GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu...

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UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE LETRAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIO SECÇÃO DE MUSEOLOGIA A Colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão Plano de Manutenção Preventiva Trabalho realizado por Patrícia Isabel da Silva Monteiro Geraldes No âmbito da área cientifica de Conservação Preventiva Orientado pela Dra. Paula Menino Homem PORTO 2007

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Este trabalho foi realizado no âmbito da área científica de Conservação Preventiva do Curso Integrado de Estudos Pós-graduados em Museologia leccionado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e orientado pela Dra. Paula Menino Homem.O objectivo deste trabalho é conceber um Plano de Manutenção Preventiva para a colecção de estampas e desenhos do Museu Parada Leitão, de modo a estabilizá- a e minimizar os efeitos dos agentes de degradação.

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UNIVERSIDADE DO PORTO

FACULDADE DE LETRAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIO

SECÇÃO DE MUSEOLOGIA

A Colecção de Estampas e Desenhos do

Museu Parada Leitão

Plano de Manutenção Preventiva

Trabalho realizado por

Patrícia Isabel da Silva Monteiro Geraldes

No âmbito da área cientifica de

Conservação Preventiva

Orientado pela

Dra. Paula Menino Homem

PORTO

2007

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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Ao Luciano, pelo tempo que não tive para ele.

Aos colegas de trabalho, pela cooperação.

À Dra. Paula Menino Homem, pela orientação e incentivo

constantes.

A todos os meus mais sinceros agradecimentos.

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INDICE

Pág.

Lista de Figuras .......................................................................................................................... 3

Lista de Quadros ........................................................................................................................ 5

Introdução ................................................................................................................................... 6

I. A instituição ............................................................................................................................. 7

II. Caracterização geográfica e ambiental .................................................................................. 9

Localização geográfica ........................................................................................................ 10

Condições ambientais externas ........................................................................................... 12

O edifício .............................................................................................................................. 16

III. A colecção de estampas e desenhos ................................................................................... 27

Contextualização ................................................................................................................. 28

Descrição sumária ............................................................................................................... 29

Representatividade da colecção no acervo do museu ........................................................ 32

O percurso da colecção ....................................................................................................... 33

Universo de amostragem ..................................................................................................... 37

Condições e controlo ambiental .......................................................................................... 56

IV. Plano de Manutenção Preventiva ......................................................................................... 58

Princípios gerais .................................................................................................................. 59

Avaliar o estado de conservação ......................................................................................... 59

Regras de marcação............................................................................................................ 61

Monitorização e controlo ambiental ..................................................................................... 61

Manutenção preventiva e correctiva .................................................................................... 65

Observações Finais .................................................................................................................... 71

Glossário .................................................................................................................................... 73

Anexos ........................................................................................................................................ 76

Bibliografia ................................................................................................................................ 117

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LISTA DE FIGURAS

Pág.

Fig.1 – Localização do distrito do Porto em Portugal ................................................................................ 10

Fig.2 – Localização da freguesia de Paranhos na cidade do Porto .......................................................... 11

Fig.3 – Localização do ISEP ..................................................................................................................... 11

Fig.4 – Localização do museu no Campus do ISEP ................................................................................. 12

Fig.5 – Zonas verdes na área circundante ao museu ............................................................................... 18

Fig.6 – Planta do piso -1 do edifício C e área ocupada pelo museu (1998) .............................................. 19

Fig.7 – Planta do piso -1 do edifício C (2000) ........................................................................................... 20

Fig.8 – Planta do museu depois das obras de ampliação e reorganização (previsão:2007) .................... 20

Fig.9 – Sistema detector de incêndios ...................................................................................................... 21

Fig.10 – Sistema de alarme de incêndios ................................................................................................. 22

Fig.11 – Mangueira de incêndios .............................................................................................................. 22

Fig.12 – Exemplo de canalizações abertas ............................................................................................... 22

Fig.13 – Canalizações junto ao tecto colocadas por cima dos objectos em exposição ............................ 23

Fig.14 – Sistema de escoamento de águas .............................................................................................. 23

Fig.15 – Desumidificador .......................................................................................................................... 24

Fig.16 - Sistema de ar condicionado ......................................................................................................... 25

Fig.17 – Caixa-de-ar ................................................................................................................................. 25

Fig.18 – Sistema de ventilação eléctrica ................................................................................................... 25

Fig.19 – Planta do museu com os factores que influenciam a conservação e segurança do museu........ 26

Fig.20 – Representatividade das colecções do Museu Parada Leitão ...................................................... 32

Fig.21 – Quantificação dos núcleos da colecção de Estampas e Desenhos ............................................ 32

Fig.22 - Localização das salas de desenho na planta do 2º piso do edifício do Paço dos Estudos.......... 34

Fig.23 - Salão de Desenho ....................................................................................................................... 35

Fig. 24 - Salão de Desenho ...................................................................................................................... 35

Fig.25 – Arquivo do Museu Parada Leitão: situação dos documentos gráficos em 2004 ......................... 36

Fig.26 – Arquivo do Museu Parada Leitão: situação dos documentos gráficos em 2007 ......................... 36

Fig. 27– Materiais do universo em estudo ................................................................................................ 37

Fig. 28 – Ordens Arquitectónicas, 1909 .................................................................................................... 39

Fig. 29 - Abrasão e oxidação .................................................................................................................... 40

Fig.30 - Bolhas de ar ................................................................................................................................. 40

Fig. 31 – Manchas várias .......................................................................................................................... 41

Fig.32 – alterações na estrutura de madeira onde está colado o documento ........................................... 41

Fig. 33 - Manchas e abrasão .................................................................................................................... 42

Fig. 34 – Elementos ou orgãos de ligação: rebites, 1919 ......................................................................... 42

Fig. 35 – Rasgões ..................................................................................................................................... 43

Fig. 36 – Formação de lâminas ................................................................................................................. 43

Fig. 37 – Mancha ...................................................................................................................................... 44

Fig. 38 – Planta topográfica e sinais convencionais, 1840 ........................................................................ 44

Fig. 39 – Canal .......................................................................................................................................... 45

Fig. 40 – Abrasões no cartão onde está colada a estampa ...................................................................... 45

Fig. 41 – Manchas ..................................................................................................................................... 46

Fig. 42 – Planta topográfica, século XIX ................................................................................................... 46

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Fig. 43 – Abrasão no cartão e resíduos de cola ........................................................................................ 47

Fig. 44 – Manchas ..................................................................................................................................... 47

Fig. 45 – Sujidade absorvida ..................................................................................................................... 48

Fig. 46 – Desenho à vista: orgãos de transmissão de força e movimentos (gancho), século XIX ............ 48

Fig. 47 – Sujidade absorvida ..................................................................................................................... 49

Fig. 48 – Abrasão e descoloração ............................................................................................................. 49

Fig. 49 – Abrasão e laminação.................................................................................................................. 50

Fig. 50 – Planta topográfica (Jardim Botânico de Paris), 1887-88 ............................................................ 50

Fig. 51 – Manchas na tela (verso do documento) ..................................................................................... 51

Fig. 52 – Bolhas de ar e vincos na tela ..................................................................................................... 51

Fig. 53 – Amarelecimento, rasgões e vincos ............................................................................................ 51

Fig. 54 – Amarelecimento, manchas e vincos ........................................................................................... 52

Fig. 55 – Edifício (Alçados), inicio do século XX ....................................................................................... 52

Fig. 56 – Sujidade e manchas ................................................................................................................... 53

Fig. 57 – Ondulação .................................................................................................................................. 53

Fig. 58 – Rasgões ..................................................................................................................................... 53

Fig. 59 – Manchas ..................................................................................................................................... 54

Fig. 60 – Revestimento de poço de mina, 1917 ........................................................................................ 54

Fig. 61 – Ondulação .................................................................................................................................. 55

Fig.62 – Agentes de deterioração do universo em estudo ........................................................................ 55

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LISTA DE QUADROS

Pág.

Quadro nº 1 – Dados relativos à temperatura ............................................................................................. 13

Quadro nº 2 – Dados relativos á humidade relativa .................................................................................... 13

Quadro nº 3 – Dados relativos à precipitação ............................................................................................. 14

Quadro nº 4 – Dados relativos ao vento ..................................................................................................... 14

Quadro nº 5 – Dados relativos á radiação solar média mensal ................................................................... 15

Quadro nº 6 – Dados relativos aos poluentes (2005) .................................................................................. 15

Quadro nº 7 – Classificação do índice de qualidade do ar, de acordo com as classes de concentração,

para 2005 ........................................................................................................................... 16

Quadro n.º 8 – Leituras pontuais realizadas com o monitor ambiental entre 20 de Junho e 04 de Julho

de 2007 .............................................................................................................................. 56

Quadro n.º 9 – Identificação dos agentes de degradação........................................................................... 60

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INTRODUÇÃO

Este trabalho foi realizado no âmbito da área científica de Conservação Preventiva do Curso

Integrado de Estudos Pós-graduados em Museologia leccionado na Faculdade de Letras da

Universidade do Porto e orientado pela Dra. Paula Menino Homem.

O plano de conservação deve ter em conta as estratégias e os objectivos delineados

anteriormente que definiram prioridades e opções que devem estar reflectidas nesse

planeamento. É por isso primordial a realização de uma auditoria que abranja três vertentes: o

edifício, a colecção e o ambiente. Esta permitirá recolher informações indispensáveis para

desenvolver uma estratégia de monitorização e controlo ambiental, um plano de manutenção,

um plano de segurança e emergência e um plano de formação.

O objectivo deste trabalho é conceber um Plano de Manutenção Preventiva para a colecção

de estampas e desenhos do Museu Parada Leitão, de modo a estabilizá-la e minimizar os

efeitos dos agentes de degradação. Não faz sentido a existência de outros planos de

conservação se os procedimentos, politicas e parâmetros de manutenção da colecção e

edifício e controlo ambiental não estiverem definidos e assumidos por todos.

Assim sendo, numa primeira parte deste trabalho identifica-se quais as condições ambientais

e estruturais, externas e internas, do edifício onde está instalado o Museu Parada Leitão e

avalia-se as estratégias de conservação, de modo a identificar quais as problemáticas e mais-

valias existentes.

De seguida, apresenta-se a colecção em análise, através de uma amostra da mesma que se

pretende exemplificativa do todo, identificando o seu percurso e utilização, materiais, estado de

conservação e condições ambientais a que está sujeita actualmente.

Por fim, perante estas análises delineou-se o Plano de Manutenção de índole preventivo e

protector, onde se expõe não só as rotinas, estratégias e actuações que devem ser

asseguradas, mas também os critérios e métodos de manuseamento e os parâmetros de

controlo e avaliação do estado de conservação.

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I.

A INSTITUIÇÃO

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IDENTIFICAÇÃO

CONTACTOS

DIRECÇÃO

DATA DE CRIAÇÃO

PROPRIETÁRIO

MISSÃO

CONSERVAÇÃO

EQUIPA

Rua Dr. António Bernardino de Almeida, n.º 431

4200 Porto

Tel: 22 8340508

Fax:

E-mail: [email protected]

Eng.º Alberto Sousa Guimarães

1998

Fundação Instituto Politécnico do Porto

Reunir espólio para fins de estudo, investigação e divulgação da

história do ensino técnico e da tecnologia, das engenharias, da

indústria e outras temáticas com estas relacionadas.

Função inerente à definição do museu e um dos objectivos da

instituição

Conservadora: Dra. Patrícia Costa

Técnica Superior: Dra. Patrícia Geraldes

Técnico Profissional: Eduardo Mata

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II.

CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA E AMBIENTAL

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Fig.1 – Localização do distrito do Porto em Portugal

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

O Museu Parada Leitão situa-se na Rua Dr. António Bernardino de Almeida, freguesia de

Paranhos, concelho e distrito do Porto (fig.1 e 2) e encontra-se provisoriamente instalado no

Instituto Superior de Engenharia do

Porto.

Esta instituição fica localizada no

limite noroeste da cidade numa

densa malha urbana (fig.3),

caracterizada por bairros

residenciais como o bairro de Agra

do Amial e o bairro da Azenha, pelo

Pólo Universitário da Asprela (o

maior da cidade do Porto) que

integra vários estabelecimentos do

ensino superior como a

Universidade Portucalense Infante

D. Henrique e a Universidade

Católica do Porto, a Escola Superior

de Enfermagem, a Escola Superior

de Educação do Porto, a Faculdade

de Medicina, Economia, Ciências e

Desporto, Medicina Dentária e de

Engenharia da Universidade do

Porto, o próprio Instituto Superior de

Engenharia do Porto e algumas

escolas primárias.

A par destes estabelecimentos de ensino, a zona envolvente integra ainda duas das mais

importantes estruturas de saúde do país: o Hospital de S. João e o Instituto Português de

Oncologia onde diariamente chegam milhares de pessoas para serem assistidas.

Além destes aspectos é importante referir que esta zona está próxima de duas das vias

mais movimentadas da cidade do Porto: a VCI com ligação à auto-estrada n.º 3 e a

Circunvalação.

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Fig.2 – Localização da freguesia de Paranhos na cidade do Porto

Fig.3 – Localização do ISEP

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Fig.4 – Localização do museu no Campus do ISEP

CONDIÇÕES AMBIENTAIS EXTERNAS

A cidade do Porto caracteriza-se por ter um clima temperado Atlântico, embora bastante

húmido e com algum arrefecimento nocturno.

A zona onde se localiza o Museu Parada Leitão não diverge desta apreciação. Através da

Estação Meteorológica situada na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (1),

instituição também situada na área de análise, foram adquiridos os dados apresentados de

seguida relativos às condições climatéricas.

Esta estação mede e regista com uma frequência de 10 minutos a temperatura, a

humidade relativa, a direcção e velocidade do vento, a radiação solar e a pressão média e

está localizada a uma Latitude de 41º10' N, Longitude de 08º 35' O e a uma Altitude de 73m.

1 Fonte: Estação Metereológica da FEUP (http://paginas.fe.up.pt/~em01024/Estacao.htm)

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Temp.

(ºC)

Mai-06 15,6

Jun-06 20,2

Jul-06 20,2

Ago-06 (*)

Set-06 (*)

Out-06 16,5

Nov-06 12,3

Dez-06 10,3

Jan-07 10,4

Fev-07 11,8

Mar-07 12,6

Abr-07 15

Mai-07 16,3

(*) sem dados

Quadro nº 1 – Dados relativos à temperatura

TEMPERATURA

Temperaturas médias elevadas diminuem as oportunidades de arrefecimento. Variações anuais e

alterações diurnas reduzidas limitam os ciclos diários ou sazonais de arrefecimento.

A temperatura média é de 14ºC, apesar da

tendência, como sabemos, ser para aumentar,

e verifica-se que existe uma variação de cerca

de 10ºC no Inverno e de 20ºC no Verão.

Face ao aquecimento global do planeta e às

alterações climáticas visíveis que se têm

registado um pouco por todo o nosso país é

de esperar que os dados venham a registar

algumas alterações todos os anos, sendo

necessário estar com atenção a este factor

nos próximos anos.

HUMIDADE

Humidade relativa elevada aumenta as probabilidades de desenvolvimento de fungos e insectos e

oxidação.

A humidade média é de 90%, um valor

muito elevado, traduzido muitas vezes em

formação de nuvens e ocorrência de

nevoeiro, sendo que nos meses de Verão,

ou sempre que a temperatura aumenta

durante o dia, se revela menor.

Humidade

(%)

Mai-06 92

Jun-06 74

Jul-06 74

Ago-06 (*)

Set-06 (*)

Out-06 98

Nov-06 96

Dez-06 92

Jan-07 93

Fev-07 96

Mar-07 83

Abr-07 86

Mai-07 89

(*) sem dados

Quadro nº 2– Dados relativos á humidade relativa

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PRECIPITAÇÃO

Os padrões de precipitação são importantes para entender os níveis de humidade relativa e para

desenvolver estratégias de controlo ambiental

A precipitação média anual da cidade do Porto é

de 1152mm e este último ano, como podemos ver

no quadro seguinte (2), não fugiu à regra.

Segundo dados do Instituto de Meteorologia,

todos os valores mensais do último ano se

encontram abaixo do nível normal, à excepção

dos meses de Setembro, Outubro e Novembro de

2006 que ultrapassaram em muito os valores de

referência e do mês de Fevereiro que ultrapassou

ligeiramente o valor de referência. A precipitação

é mais frequente nos meses de Inverno, muitas

vezes acompanhada de vento.

VENTO E MOVIMENTAÇÃO DO AR

Os padrões do vento e da movimentação são importantes para determinar as estratégias de ventilação

natural e arrefecimento.

Em média a velocidade do vento rondou o

1,3 Km/h, sendo menor no Verão e maior no

Inverno. A direcção do vento média foi 79º.

2 Fonte: Relatórios Climáticos do Instituto de Meteorologia de Portugal (http://www.meteo.pt/pt/clima/info_clima/clim_informac.jsp)

Precipitação

(mm)

Mai-06 9

Jun-06 37

Jul-06 7

Ago-06 13.1

Set-06 94.5

Out-06 243

Nov-06 223

Dez-06 135

Jan-07 35

Fev-07 159.8

Mar-07 53

Abr-07 44

Mai-07 63

TOTAL 1116.4

Quadro nº 3 – Dados relativos à precipitação

Direcção do vento

media (º)

Velocidade do vento

média (Km/h)

Mai-06 95 1,2

Jun-06 77 0,9

Jul-06 77 0,9

Ago-06 (*) (*)

Set-06 (*) (*)

Out-06 135 2,5

Nov-06 153 1,3

Dez-06 104 1,6

Jan-07 89 1,3

Fev-07 101 1,8

Mar-07 76 1,4

Abr-07 50 1,1

Mai-07 42 1,2

(*) sem dados

Quadro nº 4 – Dados relativos ao vento

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RADIAÇÃO SOLAR

Os padrões de radiação solar e a existência de nuvens afecta a intensidade da luz natural no interior

assim como as perdas e ganhos de calor e a temperatura.

Sobressaem os meses de Inverno e de

Verão, embora estes últimos apresentem

cerca de metade dos valores registados em

Dezembro e Janeiro. As horas de maior

incidência são as do meio do dia. A média

anual atingiu os 378,3 W/m2.

QUALIDADE DO AR

A qualidade do ar é uma área crítica a considerar na implementação de estratégias de ventilação,

especialmente quando a filtração mecânica não é eficiente

A presença no ar de partículas em suspensão, liquidas ou sólidas, ou de gases que, a

partir de uma certa concentração, representam um transtorno ambiental, é outro factor que é

necessário avaliar, pois provocam a degradação das características físicas ou químicas do

ecossistema e o ambiente externo é a maior fonte desses poluentes.

Tipo de

poluente Estação

Medições

horárias

(n)

Média

anual

(µg.m3)

Máximo

horário

(µg. m3)

Máximo

diário

(µg. m3)

SO2 Senhora da Hora 8727 9,5 324 87

No2 Antas 8216 48,5 244 115

O3 Antas 8713 36 219 s/dados

Quadro nº 6 – Dados relativos aos poluentes (2005)

Radiação

solar (W/m2)

Mai-06 193,3

Jun-06 233,9

Jul-06 233,9

Ago-06 (*)

Set-06 (*)

Out-06 104,8

Nov-06 79,6

Dez-06 528,5

Jan-07 552,5

Fev-07 173,3

Mar-07 395,4

Abr-07 507,4

Mai-07 402,9

(*) sem dados

Quadro nº 5 – Dados relativos á radiação solar média

mensal

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Quadro nº 7 – Classificação do índice de qualidade do ar, de acordo com as classes de concentração, para 2005 (3)

Os dados relativos à cidade do Porto obtidos datam de 2005 (4), mas são representativos

dos elevados índices de poluentes: o dióxido de enxofre está abaixo dos valores limite

(125µg.m3), mas o dióxido de azoto ultrapassa o limite recomendado (200µg.m3) e o ozono

atinge limites prejudiciais a longo prazo, atingindo uma classificação de Fraco (limiar de

alerta: 240 µg.m3).

NÍVEIS FREÁTICOS

Não existem dados exactos acerca dos níveis freáticos daquela zona, no entanto sabe-se

que são superficiais porque esta é uma zona de confluência de águas com pequenos cursos

de água subterrâneos que vão desaguar à ribeira da Asprela, actualmente entubada e

principal curso de água da referida zona. Por este facto a capacidade de absorção dos solos

satura rapidamente, podendo provocar inundações nos pisos inferiores e abaixo da cota do

solo.

O EDIFICIO

O Museu Parada Leitão situa-se, desde 1998, no piso -1 do Edificio C do campus do ISEP

à cota de -2,70m. O acesso ao Museu é efectuado, internamente, pelas escadas a Sul e pelo

elevador e pelo exterior através de uma rampa na fachada oeste.

3 Fonte: Relatório Estado da Qualidade do Ar na Região Norte – 2005. CCDRN – Universidade de Aveiro, pág. 6

4 Fonte: Relatório Estado da Qualidade do Ar na Região Norte – 20045 CCDRN – Universidade de Aveiro

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CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS

O edifício é construído num sistema misto de estrutura de betão armado e paramentos em

alvenaria de tijolo. O revestimento das fachadas é em tijolo aparente formando caixa-de-ar.

No revestimento das coberturas foi aplicado fibrocimento e lagetas de betão e, nas

clarabóias, que são rebocadas e pintadas, foram colocadas telas auto protegidas. Os

isolamentos térmicos e hidrófugos foram garantidos.

As paredes são pintadas sobre betão aparente, o reboco estanhado com acabamento a

tinta plástica em todas as superfícies. Os tectos são pintados sobre betão aparente, reboco

estucado com acabamento a tinta de água e a tinta plástica nos espaços de circulação.

No que diz respeito à impermeabilização e vedações, as juntas de dilatação são

preenchidas com placas de aglomerado negro de cortiça e a impermeabilização das

fundações e faces exteriores de paredes enterradas com flintkote aplicado em duas demãos.

Todas as paredes enterradas foram drenadas com a aplicação de telas de Encadrayn, e na

sua base colocado um tubo de 150mm de Ø que liga à rede exterior de águas pluviais. As

juntas de dilatação das paredes enterradas foram vedadas com perfil de borracha do tipo

watter stop de 25cm de largura.

Os terrenos sobre os quais foram assentes os pavimentos em betonilha foram nivelados e

compactados e a camada final foi executada com massame de betão onde foi incorporado

um aditivo hidrófugo de 1ª qualidade.

O pavimento interior é em betonilha atalochada e revestido de tijoleira nas salas de

exposição e da reserva e de linóleo nos serviços técnicos e educativos, materiais que se

evidenciam pelas suas características de durabilidade, resistência ao desgaste e abrasão e

facilmente limpáveis.

Todo o espaço expositivo e de reserva do museu prima pela ausência de janelas ou

qualquer passagem para o exterior. No entanto, nos espaços destinados aos gabinetes

técnicos e serviços educativos existem duas janelas.

VEGETAÇÃO E PAISAGEM CIRCUNDANTE

A vegetação e a paisagem têm implicações benéficas e adversas: se por um lado são filtros naturais de

poluentes, providenciam sombra, afectam a ventilação e a velocidade do vento, por outro elevam os

níveis de humidade e facilitam o aparecimento de insectos e microorganismos. Além disso, o

tratamento de jardins introduz poluentes do equipamento, humidade da irrigação e restos de vegetação

cortada.

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Na área envolvente ao edifício onde está localizado o museu existe bastante vegetação,

predominando o relvado e as árvores, algumas delas de fruto, mas não se encontram flores

com frequência. Todos os meses procede-se ao tratamento dos jardins.

O terreno que circunda o edifício resulta da substituição dos aterros existentes

anteriormente por aterro de saibro devidamente compactado.

Outro factor que pode interferir directamente no ambiente do museu é a constante

utilização das zonas circundantes para estacionamento de carros, privilegiando o aumento

da poluição na área.

Fig.5 – Zonas verdes na área circundante ao museu

EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

Quando, em 1998, o Museu foi instalado na garagem do edifício C ocupava apenas duas

salas:

Na primeira sala foram colocados os objectos da categoria de Física e Geometria

Descritiva dentro de armários e vitrinas. Instalaram-se dois sistemas de ar condicionado

(Airwell) a 19ºC, dois desumidificadores (Dantherm CDP20 e Dantherm CDP30) a 55% e

duas caixas-de-ar ligadas ao exterior.

Na sala seguinte, de dimensões mais reduzidas, foi instalado um sistema de ar

condicionado (Airwell) igual ao da sala anterior e um desumidificador (Dantherm CDP30)

regulados para os mesmos valores. Nesta sala acondicionaram-se os objectos da

categoria de Mecânica em vitrinas e armários. Outros de maior dimensão e com um peso

elevado foram colocados directamente sobre o pavimento.

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Fig.6 – Planta do piso -1 do edifício C e área ocupada pelo museu (1998)

A crescente “descoberta” de espólio em diversos pontos do ISEP e o interesse dos

visitantes em poder aceder ao que não passava ainda de uma reserva, tornou necessário

aumentar o espaço útil e realizar obras de ampliação para tornar a reserva visitável e

incorporar o novo espólio. No entanto, as novas salas não foram apetrechadas de sistemas

de monitorização ou controle ambiental.

Após esta alteração o museu passou a ser constituído por 4 salas visitáveis e por uma área

reservada:

A primeira e a segunda sala não sofreram qualquer alteração;

Na 3ª sala foram colocados os objectos de Química em armários e vitrinas e, em alguns

casos, no pavimento, o que põe em causa a integridade física dos objectos. Ao contrário

das duas salas anteriores não possui nenhum sistema para monitorizar e controlar o

ambiente, tornando esta sala dependente dos sistemas instalados nas salas anteriores;

Na 4ª sala foram colocados os objectos de Civil, Minas e Metalurgia e Desenho Técnico.

O único sistema de controlo ambiental que possui é um desumidificador portátil com

capacidade para 10 litros e duas caixas-de-ar com ligação ao exterior;

Na área de acesso condicionado passaram a coexistir o fundo documental do museu (sala

5), um pequeno espaço destinado às tarefas de manutenção e limpeza (sala 6) e um outro

subdividido através de paredes movíveis para o desenvolvimento das actividades dos

serviços educativos e armazenamento de objectos (sala 7).

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Fig.7 – Planta do piso -1 do edifício C (2000)

Neste momento, está a decorrer uma nova fase de ampliação e reorganização da

exposição. A intenção é criar salas que permitam uma exposição de longa duração, espaços

apropriados de reserva e arquivo, zonas de consulta e de apoio e transferir os serviços

técnicos para o mesmo piso.

Fig.8 – Planta do museu depois das obras de ampliação e reorganização (previsão:2007)

ROTINAS DE MANUTENÇÃO

Não existe um plano de manutenção para o Museu.

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A limpeza depende directamente dos serviços contratados pelo Instituto Superior de

Engenharia do Porto: a limpeza do pavimento é realizada diariamente, antes do início do

horário de funcionamento, pela empresa que limpa todas as instalações do Instituto. A

equipa de limpeza não teve formação especifica, apenas foi informada que não poderia

utilizar quaisquer produtos de limpeza sem consultar previamente a conservadora do museu,

optando preferencialmente por limpar apenas com água.

As inspecções mensais ao equipamento de controlo ambiental é feita também por

empresas que estão contratadas pelo Instituto para realizar a manutenção do equipamento

similar de todo o Campus. A equipa de manutenção dos equipamentos tem um técnico

formado para o efeito. Não foi possível apurar o tipo de filtros existentes e a regularidade

com que são substituídos.

PLANO DE SEGURANÇA E EMERGÊNCIA

O Museu Parada Leitão está localizado no espaço do Instituto Superior de Engenharia do

Porto e, como esta instituição não tem nenhum Plano de segurança e emergência, não fez

sentido existir um para o museu, pois não pode ser integrado no de escala institucional.

No entanto, existem alguns sistemas de detecção e extinção de incêndios que já se

encontravam em algumas das salas antes da instalação do museu e que se mantiveram nos

mesmos locais (ver fig. 19). Mas são os únicos sistemas de gestão de riscos existentes. Mais

nenhum foi pensado aquando da instalação do museu neste espaço, mesmo as portas

colocadas posteriormente são em madeira e não existem extintores. Apenas o pavimento em

tijoleira e as paredes em betão armado previnem de algum modo o alastramento de fogo e a

existência de saída de emergência facilita o acesso ao museu para qualquer sala. No entanto

não está devidamente assinalada.

Fig.9 – Sistema detector de incêndios

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Fig.10 – Sistema de alarme de incêndios Fig.11 – Mangueira de incêndios

No que diz respeito a riscos de dano/perda por inundação ou infiltrações existem algumas

condições negativas que não foram tomadas em consideração: o Museu foi instalado numa

cave à cota de -2,70m, as canalizações situam-se em todas as salas junto ao tecto e, em

alguns dos espaços existem canalizações abertas. No entanto, foram instaladas sistemas de

escoamento de água e as paredes em betão armado têm aditivos hidrófugos.

Fig.12 – Exemplo de canalizações abertas

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Fig.13 – Canalizações junto ao tecto colocadas por cima dos objectos em exposição

Fig.14 – Sistema de escoamento de águas

CONTROLO E MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL DO MUSEU

Até há pouco tempo os gabinetes dos serviços técnicos estavam afastados da área

museológica, o que por vezes influenciou na decisão de se realizarem inspecções regulares.

Além disso, apesar de existirem alguns sistemas de controlo ambiental, não existem

sistemas de monitorização para aferição do bom funcionamento do equipamento.

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Para o controlo da humidade relativa, não existem métodos instalados em toda a área do

museu, apenas 2 desumidificadores nas duas primeiras salas (regulados a 55%) e outro no

arquivo (regulado entre 45% e 55%). A monitorização ambiental nunca foi realizada.

Provavelmente fruto desta falta de aferição de resultados e consequente regulação dos

equipamentos, medições pontuais efectuadas recentemente apontaram para valores de

humidade relativa entre 65% e 77%.

É extremamente necessário implementar uma estratégia de monitorização para averiguar

se estes resultados são constantes e quais os factores que os influenciam. Até porque, por

outro lado, existem condições positivas que facilitam o controlo da humidade: isolamento

hidrófugo do edifício, não existem janelas nas salas de exposição nem nas reservas e o fluxo

de visitantes é reduzido.

Fig.15 - Desumidificador

No que diz respeito ao controlo da temperatura, este é feito através de apenas dois

sistemas de ar condicionado localizado nas duas primeiras salas e regulados para uma

temperatura de 18ºC. No entanto, tal como acontece com a Humidade relativa, não existe

nenhuma estratégia de monitorização.

Medições pontuais efectuadas recentemente durante 15 dias indicaram valores máximos

de 21ºC, mas, tal como acontece com a humidade relativa, apenas depois de implementada

uma estratégia de monitorização ambiental se poderia compreender estes valores em todas

as suas dimensões.

Não se pode deixar de apontar alguns factores positivos no controlo da temperatura:

isolamento térmico do edifício, não existem janelas nas salas de exposição nem nas reservas

e o fluxo de visitantes é reduzido.

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Fig.16 - Sistema de ar condicionado

Relativamente ao controlo da qualidade do ar e da poluição, como já foi referido, não existe

um plano de manutenção, mas é feita limpeza diária de pavimentos e mensalmente os

equipamentos de controlo ambiental são verificados. Não existem janelas nas salas de

exposição nem nas reservas e o fluxo de visitantes é reduzido, decrescendo também as

possibilidades da entrada de poluentes no espaço museológico.

A ventilação é assegurada por caixas-de-ar em praticamente todas as salas e por

ventiladores eléctricos no arquivo, mas não existem quaisquer filtros purificadores do ar.

Fig.17 – Caixa-de-ar Fig.18 – Sistema de ventilação eléctrica

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A prevenção contra ataques de agentes orgânicos é feita através de desinfestações

trimestrais por meio de biocidas contra insectos bibliófagos, apenas na área do arquivo e

reserva documental. Não foi possível identificar quais as especificidades do produto, mas

sabe-se que não é prejudicial ao Homem. As inspecções após a desinfestação neste espaço

são regulares, mas nas restantes áreas do museu não são feitas com frequência.

Fig.19 – Planta do museu com os factores que influenciam a conservação e segurança do museu

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III.

A COLECÇÃO DE ESTAMPAS E DESENHOS

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CONTEXTUALIZAÇÃO

A vontade de reunir testemunhos de evoluções técnicas e didácticas foi sempre uma

constante entre professores e funcionários do Instituto Superior de Engenharia do Porto e

das escolas das quais é herdeiro. Fruto disso, chegou até aos nossos dias uma preciosa

colecção de instrumentos e modelos cientifico-didácticos que demonstram, de forma clara, a

evolução científica e técnica no ensino experimental desde a criação da Escola Industrial, em

1852.

Desde 1852 a 1933, a Escola Industrial do Porto (que também foi denominada de Instituto

Industrial do Porto e Instituto Industrial e Comercial do Porto) esteve instalada no Paço dos

Estudos, edifício na Praça dos Leões onde se encontra instalada, hoje em dia, a Faculdade

de Ciências da Universidade do Porto. Em 1933, o Instituto é estabelecido num edifício da

Rua do Breyner e, só em 1968 é transferido definitivamente para um local construído de raiz

para o efeito na Rua de S. Tomé.

Durante as décadas seguintes à fundação da Escola, foram criadas várias unidades

museológicas, como o Museu Tecnológico (1864), o Museu Industrial e Comercial do Porto

(1883) e outros gabinetes de apoio ao ensino onde se podiam encontrar o que de mais

inovador existia em cada época relacionado com as diferentes áreas leccionadas na

instituição. A dissolução deste tipo de instituições associadas ao ensino industrial não

esvaneceu a ideia de conservar ou mesmo de expor, embora já não fossem apresentados

produtos da indústria e do comércio, mas sim os instrumentos científicos dos laboratórios e

gabinetes.

Em 1998, devido ao desejo antigo de reunir e expor a colecção que se foi criando e

adquirindo ao longo de quase 150 anos, nasce o Museu Parada Leitão, instalado

provisoriamente no Instituto Superior de Engenharia do Porto, passando a ser uma unidade

da Fundação Instituto Politécnico do Porto em 2004. Ao Museu é atribuído o nome Parada

Leitão em homenagem a um dos lentes de física da Academia Politécnica do Porto e

primeiro director da Escola Industrial entre 1854 e 1865, José de Parada e Silva Leitão.

No Museu Parada Leitão estão reunidos cerca de 9000 objectos, desde instrumentos

científicos, modelos didácticos e espólio documental que foram pertencendo e, em alguns

casos, produzidos ao longo dos anos no Instituto e nas unidades de ensino auxiliar,

constituindo uma colecção que se estende a quase todas as áreas da engenharia

leccionadas neste estabelecimento: da física à electrotecnia, da matemática à mecânica, da

engenharia química à civil, passando pelo desenho, pela mineralogia e pela metalurgia.

As orientações para um futuro próximo prendem-se com a instalação do museu no edifício

da Rua do Breyner, onde esteve instalado o Instituto desde 1933 até à sua mudança para o

actual edifício na Rua de S.Tomé, local que estará provido de componentes espaciais e

logísticos adequados à conservação e exposição do espólio existente.

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DESCRIÇÃO SUMÁRIA

A colecção de estampas e desenhos conta com cerca de 4000 documentos (5) e é

representativa do ensino do desenho desde os tempos da Escola Industrial, englobando as

áreas de mecânica, civil, topografia, minas, ornato, entre outras, contribuindo não só para o

esclarecimento das áreas de ensino em determinada época, mas também de metodologias

adoptadas e material utilizado. Divide-se em quatro núcleos distintos:

Trabalhos curriculares

Mais vasto, de desenho de natureza académica, produzido no âmbito da actividade escolar

de estudantes e docentes, o núcleo de trabalhos curriculares é representativo do ensino do

desenho desde os tempos da Escola Industrial e engloba trabalhos de alunos das áreas de

mecânica, civil, topografia, minas, ornato e modelação, entre outras, no período

compreendido entre 1854 e 1933. No entanto, o espólio de maior relevância nesta colecção

está datado do início do século XX.

A importância desta disciplina sempre se prendeu com o facto de se o aluno, por mais que

tentasse, não conseguisse ser perfeito na execução dos desenhos, teria deles um

conhecimento preciso para a compreensão da linguagem gráfica, ou seja, o objectivo não era

fazer escola de desenhadores, mas sim estudar a linguagem das formas e das cores de

modo a utilizá-las pela sua perfeita leitura nas várias aplicações.

O ensino do desenho englobava aplicações de geometria no espaço, como exercícios de

penetração e intersecção de sólidos, noções de arquitectura, desenho de órgãos de

máquinas e elementos de desenho topográfico. Além disso, dedicava também atenção à

caligrafia e à cópia de ornatos em gesso ou produtos da natureza.

A geometria era vista como a base do ensino racional do desenho, mas dando-se grande

relevância ao ensino oral, explicando regras e processos geométricos conjuntamente com

indicações sobre como utilizar os instrumentos de precisão. O ensino compreendia a

execução com auxílios de instrumentos de precisão e a execução de mão livre.

O desenho de máquinas nunca se limitou apenas à cópia de estampas ou de modelos.

Eram sempre incluídas nos programas desta cadeira noções, ainda que muito gerais, acerca

das proporções de peças e órgãos de máquinas, especificação de metais, fabricações

especiais, tabelas, etc. Estes aspectos eram tidos em conta como conhecimentos essenciais

e muito úteis a todos os operários que frequentassem a Escola Industrial.

O desenho de máquinas incluía três partes:

_ o desenho à vista que consistia em copiar estampas, modelos ou pequenas peças sem o

auxílio de instrumentos. Estes esboços eram feitos sem escala, bastando proporcionar

5 Contagem provisória. O inventário desta colecção iniciou-se 2004 e, até ao momento, apenas 2319 documentos estão inventariados.

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correctamente o conjunto da peça. Eram os desenhos auxiliares e preparatórios ao desenho

rigoroso e, por isso mesmo, mais rápidos de executar e de grande importância em trabalhos

práticos de oficinas.

_ o desenho rigoroso que consistia em copiar estampas de peças de máquinas, para

serem desenhadas em diferentes escalas com todo o rigor da construção gráfica,

devidamente cotada e detalhada.

_ e o terceiro ponto compreendia indicações práticas, tabelas e proporções que auxiliavam

o desenho e conjuntamente habilitavam para a compreensão de pequenos esboços cotados

que se poderiam desenvolver e detalhar no desenho rigoroso.

No desenho topográfico eram dadas as noções básicas de executar levantamentos

topográficos, as convenções adoptadas por diferentes organismos (incluindo legendas,

escalas, sinais e títulos) e a indicação dos diferentes tipos de representações que podiam ser

realizadas: desenho a traço de nanquim, desenho a cores e em minuta, desenho a traços de

cores, desenho a cores e acabado, desenho a aguadas de nanquim.

O processo de medição que permitia reproduzir em mapas as características físicas de um

terreno era leccionado na cadeira de Topografia. Eram normalmente realizados

Levantamentos Topográficos Altimétricos (perfis de terreno) e Plantas topográficas, mas

muitas vezes preferia-se realizar cópias de outras plantas já completas.

Um ponto curioso e, talvez, a razão de muitos desenhos terem chegado até hoje como se

tivessem sido feitos ontem, justifica-se pelo processo de lavagem dos desenhos antes de

serem coloridos. A razão desta lavagem era tirar toda a sujidade, gordura e marcas de

borracha, permitindo que as cores das aguadas não ficassem manchadas. Quando o

desenho tivesse de ser colorido, era primeiro passado a tinta preta e apagados todos os

traços a lápis em excesso, depois lavava-se com uma esponja e bastante água para tirar a

tinta que estivesse em demasia. Quando não estivesse muito sujo, podia lavar-se só com o

desenho a lápis, precisando para isso que o desenho estivesse bem acabado e apagadas as

linhas desnecessárias, porque, depois de lavado, o lápis não era fácil de desaparecer.

Estampas

Um importante núcleo englobado nesta colecção diz respeito a exemplares únicos de

estampas, principalmente na área de mecânica, civil e topografia, adquiridos quase sempre

no estrangeiro, consideradas verdadeiras raridades hoje em dia e datadas do século XIX.

As estampas eram um meio pedagógico importantíssimo, pois permitiam aos alunos

realizar cópias para todas as áreas do desenho, desenvolvendo, deste modo, a capacidade

de desenho á vista sem o auxílio de instrumentos. Mesmo apresentando graves problemas

de conservação e de as colecções não estarem completas, são de grande relevância não só

enquanto documento museológico pela sua antiguidade e raridade, mas também enquanto

documento auxiliar para a compreensão de parte do espólio do Museu Parada Leitão.

Apesar de incompletas são de salientar: uma colecção de estampas de mecânica intitulada

“Le Practicien Industriel” da autoria de Stanislas Petit e uma colecção de estampas

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referentes a monumentos fúnebres intitulada “Tombeaux, Recueil de Monuments Funebres

d’apres tous les styles” da autoria de A. Cheveneau e E. Leblanc, ambas publicadas por

Monrocq Fréres; e, duas colecções de estampas de topografia, uma da autoria de A. M.

Perrot publicada por Paolo Fumagalli e outra da autoria de Salussolia publicada por Ermanno

Loescher.

Quadros parietais

No Museu Parada Leitão existe também um núcleo de quadros parietais datados do século

XX com fins meramente didácticos e que abrange áreas como a mecânica e a electricidade.

Este material didáctico apresentava principalmente esquemas de máquinas e de ligações

eléctricas de elementos ou peças.

Cartografia

Tendo em conta que a cartografia sempre teve uma grande importância em Portugal, é de

todo lógico que o ensino acompanhasse o progresso desta ciência.

O núcleo do museu, apesar do mau estado de conservação em que se encontra e de

alguns conjuntos estarem incompletos, tem um significado museológico importantíssimo não

só como documento histórico, mas também didáctico. Nele estão integradas plantas

topográficas do Porto, levantamentos cartográficos militares de Lisboa, alguns exemplares de

cartas de impérios europeus e ainda um levantamento topográfico do Jardim Botânico de

Paris. Datam do século XIX e início do século XX.

Nesta colecção contamos com plantas topográficas da cidade do Porto desde o início do

século XIX, como a planta “Cidade do Porto, dedicada ao Brigadeiro Sir Nicolao Trant” (1813)

de George Balck, a “Planta da cidade do Porto contando com o Palacio de Christal, nova

alfândega e diversos melhoramentos posteriores a 1844” (1865) de F. Perry Vidal ou a “Carta

Topográfica da cidade do Porto” (1892) de Augusto Gerardo Telles Ferreira.

No Museu existe ainda uma série da “Carta dos Arredores de Lisboa” que contribuiu em

muito para a afirmação da instituição cartográfica militar. Apesar de o Corpo do Estado-Maior

ter sido criado mais cedo, a publicação das primeiras cartas militares em Portugal só foi

iniciada em 1881 e sucessivamente reformulada até aos anos 30 do século seguinte. Esta

série parece ter sido começada a editar a partir de 1891 e pretendia cobrir apenas a região

próxima à capital, mas acabou por chegar quase até Peniche e abranger a Península de

Setúbal.

Existe ainda um levantamento topográfico do Jardim Botânico de Paris datado de 1917 da

autoria de Charles Muret.

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COLECÇÕES

56%

43%

1%

Objectos

Estampas eDesenhos

Fotografia

1996

265

1 57

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000

Documentos inventariados

Trabalhos Curriculares

Estampas

Quadros Parietais

Cartografia

REPRESENTATIVIDADE DA COLECÇÃO NO ACERVO DO MUSEU

A representatividade desta colecção no total de espólio que existe no Museu Parada Leitão

é muito relevante. Vejamos o gráfico.

Fig.20 – Representatividade das colecções do Museu Parada Leitão

Dos cerca de 4000 documentos que pertencem à colecção estão, neste momento,

inventariados cerca de metade (2319) e a sua distribuição por núcleo é a seguinte:

Fig.21 – Quantificação dos núcleos da colecção de Estampas e Desenhos

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O PERCURSO DA COLECÇÃO

O ensino do desenho está presente nos curricula dos alunos desde a criação da Escola

Industrial. No final do século XIX / início do século XX, o ensino do desenho evoluiu da

seguinte forma:

De 1852 a 1864 a cadeira de desenho era obrigatória em todos os cursos e em todos os

graus e dava-se relevância ao desenho linear e de ornatos industriais e ao desenho de

modelos de máquinas;

A partir de 1864, para além das áreas já abrangidas nos programas anteriores, inclui-se

o desenho arquitectónico e o levantamento topográfico. Esta modificação tem

directamente a ver com a alteração dos graus de ensino e dos cursos leccionados.

Surgem cursos relacionados com obras públicas e com instrumentos de precisão ou

outros que necessitam de conhecimentos de topografia;

O Programa de 1872 dividiu o desenho em quatro partes, englobava aplicações de

geometria no espaço, exercícios de penetração e intersecção de sólidos, noções de

arquitectura, desenho de elementos de máquinas e de desenho topográfico. Além disso,

dedicava também atenção à caligrafia e à cópia de ornatos em gesso ou produtos da

natureza;

o Programa de 1880, também dividido em quatro partes era moldado nos mesmos

tramites que o anterior, deixando de lado a caligrafia e a cópia de ornatos;

os Programas de 1886 e as revisões de 1888 e 1889 são idênticos, mas reduziu o ensino

do desenho a dois anos e relacionou-o com os de ensino de matemática e com a

resolução prática dos problemas lá mencionados. As disciplinas de desenho incluem

figura, ornato, paisagem, máquinas, arquitectura, topografia e minas.

O Programa de 1895 moldou o ensino de forma diferente: dividiu-o em cinco anos,

integrando novamente a geometria de forma extensa. O ensino do desenho passa a ser

rigoroso e mantém os temas dos programas anteriores;

O Programa de 1905 assume uma forma diferente ao dar relevância ao material didáctico

e oferecer uma maior liberdade pedagógica aos professores. Os temas mantêm-se.

Em 1919, todos temas se juntam numa só cadeira: Desenho Técnico que se subdivide

em 2 partes: na primeira são leccionadas noções gerais (projecções, intersecções e

penetrações de sólidos; perspectivas; sombras; e, escalas), desenho topográfico e

desenho arquitectónico; na 2ª parte, desenho arquitectónico e desenho de máquinas.

Sabe-se, através de documentação arquivística que ao longo da segunda metade do

século XIX e inícios do século XX, foi sendo adquirido material de índole variada de apoio às

aulas de desenho, não sendo apresentado de forma discriminada.

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A maioria dos trabalhos curriculares que chegaram até nós datam do início do século XX,

salvo raras excepções datadas da última década do século XIX. No caso das estampas,

apesar de ainda existirem em número considerável, não se compara ao número adquirido

apenas no século XIX. Muitas razões podem ter levado ao seu desaparecimento: muitas

áreas do desenho, como o ornato, foram saindo dos curricula dos alunos e como o Instituto

partilhava as instalações com outras instituições, como a Academia Portuense de Belas

Artes, podem ter sido emprestadas; por outro lado, com tantas mudanças de edifícios

poderão ter sido danificadas ou a sua conservação negligenciada…

Mesmo assim, sabe-se que atravessaram as várias fases da vida do Instituto e que

percorreram as mesmas instalações que a instituição:

Até 1933, estavam armazenados em armários nas salas de aula e gabinetes de

professores no 2º piso do edifício do Paço dos Estudos na Praça dos Leões. Todas estas

divisões eram voltadas a Nascente ou a Sul;

Fig.22 - Localização das salas de desenho na planta do 2º piso do edifício do Paço dos

Estudos (zonas delimitadas a verde)

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de 1933 a 1968, foram certamente transferidos para o edifício da Rua do Breyner. Não

se sabe nem onde nem em que condições estariam armazenados, mas supõe-se que

seria no Salão de Desenho;

Fig.23 e 24 - Salão de Desenho

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Em 1968, foram transferidos para as actuais instalações do ISEP na Rua S. Tomé;

Na década de 90, estavam já armazenados na Arquivo Histórico do ISEP, situado na

cave do edificio C, onde permaneceram sem qualquer condição de acondicionamento ou

armazenamento;

Em 2004 iniciou-se o seu inventário e incorporaram definitivamente o espólio documental

do Museu Parada Leitão. Foi instalado um sistema de desumidificação regulado entre

45% e 55%;

Actualmente, os documentos que já foram limpos superficialmente e protegidos com

papel livre de ácido. No entanto, o mobiliário disponível para armazenamento revela-se

prejudicial. Foi instalado um sistema de ventilação eléctrica no espaço de

armazenamento e abertas caixas-de-ar. Poucos foram os documentos que, até ao

momento, tiveram alguma utilização museográfica.

Fig.25 – Arquivo do Museu Parada Leitão: situação dos

documentos gráficos em 2004

Fig.26 – Arquivo do Museu Parada Leitão: situação dos

documentos gráficos em 2007

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UNIVERSO DE AMOSTRAGEM

Sendo, neste momento, impossível realizar este estudo envolvendo toda a colecção, não

só por motivos quantitativos mas também por motivos temporais, optou-se por realizar uma

selecção que sirva como amostra de toda a colecção.

UNIVERSO DE AMOSTRAGEM: OS CRITÉRIOS DE SELECÇÃO

Seleccionaram-se 8 documentos conforme fichas de inventário apresentadas em anexo.

Para o fazer, seguiram-se alguns critérios:

1. Devem integrar documentos já inventariados;

2. Devem ser representativos de todos os materiais de suporte e de registo;

3. Devem ser representativos de diferentes evidências de alterações.

UNIVERSO DE AMOSTRAGEM: MATERIAIS

INVENTÁRIO MATERIAIS DE SUPORTE MATERIAIS DE REGISTO ISO

MPL2206ED Orgânico / Papel, madeira e corda Mecânicos

Sensibilidade

elevada

MPL2318ED Orgânico / Cartão Manuais (tintas e aguarelas)

MPL2419ED Orgânico / Papel e cartão Mecânicos

MPL2435ED Orgânico / Papel e cartão Mecânicos

MPL2455ED Orgânico / Papel e cartão Mecânicos

MPL2585ED Orgânico / Papel e tecido em tela Mecânicos

MPL3083ED Orgânico / Papel Manuais (tintas)

MPL3836ED Orgânico / Papel Manuais (Aguarela e traço de nanquim)

Fig. 27 – Materiais do universo em estudo

Os materiais de suporte desta amostra são representativos de toda a colecção: papel,

cartão e, em casos isolados, madeira e tecido em tela. No entanto, os documentos gráficos

são constituídos por mais além do seu suporte: meios de registo manuais (tintas, aguarelas)

e meios de registo mecânicos (litografia, gravura).

A matéria-prima de todos os tipos de papel, seja ele utilizado como base para velhas

matrizes de desenhos, seja para as gravuras actuais, é a celulose obtida a partir de fibras

vegetais. As fibras são dispostas em tramas aglutinadas com aditivos colantes e podem ser

tratadas posteriormente para que se consigam outras propriedades, como a brancura.

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Os papéis mais fortes e duráveis são obtidos a partir das fibras longas de linho, algodão ou

cânhamo, muitas vezes derivadas de trapos. Todavia, embora a celulose pura seja

extremamente durável, os vários aditivos podem causar deterioração, geralmente em virtude

da degradação das fibras por ácidos.

Os papéis feitos de trapo há muito tempo deixaram de ser usados para as impressões,

embora ainda sejam o material preferido para aguarelas e outros tipos de obras de arte.

Actualmente, as impressões usam, quase sempre, papéis derivados de polpa de madeira,

que variam bastante de qualidade, desde variedades totalmente industrializadas, sem

qualquer tratamento, adequadas para usos efémeros, até variedades quimicamente tratadas,

chamadas “sem madeira” (papel de pasta química), elaboradas para durar mais.

O papel não é um material quimicamente inerte. Pelo contrário, mancha com facilidade,

incha e contrai com a humidade do ambiente. Os papéis derivados da polpa de madeira são

mais reactivos, logo menos duráveis, que os papéis de trapo. Assim, quanto maior a

quantidade de madeira não-tratada, maior sua reactividade. De qualquer forma, os cuidados

e requisitos de conservação são semelhantes para todos os tipos de papel.

Nada garante que uma aguarela, gravura ou outro tipo de obra tenha sido realizado sobre

o melhor suporte disponível. Artistas instruídos podem ter escolhido o material com

prudência, mas é provável que alguns documentos não tenham sido criados tendo em vista a

posteridade e podem, portanto, encontrar os problemas decorrentes de um papel de má

qualidade. Existem ainda outros materiais, especialmente cartão ou cartolina e, por vezes,

madeira e tela que estão em contato com a obra na forma de molduras ou anteparos.

O material de que é feita a imagem dos desenhos e estampas também é instável. Os

pigmentos podem desbotar ou escurecer, geralmente de maneira desigual por causa de suas

origens variadas. Algumas tintas para desenho espalham-se ou corroem o papel e algumas

tintas de impressão, especialmente pretos suaves, desgastam-se facilmente. Outras técnicas

apresentam materiais inerentemente frágeis: pastéis e carvão borram com facilidade, e tintas

grossas, como óleos e guache, podem descamar. Mas não existem casos respresentativos

na colecção.

UNIVERSO DE AMOSTRAGEM: ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Após a identificação e caracterização individual dos materiais que compõem a amostra,

impõe-se a avaliação do estado de conservação de cada um dos documentos.

Perante os danos/perdas ocorridos ou a ocorrer nos documentos, identificou-se o estado

de conservação consoante as seguintes características:

- Muito Bom: peça em perfeito estado de conservação. Os materiais não apresentam

falhas ou lacunas e os danos provocados por agentes de degradação foram nulos ou

mínimos.

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- Bom: peça sem problemas de conservação. Os danos provocados por agentes de

degradação foram mínimos e os materiais estão estabilizados.

- Regular: peça ou fragmento de peça (que permite uma restituição da original) que

apresenta lacuna(s) e/ou falha(s) e que necessita de intervenções de conservação e/ou

restauro, mas que tem os materiais estabilizados.

- Deficiente: peça em que é urgente intervir: Apresenta lacunas e/ou falha(s) e sinais de

degradação contínua nos materiais (não estabilizados).

- Mau: peça muito mutilada que apresenta graves problemas de conservação.

MPL2206ED

Fig. 28 – Ordens Arquitectónicas, 1909

Estado de conservação: Deficiente

Justificação: Este documento apresenta, para além de sujidade, grandes áreas com

manchas, podendo ter sido provocadas por ataques de microorganismos, acção da luz ou da

humidade ou pela cola utilizada para fixar o documento no quadro de madeira. São também

evidentes marcas de abrasão. Em alguns pontos existem bolhas de ar e a estrutura de

madeira sofreu danos estruturais, provavelmente provocados por alterações nas amplitudes

térmicas e de humidade.

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Fig. 29 - Abrasão e oxidação

Fig.30 - Bolhas de ar

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Fig. 31 – Manchas várias

Fig.32 – alterações na estrutura de madeira onde está colado o documento

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Fig. 33 - Manchas e abrasão

MPL2318ED

Fig. 34 – Elementos ou orgãos de ligação: rebites, 1919

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Estado de conservação: Deficiente

Justificação: Este documento apresenta, para além de sujidade, uma grande área oxidada

pela acção de radiações. Nota-se que terá tido um outro documento colocado em cima

durante o processo de oxidação, daí o formato da área mais clara. São também evidentes

manchas decorridas da acção de agentes biológicos e da humidade. Apresenta também

vários rasgões e formação de camadas lameliformes.

Fig. 35 – Rasgões

Fig. 36 – Formação de lâminas

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Fig. 37 – Foxing

MPL2419ED

Fig. 38 – Planta topográfica e sinais convencionais, 1840

Estado de conservação: Regular

Justificação: Este documento apresenta alguns sinais de deterioração mas que se

encontram estabilizados: canais, manchas e o cartão onde o documento está colado

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apresenta abrasões. Não se nota desvanecimento ou descoloração significativas na

estampa.

Fig. 39 – Canal

Fig. 40 – Abrasões no cartão onde está colada a estampa

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Fig. 41 – Foxing

MPL2435ED

Fig. 42 – Planta topográfica, século XIX

Estado de conservação: Deficiente

Justificação: Para além da sujidade absorvida, este documento apresenta abrasões no

cartão, manchas provocadas por agentes biológicos e pelos resíduos da cola utilizada para

fixar a estampa no cartão.

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Fig. 43 – Abrasão no cartão e resíduos de cola

Fig. 44 – Manchas várias

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Fig. 45 – Sujidade absorvida

MPL2455ED

Fig. 46 – Desenho à vista: orgãos de transmissão de força e

movimentos (gancho), século XIX

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Estado de conservação: Deficiente

Justificação: Para além da sujidade absorvida, este documento apresenta abrasões no

cartão, manchas provocadas por agentes biológicos, resíduos de cola, desvios de tom da cor

e tendência a formar lâminas nos cantos do cartão.

Fig. 47 – Sujidade absorvida

Fig. 48 – Abrasão e descoloração

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Fig. 49 – Abrasão e laminação

MPL2585ED

Fig. 50 – Planta topográfica (Jardim Botânico de Paris), 1887-88

Estado de conservação: Deficiente

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Justificação: o documento apresenta variadas manchas provocadas por oxidação e

humidade tanto no documento como na tela. Além disso, são evidentes vincos, rasgões e

bolhas de ar.

Fig. 51 – Manchas na tela (verso do documento)

Fig. 52 – Bolhas de ar e vincos na tela

Fig. 53 – Amarelecimento, rasgões e vincos

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Fig. 54 – Amarelecimento, manchas e vincos

MPL3083ED

Fig. 55 – Edifício (Alçados), inicio do século XX

Estado de conservação: Deficiente

Justificação: Este documento apresenta evidências de alterações provocadas pela

humidade: manchas e ondulação do suporte. Nota-se também manchas provocadas

possivelmente por agentes orgânicos, sujidade absorvida e rasgões.

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Fig. 56 – Sujidade e manchas

Fig. 57 – Ondulação

Fig. 58 – Rasgões

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Fig. 59 – Foxing

MPL3836ED

Fig. 60 – Revestimento de poço de mina, 1917

Estado de conservação: Bom

Justificação: Apesar de ter sofrido pequenas alterações pela variação de humidade e

temperatura, este documento apenas apresenta essas evidências, daí a avaliação feita.

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Fig. 61 – Ondulação

Perante estes dados, torna-se fácil de perceber que a colecção de estampas e desenhos

foi gravemente afectada por vários factores. Vejamos o gráfico representativo da amostra:

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Humidade relativa

Temperatura

Poluição

Homem

biodeterioração

luz

Fig.62 – Agentes de deterioração do universo em estudo

O Homem pelo manuseamento incorrecto foi o que mais prejudicou o estado de

conservação da colecção. No entanto, todos os outros factores contribuíram de modo

significativo para a sua deterioração. Fruto destes agentes a colecção apresenta problemas

diversos, mas com grande grau de incidência de rasgões e abrasões, de manchas

provocadas por diversos agentes e, finalmente, distensão do suporte. Menos visível é a

descoloração e o desvanecimento.

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CONDIÇÕES E CONTROLO AMBIENTAL

A colecção está armazenada no Arquivo Histórico do Museu. Nesse espaço não existe

qualquer janela. A circulação de ar é feita através de caixas-de-ar instaladas em ambas as

paredes laterais e através de um sistema de ventilação eléctrica com duas ventoinhas,

instalado na parede de entrada no espaço a ladear a porta. Não existe qualquer sistema de

ar condicionado, mas é munido de um desumidificador sempre ligado e regulado entre 45% e

55% e com escoamento directo para as canalizações.

Não existe no espaço qualquer sistema de monitorização ambiental o que origina a

possível ineficiência dos sistemas de controlo. Aliás, apesar de existir a necessidade de fazer

leituras contínuas e a longo prazo, leituras pontuais realizadas com um monitor ambiental

demonstram isso mesmo:

Data ºC HR

20/06 21 75

21/06 20.5 71

22/06 20 69

25/06 20.3 73.6

26/06 20.2 67.3

27/07 20.4 66.3

28/06 20.3 68.6

29/06 20.4 68.9

02/07 20.6 68.8

03/07 20.3 67

04/07 20.3 68.2

Quadro n.º 8 – Leituras pontuais realizadas com o monitor ambiental entre 20 de Junho e 04 de Julho de 2007

A temperatura encontra-se no limite recomendado para documentos gráficos, mas a

humidade relativa é elevada para o tipo de material aqui armazenado. Nota-se efeitos de

variações de temperatura e humidade nos documentos, pois muitos apresentam marcas de

contracção e alongamento da estrutura, mas como o percurso que estes documentos tiveram

não foi favorável à sua preservação, não se pode concluir que estes danos aumentem pelas

condições actuais sem efectuar uma monitorização a longo prazo.

São realizadas desinfestações trimestralmente e, desde 2005 até ao momento, não foram

detectados nenhuns indícios de presença de agentes de deterioração biológicos, apesar das

condições que teriam para se desenvolver.

A iluminação é artificial, o que permite um controlo mais facilitado. Os valores da radiação

são apropriados: apenas 1 µ/lúmen. No entanto, através de medições com o monitor

ambiental registaram-se valores entre 1507lx.h (nas prateleiras mais perto das fontes

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luminosas) e 216lx.h (nas prateleiras inferiores), o que é revelador que a dose anual

recomendada poderá ser imensamente ultrapassada. Mesmo que os documentos gráficos

passem a estar armazenados apenas nas prateleiras inferiores, apenas podem estar

expostos 46 horas por ano. Vejamos: Dose anual recomendada / lx.h = 10 000lx.h ano /

216lx.h = 46,3 horas.

No que diz respeito à migração de ácidos, todos os documentos foram envolvidos em

papel livre de ácido, mas testes ao pH efectuados recentemente revelam que é necessário

trocá-los pois já atingiram o valor de 4 na escala do pH.

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IV.

PLANO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA

da colecção de Estampas e Desenhos

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PRINCIPIOS GERAIS

A manutenção é um dos aspectos mais importantes do trabalho de conservação;

A manutenção não pode ser uma actividade efémera, deve ser desenvolvida

permanentemente;

A conservação deve ser desenvolvida de acordo com a capacidade de manutenção;

Quando surgirem dúvidas de actuação, é preferível não tomar nenhuma medida e

consultar técnicos de conservação e restauro de documentos externos à instituição ou

entidades especializadas na área de renome;

Apenas o conservador pode decidir e/ou autorizar operações de conservação e de

restauro. Qualquer opção que não esteja definida neste plano deve ser autorizada ou

realizada pelo conservador.

AVALIAR O ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Diagnóstico e avaliação periódica

Esta verificação deve ser realizada pelo conservador, ou por um técnico designado por ele,

trimestralmente ou sempre que hajam alterações na localização do objecto. Deve estar

sempre actualizada. Em situação alguma é permitido alterar ou eliminar qualquer informação

anterior. Este documento deve incluir obrigatoriamente:

a) Data de avaliação

b) Nome e rubrica do responsável pela avaliação

c) Estado de conservação:

- Muito Bom – Peça em perfeito estado de conservação: os materiais não

apresentam falhas ou lacunas e os danos provocados por agentes de

degradação foram nulos ou mínimos.

- Bom – Peça sem problemas de conservação. Os danos provocados por

agentes de degradação foram mínimos e os materiais estão estabilizados.

- Regular – Peça ou fragmento de peça (que permite uma restituição da original)

que apresenta lacuna(s) e/ou falha(s) e que necessita de intervenções de

conservação e/ou restauro, mas que tem os materiais estabilizados.

- Deficiente – Peça em que é urgente intervir: apresenta lacunas e/ou falha(s) e

sinais de degradação contínua nos materiais (não estabilizados).

- Mau – Peça muito mutilada que apresenta graves problemas de conservação.

d) Identificação dos agentes de degradação (ver quadro na página seguinte)

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Agentes de degradação Breve descrição e danos provocados

Físicos

Luz

Qualquer tipo de luz degrada, seja ela natural ou artificial, pois emite radiações nocivas aos materiais do acervo, provocando danos através da oxidação. O

efeito da luz é cumulativo e irreversível. A luz tem dois efeitos sobre o papel: esbatimento ou o escurecimento. O papel torna-se frágil, quebradiço,

amarelecido, escurecido. As cores sofrem alterações. Os documentos podem ficar ilegíveis.

UV Oxidação

Temperatura e

Humidade

Relativa

O papel contém água na sua estrutura e esta está em equilíbrio com a água contida no ar (humidade). Quando a humidade relativa diminui, o papel liberta

água para manter o equilíbrio, contraindo-se. Primeiro liberta a que está mais à superfície e depois força a saída da água da sua estrutura. E, se a água que

estava à superfície é restituída depois da humidade subir, a perda ao nível da estrutura é permanente. Sempre que existem oscilações de temperatura,

também a humidade relativa é alterada. Acentuadas oscilações e amplitudes destes factores dão origem a uma dinâmica de contracção e alongamento dos

compostos do papel.

Químicos Poluição

Os poluentes atmosféricos são altamente ácidos e, portanto, extremamente nocivos ao papel, pois são rapidamente absorvidos, alterando seriamente o pH

do papel. Existem dois tipos de poluentes, os que podem ter origem no ambiente externo e os que podem ser gerados no próprio ambiente: os externos,

principalmente gases, que provocam reacções químicas, levando o papel a ficar quebradiço e descolorido, e partículas sólidas que carregam os gases

poluentes e agem como agentes abrasivos que desfiguram os documentos. Estes são os poluentes mais perigosos para os documentos. Os agentes

poluentes que podem ter origem no próprio ambiente são por exemplo a aplicação de vernizes, madeiras, adesivos, tintas, etc. que podem libertar gases

prejudiciais à conservação de todos os materiais.

A sujidade (entenda-se como sujidade não só o pó, mas também resíduos orgânicos e ácidos de seres vivos, poluentes atmosféricos, etc.) para além da

acção abrasiva, é absorvida pelo interior por meio de ligações químicas.

Biológicos

Fungos Utilizam o suporte papel como fonte de nutrientes, atacando o substrato e fragilizando o suporte que fica com um aspecto fragmentado. Causam manchas

de coloração, intensidade e aspecto diversos e de difícil remoção. As manchas mais vulgares provocadas pelos fungos, do tipo bolores, costumam ser de

cor esbranquiçada. Bactérias

Insectos

Utilizam o suporte papel como fonte de nutrientes, acelerando o processo de degradação da celulose e das colas e as suas consequências são o

aparecimento de manchas de várias cores, intensidades e configurações e a transformação das características físicas e químicas do suporte, que fica com

um aspecto furado, quase rendilhado.

Roedores Utilizam o suporte papel como fonte de nutrientes, para se aquecerem e na confecção de ninhos para reprodução.

Homem

O Homem, consciente ou inconscientemente, é um dos maiores agressores do papel. O simples uso normal é o suficiente para degradar o papel.

A acidez e a gordura do suor das mãos produz uma diminuição do pH e manchas. Como é óbvio, também são nocivos os maus-tratos como: rasgar, riscar,

dobrar, escrever, colocar clips, agrafes ou colar fita-cola.

Quadro n.º 9 – Identificação dos agentes de degradação

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REGRAS DE MARCAÇÃO

O n.º de inventário é escrito sempre no canto inferior direito do verso do documento a lápis.

MONITORIZAÇÃO E CONTROLO AMBIENTAL

AGENTES BIOLÓGICOS

Trimestralmente, o conservador deve procurar indícios da presença de agentes biológicos:

Presença de insectos vivos ou mortos perto da documentação na sala, no mobiliário ou

no pavimento;

Existência de documentos com orifícios redondos ou galerias provocadas pelas larvas

dos insectos que dão ao documento o aspecto rendilhado;

Pó preto ou castanho perto dos documentos. Este “pó” são os excrementos dos

bibliófagos mais comuns. Uma coloração mais clara dos excrementos pode indicar que

estes são recentes. A coloração é directamente influenciada pelos alimentos que o

insecto consumiu.

Quando se encontrar insectos mortos ou vivos, estes devem ser recolhidos com muito

cuidado e entregues a agentes especializados na sua identificação. Deve-se sempre tentar

capturar um exemplar da espécie de insecto que está presente na documentação porque os

procedimentos para combater a sua presença variam em conformidade com a espécie

infestante.

Na Primavera deve ser feita uma desinfestação que abranja toda a documentação, por ser

quase sempre o período do ano em que se verificam os surtos de insectos. Trata-se de uma

altura em que a mudança de temperatura activa a actividade insectívora.

Note-se que qualquer mudança de temperatura, em qualquer altura do ano, pode ter o

mesmo efeito, mesmo quando é provocada por aquecedores ou ar condicionado.

Um ciclo de vida normal começa na Primavera com a eclosão dos ovos, seguido da

maturação das larvas e finalmente a metamorfose em insecto adulto. Esta última fase

acontece já no final do Verão. Em certas espécies de insectos, como o caruncho, a única

função do insecto adulto é a reprodução. A larva é que ao se alimentar provoca danos físicos

extensos nos documentos com suporte em papel. Assim a altura ideal para realizar uma

desinfestação é no início da Primavera para “apanhar” as larvas antes de elas precisarem de

muito alimento e antes de começarem a surgir insectos adultos aptos a reproduzirem-se.

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A desinfestação mais eficaz é a que utiliza gases inócuos como o azoto, árgon ou o dióxido

de carbono. Estes gases não provocam danos na documentação nem são nocivos ao ser

humano. Deve-se preferir a utilização destes não só pela sua segurança mas também pela

sua eficácia na eliminação dos insectos, larvas e ovos.

A documentação deve depois ser monitorizada e limpa para garantir e controlar a eficácia

da desinfestação. Uma segunda desinfestação pode ser necessária uma vez que os ovos

são extremamente difíceis de atingir, por vezes devido a profundidade em que se encontram

alojados no documento.

Sempre que um documento dê entrada no museu, deve ser inspeccionado. Sempre que se

identificar ou suspeitar de uma infestação, deve ser isolado e quando possível proceder-se à

sua desinfestação e limpeza.

As equipas de limpeza devem ser sensibilizadas para a possibilidade de existirem vestígios

de insectos que não devem ser “apagados”. De preferência deve ser realizada uma acção de

formação nesse âmbito, tendo como destinatários todos os que de algum modo intervêm na

manutenção do espaço físico e equipamentos.

TEMPERATURA E HUMIDADE RELATIVA

Todos os materiais que contenham água reagem com a quantidade de água que está

presente no ar que os circunda de forma a atingir um equilíbrio. Assim, quando o ar está

mais seco, eles perdem água para o ambiente e, quando se regista o oposto, o seu teor de

humidade aumenta. No entanto, como ar quente contém, normalmente, mais água que o frio,

é necessário ter em atenção a humidade relativa, ou seja, a relação da quantidade de água

numa determinada quantidade de ar com a máxima quantidade de água que o ar pode conter

a uma determinada temperatura.

A humidade relativa pode afectar os documentos de três formas: pode estimular a

proliferação de agentes biológicos, alterar as dimensões físicas e acelerar reacções

químicas. A temperatura elevada e o ar estagnado também contribuem para o crescimento

de fungos.

Para uma boa conservação do papel, do ponto de vista químico e físico, a temperatura

deve situar-se entre os 18ºC e os 20ºC e a humidade relativa nos 50% (± 5%).

A monitorização da temperatura e da humidade relativa deve ser realizada pelo

responsável da colecção ou, na ausência deste, por outro técnico por ele designado e

treinado, de forma contínua.

Existem vários tipos de instrumentos para medir a humidade relativa, desde os simples

cartões indicadores, até aos sofisticados higrómetros electrónicos. Qualquer deles é

fabricado em modelos mais ou menos sofisticados, com uma gama de preços e precisão

bastante alargados. No entanto, aconselha-se a aquisição de um termohigrógrafo que

funciona pelo mesmo princípio do higrómetro de cabelo (utiliza feixes de cabelo humano ou

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de fibras sintéticas, como elemento sensível às variações de humidade relativa) e encontra-

se associado a um termómetro. Apesar do seu preço elevado apresenta mais vantagens:

regista as variações de temperatura e humidade relativa de forma contínua; a velocidade de

rotação do tambor é controlável; facilita a determinação da influência das actividades

museológicas e das condições ambientais externas nos valores da humidade relativa e da

temperatura; e, aponta anomalias que possam ocorrer, como avarias no ar condicionada ou

se a energia foi desligada no fim-de-semana.

Não pode ficar localizado junto a qualquer fonte de calor ou muito acima do nível do solo

(ex: em cima de armários) e, como não é informatizado, deve existir um responsável pelo

tratamento dos dados.

Este vai contribuir para que a médio prazo se consiga implementar uma estratégia de

controlo ambiental adequada, verificando se os equipamentos existentes são apropriados ou

se há necessidade de adquirir novos. Nem sempre é necessário existir sistemas de controlo

dos dois factores, até porque, normalmente, a humidade relativa diminui se a temperatura

aumente e vice-versa. No entanto, esta decisão apenas deve ser tomada após a

monitorização.

De qualquer modo, o sistema de ar condicionado e o desumidificador devem estar ligados

ininterruptamente para evitar oscilações bruscas sobre o acervo. Deve-se evitar que os

níveis de humidade relativa e de temperatura se modifiquem à noite, fim-de-semana ou em

outras ocasiões em que o espaço esteja encerrado.

Os equipamentos devem ser verificados:

uma vez por semana, por um elemento da equipa museológica, para se averiguar o seu

correcto funcionamento;

uma vez por mês, por um elemento da equipa museológica, devem ser calibrados;

uma vez por ano, por um técnico especializado.

Sempre que um documento for exposto deve evitar-se pendurá-lo na face interna das

paredes externas do edifício, pois a temperatura comparativamente baixa pode causar

condensação e o desenvolvimento de mofo dentro da moldura. Inversamente, aquecedores

ou focos de luz secam o ar e eventualmente podem concentrar pó pela formação de

correntes de convecção.

QUALIDADE DO AR E ACIDIFICAÇÃO

Trimestralmente, deve ser medido o pH do documento e do invólucro. Para efectuar este

teste recomenda-se a utilização de tiras indicadoras da Whatman (TypeCF pH 0-14 cat. nº

2613991), pois não mancham os papéis onde se fazem os testes. O pH do papel deve estar

situado entre 6,5 e 8,5 para que não cause danos no documento.

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Caso o invólucro apresente sinais de acidificação, deve ser substituído. Os dispositivos de

exposição, de acondicionamento e de armazenamento devem sempre ser testados antes da

sua utilização.

A colecção não pode ser armazenada ou exposta junto de qualquer fonte de poluição,

como sejam fotocopiadoras, entradas de ar, áreas pintadas de fresco, ar condicionado e

desumidificadores ou outros. Devem existir purificadores de ar e ventiladores.

A filtragem do ar da sala pode remover grande parte dos gases poluentes e contribuir para

um ambiente mais salutar para as espécies. Devem ser utilizados filtros de carvão activado.

O carvão activado é essencialmente carvão granular, onde a superfície de contacto com o ar

está muito aumentada. O carvão retém à superfície os gases poluentes e não pode ser

regenerado.

A eficácia do filtro aumenta se o ar da sala for forçado a passar, várias vezes, através do

filtro: o dióxido de enxofre é parcialmente absorvido por este tipo de filtros, o ozono é

destruído por eles, mas o dióxido de azoto não é afectado. Existem vários tipos de filtros de

carvão, alguns misturados com reagentes alcalinos, para absorção de gases específicos. A

selecção do filtro deve ser indicada aos técnicos de ar condicionado dependendo dos gases

que se pretende eliminar.

Outro elemento que prejudica o ambiente é o pó, pois penetra e suja os documentos,

provocando manchas e mudança de cor. Uma sala que deixa entrar o pó tem de ser limpa

frequentemente, o que aumenta o manuseamento dos materiais. Assim, o primeiro passo

para evitar a entrada de poeiras deve ser o isolamento da porta, que deve permanecer

fechada, reduzindo-se, desta forma, as necessidades de limpeza.

Os aparelhos de ar condicionado têm geralmente filtros de absorção de poeiras que podem

ser muito eficientes. Estes filtros, para serem eficazes, devem ser limpos regularmente e

substituídos dentro dos prazos aconselhados. Os filtros do tipo electrostático não são

recomendados. Eles absorvem as poeiras por criação de um campo eléctrico estático, mas

são geradores de ozono e dióxido de azoto, gases já mencionados como oxidantes.

Um outro filtro de ar sempre à disposição é o vulgar aspirador caseiro. O seu uso é

inofensivo para as colecções e pode ser muito eficaz na eliminação de poeiras. Existem

modelos de aspiradores próprios para museus, que utilizam filtros de ar muito apertados e

são capazes de absorver poeiras muito finas. De qualquer modo, antes de se usar o

aspirador, deve verificar-se se o sistema de filtragem se encontra em bom estado ou corre-se

o risco a devolver à sala o pó que se aspira. Outro modelo de aspirador interessante é o

pequeno portátil, a pilhas.

Os armários com portas são um bom auxiliar na protecção contra o pó, sendo mais

eficazes do que as estantes. No entanto, há que verificar primeiro, se permitem a circulação

do ar no seu interior, para facilitar a saída da humidade.

De cinco em cinco anos deve ser feita uma auditoria à qualidade do ar interno, recorrendo

a empresas externas

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MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRECTIVA

REGRAS DE MANUSEAMENTO

Existem procedimentos a ter em consideração quando manuseamos os documentos:

Lavar sempre as mãos, retirar todas as jóias ou outros acessórios que possam entrar em

contacto com os documentos e usar sempre luvas de vinilo, latex (não esquecendo que

pelo facto da borracha ser vulcanizada com enxofre, os seus resíduos poderem

contaminar e contribuir para a alteração do papel) ou de algodão (esta última opção, para

além de mais cara, é mais arriscada, visto que obriga a uma lavagem frequente das

luvas e a um maior cuidado com os agentes de limpeza utilizados);

Quem proceder ao manuseamento de documentos deve vestir sempre bata e,

opcionalmente, usar máscara. Todos os materiais devem ser descartáveis, excepto as

batas que devem ser lavadas frequentemente com sabão neutro;

Não manusear os documentos mais tempo do que o extremamente necessário, pois

podem rasgar-se ou manchar-se;

Deve dar-se preferência à utilização de reproduções seja para estudo ou exposição;

Sempre que for necessário movimentar um documento deve-se utilizar uma base de

suporte livre de ácido. Para o colocar em cima do suporte deve-se colocar este ao

mesmo nível do documento, segurar nos cantos diagonais e fazer deslizar o papel.

INSPECÇÕES AO EDIFICIO

Não se pode mudar a geografia e o clima que muitas vezes causam catástrofes mas,

através de uma inspecção regular ao edifício, pode-se prevenir ou reduzir emergências

comuns e outros problemas.

Assim sendo, mensalmente deve ser verificado:

Se não existe água em nenhuma zona anormal;

Se as calhas e grelhas de escoamento estão limpas;

Se as canalizações e as instalações eléctricas não apresentam anomalias;

Se todo o acervo e outros materiais de trabalho estão localizados pelo menos a 15cm do

chão;

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Se os extintores estão dentro da data de validade da última inspecção e se os alarmes

de incêndio estão a funcionar assim como a sua conectividade com a central de policia e

bombeiros;

Se existem rachas ou outros pontos de entrada de organismos no edifício;

o bom funcionamento dos equipamentos de controlo ambiental e o estado dos filtros dos

mesmos.

EXPOSIÇÃO A RADIAÇÕES VISIVEIS E INVISIVEIS

A gestão de riscos não fica completa se não se tiver em consideração a exposição às

radiações visíveis e invisíveis. A maioria dos materiais é afectado pela radiação UV e pela luz

visível, daí que seja importante limitar a exposição dos documentos a condições

inadequadas.

Ao contrário dos objectos, o olho humano não é sensível à radiação UV, daí que esta

possa ser eliminada sem causar qualquer tipo de efeito na visualização dos documentos. Isto

pode ser obtido através da utilização de filtros que absorvam as radiações invisíveis, mas

que permitem a passagem das visíveis. Sugere-se a utilização de lâmpadas fluorescentes

em detrimento das incandescentes. A taxa de deterioração causada pela luz é directamente

proporcional à intensidade da radiação e ao tempo de exposição, consequência da lei da

reciprocidade, por isso, para reduzir este dano é importante diminuir os dois factores.

Relativamente aos UV, caso a exposição à luz seja no Museu, não existe qualquer perigo

visto que a radiação UV não ultrapassa o 1µ/lúmen. Mas, caso o documento seja deslocado

para fora do museu, deve ser garantido que a radiação não ultrapassa os 75µ/lúmen.

A colecção de estampas e desenhos estando armazenada em completa escuridão não

corre riscos elevados relativos a este factor, visto que a sua exposição à luz é mínima. No

entanto, sempre que for necessário expor a colecção à luz, deve ser assegurado que a dose

anual não ultrapasse o 10000 lux h/ano e deve-se evitar, principalmente, a luz natural.

A mediação dos lux e das radiações deve ser feita nas seguintes condições:

Semestralmente, de modo a verificar se o sistema de iluminação continua a funcionar do

modo original;

Sempre que o documento for deslocado para outro local, de modo a garantir que os

valores das radiações são apropriados e a contabilizar a quantidade de lux que afectará

o documento durante a sua estadia.

Deve existir uma ficha de controlo de luz para cada documento que deve ser actualizada

pelo responsável da colecção sempre que os documentos forem expostos à luz. Quando a

dosagem anual recomendada for atingida, o documento em causa não poderá ser exposto à

luz novamente até ao ano civil seguinte. Em cada ano civil inicia-se uma nova ficha de

registo e controlo.

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Para monitorizar a luz pode utilizar-se um fotómetro que meça tanto as radiações visíveis

como as invisíveis. Este deve ser calibrado pelo menos uma vez por ano, por um elemento

da equipa museológica.

PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA

A sujidade é o agente de deterioração que mais afecta os documentos e, quando

conjugada com condições ambientais inadequadas, provoca reacções de destruição de todos

os suportes num acervo. Por isso, a limpeza deve ser um hábito de rotina na manutenção do

espólio, razão pela qual é considerada a conservação preventiva por excelência.

Limpeza da superfície dos documentos

O objectivo desta acção é reduzir poeira, partículas sólidas, ou outros depósitos de

resíduos à superfície do documento.

Cada objecto deve ser avaliado individualmente para determinar se a limpeza é necessária

e se pode ser realizada em segurança. A colecção de estampas e desenhos não incorpora

nenhum documento com técnicas de registo propícias a danos (exemplo: pastel). No entanto,

antes da limpeza devem ser testados:

Numa pequena área onde os danos não sejam detectados (exemplo: no fim de um traço

de uma letra como o «p» ou o «q»);

Em zonas com registo a lápis, já que este pode ser removido por alguns métodos de

limpeza superficial.

Caso não haja alterações, pode-se prosseguir com a limpeza.

A limpeza deve ser feita colocando o documento sobre uma superfície lisa e limpa, por

exemplo uma mesa. Antes de se proceder à operação de limpeza no verso do documento e

sempre que se iniciar a limpeza de outro documento, a superfície deve ser limpa novamente,

de modo a que a sujidade não seja transferida.

Para ser feita uma limpeza eficiente e sem causar outros danos, recomenda-se:

1º) Devem ser removidos todos os corpos estranhos ao documento, tais como: clips

metálicos, fitas adesivas, papéis e cartões ácidos, etc. Se forem absolutamente necessários

devem ser substituídos por materiais inoxidáveis.

2º) Limpar a superficie com um pincel de pêlo macio (exemplo: pinceis próprios de

conservação ou, soluções mais baratas e mais fáceis de encontrar, pinceis de cosmética ou

de pintura) de cor clara (para se notar quando estiver sujo. O pincel deve-se lavar apenas

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com sabão neutro e só deve ser reutilizado depois de bem seco, pelo que se recomenda a

existência de vários pinceis). A limpeza deve ser efectuada com pouca pressão, começando

no meio do documento em direcção aos cantos, sempre em linha recta;

3º) A utilização de pó de borracha (6), aplicado em pequenas quantidades, fazendo

movimentos suaves sobre as superfícies desejadas com o mesmo método com que se

utilizou o pincel. De seguida, deve ser removido com o pincel para a mesa de trabalho;

4º) a sujidade retirada dos documentos e os restos de pó de borracha devem ser limpos

com um aspirador (7) de baixa pressão e de sucção controlável.

A limpeza superficial dos documentos deve ser feita:

No momento de incorporação;

A seguir a desinfestações para eliminar resíduos que possam contribuir para a sua

deterioração;

No momento de regresso ao museu, após um empréstimo;

Existem, no entanto, casos em que o tratamento não será possível ou só será possível se

efectuada por técnicos superiores de conservação e restauro de documentos:

Se o documento apresentar fragilidade física: suporte com áreas finas, perdas, rasgos

intensos, áreas com manchas ou atacadas por fungos. Neste caso até o pó de borracha

pode fragmentar o documento;

Se o suporte tiver uma textura muito porosa: papel japonês, papel fragilizado pelo ataque

de fungos, papel molhado, etc. Neste caso a limpeza das partículas residuais do pó de

borracha é de difícil remoção.

Limpeza do espaço físico

A forma mais eficiente e adequada de limpeza do piso e das estantes ou armários é com

aspirador de pó de baixa potência e com protecção na zona de sucção. Nunca devem ser

utilizados espanadores ou vassouras, pois apenas redistribuem a sujidade.

Não se recomenda a utilização de qualquer tipo de solvente ou cera.

6 A utilização de pó de borracha não deve ser feita em superficies muito danificadas, escritas ou desenhadas a lápis, carvão e com

pigmentação.

7 O saco do aspirador deve ser revestido por um saco de plástico. Esta medida permitir retirar o saco do aspirador de modo seguro e asséptico.

A boca do aspirador pode ser revestido com um pedaço de tecido. Assim, no caso de um fragmento do documento ser aspirado, será

facilmente recuperável sem haver necessidade de se abrir o saco colector.

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Deve-se evitar a água, caso não exista um desumidificador de condensação, pois altera a

humidade relativa do espaço. Caso seja necessário remover sujidade muito intensa pode ser

utilizada água passada com pano muito bem torcido e de seguida passar um pano seco.

A limpeza deve ser feita a partir da prateleira de cima para a de baixo.

O acesso ao museu deve ter em conta que é absolutamente proibido comer, beber ou

fumar em qualquer zona e durante qualquer actividade e todos devem zelar para que esta

regra se cumpra.

ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO

O acondicionamento tem como objectivo a protecção dos documentos que não se

encontrem em boas condições ou a protecção daqueles já tratados e recuperados,

armazenando-os de forma segura.

A separação entre os documentos deve ser feita através de meios que impeçam a

migração de ácidos. Recomenda-se papel livre de ácido, com tratamento antifúngico e

reserva alcalina. Na escolha do tipo de papel deve ter-se em conta os seguintes factores:

O pH do papel deve ser neutro ou ligeiramente alcalino, característica que deve estar

claramente indicada na embalagem ou catálogo. Um pH próximo do neutro (pH=7) é o

ideal;

não pode conter lenhina;

não pode ter sido encolado com alumina, um material ácido. A existir, a encolagem

deverá ser de gelatina ou amido;

a existência de uma reserva alcalina;

deve ser, de preferência, branco ou apenas levemente colorido, devendo evitar-se os

papéis negros ou fortemente coloridos, que podem manchar ou contaminar as espécies

que guardam. Por outro lado, mesmo sendo mais brancos, devem evitar-se os papéis

branqueados com agentes branqueadores, pois estão impregnados de produtos

químicos;

Pode também ser utilizado poliéster, pois é estável quimicamente, não interferindo com as

espécies que protege; é muito resistente à manipulação; não arde; é muito transparente,

permitindo um perfeito visionamento dos documentos Contudo, é mais caro e a sua

propriedade electrostática impede que esteja em contacto directo com documentos em

elevado estado de degradação.

Semestralmente devem ser efectuados testes de pH para verificar se os materiais

utilizados para acondicionar já se encontram acidificados. Quando isso acontecer devem ser

substituídos. O pH do papel deve estar situado entre 6,5 e 8,5 para que não cause danos no

documento. Para efectuar este teste recomenda-se a utilização de tiras indicadoras de pH da

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Whatman (TypeCF pH 0-14 cat. nº 2613991), pois não mancham os materiais onde se fazem

os testes.

O armazenamento é o sistema que recebe o documento, acondicionado ou não, para ser

guardado. Consiste no mobiliário das salas destinadas à guarda do acervo como estantes e

armários.

Deve-se evitar o armazenamento em estantes de madeira, pois podem ser uma fonte de

origem de infestações, dando-se preferência às metálicas, tomando sempre atenção que as

prateleiras devem ser maiores que os documentos para que estes não sofram deformações.

Preferencialmente, devem ser armazenados em armários com gavetas de alumínio, por se

tratar de um material altamente estável e de grande resistência, e com sistema anti-poeiras.

A base das gavetas deve ser em poliéster ou painéis livres de ácido. Opcionalmente, os

armários devem ter gavetas removíveis que permitam a exposição dos documentos em

vitrinas especiais.

O empilhamento deve ser criterioso e deve ter em atenção as condições físicas, do

tamanho e peso de cada documento:

Os documentos maiores não devem ser colocados em cima de outros menores, para

evitar a deformação do suporte;

Apenas se podem armazenar juntos objectos do mesmo tamanho e categoria, ou seja,

os documentos mais pesados e/ou volumosos devem ser armazenados separados dos

mais leves e os de qualidade inferior não devem ficar em contacto directo com os de

melhor qualidade;

Não se devem manter documentos dobrados ou enrolados, pois ao longo do vinco cria-

se uma linha de fragilidade nas fibras de papel, podendo a médio prazo provocar a

ruptura dessa área. Os documentos devem manter-se num nível horizontal.

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OBSERVAÇÕES FINAIS

Verificamos que o Museu Parada Leitão está instalado numa zona de grande movimento

de pessoas e viaturas que influenciam as condições ambientais daquela área. O

conhecimento, apreciação e estudo das condições ambientais e geológicas das zonas

envolventes ao Museu são de grande importância para que os técnicos do museu consigam

antever com um elevado grau de precisão as ameaças a que a instituição e as suas

colecções estão expostos e actuar de forma profiláctica.

O Museu é privilegiado por uma estrutura que, apesar de se situar numa cave (local

propicio a valores elevados de humidade), o isola das influências das condições ambientais

exteriores: exemplo disso é a inexistência de janelas ou outras entradas significativas e as

paredes conterem aditivos hidrófugos.

O controlo ambiental é uma ferramenta essencial ao serviço da conservação da colecção.

Não permite o retrocesso do estado de conservação, mas reduz ou impede os danos futuros

provocados pelos agentes de degradação biológicos e químicos.

Até ao momento a utilização do espaço museológico era esporádico e a influência do

Homem e do exterior cingia-se ao trabalho diário dos técnicos do museu e das equipas de

limpeza e manutenção dos equipamentos. No entanto, verifica-se que não foram acautelados

sistemas de monitorização ambiental e os de controlo ambiental não existem em todos os

espaços, que o mobiliário é inadequado e que as estratégias de manutenção apropriadas

com pessoal atento e formado para a detecção de possíveis problemas são praticamente

inexistentes.

Torna-se por isso imprescindível conceber um plano onde esteja incluído não só o

equipamento necessário como a Estratégia de Controlo Ambiental adoptada à nova

realidade: a abertura permanente do museu ao público. Contudo, não sendo possível fazê-lo

sem uma avaliação do comportamento ambiental do edifício e da colecção perante esta nova

situação, deve ser feito um diagnóstico baseado na monitorização ambiental.

Isso será um objectivo considerado uma mais-valia: registar as condições e alterações no

ambiente interno e externo, relacionar estes factores e integrá-los com o factor humano,

verificando quais as necessidades de controlo ambiental a implantar, conforme a época do

ano, a afluência do público e as actividades desenvolvidas.

Por outro lado, devem ser implementados procedimentos e politicas de gestão de riscos

adequados ao museu, mesmo não podendo ser concebido um Plano de Emergência e

Segurança integrado no da Instituição de acolhimento. Vejamos alguns deles:

Aquisição de equipamentos adequados à detecção e combate de inundações, incêndios,

roubos e vandalismos;

Códigos de prioridade relativos a objectos e a zonas;

Locais de evacuação e saídas de emergência;

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Nome, telefone e endereços das entidades e pessoal a contactar em caso de

emergência quer durante o horário de funcionamento, quer nas horas em que se

encontra encerrado;

Referências a outras fontes de informação( mapas, plantas, número e localização de

alarmes, extintores e perigos iminentes);

Localização e manutenção do backup do inventário;

Procedimentos mínimos de movimentação, transporte e conservação dos objectos em

caso de emergência.

Por ora tornou-se fundamental conceber um Plano de Manutenção com as orientações de

actuação de rotina que devem ser garantidas durante todo este processo de avaliação e

complementadas depois da realização do relatório final. Os responsáveis de cada colecção

devem promover um estudo do espólio sob a sua responsabilidade e apresentar as medidas

apropriadas à manutenção não só do acervo, mas também do espaço físico em que se

encontram, nunca colocando de parte a monitorização e o controlo ambiental.

Verificamos que a colecção de estampas e desenhos sofreu muitos efeitos do percurso

que teve e devem ser tomadas medidas para que a situação actual e as escolhas futuras não

prejudiquem mais ainda o seu estado de conservação.

Devem ser adquiridos, e utilizados apenas por técnicos com formação adequada, sistemas

de monitorização ambiental, de modo a que se proceda à concepção de um plano e à

aquisição de sistemas de controlo adequados. Além disso, faz mais sentido a nível

orçamental conceber uma estratégia ambiental antes da aquisição do equipamento

necessário: sabendo o que necessitamos e para quê facilita-nos a escolha e impede

desperdícios orçamentais.

Torna-se também urgente identificar a possibilidade de restauro dos documentos. A

intervenção directa nos documentos deve ser feita apenas pelo conservador ou por outro

técnico de conservação e restauro de documentos com experiência e capacidades técnicas,

de modo a garantir que os objectos recebem o tratamento mais adequado para a sua

preservação e utilização e que este é apropriado às suas características e condições.

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GLOSSÁRIO

Abrasão – desgaste da superfície por fricção Difere de erosão, que é um processo químico

de desgaste (v. Erosão).

Acidez - relativo a pH inferior a 7.0, que resulta na instabilidade molecular do papel,

provocando descoloração e enfraquecimento do suporte.

Amarelecimento - tendência para adquirir um tom amarelo provocado pelo envelhecimento

do suporte, acidez e/ou más condições de acondicionamento.

Bolhas - formação de glóbulos de ar retidos na superfície do papel.

Calibração – Conjunto de operações que estabelecem, sob condições especificadas, a

relação entre os valores indicados por um instrumento de medição ou sistema de

medição e os valores correspondentes das grandezas estabelecidas por padrões.

Canais - cavidades.

Conservação curativa – intervenção directa e obrigatória sobre uma colecção ou objecto cuja

integridade está ameaçada.

Conservação Preventiva – Intervenção indirecta sobre o ambiente ou directa sobre a

colecção ou objecto para reduzir os riscos de potencial deterioração.

Descoloração - tendência para a imagem do desenho perder a definição da cor. Diferente de

desvio de tom (v. Desvio de tom).

Desinfestação – eliminação de macroorganismos

Desvanecimento - Redução da densidade da imagem. Tendência para a imagem de um

desenho perder o seu contraste e, consequentemente, pormenor (particularmente nas

zonas mais claras), devido ao processo de degradação da tinta. Pode ocorrer em toda a

imagem, ou apenas em certas partes.

Desvio de tom - mutação da cor, por reacção química, geralmente relacionada com a

exposição à luz, levando a um desequilíbrio cromático e à formação de uma cor

dominante (azul, amarelo, etc.).

Distensão - Alongamento ou alargamento da superfície do papel ou da emulsão (em

situações de humidade elevada, a emulsão incha e alarga, podendo desprender-se do

suporte).

Dobras - Flexões provocadas no papel, de modo que uma ou mais partes se sobreponham.

Encurvado - Tendência do papel arquear, sem chegar realmente a fechar-se sobre si

mesmo. Neste último caso, seria enrolar (v. Enrolado).

Enrolado - Tendência do papel fechar sobre si mesmo, mediante um eixo.

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Enrugado - Formação de pregas na superfície do papel.

Erosão - Corrosão; alteração superficial devido a uma reacção química com outra

substância. Difere de abrasão, que se caracteriza pelo desgaste físico (v. Abrasão).

Ferrugem - Óxido que se forma à superfície do ferro, quando está exposto à humidade.

Caracteriza-se pela sua cor alaranjada. As marcas podem ser provocadas por um clip

ou agrafo oxidado, que se encontre em contacto com o papel.

Flintkote - Produto betuminoso impermeável

Foxing - formação de pontos acastanhados ou avermelhados provocados pelo

desenvolvimento de micro-organismos ou pela oxidação.

Hidrógugo – que preserva da humidade

Higroscópico – capacidade de uma substância ou material para absorver a humidade do ar.

Humidade relativa – é a relação entre a quantidade de vapor de água existente num

determinado volume de ar (humidade absoluta) e o valor máximo que esse volume pode

absorver antes de se dar a saturação ou condensação.

Iluminância - quociente da intensidade luminosa de uma superfície pela área aparente dessa

superfície

Lacuna - Falha na constituição física do papel

Laminado - Tendência para formar lâminas, isto é, folhas ou camadas lameliformes.

Manchas - Marcas na superfície do papel, que podem adquirir várias formas e tons e que

podem ter origem em vários factores.

Manutenção – actuações de rotina que previnem danos e/ou perdas

Ondulação - Tendência que o papel tem de deformar a superfície de modo sinuoso, com uma

série de saliências e depressões na superfície.

Prevenção – conjunto de atitudes, que actuam sobre as pessoas e bens, e que visam

prevenir o dano provocado por agentes diversos.

Rasgão - Fenda que foi provocada por força, separando duas ou mais partes do papel. Pode

ser provocada pelo enfraquecimento da superfície por um vinco, que foi depois forçado,

resultando num rasgo no papel.

Restauro – intervenção directa e facultativa sobre um objecto com o objectivo de facilitar a

sua leitura.

Retracção - Contracção do papel que resulta numa alteração da sua forma original (para

mais pequeno).

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.75 | 117

Riscado - ter riscos ou traços. O arrastamento de algum objecto sobre a superfície de do

papel pode resultar em riscos, na direcção na qual o objecto foi arrastado. Pode também

resultar em abrasões, se a força empregue for mais considerável. (v. Abrasão).

Sujidade - Existem muitos factores que contribuem para sujar o papel, nomeadamente:

excremento, restos de comida, tinta, poeiras diversas, etc.

Vinco - É uma marca ou aresta resultante de uma dobra (v. Dobras)

Page 77: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.76 | 117

ANEXOS

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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INVENTÁRIO DO ACERVO MUSEOLÓGICO

N.º de Inventário: MPL2206ED

Proprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto

Super-Categoria: Estampas e Desenhos

Categoria: Arquitectura

Tipologia: Quadros parietais

Título atribuído: Ordens arquitectónicas

Localização: Reserva

IDENTIFICAÇÃO

Título de autor Ordens arquitectónicas

Descrição

Quadro didáctico que representa capiteis, entablamentos e bases de colunas das

diferentes ordens arquitectónicas: toscana, dórica, jónica, coríntia e compósita. É

utilizada uma corda para pendurar o quadro. No canto superior esquerdo tem a

identificação do Ministério do Reino - Direcção Geral da Instrução Secundária,

superior e especial - e a data. No canto superior direito tem a inscrição "4ª classe".

Outros n.ºs de inventário

14,188 (Mapa de Cadastro dos Bens do Estado (Inst. Ind. Porto) de 1940)

HISTÓRIA

Autor Ministério do Reino - Direcção Geral da Instrução Secundária, Superior e Especial

Data de realização

1909

Finalidade

Quadro para estudo e desenho à vista

Percurso

Até 1933, estava Paço dos Estudos (Praça dos Leões). Em 1933, foi transferido para

o edifício da Rua do Breyner. Não se sabe nem onde nem em que condições estaria

armazenado. Em 1968, foram transferidos para as actuais instalações do Arquivo

Histórico do ISEP na Rua S. Tomé, situado na cave do edifício C, onde

permaneceram sem qualquer condição de acondicionamento ou armazenamento até

2004, ano em que oficialmente foi inventariado como parte do espólio documental da

instituição.

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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MARCAS E INSCRIÇÕES

Marcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

-----

-----

____

------

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Material Orgânico / Papel, madeira e corda

Técnicas

Impressão e colagem

Cores

preto, cinzento

Dimensões:

Tipo de medida Medida Unidade de medida

Largura 64 cm

Altura 45,5 cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado Especificações Data

Deficiente

Sujidade absorvida, manchas provocadas por humidade e cola,

foxing, oxidação, abrasão, bolhas de ar, danos na estrutura de

madeira

2005-01-18

INCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no museu: 2004

Modo de Incorporação: Transferência

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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BIBLIOGRAFIA

-----

OBSERVAÇÕES

------

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 18/01/2005

Actualizada por: Patrícia Geraldes

Data: 18/06/2007

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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FICHA DE INTERVENÇÃO

COLECÇÃO DE ESTAMPAS E DESENHOS

N.º 1/2005

Coordenadas

Data de inicio: 2005-01-18 Data de Conclusão:

Responsável pela intervenção: Patrícia Geraldes

Identificação

N.º de Inventário: MPL2206ED Localização: Reserva

Outras referências: E1, P2

Descrição

Designação: Ordens arquitectónicas Datação: 1909

Materiais: Orgânico

Descrição: Papel, madeira e corda

Dimensões antes: 45,5cm x 64cm Dimensões depois: 45,5cm x 64cm

Peso antes: Peso depois:

Estado antes da intervenção

Intervenções anteriores Sim X Não Ref:

Estado de conservação: Deficiente

Ilustração

Tipo: Fotografia

Antes

Depois

Page 82: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.81 | 117

Intervenção

Objectivos: Limpeza superficial e acondicionamento

Localização futura: Reserva

Intervenção Local Data

Limpeza com pó de borracha (Lineco)

Acondicionamento em papel livre de ácido

(Canson)

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

2005-01-18

2005-01-18

Caracterização do ambiente

Condições ideais

H.R.: 50%(+-5%) T ºC: 18º C Lux: dose anual ≤ 10000

lx.h / ano U.V.: < 75 µ/lumen

Condições actuais

H.R.: 70% T ºC: 20º C Lux: 330 033 lx.h/ano U.V.: 1 µ/lumen

Observações

Os armários onde se encontra esta colecção não são apropriados devido ao tamanho das prateleiras, o que poderá

provocar dobras.

Não é monitorizado.

Anexos Sim X Não

Descrição:

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.82 | 117

INVENTÁRIO DO ACERVO MUSEOLÓGICO

N.º de Inventário: MPL2318ED

Proprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto

Super-Categoria: Estampas e Desenhos

Categoria: Mecânica

Tipologia: Estampa

Título atribuído: Elementos ou orgãos de ligação: rebites

Localização: Reserva

IDENTIFICAÇÃO

Título de autor Ordens arquitectónicas

Descrição

Estampa desenhada em cartão que representa o traçado, cálculo de proporções e

materiais (através de cores) de uma junta sobreposta ordinária de cravação simples,

de rebites de cabeça tronco-cónica e contra-cabeça esférica e de um ligação em

esquadria de chapas em ferro através de uma junta feita com uma cantoneira.

Outros n.ºs de inventário

---------

HISTÓRIA

Autor José Miguel Abreu

Data de realização

1919-05-02

Finalidade

Estampa de apoio ao desenho de máquinas

Percurso

Até 1933, estava Paço dos Estudos (Praça dos Leões). Em 1933, foi transferido para

o edifício da Rua do Breyner. Não se sabe nem onde nem em que condições estaria

armazenado. Em 1968, foram transferidos para as actuais instalações do Arquivo

Histórico do ISEP na Rua S. Tomé, situado na cave do edificio C, onde

permaneceram sem qualquer condição de acondicionamento ou armazenamento até

2004, ano em que oficialmente foi inventariado como parte do espólio documental da

instituição.

Page 84: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.83 | 117

MARCAS E INSCRIÇÕES

Marcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Assinatura

Assinatura

Frente, canto inferior direito

JMA (ver imagem)

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Material Orgânico / Cartão

Técnicas

Traço de nanquim, aguarela e tintas

Cores

preto, azul e vermelho

Dimensões:

Tipo de medida Medida Unidade de medida

Largura 38,5 cm

Altura 48,5 cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado Especificações Data

Deficiente Sujidade absorvida, oxidação, marcas de humidade e de

acidificação pela luz, rasgões, formação de lâminas 2005-01-18

INCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no museu: 2004

Modo de Incorporação: Transferência

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.84 | 117

BIBLIOGRAFIA

----------

OBSERVAÇÕES

-------------

OUTRAS IMAGENS

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 18/01/2005

Actualizada por: Patrícia Geraldes

Data: 18/06/2007

Page 86: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.85 | 117

FICHA DE INTERVENÇÃO

COLECÇÃO DE ESTAMPAS E DESENHOS

N.º 2/2005

Coordenadas

Data de inicio: 2005-01-18 Data de Conclusão:

Responsável pela intervenção: Patrícia Geraldes

Identificação

N.º de Inventário: MPL2318ED Localização: Reserva

Outras referências: E1, P3

Descrição

Designação: Elementos ou orgãos de ligação: rebites Datação: 1919-05-02

Materiais: Orgânico

Descrição: Cartão

Dimensões antes: 48,5cm x 38,5cm Dimensões depois: 48,5cm x 38,5cm

Peso antes: Peso depois:

Estado antes da intervenção

Intervenções anteriores Sim X Não Ref:

Estado de conservação: Deficiente

Ilustração

Tipo: Fotografia

Antes

Depois

Page 87: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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Intervenção

Objectivos: Limpeza superficial e acondicionamento

Localização futura: Reserva

Intervenção Local Data

Limpeza com pó de borracha (Lineco)

Acondicionamento em papel livre de ácido

(Canson)

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

2005-01-18

2005-01-18

Caracterização do ambiente

Condições ideais

H.R.: 50%(+-5%) T ºC: 18º C Lux: dose anual ≤ 10000

lx.h / ano U.V.: < 75 µ/lumen

Condições actuais

H.R.: 70% T ºC: 20º C Lux: 330 033 lx.h/ano U.V.: 1 µ/lumen

Observações

Os armários onde se encontra esta colecção não são apropriados devido ao tamanho das prateleiras, o que poderá

provocar dobras.

Não é monitorizado

Anexos Sim X Não

Descrição:

Page 88: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.87 | 117

INVENTÁRIO DO ACERVO MUSEOLÓGICO

N.º de Inventário: MPL2419ED

Proprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto

Super-Categoria: Estampas e Desenhos

Categoria: Topografia

Tipologia: Estampa

Título atribuído: Planta topográfica e sinais convencionais

Localização: Reserva

IDENTIFICAÇÃO

Título de autor Modéles de topographie

Descrição

Estampa colada em cartão a cores com técnicas de desenho topográfico: planta e

sinais topográficos

Outros n.ºs de inventário

14,188 (Mapa de Cadastro dos Bens do Estado (Inst. Ind. Porto) de 1940)

HISTÓRIA

Autor A.M.Perrot

Data de realização

1840

Finalidade

Estampa para estudo e desenho à vista.

Percurso

Até 1933, estava Paço dos Estudos (Praça dos Leões). Em 1933, foi transferido para

o edifício da Rua do Breyner. Não se sabe nem onde nem em que condições estaria

armazenado. Em 1968, foram transferidos para as actuais instalações do Arquivo

Histórico do ISEP na Rua S. Tomé, situado na cave do edificio C, onde

permaneceram sem qualquer condição de acondicionamento ou armazenamento até

2004, ano em que oficialmente foi inventariado como parte do espólio documental da

instituição.

Page 89: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.88 | 117

MARCAS E INSCRIÇÕES

Marcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Carimbo

Carimbo

Frente, zona inferior ao centro

Instituto Industrial do Porto / Desenho / 2ª cadeira

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Material Orgânico / Papel e cartão

Técnicas

Impressão e colagem

Cores

preto, castanho, azul, verde, vermelho, amarelo, carmim e violeta

Dimensões:

Tipo de medida Medida Unidade de medida

Largura 36,5 cm

Altura 29 cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado Especificações Data

Regular Foxing, canais e abrasão. Estabilizado. 2005-02-28

INCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no museu: 2004

Modo de Incorporação: Transferência

BIBLIOGRAFIA

__________

Page 90: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.89 | 117

OBSERVAÇÕES

_________

OUTRAS IMAGENS

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 28/02/2005

Actualizada por: Patrícia Geraldes

Data: 18/06/2007

Page 91: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.90 | 117

FICHA DE INTERVENÇÃO

COLECÇÃO DE ESTAMPAS E DESENHOS

N.º 3/2005

Coordenadas

Data de inicio: 2005-02-28 Data de Conclusão:

Responsável pela intervenção: Patrícia Geraldes

Identificação

N.º de Inventário: MPL2419ED Localização: Reserva

Outras referências: E1, P4

Descrição

Designação: Planta topográfica e sinais convencionais Datação: 1840

Materiais: Orgânico

Descrição: Papel e cartão

Dimensões antes: 29cm x 36,5cm Dimensões depois: 29cm x 36,5cm

Peso antes: Peso depois:

Estado antes da intervenção

Intervenções anteriores Sim X Não Ref:

Estado de conservação: Regular

Ilustração

Tipo: Fotografia

Antes

Depois

Page 92: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.91 | 117

Intervenção

Objectivos: Limpeza superficial e acondicionamento

Localização futura: Reserva

Intervenção Local Data

Limpeza com pó de borracha (Lineco)

Colagem da estampa no cartão (Filmoplast P

Neschen)

Acondicionamento em papel livre de ácido

(Canson)

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

2005-02-28

2005-02-28

2005-02-28

Caracterização do ambiente

Condições ideais

H.R.: 50%(+-5%) T ºC: 18º C Dose anual de lux:

≤ 10000 lx.h / ano U.V.: < 75 µ/lumen

Condições actuais

H.R.: 70% T ºC: 20º C Dose anual de lux:

330033 lx.h/ano U.V.: 1 µ/lumen

Observações

Os armários onde se encontra esta colecção não são apropriados devido ao tamanho das prateleiras, o que poderá

provocar dobras.

Não é monitorizado.

Anexos Sim X Não

Descrição:

Page 93: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.92 | 117

INVENTÁRIO DO ACERVO MUSEOLÓGICO

N.º de Inventário: MPL2435ED

Proprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto

Super-Categoria: Estampas e Desenhos

Categoria: Topografia

Tipologia: Estampa

Título atribuído: Planta topográfica

Localização: Reserva

IDENTIFICAÇÃO

Título de autor Città marittima

Descrição

Estampa a preto e branco colada em cartão com técnicas de desenho topográfico.

Apresenta riscos a lápis no canto superior esquerdo.

Outros n.ºs de inventário

14,188 (Mapa de Cadastro dos Bens do Estado (Inst. Ind. Porto) de 1940)

HISTÓRIA

Autor Salussolia

Data de realização

Século XIX

Finalidade

Estampa para estudo e desenho à vista.

Percurso

Até 1933, estava Paço dos Estudos (Praça dos Leões). Em 1933, foi transferido para

o edifício da Rua do Breyner. Não se sabe nem onde nem em que condições estaria

armazenado. Em 1968, foram transferidos para as actuais instalações do Arquivo

Histórico do ISEP na Rua S. Tomé, situado na cave do edificio C, onde

permaneceram sem qualquer condição de acondicionamento ou armazenamento até

2004, ano em que oficialmente foi inventariado como parte do espólio documental da

instituição.

Page 94: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.93 | 117

MARCAS E INSCRIÇÕES

Marcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Carimbo

Carimbo

Frente, zona inferior ao centro

Instituto Industrial do Porto / Desenho / 2ª cadeira

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Material Orgânico / Papel e cartão

Técnicas

Litografia e colagem

Cores

preto, castanho, azul, verde, vermelho, amarelo, carmim e violeta

Dimensões:

Tipo de medida Medida Unidade de medida

Largura 36,5 cm

Altura 29 cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado Especificações Data

Deficiente Sujidade absorvida, marcas de humidade, de oxidação e de

fungos, cola, abrasão 2005-02-28

INCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no museu: 2004

Modo de Incorporação: Transferência

Page 95: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.94 | 117

BIBLIOGRAFIA

_______________

OBSERVAÇÕES

Outras informações:

Tav.IX.

E. Tirone ideó, G. Macari esegui

Ermanno Loescher: Torino.(Topografia)

OUTRAS IMAGENS

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 28/02/2005

Actualizada por: Patrícia Geraldes

Data: 18/06/2007

Page 96: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.95 | 117

FICHA DE INTERVENÇÃO

COLECÇÃO DE ESTAMPAS E DESENHOS

N.º 4/2005

Coordenadas

Data de inicio: 2005-02-28 Data de Conclusão:

Responsável pela intervenção: Patrícia Geraldes

Identificação

N.º de Inventário: MPL2435ED Localização: Reserva

Outras referências: E1, P4

Descrição

Designação: Planta topográfica Datação: Século XIX

Materiais: Orgânico

Descrição: Papel e cartão

Dimensões antes: 29cm x 36,5cm Dimensões depois: 29cm x 36,5cm

Peso antes: Peso depois:

Estado antes da intervenção

Intervenções anteriores Sim X Não Ref:

Estado de conservação: Deficiente

Ilustração

Tipo: Fotografia

Antes

Depois

Page 97: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.96 | 117

Intervenção

Objectivos: Limpeza superficial, reparação de rasgões e acondicionamento

Localização futura: Reserva

Intervenção Local Data

Limpeza com pó de borracha (Lineco)

Reparação de rasgões e colagem da

estampa no cartão (Filmoplast P Neschen)

Acondicionamento em papel livre de ácido

(Canson)

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

2005-02-28

2005-02-28

2005-02-28

Caracterização do ambiente

Condições ideais

H.R.: 50%(+-5%) T ºC: 18º C Dose anual de lux:

≤ 10000 lx.h / ano U.V.: < 75 µ/lumen

Condições actuais

H.R.: 70% T ºC: 20º C Dose anual de lux:

330033 lx.h/ano U.V.: 1 µ/lumen

Observações

Os armários onde se encontra esta colecção não são apropriados devido ao tamanho das prateleiras, o que poderá

provocar dobras.

Não é monitorizado

Anexos Sim X Não

Descrição:

Page 98: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.97 | 117

INVENTÁRIO DO ACERVO MUSEOLÓGICO

N.º de Inventário: MPL2455ED

Proprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto

Super-Categoria: Estampas e Desenhos

Categoria: Mecânica

Tipologia: Estampas

Título atribuído: Desenho à vista: orgãos de transmissão de força

e movimentos (gancho)

Localização: Reserva

IDENTIFICAÇÃO

Título de autor Études de dessin au lavis: Poulies _ Dessin d’une poule à chaine appartenant à une

nouvelle grue de déchargement établie sur le port St. Nicolas à Paris.

Descrição

Estampa colada em cartão que representa vistas, traçado geométrico de uma roda

com corrente para gancho. Colorida conforme materiais do objecto. Legendada em

francês.

Outros n.ºs de inventário

-----------------

HISTÓRIA

Autor Stanislas Petit

Data de realização

Século XIX

Finalidade

Estampa para estudo e desenho à vista.

Percurso

Estampa nº22 do conjunto “Mécanique – nº20” pertencente à colecção “Le Praticien

Industriel” pertencentes à Sala n.º 11 (Desenho de Máquinas) do Instituto Industrial e

Comercial do Porto. Até 1933, estava Paço dos Estudos (Praça dos Leões).

Em 1933, foi transferido para o edifício da Rua do Breyner. Não se sabe nem

onde nem em que condições estaria armazenado. Em 1968, foram

transferidos para as actuais instalações do Arquivo Histórico do ISEP na Rua

S. Tomé, situado na cave do edificio C, onde permaneceram sem qualquer

Page 99: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.98 | 117

condição de acondicionamento ou armazenamento até 2004, ano em que

oficialmente foi inventariado como parte do espólio documental da instituição.

MARCAS E INSCRIÇÕES

Marcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

-----

-----

____

------

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Material Orgânico / Papel e cartão

Técnicas

Impressão e colagem

Cores

preto, cinzento, azul e verde

Dimensões:

Tipo de medida Medida Unidade de medida

Largura 34 cm

Altura 51 cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado Especificações Data

Deficiente Sujidade absorvida, humidade, oxidação, foxing, rasgões,

desvios de tom, laminação 2005-01-18

Page 100: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.99 | 117

INCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no museu: 2004

Modo de Incorporação: Recolha directa

BIBLIOGRAFIA

____________

OBSERVAÇÕES

Surge referenciada no Inventário de Desenho de 1921 para o Assistente Amandio Pinto como estando

localizada na estante D, pasta F, nº 350-350c, mas não lhe foi atribuído qualquer número de inventário.

A colecção surge no Mapa de Cadastro dos Bens do Estado (Inst. Ind. Porto) de 1938.

Impressa por Monrocq Fréres (Paris).

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 18/01/2005

Actualizada por: Patrícia Geraldes

Data: 18/06/2007

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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FICHA DE INTERVENÇÃO

COLECÇÃO DE ESTAMPAS E DESENHOS

N.º 5/2005

Coordenadas

Data de inicio: 2005-02-28 Data de Conclusão:

Responsável pela intervenção: Patrícia Geraldes

Identificação

N.º de Inventário: MPL2455ED Localização: Reserva

Outras referências: E1, P4

Descrição

Designação: Desenho à vista: orgãos de transmissão de

força e movimentos (gancho) Datação: Século XIX

Materiais: Orgânico

Descrição: Papel e cartão

Dimensões antes: 52cm x 34cm Dimensões depois: 52cm x 34cm

Peso antes: Peso depois:

Estado antes da intervenção

Intervenções anteriores Sim X Não Ref:

Estado de conservação: Deficiente

Ilustração

Tipo: Fotografia

Antes

Depois

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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Intervenção

Objectivos: Limpeza superficial e acondicionamento

Localização futura: Reserva

Intervenção Local Data

Limpeza com pó de borracha (Lineco)

Acondicionamento em papel livre de ácido

(Canson)

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

2005-02-28

2005-02-28

Caracterização do ambiente

Condições ideais

H.R.: 50%(+-5%) T ºC: 18º C Dose anual de lux:

≤ 10000 lx.h / ano U.V.: < 75 µ/lumen

Condições actuais

H.R.: 70% T ºC: 20º C Dose anual de lux:

330033 lx.h/ano U.V.: 1 µ/lumen

Observações

Os armários onde se encontra esta colecção não são apropriados devido ao tamanho das prateleiras, o que poderá

provocar dobras.

Não é monitorizado.

Anexos Sim X Não

Descrição:

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INVENTÁRIO DO ACERVO MUSEOLÓGICO

N.º de Inventário: MPL2585ED

Proprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto

Super-Categoria: Estampas e Desenhos

Categoria: Topografia

Tipologia: Estampa

Título atribuído: Planta topográfica (Jardim Botânico de Paris)

Localização: Reserva

IDENTIFICAÇÃO

Título de autor Carte minute: levée au Jardin des Plantes de Paris (Labyrinthe)

Descrição

Levantamento topográfico da planta topográfica de uma parte do Jardim Botânico de

Paris e notas do autor

Outros n.ºs de inventário

HISTÓRIA

Autor Charles Muret

Data de realização

Desconhecido. Data de aquisição: 1887-88

Finalidade

Estampa para estudo e desenho à vista.

Percurso

Até 1933, estava Paço dos Estudos (Praça dos Leões). Em 1933, foi transferido para

o edifício da Rua do Breyner. Não se sabe nem onde nem em que condições estaria

armazenado. Em 1968, foram transferidos para as actuais instalações do Arquivo

Histórico do ISEP na Rua S. Tomé, situado na cave do edificio C, onde

permaneceram sem qualquer condição de acondicionamento ou armazenamento até

2004, ano em que oficialmente foi inventariado como parte do espólio documental da

instituição.

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MARCAS E INSCRIÇÕES

Marcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

------

------

------

------

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Material Orgânico / Papel e tela

Técnicas

Litografia e colagem

Cores

preto, verde, azul, cinzento e carmim

Dimensões:

Tipo de medida Medida Unidade de medida

Largura 70 cm

Altura 56 cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado Especificações Data

Deficiente Sujidade absorvida, rasgões, papel vincado, oxidação,

manchas de humidade, bolhas de ar 2005-02-28

INCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no museu: 2004

Modo de Incorporação: Transferência

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BIBLIOGRAFIA

______________

OBSERVAÇÕES

Outras informações:

Folha 2

Imp. V. JANSON, Rue Antoine Dubois, n.º6 - Paris.(Topografia)

Este documento vem referido na "Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos

d'este Instituto no anno economico de 1887-1888" para a 19ª Cadeira (Desenho architectonico e

topographico, córtes e plantas de minas)

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 28/02/2005

Actualizada por: Patrícia Geraldes

Data: 18/06/2007

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FICHA DE INTERVENÇÃO

COLECÇÃO DE ESTAMPAS E DESENHOS

N.º 6/2005

Coordenadas

Data de inicio: 2005-02-28 Data de Conclusão:

Responsável pela intervenção: Patrícia Geraldes

Identificação

N.º de Inventário: MPL2585ED Localização: Reserva

Outras referências: E1, P5

Descrição

Designação: Planta topográfica (Jardim Botânico de

Paris) Datação: Finais do Século XIX

Materiais: Orgânico

Descrição: Papel e tecido de tela

Dimensões antes: 56cm x 70cm Dimensões depois: 56cm x 70cm

Peso antes: Peso depois:

Estado antes da intervenção

Intervenções anteriores Sim X Não Ref:

Estado de conservação: Deficiente

Ilustração

Tipo: Fotografia

Antes

Depois

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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Intervenção

Objectivos: Limpeza superficial e acondicionamento

Localização futura: Reserva

Intervenção Local Data

Limpeza com pó de borracha (Lineco)

Acondicionamento em papel livre de ácido

(Canson)

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

2005-02-28

2005-02-28

Caracterização do ambiente

Condições ideais

H.R.: 50%(+-5%) T ºC: 18º C Dose anual de lux:

≤ 10000 lx.h / ano U.V.: < 75 µ/lumen

Condições actuais

H.R.: 70% T ºC: 20º C Dose anual de lux:

330033 lx.h/ano U.V.: 1 µ/lumen

Observações

Os armários onde se encontra esta colecção não são apropriados devido ao tamanho das prateleiras, o que poderá

provocar dobras.

Não é monitorizado

Anexos Sim X Não

Descrição:

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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INVENTÁRIO DO ACERVO MUSEOLÓGICO

N.º de Inventário: MPL3083ED

Proprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto

Super-Categoria: Estampas e Desenhos

Categoria: Arquitectura

Tipologia: Trabalhos Curriculares

Título atribuído: Edifício (Alçados)

Localização: Reserva

IDENTIFICAÇÃO

Título de autor Alçados

Descrição

Desenho dos quatro alçados de um edificio indeterminado com 3 pisos e escadarias

exteriores. O desenho dá ênfase aos diferentes tipos de ornamentos utilizados na

decoração doS vãos e gradeamentos em ferro das janelas, portas e escadas.

Moldura desenhada nos limites da folha. Título desenhado com caligrafia de altura

máxima pré-definida de 1 cm e com tipo de letra desconhecido.

Outros n.ºs de inventário

-----

HISTÓRIA

Autor Filippe Corrêa de Mesquita Borges Junior

Data de realização

Primeiro metade do século XX

Finalidade

Trabalho de avaliação curricular

Percurso

Trabalho curricular realizado para a 22ª Cadeira, orientada pelo professor José Miguel

de Abreu. Até 1933, estava armazenado no gabinete do professor no Paço dos

Estudos (Praça dos Leões). Em 1933, foi transferido para o edifício da Rua do

Breyner. Não se sabe nem onde nem em que condições estaria armazenado. Em

1968, foram transferidos para as actuais instalações do Arquivo Histórico do ISEP na

Rua S. Tomé, situado na cave do edificio C, onde permaneceram sem qualquer

condição de acondicionamento ou armazenamento até 2004, ano em que oficialmente

foi inventariado como parte do espólio documental da instituição.

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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MARCAS E INSCRIÇÕES

Marcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Carimbo

Carimbado e escrito

Frente, canto inferior direito

INSTITUTO INDUSTRIAL E COMMERCIAL DO PORTO / 22ª

Cadeira, __ parte, secção __ / 19__ a 19__ / __ de _________ de 19 Nº

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Assinatura

Escrito

Frente, canto inferior direito

Filippe Corrêa de Mesquita Borges Junior

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Material Orgânico / Papel

Técnicas

Traço de nanquim e tinta permanente

Cores

preto e azul

Dimensões:

Tipo de medida Medida Unidade de medida

Largura 45 cm

Altura 58 cm

ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado Especificações Data

Deficiente Sujidade absorvida , oxidação, foxing, manchas de

humidade, ondulação e rasgões 2005-01-18

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INCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no museu: 2004

Modo de Incorporação: Recolha directa

BIBLIOGRAFIA

____________

OBSERVAÇÕES

____________

OUTRAS IMAGENS

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 09/12/2004

Actualizada por: Patrícia Geraldes

Data: 18/06/2007

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FICHA DE INTERVENÇÃO

COLECÇÃO DE ESTAMPAS E DESENHOS

N.º 7/2005

Coordenadas

Data de inicio: 2005-03-07 Data de Conclusão:

Responsável pela intervenção: Patrícia Geraldes

Identificação

N.º de Inventário: MPL3083ED Localização: Reserva

Outras referências: E3, P1

Descrição

Designação Edificio (Alçados) Datação: Primeiro metade do século XX

Materiais: Orgânico

Descrição: Papel e tecido de tela

Dimensões antes: 58cm x 45cm Dimensões depois: 58cm x 45cm

Peso antes: Peso depois:

Estado antes da intervenção

Intervenções anteriores Sim X Não Ref:

Estado de conservação: Deficiente

Ilustração

Tipo: Fotografia

Antes

Depois

Page 112: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

Pág.111 | 117

Intervenção

Objectivos: Limpeza superficial e acondicionamento

Localização futura: Reserva

Intervenção Local Data

Limpeza com pó de borracha (Lineco)

Acondicionamento em papel livre de ácido

(Canson)

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

2005-03-07

2005-03-07

Caracterização do ambiente

Condições ideais

H.R.: 50%(+-5%) T ºC: 18º C Dose anual de lux:

≤ 10000 lx.h / ano U.V.: < 75 µ/lumen

Condições actuais

H.R.: 70% T ºC: 20º C Dose anual de lux:

330033 lx.h/ano U.V.: 1 µ/lumen

Observações

Os armários onde se encontra esta colecção não são apropriados devido ao tamanho das prateleiras, o que poderá

provocar dobras.

Não é monitorizado

Anexos Sim X Não

Descrição:

Page 113: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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INVENTÁRIO DO ACERVO MUSEOLÓGICO

N.º de Inventário: MPL3836ED

Proprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto

Super-Categoria: Estampas e Desenhos

Categoria: Minas e metalurgia

Tipologia: Trabalhos Curriculares

Título atribuído: Revestimento de poço de mina

Localização: Reserva

IDENTIFICAÇÃO

Título de autor Boisage des mines

Descrição Revestimento do poço de mina: traçado, proporções e aplicação de cores consoante

materiais. O revestimento servia para manter as escavações, ao restabelecer o

equilíbrio das forças de pressão, durante o tempo que estivessem a ser utilizadas e

proteger as pessoas contra desabamentos. Moldura desenhada nos limites da folha.

Título desenhado com caligrafia de altura máxima pré-definida de 1 cm e com tipo de

letra desconhecido.

Outros n.ºs de inventário -----

HISTÓRIA

Autor Filippe Borges Junior

Data de realização 15/Junho/1917

Finalidade Trabalho de avaliação curricular

Percurso Trabalho curricular realizado em 1917 para a 22ª Cadeira, 3ª Parte, Secção b,

pertencente aos cursos de minas, de construcções civis e obras publicas ou ao curso

superior industrial orientada pelo professor José Miguel de Abreu. Até 1933, estava

armazenado no gabinete do professor no Paço dos Estudos (Praça dos Leões). Em

1933, foi transferido para o edifício da Rua do Breyner. Não se sabe nem onde nem

em que condições estaria armazenado. Em 1968, foram transferidos para as actuais

instalações do Arquivo Histórico do ISEP na Rua S. Tomé, situado na cave do edificio

C, onde permaneceram sem qualquer condição de acondicionamento ou

armazenamento até 2004, ano em que oficialmente foi inventariado como parte do

espólio documental da instituição.

Page 114: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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MARCAS E INSCRIÇÕES

Marcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Carimbo

Carimbado e escrito

Frente, canto inferior direito

INSTITUTO INDUSTRIAL E COMMERCIAL DO PORTO / 22ª

Cadeira, 3ª parte, secção b / 1916 a 1917 / 15 de Maio de 1917 Nº

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Assinatura

Escrito

Frente, canto inferior direito

Filippe Borges Junior

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Marca d’água

Marca d’água

Verso, canto inferior esquerdo

[...]TMAN 1918 ENGLAND

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Material Orgânico / Papel

Técnicas Aguarela e traço de nanquim

Cores Castanho, castanho claro, azul e preto

Dimensões:

Tipo de medida Medida Unidade de medida

Largura 32,5 cm

Altura 43,5 cm

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ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Estado Especificações Data

Bom ondulação 2005-01-18

INCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no museu: 2004

Modo de Incorporação: Recolha directa

BIBLIOGRAFIA

____________

OBSERVAÇÕES

____________

OUTRAS IMAGENS

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 09/12/2004

Actualizada por: Patrícia Geraldes

Data: 18/06/2007

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FICHA DE INTERVENÇÃO

COLECÇÃO DE ESTAMPAS E DESENHOS

N.º 8/2005

Coordenadas

Data de inicio: 2005-03-07 Data de Conclusão:

Responsável pela intervenção: Patrícia Geraldes

Identificação

N.º de Inventário: MPL3836ED Localização: Reserva

Outras referências: E4, P3

Descrição

Designação Revestimento de poço de mina Datação: Primeiro metade do século XX

Materiais: Orgânico

Descrição: Papel

Dimensões antes: 43,5cm x 32,5cm Dimensões depois: 43,5cm x 32,5cm

Peso antes: Peso depois:

Estado antes da intervenção

Intervenções anteriores Sim X Não Ref:

Estado de conservação: Bom

Ilustração

Tipo: Fotografia

Antes

Depois

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A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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Intervenção

Objectivos: Limpeza superficial e acondicionamento

Localização futura: Reserva

Intervenção Local Data

Limpeza com pó de borracha (Lineco)

Acondicionamento em papel livre de ácido

(Canson)

Museu Parada Leitão

Museu Parada Leitão

2005-03-07

2005-03-07

Caracterização do ambiente

Condições ideais

H.R.: 50%(+-5%) T ºC: 18º C Dose anual de lux:

≤ 10000 lx.h / ano U.V.: < 75 µ/lumen

Condições actuais

H.R.: 70% T ºC: 20º C Dose anual de lux:

330033 lx.h/ano U.V.: 1 µ/lumen

Observações

Os armários onde se encontra esta colecção não são apropriados devido ao tamanho das prateleiras, o que poderá

provocar dobras.

Não é monitorizado

Anexos Sim X Não

Descrição:

Page 118: GERALDES, P. (2007) Plano de Manutenção Preventiva da colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão

A colecção de Estampas e Desenhos do Museu Parada Leitão: Plano de Manutenção Preventiva

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BIBLIOGRAFIA

BACHMANN, Konstanze (ed) (1992): Conservation Concerns: A Guide for Collectors &

Curators. Washington: Smithsonian Institute.

CASSAR, May (1995): Environmental Management – Guidelines for museums and galleries.

Londres: Routledge

CLAP, Anne F. (1987): Curatorial care of works of arts on paper. New York: Lyons & Burford,

Publishers

COSTA, A. Silva (1993): Projecto de execução de estruturas - Edifício C do Instituto Superior de

Engenharia do Porto.

CCDRN – Universidade de Aveiro (2004): Relatório Estado da Qualidade do Ar na Região

Norte.

Acessível na Internet em http://212.55.137.35/dra-n/downloads/bodyrelatorios.html

DARDES, Kathleen et als (1999): The conservation assessment: a proposed model for

evaluating museum environmental management needs.

Acessível na Internet em

http://www.getty.edu/conservation/publications/pdf_publications/reports.html

National Park Service (várias datas): Conserve O Gram series. Washington, D.C.: National

Park Service

Acessível na Internet em

http://www.cr.nps.gov/museum/publications/conservogram/cons_toc.html

OUTRAS FONTES

Canadian Conservation Institute – http://www.cci-icc.gc.ca

Estação Meteorológica da FEUP - http://paginas.fe.up.pt/~em01024/Estacao.htm

Instituto de Meteorologia de Portugal - http://www.meteo.pt/pt/clima/info_clima/clim_informac.jsp

The Getty Conservation Institute - http://www.getty.edu/conservation/institute