceu do desejo de explorarmos mais aprofundadamente a diversidade de pensamentos e riqueza de produções que temos no Departa-mento e no campo psicanalitico próximo, visando ampliar as possibilidades de fomento à pesquisa, sendo que aqui destacamos no conceito de fomento o sen-tido de “estímulo para o desenvolvimento, incitação, provocação, incentivo”.

O grupo de trabalho compreende que as ações de pesquisa do psicanalista acontecem primordialmente em seu consultório ou nos espaços nos quais ele escuta seus analisantes, entretanto, considera que a instituição psicana-lítica na qual o analista se reconhece como pertencente e é reconhecido por seus pares tem função fundamental, pois se a pesquisa propriamente dita é efetuada no contexto da clínica do psicanalista, não é senão em algum lugar privilegiado de troca que ela poderá ser compartilhada, investigada, desen-volvida e testada para crescer e se multiplicar. O Departamento de Psicanálise certamente é este lugar.

O grupo Encontros de Pesquisa no Departamento de Psicanálise se cons-titui como um lugar de acolhimento crítico entre psicanalistas pesquisadores e tem como objetivo fundamental a sustentação permanente de um espaço de pensamento que provoque pensamentos, num espiral que se inicia no encontro, mas que possa se amplificar de variadas formas, gerando inclusive novas produções.

Ele acontece numa frequência de duas vezes por semestre, porém, pretende ir aumentando gradativamente sua frequência conforme vá ganhando corpo.

Em seu formato inicial, o encontro consiste na apresentação, seguido por um comentário crítico, de um artigo publicado. Esse artigo é apresentado pelo autor e comentado criticamente por outro psicanalista. Em seguida, a discussão fica aberta para os participantes que, valorizando o debate perma-nente, estão organizados em roda, de modo a favorecer a troca e a circulação da palavra.

Neste primeiro momento tanto os artigos apresentados quanto os psi-canalistas que farão o comentário crítico são escolhidos pelo proponente do grupo de trabalho, porém, conforme este espaço vá ganhando corpo e permanência, estará aberto para receber sugestões tanto de artigos quanto de debatedores.

Como em sua essência este grupo de trabalho pretende promover a ampli-ficação da discussão e do debate científico, visa uma abertura para o entorno.

Guia do Departamento de Psicanálise 87

Sendo assim, iniciamos as atividades com os membros e aspirantes a mem-bros do Departamento, mas pretendemos que gradativamente suas atividades sejam abertas para membros dos outros Departamentos psicanalíticos do Instituto Sedes Sapientiae e do entorno psicanalítico que tem transferência com o Departamento de Psicanálise. Desejamos enfim, que ele venha a se abrir gradativamente ao movimento psicanalítico local, de modo a permitir que os pesquisadores psicanalistas se encontrem nas várias posições possíveis: como apresentadores, comentadores, ouvintes interessados etc., que possam tecer uma rede com suas ideias e suas pesquisas e que isso seja compartilhado no âmbito e no entorno da instituição.

Coordenador: Paulo Jerônimo Pessoa de Carvalho

Encontros: Suas atividades acontecem aos sábados, duas vezes no semestre, sendo a data divulgada com antecedencia, o artigo a ser apresentado e o comentarista crítico.

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• 6. Área de Eventos

Ciclos de debates

Jornadas Temáticas

Colóquios Internos Encontros Conferências

Área de Eventos

Guia do Departamento de Psicanálise 91

A Área de Eventos funciona como catalisadora e articuladora dos eventos, internos ou abertos ao público externo, propostos pelos membros do Departamento. É um dos meios de invenção, divulgação e de representação da psicanálise desenvolvida no Departamento de Psicanálise. Incentivando o trabalho cole-tivo, abre espaço para o diálogo, realça possíveis caminhos e aberturas, permitindo construir e explicitar a compreensão singular desse grupo de psicanalistas do campo psicanalítico atual, de sua política e de sua história de constituição.

O trabalho operacional desta área implica intensa interlocu-ção com diferentes grupos do Departamento e com as demais áreas articuladas no Conselho de Direção.

Como propor um evento no Departamento?

Para propor um evento no Departamento de Psicanálise, a pessoa ou grupo interessado deve enviar ao articulador da área uma proposta escrita via e-mail. A proposta deve conter a descrição do evento, como ele vem sendo conce-bido, o que justifica este evento nesta instituição e neste momento histórico, e qual é a comissão organizadora do evento. Os projetos de eventos são sub-metidos, pelo articulador da área, à avaliação do Conselho de Direção, que adota como critérios para a concretização de suas atividades os princípios e as diretrizes do Departamento de Psicanálise.

Daí por diante toda a operacionalização do evento será realizada pela comissão organizadora, sob orientação do articulador da área. Para maio-res detalhes operacionais, consultar o Manual de Eventos disponível no site do departamento de Psicanálise (http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/arquivos_comunicacao/Manual_Eventos.pdf).

proposta do evento resposta

comissão organizadora

e-mail cd

sim

articulador de eventos

Articuladora da Área de eventos: Christiana Martins Ribeiro da Cunha Freire

93

• 7. Área de Relações Internas

membros e membros aspirantes

formações grupais

assembleias

relações entre o Depto e o iss

Área de Relações Internas

Guia do Departamento de Psicanálise 95

A Área de Relações Internas propõe-se a cuidar das relações internas do Departamento a partir da escuta das demandas atuais e pregressas de seus membros. As questões levantadas em Assembleias e nos Grupos de Trabalho são referências importantes para sustentar suas diretrizes.

Acompanha as questões políticas que permeiam o Departa-mento de Psicanálise tentando elaborar ações que reflitam a diversidade grupal e possibilitem a articulação entre as diver-sas Áreas do próprio Departamento.

Propõe-se, também, a articular e intermediar as relações entre o Departamento e o Instituto em todas as suas instâncias: Direto-ria, outros Departamentos, Cursos, Clínica, Centros, Núcleos, Administração e Biblioteca.

Cabe ao articulador das Relações Internas a recepção dos pedi-dos de pertinência a membro aspirante de alunos e ex-alunos e, quando solicitado, acompanhar sua inserção nas atividades do Departamento. Recebe, também, os pedidos de admissão dos candidatos a membro, encaminhando-os para a Comissão de Admissão e, se necessário, orientando-os para sua efetiva inserção, apresentando-lhes as possibilidades de vinculação e participação. É responsável, ainda, pela representação do Departamento no Núcleo de Departamentos do Instituto e no Núcleo de Assistência Social (NAS).

Finalmente, a Área de Relações Internas, em conjunto com as demais Áreas do Conselho de Direção, deve planejar a divulga-ção do Departamento para os alunos dos Cursos e apresentar a Instituição na qual estão inseridos. E, em termos mais gerais, manter presente a discussão sobre uma forma consistente de se efetivar a sucessão do próprio Conselho de Direção.

Articuladora de Relações Internas: Tera Leopoldi

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• 8. Área de Relações Externas

outros profissionais

outras instituições,

psicanalíticas ou não

Grupo Articulação

das Entidades Psicanalíticas

Brasileiras

flappsip

Área de Relações Externas

Guia do Departamento de Psicanálise 99

A Área de Relações Externas vincula o Departamento de Psica-nálise à sociedade ampla, ao campo psicanalítico, em particular, e aos meios culturais e sociais de interesse e afinidade. Busca ampliar o intercâmbio de informações, publicações, fomentar trabalhos conjuntos e estabelecer acordos e parcerias.

A  área apoia a participação do Departamento de Psica-nálise – por meio de um(a) representante Ana Maria Sigal (2000-2018) – no Movimento Articulação das Entidades Psi-canalíticas Brasileiras, que, desde de 2000, debate e promove políticas que resguardem o exercício da psicanálise, contem-plando suas singularidades históricas e epistemológicas. Da presença ativa do Departamento neste movimento deriva o artigo “Entre ensinar psicanálise e formar psicanalistas”, publicado em Ofício do psicanalista: Formação versus Regula-mentação, de Anchyses Lopes et al. (Casa do Psicólogo, 2010).

O desejo do conselho de direção gestão 2015-2017 de, naquele momento político-institucional, ampliar o campo de interlocu-ção do nosso pensamento com outros espaços e instituições e compartilhar a psicanálise que praticamos e teorizamos, levou--nos a propor que o Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae se associasse a FLAPPSIP (Federação Latino-Ame-ricana de Associações de Psicoterapia Psicanalítica e Psicanálise) na assembleia de dezembro de 2016. Esta proposta foi aprovada e passamos a integrar a federação a partir de maio de 2017.

A FLAPPSIP (Federação Latino-Americana de Associações de Psicoterapia Psicanalítica e Psicanálise) existe desde 1998 como uma rede de instituições comprometidas com a discussão, intercâmbio, produção e difusão do pensamento psicanalítico e suas diversas práticas originadas nas descobertas de Sigmund Freud e seguidores pós-freudianos. Considera que o intercâm-bio científico e o conhecimento mútuo entre as instituições participantes, assim como entre seus membros, reverterá em benefício para todos, constituindo uma forma de integração

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de seus membros latino-americanos fortalecendo as raízes comuns e projetando-se para o futuro.

A participação nesta federação acontece sempre pela via ins-titucional, dando direito a que todos os membros e alunos a partir do 1o ano de formação sejam associados. Nos congressos bianuais, existe inclusive um prêmio destinado aos melhores trabalhos de alunos em formação.

A FLAPPSIP reúne as seguintes instituições psicanalíticas da América Latina:

Ǿ ARGENTINA AEAPG –Asociación Escuela Argentina de Psicoterapia para Graduados ASAPPIA –Asociación Argentina de Psiquiatría y Psicología

Ǿ BRASIL CEP de PA-Centro de Estudios Psicoanalíticos de Porto Alegre CPRJ- Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae

Ǿ CHILE ICHPA- Sociedad Chilena de Psicoanálisis

Ǿ PERU APPPNA- Asociación Peruana de Psicoterapia Psicoanalítica ADPP-Asociación de Psicoterapia Psicoanalítica CPPL- Centro de Psicoterapia Psicoanalítica de Lima

Ǿ URUGUAI AUDEPP- Asociación Uruguaya de Psicoterapia Psicoanalítica

A representação do Departamento de Psicanálise é feita atra-vés de dois delegados.

Representação eleita para o biênio 2017/2019: Delegadas: Roberta Kehdy (articuladora da área de Relações Externas do Conselho de Direção) e Sílvia Alonso

Interlocutor com a Revista Virtual: Renato Mezan

Link: flappsip.com

Articuladora da Área de Relações Externas: Roberta Wanderley Kehdy

101

9. Área de Administração e Finanças

Guia do Departamento de Psicanálise 103

Administração e Finanças é a área de articulação responsável pela gestão e acompanhamento permanente do conjunto de atividades necessárias à obtenção dos resultados planejados, investidos e realizados, pelas diversas áreas do Departamento. Desenvolve em conjunto, implanta e mantém atualizados, com a aprovação do coletivo, sistemas de gestão que dão suporte aos investimentos e às políticas departamentais.

A Tesouraria acompanha o fluxo do orçamento departamen-tal, traçado em conjunto pelas diferentes áreas de articulação e tem a responsabilidade de fazer cumprir as regulamentações instituídas pelo Departamento, tanto através de decisões em Assembleia quanto pelo Conselho de Direção. É o elo com a Tesouraria do Instituto Sedes Sapienciae e a responsável pela gestão de aplicações dos recursos financeiros.

O trabalho desta área envolve um esforço de aprimoramento contínuo tanto no relacionamento com as demais áreas depar-tamentais e com os setores do Instituto Sedes Sapientiae, quanto de registro e comunicação dos dados administrativos e financeiros para os membros do Departamento e Diretoria do Instituto.

Como solicitar verbas ao Departamento para um projeto:

A Solicitação feita por um membro ou Grupo de trabalho deve incluir o pro-jeto a ser desenvolvido e ser enviada para a Secretaria do Departamento, com cópia para o Articulador da área de Administração e Finanças. Este recebe a solicitação e junto ao Conselho de Direção, analisa, define sobre a viabilidade do financiamento da proposta e responde ao solicitante.

solicitação respostaarticulador de finanças

secretaria do depto.

cd

Articulador da Área de Administração e Finanças: Elcio Gonçalves de Oliveira Filho

105

III

A Gestão do Departamento de Psicanálise

106

Assembleia dos Membros do

Departamento de Psicanálise

Conselho de Direção

Articulador de Clínica

Articulador de Publicações e

Comunicação

Articulador de Relações

Internas

Articulador de Administração e

Finanças

Articulador de Cursos

Articulador de Formação

Contínua

Articulador de Eventos

Comissão de Admissão

Representante da Comissão de

Admissão

Articulador de Transmissão,

Pesquisa e Intervenções

Externas

Articulador de Relações

Externas

Guia do Departamento de Psicanálise 107

Assembléia de Membros do Departamento

A Assembleia Geral é a instância deliberativa soberana do Departamento. A Assembléia Geral Ordinária se reúne anualmente, através de convocató-ria de todos os membros por parte do Conselho de Direção em exercício, que também a preside e coordena. Nela discute-se a política departamental em suas diversas áreas, deliberando-se as decisões pertinentes.

A cada 2 anos são escolhidos, por votação, os membros do Conselho de Direção e da Comissão de Admissão da gestão seguinte. Requere-se que o membro tenha participação contínua no Departamento por um prazo mínimo de 5 anos para poder ser eleito para essas funções.

Os aspirantes a membro – alunos ou ex-alunos do curso de Psicanálise (ver p. 24), que tenham pleiteado esta condição transitória de pertinência (ver p. 25) – têm direito a voz nas assembléias, mas não a votar ou serem votados.

São convocadas Assembléias Extraordinárias, através do mesmo procedi-mento, para deliberar sobre questões específicas surgidas ao longo da gestão.

O conjunto de membros pode dispor ainda de reuniões gerais e de jor-nadas propostas para debater políticas e dispositivos do Departamento de Psicanálise.

Conselho de Direção

A Direção do Departamento é de responsabilidade de um Conselho de Direção, que se compõe dos articuladores das diferentes Áreas, eleitos pelos membros do Departamento em Assembléia Geral, assim como de um representante da Comissão de Admissão do Departamento, que é escolhido por seus colegas.

O modelo de gestão contempla uma política coletiva, elaborada atra-vés da explicitação, descrição e análise das práticas que dizem respeito ao Departamento.

Cabe ao Conselho estabelecer políticas, ou seja, prioridades e metas específicas para as diferentes Áreas, bem como acolher demandas, mode-rar conflitos e fazer valer os acordos coletivos, conforme os princípios éticos e políticos que norteiam a psicanálise em suas diversas dimensões, face às realidades nas quais se insere.

O Conselho de Direção dispõe de um informativo eletrônico destinado a membros e aspirantes a membro, o CDI – Conselho de Direção Informa, por

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intermédio do qual veicula informações e resoluções políticas e administrati-vas relativas às Áreas do Departamento e à Comissão de Admissão, convoca Assembléias e noticia produções internas ao Departamento.

A entrada no Departamento

A entrada no Departamento implica em um pedido expresso e em uma passagem pelo processo de admissão como membro do Departamento de Psicanálise. Isto é válido para psicanalistas que fazem ou fizeram sua formação dentro do Curso de Psicanálise ou em outros espaços intra ou extra-institucionais. As instâncias que acolhem o pedido e acompanham o processo de admissão são o Conselho de Direção e a Comissão de Admis-são, respectivamente.

O Curso de Psicanálise e o Departamento

Um número importante de membros do Departamento são psicanalistas que realizaram seu percurso formativo junto ao Curso de Psicanálise. Entretanto, a entrada no Curso não significa implicitamente uma pertinência ao Depar-tamento. No que se refere ao aluno, Curso e Departamento são instâncias independentes. O aluno, por sua condição, não está obrigado a assumir nenhum compromisso em relação ao Departamento. Tampouco a conclusão do curso implica automaticamente na entrada no Departamento. Contudo, a  passagem pelo Curso, para além da experiência de transmissão da psicanálise que é sustentada pelo Departamento (ver p. 25), abre a possibilidade de uma proximidade e de um conhecimento mais amplo dos objetivos e princípios do mesmo, assim como acesso especial às atividades abertas – apresentadas neste Guia e difundidas através de outros meios informativos do Departa-mento, com os quais alunos e ex-alunos podem também colaborar.

Aspirante a membroDurante a gestão 2002-2004 do Conselho de Direção, foi criada uma con-

dição transitória de pertencimento ao Departamento de Psicanálise, a fim de possibilitar que alunos do Curso de Psicanálise se aproximem paulatina-mente dos trabalhos do Departamento para conhecê-los mais profundamente.

Guia do Departamento de Psicanálise 109

Para pleitear esta condição, o aluno, a partir do segundo ano do Curso de Psicanálise, ou o ex-aluno, até 3 anos depois de completá-lo, deve preencher um formulário, sob responsabilidade da área de Relações Internas (ver p. 95).

O aspirante a membro pode inserir-se nos grupos de trabalho do Depar-tamento, receber comunicados destinados aos membros do Departamento (cdi, e-mails Entre membros etc.) e participar das Assembléias, sem poder de voto (ver p. 107). O aspirante a membro terá até quatro anos para solicitar sua admissão definitiva e passar então pelo processo de admissão a membro do Departamento. Enquanto perdurar este processo é mantida a condição de aspirante a membro. Em caso de não fazê-lo, concluído o período como aspirante a membro, ele deverá desvincular-se dos grupos de trabalho. Esta última opção não impede que possa solicitar ulteriormente sua passagem pelo processo de admissão.

Comissão de Admissão

A Comissão de Admissão do Departamento de Psicanálise iniciou suas atividades em agosto de 1997. Foi instituída para processar a admissão de psicanalistas que desejem fazer parte do Departamento de Psicanálise, e cuja formação tenha se dado tanto dentro quanto fora dos cursos e das atividades formativas por ele produzidas.

Orientada pelo princípio da explicitação do vínculo do analista, que pleiteia sua pertinência ao Departamento, com a psicanálise, a Comissão desenvolve um delicado e extenso trabalho de interlocução com o analista solicitante, que visa a deixar claro seu percurso histórico pessoal, sua clínica psicanalítica, bem como discutir as diversas questões teóricas, clínicas e institucionais que o movem, para localizar sua demanda de inserção. Neste processo, não apenas o solicitante é reconhecido em seu posicionamento psicanalítico, como explicita seu percurso de aproximação aos princípios e finalidades do Departamento.

A Comissão de Admissão do Departamento de Psicanálise considera que este é um processo complexo e que ultrapassar o formalismo de uma adesão burocrática supõe um trabalho permanente e renovado a cada pro-cesso singular.

O processo de admissão se desenvolve em quatro etapas Ǿ 1. Documentos: curriculum vitae e memorial; Ǿ 2. Entrevistas; Ǿ 3. Escrita inédita e original de um caso clínico; Ǿ 4. Apresentação pública.

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A totalidade do processo de admissão de um candidato deve ocorrer no prazo de 1 ano, tempo contado a partir do recebimento, pela Comissão, dos documentos da 1a etapa.

Dependendo do desejo do candidato e da avaliação da Comissão, poderá ser incluído, para colaborar no processo como interlocutor, um membro do Departamento que conhece o trabalho do candidato e pode opinar sobre ele, sobre sua clínica e sua formação.

As diferentes etapas e outros aspectos do processo encontram-se descri-tos no documento “Breviário: Admissão no Departamento de Psicanálise”, de agosto de 2010. Um número temático da revista Percurso – “Psicanálise: Formação e Instituições” (Percurso 45, 2o semestre de 2010) foi dedicado às reflexões suscitadas pela experiência neste dispositivo.

Os integrantes da Comissão de Admissão são eleitos em Assembléia Geral do Departamento para um período de 2 anos de trabalho e podem permanecer em seus cargos por duas gestões consecutivas. A Comissão de Admissão é composta por um mínimo de 8 e um máximo de 12 membros integrantes, e se renova parcialmente a cada eleição, a fim de garantir a continuidade dos trabalhos.

Membros da Comissão de Admissão – biênio 2017/2019 Ana Claudia Ayres Patitucci, Denise Maria Cardoso Cardellini, Liliane de Barros Vaz Guimarães Mendonça, Maria Cristina Petry Barros Martinha, Roberto da Costa Moraes Villaboim, Rodrigo Gonçalves Blum, Silvia Maria de Moraes Gonçalves e Solange Maria Santos Oliveira.

Membros do Departamento

Vide relação atualizada de todos particiapantes no endereço: http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/index.php?mpg=13.00.00