Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

124
Presidência da República Secretaria-Geral Secretaria Nacional de Juventude Coordenação Nacional do ProJovem Urbano Coleção Projovem Urbano Arco Ocupacional Gestão Pública e Terceiro Setor Manual do Educador Programa Nacional de Inclusão de Jovens 2008 URBANO

Transcript of Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Page 1: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Presidência da RepúblicaSecretaria-Geral

Secretaria Nacional de Juventude

Coordenação Nacional do ProJovem Urbano

Coleção Projovem Urbano

Arco Ocupacional

Gestão Pública e Terceiro Setor

Manual do Educador

Programa Nacional de Inclusão de Jovens

2008

URBANO

Page 2: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO DE JOVENS (ProJovem Urbano)

Ficha Catalográfica

Arco Ocupacional Gestão Pública e Terceiro Setor: manual do educador / coordenação, Laboratório Trabalho & Formação / COPPE - UFRJ / elaboração, Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social - LTDS. Reimpressão.

Brasília : Ministério do Trabalho e Emprego, 2008. 124p.:il. — (Coleção ProJovem – Arco Ocupacional)

1. Ensino de tecnologia. 2. Reconversão do trabalho. 3. Qualificação parao trabalho. I. Ministério do Trabalho e Emprego. II . Série.

CDD - 607T675

Page 3: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Vice-Presidente da RepúblicaJosé Alencar Gomes da Silva

Secretaria-Geral da Presidência da RepúblicaLuiz Soares Dulci

Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à FomePatrus Ananias

Ministério da EducaçãoFernando Haddad

Ministério do Trabalho e EmpregoCarlos Lupi

Secretaria-Geral da Presidência da RepúblicaMinistro de Estado Chefe Luiz Soares Dulci

Secretaria-ExecutivaSecretário-Executivo Antonio Roberto Lambertucci

Secretaria Nacional de JuventudeSecretário Luiz Roberto de Souza Cury

Coordenação Nacional do Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem Urbano

Coordenadora Nacional Maria José Vieira Féres

Page 4: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Coleção ProJovem Urbano

Coordenação Nacional do ProJovem Urbano – Assessoria PedagógicaMaria Adélia Nunes Figueiredo

Cláudia Veloso Torres GuimarãesLuana Pimenta de Andrada

Jazon Macêdo

Ministério do Trabalho e Emprego Ezequiel Sousa do NascimentoMarcelo Aguiar dos Santos SáEdimar Sena Oliveira Júnior

Revisores de Conteúdo / PedagogiaLeila Cristini Ribeiro Cavalcanti (Coppetec)

Marilene Xavier dos Santos (Coppetec)

Arco OcupacionalUniversidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia - COPPEPrograma de Engenharia de Produção - PEP

Laboratório Trabalho & Formação - LT&FLaboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social - LTDS

Coordenação dos Arcos OcupacionaisFabio Luiz Zamberlan

Sandro Rogério do Nascimento

AUTORESElaboração

Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social - LTDS

CoordenaçãoRoberto Bartholo (Geral)

Beany Guimarães Monteiro (Arco)Gabriella Dias (Pedagógica)

Coordenação de conteúdoAlex VargasJoyce Prado

Gabriella Dias

Pesquisa e RedaçãoAlex Vargas

Altair Sancho Pivoto dos SantosAndré Barcelos Damasceno Daibert

Gabriella DiasJean EngelJoyce Prado

Simone Saviolo RochaSusana Iglesias Webering

RevisãoMaria Filomena Jardim Diniz

Projeto Gráfico de Referência (miolo/capa)Lúcia Lopes

Projeto Gráfico do ArcoMara Martins

Editoração EletrônicaLetra e Imagem

FotografiaFlávio José Mota

IlustraçãoAndré Dahmer PereiraMontagem Fotos CapaEduardo Ribeiro Lopes

AgradecimentosCOEP – Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida;

DINAMICOOP; Lydio Introcaso Bandeira de Mello;Ivan de Souza; Magali Rios; Vânia Cristina Silva da Conceição

Page 5: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Arco Ocupacional

Gestão Públicae Terceiro Setor

Page 6: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2
Page 7: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Caro(a) Educador(a) de Qualificação Profissional,

Construímos este Manual do Educador para subsidiar a

sua função docente no Arco Ocupacional e ampliar as possi-

bilidades de aplicação das atividades sugeridas para o aluno

no Guia de Estudo.

Prepare-se a cada dia para novas experiências e novas

aprendizagens nas trocas com seus alunos e alunas.

Considere cada um em particular, valorizando a sua parti-

cipação, incentivando a sua contribuição para o grupo e reco-

nhecendo a sua própria aprendizagem.

As dificuldades podem ser superadas com diálogo, aten-

ção, carinho e paciência. Lembre-se de que, na maioria, estes

jovens estiveram fora da escola por algum tempo.

A condução dos trabalhos está em suas mãos, mas será

impossível sem a participação ativa dos alunos, como pro-

tagonistas de sua história, transformando as expectativas de

vida em direção à inclusão no mundo do trabalho e buscando

a construção coletiva de uma sociedade democrática.

A colaboração, participação nas atividades de planejamen-

to, e troca de experiências com toda a equipe do ProJovem

Page 8: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Urbano – Coordenadores Locais/Diretores de Pólo, Professores

Especialistas/Orientadores e Educadores de Participação Ci-

dadã – é fundamental na integração interdimensional e inter-

disciplinar para a desenvolvimento do currículo.

Boas Aulas!

Page 9: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

APRESENTAÇÃO 11

FALANDO DA PRÁTICA 13

ESTRUTURA DO GUIA DE ESTUDO DOALUNO DO ARCO OCUPACIONAL GESTÃOPÚBLICA E TERCEIRO SETOR 21

SESSÃO 1INTRODUÇÃO À FORMAÇÃOSÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL 26

SESSÃO 2AGENTE COMUNITÁRIO 49

SESSÃO 3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS 61

SESSÃO 4COLETOR DE DADOS DE PESQUISAE INFORMAÇÕES LOCAIS 73

SESSÃO 5AUXILIAR ADMINISTRATIVO 98

DICIONÁRIO 114

DICIONÁRIO DE PALAVRAS ESTRANGEIRAS 118

BIBLIOGRAFIA / SITES CONSULTADOS 120

TEXTOS COMPLEMENTARES – CD-ROM 122

ANEXO: LISTA DE MATERIAIS 123

SUMÁRIO

Page 10: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2
Page 11: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

11

APRESENTAÇÃO

1APRESENTAÇÃO

A proposta político-pedagógica do ProJovem tem como objetivo a forma-

ção profissional inicial dos jovens, visando a um saber-fazer específico, numa pers-

pectiva integrada de caráter pluriocupacional.

Nesse sentido, foi adotada a metodologia participativa, a interdisciplinaridade,

a avaliação continuada, o diálogo e a intervenção deliberada e planejada do(a)

professor(a) como parte da proposta.

Como princípios norteadores da sua prática, você, professor(a), deve con-

siderar:

� as aprendizagens adquiridas pelos alunos anteriormente, sejam formais,

sejam assistemáticas e informais, resultantes das vivências e experiências do

cotidiano – conhecimentos e habilidades;

� o local para pensar o nacional;

� as diversidades regionais nas etnias, nos valores, nos falares e nos costumes;

� a possibilidade de melhoria da qualidade de vida dos alunos e o impacto

gerado na sua comunidade;

� a perspectiva de inclusão dos alunos nos sistemas produtivos;

� a auto-aprendizagem, a participação, a interatividade, as relações afetivas;

� o desenvolvimento de valores éticos e de uma consciência cidadã; e,

� finalmente, que a sala de aula será, sempre que possível, um laboratório por

excelência, onde os jovens terão oportunidade de trabalhar em equipe, exer-

citar a cooperação e a solidariedade

O MANUAL DO EDUCADOR:

O Manual do Educador apresenta sugestões para a sua prática, professor(a),

tendo como referência o Guia de Estudo do aluno. Para complementar o conteúdo

do Manual do Educador, você receberá um CD contendo textos de apoio aos tópi-

cos apresentados no Guia de Estudo.

O GUIA DE ESTUDO:

No Guia de Estudo do aluno foi adotada uma linguagem adequada ao jovem,

com textos objetivos, ilustrados por charges, quadrinhos e fotos.

Em algumas atividades e textos, ao longo do desenvolvimento das aulas, as

ocupações oferecidas podem ser consideradas como ponto de partida para outras

A proposta político-pedagógica do ProJovem Urbano tem como objetivo a formação profissional inicial dos jovens, visando a um saber-fazer específico, numa perspectiva integrada de caráter pluriocupacional.

Page 12: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

12

GESTÃO PÚBLICA E TERCEIRO SETOR

ocupações, permitindo uma visão mais ampla do Arco Ocupacional Gestão Pú-

blica e Terceiro Setor.A interdependência entre as ocupações do Arco e outras no mesmo campo

profissional e, ainda, em outros segmentos ocupacionais pode contribuir para oaprimoramento do Projeto de Orientação Profissional – POP.

Foi nossa intenção promover, por meio de algumas atividades do materialelaborado, a aproximação com os professores-orientadores, incentivando encon-tros durante os momentos de formação profissional.

O Guia de Estudo do Arco Ocupacional Gestão Pública e Terceiro Setor, naSessão 1 – Introdução à Formação Sócio-Política do Brasil, aborda assuntosgerais relacionados ao tema, considerados, na seleção dos conteúdos, de interessecomum às quatro ocupações que são objeto do trabalho.

As Sessões 2, 3, 4 e 5 do Guia tratam especificamente das ocupações do Arco:Agente Comunitário, Agente de Projetos Sociais, Coletor de Dados de Pes-

quisa e Informações Locais e Auxiliar Administrativo. Apresentam textos eatividades sobre as habilidades, as competências, as funções, as rotinas, o ambiente,as relações de trabalho e a integração com as demais profissões do mesmo Arco.

O Guia de Estudo, com suas atividades, pretende incorporar ao ambiente deensino e aprendizagem as experiências do aluno, relacionadas à sua vida social e aotrabalho, através de suas vivências. Dá voz ao aluno e o incentiva a colaborar, per-guntar, refletir e questionar, em um permanente exercício de participação. Desen-volve um pensar crítico sobre a sua trajetória e a de seus pares e sobre a sociedadeem que ele se insere, ao estimular, entre outras iniciativas, a observação sobre asocupações profissionais na sua localidade.

As ocupações oferecidas pelo Arco Gestão Pública e Terceiro Setor repre-sentam para os alunos oportunidades de inserção no mundo do trabalho e contri-buem para a melhoria das condições de vida de suas comunidades.

Page 13: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

13

APRESENTAÇÃO

1FALANDO DA PRÁTICA

LEITURA DE TEXTOS

A leitura de textos é uma das atividades mais freqüentes na sala de aula e podetornar-se muito prazerosa. Nem sempre o aluno entende o que lê, mas as dificulda-des de compreensão podem ser superadas com o próprio exercício da leitura. Élendo que se aprende a ler e se entende o que é lido.

Entre as formas de leitura de textos escritos apontamos:

� leitura silenciosa;

� leitura em dupla (um para o outro);

� leitura do professor;

� leitura oral seqüencial pelos alunos;

� leitura destacando palavras, idéias ou conceitos principais;

� leitura oral individual.

Outra forma de desenvolver a leitura é brincar com a interpretação, propon-do, na leitura oral, uma leitura cantada, uma leitura mais lenta ou mais rápida, imi-tando um apresentador de jornal de TV, um locutor de rádio, um locutor de fute-bol. Outras idéias poderão surgir no decorrer da aula.

O Guia de Estudo apresenta textos curtos, de conteúdos relevantes, que podemser o ponto de partida para o aprofundamento de novos conhecimentos e para aelaboração de conceitos. Exercite a leitura com seus alunos com os textos do Guia.

Após as atividades de leitura, é importante que você, professor(a), organize asprincipais idéias junto com a turma, como forma de avaliar sua compreensão everificar se há necessidade de fornecer novas informações.

ESCRITA DE TEXTOS

No Guia de Estudo os alunos escrevem completando lacunas, elaborando textos,preparando materiais para as atividades em grupo e para as pesquisas. Eles devemser encorajados a escrever e, sempre que possível, você deve verificar as redaçõesdos alunos, aproveitando ao máximo a sua criação, para que eles não se sintamdesestimulados. E deve sugerir, quando necessário, que eles próprios corrijam aspalavras que apresentem erros ortográficos, incentivando a consulta ao dicionário.

OUVINDO MÚSICA

Ao introduzirmos a música como instrumento pedagógico, entendemos quea arte é expressão cultural de um povo. O trabalho com a música popular brasileira– texto e melodia – permite ampliar a compreensão sobre a sociedade em quevivemos, sobre o tempo e o lugar dessas composições nesta sociedade.

Page 14: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

14

GESTÃO PÚBLICA E TERCEIRO SETOR

Através da música podemos dar um tratamento integrado a diversos conteú-dos, assegurando uma coerência entre o que é conhecido pelos alunos e o que éapresentado em sala de aula. A aproximação com a realidade do seu dia-a-dia, comesse saber impregnado de significados, pode ser considerada o principal caminhometodológico para o jovem.

Certamente os alunos são ligados a um gênero de música, a um intérprete, a umritmo ou conhecem um grande repertório de músicas e podem ampliar a propostada atividade. Aproveite essa contribuição, explorando o potencial criativo da turma,as diferentes possibilidades de interação do grupo e a revelação de talentos.

Você deve conhecer o material previamente e providenciar os equipamentosnecessários à atividade.

ASSISTINDO A FILMES

Quando trabalhamos com cinema em educação, é importante reconhecer osdiferentes significados da imagem, que permitem diferentes leituras. As imagenssão fontes de registro da História e de processos culturais, seja na recriação ficcionaldo lugar e do tempo, seja na concepção artística dos criadores (diretor, roteirista,diretor de fotografia etc.).

Você não deve antecipar o roteiro do filme, nem apresentar os objetivos daatividade antes da exibição do filme, permitindo, assim, que o aluno possa acompanhá-lo sem a preocupação de ver pelos olhos do professor.

Logo após a exibição, o debate deve ser estimulado, valorizando-se as dife-rentes interpretações e os sentimentos externados pelo grupo, reflexo da bagagemde conhecimentos e de vivências de cada um.

Os pontos que você destacar podem enriquecer as opiniões emitidas pelos alu-nos e contribuir para a construção de uma conceituação mais ampla sobre o assunto.

� Conhecer o material previamente, providenciar o ambiente adequado e osequipamentos necessários são condições para que a atividade aconteça.

TRABALHANDO EM GRUPO

A opção pela utilização de metodologia participativa na formação de jovens eadultos considera que este aluno tem maior interesse por atividades em que associe asquestões postas em discussão com a aplicação prática à sua vida social ou profissional.

A dramatização de situações, o diálogo, a exposição oral e visual das opiniõesdiferenciadas e a síntese compartilhada são recursos que incentivam a participaçãoe facilitam a aprendizagem.

A compreensão dos conteúdos propostos se dá na troca de saberes, em que oaluno se sente realizado ao contribuir para a construção coletiva do conhecimento.Este aluno, geralmente, entende que a aquisição de novos conhecimentos é importan-te para a sua vida e se compromete com seu próprio processo de aprendizagem.

Page 15: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

15

FALANDO DA PRÁTICA

1Conhecendo o Grupo

Conhecer as características da turma é extremamente importante quando sepretende trabalhar em grupos, em atividades com enfoque participativo. Comececom propostas simples, cuja participação não exija conhecimentos específicos esistematizados sobre um determinado assunto, para que os alunos possam cola-borar utilizando suas vivências sociais e de trabalho. Desta forma, você poderáobservar melhor o perfil de seus alunos e as relações no grupo.

Para ter esta visão, também é necessário variar o número de participantes nosgrupos. A distribuição da turma em duplas, no início, proporciona boas oportunida-des de aproximação dos alunos e de se estabelecer um conhecimento mais rápidoentre eles. Sugerir mudanças, de uma atividade para outra, na composição dos gru-pos, é outra estratégia para a integração da turma e para você, professor(a), entenderas preferências, os isolamentos e reconhecer as lideranças espontâneas. Os líderespodem ser excelentes colaboradores, se soubermos valorizar a sua atuação positiva eneutralizar possíveis tendências à manipulação de iniciativas do grupo.

Preparando a Atividade Grupal

� Ter bastante clareza quanto aos objetivos a serem alcançados com a atividade.

� Providenciar, com antecedência, todos os materiais necessários à ativida-de, com excedente para os imprevistos.

� Lembrar que o aluno também pode colaborar trazendo materiais.

� Verificar se há tempo necessário para a atividade no seu planejamento daaula.

� Definir a composição e a forma de participação dos grupos.

Desenvolvendo a Atividade

1. Informar qual é a proposta da atividade, sem antecipar as conclusões.

2. Descrever como a atividade irá desenvolver-se.

3. Quando a atividade for complexa, fazer a demonstração com um dosgrupos.

4. Iniciar informando o tempo previsto para o término da atividade e/ou decada etapa, quando houver.

5. Solicitar que cada grupo relate como foi o processo de organização, dediscussão e de criação e as descobertas feitas nas relações com os compo-nentes do grupo.

6. Divulgar e comentar os resultados de cada grupo.

Page 16: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

16

GESTÃO PÚBLICA E TERCEIRO SETOR

7. Fazer a síntese das conclusões do grupo para que o conhecimento seja com-partilhado. Esta síntese deve ser feita por meio de relatos orais e de registrovisual no quadro-de-giz ou em painel de papel pardo ou similar, para faci-litar a compreensão e uma melhor apreensão da informação. Os objetivos

que foram estabelecidos para a atividade devem estar evidentes du-

rante a sistematização dos conteúdos.

Dicas:

� Evitar dar atenção somente a um único grupo.

� Procurar circular nos grupos, observando e esclarecendo dúvidas.

� Variar o número de participantes e a composição dos grupos, utilizando atécnica do sorteio, da seqüência numérica etc.

� Pedir que a turma escolha redatores e relatores, quando a atividade necessi-tar, sugerindo alternâncias.

� Estabelecer o tempo necessário para cada etapa de trabalho e observar se ésuficiente.

� Informar e esclarecer, para toda a turma, as dúvidas comuns a vários grupos.

� Incentivar a participação, estimular o debate, apresentar para a turma asdúvidas de um grupo.

� Formular perguntas para encaminhar o debate.

� Encorajar o aluno a dar respostas às questões levantadas.

� Gerenciar os conflitos, evitando possíveis reações desrespeitosas entre osalunos.

� Participar das discussões, quando isto for importante para o enriquecimen-to do debate.

� Complementar as lacunas conceituais com sua intervenção, sempre que ne-cessário.

� Estar bastante atento(a) à necessidade de alterar o planejamento, caso sur-jam situações imprevistas, que podem acontecer em algumas atividades.

FAZENDO PESQUISA

No Guia de Estudo foram propostas algumas atividades de coleta informal dedados. Parece ser fácil perguntar e coletar respostas, mas, se não tivermos clarezado que queremos saber, para quê e a quem perguntar, não alcançaremos nossosobjetivos. Portanto, é importante que o aluno seja orientado para essa atividadecom a indicação dos passos mínimos necessários à realização de uma pesquisa.

Page 17: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

17

FALANDO DA PRÁTICA

1Preparação

1. Objeto da pesquisa:

� estabelecer com clareza o que se deseja pesquisar;

� definir o grupo de pessoas a ser entrevistado: quantas pessoas serão entre-vistadas, sua idade, sexo, escolaridade, profissão.

2. Elaboração de um roteiro de entrevista ou um questionário com perguntas:

� as perguntas do roteiro ou questionário devem ser discutidas com os alu-nos e devem propiciar respostas claras;

� começar com as perguntas mais fáceis (o roteiro tem que estar preparadocom as perguntas hierarquizadas em graus de dificuldade);

� elaborar perguntas para levantamento de dados quantitativos (Ex.: Qual asua profissão? Idade? Local de moradia?);

� incluir questões mais abertas (Ex.: Por que você escolheu esta profissão? Oque você acha importante nas relações de trabalho?)

Realização da entrevista

� Antes de entrevistar as pessoas, verificar qual o melhor local, dia e horapara a realização da entrevista. Ao iniciar a entrevista, identificar-se e falardos objetivos da pesquisa.

� Durante a entrevista, não ser insistente. Se a pessoa entrevistada não enten-der a pergunta, modificá-la e não fazer perguntas indiscretas.

� Não demonstrar reações diante das respostas dos entrevistados, como sur-presa ou reprovação.

� Conhecer bem o roteiro, de modo a não precisar interromper o diálogopara ler as perguntas.

� Fazer as perguntas em tom de conversa, em vez de lê-las de modo formal.

� Respeitar a opinião do entrevistado e não apresentar a sua própria.

� Anotar a resposta enquanto o entrevistado responde.

Materiais a serem coletados

� Fotos, músicas, cartas, registros de notícias em documentos, jornais e revis-tas da época a ser pesquisada.

Outras fontes de consulta para complementar a sua pesquisa

� Livros;

� sites específicos sobre o tema da pesquisa e/ou sites de busca.

Page 18: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

18

GESTÃO PÚBLICA E TERCEIRO SETOR

Organização e classificação das respostasEste é, talvez, o momento mais difícil da atividade de pesquisa, pois deve-se

lidar com informações muitas vezes desiguais. O primeiro passo a ser dado éestruturar um formato para o agrupamento dos dados.

Apresentação dos resultadosOs alunos devem anotar os resultados obtidos no espaço reservado para re-

gistro no Guia de Estudo ou em outro documento indicado.Após a análise e as conclusões (que também devem ser registradas por escri-

to), vem a apresentação final dos resultados. Para isso, sugerimos a confecção deum mural com os resultados, as explicações dos procedimentos adotados, um ououtro relato sobre como decorreu a entrevista. Se possível, o mural deve conterfotos ou ilustrações do local, das pessoas ou quaisquer outras relacionadas à ativi-dade.

O mural pode estar na sala de aula ou em qualquer outro espaço que a turmautilize. Lembre-se: um mural só tem sentido quando é visto, lido, explicado e usa-do como fonte de consulta.

Vivência do questionário ou do roteiro da entrevistaO recurso da simulação da entrevista em sala de aula (entre alunos e aluno/

professor) melhora o desempenho dos entrevistadores, garantindo os resultadosda pesquisa.

Após a vivência, os alunos devem iniciar as entrevistas. O(a) professor(a) deveacompanhá-los em suas dificuldades.

VISITASOs alunos devem ter bastante clareza quanto aos objetivos das visitas. E de-

vem, também, ter o cuidado de agendar, previamente, cada uma delas.Planejar uma visita é uma atividade que deve ser elaborada em conjunto;

professor(a) e alunos(as) devem:

1. definir o local a ser visitado, tendo em vista os objetivos a serem alcançados;

2. elaborar o roteiro de visitação;

3. prever o tempo de duração da visita;

4. marcar entrevistas, se for o caso, e preparar seus roteiros (ou questionários);

5. conhecer previamente normas e regras de comportamento do local;

6. levantar os recursos necessários para tornar possível a visita (meio de trans-porte, lanche, acompanhantes etc.).

Os resultados devem ser organizados e divulgados para a turma e, em algu-mas situações, para outros segmentos da escola.

Page 19: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

19

FALANDO DA PRÁTICA

1AVALIAÇÃO

Na concepção do ProJovem, a avaliação é um processo cumulativo, contí-

nuo, abrangente, sistemático e flexível, de obtenção e julgamento de informações

de natureza qualitativa e quantitativa sobre o processo de ensino e aprendizagem,

de forma a obter subsídios para:

Avaliação diagnósticaA função diagnóstica da avaliação prevê atividades que retratem o estágio de

conhecimento inicial dos alunos, a fim de que o(a) professor(a) faça as adequações

necessárias ao melhor aproveitamento da turma. Esta função deve acompanhar

todas as etapas, apontando os ajustes a serem feitos, de forma a:

� planejar as intervenções do(a) professor(a);

� criar formas de apoio aos alunos que apresentem dificuldades;

� verificar se os objetivos propostos estão sendo alcançados;

� obter subsídios para a revisão dos materiais e da metodologia do curso.

Avaliação formativaO caráter processual da avaliação formativa pressupõe o controle e o acom-

panhamento de todas as etapas do trabalho desenvolvido. Consiste na verificação

quantitativa e qualitativa durante o processo de ensino e de aprendizagem.

A avaliação formativa não tem um caráter episódico, mas permanente, e to-

dos os momentos vivenciados em sala de aula e em atividades externas são

referenciais para a análise do desempenho e da participação dos alunos, destacan-

do-se, nesta função, a auto-avaliação, que permite que o aluno participe, com auto-

nomia e responsabilidade, de seu processo de crescimento e se torne consciente de

seus avanços e dificuldades.

A avaliação formativa contribui, ainda, para que, no decorrer do desenvolvi-

mento do trabalho, o professor, com base nas informações obtidas, faça ajustes nos

processos metodológicos e na aplicação dos materiais, visando a correções futuras.

Avaliação somativaA função de avaliação somativa tem caráter cumulativo; ela ocorrerá em dife-

rentes momentos, durante as atividades e os trabalhos desenvolvidos. Ao final de

cada tópico do Guia de Estudo, a sistematização dos conteúdos permitirá verificar

se há necessidade de retomar conceitos antes de avançar para os tópicos seguintes.

Sugerimos que seja sempre acompanhada da auto-avaliação dos alunos, em relação

ao seu desempenho nas atividades propostas.

Os alunos que apresentarem dificuldades durante o processo, como lentidão

na apreensão dos conteúdos, na compreensão dos textos, faltas freqüentes, atrasos

e limitações nas tarefas solicitadas, merecem atenção especial por parte do(a)

professor(a).

Na concepção do ProJovem Urbano, a avaliação é um processo cumulativo, contínuo, abrangente, sistemático e flexível, de obtenção e julgamento de informa-ções de natureza qualitativa e quantitativa sobre o processo de ensino e aprendiza-gem, de forma a obter subsídios para:

Page 20: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

20

GESTÃO PÚBLICA E TERCEIRO SETOR

Itens que tornam possível nortear a avaliação podem ser classificadas pelo(a)professor(a) em categorias, como :

� compreensão dos conteúdos;

� aplicação prática dos conhecimentos adquiridos;

� habilidades específicas;

� comportamentos (interesse, cooperação, freqüência, contribuições espon-tâneas, relacionamento com os colegas e com o(a) professor(a)).

Os índices alcançados pela turma, em todas as etapas, devem ser discutidospelos alunos e pelo(a) professor(a), para avaliação do curso quanto à metodologiaadotada, à distribuição dos conteúdos no planejamento das aulas e às dificuldades nacompreensão dos temas, entre outros aspectos que podem surgir durante a avaliação.

Page 21: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

21

ESTRUTURA DO GUIA DE ESTUDO DO ALUNO

1ESTRUTURA DO GUIA DEESTUDO DO ALUNO DOARCO OCUPACIONAL GESTÃOPÚBLICA E TERCEIRO SETOR

SESSÃO 1 – INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DOBRASIL

Tópico 1: ENTRE SENHORES E ESCRAVOS

Tópico 2: ENTRE CIDADÃOS DE PRIMEIRA E DE SEGUNDA CLASSE

Tópico 3: ENTRE NÓS

SESSÃO 2 – AGENTE COMUNITÁRIO

Tópico 1: SER AGENTE COMUNITÁRIO É...

Tópico 2: CONHECENDO O PRÓPRIO CHÃO

Tópico 3: MOBILIZANDO A COMUNIDADE E CONSTRUINDOSOLUÇÕES

Tópico 4: TECENDO A REDE

SESSÃO 3 – AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

Tópico 1: É HORA DE VOAR...

Tópico 2: PENSANDO UM PROJETO SOCIAL PASSO A PASSO

Tópico 3: BUSCANDO PARCEIROS

Page 22: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

22

GESTÃO PÚBLICA E TERCEIRO SETOR

SESSÃO 4 – COLETOR DE DADOS DE PESQUISA EINFORMAÇÕES LOCAIS

Tópico 1: EM BUSCA DA INFORMAÇÃO

Tópico 2: COMO COLETAR DADOS

Tópico 3: DO DADO À INFORMAÇÃO

SESSÃO 5 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Tópico 1: NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO

Tópico 2: AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Tópico 3: CONHECENDO E TRATANDO DOCUMENTOS

Page 23: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

23

ESTRUTURA DO GUIA DE ESTUDO DO ALUNO

1ESTRUTURA E SUPORTE PARAO PLANEJAMENTO DAS AULAS

Page 24: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

24

GESTÃO PÚBLICA E TERCEIRO SETOR

Page 25: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

25

ESTRUTURA DO GUIA DE ESTUDO DO ALUNO

1

Page 26: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

26

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 SESSÃO 1 – INTRODUÇÃO ÀFORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DOBRASIL

A Sessão 1 apresenta aos alunos noções gerais sobre a nossa História, comênfase na formação social e política do país, buscando tornar-lhes possível umamelhor compreensão dos assuntos que serão tratados nas ocupações deste Arco.

TÓPICO 1 – ENTRE SENHORES E ESCRAVOS

O Tópico 1 tem como principal objetivo situar os alunos em relação aos pro-cessos de mudança que ocorreram e ocorrem nos países em geral e no Brasil emparticular, tanto na forma como se organizam as instituições que administram asnações, quanto na forma como se organizam as suas sociedades. Apresenta umconjunto de mudanças institucionais ocorridas no Brasil, da chegada de Pedro Ál-vares Cabral à proclamação da República, e mostra ainda como, naquele período,a sociedade brasileira foi se construindo, modificando-se muitas vezes em decor-rência de lutas de resistência e de conquistas sociais.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de

� refletir sobre as intensas e periódicas mudanças institucionais e sociais ocor-ridas no período em estudo;

� situar contextos, objetivos, territórios e líderes dos movimentos populares,libertários e por direitos do período;

� resgatar a origem do Estado e da sociedade brasileiros;

� observar o comportamento histórico do povo brasileiro;

� visualizar, graficamente, as mudanças políticas, geográficas e sociais ocorri-das no período;

� reconhecer que as mudanças se processam lenta e progressivamente nosperíodos históricos abordados.

Page 27: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

ENTR

E SE

NH

ORE

S E

ESCR

AVO

S

27

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1TEXTOS E ATIVIDADES

O COMEÇONeste primeiro contato dos alunos com o Arco Gestão Pública e Terceiro

Setor, o(a) professor(a) deve falar da formação histórica nacional como algo im-portante para todos, uma vez que foram os processos vividos por nossa gente –associados às características geográficas, climáticas e culturais do país – que nostransformaram no que somos: um país de regionalismos marcantes e reconhecidadiversidade, mas inconfundível, na sua unidade, para brasileiros e estrangeiros.

É importante destacar, professor(a), de acordo com os seus conhecimentos,exemplos de mudanças ocorridas em outros países, das características políticas dedeterminados regimes às transformações que aconteceram em cada sociedade emdeterminados contextos e que decorreram de fatos econômicos, políticos, sociais ereligiosos que aconteciam no mundo.

Neste sentido, cabe afirmar que, assim como nos outros países, o nosso pro-cesso histórico foi marcado também por avanços e conquistas, com muita luta, atéchegarmos aos dias atuais. É inegável que construímos um país onde se tem, hoje,ampla liberdade de opinião, de associação e de manifestação, além de uma legisla-ção eleitoral organizada: uma democracia, na qual a Gestão Pública é submetida aocontrole das leis e da sociedade, com importante papel exercido pelas instituiçõesdo Terceiro Setor.

ATIVIDADE 1Para esta atividade, a turma deve organizar-se em duplas. Esta é a pri-

meira atividade do Arco; portanto, é importante que os alunos iniciem a aborda-gem do tema expondo para o colega de dupla as suas posições, que devem secomplementar. Assim, o(a) professor(a) vai conhecer a opinião de todos sobre seupaís e sua gente. Como é sobre este material conceitual e humano que as ocupaçõesdeste Arco vão se debruçar e trabalhar, é fundamental acompanhar as referências aconceitos e preconceitos difundidos na sociedade, que certamente estarão presen-tes nas manifestações dos alunos.

Dentre eles, chamamos a atenção para as manifestações do tipo “o Brasil éassim mesmo”, “isso não muda nunca”, “o brasileiro é acomodado”, “somos umpovo sem memória”, entre outras profundamente prejudiciais à ação dos jovens ehistoricamente injustas.

Você, professor(a), deve ter o cuidado de, neste primeiro momento, não secontrapor à opinião dos alunos, para não inibir suas manifestações futuras. Desta-camos, entretanto, que o conteúdo exposto ao longo de toda esta Sessão lhe daráfarto material para comentar, quando julgar oportuno, essas concepções con-

servadoras.

Page 28: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

28

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 Após a discussão da atividade, ao final desta primeira aula, o professorvai apresentar aos alunos o ARCO GESTÃO PÚBLICA E TERCEI-

RO SETOR.

O Arco Gestão Pública e Terceiro Setor destina-se ao jovem que tem especialinteresse em atuar na sua comunidade, bairro e cidade, na busca de melhoria nasrelações interpessoais e na qualidade de vida, e envolve todos num exercício de

cidadania. Constitui-se numa área de estudos que reúne conteúdos de vários cam-pos do conhecimento: economia, geografia, sociologia, história, psicologia, antro-pologia, comunicação, entre outros.

O Guia de Estudo do Arco Gestão Pública e Terceiro Setor apresenta, paraos alunos e alunas que estão se qualificando para trabalhar na área, a dimensão dotrabalho comunitário como capaz de potencializar outras formas de atuação pro-dutiva, de organização social e do trabalho e de valorização do lugar como espaçode convivência, de revitalização de tradições e de preservação cultural.

Temos observado a expansão do Terceiro Setor, em conseqüência da amplia-ção, nos últimos anos, da atuação das Organizações Não Governamentais – ONGs.Este fenômeno será mostrado por meio da apresentação de diversos projetos sociais,porém, devem ser enfatizados, no Arco, o papel e as responsabilidades dos órgãosgovernamentais na elaboração de políticas públicas em benefício da sociedade.

Na Sessão 1, o aluno, ao estudar a evolução histórica do Brasil, em especial osmovimentos de luta por liberdade e justiça social, vai encontrar elementos paracompreender a nossa formação política e social, culminando com a conquista querepresentou a elaboração dos capítulos que compõem a atual Constituição daRepública Federativa do Brasil, cujo texto deverá ser conhecido e consultadonas aulas.

As ocupações que são oferecidas neste Arco são as de Agente Comunitário,Agente de Projetos Sociais, Coletor de Dados de Pesquisa e Informações

Locais e Auxiliar Administrativo. Compõem-se de um conjunto de serviços, emque esses profissionais atuam de forma integrada, desenvolvendo ações que secomplementam, para que o trabalho comunitário possa ser realizado.

O Agente Comunitário, geralmente, é uma pessoa que tem um perfil dinâmicoe que, muitas vezes, se destaca como liderança espontânea na comunidade onde mora.Atua junto com o Agente de Projetos Sociais ou acumula as duas funções, e é porsua atuação que são identificadas as necessidades da comunidade e os meios de atendê-las. O Coletor de Dados tem um papel fundamental na coleta e organização dosdados que vão permitir uma melhor compreensão do perfil dos moradores e de seusproblemas. O Auxiliar Administrativo está presente no Arco porque, muitas vezes,as organizações comunitárias ou que tratam de problemas sociais funcionam comopequenas empresas que necessitam de um profissional que cuide da parte administra-tiva; portanto, é uma função também importante no setor.

Durante o curso, vai ser oferecido ao aluno um texto simples, que provocareflexões sobre a atuação nessas ocupações e aborda conceitos que fazem parte dodiscurso político, numa concepção emancipatória e democrática.

Page 29: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

ENTR

E SE

NH

ORE

S E

ESCR

AVO

S

29

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1No fim do Guia de Estudo apresentamos um Dicionário, com verbetes de umvocabulário que o nosso aluno está habituado a ouvir em debates e comícios polí-ticos, em reuniões de associações de moradores e de sindicatos e a ler em manche-tes dos jornais.

A COLÔNIAO subtópico mostra as iniciativas de Portugal, durante o período em que fo-

mos sua colônia, para manter o Brasil como fonte de exploração de riquezas, des-provida de qualquer projeto de desenvolvimento político, econômico ou socialpróprio. Assim, conhecemos as Capitanias Hereditárias, os Governos-Gerais, tive-mos o território dividido ao meio por duas vezes, fomos sede da Corte e alçados àcondição de Reino, antes de conhecermos a independência.

Comente com os alunos os mapas e o gráfico que apresentam as mudançasgeopolíticas e institucionais que afetaram o país nesse período.

(Texto Complementar 1 - CD)

ATIVIDADE 2Através desta atividade os alunos, além de identificarem as mudanças

que aconteceram no seu bairro e na sua cidade, passarão a estabelecer ou a fortale-cer vínculos com as pessoas mais antigas da sua comunidade. Destaque para elesque esta atividade tem ligações com as ocupações do Arco.

Os alunos podem organizar-se em grupos de três, se morarem no mesmobairro ou comunidade. O roteiro das entrevistas deve ser feito em sala de aula,com a participação de todos. O(a) professor(a) deve chamar a atenção dos alunospara a possibilidade do surgimento de situações que gerem novas perguntas, du-rante a entrevista, e dizer-lhes que é importante incluir essas perguntas na pesquisa.

Os resultados das entrevistas podem ser mostrados em forma de painel ediscutidos pela turma.

NO GRITO E NA LUTANuma clara referência ao episódio conhecido como o Grito do Ypiranga e à

luta que se estabeleceu, posteriormente, pela independência, nas regiões de interes-se dos portugueses, neste subtópico, o(a) professor(a) deve enfatizar como a resis-tência dos índios e dos africanos marca o início dos movimentos sociais populares,libertários e por direitos e justiça social. No país, caracteriza o período que vai dofim do Brasil colonial até a proclamação da República.

Você, professor(a), deve destacar as mudanças introduzidas pela Constituiçãooutorgada por D. Pedro I, a renúncia do Imperador e o espaço de tempo em quefomos governados por Regentes. Na primeira Constituição brasileira, foram esta-belecidos quatro poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador) e des-tes, três são mantidos até hoje. Leia com seus alunos o Glossário que descreveesses poderes; é importante que eles entendam o que representa cada um.

Page 30: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

30

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 Comente o Glossário e o Conheça Mais que falam, respectivamente, de votosecreto e voto aberto.

(Texto Complementar 2 - CD)

ATIVIDADE 3Esta atividade pode apresentar, para muitos alunos, uma novidade his-

tórica com possibilidade de mexer com seus conceitos sobre a formação nacional:o destaque dado no texto à luta pela independência que se travou em nosso país émuito diferente do que apresenta a tradicional visão de que nos libertamos de Por-tugal por obra e graça do Imperador.

Divida a turma em grupos de quatro ou cinco jovens, estipule um tempo parao debate entre eles, um tempo para a apresentação das conclusões do grupo para aturma e um tempo para o debate na turma.

O POVO PELA INDEPENDÊNCIAA figura de Maria Quitéria ilustra bem o que ocorreu após o 7 de setembro. É

importante destacar para os alunos que a nossa independência foi conquistada commuita luta e não apenas com um gesto bem intencionado do nosso Imperador.Segundo o historiador Cid Teixeira e outros de mesmo valor, após o Grito daIndependência, os portugueses que viviam aqui, principalmente aqueles quecomercializavam os nossos produtos, não quiseram aceitar o fato de o Brasil dei-xar de ser colônia de Portugal. Houve alguns focos de resistência, combatidosbravamente com apoio de índios, negros e mulheres. As regiões Norte e Nordesteeram o maior foco desses movimentos, com destaque para a Bahia.

UM POVO “ACOMODADO”, “ORDEIRO” E “PACÍFICO”?Fechando o Tópico 1, Entre Senhores e Escravos, depois de acompanhar o

conjunto das mudanças políticas que o Brasil conheceu no longo período em quehouve a escravidão em nosso país, os jovens vão recordar movimentos que ocor-reram durante a Colônia e o Império. Começando pelas manifestações dos índios,negros e abolicionistas, passando pelas rebeliões contrárias às atitudes arbitráriasda monarquia aqui instalada, este subtópico fala de momentos em que os governantesforam pressionados por movimentos que abalaram a ordem estabelecida, tais comoos que aconteceram em Pernambuco – a Insurreição Pernambucana (1645), a Re-volução Pernambucana (1817) e a Confederação do Equador (1824), que envolveutambém Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte; na Bahia – onde houve a Conjura-ção dos Alfaiates (1789) e a Sabinada (1837); no Maranhão – onde ocorreram aRevolta de Beckman (1684) e a Balaiada (1838); e em Minas Gerais – onde houve oLevante de Vila Rica (1720) e a Inconfidência Mineira (1789).

(Textos Complementares 3 a 11 - CD)

Page 31: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

ENTR

E SE

NH

ORE

S E

ESCR

AVO

S

31

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1Além desses, houve no Estado de São Paulo a Guerra dos Emboabas (1707);no Rio de Janeiro, a Noite das Garrafadas (1831); no Pará, a Cabanagem (1835); eno Rio Grande do Sul, a Revolução Farroupilha (1835).

(Textos Complementares 12 a 15 - CD)

É importante observar que esses movimentos são os que obtiveram maiordestaque na história nacional. Entretanto, caso a história do seu Estado registre,nessa época, alguma manifestação popular que mereça ser detalhada – pela reper-cussão política e/ou pelas conseqüências regionais – incorpore-a ao conjunto apre-sentado acima e a inclua na atividade abaixo.

Incentive os alunos a buscarem, como registro histórico, documentos textu-ais; representações iconográficas, como pinturas e gravuras; literatura produzida;obras musicais; objetos, peças de vestuário, adereços e mobiliários expostos emmuseus e os cenários arquitetônicos e naturais de suas cidades, onde estes fatostenham ocorrido.

Esses cenários, re-visitados hoje, trazem para o contemporâneo a descriçãodos acontecimentos, acrescentando novas questões na reconstituição do passado.A percepção da realidade, condicionada a fatores de caráter cultural e social e àsubjetividade dos indivíduos, provoca uma relação de identificação e de aceitaçãodo ALUNO aos personagens, protagonistas dos fatos apresentados.

O historiador Rubim de Aquino comenta que a história da sociedade brasilei-ra tem sido apresentada de uma forma “conservadora, elitista, facciosa, distorcidada realidade”, considerando o fato histórico de forma isolada do contexto social,econômico e político que o gerou. Neste tópico, propõe-se uma abordagem críti-

ca e questionadora, que provoque os alunos a que lancem um olhar sobre a épocaem que se passaram os principais fatos que marcaram a nossa História e a realidadehoje, numa relação comparativa com os dias atuais – o fato histórico inserido nasociedade de um tempo e lugar, com seus hábitos, costumes, suas lutas e conquis-tas, suas diversidades e adversidades –, contribuindo deste modo para melhor com-preensão da nossa formação.

Texto Complementar para o(a) Professor(a)Segundo os autores da obra Sociedade Brasileira: Uma História, a imagem que

conhecemos da nossa Independência é a da pintura de Pedro Américo, que se ins-pirou no quadro do francês Meissonier, A batalha de Friedland, que exaltava a vitóriade Napoleão Bonaparte sobre os russos, em 14 de junho de 1807.

A imagem é semelhante em ambas as pinturas: os dois imperadores como figuras

centrais da ação, um gesto marcial, altivo, típico de um líder vitorioso. As tropas,

francesas em um quadro e brasileiras no outro, diante do líder, estão aclamando-o...

No caso de Pedro Américo, alguns detalhes: personagem que encarnou a figura do

povo brasileiro foi a de um carroceiro que guiava uma parelha de bois carregando

madeira; a tropa, utilizando uniforme de gala, como que pronta para desfilar em

uma parada, e não realizando uma viagem extenuante, em terra batida, subindo a

Page 32: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

32

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 serra que ligava Santos até a cidade de São Paulo... Ora, se formos traduzir o real

significado do quadro, veremos que D. Pedro seguramente viajava com tropas de

mula, meio mais adequado para vencer a serra sem maiores percalços. Claro que a

imagem do futuro imperador viajando em lombo de mula ficaria pouco heróica.

VEJA O FILME

Título do filme: Netto perde sua alma Diretores: Tabajara Ruas e Beto Souza. Ano: 2001 País de origem: Brasil Língua: Português Elenco: Werner Schünemann, Laura Schneider, Nélson Diniz Prêmio: Festival de Gramado de 2001

Sinopse:

O filme, baseado na obra homônima de Tabajara Ruas, relata episódios davida do general brasileiro Antônio de Souza Netto que, ao lado de um antigo com-panheiro, o ex-escravo sargento Caldeira, relembra guerras e rebeliões, amigos einimigos, amores e desafetos. A fotografia é, sem dúvida, o protagonista no filme.Belíssimas paisagens dos pampas e batalhas com cavalos dignas de Hollywood sãoretratadas com maestria pelo diretor de fotografia, Roberto Henkin. Destaque tam-bém para o figurino e a toda a ambientação, que levam o espectador ao séculoXIX, direto para a Guerra dos Farrapos. O ator gaúcho Werner Schünemann inter-preta o general Netto, Laura Schneider faz o papel da mulher de Netto, a uruguaiaaristocrática Maria, e Sirmar Antunes, o fiel sargento Caldeira.

Após a exibição do filme, que tem como principal objetivo levar o aluno arefletir sobre as revoltas que eclodiram no Brasil durante a época do Império, o(a)professor(a) deve promover o debate com a turma. Ele(a) pode, ainda, selecionaroutro(s) filme(s) que atendam à proposta da atividade, verificando se existe produ-ção local sobre fatos ocorridos naquele período no seu Estado.

(Textos Complementares 7, 9, 14 e 15 - CD)

ATIVIDADE 4 >> AVALIAÇÃOA escolha daqueles movimentos – pelo espaço temporal e geográfico

em que ocorreram, organizados simultaneamente – definiu-se pela necessidadede os jovens construírem uma idéia do processo de formação da sociedade bra-sileira a partir de sua capacidade de resistir e propor alternativas para situaçõesque trouxeram descontentamento a seus membros. A consulta à Internet pode sercomplementada por pesquisas em livros e periódicos trazidos pelo(a) professor(a)

Page 33: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

ENTR

E SE

NH

ORE

S E

ESCR

AVO

S

33

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1para a sala de aula, na biblioteca da escola e outras, em Centros Culturais e arquivosde museus. Os movimentos e revoltas que aconteceram no seu Estado e que nãoconstam do Guia de Estudo devem ser, também, incluídos na atividade e enfatizados,assim como os nomes e ações dos heróis locais da época do Brasil Império.

A atividade realiza-se em dois momentos:

1. Atividade em duplas:Divida a turma em duplas, de forma que todos possam pesquisar, conhecer e

apresentar, para os demais, as rebeliões da época escolhida por eles. O resultadodas pesquisas deve ser apresentado à turma por meio de mural contendo o materi-al pesquisado por cada dupla.

Durante esta atividade, o professor poderá observar o grau de participação,interesse, organização e os conhecimentos adquiridos pelos alunos sobre o conteú-do trabalhado no Tópico 1.

2. Atividade individual:O objetivo desta segunda parte da atividade é a construção de novas referên-

cias positivas e significativas para os jovens, fundamentais para alimentar o sentidode pertencimento. Após escolher o líder que o impressionou, cada aluno vai cons-truir cartazes apresentando ilustrações, nome e as principais características da suapersonalidade.

Page 34: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

34

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 TÓPICO 2 – ENTRE CIDADÃOS DE PRIMEIRAE DE SEGUNDA CLASSE

O principal objetivo deste tópico é situar os alunos nos processos de mudan-ça que ocorreram no Brasil, no período histórico entre a Proclamação da Repúbli-ca e a Assembléia Constituinte de 1988, com ênfase nos movimentos de resistênciae de luta que marcaram o período.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de:

� comparar as mudanças ocorridas no Brasil durante o período do Impériocom as transformações advindas do período republicano;

� entender as mudanças institucionais e sociais do período;

� relacionar as características dos movimentos populares e reivindicatóriosdesse período com os movimentos de resistência estudados, relativos aoperíodo anterior;

� entender, a partir das leituras e debates, as mudanças institucionais, políti-cas e sociais ocorridas nesse período.

TEXTOS E ATIVIDADES

COMEÇAR DE NOVOEste subtópico faz uma síntese do tópico anterior, apresenta uma breve

conceituação de República e fala também do que acontece nas sociedades contem-porâneas, no Brasil e no mundo – a partir do esgotamento dos conceitos de socie-dades divididas em nobres x plebeus e escravos x pessoas livres – e o surgimentodas idéias de cidadania e de direitos.

Peça aos alunos que observem a gravura de Debret e façam uma leitura dacena que introduz o tópico Entre Cidadãos de Primeira e de Segunda Classe.

(Texto Complementar 16 - CD)

O Texto Complementar 16, em seu CD, apresenta a Cronologia da Repúbli-

ca – 1889 a 2000, extraída do folheto da exposição de mesmo nome, realizadapelo Museu da República, no Rio de Janeiro. Esperamos que possa apoiá-lo(a) emsuas reflexões com os alunos sobre a importância de se conhecer a História para se“construir um presente mais justo e democrático”.

DA REPÚBLICA VELHA À DITADURA MILITAR DE 1964Este subtópico apresenta as dificuldades de implementação dos direitos civis,

políticos e sociais (LER o Glossário com os alunos) nos primeiros momentos da

Page 35: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

EN

TR

E C

IDA

OS D

E P

RIM

EIR

A

E D

E S

EG

UN

DA

CLA

SSE

35

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1nossa República, os avanços conquistados com o fim da chamada República Velha, achamada Era Vargas ou Estado Novo, as tentativas de democratização da vidanacional, a breve experiência parlamentarista e a longa ditadura militar imposta aopaís em 31 de março de 1964. (Na Unidade Formativa IV, em Ciências Humanas,os alunos leram sobre o regime militar.)

Você, professor(a), deve enfatizar alguns fatos sociais do período de 1891 até1964, particularmente os que mostram alternâncias significativas no quadro político.É importante que complemente as informações com comentários, a fim de que oaluno perceba os contextos em que ocorreram os diversos movimentos institucionais.

Comente com os alunos o Conheça Mais sobre o “Coronelismo” que caracteri-zou o período da chamada República Velha.

(Leia sobre João Pessoa: Texto Complementar 17 - CD)

VAMOS OUVIRO Eterno Deus Mu-Dança

Gilberto GilComposição: Celso Fonseca e Gilberto Gil(Fonte: http://www.gilbertogil.com.br. Acesso em mar. 2006))

ATIVIDADE 5Pela via poética, é proposta uma reflexão sobre as possibilidades de

mudanças pessoais e sociais, na visão dos jovens. Através desta atividade podere-mos perceber como a turma avalia a sua condição de protagonista de mudanças nocotidiano e na sociedade.

DIRETAS JÁ!A importância desse subtópico reside na discussão que pode proporcionar so-

bre o momento da virada institucional que a sociedade impôs à nação, redefinindopadrões republicanos de administração e de participação popular. Termos introdu-zidos neste subtópico – Colégio Eleitoral, Nova República, Assembléia NacionalConstituinte – retratam bem as transformações que começavam a ser anunciadas.

Leia com os alunos o Glossário desses termos. Comente com eles o gráficoque apresenta as mudanças institucionais que afetaram o país no período entre aIndependência e a Nova República.

UM POVO ACOMODADO, ORDEIRO E PACÍFICO?(PARTE II)

Fechando o Tópico 2, depois de acompanhar o conjunto das mudançasinstitucionais que atravessamos no espaço de tempo entre a República Velha e aconvocação da Assembléia Nacional Constituinte (novembro de 1986), o(a)

Page 36: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

36

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 professor(a) deve enfatizar as conseqüências dos movimentos que mobilizaram asociedade brasileira nessa época.

Deve ressaltar que o que difere esse período do anterior é o deslocamento dasmobilizações populares para os novos centros político e econômico do país: Riode Janeiro e São Paulo, respectivamente.

São destacados os momentos em que os governantes foram pressionados pormovimentos que abalaram a ordem estabelecida, tais como os que ocorreram nacidade que foi Distrito Federal, Capital do país: o Rio de Janeiro. No Rio acontece-ram a Revolta da Armada (1893); a Revolta da Vacina (1904); a Revolta da Chibata(1910); a Revolta do Forte de Copacabana (1922) e a Passeata dos Cem Mil (1968).

(Textos Complementares 18 e 19 - CD)

Em São Paulo desenvolveram-se: a primeira greve geral do país (1917); a Re-belião Militar (1924); a Revolução Constitucionalista (1932) e a retomada do mo-vimento operário, pós-golpe militar de 1964, na região conhecida como o ABCpaulista (Santo André, São Bernardo e São Caetano).

Em outros estados brasileiros também ocorreram movimentos: no Rio Grandedo Sul, a Revolução Federalista (1893) e a Revolução de 1923; no Paraná e emSanta Catarina, a Guerra do Contestado (1912).

No interior da Bahia (1897) e de Pernambuco (1955) surgem o Arraial deCanudos e as Ligas Camponesas, respectivamente. No Ceará, Padre Cícero co-manda a Revolta de Juazeiro (1911).

Entre os movimentos nacionais encontramos o Movimento Tenentista (1922);a Coluna Prestes (1925); a Aliança Nacional Libertadora (1935); a Intentona Co-munista (1935); o Movimento Estudantil e a Luta Armada dos anos 1960/1970; oMovimento Operário das décadas de 1970/1980; o Movimento pela Anistia (dé-cada de 1970) e o Movimento dos Sem Terra, até hoje lutando pela distribuiçãojusta de terras e pela modernização na agricultura.

É importante observar que esses movimentos são os que obtiveram destaquemaior na História nacional. Entretanto, professor(a), como no tópico anterior, casoa história do seu Estado registre, nessa época, alguma manifestação popular deresistência que mereça ser detalhada – pela repercussão e/ou pelas conseqüênciaspolíticas e sociais regionais –, adicione-a ao conjunto apresentado acima e a incor-pore à atividade abaixo. As diferenças que caracterizam as reivindicações podemser atribuídas aos conflitos próprios de cada região.

Considerando o aluno um cidadão brasileiro protagonista da sua história, você,professor(a), deve promover o confronto da representação simbólica do legadohistórico da sociedade brasileira sobre o cotidiano de sua vida, estabelecendo umparalelo entre a história contada e a realidade, com a preocupação, entretanto, denão ser conclusivo(a), permitindo ao aluno liberdade de interpretação.

Ao terminar, pergunte aos alunos qual a posição deles em relação ao título dotópico:

– Vocês acham que o brasileiro é um povo acomodado, ordeiro e pacífico?

Page 37: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

EN

TR

E C

IDA

OS D

E P

RIM

EIR

A

E D

E S

EG

UN

DA

CLA

SSE

37

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1PESQUISA A proposta desta pesquisa é levar os alunos a construírem uma idéia

do processo de formação da sociedade brasileira a partir da sua capacidade deresistir e propor alternativas para as situações que lhe causam descontentamento.

Divida a turma de forma que, ou individualmente ou em duplas, todos pos-sam pesquisar, conhecer e apresentar, para os demais, as rebeliões da época. Comona Atividade 4, seria importante o aluno complementar a sua pesquisa, consideran-do o período que vai da República Velha à Constituinte (1986), com destaquespara os movimentos ocorridos no seu Estado.

Os resultados da pesquisa são apresentados pelas duplas à turma, por meio deum mural com os dados coletados.

ATIVIDADE 6 >> AVALIAÇÃOComplementando a pesquisa, os alunos vão selecionar as personalida-

des que se destacaram no panorama nacional liderando os movimentos do perío-do estudado, com ênfase nas personalidades que atuaram no seu Estado.

O desenvolvimento da pesquisa, somada à Atividade 6, pode constituir-se emmais um dos momentos que propiciem ao(à) professor(a) observação sobre o de-sempenho de seus alunos, tanto no domínio dos conteúdos abordados no tópico,quanto no comportamento adotado durante o trabalho.

Page 38: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

38

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 TÓPICO 3 – ENTRE NÓS

Este tópico dá continuidade ao anterior, indicando que a possibilidade deexercício pleno da cidadania – com garantias de direitos civis, políticos e sociais –foi uma construção histórica que se inicia com o fim da escravidão e da monarquia,avança pelo período republicano até a Nova República e alcança um novo patamarcom a aprovação da Constituição de 1988.

Apresenta aos alunos as mudanças institucionais e as novas possibilidades departicipação popular que ocorrem no Brasil, após a promulgação da Constituiçãode 1988. Vista como marco que regula o nosso Estado de Direito Democrático, aConstituição é estudada em seus principais artigos.

Durante o desenvolvimento deste tópico, os alunos vão construir, coletiva-mente, o “Mapa da Participação Popular”, a partir do reconhecimento dos pode-res Executivo e Legislativo municipais; dos Conselhos existentes na cidade; dasorganizações da sociedade local; das organizações empresariais que atuam em pro-jetos de Responsabilidade Social e, também, do reconhecimento dos projetos de-senvolvidos pelas instituições governamentais e não governamentais.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de:

� entender como agem e reagem, atualmente, o nosso Estado – através da GestãoPública – e a nossa sociedade – através das instituições do Terceiro Setor;

� refletir sobre as mudanças institucionais e sociais do período pós-1988;

� conhecer a história do Estado e da sociedade brasileiros;

� situar a sua condição pessoal, familiar e comunitária num contexto socialmais amplo;

� relacionar um elenco de possibilidades de participação popular capazes detransformar situações de injustiça e desigualdade social.

TEXTOS E ATIVIDADES

NOVOS RUMOSNeste tópico, o(a) professor(a) deve destacar as transformações que ocorre-

ram na sociedade brasileira, do descobrimento aos dias de hoje, enfatizando asprincipais conquistas na direção de uma maior participação do cidadão, de mudan-ças sociais e trabalhistas e das garantias constitucionais de justiça social. Apesar detodos os avanços, é importante refletir com os alunos sobre as desigualdades soci-ais que ainda caracterizam as diferentes regiões do país e os bolsões de pobreza àespera de melhores dias.

Page 39: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

ENTR

E N

ÓS

39

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1O QUE É UMA CONSTITUIÇÃO?Depois de definir o que é uma Constituição, recorde com os alunos que a

primeira constituição brasileira data de 1824 e foi outorgada pelo Imperador D.Pedro I. Comente que, logo após a Proclamação da República, em 1891, tivemos aprimeira Constituição do período republicano. Embora apresentasse algumas li-mitações, pois representava os interesses das elites agrárias do país, essa nova Cons-tituição implantou o voto universal para os cidadãos (mulheres, analfabetos e mili-tares de baixa patente ficavam de fora), instituiu o presidencialismo e o voto aberto.A ela seguiram-se as constituições de 1934 e 1937, durante o período em que GetúlioVargas estava no poder, a Constituição de 1946, no período da redemocratização,e a de 1967, marcada pelo autoritarismo e pelo arbítrio político do regime militar.

Você, professor(a), deve apresentar as características do processo de forma-ção e funcionamento da Assembléia Nacional Constituinte e comentar a mobilizaçãopopular que se deu no período de elaboração da nossa Carta Magna atual. Osubtópico termina afirmando que a Constituição de 1988 ficou conhecida como aConstituição Cidadã.

A partir da “leitura” da charge do inesquecível Henfil, reflita com seus alunose alunas sobre o movimento que levou 12 milhões de pessoas a se mobilizarem emprol de uma nova ordem institucional. Fale sobre a importância da participaçãodos artistas, que resistiram ao regime militar e deram sua contribuição para umaposição crítica, seja através das artes gráficas, seja através da música, do teatro e deoutras manifestações artísticas. Lembre os alunos de que devem ler sobre Henriquede Souza Filho, o Henfil, no Conheça Mais.

ATIVIDADE 7Com os exemplares da Constituição em mãos dos alunos, divida a turma

em cinco grupos, para que possam pesquisar e apresentar para os demais os TítulosI, II, III, IV e VIII, fundamentais para uma visão básica sobre as relações entregovernantes e governados, sobre os limites entre os poderes e sobre os direitos e asgarantias individuais. É importante que os alunos tenham contato com uma publica-ção da Constituição e conheçam a sua estrutura de Títulos, Capítulos e Artigos.

Após a discussão nos grupos, os alunos vão refletir junto com os demais cole-gas de turma.

A CONSTITUIÇÃO CIDADÃNeste momento, a Constituição é definida como a lei que está acima de todas

as leis e de todos os seres humanos, capaz, portanto, de criar mecanismos de pro-teção institucional para aqueles que são vítimas de abusos do poder econômico oupolítico e de salvaguardar os direitos civis, políticos e sociais de todos.

Por fim, o subtópico afirma que a condição vista acima é fundamental para aconstrução da cidadania e para obtenção de justiça social.

Page 40: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

40

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 ATIVIDADE 8Leia para os alunos o Artigo 3º da Constituição e debata, ponto a pon-

to, com a turma, quais os casos que eles conhecem – ou viveram – em que esteartigo foi desrespeitado e quais os exemplos em que a lei foi cumprida. Podemospartir de exemplos concretos; por exemplo, quem já não viveu uma situação emque o Artigo 3º não foi cumprido, quando sabemos, por exemplo, que, em deter-minadas empresas, os homens têm salários maiores do que os das mulheres, apesarde desempenharem idênticas funções?

É importante refletir sobre as desigualdades regionais e sociais existentes, so-bre o respeito às diferenças, sobre os investimentos em educação e saúde, sobre acriação de postos de trabalho e sobre outras contribuições advindas das vivênciasdos alunos que, certamente, vão enriquecer o debate.

PARTICIPAÇÃO POPULARAo destacar o projeto que os constituintes e a sociedade colocaram para o futu-

ro do Brasil, a partir dos princípios fundamentais da nossa Carta Magna, o subtópicocaracteriza o nosso Estado de Direito Democrático como capaz de fazer valer a von-tade da maioria através da democracia representativa e da democracia participativa.

Comente com os alunos, neste momento, a importância do voto e de se esco-lher bem os representantes no Parlamento. Além disso, ressalte como é importanteacompanhar a atuação dos eleitos para que se possa avaliar o trabalho desenvolvi-do ao longo dos mandatos. Entretanto, é fundamental, professor(a), evitar-se apartidarização deste debate.

As duas atividades que se seguem abordam o Artigo 1º da Constituição doBrasil.

ATIVIDADE 9Nesta atividade, os alunos vão fazer a leitura oral dos princípios funda-

mentais do referido artigo. O(a) professor(a) pode propor uma leitura em coro,mobilizando os alunos pelo inesperado de uma antiga prática didática de leituraoral, sem, entretanto, deixar de lado o caráter respeitoso que deve ter a leitura dosprincípios fundamentais da nossa Carta Magna.

Após a leitura, os alunos deverão fazer seus comentários.

ATIVIDADE 10Organize com a turma uma palestra de representantes da Ordem dos

Advogados do Brasil – OAB e/ou do Sindicato dos Advogados e/ou da Procura-doria Municipal sobre Estado Democrático de Direito, baseada no primeiro ar-tigo da Constituição Federal. De acordo com as possibilidades e características dolocal onde se realizará a palestra, estimule os jovens a convidarem seus familiares,alunos de outros Arcos e representantes da comunidade onde moram para que,

Page 41: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

ENTR

E N

ÓS

41

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1juntos, possam debater este importante item da vida nacional. É fundamental que osalunos leiam o Glossário sobre Estado Democrático de Direito antes da palestra.

A VOZ DO POVO: O PLEBISCITO,O REFERENDO E A INICIATIVA POPULAR

Neste subtópico, os alunos reconhecem os plebiscitos, os referendos e as inici-ativas populares como instrumentos de participação da sociedade e de democra-cia direta.

Plebiscito – Referendo – Iniciativa popular: vamos distinguir o que é cadaum desses instrumentos:

Plebiscito é uma forma de se consultar a população sobre alguma questão degrande interesse político ou social. A manifestação da vontade popular, nesses ca-sos, deve ocorrer por meio de uma votação organizada nos moldes oficiais: tempopara propaganda e campanha nas ruas, envolvimento dos tribunais pertinentes etodas as demais situações típicas de um período eleitoral.

Quanto às questões abordadas e à competência para organizar plebiscitos:eles podem ser de caráter nacional, estadual e municipal. Nos casos dos plebiscitose referendos nacionais, compete ao Congresso autorizá-los e convocá-los. Nas con-sultas de âmbito estadual e municipal, a legislação definidora de critérios e de pro-cedimentos do processo eleitoral, até o início de 2006, ainda não havia sido regula-mentada pelo Congresso Nacional.

Depois da Constituição de 1988, a sociedade já se manifestou,plebiscitariamente, sobre o que ela achava melhor para o país: os cidadãos, em1993, consultados sobre qual sistema (presidencialismo ou parlamentarismo) e qualforma de governo (monarquia ou república) consideravam mais apropriados parao Brasil, optaram pelo presidencialismo republicano.

Referendo é uma consulta feita à população para que ela manifeste sua opi-nião sobre uma decisão já tomada. Como nos plebiscitos, também a resposta àconsulta é dada por meio do voto.

Em 2005, fomos convocados a opinar nacionalmente sobre a regulamentaçãodo comércio das armas de fogo. A maioria dos eleitores optou pela manutençãoda regulamentação.

Iniciativa popular é a via pela qual a sociedade pode encaminhar projetos delei aos parlamentos municipais, estaduais e federais. Esta possibilidade é amparadapelos princípios constitucionais da soberania popular, da cidadania, do pleno exer-cício dos direitos políticos e da democracia participativa.

Para que a Câmara de Deputados, em Brasília, avalie as idéias que a populaçãoquer ver transformadas em lei, basta que se consiga o apoio por escrito de um porcento do eleitorado nacional, distribuído em cinco estados, com três décimos deeleitores em cada um deles. Ou seja, um “abaixo-assinado” nacional.

Já para a apresentação dos projetos de lei nas Câmaras Municipais, é necessá-rio que 5% do eleitorado da cidade manifestem a sua aprovação à idéia defendida.Neste caso, um “abaixo-assinado” local.

Page 42: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

42

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 ATIVIDADE 11Nesta atividade, os alunos vão simular a realização, em sala de aula, de

um plebiscito ou referendo sobre o assunto de maior interesse da turma. A títulode sugestão, indicamos a proposta de redução da maioridade penal para 16 anosou a obrigatoriedade de se fazerem adaptações no espaço urbano para facilitar acirculação das pessoas portadoras de necessidades especiais. Qualquer outro temaem evidência no período de realização do curso também pode ser aproveitado.

AS AUDIÊNCIAS PÚBLICASSão chamados audiências públicas os encontros de cidadãos com represen-

tantes do Poder Legislativo (Câmara Municipal, Assembléia Legislativa do Esta-do, Câmara Federal ou Senado) ou da administração municipal, estadual e federalpara conhecer ou obter esclarecimento sobre um assunto do seu interesse (umaobra, um projeto social, uma dúvida sobre orçamento etc.).

Para conseguir uma audiência, o(s) representante(s) da população deve(m) diri-gir-se aos gabinetes – do jeito que for mais prático e viável – e marcar, com osassessores do(s) parlamentar(es) ou do(s) representante(s) do Executivo, o encontro.

As audiências estão amparadas constitucionalmente nos direitos dos cidadãosà informação e à participação, e no dever dos homens públicos de darem publici-dade aos seus atos.

Existem ainda casos em que os interesses mobilizados vão além dos de umalocalidade, de uma categoria profissional ou de um grupo social. São assuntos queafetam a vida do conjunto da cidade, ou de quase toda a cidade. Nestas situações,os parlamentos municipais, estaduais e federais podem promover audiências pú-blicas e convidar ou convocar quem de direito para prestar esclarecimentos.

Sustentadas na Constituição Federal, as Leis Orgânicas dos Municípios defi-nem também a competência dos vereadores para: (1) realizarem audiências públi-cas com entidades da sociedade civil; (2) receberem petições, reclamações, repre-sentações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridadespúblicas; e (3) solicitarem depoimento de qualquer autoridade ou cidadão.

A seguir, teremos uma seqüência de atividades nomeadas como MAPA DA

PARTICIPAÇÃO POPULAR. São sete mapas que serão construídos a partir dedados coletados pela turma. Da construção do Mapa I à do Mapa VI, o(a)professor(a) pode dividir a turma em seis grupos, sendo que cada grupo ficaráresponsável, ao longo deste Tópico 3, por realizar as pesquisas, organizar e apre-sentar os dados coletados. Já o Mapa VII é construído coletivamente, reunindotodas as informações, e representa documento valioso, compondo um panoramasobre a existência de políticas públicas e projetos sociais que contemplam jovens.

ATIVIDADE 12 >> MAPA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR IDivida a turma em grupos. Cada grupo vai conversar com um parlamen-

tar para conhecer o funcionamento da Câmara Municipal, conhecer as possibilidades

Page 43: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

ENTR

E N

ÓS

43

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1de a população acompanhar e participar do debate legislativo e conhecer tambémos projetos do Executivo e do Legislativo, aprovados ou em discussão, destinadosa jovens, nas áreas de saúde, educação e cultura. Peça aos grupos que preparemrelatórios da visita e um mural para apresentação à turma. Comente com eles comoé importante esta visita para o bom desempenho nas ocupações do Arco que elesescolheram e destaque que ela é o primeiro passo do diagnóstico que irão comple-tar ao final dos estudos desta parte introdutória.

OUÇA UM BOM CONSELHO...Após a definição de Conselho como instrumento de participação da socie-

dade nas Políticas Sociais e a definição das competências relativas ao seu funciona-mento, os Conselhos são identificados, neste subtópico, como elementos capazesde contribuir para a descentralização e o aprimoramento da qualidade dos servi-ços sociais. Neste sentido, é considerada valiosa a contribuição que o funcionamen-to desses órgãos colegiados pode oferecer para o ajuste dos programas e projetosàs realidades locais. Solicite aos alunos que façam a leitura do gráfico que apresentaos dados percentuais relativos aos conselhos existentes no país, analisando os quesão mais e os que são menos representativos.

Comente com a turma os conceitos de colegiado e descentralização.

ATIVIDADE 13 >> MAPA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR IIDivida a turma em grupos, para pesquisar – na prefeitura, nas secretari-

as municipais e nas organizações da sociedade – quais Conselhos existem na cida-de. Quais são as suas atribuições? Quando eles se reúnem? Quem são os secretáriosexecutivos dos Conselhos? Peça que eles organizem um mural com as informaçõesobtidas e apresentem um relatório das visitas para a turma.

OS CONSELHEIROSNeste subtópico, são explicitados o papel dos Conselheiros no campo das Polí-

ticas Sociais e a implementação dessas políticas através de programas, projetos eserviços, ora financiados e/ou executados por instituições públicas, ora por institui-ções privadas. O(a) professor(a) deve enfatizar que compete aos conselheiros o cha-mado controle social das atividades, ou seja, o acompanhamento dos gastos previs-tos e realizados, a avaliação da metodologia utilizada pelas instituições executoras, omonitoramento das ações e a divulgação dos resultados.

Informa-se, em seguida, como são escolhidos os representantes governamen-tais e não governamentais que compõem os Conselhos e fala-se sobre a expectativade que eles aprimorem os serviços prestados à população nas suas áreas de compe-tência; complementa-se a informação observando-se que a eles também compete arealização das Conferências.

Page 44: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

44

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 Neste momento, você, professor(a), deve solicitar aos alunos que leiam o Glos-

sário sobre Controle Social e aprofundar com a turma a reflexão sobre a importân-cia do controle social como forma de combate à corrupção e de otimização douso dos recursos públicos.

ATIVIDADE 14 >> MAPA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR IIIO Mapa da Participação Popular da turma já está ganhando forma!

Divida a turma em grupos de tal modo que todos possam acompanhar umareunião dos Conselhos identificados na atividade anterior, a fim de conhecer ofuncionamento deles e o conjunto dos seus projetos, já aprovados ou em discus-são, particularmente os voltados para a juventude.

Peça que eles complementem o painel, iniciado na Atividade anterior, com osprojetos e ações dos Conselhos visitados. Os relatórios de visita são sempre im-portantes para apresentação à turma.

CONFERE OU NÃO CONFERE?As Conferências Municipais, Estaduais e Nacionais são apresentadas neste sub-

tópico com o merecido destaque. Estes “balanços” periódicos, previstos no con-texto das Políticas Sociais, constituem-se, para os representantes da sociedade edos governos, em excelentes oportunidades durante as quais podem avaliar o queestá sendo feito, como está sendo feito, quais os recursos humanos e financeirosutilizados e comparar os resultados com o que se esperava alcançar, com o que foiplanejado. Além da oportunidade de avaliação dessas questões – fundamentaispara a definição de novas prioridades, metas e meios –, as conferências viabilizammomentos de capacitação coletiva para universitários, técnicos administrativos,voluntários etc.; possibilitam a eliminação de conflitos e o surgimento de novosacordos institucionais; contribuem para a consolidação de consensos e parcerias;e, principalmente, legitimam ações, medidas e comportamentos governamentais enão governamentais.

LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADEDepois de apresentar o Artigo 5º da Constituição Federal, este subtópico

introduz o debate sobre a igualdade entre nós, com referências aos fatos que nosprecederam, em relação ao tema, no Brasil e no mundo.

Comente com os alunos e alunas sobre como é importante o Estado garantir oacesso aos seus direitos não somente àqueles que não possuem condições econômi-cas, mas também àqueles que vêm sofrendo, historicamente, discriminações em nos-sa sociedade – como os negros e as mulheres – e àqueles que são mais vulneráveis –como as crianças, os idosos e as pessoas portadoras de necessidades especiais.

Page 45: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

ENTR

E N

ÓS

45

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1ATIVIDADE 15O objetivo desta atividade é introduzir as questões referentes aos deba-

tes sobre as diferenças e as desigualdades.

A CHAVE DO COFREDepois de apresentar o marco legal que garante o envolvimento da sociedade

no debate sobre orçamentos – a Constituição da República Federativa do Bra-

sil, de 1988, e o Estatuto da Cidade (lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001) –, osubtópico mostra que as experiências de construção de Orçamentos Participativos(OP) já acontecem em várias cidades do país.

Comente com eles o caso do OP de Porto Alegre.Aproveite para introduzir o debate sobre como uma Política Pública que con-

ta com a participação da sociedade é capaz de resistir às mudanças de governo,mesmo quando é a oposição que assume o posto de comando.

Solicite que os alunos façam a leitura do Glossário sobre Lei de Diretrizes Orça-mentárias e Plano Plurianual. Procure complementar a leitura com esclarecimentos emais informações.

CIDADANIA+RESPONSABILIDADE+SOLIDARIEDADEEste subtópico aponta as dificuldades históricas que enfrenta um país como o

nosso para avançar e democratizar a consciência de cidadania. Considera que mui-tos brasileiros ainda não se reconhecem como cidadãos e que alguns governantesinsistem em administrar de forma autoritária e centralizadora.

Converse com os alunos sobre as formas de organização e mobilização que asociedade encontra para defender seus pontos de vista, sobre qualquer assunto deinteresse coletivo: violência, crianças e adolescentes, idosos, reforma agrária, entreoutros. É nesse contexto de cidadania, responsabilidade e solidariedade que seorganiza o Terceiro Setor. Reflita com os alunos sobre a charge do Henfil: qual apertinência da concepção da charge nos dias atuais?

ATIVIDADE 16 >> MAPA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR IVVISITA

Mais um mapa para o nosso painel!Divida a turma em grupos para pesquisar – na prefeitura, nas secretarias mu-

nicipais e na cidade –, quantas organizações sem fins lucrativos existem no municí-pio: ONGs, fóruns, articulações, redes, institutos etc. Quais as suas origens? E suasfontes de financiamento? Quais são as suas atribuições? Quais os projetos já apro-vados ou em discussão? Quais os projetos voltados para jovens?

Page 46: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

46

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 Peça aos alunos que leiam, no quadro Conheça Mais da página 45 do Guia deEstudo, sobre as instituições que pertencem ao Terceiro Setor.

A turma deve organizar um mural com a descrição sumária dos projetos e osrelatórios de visita, procurando responder às perguntas formuladas.

NEM ESTADO, NEM MERCADOAqui são apresentadas definições dos vários tipos de instituições que perten-

cem ao Terceiro Setor, para que os jovens possam construir seu conhecimentosobre o tema. As Organizações da Sociedade Civil podem ser diferenciadas deacordo com seu formato, os aspectos de sua estruturação formal, o fim ou adestinação propostos e, ainda, o setor de atuação.

É importante que os alunos leiam cuidadosamente as definições e identifi-quem as semelhanças e as diferenças entre elas.

O(a) professor(a) pode, se houver interesse da turma, destacar que existemvários significados expressos na literatura e no debate sobre esta questão, tanto noBrasil quanto no mundo. Para lhe dar maiores subsídios, colocamos no CD doistextos que lhe permitirão aprofundar o tema.

ATIVIDADE 17 >> MAPA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR VDivida a turma em grupos para que eles possam pesquisar, na cidade,

as organizações empresariais que atuam em projetos, em execução ou em discus-são, para jovens. Solicite que leiam no Conheça Mais a definição, do Instituto Ethos,de Responsabilidade Social. Por fim, oriente-os na organização de um painel quemostre o perfil dessas empresas.

UMA NOVA FORMA DE MILITÂNCIADepois de apresentar a definição de Terceiro Setor, este subtópico trata de

aproximar os jovens da idéia de política pública. Confira nos textos que coloca-mos no seu CD vários pontos de vista sobre esta questão, que possibilita um novotipo de militância nos movimentos sociais.

ATIVIDADE 18 >> MAPA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR VIAgora que os jovens alunos conhecem os projetos da Prefeitura, da

Câmara Municipal, das instituições da sociedade e dos empresários, peça quepesquisem nos seus locais de moradia – bairro, comunidade ou conjunto habitacio-nal –, individualmente ou não, quais deles existem, quais não continuaram e por

Page 47: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

ENTR

E N

ÓS

47

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1que não prosseguiram. Além disso, alerte-os para a possibilidade de existirem ou-tros projetos – vinculados ao governo federal, estadual ou a instituições internacio-nais – em funcionamento nas organizações comunitárias, culturais, esportivas, reli-giosas, entre outras. Depois que descobrirem o conjunto de projetos desenvolvidosem suas comunidades, particularmente os voltados para jovens, peça que eles com-pletem o painel já existente, incluindo nele os dados do relatório sobre os projetosidentificados, para apresentação à turma.

COM P MAIÚSCULODando continuidade ao debate sobre Políticas Públicas – suas características

participativas, permanentes e universais, que envolvem a realização de diagnósticos ea definição das fontes de financiamento, dos executores e dos avaliadores –, é retoma-da neste subtópico a idéia de que é um dever do Estado promover os direitos básicosdo cidadão, com relação à saúde e aos demais setores explicitados na Constituição.

ATIVIDADE 19 >> AVALIAÇÃOMapa da Participação Popular VII

Neste momento, após a realização das pesquisas e as descobertas acerca de:

1) projetos do Executivo e do Legislativo, particularmente os voltados parajovens;

2) Conselhos que existem na cidade e os seus projetos, particularmente osvoltados para jovens;

3) organizações da sociedade local e seus projetos, particularmente os volta-dos para jovens;

4) organizações empresariais, existentes na comunidade, bairro ou cidade, queatuam em projetos sociais para jovens;

5) projetos em realização em seus locais de moradia;

os alunos vão construir um Mural, na sala de aula, de acordo com o mapa da cidade,e um relatório com as seguintes informações:

1. identificação dos projetos: localização de todos os projetos, indicando oslugares onde eles são executados, e, em cada um, a quantidade de jovensatendidos;

2. identificação das instituições que executam os projetos;

3. resultados obtidos.

Comente com os jovens o quanto eles já caminharam no exercício das ocupa-ções de Agente Comunitário, Agente de Projetos Sociais, Coletor de Dados

de Pesquisa e Informações Locais e Auxiliar Administrativo e os alerte para a

Page 48: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

48

INTRODUÇÃO À FORMAÇÃO SÓCIO-POLÍTICA DO BRASIL

1 importância do Mural construído, tanto sob o aspecto pessoal quanto o profissio-nal, uma vez que é possível que, na cidade, só eles possuam tal conjunto de dados einformações.

Chegando ao final desta Sessão, o professor pôde observar o desempenho deseus alunos em todas as etapas do desenvolvimento dos Tópicos, e toda a turma,nesta última atividade, pôde construir, coletivamente, um produto certamente iné-dito e bastante útil para a sua cidade. Esse documento, que relaciona todos osprojetos identificados para a faixa etária de 18 a 24 anos, deve ser divulgado comoresultado do trabalho desenvolvido nesta primeira unidade do Curso.

Vamos sistematizar os dados, organizá-los, imprimir e distribuir o impressoaos alunos da turma, aos alunos e professores de outros Arcos, à Estação da Juven-tude e a outras instituições interessadas.

E, professor(a), não deixe de lembrar os alunos de distribuírem esse valiosodocumento nos locais onde os dados foram coletados.

Page 49: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

SER

AG

ENTE

CO

MU

NIT

ÁRI

O É

...

49

AGENTE COMUNITÁRIO

2SESSÃO 2 – AGENTE COMUNITÁRIO

TÓPICO 1 – SER AGENTE COMUNITÁRIO É...

Neste tópico, vamos apresentar aos alunos o conceito de Agente Comunitá-

rio, enfatizando as características importantes para o desempenho desta função, oseu papel de agente de transformação da realidade, com base na ação cooperativa– aquela em que toda a comunidade tem voz ativa e todos os pontos de vista sobredeterminada situação são analisados.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deverá ser capaz de:

� Identificar as principais características necessárias à atuação de um agentecomunitário.

� Valorizar a ação coletiva, e não as ações isoladas e individualistas.

� Comparar suas características pessoais com as exigidas para a função deagente comunitário.

� Perceber que pode ser necessário mudar determinados aspectos em si mes-mo, a fim de se adequar ao exercício da ocupação.

TEXTOS E ATIVIDADES

Nos subtópicos O que é um Agente Comunitário? e Características principais de umAgente Comunitário deve ser enfatizada a forma de atuação do Agente Comunitáriocomo um mediador nas questões de interesse da comunidade e como aquele que,junto com ela, busca soluções consensuais para transformações da realidade quetragam benefícios à maioria.

ATIVIDADE 20O aluno, ao realizar esta atividade, irá auto-analisar-se em relação às

características necessárias a um Agente Comunitário. O objetivo é fazer com queele se “veja” e perceba quais são as atitudes que deve desenvolver e/ou aprimorar,para bem desempenhar a função de Agente Comunitário.

VIRANDO O JOGOO depoimento de três jovens agentes introduz um novo conceito, relacionado

à ocupação: protagonista – alguém que pode tomar a iniciativa de virar o jogo ao transfor-mar uma situação, pela mobilização da comunidade, em prol de uma causa. A

Page 50: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

50

AGENTE COMUNITÁRIO

2 explicação contida no Glossário ajuda a tornar mais claro o papel do Agente comoprotagonista.

ATIVIDADE 21Nesta atividade, a idéia de protagonista vai ser discutida pelos grupos,

e os alunos citarão exemplos de Agentes Comunitários atuantes que conheçam. Àmedida que os exemplos descreverem as características do agente citado, o(a)professor(a) deverá relacioná-las no quadro, para que a turma perceba quais ascaracterísticas mais freqüentes; deverá, ainda, solicitar exemplos de situações emque características que não foram citadas pela turma seriam importantes.

PRATICANDO A ÉTICA E A CIDADANIAO Agente Comunitário como agente da cidadania e da ética é o foco principal

deste item. É interessante que o(a) professor(a) explore bem os dois conceitos –cidadania e ética –, pela importância formativa que eles contêm.

VOCÊ ACHA QUE O AGENTECOMUNITÁRIO É UM EMPREENDEDOR?

O conceito de empreendedor social já é, por si só, aplicável à ocupação doAgente Comunitário, na medida em que ele é um agente que mobiliza e articula acomunidade em torno de problemas comuns, buscando soluções. Para o empreen-dedor social, o foco central é a missão social: o objetivo das suas ações é a transfor-mação social a partir das oportunidades identificadas no grupo social em que atuae não a expectativa de lucro. Os recursos adquiridos nos projetos sociais são ummeio para se atingir um fim, justificado pelo valor social a ele atribuído. O empre-endedor social tem perspectivas ousadas e busca atividades inovadoras, associadasà experimentação de novas técnicas, de novos métodos e à aplicação de novastecnologias. Cria condições inéditas para a resolução de antigos problemas.

ATIVIDADE 22Esta atividade requer que o aluno tenha compreendido o conceito de

empreendedor, para poder avaliar se o Agente Comunitário é um deles.

RESPEITANDO AS DIFERENÇASEste subtópico amplia as características apontadas anteriormente em relação

às funções do Agente Comunitário, destacando que sua “moeda” na ação é a tro-

ca: de opiniões, de experiências entre os participantes, e seu papel é o de ouvir atodos e buscar uma solução consensual, isto é, que traduza o interesse coletivo.O(a) professor(a) deve ressaltar, aqui, que idéias preconceituosas não podem estarpresentes na ação do Agente Comunitário, cujo papel é, principalmente, o de unir

diferenças.

Page 51: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

SER

AG

ENTE

CO

MU

NIT

ÁRI

O É

...

51

AGENTE COMUNITÁRIO

2VAMOS CONVERSARO respeito a todo tipo de diferença é o assunto da conversa na turma.

DIALOGANDO E ADMINISTRANDO CONFLITOSComo ocorre em todas as funções que buscam o consenso, o Agente vai se

deparar com situações de conflitos de opinião, de interesses que precisam ser ad-ministrados para que as soluções apareçam. Dicas de como lidar com conflitos sãoapresentados no Guia de Estudo e servirão de base para a realização da atividadeseguinte.

ATIVIDADE 23Um grupo de observação vai analisar as dramatizações dos conflitos,

criadas pelos outros grupos, e apontar como cada uma das dramatizações utilizoucada dica. Na discussão final, o(a) professor(a) pode analisar como cada grupoconduziu o conflito representado.

DECIDINDO E AGINDO EM GRUPOA importância e o valor do trabalho em equipe, uma das principais ferramen-

tas do Agente Comunitário, são os focos deste item. Chame a atenção dos alunospara as vantagens do que eles têm vivenciado nas atividades de sala de aula, apren-dendo com a experiência dos colegas, e mostre-lhes que esta vivência será muitoimportante para o desempenho da ocupação. Certifique-se de que a turma conheceo significado das palavras contidas no Glossário.

O Guia de Estudo traz, em seguida, os principais aspectos presentes num traba-lho em time e que deverão ser vivenciados pela turma na atividade seguinte.

ATIVIDADE 24Cooperação é a palavra-chave para o trabalho em time. Vamos colocá-

la em prática?A atividade sugerida no Guia é uma situação dramatizada. Entretanto, o(a)

professor(a) pode solicitar que os alunos observem alguma atividade de iniciativacoletiva de que a turma vá participar, por exemplo, um campeonato de futebolentre as turmas do ProJovem, uma Feira Brechó, a organização de uma festa etc.,para completarem as questões propostas:

a. Houve empenho em entender melhor os conflitos surgidos durante a ativi-dade?

b. Aconteceu de um ou de mais participantes assumirem o papel de negocia-dor, mediando os conflitos?

c. As soluções foram encaminhadas de forma adequada?

d. Como a turma chegou às soluções?

Page 52: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

52

2AGENTE COMUNITÁRIO

e. Como foi feita a coordenação das atividades: de maneira participativa ouautoritária?

f. Todos querem mesmo é participar do “jogo”, mas deu para perceber que o“jogo” começa bem antes de a bola rolar. Comente.

COORDENAR É DIFÍCIL?Este subtópico começa fazendo uma alusão ao trabalho das rendeiras. O tex-

to brinca com a letra da música Mulher Rendeira, de autoria de Zé do Norte, que osalunos certamente já ouviram. Associa a habilidade de tecer renda à função decoordenação, destacando que, assim como acontece com as rendeiras, coordenartambém se aprende. Ressalta como os diferentes estilos de coordenação devemestar em sintonia com o momento vivido pelo grupo, desenvolvendo-se semprede uma forma participativa.

O(a) professor(a) deve solicitar que os alunos façam a leitura oral das descri-ções dos estilos de coordenação apresentados no quadro do Guia de Estudo.

A consciência da temporalidade da função de coordenação reforça em cadaum o sentimento de que todos são iguais e importantes e cria oportunidades para osurgimento de novas lideranças, ao mesmo tempo em que amplia o compromissode todos com o coletivo. Esses são os principais pontos que devem ser reforçadospelo(a) professor(a).

ATIVIDADE 25O tema coordenação é analisado com base na experiência dos alunos,

exemplificada no processo de escolha do coordenador do seu grupo. Reforçamosaqui, mais uma vez, que é muito importante que os conceitos sejam apresentados aosalunos, sempre que possível, levando-se em consideração suas próprias experiências.

No dia-a-dia...O momento é de se aplicar todos os conceitos vistos até agora ao dia-a-dia do

Agente Comunitário. O(a) professor(a) deve pedir que cada grupo de alunos co-mente um dos princípios gerais que norteiam a prática do Agente Comunitário (osprincípios encontram-se descritos no Guia de Estudo).

ATIVIDADE 26 >> AVALIAÇÃONesta atividade, o aluno vai voltar às respostas dadas às questões apre-

sentadas na primeira atividade desta Sessão – Atividade 20 –, e avaliá-las em rela-ção ao que se requer para o exercício da função de Agente Comunitário.

O exercício de comparação/avaliação irá ampliar-se no VAMOS CONVER-SAR, quando os alunos deverão comparar entre si as respostas, verificando quaisas opiniões que coincidem e quais as que não coincidem.

Page 53: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

CON

HEC

END

O O

PRÓ

PRIO

CH

ÃO

53

2AGENTE COMUNITÁRIO

TÓPICO 2 – CONHECENDO O PRÓPRIO CHÃO

Este tópico mostra aos alunos a importância de se conhecer a realidade naqual se atua. Soluções que sejam adequadas aos interesses da coletividade, passíveisde serem implementadas, só podem tornar-se realidade quando se conhece o con-texto em que elas se darão.

Neste tópico, os alunos estarão envolvidos em atividades que lhes darão opor-tunidade de: identificar os conhecimentos que cada um tem da sua própria realida-de; comparar as situações existentes nas várias comunidades a que pertencem, des-tacando as que tenham em comum e as que sejam diferentes; comparar as diferentesvisões que cada um tem da realidade, no caso de se tratar de uma mesma comuni-dade; vivenciar experiências que levem ao conhecimento da realidade em que vi-vem – pesquisa sobre a comunidade, levantamento das suas principais demandas edas possibilidades de soluções internas ou externas, com destaque para a impor-tância das parcerias externas.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de:

� Valorizar o conhecimento da realidade como fator fundamental para o su-cesso da ação do Agente Comunitário.

� Realizar atividades de pesquisa em sua comunidade, identificando as dife-rentes fontes para a obtenção de dados sobre a realidade.

� Identificar a importância da abertura da comunidade a parcerias externasque tragam soluções para as demandas sociais apontadas pela população.

TEXTOS E ATIVIDADES

DIAGNÓSTICO LOCAL

VAMOS OUVIRMeu país, de Ivan Lins e Vítor Martins.

Esta atividade pode ser utilizada como um “aquecimento” para o assuntotratado no tópico. Antes de irmos “conhecer outros chãos”, é importante valori-zarmos os conhecimentos que os alunos têm sobre a sua própria realidade.

ATIVIDADE 27Nesta atividade, propomos que cada aluno faça um levantamento do

que conhece sobre a sua comunidade e que compare este conhecimento com o doscolegas. É interessante que eles percebam as semelhanças e as diferenças de seuspontos de vista – no caso de alunos que pertençam a uma mesma comunidade –, eque vejam também as semelhanças e diferenças existentes não só em relação às

Page 54: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

54

2AGENTE COMUNITÁRIO

opiniões dos moradores de outras comunidades, como, também, entre as própriascomunidades.

Esta é uma excelente oportunidade para o(a) professor(a) ressaltar a existên-cia de diferenças de pontos de vista e lembrar que é função do Agente Comunitáriofazer com que os diferentes pontos de vista convivam, numa atitude de permanen-te respeito às diferenças.

COMO CONHECER A SUA COMUNIDADE?As diversas formas pelas quais se obtêm conhecimentos sobre uma realidade

são o foco deste subtópico. Observação, pesquisa e identificação de locais ondeobter informações são ferramentas úteis ao Agente Comunitário.

PESQUISARContinuando a atividade anterior, a pesquisa servirá para ampliar o

conhecimento do grupo sobre a comunidade. O(a) professor(a) deve orientar cadaetapa da pesquisa, a fim de que os grupos entendam o processo, possam analisar asinformações obtidas e conhecer quais são as demandas e os interesses locais.

A turma, sob a orientação do(a) professor(a), vai elaborar o roteiro da visitae o das entrevistas; a participação de todos os alunos deve ser incentivada, visandoa incorporar a experiência de cada um. Também os itens do relatório de apresenta-ção da pesquisa devem ser elaborados coletivamente.

DEMANDAS X POSSIBILIDADES LOCAISÉ fundamental que o(a) professor(a) relembre à turma o processo que vem

sendo conduzido (conhecimento da realidade, identificação das demandas e dosinteresses locais), para entrar na etapa seguinte: levantamento das possibilidadeslocais de atendimento às demandas.

ATIVIDADE 28Esta atividade alerta os alunos para a possibilidade de realização de

parcerias externas, por meio de uma proposta em que eles devem trabalhar, apoi-ados nas informações que coletaram.

POSSIBILIDADES QUE VÊM DE FORAIntroduzida a possibilidade de “casar” recursos externos com recursos inter-

nos, tratamos, agora, da importância de a comunidade estar aberta aos recursosexternos e do papel relevante que exerce o Agente na busca de tais oportunidades.Uma série de endereços de sites é apresentada no Guia de Estudo, a fim de orientar ofuturo profissional nesta busca.

As formas de atuação do Agente Comunitário qualificam-no como o profissi-onal adequado para estabelecer os contatos para novas parcerias. O(a) professor(a)

Page 55: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

CON

HEC

END

O O

PRÓ

PRIO

CH

ÃO

55

2AGENTE COMUNITÁRIO

deve lembrar aos alunos que o Agente está comprometido com os interesses desua comunidade; portanto, é preciso que ele conheça cada futura instituição parcei-ra, para saber se sua linha de ação se adequa ao que a comunidade deseja.

AVALIAÇÃOA atividade final de avaliação deste tópico leva o assunto da formação

de parcerias para perto da experiência do aluno, retomando os conteúdos vistosanteriormente. O(a) professor(a) deve valorizar cada experiência relatada.

Page 56: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

56

2AGENTE COMUNITÁRIO

TÓPICO 3 – MOBILIZANDO A COMUNIDADEE CONSTRUINDO SOLUÇÕES

Este tópico agrupa as ações do Agente Comunitário, visando a que o futuroprofissional da ocupação reforce os conhecimentos que são prioritários ao exercí-cio da ocupação. O tópico trata de ações de mobilização da comunidade; da parti-cipação popular; da importância da realização de reuniões; e das formas de identi-ficação dos problemas locais.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de:

� Reconhecer a responsabilidade do Agente Comunitário para com a comu-nidade na qual atua.

� Relacionar mobilização a compromisso com os interesses envolvidos.

� Conscientizar-se das dificuldades inerentes à implementação de mudanças.

� Organizar e planejar reuniões que atinjam os objetivos propostos.

� Direcionar toda a sua ação no sentido de identificar o principal problemada sua comunidade, percebendo suas causas e conseqüências.

MOBILIZARAqui são apresentados os aspectos prioritários para o exercício da ocupação de

Agente Comunitário, e o(a) professor(a) deve pedir que a turma procure exemplificarcada item, de forma a aproximar o conteúdo da realidade do aluno. É importante darênfase ao texto em destaque sobre mobilizar, solicitando que os alunos o comentem.

VAMOS OUVIR Ouvir a música Sonho Impossível, na versão de Chico Buarque e Rui

Guerra, pode “abrir” a Atividade 29.

ATIVIDADE 29Esta atividade propõe à turma a reflexão sobre as dificuldades que exis-

tem na luta pelos ideais de transformação da realidade. Trata-se de uma boa opor-tunidade para ouvir a opinião dos alunos a respeito e conversar sobre os encargosque se assume ao se optar por uma ação compromissada com a transformação. Aomesmo tempo, o(a) professor(a) pode ressaltar como é gratificante o que se sentequando se alcançam as metas traçadas com base nos ideais.

PRINCIPAIS PROBLEMAS COM RELAÇÃOÀ PARTICIPAÇÃO POPULAR

O(a) professor(a) pode fornecer exemplos de dificuldades comuns àimplementação de mudanças, sejam elas sociais, culturais ou de qualquer outro tipo.

Page 57: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

MO

BILI

ZAN

DO

A C

OM

UN

IDA

DE

E CO

NST

RUIN

DO

SO

LUÇÕ

ES

57

2AGENTE COMUNITÁRIO

Um dos aspectos a destacar é a postura quanto à aceitação do novo. O(a)professor(a) deve chamar atenção da turma à reação das pessoas diante do novo,do desconhecido, e pedir aos alunos que falem sobre suas experiências com relaçãoa isto.

O(a) professor(a) pode lembrar que até o que hoje é simples e comum paraboa parte da população brasileira – por exemplo, uso do celular –, sofreu todos ostipos de restrições, quando o aparelho surgiu no mercado. Muitos diziam: – Paraque eu preciso de um celular? Esta pergunta hoje é rara, pois a mudança de com-portamento foi absorvida pelas pessoas e hoje o que se ouve é exatamente o con-trário. Este comentário exemplifica a reação das pessoas ao que é novo, ao que vaitirá-las de uma situação conhecida para outra que ainda desconhecem.

Outro aspecto que pode ser visto como obstáculo às transformações é o queacontece quando interesses privados podem vir a ser contrariados por medidas emfavor do interesse público. Há reações por parte daqueles que se julgam prejudica-dos, que podem vir a impedir a mudança. É o que se vê, ainda hoje, em muitassituações em que os desejos de poucos são privilegiados em detrimento às

necessidades de muitos.

COMO FAZER UMA BOA REUNIÃO?O(a) professor(a) deve solicitar que os alunos relatem situações ocorridas em

reuniões de que tenham participado em casa, no local de trabalho ou na escola e ircomplementando as informações com o conteúdo do Guia de Estudo.

Deve solicitar-lhes que façam a leitura oral e comentada dos procedimentosque devem ser adotados antes, durante e depois da reunião.

POR ONDE COMEÇAR A AGIR? / COMO IDENTIFICAR OPRINCIPAL PROBLEMA LOCAL? / IDENTIFICANDO ASCAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS DO PROBLEMA PRINCIPAL

Neste subtópico, é importante que o(a) professor(a) ressalte para os alunosque a definição do que é prioritário para a comunidade não é resultado de umaescolha individual; ela é fruto de uma ação decisória conjunta e participativa.

O quadro apresentado no Guia de Estudo – com os critérios de custo, tempo, impac-to e viabilidade – pode auxiliar a turma a compreender o que pode ser solucionadopela própria comunidade e o que precisa de recursos externos; o que é viável acurto, médio e longo prazos; a abrangência das ações desenvolvidas; e, finalmente,se a solução é viável. Lendo e discutindo esses critérios, os alunos vão refletir sobrecomo se chega à definição do que é prioritário num determinado momento.

Os alunos devem contribuir com exemplos tirados de sua experiência.O(a) professor(a) deve destacar que o Agente Comunitário precisa estar aten-

to às verdadeiras causas e efeitos dos problemas identificados na comunidade.Possivelmente, a turma irá concluir que, muitas vezes, o que percebemos comoproblemas principais são, na verdade, conseqüências de um problema maior e nãotão visível.

Page 58: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

58

2AGENTE COMUNITÁRIO

ATIVIDADE 30A atividade propõe uma prática, a fim de que os conteúdos apresenta-

dos ganhem um sentido para a sua futura aplicação: organizar uma reunião, seguin-do os passos apresentados no Guia: a dinâmica adotada para a reunião; como le-vantar os problemas; como identificar os problemas prioritários e que medidasadotar para a solução do principal problema apontado.

O(a) professor (a) pode sugerir alguns jogos e brincadeiras (dinâmicas de gru-po) que são adotados neste tipo de reunião.

(Texto Complementar 20 - CD)

PASSOS A SEGUIR NA DIREÇÃO DA SOLUÇÃOAs etapas que se seguem ao diagnóstico do problema principal – investigação,

levantamento dos problemas, plano de ação, desenvolvimento – são apresentadasno Guia, neste subtópico. O(a) professor(a) deve pedir aos alunos que façam aleitura oral dos passos, comentando-os passo a passo, e utilizar algum dos exem-plos citados anteriormente pela turma para aproximar esses passos da realidadedos alunos.

O Glossário traz uma explicação sobre o que é monitoramento, que deveser enfatizada, para que eles compreendam o sentido desta forma de atuação narelação com o grupo com o qual se trabalha.

ATIVIDADE 31 >> AVALIAÇÃONa atividade final deste tópico, os grupos vão percorrer os passos que

conduzam à solução do problema identificado anteriormente. Acompanhe e ori-ente cada grupo, de forma a que eles possam desenvolver a atividade como umaoportunidade de reflexão conjunta. Enfatize a importância de que a atividade sejanorteada pela participação de todos.

Page 59: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

TECE

ND

O A

RED

E

59

2AGENTE COMUNITÁRIO

TÓPICO 4 – TECENDO A REDE

O Tópico 4 trata de redes, articulações e parcerias; da importância da ativida-de participativa que tenha como meio as ações interativas; das redes comunitárias;dos agentes de desenvolvimento local; da importância da coordenação nas redescooperativas; e, finalmente, da elaboração de um projeto social.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de:

� Compreender o conceito de rede como a forma de organização em quetodos se unem em torno de objetivos e de interesses comuns.

� Aliar o conceito de rede ao de cooperação e estender este conceito ao derede de cooperação comunitária.

� Identificar o que é e quem são os agentes de desenvolvimento local de umacomunidade.

� Perceber o agente de desenvolvimento local como um parceiro em poten-cial da comunidade.

� Iniciar a elaboração de um projeto social.

REDES LOCAIS, ARTICULAÇÕES E PARCERIAS /OBJETIVOS DE SE CRIAR UMA REDE DE COOPERAÇÃOCOMUNITÁRIA / PRINCIPAIS NECESSIDADES PARA AFORMAÇÃO DE UMA REDE DE COOPERAÇÃOCOMUNITÁRIA

O(a) professor(a) deve enfatizar para os alunos que os conceitos apresentadosno subtópico falam da mesma coisa: a criação de uma grande rede de cooperaçãocomunitária, do porquê de se criar uma rede comunitária e do que é necessáriopara se criar uma.

O(a) professor(a) deve mostrar aos alunos que participar de uma rede, seja deuma rede de amigos, seja de uma rede de troca de mensagens, significa que se per-tence a um grupo específico que se reúne, presencial ou virtualmente, para conver-sar e discutir assuntos que são de interesse comum. Da mesma forma, a participa-ção numa rede local de cooperação comunitária pressupõe, antes de tudo, que hajacompromissos e interesses comuns entre os membros dela. A democracia que vi-gora numa rede dá voz a todos e incentiva a participação de todos os integrantes.

PRINCIPAIS AGENTES DE DESENVOLVIMENTO LOCALVale ressaltar que os agentes de desenvolvimento local são potencialmente

parceiros da comunidade, ainda que atuem, fisicamente, fora dela.

COMEÇANDO A ESCREVER UM PROJETO SOCIALÉ hora de escrever um projeto social.

Page 60: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

60

2AGENTE COMUNITÁRIO

ATIVIDADE 32 >> AVALIAÇÃOEsta atividade de avaliação final da Sessão 2 propõe que os alunos

criem um plano de ação para um problema identificado como o principal exis-tente na comunidade.

O(a) professor(a) pode sugerir que os alunos releiam o Quadro constante napágina 81 do Guia de Estudo – que contém perguntas que orientam a identificaçãodos problemas prioritários –, e que sigam os Passos apresentados na página 83, damesma Sessão. O roteiro do Guia permitirá que os grupos elaborem o plano deação que vai anteceder a criação do Projeto Social.

Todos os grupos vão escrever o roteiro, em todos os seus encaminhamentosna busca das soluções. Como exercício, vamos trabalhar com suposições. O exem-plo sugerido na atividade é o mesmo que vai ser trabalhado, coletivamente, pelaturma, quando da elaboração do Projeto Social na ocupação de Agente de Proje-

tos Sociais.

Page 61: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

É H

ORA

DE

VOA

R...

61

AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

3SESSÃO 3 – AGENTE DEPROJETOS SOCIAIS

A Sessão anterior, que apresentou a ocupação de Agente Comunitário, des-creveu as suas principais funções, promoveu a reflexão sobre seu envolvimento notrabalho comunitário, nos processos participativos, na implementação das ações emostrou a necessidade de utilização dos projetos sociais como principal ferramen-ta de atuação, para atender às demandas da comunidade. Ao introduzirmos a ocu-pação de Agente de Projetos Sociais, consideramos que há um encadeamento na-tural e lógico, que vai fazer com que nosso(a) aluno(a) se interesse em prosseguirseus estudos, acompanhando o passo-a-passo do roteiro em direção à criação e àelaboração do seu projeto social.

TÓPICO 1 – É HORA DE VOAR...

Este tópico enfatiza a importância de se trabalhar com base em projetos etambém destaca a função do Agente de Projetos Sociais na comunidade. O(a)professor(a) deve recordar alguns elementos discutidos nas Sessões anteriores (In-trodução e Agente Comunitário), enfatizando algumas demandas sociais que po-dem ser atendidas através do desenvolvimento de projetos. É importante que o(a)professor(a) estimule o(a) aluno(a) a relembrar as atividades anteriores, promo-vendo um breve debate com a turma.

Outro item deste tópico trata do papel das organizações sem fins lucrativos,não governamentais, na dinamização de ações junto às comunidades.

Para atender aos objetivos deste tópico, o(a) aluno(a) deve ser capaz de:

� Estabelecer a diferença entre projeto e projeto social.

� Refletir sobre a importância de se trabalhar com projetos para a melhoriada qualidade de vida de uma determinada comunidade.

� Contextualizar o papel social das instituições do Terceiro Setor.

� Entender a participação das ONGs como instituições que desenvolvemprojetos sociais.

� Identificar que há, nas organizações do Terceiro Setor, a possibilidade deparcerias em seus projetos sociais que podem gerar oportunidades profis-sionais.

Page 62: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

62

AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

3 TEXTOS E ATIVIDADES

PROJETO: NOSSA IDÉIA EM PRÁTICA!Este subtópico trata da importância, do significado e do porquê de se traba-

lhar com projetos sociais. Por meio da discussão dos conceitos, das definições, dasidéias e dos princípios relativos aos projetos sociais, destaca as vantagens, as facili-dades e as necessidades que o trabalho baseado nesses projetos pode apresentar.

O(a) professor(a) deve explanar os conceitos e as definições de projeto, discu-tindo com a turma sua abrangência e suas aplicações; deve complementar a discus-são apresentando os diferentes conceitos e idéias de projetos, apoiado(a) na bibli-ografia complementar ou em outros materiais de sua preferência. É importanteque enfatize a diferença entre “projetos” e “projetos sociais”, apresentando exem-plos práticos para os alunos. O(a) professor(a) pode convidar um agente de proje-tos sociais ou um outro profissional que trabalhe diretamente nesta área para umaentrevista em sala sobre o trabalho em projetos sociais.

Outra sugestão, independente das atividades programadas, pode ser uma visi-ta da turma a um projeto social em fase de implementação no município.

PROJETO SOCIALAs características de transformação, mudança, engajamento social e perma-

nência devem ser realçadas na conceituação de projetos sociais.Os projetos sociais devem ter origem nas demandas da comunidade por

melhorias na qualidade de vida de seus moradores, e estes devem ter uma participa-ção efetiva em todas as suas etapas, desde a concepção até a análise dos resultados.

VEJA O FILME >> SHANGRI-LÁ: DO SONHO... UMAREALIDADERealização: Centro de Tecnologia Educacional – CTE/UERJ

Direção: Antônio MolinaSinopse: O filme conta a história de uma comunidade que se mobilizou, de

forma organizada, para construir suas casas, e seus moradores foram além, na bus-ca de afirmação da sua cidadania. Para o desenvolvimento das ações, os morado-res contaram com o apoio da ONG Bento Rubião – que elaborou o projetoarquitetônico das casas –, da Associação de Moradores e da Paróquia do bairro.

ATIVIDADE 33Após a exibição do filme, a discussão e a apresentação das conclusões

dos alunos, o professor deve comentar o que foi dito pela turma e sintetizar osprincipais conceitos.

Page 63: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

É H

ORA

DE

VOA

R...

63

AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

3PROJETOS SOCIAIS E TERCEIRO SETOREste subtópico retoma a discussão sobre o Terceiro Setor e realça seu papel,

na atualidade, na formatação e no desenvolvimento de projetos sociais. Dentre asorganizações do Terceiro Setor, é destacada a atuação das Organizações Não Go-vernamentais – ONGs (os alunos tiveram a oportunidade de conhecer, na Sessão 1deste Arco, as principais instituições do Terceiro Setor).

Para dar suporte às explicações do passo-a-passo da elaboração de projetossociais, criamos a opção denominada CONHEÇA MAIS, APRENDENDO

COM OUTRAS EXPERIÊNCIAS!. São narrativas de casos reais de projetossociais, que ajudam a ilustrar os conceitos apresentados. Sempre que aparecer estetítulo, o(a) professor(a) deve fazer uma leitura do texto em voz alta, pedindo queos alunos o acompanhem em seus Guias, ou pode pedir que um ou mais alunosleiam em voz alta e comentem o exemplo lido.

O primeiro texto faz referência à criação de uma ONG: “Moradia e Cidada-nia”. O(a) professor(a) poderá trabalhar exemplos de outras ONGs, destacando aspeculiaridades de suas ações. Poderá, ainda, sugerir que os alunos observem asfotos do Guia de Estudo, que também ilustram projetos sociais, procurando identi-ficar os atores envolvidos e os tipos de atividades que desempenham.

A opção DICA, neste subtópico, traz uma informação importante para a in-serção profissional dos alunos, e o(a) professor(a) deve enfatizá-la, chamando aatenção da turma para as possibilidades de trabalho que os Agentes de ProjetosSociais podem ter junto às organizações mencionadas.

ATIVIDADE 34 >> AVALIAÇÃONesta atividade, em que os grupos escolhem uma ONG, com o objeti-

vo de realizarem uma entrevista com um de seus membros, é importante que, napesquisa, observem como funcionam as organizações não governamentais; em queáreas atuam; como é o seu trabalho junto às comunidades e, principalmente, se elasoferecem oportunidades de trabalho para os agentes da comunidade na elabora-ção, no desenvolvimento e no acompanhamento dos projetos.

Os resultados da atividade devem ser entregues em encontros futuros, emdata a ser marcada previamente (período ideal: duas semanas). Cabe ao(à)professor(a) orientar os grupos no decorrer das tarefas. Se necessário, deve reser-var um período da aula para estas orientações. No dia da entrega dos relatórios,o(a) professor(a) deve organizar um breve seminário, para que os alunos troquemexperiências sobre suas pesquisas.

Page 64: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

64

3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

TÓPICO 2 – PENSANDO UM PROJETOSOCIAL PASSO A PASSO...

Este tópico trata da iniciativa e da decisão de se realizar um projeto social,destacando a importância da participação da comunidade em todas as suas fases,principalmente nas tomadas de decisão, pois a comunidade falará melhor do queninguém sobre suas demandas e carências. Os exemplos podem auxiliar na com-preensão do processo. O(a) professor(a) deve relembrar algumas questões discuti-das na Sessão 2 sobre “levantamento de demandas sociais”.

A partir deste tópico, o aluno começará a montagem de um projeto. Cadaetapa do projeto está ilustrada com exemplos, que serão acompanhados na cons-trução do projeto a ser elaborado em sala pelos alunos.

Nesta etapa, serão discutidas algumas funções do Agente de Projetos Sociaise será ressaltada a sua importância como articulador entre a comunidade e as insti-tuições (públicas ou privadas).

As atividades seguem a mesma metodologia, na criação do modelo sugeridocomo protótipo. Será trabalhada a idéia de um projeto numa suposta comunidade,a ser desenvolvido durante as aulas. Ao terminarem esta Sessão, os alunos terão oprojeto pronto.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deverá ser capaz de:

� Identificar, a partir de situações reais, os procedimentos metodológicospara elaboração de um projeto social.

� Compreender como funciona a etapa de tomada de decisão na escolha dasprioridades.

� Apontar o papel do Agente de Projetos Sociais durante a fase de elabora-ção.

� Ressaltar a importância da participação da comunidade no processo detomadas de decisão.

� Redigir um projeto.

� Acompanhar os procedimentos de cada etapa da elaboração do projeto.

TEXTOS E ATIVIDADES

1º PASSO – A INICIATIVA PARA A ELABORAÇÃO DEUM PROJETO SOCIAL

VEJA O FILME >> PARAÍSORealização: LTDS/UFRJ e CICT/FIOCRUZ

Page 65: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

PEN

SAN

DO

UM

PRO

JETO

SOCI

AL

PASS

O A

PA

SSO

...

65

3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

O curta-metragem Paraíso traz uma história fictícia em que pessoas de umacomunidade começam a se organizar para, juntas, buscarem solução para seus pro-blemas prioritários. As cenas desenvolvem-se em reuniões de moradores, destina-das a discutir os problemas apresentados pelo grupo, estabelecer prioridades e acanalizar esforços para solucioná-los.

O(a) professor(a) não deve comentar o filme antes da exibição, para que osalunos mantenham o interesse. Após a apresentação, é importante que a turmadiscuta os pontos em destaque, analisando os níveis de participação das pessoasnas decisões e a possibilidade de se buscar parcerias fora da comunidade.

Tomando como ponto de partida o filme assistido e o debate, o professordeve destacar a importância de se identificar o problema principal, ou os proble-mas principais, antes da elaboração de um projeto social.

A metodologia adotada, para que o aluno possa melhor compreender as eta-pas de elaboração de um projeto social, parte de um exemplo real para construir omodelo que a turma irá criar coletivamente. Lembre-se: O projeto vai trabalhar

apenas com suposições, pois, em princípio, o projeto comum, desenvolvido

em sala, não será executado. Servirá como exemplo para que o aluno possa sercapaz de, após o curso, atuando como Agente de Projetos Sociais, elaborar proje-tos baseados em situações reais identificadas na sua comunidade ou bairro, emqualquer área de atuação (educação, saúde, meio ambiente, trabalho, entre outras).

ATIVIDADE 35Esta atividade é a primeira de uma seqüência que constituirá um roteiro

de etapas, culminando com a elaboração do projeto pela turma. Pensou-se em umasituação fictícia, como estratégia para a construção deste modelo de projeto. Asituação-problema descreve uma comunidade em que se observa a dispersão dapopulação jovem em busca de atividades remuneradas e de lazer em comunidadesvizinhas; nota-se, também, o abandono das tradições culturais e das manifestaçõesartísticas espontâneas, que eram consideradas como atividades geradoras de ren-da, e a preocupação expressa pelos moradores com a perda de identidade culturaldo lugar.

O(a) professor(a) deve refletir com os alunos sobre quais alternativas podemser escolhidas para amenizar ou solucionar os problemas apresentados. Depoisdisso, vamos começar a escrever o projeto.

Para o desenvolvimento das atividades, o(a) professor(a) deve dividir a turmaem grupos, que farão o seguinte:

1o: Completar os itens de identificação do Projeto: área de atuação, local de

execução do Projeto (suposto) e problema(s) identificado(s).

Simultaneamente à explicação da atividade, o(a) professor(a) deve destacar eexplicar os seguintes conceitos: Cultura, Manifestações Culturais, Patrimônio Ma-terial e Imaterial, Causa Social e Demanda Social. Como apoio, pode consultar ostextos incluídos no CD ou a bibliografia que preferir.

Page 66: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

66

3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

Segundo a definição pioneira de Edward Burnett Tylor, sobre a etnologia (ciên-cia relativa especificamente ao estudo da cultura), a cultura seria “o complexo queinclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábi-tos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.” (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura. Acesso em set.2006)

(Texto Complementar 21 - CD)

2o: Conhecer a comunidade “criada” pelo grupoO(a) professor(a) deve levantar com aos alunos quais são os dados que devem

ser coletados e quais as questões que podem ser formuladas quando queremosconhecer uma comunidade: a quem entrevistar, que tipos de documentos recolhere que fontes externas pesquisar.

2O PASSO – ESCREVENDO OPROJETO PASSO A PASSO...

Neste subtópico, o aluno vai escrever o projeto. Para isso é necessário queentenda o projeto como um todo. Um roteiro básico, contendo todos os itens aserem elaborados, irá facilitar a compreensão dos componentes essenciais à pro-posta do projeto. A redação de cada um dos itens, especificamente, será trabalhadapelos alunos com o acompanhamento do(a) professor(a) e, à medida que foremsendo redigidos, os textos devem ser digitalizados, no computador do ProJovem.

O(a) professor(a) pode levar para a sala um projeto já impresso, a fim de queos alunos visualizem sua formatação.

O roteiro básico que vai servir de modelo para o Projeto deve ser visto comouma alternativa que pode sofrer alterações conforme a natureza do projeto socialpretendido.

Segue o roteiro adotado:

� Título do projeto, nome da Instituição e/ou do coordenador do projeto

� Data

� Introdução (apresentação resumida da idéia do projeto, com uma descri-ção geral da comunidade e do local onde será realizado)

� Justificativa

� Objetivos

� Público-alvo

� Atividades

� Recursos necessários

� Cronograma de atividades e período de realização (início e fim previstos,sempre se considerando que as atividades do Projeto podem transformar-se em atividades permanentes)

Page 67: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

PEN

SAN

DO

UM

PRO

JETO

SOCI

AL

PASS

O A

PA

SSO

...

67

3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

� Planilha de despesas

� Acompanhamento e Avaliação

� Informações complementares (modelos de material de divulgação, anexosgerais etc.).

O primeiro passo será a criação do TÍTULO e a elaboração da INTRO-

DUÇÃO. O título escolhido deve ser atraente, despertar o interesse de quem o lêe, ao mesmo tempo, sintetizar a idéia central do projeto.

ATIVIDADE 36Nesta atividade, todos os alunos participam da escolha do título do pro-

jeto. Em seguida, em grupos, vão trabalhar uma pequena introdução descritiva.A partir desta atividade, quase todas que se seguem, considerando-se a

metodologia adotada, partem de exemplos reais para a construção do modelo daturma. As atividades, em geral, serão realizadas em grupos e seguem a mesma linhade raciocínio da Atividade 35, na construção do modelo de projeto.

O texto sobre cada etapa da elaboração (justificativa, objetivos, público-alvo,atividades, recursos etc.) vem com explicações específicas, acompanhadas de exem-plo de um projeto que aconteceu ou que ainda está sendo desenvolvido em algumaregião do país. Cabe ao(à) professor(a) orientar os grupos na execução de cadauma dessas etapas.

ATIVIDADE 37Vamos trabalhar a JUSTIFICATIVA com a turma.

Exemplo: Projeto Água de Beber.(Fonte: http://www.capoeirabrasil-ce.com.br/projeto. Acesso em set.2006)

ATIVIDADE 38Os alunos vão escrever os OBJETIVOS do projeto.

Exemplo: Projeto Social Entre Amigos(Fonte: http://www.proinfo.es.gov.br/ntecolatina/projeto. Acesso em set.2006)

ATIVIDADE 39Partindo do exemplo do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), em

que o público-alvo de um dos projetos sociais são mulheres do Pontal deParanapanema e de Nazaré Paulista, os alunos vão definir o PÚBLICO-ALVO

do projeto da turma.(Fonte: http://www.ipe.org.br/html/apoie_loja.htm. Acesso em set.2006)

Page 68: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

68

3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

ATIVIDADE 40Nesta atividade, os alunos vão observar que, aos objetivos do Projeto

Entre Amigos, correspondem ATIVIDADES, que estão sendo realizadas pelosintegrantes do projeto. Na atividade anterior, os grupos dividiram-se e cada umelaborou pelo menos um objetivo para o projeto da turma. Agora, os alunos vãofazer corresponder as ATIVIDADES aos objetivos redigidos.

Exemplo: Projeto Entre Amigos.(Fonte: http://www.proinfo.es.gov.br/ntecolatina/projeto. Acesso em set.2006)

ATIVIDADE 41As atividades 41 e 42 vão tratar dos RECURSOS NECESSÁRIOS

para a realização do projeto. Nesta atividade 41, partindo do exemplo do projetoDançando para Não Dançar, que mobiliza vários profissionais de diferentes áreas,a turma vai pensar que Equipes de Trabalho serão necessárias para a execução doseu projeto simulado.

Exemplo: Dançando para Não Dançar.(Fonte: http://www.dancandoparanaodancar.org.br/root/root_br/

index.htm.Acesso em set.2006)

ATIVIDADE 42Nesta atividade, para muitos alunos, a terminologia e a classificação

empregadas no item RECURSOS NECESSÁRIOS, para os Materiais e Servi-

ços, poderão ser conteúdos desconhecidos; portanto, o(a) professor(a) deve de-ter-se mais tempo neste item, analisando o que representa cada categoria e solici-tando exemplos que não estejam na lista de materiais e serviços apresentada noGuia de Estudo.

ATIVIDADE 43

PERÍODO DE REALIZAÇÃOÉ preciso enfatizar para os alunos que os Projetos têm um prazo previsto para

início e encerramento. Entretanto, no caso dos projetos sociais, é usual sua prorro-gação e, dependendo da natureza do projeto, a situação ideal seria sua continuida-de como atividade permanente.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADESEsta etapa é fundamental para que as atividades do projeto aconteçam, e o pro-

fessor pode estabelecer um paralelo do CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO

PROJETO – com sua complexidade e interdependência de fatores –, com as ativi-dades de rotina que os alunos programam para as suas vidas, bem mais simples.

Page 69: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

PEN

SAN

DO

UM

PRO

JETO

SOCI

AL

PASS

O A

PA

SSO

...

69

3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

Dois exemplos foram trabalhados nesta atividade:

� Projeto Vivendo o Museu

� Projeto Social de Atenção Nutricional a Creches do Distrito Federal(Fonte: http://www.unb.br/fs/creche/participar2.htm. Acesso em set.2006).O cronograma de atividades é um quadro demonstrativo que deve ser afixa-

do na sala da Coordenação do Projeto e ser amplamente divulgado no jornal dacomunidade e em outros espaços de informação, como o quadro de avisos daAssociação de Moradores, para que seja visto por todos. O(a) professor(a) devefazer notar aos alunos que as atividades que não puderem ser realizadas no períodoprevisto deverão ser reprogramadas.

ATIVIDADES 44 E 45O aluno, nestas atividades, vai tomar como base a relação de itens que

preparou nas Atividades 41 e 42 (Recursos Necessários) e fazer o levantamento de cus-tos para o projeto da turma. Se possível, ele deve tomar como referência valores deserviços e preços de mercadorias dos fornecedores de sua cidade. Se o(a) professor(a)perceber que a turma encontra dificuldades para a construção da planilha sugerida,deve propor-lhe outros exercícios, com utilização de poucos elementos.

A elaboração dessa Planilha de Orçamento Geral do Projeto requer, tam-bém, dos alunos, conhecimento e domínio de operações matemáticas. É funda-mental que, nesta etapa, os alunos já tenham aprendido a usar os aplicativos deinformática para formatação de planilhas e cálculos de custos.

ATIVIDADE 46 >> ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃODAS ATIVIDADES

Nesta atividade, o(a) professor(a) deve destacar a importância da participa-ção da comunidade no ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO de todas asetapas do projeto. A partir das decisões tomadas, que definiram quais seriam asprioridades, a execução das ações deve ser acompanhada pelos moradores. É pre-ciso avaliar os impactos causados pelo projeto na comunidade e as transformaçõesque ocorreram na vida das pessoas em decorrência dele. Estes resultados devemser também amplamente divulgados aos interessados e parceiros do projeto.

Exemplo: Os alunos devem reler o texto do exemplo da Atividade 43 – Pro-jeto Social de Atenção Nutricional a Creches do Distrito Federal, observando asferramentas utilizadas para acompanhamento e avaliação daquele projeto.

3º PASSO – REDAÇÃO FINAL DO PROJETOEste passo consiste em agrupar todas as informações, ou seja, na formatação

do projeto escrito. Cabe ao aluno, a partir das informações coletadas nas ativida-des anteriores e do roteiro proposto, construir e formatar o projeto social da suaturma.

Page 70: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

70

3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

ATIVIDADE 47 >> AVALIAÇÃONesta última atividade, o(a) professor(a) deve pedir que os grupos re-

dijam o projeto no computador e o tragam impresso na aula seguinte. O(a)professor(a) deve marcar um horário específico com cada equipe, para tirar dúvi-das e corrigir o projeto com aos alunos.

Page 71: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

BUSC

AN

DO

PA

RCEI

ROS

71

3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

TÓPICO 3 – BUSCANDO PARCEIROS

Este tópico apresenta as principais formas de se captar recursos para projetossociais, enfatizando o estabelecimento de parcerias, definindo quem são os possí-veis colaboradores, como identificá-los e como chegar até eles.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de:

� Identificar parceiros em potencial.

� Reconhecer a importância do estabelecimento de parcerias para o desen-volvimento de projetos sociais.

� Conhecer as principais formas de captação de recursos para um projeto social.

� Relacionar estratégias necessárias à apresentação de projetos para a obten-ção de apoio.

QUEM PODE FINANCIAR NOSSA IDÉIA?Por meio de exemplos práticos, o(a) professor(a) deve apresentar as diferen-

tes formas de se viabilizar financeiramente os projetos e demonstrar procedimen-tos para identificar parceiros e encaminhar projetos.

ATIVIDADE 48Nesta atividade, os alunos vão se deter nas características do projeto

que a turma elaborou, fazendo uma releitura de todos os seus itens para pensaremno perfil dos possíveis parceiros. O(a) professor(a) deve enfatizar que as parceriasexternas podem ser acertadas com órgãos do governo, organizações não governa-mentais do Terceiro Setor, empresas privadas e pessoas físicas.

COMO ENCONTRAR OS PARCEIROSE ENCAMINHAR O PROJETO?

Este tópico traz orientações para melhor identificarmos os parceiros e indicacomo chegarmos até eles.

É importante que o(a) professor(a) relate casos reais de programas de respon-sabilidade social de empresas (Sessão 1) e de projetos que se beneficiaram de re-cursos daí advindos. Poderá também pesquisar, na internet, empresas da regiãoque possuam programas de apoio a projetos sociais, para ilustração da aula.

Deve, ainda, dar dicas sobre os cuidados que os Agentes de Projetos Sociaisdevem tomar quanto à postura, à educação, ao comprometimento e à ética profis-sional que devem ter em relação aos parceiros.

ATIVIDADE 49 >> AVALIAÇÃO FINALO aluno vai selecionar um projeto social de uma comunidade ou bairro

próximos e analisar seus vários itens: as ações desenvolvidas, as metas que já foram

Page 72: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

72

3AGENTE DE PROJETOS SOCIAIS

alcançadas, o pessoal envolvido, as parcerias estabelecidas, os recursos despendidose as formas de participação dos moradores. Ele deve aplicar o modelo que já co-nhece, que serviu de guia na montagem do projeto da turma, para organizar o seurelatório de visita. O(a) professor(a) deve lembrá-lo de recolher materiais originaisna sede do projeto visitado, como cartazes, folders, fotos, entre outros que ilustremmelhor o projeto. Esta atividade deve ser feita fora do horário de aula e tem umcaráter individual, apesar de os alunos poderem realizar a visita em grupo.

Deve ser utilizado o computador do ProJovem para a redação do relatóriodas visitas.

Itens do Projeto e do Relatório:

� Título do projeto

� Nome da Instituição e/ou do coordenador do projeto

� Apresentação resumida da idéia do projeto, com a descrição do local e dacomunidade onde será realizado (em duas linhas, no máximo)

� Justificativa (em três linhas, no máximo)

� Objetivos (descrever o principal objetivo)

� Público-alvo

� Atividades (descrever as principais)

� Recursos necessários (de uma forma geral)

� Datas de início e fim previstas

� Custo geral do Projeto

� Acompanhamento e Avaliação (como foram ou estão sendo feitos)

� Materiais coletados: modelos de material de divulgação, informativos, rela-tórios, ata de reuniões etc.

� Parcerias

� Observações Gerais

É importante, no último encontro desta ocupação de Agente de Projetos

Sociais, propor um debate entre os alunos sobre os projetos que pesquisaram,proporcionando-lhes uma oportunidade de reflexão sobre a realidade observada.

Ao concluirmos esta Sessão, o(a) professor(a) deve fazer uma pequena refe-rência à ocupação que vem a seguir, de Coletor de Dados de Pesquisa e Infor-

mações Locais, profissional que trabalha com a informação, item essencial naelaboração de um Projeto Social.

Page 73: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

EM B

USC

A D

A I

NFO

RMA

ÇÃO

73

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4SESSÃO 4 – COLETOR DE DADOS DEPESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

TÓPICO 1 – EM BUSCA DA INFORMAÇÃO

Este tópico situa, no Arco, a ocupação de Coletor de Dados de Pesquisa e

Informações Locais. Ao longo das sessões anteriores, o aluno levantou dadospara dar suporte a diversas atividades; agora, ele verá, com maior destaque, a fina-lidade de coletá-los, e como podem ser úteis ao Agente Comunitário e ao Agente

de Projetos Sociais, que neles se apóiam para tomar decisões ou avaliar situaçõesou a execução de projetos.

São apresentadas noções básicas sobre pesquisa e dados, que são o primeiropasso para se chegar à informação. O título Em busca da informação mostra que, parase obter a informação, é necessário realizar-se uma série de procedimentos, quechamamos de pesquisa.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deverá ser capaz de:

� Compreender para que se coletam dados e perceber que é por meio delesque podemos retratar uma realidade e obter informações necessárias àstomadas de decisão e avaliações.

� Reconhecer que a informação resulta da interpretação que se faz dos dadose depende da forma como eles são combinados.

� Entender o que significam os termos base e fonte de dados.

� Situar os conhecimentos e a vivência do entrevistado, como fonte de da-dos, nas entrevistas realizadas nas outras sessões do Arco.

� Identificar as qualidades que um dado deve ter.

� Compreender a pesquisa como um meio para se buscar informações.

� Situar a coleta de dados como uma das etapas da pesquisa.

� Conhecer termos estatísticos próprios e comuns numa pesquisa – popula-

ção ou universo, variável e amostra.

� Distinguir uma pesquisa de caráter qualitativo de uma pesquisa de caráterquantitativo.

� Conhecer diferentes tipos de pesquisa: de mercado, eleitoral e de audiência.

� Reconhecer a importância da coleta de dados para a realização de um pro-jeto social.

Page 74: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

74

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 TEXTOS E ATIVIDADES

PARTINDO DOS DADOSUtilizar dados não é novidade para os alunos, nem nas atividades do Guia de

Estudo, nem em sua vida cotidiana. A partir de agora, eles terão mais informaçõessobre dados – algumas características, sua finalidade e onde se inserem no cotidia-no e nas tarefas das ocupações do Arco.

PARA QUE COLETAR DADOS?Dois pontos foram destacados como fundamentais para se caracterizar a fina-

lidade de coletar dados, no contexto do Arco Ocupacional de Gestão Pública eTerceiro Setor:

1. Para se atuar sobre uma realidade, é preciso conhecê-la.

2. Os dados e informações obtidos ajudam no momento de se avaliar e de sedecidir sobre o que fazer em benefício da realidade que o projeto social

pretende mudar.

ATIVIDADE 50Nesta primeira atividade da ocupação de Coletor, o aluno deverá descre-

ver a comunidade em suas características gerais e mais comuns (como são os morado-res, qual o tipo de moradia, se tem escolas e/ou posto de saúde, como é o comércio,quais as principais ocupações dos moradores etc.). Depois, ele deverá escolher um oudois aspectos e tratá-los de forma mais detalhada, indicando quais outros dados einformações poderiam ajudar na solução dos problemas que a comunidade enfrenta.

Como na Atividade 27, da Sessão 2, o aluno fez um levantamento sobre suacomunidade, seria interessante se pudesse comparar as duas pesquisas.

O que deve ser observado nesta atividade é se o aluno soube bem aproveitare explorar os dados e as informações disponíveis sobre a comunidade para com-preender sua realidade.

Esta atividade foi motivada pela frase grifada no texto do Guia de Estudo: Para

se atuar sobre uma realidade, é preciso conhecê-la. Este conhecimento podeser adquirido por vivência ou por meio da interpretação dos dados; melhor aindase for possível combinar os dois modos.

CONHECENDO O IBGEAs informações contidas no Conheça mais sobre o IBGE são importantes e

devem ser destacadas pelo professor.

Escolaridade dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos:O gráfico com esse título, apresentado no Guia de Estudo, foi construído com

dados extraídos do Censo Demográfico 2000, realizado pelo IBGE. Com base

Page 75: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

EM B

USC

A D

A I

NFO

RMA

ÇÃO

75

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4nos dados da tabela, representados no gráfico, verificamos que 46% dos jovensbrasileiros que têm entre 18 e 24 anos de idade não atingem o nível de escolaridadefundamental completo.

(Na Sessão 1, os alunos tiveram um primeiro contato com a representação deinformações por meio de gráficos, ao serem apresentados ao gráfico do IBGE queretrata a distribuição percentual, por área de atuação, dos Conselhos existentes nopaís. Nesta sessão, é importante que o aluno se familiarize ainda mais com estaforma de representação de dados.)

Por certo, o conhecimento daqueles dados sobre o nível de escolaridade influen-ciou na decisão do Governo Federal de criar o Programa ProJovem – ProgramaNacional de Inclusão de Jovens. O Governo percebeu, na situação representada, umademanda social: sem ter pelo menos o ensino fundamental completo, cada vez mais osjovens enfrentarão dificuldades no mercado de trabalho. O ProJovem, que tem comopúblico-alvo jovens na faixa etária de 18 a 24 anos que não completaram o ensinofundamental, pretende promover a elevação da escolaridade dos jovens inscritos, alémde dar a eles qualificação profissional e oportunidade de exercerem sua cidadania.

Destaque para o Glossário: Censo Demográfico.

DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTOMais uma vez, o(a) professor(a) pode retomar o que já foi visto nas sessões

anteriores para exemplificar os termos fonte, base e banco de dados.O dado é o elemento inicial; a partir dele se chega à informação. Os dados são

obtidos por meio de investigação e pesquisa. A coleta de dados é o recolhimentoe o agrupamento desses dados de modo a formar um conjunto, que será a base

que nos servirá para caracterizarmos um problema, entendermos uma situação e,até mesmo, projetarmos soluções.

O conjunto de dados coletados pela turma ao longo da Sessão 1, por exemplo,formou uma base a partir da qual se construiu o Mapa da Participação Popular.Com os dados levantados na sessão que trata da ocupação de Agente Comunitário

foi possível retratar a realidade e identificar demandas sociais de algumas comunida-des. E podemos considerar o Mapa da Participação Popular VII como um banco de

dados dos projetos sociais da cidade voltados aos jovens de 18 a 24 anos.O conhecimento foi a principal fonte de dados a que a turma recorreu e esta-

va representado no depoimento dos moradores sobre sua comunidade e nas entre-vistas com os representantes das instituições visitadas (Câmara; Prefeitura ou se-cretarias municipais; empresas; ONGs; associações de moradores).

Destaque para o Glossário: Base de Dados, Banco de Dados e Fontede Dados.

DADO É FRUTO, INFORMAÇÃO É SUCOPara estabelecer a diferença entre dado e informação, recorremos à brinca-

deira de criança Tá quente! Tá frio!, e à frase síntese: dado é fruto, informação é suco. Na

Page 76: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

76

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 síntese, exemplificamos a idéia associando dado a uma fruta, com a qual fazemossuco: a informação seria o ‘suco’, isto é, a informação seria o resultado doprocessamento dos dados.

ATIVIDADE 51

Fase 1: Esquentando – Tá quente! Tá frio!Um dado é simplesmente um dado. Dados precisam ser combinados e, então,

interpretados, para se chegar a uma informação. É esta idéia que se quer passarcom a brincadeira.

O(a) professor(a) deve tentar fazer, em sala de aula, com a participação dosalunos, uma encenação da brincadeira envolvendo a turma e as personagensAmaralina, Rosa e Sandra. Alunos representariam essas três personagens.

Amaralina esconde uma boneca, Rosa está procurando pela boneca escondi-da. Quando Rosa se aproxima do local onde a boneca está, a turma diz: – Táquente! Quando Rosa se afasta do local, a turma diz: – Tá frio! Rosa se movimentade acordo com os dados que a turma lhe dá.

Quando Sandra chega, a brincadeira já começara havia algum tempo: a turmajá tinha dito várias vezes tá quente, tá frio conforme Rosa se aproximava ou se afas-tava do local onde a boneca está escondida. No momento em que Sandra chega, osalunos dizem a Rosa: – Tá frio!. Sandra, então, acha que a amiga Rosa irá demorar aachar a boneca escondida, mas Rosa sorri e logo aponta para o esconderijo daboneca.

O(a) professor(a) deve indagar à turma:

– Por que Sandra teve uma impressão tão diferente do que realmente aconteceu?

A impressão de Sandra foi diferente porque, para ela, este tá frio! foi apenasum dado. Mas, para Rosa, este dado constituiu uma informação muito importanteporque ela combinou o tá frio! com todos os outros tá quente e tá frio que a turma jálhe dissera e que a fizeram movimentar-se pelo lugar, aproximando-se ou afastan-do-se dos pontos conforme a informação da turma. Assim, Rosa chegou naqueledeterminado ponto e concluiu: se indo para a direita estava frio, então, a boneca sópoderia estar à esquerda.

O(a) professor(a) pode repetir esta atividade, de forma livre, se notar interes-se da turma. Após a atividade, pedir que os alunos comentem o que perceberam.

Fase 2: Pesquisa sobre a confraternização.O aluno perceberá que o dado é o primeiro resultado da busca pela informa-

ção e é resultado de uma coleta em que perguntas são formuladas e, depois, res-pondidas, constituindo um conjunto de dados. Os dados são, então, processados,contabilizados, combinados e interpretados, e se chegará à informação.

Assim, com base nas informações alcançadas a partir da pesquisa de opiniãofeita, como seria a festa de confraternização da turma?

Page 77: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

EM B

USC

A D

A I

NFO

RMA

ÇÃO

77

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4Procure, professor(a), destacar as indicações fornecidas pela pesquisa; apontetambém aspectos que considere que não ficaram bem definidos.

Fase 3: Reforçar o conceito de informação resultante delevantamento de dados.

QUALIDADES DE UM DADOAssegurar-se de que os dados têm determinadas qualidades é uma maneira de se

garantir a possibilidade de se conseguir boas informações. Podemos, até, ter comoresultado informações de pouco valor, apesar de termos uma boa base de dados,formada com dados de boa qualidade, coerentes entre si; isto pode acontecer, porexemplo, quando o processamento dos dados não é bem feito – na sua combinaçãoou interpretação. Porém, não chegaremos a boas informações com dados ruins.

Os dados devem ter uma série de propriedades, inclusive por razões estatísti-cas. Delas, destacamos três, que julgamos essenciais e que podem ser compreendi-dos pelos alunos: (a) precisão; (b) confiabilidade; (c) suficiência.

Estas propriedades devem ser consideradas na determinação dos dados queserão coletados. E o Coletor deve estar atento a elas, como sendo qualidades que osdados devem apresentar.

PRECISÃO

ATIVIDADE 52O aluno verá que um mesmo dado pode ser obtido com níveis de pre-

cisão diferentes. Dependendo da utilização que se dará ao dado, seria estabelecidoo nível de precisão desejado, cabendo, então, ao Coletor, assegurar que o dadocoletado atenda à precisão necessária.

Respostas (gabarito)

( ) Idade: de 30 a 50 anos = vago: mais ou menos preciso

(b) Idade: mais de 20 anos = pouco preciso

( ) Idade: 35 anos = preciso, em anos

(a) Idade: 35 anos, 2 meses e 4 dias = muito preciso: precisão em dias

CONFIABILIDADE

ATIVIDADE 53Para iniciar a discussão, orientamos o(a) professor(a) a procurar, junto

com a turma, no dicionário, o significado da palavra confiável. O dicionário de-monstrará que confiável é algo em que podemos acreditar, confiar e utilizar, ounos apoiar com certeza, com confiança.

Page 78: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

78

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 Os exemplos do Guia ilustram bem o que são dados confiáveis; entretanto, éimportante, para a compreensão do significado desta qualidade, que os alunos tra-gam fatos de suas vivências.

A turma deve compreender que problemas são evitados quando os dados sãoconfiáveis.

SUFICIÊNCIALendo a história de Cleuza e do doce de cupuaçu, os alunos vão entender o

conceito de suficiência e podem acrescentar novos exemplos ilustrativos.

COLETANDO DADOS NUMA PESQUISAO nome da ocupação já identifica esta função com a atividade de pesquisa. A

pesquisa será mostrada ao aluno como um procedimento que tem o objetivo dealcançar as informações desejadas.

A pesquisa pode ser desenvolvida por um instituto de pesquisa, por uma ONG,por um centro universitário, mas também por uma associação de moradores e atémesmo por um grupo de pessoas. O que caracteriza uma pesquisa é o esforço metó-

dico, isto é, a utilização de um processo organizado, em busca das informações dese-jadas, e uma das tarefas necessárias à sua concretização é a coleta de dados.

O QUE É PESQUISAÉ importante deixar claro que a pesquisa se inicia com muitos questionamentos

e dúvidas sobre um assunto. Com isso, é possível estabelecer-se o objetivo da pes-quisa – o que se quer descobrir ou achar a partir dela. Os objetivos podem sertraduzidos em perguntas e estas perguntas definirão as informações desejadas; daí,é seguir em busca das informações, através de um método, definido como umprocesso organizado de realização da pesquisa.

ATIVIDADE 54O aluno estará, nesta atividade, trabalhando a primeira etapa de uma

pesquisa – a etapa de definição. Os alunos devem discutir, em grupo, que questõesenvolvendo o tema juventude podem ser levantadas. Podem partir de uma dúvidaque já tenham, de uma crítica ou de uma curiosidade. Depois de definido qualquestão será abordada, o grupo deve formular o objetivo da pesquisa de modoque fique claro o que quer com a pesquisa, onde pretende chegar.

Se julgar que a turma terá dificuldades, o(a) professor(a) pode sugerir temas,como:

� o papel do jovem na preservação da cultura de sua cidade;

� a relação entre a propaganda na mídia e os hábitos de consumo dos jovens;

� as conseqüências da desinformação sobre sexo na adolescência.

Page 79: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

EM B

USC

A D

A I

NFO

RMA

ÇÃO

79

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4OBJETIVO É FUNDAMENTALNuma pesquisa, os dados não são coletados à toa, há uma razão para sua

coleta: eles serão utilizados para determinado fim, serão usados de determinadojeito, num determinado momento; portanto, há uma finalidade.

Não faz sentido despender esforço para coletar dados que não serão utiliza-dos porque não têm finalidade. Que tipo e quais dados serão coletados são ques-tões determinadas a partir do objetivo da pesquisa. O objetivo da pesquisa apontapara as informações que ela quer descobrir e, conseqüentemente, para os dadosque levarão a essas informações.

Esta questão foi tratada utilizando como exemplo a pesquisa feita pela ONGcearense Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS) com o intuito deavaliar os resultados das ações do Consórcio Social da Juventude de Fortaleza eregião metropolitana.

Informações adicionais sobre o Consórcio Social da Juventude:O Consórcio Social da Juventude – CSJ de Fortaleza e região metropolitana

atua na divulgação do Programa Primeiro Emprego ao público-alvo, na seleçãodos jovens, na qualificação e capacitação dos participantes e, finalmente, no seuencaminhamento para o mercado de trabalho.

Durante o processo de qualificação, os jovens têm aulas de inclusão digital esobre valores humanos, saúde, ética e cidadania e educação ambiental. Passam poruma capacitação profissional, em oficinas-escolas, de acordo com a demanda deemprego da região. E são estimulados a investir em sua escolaridade.

Os dados coletados pela pesquisa deveriam fornecer informações que permi-tissem verificar quantos jovens conseguiram inserir-se no mercado de trabalho apósparticiparem dos cursos de qualificação e capacitação do CSJ, se a divulgação e aseleção estavam adequadas ao perfil do público-alvo do PNPE – Programa Naci-onal de Estímulo ao Primeiro Emprego, além de avaliar a relação dos cursos como mercado de trabalho e com os princípios de cidadania (que conhecimentos ehabilidades estão sendo abordados?), as condições de ensino e de didática (comoo conhecimento tem sido transmitido?) e o impacto dessa experiência na vida dosjovens (o que eles aprenderam e incorporaram no seu projeto de vida?).

Esta foi a primeira vez que a pesquisa foi realizada. Foram entrevistados jovensque participaram do primeiro ano do CSJ, 2004, e os alunos de 2005, ano da pesquisa.

ATIVIDADE 55Nesta atividade, os alunos vão observar o quadro Situação de trabalho dos

jovens participantes do CSJ na turma de 2004, apresentado no Guia de Estudo, e o(a)professor(a) deve ajudar na interpretação dos resultados da pesquisa, acrescentan-do algumas informações:

� A participação no CSJ praticamente não transferiu postos de trabalho paraos jovens. Não criou novas oportunidades de trabalho, já que, antes de

Page 80: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

80

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 participarem do CSJ, 48% dos jovens não tinham experiência profissionalanterior e, depois de concluírem, apenas 44% dos jovens participantes es-tavam ocupados. São valores quase iguais.

� Para aqueles que conseguiram uma ocupação, a condição de trabalho me-lhorou consideravelmente, já que 23% dos jovens ocupados conseguiramcontratação no setor formal.

� Comparando-se a situação de trabalho no setor formal, antes e depois dasparticipação dos jovens no CSJ, vemos que, em todas as categorias, houvemelhora. Nas categorias de aprendiz e de estagiário com remuneração, au-mentou a porcentagem. Na categoria de estagiário sem remuneração, a si-tuação permaneceu igual. Depois do CSJ, alguns jovens estão formalmenteempregados, e surgiu a categoria de empregado com carteira assinada.

� A partir da melhora notada, podemos perceber que os conhecimentos e ha-bilidades abordados nos cursos do CSJ têm valor no mercado de trabalho.

� Do total de jovens que participaram do CSJ, diminuiu bastante o númerodos que estão trabalhando sem carteira assinada. Antes, era de 21%; depoisdo CSJ, apenas 10% encontram-se nesta categoria.

O(a) professor(a) deve estar atento para o fato de que estamos tratando deproporções, portanto, não é possível afirmar se os jovens que compunham o gru-po dos que já tinham experiência profissional antes de entrar no CSJ são os mesmosque conseguiram uma ocupação depois de concluírem o CSJ. Pode ter acontecidoque jovens que não tinham experiência profissional anterior tenham conseguidouma ocupação depois de cursarem o CSJ, e que jovens, que tiveram experiênciaprofissional antes de entrar no CSJ, estejam sem ocupação.

ETAPAS DE UMA PESQUISANeste item, as etapas de uma pesquisa são apresentadas de forma simplificada.

Sugerimos a leitura comentada de cada etapa, com destaque para o item Execu-ção. O(a) professor(a) deve frisar que esta etapa é o momento em que o coletor

vai a campo coletar os dados. E, além dos instrumentos próprios do método

de coleta aplicado, o roteiro pode ser um instrumento útil nesta tarefa e tam-

bém o relatório, para organização e apresentação dos dados.

Depois da apresentação das etapas que compõem o trabalho de pesquisa, eantes da atividade seguinte, o(a) professor(a) deve ressaltar para os alunos que, geral-mente, há uma coordenação de pesquisa responsável por dar andamento à seqüên-cia de etapas, já que elas costumam ser realizadas por diferentes pessoas ou equipes.

ATIVIDADE 56Com esta atividade, o aluno vai reconhecer como as pesquisas realizadas

até agora foram feitas e quais as etapas identificadas. O(a) professor(a) não deve exi-

Page 81: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

EM B

USC

A D

A I

NFO

RMA

ÇÃO

81

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4gir a identificação de todas as etapas, mas esclarecer que o esforço despendido emcada uma delas variará conforme as características de cada pesquisa.

ELEMENTOS DA PESQUISANeste item, o aluno tomará conhecimento de termos próprios da Estatísti-

ca, comuns no âmbito das pesquisas: população ou universo; variável; amostra.A definição de Estatística apresentada foi extraída do site do IBGE.

ATIVIDADE 57O(a) professor(a) pode exemplificar o emprego da nova terminologia

usando os dados do Mapa da Participação Popular III, da Sessão 1:

População ou universo: conjunto dos projetos já aprovados, voltados parajovens, em todos os Conselhos identificados na cidade.

Amostra: estabelecida de acordo com o universo dos projetos.

Variáveis:

� localidade onde o projeto foi implantado;

� número de jovens atendidos;

� situação do projeto (em andamento; concluído; parado/interrompido)

Considerações sobre amostragemDuas questões são fundamentais na definição da amostra: sua

representatividade em relação à população e o tamanho mínimo quanto à sua vali-dade estatística.

O tamanho da amostra é resultado de cálculos estatísticos, conteúdo que nãoserá oferecido neste Arco. Entretanto, como os alunos podem vir a trabalhar comamostras em suas pesquisas, é interessante que o(a) professor(a) conheça algunsaspectos relevantes sobre amostragem.

Apresentamos, portanto, uma tabela com valores mínimos de amostra para dadapopulação, com os parâmetros de 95% de nível de confiança e 3% de margem deerro. O(a) professor(a) pode tomá-la como referência para a dimensão da amostra:

Tamanho da Amostra (valor mínimo)Nível de confiança: 95% / Margem de erro: 3%

Page 82: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

82

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 De um modo geral, nível de confiança significa o quanto se tem de confiançasobre o que será dito a respeito da população, a partir do que é observado naamostra. Além disso, é estabelecida uma margem de erro para o que é dito. Umamudança em qualquer um dos parâmetros – nível de confiança ou margem de erro– altera o valor calculado da amostra.

Pode-se perceber a partir da tabela que, quanto menor for a amplitude dapopulação, mais próximo de seu indicador fica o número da amostra.

Utilizar uma amostra aquém do valor mínimo calculado significa que não seterá mais a certeza assegurada pelo nível de confiança, sobre o que será dito sobrea população.

Na composição da amostra, deve-se cuidar que ela seja representativa da po-pulação pesquisada. Exemplos mais práticos devem ser comentados com a turma,para tornar mais fácil a compreensão do conceito:

1. Em um grupo de 50 pessoas, entrevistei cinco pessoas e verifiquei que,dentre elas, quatro vão votar no candidato X. Com base nessas entrevistas,não posso concluir, entretanto, que vou obter idêntico resultado proporci-onal no universo de 50; no entanto, num universo de 10.000 pessoas, euposso entrevistar 1.000 e ter uma margem de erro bem menor do que aque-la que tenho entrevistando cinco em 50.

2. Se a maioria de alunos de uma turma é constituída por homens, a amostrarepresentativa dessa turma não pode ser composta somente de mulheres.

3. Se estivermos pesquisando um bairro que se subdivide em regiões que apre-sentem um número bem distinto de moradores, nossa amostra deve serproporcional ao número de moradores de cada região pesquisada.

Destaque para o Conheça Mais: população, variável, amostra eestatística.

TIPOS DE PESQUISAO aluno ficará conhecendo diferentes tipos de pesquisa de dados e informa-

ções sócio-econômicas como: pesquisa de mercado, pesquisa de opinião, pes-

quisa eleitoral e pesquisa de audiência, e estudará sobre o caráter qualitativo equantitativo da pesquisa.

Denomina-se caráter de uma pesquisa o aspecto que a caracteriza e a distin-gue de outra. O que caracteriza a pesquisa quantitativa é a medição, a capacidadede atribuir a uma variável um valor que se possa contar ou medir. Já na pesquisaqualitativa, o pesquisador tem a intenção de explorar em detalhes a realidade ob-servada, para descrevê-la e interpretá-la. De modo geral, procura-se combinar asduas abordagens.

Destaque para o Glossário: caráter de uma pesquisa.

Page 83: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

EM B

USC

A D

A I

NFO

RMA

ÇÃO

83

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4ATIVIDADE 58O referendo citado foi uma pesquisa tipicamente quantitativa: contou o

número de votos SIM e de votos NÃO. Podemos dizer que mediu a opinião dosbrasileiros sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munição no país,mas não é possível qualificar as respostas, isto é, dizer por que alguém votou SIM ouNÃO – que razões teve, o que motivou a pessoa a votar SIM ou NÃO. Sobre avotação no Rio Grande do Sul, podemos afirmar que uma maioria expressiva deeleitores, 86,83%, votou NÃO, porém nada podemos concluir sobre as razões ouos motivos que os levaram a isto.

ATIVIDADE 59Cada grupo vai descrever um tipo de pesquisa, se possível consultando

a internet, ou pensando como seria, a partir de suas próprias experiências. As em-presas de pesquisa, que contratam o Coletor de Dados de Pesquisa e InformaçõesLocais, comumente se ocupam dos tipos de pesquisa citados; portanto, é interes-sante que os alunos tenham um mínimo de conhecimento sobre elas. Abaixo, umadescrição para orientá-los:

– PESQUISA DE OPINIÃODefinição: revela posicionamentos ou tendências dos segmentos entrevistados,

sejam eles uma amostra ou a totalidade da população pesquisada, através do quepensam, ou de seu julgamento, sobre a questão apresentada.

Por exemplo: a comunidade Terrinha dispunha de uma verba para ser gastaespecificamente com atividades de lazer, mas queria que a decisão de como gastá-la tivesse a participação da comunidade.

Objetivo: havia duas possibilidades – ou fazer um grande evento apresentandovárias atrações que reunissem as famílias ou construir um pequeno espaçopoliesportivo.

Dados: seria preciso saber qual a tendência da comunidade, se ela estaria maisinclinada para o evento grandioso, mas talvez único, ou para o espaço de esportepermanente. Caso se inclinasse para o evento, seria preciso saber que atrações agra-dariam mais: atividades circenses, esportes, brincadeiras, brinquedos, jogos, teatro,música, artesanato, outras. Caso a opção fosse pelo espaço poliesportivo, que mo-dalidades esportivas a comunidade gostaria de ter nesse espaço – futebol de salão,vôlei, basquete, skate, pista de atletismo ou outras?

– PESQUISA ELEITORALDefinição: sua principal aplicação é investigar intenções de voto. O entrevista-

do pode responder espontaneamente em quem pretende votar ou escolher dentreos candidatos sugeridos pela pesquisa. Em geral, ela é aplicada várias vezes aolongo da campanha eleitoral, para verificar possíveis mudanças nas intenções devoto ou graus de estabilidade. Ela também pode ser aplicada para mapeamento do

Page 84: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

84

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 eleitorado em termos sociais e políticos, ou seja, para traçar um perfil do eleitora-do por região (grau de satisfação com as condições de vida, grau de interesse pelaseleições e pela política, principais temas a que o candidato deveria dar atenção,principais características que um candidato deve ter etc.).

Por exemplo: o partido PXY contratou um instituto de pesquisa para investigaras intenções de voto dos moradores da comunidade Esperança.

Objetivo: o partido queria ter idéia de quantos votos poderia ter nessa comuni-dade e avaliar se seria necessário reforçar as atividades de campanha para conquis-tar muito mais votos.

Dados: Em quem o entrevistado pretende votar para deputado estadual? Paragovernador? Para senador? E para presidente? Caso no segundo turno para gover-nador estejam os candidatos A e G, em quem o entrevistado votaria?

– PESQUISA DE AUDIÊNCIADefinição: dá uma estimativa de ou comprova características do grupo (quanti-

dade e perfil) de ouvintes ou espectadores que formam a audiência de uma emisso-ra ou programa de rádio ou televisão. É possível medir o número de pessoas que,em determinado momento, têm os aparelhos sintonizados em determinado pro-grama, ou verificar com que freqüência os entrevistados assistem a determinadoprograma ou a determinada emissora.

Por exemplo: uma emissora de rádio tem um programa para o público jovem, éo programa Tá na onda, tá ligado. A emissora pretende ampliar o espaço do progra-ma, mas esta decisão dependerá da sua audiência, da quantidade de ouvintes.

Objetivo: a emissora quer conhecer a audiência do programa Tá na onda, táligado, ter uma estimativa de quantos são os ouvintes e ter idéia do seu perfil.

Dados: O entrevistado ouve o programa Tá na onda, tá ligado? Com que fre-qüência? De que o entrevistado mais gosta no programa? De que o entrevistadosente falta no programa? De modo geral, o ouvinte do programa se interessa porquais temas?

DADOS EM UM PROJETOAgora que o aluno viu para que servem os dados, observou que se chega à

informação a partir deles, e que a pesquisa é um meio de se buscar as informaçõesdesejadas, ele vai conhecer como os dados se inserem em um projeto social, domomento da sua elaboração ao acompanhamento (ou monitoramento do projeto)e à avaliação dos resultados.

– NA JUSTIFICATIVANa Justificativa, é conveniente: retratar a realidade do grupo social objeto

da atenção do projeto, caracterizar o contexto do projeto e os dados que podemauxiliar na tarefa. É preciso avaliar bem que dados serão úteis ou necessários parase compreender o cenário no qual o projeto será desenvolvido.

Page 85: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

EM B

USC

A D

A I

NFO

RMA

ÇÃO

85

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4– NO ACOMPANHAMENTO (OU MONITORAMENTO)Certas informações conseguidas a partir dos dados podem sinalizar que de-

terminado problema pode estar prejudicando o andamento do projeto. Tais infor-mações podem referir-se aos objetivos pretendidos, às atividades propostas e aosrecursos destinados. O(a) professor(a) deve lembrar os alunos de que, enquanto oprojeto está sendo elaborado, deve-se definir quais são os dados que poderão auxi-liar no monitoramento.

– NA AVALIAÇÃOSe antes, no monitoramento, nós nos perguntávamos: “será que o projeto está

caminhando como imaginamos, será que as atividades estão acontecendo comodeveriam?”, agora, na avaliação, as perguntas devem ser: “será que conseguimoschegar onde queríamos? Será que o projeto realizou o que foi proposto e alcançouo objetivo pretendido?”.

Os critérios adotados para avaliarmos os resultados do projeto definem osdados que devem ser coletados com vistas a auxiliarem nessa avaliação.

ATIVIDADE 60 >> AVALIAÇÃONesta atividade, o aluno deve identificar os dados que foram conside-

rados importantes para justificar o projeto da turma. O aluno deve explicar porque tais dados ajudaram a mostrar a relevância do projeto para o atendimento àsdemandas dos moradores daquela comunidade.

O(a) professor(a) pode pedir aos alunos que indiquem outros dados e infor-mações que poderiam estar presentes na Justificativa do projeto apresentado.

Page 86: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

86

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 TÓPICO 2 – COMO COLETAR DADOS

O tópico anterior apresentou conteúdos fundamentais para se compreender afinalidade de se coletarem dados. Agora, neste tópico – Como coletar dados –,trataremos da prática da coleta de dados. São apresentados os principais méto-

dos de coleta, e, a partir das habilidades requeridas para a função, é traçado operfil do Coletor de Dados de Pesquisa e Informações Locais.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deverá ser capaz de:

� Conhecer os métodos de coleta de dados: aplicação de questionários erealização de entrevistas.

� Identificar as características dos instrumentos questionário e entrevista.

� Preparar questionários e realizar entrevistas.

� Reconhecer as habilidades requeridas para a função de Coletor de Dadosde Pesquisa e Informações Locais.

� Distinguir as tarefas que podem ser exercidas por um Coletor de Dados.

TEXTOS E ATIVIDADES

COLETANDO DADOS

MÉTODOS DE COLETA DE DADOSExistem diferentes métodos de se obter respostas que levarão às informações

procuradas:

A) QUESTIONÁRIOQuestionário é um instrumento de coleta de dados no qual já constam as

respostas possíveis; quem for respondê-lo terá que escolher aquela que melhorcorresponda ao seu caso ou à sua opinião. Portanto, definir o elenco de respostasdisponíveis é tão importante quanto estruturar as perguntas do questionário; de-vem – perguntas e respostas – ser objeto de cuidadosa elaboração.

Atenção, professor(a):O modelo de questionário apresentado no Guia de Estudo, sobre experiência

de trabalho, deve ser aplicado em sala de aula. Faça cópias do questionário, umapara cada aluno, ou peça que cada um o copie numa folha de papel.

Forme duplas na turma: cada aluno deve aplicar o questionário ao colega dedupla. Terminadas as atividades em duplas, organize a turma para contabilizar asrespostas.

Page 87: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

COM

O C

OLE

TAR

DA

DO

S

87

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4Se houver mais de duas turmas do ProJovem no seu núcleo, peça que cadaaluno aplique o questionário também a um colega da outra turma.

Guarde os questionários respondidos, pois será necessário consultá-los nova-mente.

Algumas informações que podemos obter, a partir do questionário, sobre asexperiências dos alunos:

� Quantos homens e quantas mulheres responderam ao questionário?

� Quantos alunos têm filho(s) ? Desses, quantos são os pais e quantas são asmães?

� Quantos já tiveram experiência de trabalho na turma? Desses, quantos sãoos homens? E quantas são as mulheres?

� Quantos votos foram dados a cada uma das opções apresentadas sobre osentimento em relação à experiência de trabalho?

Essas são informações primárias, percebidas imediatamente. Mais adiante,quando estivermos tratando da organização e do processamento dos dados, estequestionário será mais explorado pelos alunos.

DICASPeça aos alunos que façam a leitura oral das dicas. Varie os leitores. Pergunte-

lhes sempre o que entenderam do texto lido. O exercício de leitura oral é umaprática fundamental para a compreensão da língua escrita.

ATIVIDADE 61O(a) professor(a), nesta atividade, apresenta exemplos de questioná-

rios e pede que os alunos os identifiquem. Em seguida, solicita que criem, também,os próprios exemplos. Cada grupo apresenta os seus modelos para que os outrosgrupos os classifiquem. O desafio é sempre motivador.

EXEMPLOS PARA O(A) PROFESSOR(A)O(a) professor(a) pode apresentar estes exemplos em um mural:

1. Questionários que contêm perguntas que aceitam a escolha de mais de umaopção para resposta:

Marque pelo menos duas opções de lazer que você utiliza com freqüência:

( ) ouvir música ( ) dançar

( ) ir à praia/cachoeira/rio ( ) ir ao cinema/ver vídeos

( ) reunir-se com amigos ( ) bater papo na internet

( ) praticar esportes ao ar livre ( ) ler

( ) praticar esportes em ambiente fechado

Page 88: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

88

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 2. Questionários com respostas do tipo SIM ou NÃO:

Você sabe nadar? ( ) Sim ( ) Não

3. Questionários que abrem espaços (1 ou 2 linhas) para o respondente justifi-car por que fez tal opção:

A nossa associação de moradores está elaborando alguns projetos sociais coma intenção de buscar parcerias para sua realização. Qual deveria ser o foco do pro-jeto do qual você gostaria de participar?

( ) educação ( ) esporte ( ) cidadania ( ) cultura ( ) saúde/meio ambiente

Por quê?

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

4. Questionários que oferecem algumas opções de resposta e ainda permitemque outras opções não citadas sejam incluídas:

Que animal você escolheria para ser o símbolo da sua turma?

( ) mico ( ) jaguatirica ( ) boto ( ) arara

( ) outro: ____________________

B) ENTREVISTAA entrevista é um instrumento feito também de perguntas e respostas, mas,

nela, o entrevistado pode declarar sua resposta com total liberdade. Até mesmo asperguntas podem mudar de acordo com o que diz o entrevistado. Por isso, fazerum roteiro para orientar a entrevista é uma boa dica.

DICAS:Os alunos vão fazer a leitura silenciosa das dicas e, em seguida, o(a) professor(a)

vai solicitar-lhes que comentem o que leram, destacando o que consideraram maisimportante e o que poderia ser acrescentado.

Destaque para o Conheça Mais: Termo para Autorização de Uso.

ATIVIDADE 62Nesta atividade, cada aluno vai entrevistar um colega de outra turma.

Antecede a entrevista uma atividade em sala de aula para preparação do roteiro.Os dados iniciais para compor o perfil do entrevistado podem ser aqueles do ques-tionário – sexo, se tem filhos ou não, acrescentando-se a eles outros como idade,local de moradia etc. Devem ser contabilizadas as respostas de todos os entrevis-tados, inclusive dos que não tenham tido experiência de trabalho, e devem sercoletados seus dados de identificação.

Page 89: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

COM

O C

OLE

TAR

DA

DO

S

89

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4A FUNÇÃO DE COLETAR DADOSA Classificação Brasileira de Ocupações – CBO norteia a descrição da

função de coletar dados, tanto no que se refere às atividades de sua prática quantoao perfil e às habilidades convenientes a quem a exercer. Aparentamos a ocupaçãode Coletor de Dados de Pesquisa e Informações Locais à família ocupacionaldos Entrevistadores e Recenseadores (código 4241), visto que a ocupação deColetor não é especificamente caracterizada na CBO.

PERFIL E HABILIDADES DE UM COLETOR DE DADOSDE PESQUISA E DE INFORMAÇÕES LOCAIS

Apontamos como habilidades a capacidade de observação, de organização,a objetividade, o saber expressar-se, ser simpático e agradável, ter paciência. Aestas habilidades necessárias recomendamos acrescentar-se outra, cada vez maisvalorizada: ter noções de informática e conhecimentos sobre a utilização de equi-pamentos eletrônicos que podem estar presentes na prática da coleta de dados(telefone, celular, headset, palm top, laptop, microcomputador).

Quem assumir esta função deve estar ciente de que seu papel é registrar corre-ta e verdadeiramente os dados. Se observar algo que possa prejudicar a qualidadedos dados, deve anotar tal fato no relatório.

Destaque para o Conheça Mais: CBO – Classificação Brasileira deOcupações. Informações sobre os profissionais da famíliaocupacional do Coletor.

A PRÁTICA DE COLETAR DADOSAtravés do dia-a-dia de quatro personagens, apresentamos atividades que es-

tão no âmbito das possíveis atribuições de um Coletor de Dados de Pesquisa eInformações Locais. Tomamos a CBO como referência, ressalvando que a ocupa-ção não está especificamente prevista nesta classificação.

Peça a quatro alunos que façam a leitura oral da descrição das tarefas dosquatro coletores e as comentem com a turma.

ATIVIDADE 63 >> AVALIAÇÃOEsta é última atividade do tópico A função de coletar dados. Nela o

aluno relatará como foi sua experiência de aplicar questionários e realizar entrevis-tas com os colegas do ProJovem. Em seu relato, deverá explicar como foi a práti-ca dos métodos de coleta e indicar que atividades efetuou, comparando-as com alista apresentada no Guia de Estudo.

Esta atividade pode ter uma parte escrita, organizada em tópicos, e outra, emque os tópicos serão explicados oralmente. Durante a exposição oral, o aluno vaifalar sobre o que considerou vantagens e desvantagens dos dois métodos empre-gados – o que, para ele, foi bom e o que foi ruim em cada método.

Page 90: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

90

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 TÓPICO 3 – DO DADO À INFORMAÇÃO

Esta é a última parte da sessão referente à ocupação de Coletor de Dados de

Pesquisa e Informações Locais. Agora, o aluno trabalhará os dados que tem emmãos – organizando a base de dados e processando esses dados. Ele também iráver diferentes tipos de tabelas e gráficos que poderá utilizar no momento de apre-sentar os dados e as informações obtidas.

Esta parte funciona como um ambiente de transição para uma outra ocupa-ção que será vista ainda neste Arco Ocupacional – a de Auxiliar Administrativo.O aluno compreenderá as inter-relações entre a função de coletar dados e as outrasocupações do Arco. A função de coletar dados dá subsídios à atuação do Agente

Comunitário e ao trabalho do Agente de Projetos Sociais. O Coletor tem aresponsabilidade de fornecer uma base de dados confiável e informações de quali-dade, que irão servir a outras pessoas e instituições.

Como o conjunto de dados e informações levantados sobre uma comunidadeé um material sobre o qual diversas pessoas irão trabalhar, ele deve estar organiza-do de forma correta, que facilite as consultas. As pessoas que vão consultá-lo de-vem saber onde e como encontrar o material de que necessitam e como tê-lo àdisposição.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de :

� Contar e agrupar os dados pelas variáveis que representam (organizaçãoda base de dados).

� Identificar as diferentes maneiras de combinar os dados (processamentodos dados).

� Interpretar gráficos e tabelas.

TEXTOS E ATIVIDADES

TRABALHANDO OS DADOSA organização e o processamento iniciam o processo de transformação dos

dados em informações úteis. A organização da base de dados facilita reconhecerque informações podem resultar do conjunto de dados coletados.

ORGANIZAÇÃO E PROCESSAMENTOÉ fundamental recordar com os alunos o que é uma base de dados e como ela

pode ser organizada, assim como relembrar qual a relação do elemento de pesqui-sa variável com os dados coletados.

A função de organização consiste basicamente na contagem e agrupamentodos dados de acordo com as variáveis que representam. A informação decorre doprocessamento dos dados (recordando: a fruta processada é o suco; a fruta é o dado, o suco é

Page 91: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

DO

DA

DO

À I

NFO

RMA

ÇÃO

91

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4a informação). No processamento são identificadas as diferentes maneiras possíveisde se combinar esses dados. Depois, no momento da análise, os resultados dascombinações serão interpretados, chegando-se às informações.

Vamos retomar os questionários e as entrevistas feitos pela turma sobre osentimento em relação à experiência de trabalho. Se o(a) professor(a) julgar conve-niente, cada grupo de alunos pode responder a uma das perguntas apresentadas notexto do Guia de Estudo. Para isso, talvez seja necessária uma revisão em Matemáti-ca sobre proporção, razão e porcentagem.

O(a) professor(a) deve pedir aos alunos que recordem como realizar cálculosde porcentagens no Guia de Estudo - Unidade Formativa II – Descobrindo Porcentagens.

� Para indicar se há diferença entre o que sentem homens e mulheres sobresua experiência de trabalho, é possível apontar qual foi a opção mais esco-lhida pelos homens e qual a mais votada pelas mulheres. Ou, então, apre-sentar separadamente como votaram os homens e as mulheres, mostrandoquantos votos cada uma das opções teve entre eles. (Esta é, tipicamente, umaquestão de organização dos dados.)

� Separando os questionários que tiveram resposta positiva para a perguntasobre se tem filho(s), basta contar os votos dados a cada opção de respostasobre o sentimento em relação à experiência de trabalho e verificar qual foia resposta mais escolhida entre homens e mulheres que têm filhos. (Outraquestão tipicamente de organização dos dados.)

� Outras informações poderiam ser obtidas desse pequeno questionário, porexemplo, separando só os questionários respondidos por mulheres: o quea maioria das mulheres que já trabalharam e têm filho(s) disseram sobre suaexperiência de trabalho?

APRESENTAÇÃO DOS DADOSPor meio de tabelas e gráficos, os resultados da pesquisa (dados e informa-

ções) podem ser visualizados de modo sintético.Procuramos apresentar os tipos de gráfico mais comuns e as variações que

podem ocorrer na forma tabular de apresentação dos dados.

TABELAS E GRÁFICOSOs alunos devem começar fazendo tabelas mais simples, que vão ajudar na

interpretação de gráficos. Apresentamos, neste subtópico, os seguintes tipos degráficos: circular (ou “pizza”); de colunas (ou barras verticais); linear; de barrashorizontais; de barras verticais agrupadas e de colunas empilhadas.

Juntamente com a tabela, apresentamos o gráfico correspondente. Caso osalunos tenham acesso a um laboratório de informática onde aprendam a usarplanilhas eletrônicas ou editores de texto, ter a tabela como modelo facilitará aaplicação da ferramenta de construção de gráficos. (Ver Guia de Estudo e Manual doEducador – Unidade Formativa III – A comunicação estatística)

Page 92: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

92

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 A tabela deve ser vista como uma forma de organizar os dados coletados.O(a) professor (a) deve explorar ao máximo a leitura dos gráficos; afinal, eles são

uma forma de apresentação de resultados, e certamente os alunos já têm visto gráfi-cos em revistas, jornais e outras publicações, no seu dia-a-dia. O importante é que oaluno compreenda o que a tabela e o gráfico representam e saiba como interpretá-los.

No exemplo, alunos de uma escola fizeram o levantamento sócio-econômicoda população de uma rua próxima à escola. Aplicaram aos moradores um questi-onário, que serviu para montar a base de dados na qual se basearam para elaborartabelas e gráficos. Na primeira tabela, agruparam os dados por sexo: do universode 246 moradores, viram que 106 eram homens e 140, mulheres.

ATIVIDADE 64Os alunos vão construir a primeira tabela. Esta é uma atividade indivi-

dual e o(a) professor (a) deve orientar o trabalho.

Modelo para a tabela:

Fonte: Coleta direta.

A partir dos dados da tabela População residente, segundo sexo, na Rua 4 (2005), osalunos da Escola Atitude calcularam a proporção de homens e de mulheres e cons-truíram um gráfico circular. Peça a seus alunos que se detenham nesse gráfico, a fimde interpretarem o seu desenho.

Uma segunda tabela foi criada com os dados coletados. Nela, os dados foramagrupados por sexo e faixa etária (População residente na Rua 4, segundo sexo e faixaetária (2005).

Os alunos da Escola Atitude mostraram também a distribuição da população,apenas por faixa etária, num gráfico de colunas ou de barras verticais.

ATIVIDADE 65Nesta atividade, os alunos vão interpretar o gráfico.

Respostas (gabarito)

1) 20 a 30 anos;

2) mais de 70 anos;

Page 93: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

DO

DA

DO

À I

NFO

RMA

ÇÃO

93

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

43) maior concentração na faixa de 10 a 30 anos, um equilíbrio entre as faixas de 30a 40 e de 40 a 50, e uma proporção menor de pessoas com mais de 60 anos.

Esta atividade é individual, e é importante aceitar as diferentes interpretações,discutindo as divergências no momento dos comentários. Aproveite para sugerirque os alunos voltem à tabela que deu origem ao gráfico e comparem as respostascom a proporção na distribuição da população por sexo.

ATIVIDADE 66Antônio, aluno da Escola Atitude, foi pesquisar gráficos para ajudar os

colegas na pesquisa que estão realizando na Rua 4. Encontrou um gráfico linear quemostra a evolução do rendimento dos trabalhadores de Recife, ao longo do ano de2005. Peça aos alunos, professor(a), que façam a “leitura” desse gráfico.

Recorde com os alunos os termos utilizados e oriente-os na análise:

� os valores no eixo vertical variam de 100 em 100; procure dividir esta dis-tância em 4 partes iguais; assim, fica mais fácil estimar o valor de um pontoque esteja entre os valores marcados no eixo do gráfico;

� podemos estimar o valor do primeiro ponto do gráfico, que correspondeao mês de janeiro, em R$ 670,00 porque este ponto está além da marcaçãocorrespondente à metade da distância (que corresponderia a R$ 650,00);

� outros pontos podem ser estimados da mesma forma;

� podemos facilmente estimar em R$ 810,00 o valor correspondente ao mêsde outubro.

Respostas (gabarito)1) janeiro; 2) dezembro; 3) R$ 790,00 e R$ 950,00; crescente.

O(a) professor(a) pode pedir aos alunos que reproduzam o gráfico no papelmilimetrado. Sugerimos ‘deitar’ o papel e, no eixo horizontal, alocar os meses dejaneiro a dezembro, utilizando dois pequenos quadrados (de cerca de meio centí-metro cada) para cada mês. No eixo vertical, alocaremos a variável rendimento

médio das pessoas ocupadas em Recife em Reais (R$). Começaremos com ovalor de R$ 500,00. Cada pequeno quadrado (de 0,5 cm) equivalerá ao valor de R$25,00 e, conseqüentemente, cada minúsculo quadrado (de um milímetro), ao valorde R$ 2,50. O valor máximo de marcação, com esta escala e distribuição dos valo-res, é R$ 950,00 – suficiente para o gráfico em questão.

O procedimento de estimar o valor do rendimento médio a partir do gráficoque está no Guia de Estudo, como o feito para os meses de janeiro e outubro, deveser repetido para os demais meses do ano de 2005. Depois, é marcar os pontoscorrespondentes a esses valores e aos meses do ano no papel e traçar uma linhaunindo tais pontos, tendo o gráfico do Guia de Estudo como modelo.

Os valores que deram origem ao gráfico do Guia de Estudo estão na tabela, aseguir, apenas para orientação da estimativa. Entretanto, para a reprodução nográfico, valem os valores estimados.

Page 94: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

94

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4ATIVIDADE 67Solicite aos alunos que observem o gráfico feito pelos alunos da Escola

Atitude, sobre as condições de moradia da população da Rua 4. É, também, umgráfico de barras, porém, horizontais. Nesta atividade, o procedimento será o inversodo pedido anteriormente: os alunos vão construir a tabela que deu origem ao gráfico.

Resposta (gabarito)A tabela pode ser como a do exemplo abaixo:

Com os dados coletados na Rua 4, nossos pesquisadores da Escola Atitudeconstruíram mais duas tabelas e seus respectivos gráficos.

Idênticos procedimentos metodológicos devem ser adotados. O nosso aluno,futuro Coletor, deve conhecer vários modelos de tabelas e saber interpretar dife-rentes desenhos de gráficos. Traga para a sala de aula exemplos de tabelas e gráfi-cos que foram publicados em jornais e revistas, de preferência aqueles que retratemsituações atuais e locais, para que o aluno se familiarize com diferentes formas deorganização e apresentação de dados.

Mostre, professor(a), à sua turma, que os dados podem ser agrupados em ummesmo gráfico, como foi visto no gráfico de barras verticais agrupadas e no gráfi-co do tipo colunas empilhadas. Explore bastante, com a turma, todos os aspectosque devem ser observados.

Page 95: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

DO

DA

DO

À I

NFO

RMA

ÇÃO

95

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4CHEGANDO À INFORMAÇÃOChegando à informação – e ao final desta ocupação –, enfatize o que foi dito ao

longo da Sessão sobre a importância do Coletor de Dados de Pesquisa e Infor-

mações Locais como ocupação fundamental para dar suporte às outras deste Arco.Recorde com os alunos: o Agente Comunitário pode orientar sua atuação na

comunidade pelas informações obtidas, por exemplo, sobre as demandas sociaisidentificadas no levantamento feito na comunidade; o Agente de Projetos Sociais iráapoiar-se na base de dados constituída sobre a realidade da comunidade para formu-lar os projetos; e o Auxiliar Administrativo cuidará dos dados e das informaçõescomo material de trabalho relevante para a organização ou instituição onde trabalhar.

ATIVIDADE 68 >> AVALIAÇÃOEsta atividade envolve todos os alunos numa atividade coletiva.

Eles devem ter clareza das informações que serão buscadas; para isto, convémlistá-las no quadro em sala de aula. Por exemplo, poderiam procurar saber se osmoradores nasceram na cidade ou vieram de outro lugar – outra cidade, outroestado ou até outro país.

Os alunos podem acrescentar à lista outras informações de caráter social oueconômico em que tenham interesse, levando em conta, porém, se será possívelpara eles coletar e trabalhar os dados necessários.

Na elaboração da atividade/pesquisa, a primeira questão a ser avaliada pelaturma é se ela trabalhará com uma amostra ou se fará como os alunos da EscolaAtitude fizeram – uma pesquisa casa a casa, tal qual um censo.

Depois de definirem as informações que pretendem alcançar, os alunos preci-sam pensar nas perguntas que devem ser feitas para gerar os dados necessários edevem decidir qual o método de coleta de dados que utilizarão.

A turma deve planejar como realizará esta atividade:

� Um grupo ficará encarregado da preparação do instrumento de coleta?

� Serão escalados coletores ou toda a turma fará a coleta de dados?

� Quanto tempo pode ser estimado para as atividades?

� Que recursos serão necessários no momento de se coletarem os dados equem ficará encarregado de fornecê-los?

� Como poderia ser a organização da base dos dados obtidos e o seuprocessamento?

� Como seria no momento de passar os dados e as informações para gráfi-cos e tabelas?

O(a) professor(a) deve assumir o papel de coordenador da pesquisa e estaratento(a) ao cumprimento dos prazos estipulados para a execução das atividadesprevistas e também à organização dos grupos, que devem trabalhar harmonizados,em sincronia.

Page 96: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

96

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4 Sugerimos que cada grupo fique responsável por determinado tipo de infor-mação, trabalhando os dados coletados para chegar à informação pretendida epreparando as tabelas e gráficos de apresentação de seus resultados.

A construção de gráficos depende, certamente, do domínio, por parte dosalunos, dos conteúdos matemáticos trabalhados nas Unidades Formativas II e III.

Exemplos de distribuição do processamento dos dados por grupos de trabalho:

� Grupo 1 – sexo (homens e mulheres) e faixa etária. Com estes dados serápossível conhecer-se a quantidade de homens e mulheres da população darua pesquisada e a sua distribuição por idade.

� Grupo 2 – renda média familiar.

� Grupo 3 – condições de moradia.

� Grupo 4 – nível de escolaridade.

� Grupo 5 – situação de trabalho.

� Grupo 6 – outra informação que tenha sido incluída à lista.

� Grupo 7 – mais outra informação que tenha sido incluída à lista.

E assim por diante.

O tamanho dos grupos pode variar de acordo com o quantidade de trabalho.

Na execução da coleta de dados, os alunos devem tomar certos cuidados:

1) perguntar ao morador entrevistado dados referentes aos outros morado-res da casa;

2) como as informações – nível de escolaridade e situação de trabalho – sãodiscriminadas para homens e para mulheres, em cada casa pesquisada de-vem ser colhidos dados em separado relativos a moradores do sexo mas-culino e do sexo feminino;

3) para a informação sobre nível de escolaridade, devem ser coletados dadosreferentes a pessoas de 7 anos de idade ou mais;

4) qualquer ocorrência que possa comprometer a qualidade dos dados coletadosdeve ser mencionada em relatório.

Para melhorar a visualização dos resultados, os alunos podem montar as tabe-las e os gráficos utilizando folhas de papel pardo, cartolinas, réguas e canetas devárias cores.

Ao observarem os dados e informações obtidos, apresentados em tabelas egráficos distribuídos em painéis pela sala de aula, os alunos devem analisar os re-sultados alcançados na pesquisa.

Pela abrangência desta atividade final, este é também o momento oportunopara a atividade de auto-avaliação da turma. Os alunos devem falar sobre as difi-culdades que encontraram, se o tempo foi suficiente para as atividades e o aprendi-

Page 97: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

DO

DA

DO

À I

NFO

RMA

ÇÃO

97

COLETOR DE DADOS DE PESQUISA E INFORMAÇÕES LOCAIS

4zado, se os conteúdos oferecidos forneceram subsídios para o trabalho e sobreoutras questões que podem ser consideradas numa auto-avaliação.

Neste momento, o(a) professor(a) deve procurar refletir, ainda, com os alu-nos, como este material poderia ajudar o Agente Comunitário e o Agente de Pro-jetos Sociais, levando a turma a perceber o valor da função do Coletor de Dadosde Pesquisa e de Informações Locais.

Page 98: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

98

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

5 SESSÃO 5 – AUXILIARADMINISTRATIVO

TÓPICO 1 – NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO

Neste tópico vamos apresentar aos alunos noções básicas de Administração.Serão tratados alguns conceitos que demonstram que o trabalho em conjunto, sejana escola, na fábrica ou no comércio, seja nos órgãos do governo, só é possívelgraças à atuação dos que desempenham funções administrativas tais como plane-

jar, organizar, dirigir e controlar. O tópico aborda os significados da palavraorganização, partindo de exemplos de situações do cotidiano dos alunos parachegar aos diferentes tipos de organizações, com destaque para as OrganizaçõesNão Governamentais – ONGs, vistas nas sessões anteriores.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de:

� Compreender o que é Administração.

� Reconhecer a importância e a presença da Administração nas organizaçõese na sociedade.

� Identificar as funções administrativas e entender como são interligadas edependentes umas das outras.

� Entender a presença de organizações nos diferentes contextos humanos esociais.

TEXTOS E ATIVIDADES

O QUE É UMA ORGANIZAÇÃOEste subtópico apresenta vários exemplos de ‘organizações’, abordando concei-

tos das áreas das ciências naturais, das ciências sociais e do mundo do trabalho.O(a) professor(a) deve analisar com os alunos a distinção entre organização, porexemplo, de seres vivos (organização dos vegetais), organização no sentido de planeja-mento (organização de uma festa) e organização como designação genérica de entida-des jurídicas, como no caso das ONGs.

A NATUREZA DAS ORGANIZAÇÕESO(a) professor(a) deve lembrar aos alunos que, dependendo da sua natureza,

as organizações podem pertencer a diferentes setores da economia: existem orga-nizações industriais e prestadoras de serviços que pertencem ao setor privado;

Page 99: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

NO

ÇÕES

DE

AD

MIN

ISTR

AÇÃ

O

99

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

5organizações que fazem parte do setor público e outras que pertencem ao TerceiroSetor, como foi visto na Sessão 1 do Guia de Estudo. Estas últimas são as Associa-ções, os Institutos, as ONGs, entre outras. O(a) professor(a) deve ressaltar que,atualmente, nossas atividades cotidianas dependem de vários de seus serviços eprodutos e estamos em contato com elas a todo momento.

E A ADMINISTRAÇÃO, ONDE ENTRA?Ao chegarem nesta Sessão, depois de terem lido e refletido sobre a gestão de

projetos sociais, os alunos já adquiriram conhecimentos que lhes permitem emitiropinião sobre a importância da Administração nas organizações e sobre suas fun-ções de planejamento, organização, direção e controle.

O QUE É ADMINISTRAÇÃO

A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subor-

dinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma função abaixo do coman-

do de outra pessoa. No entanto, a palavra administração sofreu uma transforma-

ção no seu significado. A Administração passou a interpretar os objetivos propostos

pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio do planeja-

mento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as

áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da manei-

ra mais eficiente e eficaz (...). A Administração está sendo considerada a principal

chave para a solução dos mais graves problemas que afligem atualmente o mundo

moderno. (CHIAVENATO, 2000).

Os conceitos de eficiência e eficácia estão presentes quando tratamos da im-portância da Administração para o alcance dos objetivos de uma organização. Se-gundo o dicionário Koogan/Houaiss, eficiência é “a capacidade de produzir umefeito; o rendimento satisfatório imputável a uma pesquisa voluntária sistemática: aeficiência de uma técnica, de um empreendimento”. Já eficácia é “a qualidade daquilo queproduz o efeito esperado, que dá resultado: remédio eficaz”. Assim, podemos dizer:Agiu com eficiência e atingiu os objetivos esperados; portanto, foi eficaz. Ou: Organizou uma belafesta (foi eficaz, produziu o resultado que se esperava), gastando menos do que era esperado(agiu com eficiência, foi eficiente, foi competente, obteve bons resultados).

Neste subtópico, o que deve ser enfatizado para os alunos é que administraçãoé algo necessário em todos os segmentos da nossa vida e, mais especialmente, nasorganizações; daí a importância da ocupação de Auxiliar Administrativo, no ArcoGestão Pública e Terceiro Setor.

ATIVIDADE 69Esta é a primeira atividade desta Ocupação. Vamos levar o aluno a pen-

sar no seu dia-a-dia, quando administra o que recebe em sua bolsa-auxílio.É uma atividade individual, mas deve ser discutida na turma.

Page 100: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

100

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

5 ÁREAS DA ADMINISTRAÇÃODependendo do seu tamanho, as empresas podem ser divididas em áreas,

conforme mostra o quadro apresentado, que deve ser lido oralmente pelos alunos,com pausas ocasionais para o comentário de todos, durante a leitura. O(a)professor(a) deve incentivar os alunos a falarem sobre suas experiências no mundodo trabalho, relacionando-as com as áreas da Administração, e enriquecer o debatecom informações que considerar relevantes.

AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVASO(a) professor(a) deve destacar que as funções administrativas estão presen-

tes em todas as organizações e em todas as áreas de atuação da Administração,vistas no quadro anterior.

A partir deste subtópico, será trabalhada, com o aluno, cada função adminis-trativa, de modo que essas funções possam ser percebidas na administração tantode projetos quanto de organizações.

Os conceitos de organização, planejamento e controle já foram vistos naprimeira e na segunda partes da Unidade Formativa III. No entanto, no Guia de Estudodeste Arco, são revistos de forma mais resumida e relacionados à Administração,através de textos curtos e de algumas atividades.

PLANEJAMENTOÉ importante dar ênfase a esta função – planejamento –, que deve ser consi-

derada primordial para o desenvolvimento das demais funções da Administração.É no momento do planejamento que são elaborados os objetivos, definidas asmetas para alcançá-los e indicados os recursos necessários para o desenvolvimentodas ações, seja em organizações seja em projetos sociais.

ORGANIZAÇÃOPara que os planos se realizem, as atividades precisam ser organizadas e distribu-

ídas entre os vários níveis organizacionais (institucional, departamental e de tarefas).O desenho organizacional é representado por meio de um gráfico chamado

organograma. Ele indica os arranjos e as relações entre as unidades, os limites e asatribuições de cada uma. É representado por meio de retângulos (ou círculos) econectores (linhas que ligam um retângulo ao outro). O(a) professor(a) deve, juntocom os alunos, fazer a leitura e interpretação do organograma do exemplo queconsta do Guia de Estudo.

ATIVIDADE 70Esta atividade deve ser entregue na aula seguinte: o aluno deverá infor-

mar-se como é o organograma de uma escola ou de um posto de saúde da suacomunidade ou bairro e desenhá-lo. Explique à turma que o desenho pode serfeito a mão ou no computador, caso já dominem os aplicativos de informáticapróprios para a execução de tais trabalhos.

Page 101: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

NO

ÇÕES

DE

AD

MIN

ISTR

AÇÃ

O

101

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

5DIREÇÃOA direção está intimamente relacionada à liderança, que foi trabalhada na

ocupação de Agente Comunitário. Você, professor(a), poderá relembrar com aturma o que foi estudado a respeito e enfatizar que liderar é saber conduzir pes-

soas. Acontece através da comunicação. É fator de influência sobre uma determi-nada situação. O líder surge como um mediador, unindo esforços para que osinteresses de um grupo se realizem. Neste sentido, ele é um estrategista que sabeindicar os rumos para outras pessoas, mas que está atento às sugestões e idéias dogrupo.

É importante trabalhar a idéia de uma direção construída com a participaçãode todos. A citação a seguir aponta para uma liderança em que todos os participan-tes do grupo têm voz ativa na escolha dos melhores caminhos: “O silêncio – nãoa discordância – é a única resposta que os verdadeiros líderes deveriam serecusar a aceitar”. (BENNIS, W.)

(Fonte: http://www.institutomvc.com.br. Acesso em mar.2006)

CONTROLEControlar é estar atento, acompanhar ou verificar se os resultados vão ao encon-

tro dos objetivos. Quando os resultados estão de acordo com os objetivos previs-tos, é sinal de que os planos, a organização e a direção se processaram de maneiracorreta e que os resultados aconteceram de acordo com o que se previu.(CHIAVENATO, 2000)

Leve os alunos a compreenderem a importância do controle como funçãoadministrativa, que permite guiar a execução das atividades dentro de padrõesestabelecidos previamente, para que atinjam o fim (o objetivo) que foi planejado.O controle define padrões de desempenho, monitora, compara e corrige, quandohá necessidade de ajustes. O exemplo da próxima atividade é fundamental para oentendimento da função de controle como um instrumento democrático e nãocoercitivo.

ATIVIDADE 71A atividade mostra um problema fictício, que teria ocorrido no dia da

feira de artesanato, no projeto que foi simulado pela turma na Sessão 3: a quanti-dade de barracas não foi suficiente para o número de artesãos.

Logo abaixo das figuras, há algumas questões que os alunos deverão trabalharem grupo:

� Como a situação poderia ter sido evitada?

� Que atividades de controle poderiam ter sido utilizadas?

� Quais as soluções possíveis?

� Em sua opinião, a execução do Projeto foi prejudicada na busca de parce-rias? Por quê?

Page 102: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

102

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

5 O(a) professor(a) pode trabalhar com os alunos a idéia de que deveria ter sidofeito um cadastro dos artesãos. Assim, haveria um controle do número de artesãose do que cada um produz. Com tais dados em mão, seria também mais fácil plane-jar e organizar eventos futuros similares.

Através desta história, percebemos um problema que ocorreu no dia da feirade artesanato. Fazer o cadastro dos artesãos foi a maneira encontrada para se evi-tar que a situação se repetisse em outras atividades semelhantes. Assim, uma forma

de controle (o cadastro) corrige um erro e aperfeiçoa o processo administrativo.O(a) professor(a) deve trabalhar com seus alunos as possíveis soluções para o

caso, destacando que, se houver um controle do número de artesãos e do que cadaum produz, para outros eventos será mais fácil planejar e organizar a quantidadede barracas necessária e a distribuição dos artesãos no espaço da feira.

O(a) professor(a) deve enfatizar o fato de que as funções administrativas sãoconectadas e dependentes umas das outras. A seqüência em que se processam essasfunções forma o que chamamos de processo administrativo, presente no dia-a-dia das organizações (empresas, escolas, ONGs, governos...).

Texto complementarFunções de administração estão presentes nas organizações de todos os seto-

res (público, privado e terceiro setor), assim como na família e em nossa própriavida particular. Administrar significa tomar decisões relacionadas a planejamento,organização, direção e controle, para que os objetivos planejados sejam alcança-dos. Se algum erro é percebido, ele deve ser corrigido. Assim, o processo adminis-trativo é sempre melhorado, o que estabelece um ciclo que se renova. Este é o idealda Administração.

O processo administrativo é representado na figura 1.

Fig. 1- Diagrama do Processo Administrativo

Devido à percepção da falha na organização da feira de artesanato, criamosum novo recurso (o cadastro de artesãos) para a organização de uma próximafeira, que já está sendo planejada.

Page 103: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

NO

ÇÕES

DE

AD

MIN

ISTR

AÇÃ

O

103

AUXILIAR ADMINISTRATIVO

5Assim, podemos ter a idéia do que é o ciclo administrativo: é algo que gerauma continuidade de ações e está sempre se aperfeiçoando e sofrendo influênciasdiversas. Como mostra a figura 2.

Fig. 2 – Diagrama do Ciclo Administrativo

ATIVIDADE 72 >> AVALIAÇÃOO(a) professor(a), nesta atividade, deve elaborar uma síntese dos con-

teúdos que foram estudados neste primeiro tópico para que os alunos se sintammais seguros para, com as suas próprias palavras, descreverem os conceitos queforam apreendidos nos itens trabalhados e nas atividades desenvolvidas.

Procure, professor(a), aceitar a redação de cada um e comente os conteúdosque deixaram de ser abordados pelos alunos.

Page 104: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

104

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

TÓPICO 2 – AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Neste tópico será introduzida a ocupação de Auxiliar Administrativo, cominformações sobre suas áreas de atuação em organizações de diferentes setores daeconomia, as habilidades necessárias para que tenha um bom desempenho no car-go e instruções sobre como deverá apresentar-se no ambiente de trabalho.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de:

� Refletir sobre a ocupação de Auxiliar Administrativo e suas atribuições.

� Identificar áreas de atuação e tipos de organização.

� Identificar as habilidades necessárias ao desempenho das funções de Auxi-liar Administrativo.

� Reconhecer a importância da ocupação na atualidade e a multiplicidadedas áreas de atuação.

TEXTOS E ATIVIDADES

APOIO ADMINISTRATIVO E ÁREAS DE ATUAÇÃODando continuidade ao que foi discutido no primeiro tópico – Noções de Ad-

ministração –, o(a) professor(a) vai apresentar a ocupação de Auxiliar Administrati-vo aos alunos. É importante enfatizar que, nas organizações, auxiliar administrati-vo é um cargo que garante o bom andamento das funções da Administração e que,dependendo do tipo da organização, o auxiliar pode atuar na recepção, noalmoxarifado, na área de recursos humanos, no setor financeiro, no setor de com-pras, ou em todos eles, em instituições menores.

Informe à turma, professor(a), que concursos públicos para órgãos do gover-no têm, ultimamente, oferecido várias vagas para Auxiliar Administrativo, e queeste profissional é também bastante requisitado para trabalhar em organizações demenor porte do setor privado e do Terceiro Setor, que costumam precisar de umprofissional com tal perfil, que atue em vários setores da organização.

HABILIDADESLembre aos alunos que, em todas as ocupações que lidam com público (no

balcão, ao telefone ou pela internet), o auxiliar deve ter comportamento atencioso,educado e respeitoso. Além disso, como outros setores dependem da sua atuação,é importante que ele seja organizado, saiba trabalhar em equipe e tenha iniciativa.

ATIVIDADE 73Nesta atividade, a turma vai retomar o caso dos artesãos que ficaram

sem espaço para expor as suas mercadorias e vai discutir que habilidades seriam

Page 105: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

AU

XIL

IAR

AD

MIN

ISTR

ATI

VO

105

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

importantes para se contornar o problema. Para que esta atividade seja enriquecidacom as trocas entre os alunos, recomenda-se o trabalho em grupos. O(a) professor(a)deve reservar um tempo para a discussão nos grupos e, em seguida, ampliar odebate para toda a turma, procurando participar quando for oportuno acrescentarnovas informações às discussões.

Descrições de algumas das habilidades que deve ter o auxiliar administrativo,que podem ser enfatizadas pelo(a) professor(a) durante todo o curso:

� Ser organizado, não deixar as tarefas se acumularem – deixar para resolvertudo na última hora pode ocasionar erros. Criar métodos de trabalho, ten-tar perceber que coisas devem ser feitas em primeiro lugar.

� Ter iniciativa é sempre bom. Quem tem esta capacidade geralmente con-segue enfrentar melhor os desafios que surgem no dia-a-dia.

� Saber lidar com pessoas é ser sociável, ou seja, ter boa capacidade de con-viver e de trabalhar em harmonia. Este é um fator fundamental para setrabalhar em equipe.

� Ser discreto: não alimentar fofocas e não levar adiante informações desne-cessárias para a organização; saber respeitar o sigilo das informações a quetenha acesso (endereços, telefones, processos etc.).

� Ser atento. Muitas vezes nos mantemos ocupados ou pensando em outrascoisas, enquanto o outro fala. Isto pode passar a impressão de arrogância,distração, falta de educação.

� Manter-se informado, lendo jornais ou, pelo menos, assistindo a noticiá-rios – notícias do país e do mundo. Isto é sinal de que tem interesse peloque acontece e está preparado para novos desafios.

� Ter um bom desempenho técnico nas atividades administrativas: isto é sereficiente.

� Alcançar os resultados que a organização espera do profissional: isto é sereficaz.

COMPORTAMENTO E APRESENTAÇÃOO auxiliar administrativo está em contato constante com outros funcionários,

com o público e com profissionais de outras organizações. Ele circula por todas asáreas da organização e até mesmo fora dela; por isso, é imprescindível ter bastantecuidado com sua conduta, seu comportamento e com sua apresentação.

ATIVIDADE 74Entrevistar um auxiliar administrativo.

O(a) professor(a) deve orientar os alunos a se prepararem para a entrevista,tomando como base os conteúdos desenvolvidos nesta Sessão, a fim de elabora-rem, coletivamente, um roteiro de perguntas.

Page 106: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

106

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Deve recomendar-lhes que levem, para a entrevista, o material necessário: lá-pis, borracha, bloco e até gravador, caso algum aluno disponha de um. O uso dogravador pode facilitar a sistematização da entrevista. Neste caso, lembre aos alu-nos que é importante informar ao entrevistado que a entrevista será gravada, esolicitar-lhe que dê sua autorização por escrito (veja o Modelo de Autorização apre-sentado na Sessão 4).

Sugestão de roteiro para a entrevista:

� Dados profissionais do entrevistado:

- nome da organização/local de atuação;

- setor/departamento onde desenvolve a maior parte de suas atividades;

- grau de escolaridade e formação.

� Desempenho na função:

- habilidades que considera importantes;

- conhecimentos técnicos desejáveis;

- grau de domínio de aplicativos da informática;

- serviços externos.

� Dados da instituição/organização em que atua:

- como é o organograma;

- setor da economia a que pertence;

- número de funcionários;

- benefícios oferecidos.

ATIVIDADE 75 >> AVALIAÇÃOEsta avaliação é individual. Cada aluno deve entregar, na aula seguinte à

realização do encontro com o auxiliar administrativo, uma síntese da entrevista,com as suas observações e comentários.

Page 107: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

CON

HEC

END

O E

TRA

TAN

DO

DO

CUM

ENTO

S

107

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

TÓPICO 3 – CONHECENDO E TRATANDODOCUMENTOS

Este tópico descreve os diferentes tipos de documentos com que o auxiliaradministrativo trabalha em sua rotina diária e também cita os cuidados e tratamen-tos adequados para guardar, fazer circular, registrar documentos e preservar amemória institucional.

Para atender aos objetivos deste tópico, o aluno deve ser capaz de:

� distinguir os principais tipos de correspondências: cartas, memorandos, cir-culares, declarações, recibos, autorizações e e-mails;

� redigir correspondências;

� utilizar os recursos da internet e outros meios tecnológicos como fax, copi-adora e sistemas de telefonia;

� conhecer alguns procedimentos que geram documentos, como relatórios,minutas e atas;

� conhecer rotinas para compras e reposição de estoques, verificação de mer-cadorias, emissão de notas fiscais e recibos;

� reconhecer a importância, para o desenvolvimento das atividades da orga-nização, de manter em ordem os arquivos;

� conhecer a rotina de trabalho do serviço de protocolo e de arquivamento,inclusive os recursos tecnológicos para a digitalização de arquivos.

CONHECENDO OS TIPOS DE DOCUMENTOSNeste subtópico serão apresentados diversos tipos de documentos – corres-

pondências variadas (carta, memorando, ofício, circular), declaração, recibo, auto-rização, requerimento e demais procedimentos que geram documentos.

CORRESPONDÊNCIASSugira sempre a leitura oral destes modelos de correspondências:

� CartaLembre aos alunos que a carta redigida em uma organização é diferente de

uma carta pessoal na forma, no vocabulário usado e no tratamento dispensado aodestinatário.

ATIVIDADE 76Esta é uma atividade individual. No Guia de Estudo, o aluno encontra

um modelo de carta; ao elaborar a sua, ele poderá fazer uso dos computadores doProjovem.

Page 108: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

108

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

� MemorandoÉ utilizado para divulgar etapas em andamento de projetos, novos procedimen-

tos e rotinas a serem adotados, informações sobre novas aquisições de material econtratação de pessoal, remanejamentos e dispensas de funcionários, solicitações deações integradas entre os setores e departamentos e outros assuntos de interesse dopessoal que integra a organização. O memorando assegura a transparência nas toma-das de decisões internas (mudanças que irão ocorrer), já que permite o acompanha-mento dessas mudanças por todos os funcionários e colaboradores.

O objetivo deste item é que o aluno saiba o que é um memorando e possaclassificá-lo corretamente quando trabalhar em arquivos.

� OfícioÉ importante que o aluno saiba reconhecer e classificar um ofício pois, assim,

poderá, na função de auxiliar administrativo, encaminhá-lo para o arquivo perti-nente, ou ele mesmo arquivá-lo de forma adequada, de acordo com os procedi-mentos adotados na organização.

� CircularO objetivo é que o aluno saiba reconhecer e classificar uma circular e arquivá-

la devidamente (quando existir este procedimento na organização).

� Declaração, recibo, autorização e requerimentoReforce com os alunos a noção de que o conteúdo de cada declaração, recibo,

autorização ou requerimento deverá ser sempre ajustado à situação à qual cada umdesses documentos se referir; deverá, também, cada modelo seguir o padrãoinstitucional. Os exemplos que constam no Guia de Estudo são apenas sugestões demodelos.

GLOSSÁRIOChame a atenção da turma para o significado das expressões pessoa

física e pessoa jurídica.

MALA DIRETAEnfatize que o auxiliar administrativo deve ter a iniciativa de ir ampliando o

cadastro de mala direta da instituição com os dados dos novos contatos feitos;manter os endereços sempre atualizados; incluir os novos e, principalmente, atua-lizar periodicamente os dados relativos ao cargo que a pessoa que teve o nomeincluído exerce, principalmente quando for personalidade pública.

CORREIO ELETRÔNICO – E-MAILAo utilizarem os recursos de comunicação eletrônica, é importante que os

alunos se lembrem de que não existe uma estrutura rígida para se escreverem e-

Page 109: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

CON

HEC

END

O E

TRA

TAN

DO

DO

CUM

ENTO

S

109

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

mails; todavia, existe uma forma de conduta a ser adotada na internet, que se refereprincipalmente ao envio de e-mails e à participação em chats, chamada NETIQUETA,que trata da etiqueta, das normas de comportamento na rede.

Leia mais em http://www.icmc.sc.usp.br/manuals/BigDummy/netiqueta.html.A forma de comunicação via correio eletrônico é muito rápida: recebeu, res-

pondeu. Mas um e-mail também precisa ser claro, coerente e objetivo; em casocontrário, pode gerar mal-entendidos. Em geral, os e-mails constam de textos cur-tos, e a linguagem adotada é informal. Textos longos ou mais formais normalmen-te são redigidos em um editor de textos (como o Word) e enviados anexos à men-sagem.

ATIVIDADE 77Nesta atividade, o(a) professor(a) deve sugerir que os alunos enviem

um e-mail simulando uma correspondência comercial. Para que o e-mail seja real-mente enviado, o aluno deve utilizar o endereço eletrônico válido de um colega.Esta atividade deve ser praticada nos computadores do ProJovem. O(a) professor(a)deve estar atento ao uso do equipamento e à estrutura do e-mail, assim como aosprocedimentos para seu arquivamento no computador.

QUADRO: FORMAS DE TRATAMENTONeste quadro estão relacionadas as formas de tratamento mais usuais em cor-

respondências institucionais e comerciais. É interessante que os alunos façam a lei-tura oral dessas formas de tratamento, observando, na redação dos documentos,como podem ser abreviadas.

RECURSOS TECNOLÓGICOSNeste subtópico são dadas algumas dicas para a utilização de recursos como

fax, câmeras digitais, scanners, sistemas de telefonia e endereços de sites, que facili-tam a vida do auxiliar administrativo, pois são muito usados nas organizações.

ALGUNS PROCEDIMENTOS QUETAMBÉM GERAM DOCUMENTOS

Os alunos devem, neste item, tomar conhecimento de procedimentos comoregistros de reuniões e atividades em relatórios, minutas, atas, e ainda de textosde redação mais especializada como procurações, contratos e contratos sociais,que se transformam em documentos da organização.

� RelatórioNem sempre o auxiliar administrativo elabora sozinho um Relatório, mas é

importante reforçar a idéia de que ele deve conhecer todos os passos para quepossa ajudar os dirigentes da organização na sua elaboração. (Veja o modelo derelatório no Guia de Estudo.)

Page 110: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

110

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

Relacionamos abaixo recomendações e dicas, para o caso de o aluno ter queelaborar um relatório:

� Fazer anotações ordenadas em um bloco (como a data, o nome dos infor-mantes, momentos importantes de uma reunião etc.), de forma que, na horade escrever, as notas não deixem dúvidas sobre aquilo que quis registrar.

� Organizar um roteiro para o relatório, com títulos e subtítulos, seguindouma ordenação numérica.

� Fazer uma primeira escrita, um rascunho.

� Fazer as revisões necessárias, até que considere o trabalho bom e acabado.

� Digitar, utilizando a formatação mais adequada (novamente, há a necessi-dade de conhecimentos e domínio de aplicativos de informática).

ATIVIDADE 78Esta atividade remete à Sessão 1 deste Manual e do Guia de Estudo.

É uma atividade que deve ser realizada em grupos, nos quais os alunos vãoverificar, seguindo a estrutura de relatório descrita acima, se o Relatório feitona ATIVIDADE 18, da Sessão 1, atende aos itens descritos, apresentando suassugestões e fazendo as adaptações necessárias.

� MinutaO aluno deve saber que a minuta é um pré-documento, isto é, uma primeira

redação de um documento, que será, depois, escrito em sua forma final.

� AtaO Guia de Estudo apresenta a estrutura básica de uma ata. O(a) professor(a)

deve ressaltar a utilidade das atas nas organizações.

ATIVIDADE 79Nesta atividade, é importante que o(a) professor(a) leia, junto com a

turma, a ata de uma reunião de associação de moradores, de um sindicato ou deuma ONG. Esta leitura deve ser feita de forma lenta e clara, para que os alunostenham uma boa idéia de como deve ser escrita uma ata. Em seguida, eles devemelaborar, em grupo, uma ata e escolher um integrante do grupo para fazer a leiturapara a turma.

� Procuração, Contrato e Contrato SocialOs alunos devem saber que estes documentos são elaborados por profissio-

nais das áreas contábeis e jurídicas e que, geralmente, são registrados em cartóriospúblicos.

Page 111: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

CON

HEC

END

O E

TRA

TAN

DO

DO

CUM

ENTO

S

111

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

COMPRAS DE MATERIAIS DE ESCRITÓRIO –DOCUMENTOS DE COMPRA E VENDA

Como foi dito anteriormente, dependendo da estrutura de pessoal da organi-zação, o auxiliar administrativo cuida também das compras e do almoxarifado.Portanto, é necessário que ele conheça a rotina de compras de materiais.

De acordo com a lei, todos os estabelecimentos comerciais ou organizaçõesde diferentes setores devem estar devidamente legalizados e emitir nota fiscal detodo produto vendido ou de todo serviço prestado. O objetivo é o controle, porparte do governo, sobre as transações realizadas pelas organizações, para fins detributação, como o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias) e o ISS (Im-posto sobre Serviços), por exemplo.

TRATANDO DOCUMENTOS EPRESERVANDO A MEMÓRIA

Este subtópico introduz as noções de arquivo, de guarda e preservação de do-cumentos e aborda as várias formas de classificação de documentos para estes fins.

ATIVIDADE 80Aproveite esta atividade para enfatizar a importância dos documentos

para a preservação da memória das pessoas, das famílias, de uma cidade e de um país.

ARQUIVO... DO QUE SE TRATA?Além de preservar registros de atividades organizacionais, da situação fiscal

da organização, bem como da memória institucional, o arquivo também é fontemuito importante de dados de comprovação das relações da organização com osempregados (relações trabalhistas), já que é comum que as pessoas, no momentode se aposentarem, acabem recorrendo às organizações em que trabalharam paraobter os dados e documentos que comprovem seu período de trabalho.

É importante lembrar aos alunos que existe um tempo para se guardar

cada tipo de documento e arquivo.

ESTRUTURA NECESSÁRIA e MÉTODOS DE ARQUIVAMENTOO Guia de Estudo apresenta, de forma detalhada, a organização de um arquivo.

ATIVIDADE 81 >> ATIVIDADE PRÁTICAA turma vai organizar, no escritório modelo, um arquivo com os traba-

lhos feitos no curso. Este arquivo deve estar organizado por atividade e, dentro decada atividade, pelos nomes dos alunos, em ordem alfabética.

Page 112: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

GES

TÃO

BLIC

A E

TER

CEIR

O S

ETO

R

112

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

DOCUMENTOS IMPORTANTES / TIPOS DE ARQUIVOS

OS ARQUIVOS E O TEMPOComo foi visto anteriormente, não são todos os “papéis” que existem na

empresa que devem ser arquivados. A seleção dos documentos conforme sua im-portância foi o que vimos até o momento. A ênfase deve ser dada sobre a impor-tância da função do arquivo como local de guarda, de recuperação rápida, de pre-servação de documentos, necessária para uma administração eficiente e em acordocom a legislação vigente.

ATIVIDADE 82Respostas (gabarito)

a) arquivo institucional / público / arquivo permanente

b) arquivo institucional / arquivo corrente

c) arquivo institucional / arquivo corrente

d) arquivo público / arquivo corrente (da atual administração) e arquivo per-manente (das administrações passadas)

e) arquivo institucional (considerando-se o grupo que organizou a atividade)/ arquivo corrente

SERVIÇO DE PROTOCOLO

ARQUIVOS DIGITAISExistem muitas maneiras de se perder informações de um computador,

involuntariamente. O(a) professor(a) deve enfatizar a importância de se fazer obackup dos arquivos regularmente e de se manter disquetes e/ou CDs dos backupsem um local separado, protegidos em arquivos próprios para seu armazenamento;com tais cuidados, pode-se recuperar parte ou até a totalidade das informações,caso algo aconteça aos originais no computador.

(Fonte: http://www.microsoft.com/brasil/athome/security/update/backup.mspx. Acesso em mar.2006)

RECURSOS UTILIZADOSConverse com os alunos sobre a experiência que eles têm no uso dos recursos

referidos em aula. Se for possível, leve para a sala de aula alguns dos recursoscitados no Guia de Estudo, a fim de que os alunos conheçam os materiais que costu-mam ser largamente utilizados nas empresas.

Page 113: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

CON

HEC

END

O E

TRA

TAN

DO

DO

CUM

ENTO

S

113

5AUXILIAR ADMINISTRATIVO

ATIVIDADE 83 >> ATIVIDADE PRÁTICAProfessor(a), acompanhe os grupos na elaboração dos documentos es-

colhidos e avalie com a turma os resultados da atividade.

ATIVIDADE 84 >> AVALIAÇÃO FINALNesta atividade final, é importante que o(a) professor(a) acompanhe e

oriente os alunos em todas as etapas de elaboração. É o momento de o aluno auto-avaliar-se. Com base nas próprias observações e nas informações dos alunos, o(a)professor(a) poderá avaliar os pontos que despertaram maior interesse da turma eas dificuldades encontradas. Desta forma, terá os indicadores necessários para pro-mover ajustes no curso, tendo em vista sua aplicação nas próximas turmas, e pode-rá orientar os alunos, de acordo com as suas preferências e habilidades, nas suasescolhas profissionais.

Page 114: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

DICIONÁRIO

Almoxarifado: Substantivo masculino. 1. Cargo ou função de almoxarife. 2. Depósito deobjetos, materiais e matérias-primas.

Arquivar. verbo transitivo direto. 1. guardar em arquivo. 2. Conservar, guardar, reter namemória; memorizar.

Arquivo: substantivo masculino. 1. Conjunto de documentos manuscritos, gráficos, fotográ-ficos etc., recebidos ou produzidos por uma entidade ou por seus funcionários, e destina-dos a permanecer sob os cuidados desta entidade ou funcionários. 2. Lugar onde se reco-lhem e guardam esses documentos. 3. Móvel geralmente de metal e com gavetas, paraguardar documentos. 4. Conjunto organizado de registros.

Articular: verbo transitivo direto e pronominal. 4. dar organização a ou organizar-se. Ex.:Um almoço para articular uma questão. Os grupos já se articularam. V. transitivo direto epronominal. 5. tornar (-se) ligado; unir (-se), juntar (-se). Ex.: Articular as partes de umtodo. Peças que se articulam. V. pronominal. 6. unir-se por entendimento; acordar-se. Ex.:Articularam-se os sócios para a abertura da firma.7- Estabelecer contato entre duas oumais pessoas para realizar algo.

Avaliar: verbo transitivo direto. 3. ter idéia de, conjecturar sobre ou determinar a qualidade,a extensão, a intensidade etc. de. Ex.: Não avaliou as conseqüências de seus atos. Avaliarcandidatos. Avaliar o sofrimento de alguém. V. transitivo direto.4. Derivação: sentido figu-rado: apreciar o mérito, o valor de; estimar. Ex.: É incapaz de avaliar o pai que tem.

Cidadania: substantivo feminino. 1. qualidade ou condição de cidadão. 2. Rubrica: termojurídico. Condição de pessoa que, como membro de um Estado, se acha no gozo dedireitos que lhe permitem participar da vida política.

Confidencial: adjetivo. 2. Dito ou escrito em confidência; secreto.

Conservador: substantivo masculino. 2. aquele que defende idéias, valores e costumes ultra-passados e/ou que é contrário a qualquer alteração da situação que se atravessa, do que étradicional ou da ordem estabelecida. Ex.: É um conservador em moda.

Cumplicidade: substantivo feminino. Ato ou qualidade de cúmplice (parceiro, sócio).

Descentralização: substantivo feminino. 1.Rubrica: administração, política. Sistema políticoe administrativo que enfatiza a dispersão da autoridade e das atribuições do poder centralentre os setores que compõem a estrutura de determinado órgão; descentralismo. Obs.:por oposição à centralização.

Dignidade: substantivo feminino. 1. qualidade moral que infunde respeito; consciência dopróprio valor; honra, autoridade, nobreza. Ex.: Sempre se mostrara homem de muitadignidade. 2. qualidade do que é grande, nobre, elevado.

Direito: substantivo masculino. 14. aquilo que é facultado a um indivíduo ou a um grupo deindivíduos por força de leis ou dos costumes. Ex.: direito de praticar qualquer religião;direito de se casar com quem quiser; 18. Rubrica: termo jurídico. Conjunto de normas davida em sociedade que buscam expressar e também alcançar um ideal de justiça, traçandoas fronteiras do ilegal e do obrigatório.

Direitos: substantivo masculino plural. Rubrica: termo jurídico. 30. prerrogativas , benefícios,vantagens (especialmente trabalhistas) que a lei faculta a alguém. Ex.: Vamos lutar pelosnossos direitos na justiça. O empregado saiu exigindo seus direitos.

Page 115: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Discriminação: substantivo feminino. Separação, apartação, segregação.

Ditadura: substantivo feminino. 1. forma de governo em que todos os poderes se enfeixamnas mãos dum indivíduo, dum grupo, duma assembléia, dum partido, ou duma classe. 2qualquer regime de governo que cerceia ou suprime as liberdades individuais.

Donatário: substantivo masculino. 1. Rubrica: termo jurídico. Aquele que é favorecido poruma doação. 2. Rubrica: História. Fidalgo português a quem D. João III doou algumacapitania hereditária no Brasil.

Emenda: substantivo feminino. 8. Rubrica: termo jurídico. No sentido legislativo, propostapara alterar ou modificar o teor de um projeto de lei, no todo ou em parte. Obs.: cf.substitutivo.

Estratégia: substantivo feminino. 1. Arte militar de planejar e executar movimentos e operaçõesde tropas, navios etc., visando a alcançar posições favoráveis a futuras ações sobre determi-nados objetivos. 2. Arte de aplicar meios disponíveis para a realização de objetivos comuns.

Estrategista: adjetivo. Pessoa que sabe estratégia.

Hierarquia: substantivo feminino.1. Ordem e subordinação dos poderes eclesiásticos, civis emilitares. 2. Graduação da autoridade, correspondente às várias categorias de funcionáriospúblicos, classes.

Impeachment: substantivo masculino. Rubrica: direito constitucional. 1. processo político-criminal instaurado por denúncia no Congresso para apurar a responsabilidade, por gravedelito ou má conduta no exercício de suas funções, do presidente da República, ministrosdo Supremo Tribunal ou de qualquer outro funcionário de alta categoria [Cabe ao Senado,se procedente a acusação, aplicar ao infrator a pena de destituição do cargo.]

Método: substantivo masculino. 1. procedimento, técnica ou meio de se fazer alguma coisa.Ex.: há dois métodos diferentes para executar essa tarefa. 3. ordem, lógica ou sistema queregula uma determinada atividade. Ex.: ensinar com método.

Minuta: substantivo feminino. 1. Rascunho, borrão, primeira redação de qualquer escritaoficial, contrato, correspondência etc., que, depois de revisto, corrigido, se for o caso, eaprovado, tem de ser passado a limpo. 2. Redação preliminar de um ato oficial. (É umaespécie de rascunho que, embora desprovido de valor, juridicamente, e distinto do origi-nal, fica no arquivo).

Monitorar: verbo transitivo direto. 1. vigiar, verificar (algo), visando a determinado fim. Ex.:o governo vem monitorando os preços dos remédios, para conter abusos. V. transitivodireto. 2. acompanhar o decurso de (uma operação, uma máquina etc.).

Negociar: verbo transitivo direto, transitivo indireto, bitransitivo e intransitivo. 4. firmar,celebrar (acordo, ajuste, contrato etc.) [com]. Ex.: O exército aliado negociou a trégua deAno-Novo (com o inimigo). Resolveu negociar com seu maior desafeto. Em época deguerra os governos precisam negociar muito. V. transitivo indireto. 5. conduzir negociaçãocom; pactuar.

Nobre: adjetivo de dois gêneros. 1. que tem título nobiliárquico; pertencente à nobreza; fidal-go, aristocrata. Ex.: família nobre.

Órgão Colegiado: substantivo masculino. 2. diz-se de ou órgão dirigente cujos membrostêm poderes iguais.

Outorgado: adjetivo. 1. que se outorgou; concedido, permitido. Adjetivo e substantivo mas-culino. Rubrica: direito administrativo. 2. diz-se de ou pessoa a favor de quem se outorgampoderes, um mandato etc.

Page 116: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Plebeu: adjetivo. Próprio da plebe; que não é nobre; sem refinamento; vulgar; prosaico;popular; comum. – Substantivo masculino. Homem da plebe, homem do povo.

Plebe: substantivo feminino. Entre os antigos romanos, classe popular da sociedade. 2. Deri-vação: por extensão de sentido. A classe social mais baixa de um povo.

Pluralismo: substantivo masculino. 3. sistema que admite a existência, no seio de um grupoorganizado, de opiniões políticas e religiosas e de comportamentos culturais e sociais di-versos; a coexistência destas correntes. 3.1. estado de uma sociedade que, voluntária ouinvoluntariamente, admite esse sistema. 3.2. Rubrica: política. Doutrina que defende apluralidade de partidos.

Preconceito: substantivo masculino. 1. Conceito ou opinião formados antecipadamente,sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos.

Princípio: substantivo masculino. O que serve de base a alguma coisa; causa primeira, raiz,razão. 5. proposição elementar e fundamental que serve de base a uma ordem de conhe-cimentos. Ex.: princípios da física, da matemática.

Programa: substantivo masculino. 5. exposição escrita das intenções e projetos de uma chapa,um candidato, um partido político etc. 6. aquilo que alguém se propõe a executar; projeto,plano. Ex.: o governador começa agora a executar o seu programa de governo.

Progressista: adjetivo de dois gêneros. 5. favorável ao progresso, às transformações ou àsreformas, especialmente nos campos político, social e/ou econômico. Ex.: classes pro-gressistas; administrador progressista.

Projeto: substantivo masculino. 1. idéia, desejo, intenção de fazer ou realizar (algo), no futuro;plano. Ex.: ela gosta de fazer projetos para seus filhos. 2. descrição escrita e detalhada deum empreendimento a ser realizado; plano, delineamento, esquema. Ex.: projeto de pes-quisa; projeto de governo.

Qualificar: verbo transitivo direto. Indicar a(s) qualidade(s) de; classificar. Especificar ou deter-minar a natureza de algo, segundo suas características, enquadrando-o em uma classificação.

Quantificar: verbo transitivo direto. Determinar a quantidade ou o valor de; avaliar comrigor; atribuir grandeza mensurável a; atribuir uma determinada quantidade a.

Reacionário: adjetivo. 3. Aferrado à autoridade constituída; contrário à liberdade; tirano,despótico.

Regente: substantivo de dois gêneros. 3. chefe de governo durante a menoridade ou aindisponibilidade de um soberano.

Reivindicação: substantivo feminino. Reclamação. Ato ou efeito de reivindicar.

Reivindicar: verbo transitivo direto 3.1. reclamar (uma classe, um grupo social) o exercício deum direito político ou social, um melhoramento das condições de vida ou de trabalho. Ex.:reivindicar diminuição na jornada de trabalho; reivindicar aumento de salário para os diaristas.

Reivindicativo: adjetivo. Que envolve reivindicação; reivindicatório.

República: substantivo feminino. Palavra que vem do Latim res publica, que significa coisa (res)pública; o Estado.

Senado: substantivo masculino. 1. assembléia dos patrícios que constituía o Conselho Supre-mo de governo na antiga Roma. 3. num regime de legislatura bicameral, a câmara alta,cujos membros representam as coletividades territoriais. [Enquanto o Senado é compostopelos representantes dos estados federados, a Câmara dos Deputados é constituída porrepresentantes diretos do povo.] 5. Derivação: por metonímia. Local onde se reuniam e sereúnem os senadores.

Page 117: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Serviço: substantivo masculino. 15. organização de certas instituições públicas ou privadas,encarregadas de uma função particular. Ex.: serviço hospitalar. 21. Rubrica: economia.Produto da atividade humana destinado à satisfação de necessidades, mas que não apresentao aspecto de um bem material (p. ex.: transporte, educação, atividades de profissionaisliberais etc.).

Sigiloso: adjetivo. 1. Que contém ou envolve sigilo; secreto.

Significativo: adjetivo. 1. Que significa. 2. Que tem valor. 3. Que exprime sensivelmentepensamento ou vontade.

Sistema: substantivo masculino. 2.2. Derivação: por extensão de sentido. Arrolamento deunidades e combinação de meios e processos que visem à produção de certo resultado.Ex.: sistema eleitoral; sistema curricular; sistema educacional; sistema financeiro.

Soberania: substantivo feminino. 1. qualidade ou condição de soberano. 2. propriedade ouqualidade que caracteriza o poder político supremo do Estado como afirmação de suapersonalidade independente, de sua autoridade plena e governo próprio, dentro do terri-tório nacional e em suas relações com outros Estados. 2.1. conjunto de poderes que cons-tituem um Estado politicamente organizado. 3. superioridade derivada de autoridade,domínio, poder. Ex.: A soberania não é delegável nem renunciável. Soberania do povo.

Solidário: adjetivo. 4. Diz-se daqueles que têm responsabilidade ou interesse recíproco.

Solidariedade: substantivo feminino. 1. Qualidade de solidário. 2. Laço ou vínculo recíprocode pessoas e coisas independentes.

Substitutivo: substantivo masculino. 2. Emenda, substituição.

Território: substantivo masculino. 6. Rubrica: termo jurídico. Extensão ou base geográfica doEstado, sobre a qual ele exerce a sua soberania e que compreende todo o solo ocupado pelanação, inclusive ilhas que lhe pertencem, rios, lagos, mares interiores, águas adjacentes, golfos,baías, portos e também a faixa do mar exterior que lhe banha as costas e que constitui suaságuas territoriais, além do espaço aéreo correspondente ao próprio território.

Timbre: substantivo masculino. 1. Selo, carimbo. 14. Rubrica: artes gráficas. Conjunto deinformações identificadoras do emitente em determinados impressos (envelope, papel decarta, nota fiscal, fatura etc.), contendo geralmente a indicação de nome ou razão social,logotipo, endereço e ramo de atividade.

Vitalício: adjetivo. 1. que dura ou é destinado a durar a vida toda. Ex.: uma pensão vitalícia.2. que tem a garantia legal ou estatutária da vitaliciedade. Ex.: cargo vitalício.

Page 118: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

DICIONÁRIO DE PALAVRAS ESTRANGEIRAS

Backup: Em informática, backup refere-se à cópia de dados de um dispositivo para o outrocom o objetivo de posteriormente recuperar os dados, caso haja algum problema. De ummodo geral, o backup é uma tarefa essencial para todos os que usam computadores e/ououtros dispositivos, tais como máquinas digitais de fotografia, leitores de MP3 etc.

CD: abreviação de compact disc, em inglês; em português, disco compacto. É atualmente omais popular meio de armazenamento de dados digitais, principalmente músicacomercializada e softwares de computador, caso em que o CD recebe o nome de CD-ROM.

E-mail: do inglês electronic mail; em português: correio eletrônico.

Fax: abreviatura de fac-símile ou telefac-símile. É uma tecnologia das telecomunicações usadapara a transferência remota de documentos através da rede telefônica.

Headset: Fone de ouvido com microfone, utilizado por telefonistas, operadores detelemarketing e coletores de dados por telefone.

Hard Disk (HD): do inglês. Em português, disco rígido ou disco duro. É a parte do com-putador onde são armazenadas as informações. Caracterizado como memória física, não-volátil, que é aquela na qual as informações não são perdidas quando o computador édesligado.

Internet: seu início foi em meados de 1969, no Departamento de Defesa do EUA. É ainterligação de computadores das mais variadas regiões em uma mesma rede, possibilitan-do a comunicação entre eles em tempo real. Os computadores podem ser ligados porlinha telefônica, rádio, satélite, fibra ótica etc.

Laptop: computador portátil ativado por bateria, com peso inferior a 6 kg e dimensõescompatíveis para ser usado no colo de um operador sentado.

Palm top: computador de dimensões reduzidas, cabe na palma da mão, mas tem bastantecapacidade operacional; em geral, cumpre as funções de agenda e de bloco de anotações.

Scanner: palavra inglesa que significa, em português, digitalizador. É um equipamento eletrô-nico responsável por digitalizar imagens, fotos e textos para o computador.

Site: do inglês; o mesmo que sítio, espaço. Conjunto de páginas eletrônicas reunidas em umsó endereço. Ex.: www.commerce.hpg.com.br

Spam: substantivo masculino. 1. envio de uma ou mais mensagens pouco apropriadas paraum fórum de discussão ou listas de correio, em deliberada violação da ética na Internet. 2.envio não solicitado de mensagens de publicidade ou propaganda para um grande núme-ro de destinatários.

Page 119: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

BIBLIOGRAFIA

AQUINO, Rubim Santos Leão de et al. Sociedade Brasileira: Uma História Através dos MovimentosSociais. Rio de Janeiro: Record, 1999.

AYRES, A., SOARES, F. & BARTHOLO, R. Ética e responsabilidade social. Brasília: SESI/LTDS,2002.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado,1988.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Qualificação para o Trabalho: Arco OcupacionalAdministração – Guia de Estudo. Laboratório Trabalho & Formação/COPPE/UFRJ/ServiçoNacional de Aprendizagem Comercial - Departamento Nacional, 2006.

BUARQUE DE HOLANDA, Aurélio. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio deJaneiro: Nova Fronteira, 1986.

CAMPOS, A. E. M. et al. Elaboração e Monitoramento de Projetos Sociais. Brasília: SESI/DN, 2005.(Curso de Especialização em Gestão de Iniciativas Sociais, vol. 7).

CAMPOS, A., ABEGÃO, L., DELAMARO, M. & BARTHOLO, R. Elaboração e Monitoramentode Projetos Sociais. Brasília, DF: SESI/LTDS, 2002.

CDVHS (Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza). Primeiro Emprego: atitude de trabalho ecidadania: impacto das ações do Consórcio Social da Juventude de Fortaleza e Região Metro-politana junto aos jovens do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego. Fortale-za: Publicações do Observatório do Trabalho Jovem, 2006. (Pesquisa coordenada por Ar-mando S. de Melo).

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Elsevier,2000.

CORROCHANO, Maria Carla & WRASSE, Dílson. Elaboração participativa de projetos: um guiapara jovens. São Paulo: Ação Educativa, 2002. 76 p.

CORROCHANO, Maria Clara. Elaboração participativa de projetos: um guia para jovens. São Paulo:Ação Educativa, 2002.

COSTA NETO, P. L. de O. Estatística. 11. reimpr. São Paulo: Edgard Blücher, 1991.

CULTURA, ARTE E TRADIÇÕES FLUMINENSES. Comunicações e debates ocorridosno Fórum Cultura e Arte, agosto/2002. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2004.

DRUBSCKY, A., BARCELLOS, P. & BARTHOLO, R. Planejamento e marketing para a gestãosocial. Brasília, DF: SESI/LTDS, 2001.

GONÇALVES, F. A. Estatística Descritiva: uma introdução. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1978.

GRANDE ENCICLOPÉDIA Larousse Cultural. São Paulo: Nova Cultural, 1988.

LAKATOS, E. M. e MARCONI, M. de A. Fundamentos de Metodologia Científica. 4. ed. SãoPaulo: Atlas, 2001.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 2004.

MEHEDEFF, C. & GARCIA, C. (orgs.). Metodologia para Formação de Gestores de Políticas Públi-cas. Brasília, DF: FLACSO, 2005.

MEHEDEFF, Carmem Guimarães. Trabalho, renda e participação social: questões básicas para aatuação de conselheiros e técnicos municipais. Brasília, DF: Plano/ FLACSO, 2002.

Page 120: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

MOTA, C., DUARTE, F. & BARTHOLO, R. Participação e gestão social. Brasília, DF: SESI/LTDS, 2002.

MOTA, C., FERREIRA, G., DELAMARO, M. & BARTHOLO, R. Globalização, identidadebrasileira e a questão social. Brasília, DF: SESI/LTDS, 2001.

MUDADO, T. H. (org.). “Metodologia do Curso Vir’ação”. Rio de Janeiro: LTDS/COPPE/UFRJ, dez. 2005, mimeo, 43 p.

NOVAES, C. & LOBO, C. Cidadania para principiantes. São Paulo: Ática, 2004.

NOVAES, C. & LOBO, C. História do Brasil para principiantes. São Paulo: Ática, 1997.

SALGADO, Maria Umbelina Caiafa (org.). Manual do Educador: Unidade Formativa I. Brasil:Presidência da República (Secretaria Geral), Brasília, DF, 2005.

YANNOULAS, S. & VOGEL, A. (orgs.). Políticas públicas de trabalho e renda e controle democrático:a qualificação dos Conselheiros Estaduais de Trabalho no Brasil. São Paulo: UNESP/FLACSO, 2001.

SITES CONSULTADOS

Sessão 3: Agente de Projetos Sociais

IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas). Disponível em: <http://www.ipe.org.br/html/apoie_loja.htm>. Acesso em set. 2006.

PROJETO Água de Beber. Disponível em: <http://www.capoeirabrasil-ce.com.br/projeto>.Acesso em set. 2006.

PROJETO Dançando para não dançar. Disponível em: <http://www.dancandoparanaodancar.org.br/root/root_br/index.htm>. Acesso em set. 2006.

PROJETO Entre Amigos. Disponível em: <http://www.proinfo.es.gov.br/ntecolatina/projeto>. Acesso em set. 2006.

PROJETO Social de Atenção Nutricional a Creches do Distrito Federal. Disponível em:<http://www.unb.br/fs/creche/participar2.htm>. Acesso em set. 2006.

WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura>.Acesso em set. 2006.

Sessão 4:

APURAÇÃO do resultado do referendo sobre desarmamento ocorrido em 2005 no Brasil.Disponível em: <http://aovivo.folha.uol.com.br/folha/especial/2005/referendododesarmamento/apuracao.html>. Acesso em 1 jun. 2006

CENTRO de Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS). Disponível em: <http://www.cdvhs.org.br>. Acesso em 22 jun. 2006

CLASSIFICAÇÃO Brasileira de Ocupações (CBO). Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br>.Acesso em 24 mar. 2006.

Page 121: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

INSTITUTO Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em 20 mar. 2006.

MINISTÉRIO do Trabalho e Emprego (MTE). Disponível em: <http://www.mte.gov.br>.Acesso em 24 mar. 2006.

Projeto AGIR (Agência de Inserção em Rede). Apresenta resultados da pesquisa PrimeiroEmprego – impacto das ações do Consórcio Social da Juventude de Fortaleza e regiãometropolitana junto aos jovens do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro EmpregoDisponível em: <http://www.agirceara.org.br/oktiva.net/1306/nota/16820>. Acesso em23 jun. 2006.

PESQUISA Perfil da Juventude Brasileira. Disponível em: <http://www.projetojuventude.org.br>.Acesso em 23 jun. 2006.

Sessão 5:

A carta comercial. Disponível em: <http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/correspondencias/docs/cartacomercial>. Acesso em 7 mar. 2006.

Como fazer circular. Disponível em: <http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/correspondencias/docs/circular>. Acesso em 20 mar. 2006.

Competências Pessoais . Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br/busca/competencias.asp?codigo=4110>. Acesso em 20 maio 2006.

Manual de arquivo. Disponível em: <http://intranet.dirad.fiocruz.br:8081/html/downloads/sica/manuarquivo.doc>. Acesso em 20 mar. 2006.

Manual Técnico Organização de Arquivos Correntes e Intermediários. São Paulo: UNICAMP, 2005.Disponível em: <http://www.unicamp.br/siarq/publicacoes/organizacao_arquivos_correntes_intermediarios.pdf>. Acesso em 26 abr. 2005.

Memorando-Circular n. 05/2004 – SOS Português. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/_docs/padronizacao/memo0504.pdf >. Acesso em 20 mar. 2006.

Orientação para elaboração de Ata de Assembléia: reunião de sócios de dissolução, liquidação eextinção de Sociedade Limitada. Disponível em: <http://www.dnrc.gov.br/Servicos_dnrc/Orientacoes_e_modelos/elaboracao_ata_dissolucao.htm>. Acesso em 7 mar. 2006.

Page 122: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

TEXTOS COMPLEMENTARES –CD DO EDUCADOR

Texto Complementar 1 – Entrevista com o professor Boris Fausto sobre os principais acontecimentos doprocesso histórico brasileiro. Disponível em: <http://www.mec.gov.br/seed/tvescola/historia/entrevista>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 2 – Entrevista com o historiador Luís Henrique Dias Tavares sobre a luta pelaindependência na Bahia. Revista Pesquisa. Ed. impressa n.119. São Paulo: Fundação de Amparo àPesquisa do Estado de São Paulo, jan. 2006. Disponível em: <http://www.revistapesquisa.fapesp.br>.Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 3 – Estado de Pernambuco: a Insurreição Pernambucana – 1645. Disponívelem: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 4 – Estado de Pernambuco: a Revolução Pernambucana – 1817. Disponívelem: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 5 – Confederação do Equador – 1824. Disponível em: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 6 – Estado da Bahia: a Conjuração dos Alfaiates – 1789. Disponível em:<http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 7 – Estado da Bahia: a Sabinada – 1837. Disponível em: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 8 – Estado do Maranhão: a Revolta de Beckman – 1684. Disponível em:<http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 9 – Estado do Maranhão: a Balaiada – 1838. Disponível em: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 10 – Estado de Minas Gerais: o Levante de Vila Rica – 1720. Disponívelem: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 11 – Estado de Minas Gerais: a Inconfidência Mineira – 1789. Disponívelem: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 12 – Estado de São Paulo: a Guerra dos Emboabas –1707. Disponível em:<http://www.culturabrasil.pro.br/mineracao.htm>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 13 – Estado do Rio de Janeiro: a Noite das Garrafadas –1831. Disponívelem: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 14 – Estado do Pará: a Cabanagem –1835. Disponível em: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 15 – Estado do Rio Grande do Sul: a Revolução Farroupilha –1835. Dispo-nível em: <http://www.multirio.rj.gov.br/historia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 16 – SILVA, Francisco Carlos Teixeira. Cronologia da República – 1889a 2000: Memória e Cidadania. Folheto da exposição de mesmo nome. Rio de Janeiro: Museu daRepública, 2000.

Texto Complementar 17 – Sobre João Pessoa. Disponível em: <http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/>. Acesso em set. 2006.

Page 123: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2

Texto Complementar 18 – Estado do Rio de Janeiro: a Revolta da Armada –1893. Disponível em:<http://www2.mre.gov.br/acs/diplomacia>. Acesso em set. 2006.

Texto Complementar 19 – PALMA, Ana. Estado do Rio de Janeiro: a Revolta da Vacina –1904.Rio de Janeiro: Fiocruz, ago. 2003. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/ccs>. Acessoem set. 2006.

Texto Complementar 20 – Sugestões para a realização de Reuniões.

Texto Complementar 21 – FERREIRA, Cláudia Márcia. Panorama atual da cultura popularfluminense. In Cultura, arte e tradições fluminenses. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2004.

ANEXO: LISTA DE MATERIAIS

MATERIAL PERMANENTE – para 30 alunos

MATERIAL DE CONSUMO – por turma de 30 alunos

Page 124: Gestao Publica e Terceiro Setor Me Miolo_novo2