Grupo Escoteiro Antônio Raposo Tavares 186º …...Quando o Hino Nacional é tocado e não cantado,...
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PERIODO INTRODUTORIO
Apostila resumida
Grupo Escoteiro Antônio Raposo Tavares
186º Contagem – MG
Elaborada por Chefe Alex Versão 1/2018
HISTORIA DE BADEN POWELL
Robert Stephenson Smyth Baden-Powell nasceu em Londres, 22 de Fevereiro de 1857 — Nyeri, 8 de Janeiro de 1941. Seu pai era o reverendo Baden Powell, professor catedrático em Oxford. Sua mãe era filha do almirante inglês W. T. Smyth. Seu bisavô, Joseph Brewer Smyth, tinha ido como colonizador para Nova Jersey (Estados Unidos), mas voltou para a Inglaterra e naufragou na viagem de regresso.
Seu pai morreu quando Robert Baden-Powell tinha apenas 3 anos, deixando a sua mãe com sete filhos, dos quais o mais velho tinha 12 anos e o mais novo apenas 1 mês de vida. Robert viveu uma bela vida ao ar livre com seus
quatro irmãos, excursionando e acampando com eles em muitos lugares da Inglaterra.
Em 1870 Baden-Powell (B-P) ingressou na Escola Charterhouse em Londres com uma bolsa de estudos. Não era um estudante que se destacasse especialmente dos outros, mas era um dos mais vivos. Estava sempre metido em tudo que acontecia no pátio do colégio, e cedo se tornou popular pela sua pericia como goleiro da equipe de futebol de Charterhouse.
Seus camaradas da escola
Início da carreira militar
Brasão do I Barão de Baden-Powell de Gilwell
Aos 19 anos, Baden-Powell terminou os estudos na Escola Charterhouse e aceitou imediatamente uma oportunidade de ir à Índia como subtenente do regimento que formara a ala direita da cavalaria na célebre "Carga da Cavalaria Ligeira" da Guerra da Crimeia.
Além de uma carreira excelente no serviço militar (chegou a capitão aos vinte e seis anos), ganhou o troféu desportivo mais desejado de toda a Índia, o troféu de "sangrar o porco", caça ao javali selvagem, a cavalo, tendo como única arma uma lança curta. Vocês compreenderão como este desporto é perigoso ao saber que o javali selvagem é habitualmente citado como "o único animal que se atreve a beber água no mesmo bebedouro com um tigre".
Em 1887, B-P participou da campanha contra os Zulus na África. Foi ascendido a Major en 1889, e em Abril de 1896 dirigiu uma expedicão contra os matabele em Rodésia.
[1] -
Dias depois de uma revolta de negros que massacraram 300 colonos britânicos, o coronel cercou o chefe dos guerreiros chamado Uwini com mais de 350 soldados.
Os ingleses prometeram poupar a vida aos guerreiros em troca da rendição. As autoridades civis pediram que ele fosse entregue para ser preso, porem Baden, recusou e mandou-o executar com o argumento de que ameaçava os britânicos. Em 2009, Robin Clay, neto de Baden-Powell, desculpou-o no Times: "Todos cometemos erros. Na guerra as emoções estão ao rubro. Faz-se o que se pensa estar certo."
[2]
Esta era um época formativa para B-P não só porque ele tinha a época da vida dirigindo missões como chefe do reconhecimento no território inimigo na Rodésia, mas também porque muitas das suas ideias mais recentes do escotismo se enraizaram aqui.
[3] Foi nesta
guerra que ele começou uma amizade com o celebre escoteiro americano Frederick Russell Burnham, que o introduziu ao ponto de ebulição a maneira do Oeste americano e do woodcraft (escotismo), e aqui que ele usou seu chapéu Stetson pela primeira vez.
[4] Mais tarde B-P participou na campanha contra a tribo dos Ashantís. Os nativos
temiam-no tanto que lhe davam o nome de "Impisa", o "lobo-que-nunca-dorme", devido à sua coragem, à sua perícia como explorador e à sua impressionante habilidade em seguir pistas.
As promoções de B-P na carreira militar eram quase automáticas tal a regularidade com que ocorriam até que, subitamente se tornou famoso.
"Baden-Powell é um scout maravilhosamente capaz e rápido em esboços. Não conheço outro que poderia ter feito o trabalho em Mafeking se as mesmas circunstâncias fossem impostas. Todos os bocados do conhecimento que recolheu estudiosamente foram utilizadas na protecção da comunidade".
Extrato O sitio de Mafeking abandonado pelos Boeres, Frederick Russell Burnham entrevistado por o jornal Times of London, 19 Maio 1900).
Corria o ano de 1899 e Baden-Powell tinha sido promovido a Coronel. Na África do Sul começava uma agitação e as relações entre a Inglaterra e o governo da República de Transval tinham chegado ao ponto do rompimento. B-P recebeu ordens de organizar dois batalhões de carabineiros montados e marchar para Mafeking
[4], uma cidade no coração
da África do Sul. "Quem tem Mafeking tem as rédeas da África do Sul", era um dito corrente entre os nativos, que se verificou ser verdadeiro.
Veio a guerra dos Boers, e durante 217 dias (a partir de 13 de Outubro de 1899) B-P defendeu Mafeking cercada por forças esmagadoramente superiores do inimigo, até que tropas de socorro conseguiram finalmente abrir caminho lutando para auxiliá-lo, no dia 18 de maio de 1900.
B-P, promovido agora ao posto de major-general, tornou-se um herói aos olhos de seus compatriotas. Foi como um herói dos adultos e das crianças que em 1901 ele regressou da África do Sul para a Inglaterra e descobriu, surpreso, que a sua popularidade pessoal dera popularidade ao livro que escrevera para militares: Aids to Scouting (Ajudas à Exploração Militar). O livro estava sendo usado como um compêndio nas escolas masculinas. B-P viu nisto um desafio. Compreendeu que estava aí a oportunidade de ajudar a juventude.
Ideia do escotismo
Burnham, Chefe dos Escoteiros, desenhado por Baden-Powell, Matabeleland, 1896
Em 1887, Baden-Powell participou da campanha contra os Zulus na África. Logo após foi promovido a Major em 1889, e em Abril de 1896 dirigiu uma expedição contra os Matabele em Rodésia. Esta era uma época formativa para Baden-Powell, pois muitas das idéias fundamentais do escotismo têm sua origem aqui. Nesta guerra Baden-Powell iniciou uma amizade com o escoteiro americano Frederick Russell Burnham, conhecido pelos serviços prestados no exército colonial britânico, que mostrou a ele a maneira do Oeste americana do woodcraft (escotismo), e foi aqui que ele usou seu chapéu Stetson como Burnham (chapéu comumente usado pro Baden-Powell) pela primeira vez.
[5] a Baden-Powell, sendo
esta uma das influências mais notáveis do fundador do escotismo. A amizade entre os dois resultou anos depois na formulação didática do escotismo.
[6]
Pôs-se então a trabalhar, aproveitando e adaptando sua experiência na Índia e na África entre os Zulus e outras tribos do sul da África. Reuniu uma biblioteca especial e estudou nestes livros os métodos usados em todas as épocas para a educação e o adestramento dos rapazes, desde jovens espartanos, os antigos bretões, os peles-vermelhas, até os nossos dias. Lenta e cuidadosamente, B-P foi desenvolvendo a ideia do escotismo. Queria estar certo de que a ideia podia ser posta em prática, e por isso, no verão de 1907 foi com um grupo de 20 rapazes separados por 4 patrulhas (Maçarico, Corvo, Lobo, Touro) para a Ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, para realizar o primeiro acampamento escoteiro que o mundo presenciou. O acampamento teve um completo êxito.
Nos primeiros meses de 1908, lançou em seis fascículos quinzenais o seu manual de adestramento, o "Escotismo para Rapazes" sem sequer sonhar que este livro iria por em acção um movimento que afectaria a juventude do mundo inteiro.
Mal tinha começado a aparecer nas livrarias e nas bancas de jornais e já surgiram patrulhas e escotistas não apenas na Inglaterra, mas em muitos outros países. O movimento cresceu tanto que em 1910, Baden compreendeu que o Escotismo seria a obra a que dedicaria a sua vida. Teve a visão e a fé de reconhecer que podia fazer mais pelo seu país adestrando a nova geração para a boa cidadania do que preparando meia-dúzia de homens para uma possível futura guerra.
Pediu então demissão do Exército onde havia chegado a tenente-general e ingressou na sua "segunda vida", como costumava chamá-la, sua vida de serviço ao mundo por meio do Escotismo.
Em 1912, fez uma viagem à volta do mundo para contactar os escoteiros de muitos outros países. Foi este o primeiro passo para fazer do Escotismo uma fraternidade mundial.
A Primeira Guerra Mundial momentaneamente interrompeu este trabalho, a 27 de Junho de 1919 foi feito Comendador da Ordem Militar de Cristo,
[7] mas com o fim das hostilidades
foi recomeçado, e em 1920 escoteiros de todas as partes do mundo reuniram-se
em Londres para a primeira concentração internacional de escoteiros: o Primeiro Jamboree Mundial. Na última noite deste Jamboree, a 6 de Agosto, Baden Powell foi proclamado "Escoteiro-Chefe-Mundial" sob os aplausos da multidão de rapazes.
O Movimento Escoteiro continuou a crescer. No dia em que atingiu a "maioridade" completando 21 anos contava com mais de 2 milhões de membros em praticamente todos os países do mundo. Nesta ocasião, Baden Powell recebeu do rei Jorge V a honra de ser elevado a barão, sob o nome de Lord Baden-Powell of Gilwell. Mas apesar deste título, para todos os escoteiros ele continuou e continuará sempre sendo Baden Powell, o Escoteiro-Chefe-Mundial.
Quando suas forças afinal começaram a declinar, depois de completar 80 anos de idade, regressou à sua amada África com a sua esposa, Lady Olave Baden-Powell, que fora uma entusiástica colaboradora em todos os seus esforços, e que era a Chefe-Mundial das "Girl Guides" (Guias), movimento também iniciado por Baden-Powell.
Saudação escoteira
Todos os membros do movimento escoteiro fazem a saudação,
uns aos outros, quando se encontram pela primeira vez no dia. O primeiro
a ver o outro é quem toma a iniciativa de saudar, independente do cargo,
graduação ou classe.
Os Escoteiros fazem, também, a saudação para cumprimentar
autoridades e durante as cerimônias de hasteamento e arriamento da
Bandeira Nacional. Quando o Hino Nacional é tocado e não cantado,
também, fazemos a saudação escoteira. Quando é tocado e cantado
ficamos somente em posição firmes.
Na saudação, a posição dos dedos é igual ao sinal escoteiro, mas a mão toca ligeiramente
a fronte do lado direito.
O aperto de mão
Parece estranho que os Escoteiros se
cumprimentam com a mão esquerda com os dedos
mínimos entrelaçados. No entanto, o significado é que um
Escoteiro confia no outro. Isso se deve a uma passagem na
vida de B.P.
Certa vez, ao estender a mão direita para o chefe da tribo africana surpreendeu-se
quando o indígena lhe estendeu a mão esquerda para cumprimentá-lo. Depois o chefe
deu a B.P. a seguinte explicação: Aqui os grandes guerreiros se cumprimentam com a
mão esquerda, largando para isso o escudo. Assim deixaram claro a sua coragem e a
confiança que depositaram no outro, mesmo que esta seja o adversário. Entre nós, os
guerreiros são homens de honra e os homens honrados são sempre leais
Distintivo de promessa .
O símbolo Escoteiro é a Flor–de-Lis que aponta o Norte nos
mapas e nas bússolas. É o distintivo do Escoteiro porque aponta na
direção certa, para o alto. Mostra o caminho do cumprimento do dever e
da ajuda ao próximo. Suas três folhas, também, lembram os três itens da
promessa.
Em 1907, no primeiro acampamento do mundo, a
Flor-de-Lis apareceu pela primeira vez simbolizando o ideal
do Escotismo. Uma bandeira toda verde, tendo ao centro a Flor-de-Lis na
cor amarelo-ouro, sendo hasteada junto com a bandeira Inglesa, durante
todo o acampamento. Hoje a Flor-de-Lis é o distintivo Escoteiro em todos os
paises que pertencem à fraternidade mundial. A fim de distinguir uma
nacionalidade da outra, muitas vezes, o emblema nacional é colocado junto
à Flor-de-Lis. No Brasil, o Selo da República, com o círculo de estrelas e o Cruzeiro do Sul
é usado para este fim. Sob a Flor-de-Lis há uma faixa com o nosso lema: Sempre Alerta!
Sob a faixa, ou listel, há um nó. Seu objetivo é lembrar a boa ação diária, que você deve
fazer em beneficio de alguém, sem outra recompensa que a de sentir-se útil.
Sinal escoteiro
O sinal escoteiro é feito com os dedos indicador, médio e anular, da
mão direita, estendidos e unidos, mantendo-se o polegar sobre o mínimo. Os
três dedos estendidos representam as três partes da Promessa Escoteira. Os
outros dois, onde o maior se apóia sobre o menor, simbolizam que mesmo os
escoteiros mais distantes são unidos, e que o mais forte defende o mais fraco.
Sinal da promessa
O sinal escoteiro é feito levantando a mão direita com a palma para
frente, o polegar pousado sobre a unha do dedo mínimo e os outros dedos
esticados e apontados para cima. O sinal da Promessa, com a mão direita a
altura do ombro e com antebraço na posição vertical, é usado apenas na
cerimônia de promessa, os dedos se apóiam, o maior sobre o menor,
simbolizam que mesmo os Escoteiros mais distantes são unidos e que o forte
defende o mais fraco.
O Lema
O nosso lema é: Sempre Alerta!
O que significa que você está sempre preparado, atento, física e mentalmente, para
cumprir o dever para com Deus, com a Pátria e com o Próximo.
Saudação da UEB
O grito de saudação da UEB é a exclamação “Anrê! Anrê! Anrê!” repetida três
vezes, levantando-se a cobertura ou a mão direita com o punho cerrado a cada palavra
pronunciada, em resposta a três comandos por apito (a letra “A” em código Morse), ou às
palavras “Pró-Brasil”.
Sinais Manuais
Você irá observar que muitas vezes o Chefe Escoteiro e seus assistentes não
dirigem a formação da tropa por vozes de comando, ou toques de apito, mas,
silenciosamente, eles fazem sinais manuais e como os Escoteiros estão sempre alerta,
imediatamente, seguem o significado desses sinais. Isto facilita muita a vida da Tropa, pois
não se perde tempo e consequentemente, o ocupamos com outras atividades.
De uma olhada nas seguintes dicas:
A patrulha sempre segue o Monitor, o sub-monitor comanda o cobrir e o
descansar.
Em uma ferradura ou circulo, a patrulha fica a esquerda do monitor, é só
lembrar que o bastão não deve ficar atrapalhando nenhum elemento da sua
patrulha.
Na formação por patrulha, a tropa forma metade a direita do chefe e a
metade a sua esquerda.
A formação deve iniciar a três passos do chefe.
Cada elemento deve ter o seu lugar na patrulha (1, 8,7 ,6 ,5 ,4 ,3 ,2) (1 =
Monitor, 2 = Sub-monitor)
Atenção ou alerta
Utiliza-se quando se deseja obter a atenção ou o silencio da Tropa.
Normalmente também é dito o comando “ALERTA”, para reforçar a
atenção. Portanto, sempre que este sinal for feito, procure ficar em silêncio
e se necessário, peça aos seus companheiros para também atenderem ao
sinal.
Firme e descansar
Logo após o sinal de ATENÇÃO, utiliza-se esse sinal
manual para colocar a Tropa em uma posição adequada ao
trabalho a ser executado. Seguindo o sinal você deve ficar firme ou
descansar.
Fila indiana
Utiliza-se para formar uma única fila. Este sinal é utilizado pelo
Monitor para formar a patrulha. Quando usado pelo Chefe, significa que
toda a Tropa deve formar uma única fila.
Filas por patrulha
É um dos sinais manuais mais utilizados.
As patrulhas ficam formadas em filas à frente do Chefe, duas
a sua esquerda e duas à sua direita, sendo que todas devem ficar a
3 passos de distância do Chefe.
Em linha ou colunas ombro a ombro
Outra formação bastante utilizada.
Como o próprio nome diz, os Escoteiros ficam formados um ao lado
do outro.
Círculo
É formado um circulo em torno do Chefe. Os monitores devem
conduzir suas patrulhas, sempre no sentido anti-horário, por uma volta
ou uma volta e meia em redor do Chefe, até alcançar o círculo
desejado.
Ferradura
Formação bastante utilizada nas cerimônias (hasteamento,
arriamento, promessa, entrega de distintivo, etc.). Facilita a
Chefia observar toda a Tropa sem realizar qualquer
deslocamento
Coluna fechada
Sinal de formação utilizado em pequenos espaços. Apresenta
características pouco desejáveis: o Chefe não pode ver toda a Seção
e nem mesmo todos os monitores.
Essa formação será usada quando a Tropa estiver em
recintos fechados ou aberto com muito público, pois será útil para
passar informações sem recorrer a voz muito alta.
Debandar
Indica o encerramento da atividade que esta sendo realizada.
Normalmente utilizado no final da reunião.
São feitos três movimentos rápidos e seguros, dizendo-se então
o lema, realizando uma vigorosa saudação.
Sinais sonoros - apitos
No Escotismo, são usados, além dos sinais manuais, sinais
sonoros:
3 Silvos Longos: trata-se de uma chamada geral. Todos
devem procurar a sua Patrulha para se formarem junto ao Chefe que
apitou, obedecendo ao sinal manual.
2 Silvos Longos: Trata-se da chamada de Monitores que
devem correr até onde está o Chefe que chamou e se apresentarem
1 Silvo Longo: é usado nos acampamentos para chamar os
intendentes das patrulhas, seja para distribuir a alimentação ou material. Em sede, trata-
se de um apito de ATENÇÃO.
4 Silvos Longos: usado quando a Bandeira é hasteada ou arriada sem a
formação do Grupo/Tropa (Bandeira de Campo). Quando ouvir os 4 apitos, pare
imediatamente o que estiver fazendo e mantenha-se na posição firme. Caso enxergue a
Bandeira do local que estiver, deverá proceder à saudação.
Organização Escotismo: Nível Local
O Escotismo em Nível Local, tanto pode ser representado por um Grupo Escoteiro,
assim como por uma Seção Escoteira Autônoma.
Em tratando-se de uma Seção Escoteira Autônoma, a sua organização é
extremamente flexível, de forma que pode apresentar-se distintamente de uma Seção
Escoteira Autônoma para outra.
De qualquer maneira, sugere-se que a estrutura a ser adotada seja similar a de um
Grupo Escoteiro, ou seja:
- Assembléia;
- Diretoria;
- Comissão Fiscal.
Um Grupo completo deve manter seções de todos os Ramos, de forma co-
educativa.
O Conselho de Pais de cada Seção é o órgão de apoio familiar à educação
escoteira, e se reúne periodicamente, pelo menos a cada semestre, para conhecer o
relatório de atividades passadas, assistir às atividades escoteiras dos membros juvenis e
participar do planejamento.
As seções de um grupo escoteiro são:
Alcateia - É formada de crianças de 7 a 10 anos. O chefe da Alcateia tem o nome de Akelá, ou simplesmente responsável pela alcateia. A Alcateia é formada por até quatro equipes denominadas matilhas, cada uma com até seis lobinhos. O líder da Matilha é o Primo, e o seu substituto o Segundo.
Tropa Escoteira - A Tropa Escoteira é uma das seções de um Grupo Escoteiro. A Tropa é formada por até quatro patrulhas de 5 a 8 jovens de 11 a 14 anos. Quem dirige a Tropa é o Chefe de Tropa e seus assistentes. A patrulha tem como líder o monitor, que tem como auxiliar o sub-monitor, membro da patrulha,
escolhido pelo monitor*.
Tropa Sênior, Tropa de Guias ou Tropa Sênior Mista - É formada por jovens de 15 a 17 anos. O Chefe é chamado Chefe Sênior. Os jovens compõem pequenos grupos de 4 a 6 elementos denominados patrulhas. Até quatro patrulhas formam uma tropa. As Patrulhas têm nome de acidentes geográficos ou o de uma tribo indígena nacional. O líder da Patrulha é o Monitor e o seu substituto é o Sub-monitor.
Clã Pioneiro - É formado por jovens de 18 a 21 anos (incompletos). O chefe é chamado de Mestre Pioneiro. O Clã não tem um número fixo de pioneiros.
Vestuário Escoteiro – Membro Juvenil
Vestuário Escoteiro – Membro Adulto
Hino Nacional Brasileiro
Presidência Nacional Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Parte I
Ouviram do Ipiranga as margens
plácidas
De um povo heróico o brado
retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço
forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio
vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e
límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Parte II
Deitado eternamente em berço
esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu
profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais
flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais
amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria
morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada Música: Francisco Manuel da Silva
Atualizado ortograficamente em conformidade com Lei nº 5.765 de 1971, e com art.3º da Convenção Ortográfica celebrada entre Brasil e Portugal. em 29.12.1943.
Nós e Amarras
Nó Direito
O Nó direito é um dos nós mais básicos.
Simples, fácil de fazer e firme, tem as principais
características positivas de um nó. Serve para unir as
pontas de duas cordas, formando uma corda maior; ou
as duas pontas da mesma corda, formando uma alça.
Sua maior desvantagem é que só fica firme se utilizado
em cordas de material não-sintético de mesma largura.
Nó de Escota / Escota alceado
O Nó de Escota é um nó muito versátil.
Serve para unir as pontas de cordas com
espessuras diferentes. É muito firme, e não cede à
pressão, mas na hora de desfazer, não fica muito
apertado.. A versão alceada é largamente usada
como nó de bandeira, por ser muito firme, porém fácil de desfazer.
Nó de Correr
O Nó de Correr, conhecido também como Nó
Corrediço, cria uma alça que corre. É bem rápido e fácil de
fazer, e suas utilidades são variadas. Seu uso principal é
amarrar objetos que devem ficar mais firmes quando for
exercida uma força sobre eles. Deve ser evitado seu uso
direto com o corpo, pois o nó aperta sob qualquer movimento
ou força, podendo cortar a circulação no local.
Nó Volta do Fiel
A volta do Fiel e Volta do fiel Dupla são nós que servem para
se fixar uma corda em um tronco. É muito usado por iatistas para
atracar o barco com segurança, mas também é muito usado por
escoteiros para começar amarras. É um nó bastante firme
(principalmente o duplo), e pode ser arrematado com um cote.
Amarra Quadrada
É usada para unir dois troncos ou varas mais
ou menos em ângulo reto. O cabo deve medir
aproximadamente setenta vezes o diâmetro da peça
mais grossa. Começa-se com uma Volta de Fiel bem
firme ou uma Volta da Ribeira. A ponta que sobre
desse nó, deve ser torcida com o cabo para maior
segurança ou utilizada para terminar a amarra
unindo-se a ponta final com um nó direito. As toras ou
varas são rodeadas por três voltas completas
redondas entre as peças (enforcamento) concluindo-
se com a Volta do Fiel na vara oposta ao que se deu
o nó de início ou com o nó direito na extremidade
inicial.
Amarra Diagonal
Serve para aproximar e unir duas varas que
se encontram formando um ângulo agudo. É menos
usada que a Amarra Quadrada, mas é muito utilizada
na construção de cavaletes de ponte, pórticos etc.
Para começar usa-se a Volta da Ribeira apertando
fortemente as duas peças, dão-se três voltas
redondas em torno das varas no sentido dos ângulos,
e em seguida, mais três voltas no sentido dos
ângulos suplementares, arrematando-se com um
anel de duas ou três voltas entre as peças
(enforcamento) e uma Volta de Fiel para encerrar.
Pode-se também encerrar unido a ponta final a inicial
com um nó direito.
Amarra de Tripé
Esta amarra é usada para a construção
de Tripés em acampamentos, afim de segurar
lampiões ou servir como suporte para qualquer
outro fim. A amarra de tripé é feita iniciando com
uma volta da ribeira e passando alternadamente
por cima e por baixo de cada uma das três
varas, que devem estar colocadas lado a lado
com uma pequena distância entre elas. A vara
do meio deve estar colocada bem acima, a fim
de amarrar a sua extremidade inferior à
extremidade superior das outras duas ao lado.
Não é necessário o enforcamento nesta amarra,
pois ao ajustar o tripé girando a vara do meio a
amarra já sofre o "enforcamento" sendo
suficientemente presa. Entretanto, em alguns
casos o enforcamento pode ser feito, passando
voltas entre as varas e finalizando com uma volta
do fiel ou nó direito preso a extremidade inicial.
Amarra Paralela
Serve para unir duas varas colocadas
paralelamente. Pode ser usada para apoiar ou até
sustentar o outro bambu. Faz-se uma argola e dá-se
voltas sobre ela e as duas varas como se estivesse
falcaçando, terminando, também como uma falcaça,
passando a ponta do cabo pela argola e puxando a
outra extremidade para apertar. Finaliza-se com um nó
direito unindo as duas extremidades.
Hasteamento e Arriamento
Preparando a bandeira
Preste a atenção com relação do nó utilizado: Escota Alceado
Firme com segurança a bandeira na adriça do mastro, para evitar
problemas na hora da cerimônia.
Verifique se a bandeira foi fixada com o lado correto
Promessa e Lei
Membro Juvenil
PROMETO PELA MINHA HONRA FAZER O MELHOR POSSÍVEL PARA:
CUMPRIR MEUS DEVERES PARA COM DEUS E MINHA PÁTRIA;
AJUDAR O PRÓXIMO EM TODA E QUALQUER OCASIÃO;
OBEDECER À LEI ESCOTEIRA.
Adultos
PROMETO PELA MINHA HONRA FAZER O MELHOR POSSÍVEL PARA:
CUMPRIR MEUS DEVERES PARA COM DEUS E MINHA PÁTRIA;
AJUDAR O PRÓXIMO EM TODA E QUALQUER OCASIÃO;
OBEDECER À LEI ESCOTEIRA;
E SERVIR À UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL.
É esta a promessa que você faz pela sua honra ao ingressar definitivamente no
movimento escoteiro
Isto quer dizer que você é uma pessoa honrada. O que venha a ser isto?
Uma pessoa honrada, quando se pode crer em sua honestidade, quando demonstra através do que diz e principalmente do que faz, que é digno de confiança e age com lealdade.
Quando você faz a promessa, promete faz o Melhor Possível.
Isto quer dizer que você se esforçará o melhor que puder para cumprir o que está prometido.
Deveres para com Deus
Seja qual for sua crença, ela é naturalmente voltada para o bem, visando ligar o homem a um ser superior – Deus - e também desenvolver a sua personalidade de forma a beneficiar a você mesmo e ao próximo. Praticar sua religião, conscientemente, servir ao próximo, procurar se conhecer melhor e se aperfeiçoar e cumprir seus deveres para com Deus.
Deveres para com a Pátria
Cada um tem o dever de ser útil a pátria. Ser é participar ativamente, corrigindo o que está errado e ajudando o que está certo. Evidentemente, poderá ajudar melhor aquele que estiver melhor preparado, portanto, você deve aproveitar seu tempo, enquanto é jovem e estudar. Estudar e aprender bastante. Mais tarde, você estará mais capacitado, não só para trabalhar, como também para aprender bastante, como também para pensar. Procure, também, estudar a historia do Brasil, Principalmente os fatos mais recentes para você poder acompanhar o que está acontecendo no momento.
Participe ativamente, de sua comunidade, auxiliando as pessoas, prestando serviços, ajudando a conservar o meio ambiente...
Não esqueça também, que todo o cidadão conhece e respeita os símbolos da pátria: O Hino, a bandeira, o selo e as armas nacionais.
Deveres para com o Próximo
O Escoteiro está “Sempre Alerta” para ajudar o próximo. Praticar boas ações. O Escoteiro cumpre as leis, cumpre os deveres para com Deus e a Pátria, também, estará emprestando importantes serviços a seus semelhantes, a comunidade, assim mantendo-se fisicamente forte, moralmente reto e mentalmente dispostos.
Lei Escoteira
Quando Baden-Powell idealizou a Lei Escoteira, ele decidiu não estabelecer leis
proibitivas, mas criar conceitos para formação de pessoas bondosas e de caráter, para
que, desta forma, o jovem escoteiro tivesse onde se espelhar e pudesse se orientar.
A Lei Escoteira tem dez artigos que abordam conceitos como honra, integridade, lealdade,
presteza, amizade, cortesia, respeito e proteção da natureza, responsabilidade, disciplina,
coragem, ânimo, bom-senso, respeito pela propriedade e autoconfiança.
1. O escoteiro tem uma só palavra; sua honra vale mais do que a própria vida
"A honra para um escoteiro é ser digno de toda confiança. Como escoteiro, nenhuma
tentação, por maior que seja, irá persuadi-lo a praticar uma ação desonesta, mesmo muito
pequena. Você não voltará atrás a uma promessa, uma vez feita. A palavra de um
escoteiro equivale a um contrato. Para um escoteiro, a verdade, e nada mais que a
verdade." Baden-Powell
2. O escoteiro é leal
"O escoteiro é leal à Pátria, à Igreja, às autoridades do governo, aos seus pais, seus
chefes, seus patrões e aos que trabalham como seus subordinados. Como um bom
cidadão, você é de uma equipe, jogando o jogo honestamente, para o bem do conjunto.
Além disso, você é leal também a si mesmo; você não quer diminuir seu respeito a si
mesmo jogando mal de propósito; nem vai querer decepcionar ou ficar em falta com outro
homem, nem, tampouco, com outra mulher." Baden-Powell
3. O escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma
boa ação
"O dever do escoteiro é ser útil e ajudar a todos. Como escoteiro, seu mais alto objetivo é
servir. Você deve merecer a confiança de que, em qualquer ocasião, estará pronto a
sacrificar tempo, trabalho, ou, se necessário, a própria vida pelos demais. O sacrifício é o
sal do serviço." Baden-Powell
4. O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros
"É amigo ou irmão, não importando a que país, classe ou credo o outro possa pertencer.
Como escoteiro, você reconhece as demais pessoas como sendo, com você, filhos do
mesmo Pai, e não faz caso de suas diferenças de opinião, casta, credo ou país, quaisquer
que elas sejam. Você domina os próprios preconceitos e procura encontrar as boas
qualidades que tenham; o defeito deles qualquer um pode criticar. Se você põe em prática
esse amor pelas pessoas de outros países e ajuda a fazer surgir a paz e a boa vontade
internacionais, isto será o Reino de Deus na terra. O mundo inteiro é uma fraternidade."
Baden-Powell
5. O escoteiro é cortês
"Como os antigos cavaleiros, você, sendo um escoteiro, é, sem dúvida, polido e atencioso
com as mulheres, velhos e crianças. Mas, além disso, você é polido mesmo com aqueles
que estão contra você. Aqueles que têm razão, não precisam perder a calma; aqueles que
não têm razão, não podem se dar ao luxo de perdê-la." Baden-Powell
6. O escoteiro é bom para os animais e as plantas
"Você reconhecerá como companheiras as outras criaturas de Deus, postas, como você,
neste mundo, durante certo tempo, para gozar suas existências. Maltratar um animal é,
portanto, um desserviço ao Criador. Um escoteiro deve ter um grande coração." Baden-
Powell
7. O escoteiro é obediente e disciplinado
"O escoteiro obedece, de boa vontade, sem vacilar, às ordens de seus pais, monitores e
escotistas. Como escoteiro, você se disciplina e põe-se, profunda e voluntariamente, às
ordens das autoridades constituídas, para o bem geral. A comunidade mais feliz é a
comunidade mais disciplinada; a disciplina, porém, deve vir do íntimo, e nunca ser imposta
de fora. Por isso, tem um grande valor o exemplo que você der aos demais nesse sentido."
Baden-Powell
8. O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades
"Como escoteiro você será visto como o homem que não perde a cabeça e que aguenta
qualquer crise com ânimo alegre, coragem e otimismo." Baden-Powell
9. O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio
"Como escoteiro, você olhará para o futuro e não irá dissipar tempo e dinheiro com
prazeres do momento, mas, ao contrário, fará uso das oportunidades do momento tendo
em vista o futuro sucesso. Você fará isso com a ideia de não ser um ônus, mas uma ajuda
para os demais." Baden-Powell
10. O escoteiro é limpo de corpo e alma
"O escoteiro é limpo em pensamento, palavra e ação. Como escoteiro, espera-se que você
tenha não só uma mente limpa, como também uma vontade limpa; seja capaz de controlar
quaisquer tendências intemperadas do sexo; dê um exemplo aos demais sendo puro,
franco, honesto em tudo que pensa, diz ou faz" Baden-Powell.
Valores do Movimento Escoteiro
MISSÃO
A missão do escotismo é contribuir para a educação do jovem, baseado em sistema de
valores baseados na Promessa e na Lei Escoteira, ajudando a construir um mundo
melhor, aonde se valorize a realização individual e a participação construtiva em
sociedade.
VISÃO
O Movimento Escoteiro, é um movimento global que produz uma real contribuição na
criação de um mundo melhor.
PRINCÍPIOS DO ESCOTISMO
A Organização Mundial do Movimento Escoteiro define como Princípios do Escotismo:
1. Dever para com Deus (crença e vivência de uma fé, independentemente de qual
seja);
2. Dever para com os outros (participação na sociedade, boa ação, serviço ao
próximo);
3. Dever para consigo próprio (crescimento saudável e auto desenvolvimento).
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Proporcionar o desenvolvimento físico do jovem por meio de jogos ao ar livre, exercícios,
excursões e acampamentos.
DESENVOLVIMENTO MORAL
A finalidade é o caráter com um propósito. E o propósito é que essa geração seja sadia no
futuro, para desenvolver a mais alta forma de compreensão e dever para com Deus, pátria
e próximo.
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
Dá-se uma preparação adequada pelo conhecimento adquirido em cada uma das etapas
como cozinha; campismo, nós, natação e salvamento; primeiros socorros; regras de
segurança, orientação, transmissão de sinais, estudo da natureza, entre outros.
Método Escoteiro
1. ACEITAÇÃO DA LEI E DA PROMESSA ESCOTEIRA
Todos aqueles que querem fazer parte do Movimento Escoteiro devem aceitar a Lei e a
Promessa Escoteira, e o fazem voluntariamente, pois ninguém é obrigado a ser Escoteiro.
Aceitar a Lei e a Promessa significa prometer vivenciá-las, assumir um compromisso de
vida, um código de ética e de comportamento. Ninguém é obrigado a aceitar a Lei e a
Promessa, mas a partir do momento que o faz espera-se um esforço para observá-las.
2. APRENDER FAZENDO
O Escotismo prega o aprendizado pela prática, pela ação, valorizando o treinamento para
a autonomia baseado na autoconfiança e iniciativa, desenvolvendo os hábitos da
observação e dedução.
Não usamos aulas para transmitir informações ou impingimos aos jovens exercícios
teóricos com o objetivo de adquirir conhecimento. Nós preferimos fazer com que todos
aprendam com a prática e que o erro seja visto como um passo em busca do acerto. Os
jovens devem ser incentivados a desenvolverem suas habilidades e gostos pessoais,
cabendo ao Escotista criar oportunidade para tal.
3. VIDA EM EQUIPE
A vida em equipe significa a integração a pequenos grupos, que são as unidades de
trabalho nas Seções. O pequeno grupo possibilita a descoberta progressiva de
responsabilidade e prepara o autocontrole, por meio da disciplina consciente assumida
voluntariamente além de desenvolver a capacidade tanto para liderar quanto para
cooperar.
Nos Ramos Escoteiro e Sênior este ponto é aplicado sob o nome de Sistema de
Patrulhas.
4. ATIVIDADES PROGRESSIVAS, ATRAENTES E VARIADAS
As atividades são o elemento que dispomos para atrair os jovens no Movimento Escoteiro.
Para tal, é necessário que se atendam aos anseios, as características e necessidades de
cada faixa etária. As atividades definidas, programadas com a participação dos jovens de
acordo com cada Ramo, asseguram seu interesse e seu envolvimento. Eles vão ao Grupo
para se divertir e nós utilizamos as atividades para ajudá-los na sua auto-educação.
As atividades devem ser programadas de maneira progressiva não somente em duração,
mas em termos de exigências de técnicas, habilidades e amadurecimento e de oferecer
aos jovens desafios e aventuras de acordo com a sua evolução no Grupo, ou vivência dos
diferentes Ramos.
As atividades devem ser atraentes e variadas. Elas serão atraentes quando afinadas com
os desejos e necessidades dos jovens.
As atividades escoteiras compreendem jogos, capacitação em técnicas úteis estimuladas
por um sistema de distintivos, a vida ao ar livre e em contato com a natureza, a interação
com a comunidade, a Mística Escoteira e o Ambiente Fraterno.
5. DESENVOLVIMENTO PESSOAL COM ORIENTAÇÃO INDIVIDUAL
O chefe escoteiro deve acompanhar o desenvolvimento de cada jovem individualmente.
Deve identificar suas qualidades e deficiências para melhor orientá-lo e criar oportunidades
para que ele se supere. Manifestar interesse pelas coisas que ele faz, gosta, oferecer
ajuda e orientação são alguns passos para conquistar a amizade do jovem.
Portanto, o chefe deve considerar a realidade e o ponto de vista de cada jovem, identificar
as potencialidades de cada um e dar o exemplo
Individualmente, muitos desses pontos são ferramentas de outras formas de educação.
Mas no escotismo eles fazem parte de um todo, tornando o Método escoteiros único.
Os elementos atuam como uma rede, e podem ser visto singularmente como:
Cada um tem uma função específica;
Interação de cada um reforça o mesmo;
Contribuí para toda proposta a ser atingida.
Uma importante característica do sistema é a sinergia criada, o efeito do sistema é muito
maior do que um elemento sozinho. Cada elemento do Método tem função educacional;
cada elemento completa o impacto do outro. Se algum elemento se perde ou não é
utilizado propositadamente, o sistema não pode servir para a proposta inicial - o
progressivo e holístico desenvolvimento do jovem.
O Método Escoteiro foi desenvolvido para estimular o desenvolvimento do jovem para
além dos anos de escotismo. Isso significa que funciona para todos os jovens mesmo que
ele tenha oitenta anos.
Pode parecer que há um erro, uma pessoa não pode estar fisicamente em contato com o
mundo natural e dando suporte a um hospital, mas ela pode sim conter elementos da
natureza como um plano de fundo, ou mesmo presente utilizando métodos que não
deteriorem a natureza, por exemplo.
O SISTEMA NATURAL DE PROGRESSÃO DE AUTO-EDUCAÇÃO
O Método Escoteiro é um sistema de progressão, a intenção é estimular que cada jovem
desenvolva suas capacidades e seus interesses. Ele faz isso colocando desafios a serem
superados, aventuras, incentivando a explorar, a descobrir, a experimentar, a inventar e a
criar a capacidade de achar soluções; mas sempre respeitando-os individualmente, suas
barreiras.
MODALIDADES
Modalidade Básica
A Modalidade Básica, caracterizada pelo escoteiro típico, sendo a modalidade com o maior
número de integrantes, apresenta grande flexibilidade de atividades e com formação
geralmente mais voltada para a atividade excursionista, campismo e montanhismo.
Os acampamentos exigem inúmeras técnicas escoteiras, dentre elas a que se destaca é a
pioneiria, uma forma de suprir a necessidade de móveis e como um modo de proteção,
normalmente constituídas por troncos de madeira e unidas através de amarras.
Modalidade do Mar
O que caracteriza o Escotismo Modalidade do Mar é que eles realizam suas atividades
preferencialmente na água, onde quer que exista água em quantidade e profundidade
suficientes para que uma embarcação possa navegar, seja ela de que tipo for. Sendo
assim podem existir Escoteiros do Mar, seja esta água de mar, de rio, lago, lagoa ou
pantanal. Procurando desenvolver nos jovens o gosto pela vida no mar, pelas artes e
técnicas marinheiras, pela navegação à vela e a motor, pelas viagens e transportes
marítimos, pela pesca, pelo estudo da oceanografia, pela exploração e pelos esportes
náuticos, incentivando o culto das tradições da marinha. A gama de atividades que podem
ser realizadas é enorme, indo da tradicional navegação a remo até mergulho ou windsurf.
Modalidade do Ar
Além das atividades básicas, a Modalidade do Ar, procura desenvolver nos jovens o gosto
pelo aeromodelismo, planadores, helicópteros e aviões, problemas dos aeroportos,
aeronavegação e aero propulsão, por esportes aéreos, pelos estudos de meteorologia
e cosmografia, foguetes espaciais, satélites artificiais e cosmonáutica, incentivando o
culto pelas tradições da nossa aviação.