GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

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UNIVERSIDADE DO PORTO UNIVERSIDADE DO PORTO UNIVERSIDADE DO PORTO UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE LETRAS FACULDADE DE LETRAS FACULDADE DE LETRAS FACULDADE DE LETRAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIO SECÇÃO DE MUSEOLOGIA SECÇÃO DE MUSEOLOGIA SECÇÃO DE MUSEOLOGIA SECÇÃO DE MUSEOLOGIA O núcleo de metalurgia O núcleo de metalurgia O núcleo de metalurgia O núcleo de metalurgia do Museu Parada Leitão do Museu Parada Leitão do Museu Parada Leitão do Museu Parada Leitão Reflexo Reflexo Reflexo Reflexo do ensino industrial e da metalurgia no século XIX do ensino industrial e da metalurgia no século XIX do ensino industrial e da metalurgia no século XIX do ensino industrial e da metalurgia no século XIX Estudo realizado por Patrícia Isabel da Silva Monteiro Geralde Patrícia Isabel da Silva Monteiro Geralde Patrícia Isabel da Silva Monteiro Geralde Patrícia Isabel da Silva Monteiro Geraldes No âmbito da área cientifica de Gestão de Colecções Gestão de Colecções Gestão de Colecções Gestão de Colecções Orientado pela Doutora Alice Semedo Doutora Alice Semedo Doutora Alice Semedo Doutora Alice Semedo PORTO PORTO PORTO PORTO 2007 2007 2007 2007

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O presente relatório foi realizado no âmbito do Curso de Estudos Pós-Graduados em Museologia, organizado e leccionado pelo Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e foi orientado pela Doutora Alice Semedo responsável pela área cientifica de Gestão de Colecções.O principal objectivo do trabalho proposto consiste na realização de um estudo de uma colecção. Como pressupostos o estudo deveria ser inédito, original e contribuir para a interpretação e esclarecimento da colecção escolhida, promovendo desse modo uma divulgação, exposição e fruição mais coerentes, assertivas e enriquecedoras.

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UNIVERSIDADE DO PORTOUNIVERSIDADE DO PORTOUNIVERSIDADE DO PORTOUNIVERSIDADE DO PORTO

FACULDADE DE LETRASFACULDADE DE LETRASFACULDADE DE LETRASFACULDADE DE LETRAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIODEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIODEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIODEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DE PATRIMÓNIO SECÇÃO DE MUSEOLOGIASECÇÃO DE MUSEOLOGIASECÇÃO DE MUSEOLOGIASECÇÃO DE MUSEOLOGIA

O núcleo de metalurgiaO núcleo de metalurgiaO núcleo de metalurgiaO núcleo de metalurgia do Museu Parada Leitão do Museu Parada Leitão do Museu Parada Leitão do Museu Parada Leitão ReflexoReflexoReflexoReflexo do ensino industrial e da metalurgia no século XIX do ensino industrial e da metalurgia no século XIX do ensino industrial e da metalurgia no século XIX do ensino industrial e da metalurgia no século XIX

Estudo realizado por Patrícia Isabel da Silva Monteiro GeraldePatrícia Isabel da Silva Monteiro GeraldePatrícia Isabel da Silva Monteiro GeraldePatrícia Isabel da Silva Monteiro Geraldes

No âmbito da área cientifica de Gestão de ColecçõesGestão de ColecçõesGestão de ColecçõesGestão de Colecções

Orientado pela Doutora Alice SemedoDoutora Alice SemedoDoutora Alice SemedoDoutora Alice Semedo

PORTOPORTOPORTOPORTO 2007200720072007

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I

Ao Luciano, pelo tempo que não tive para ele.

Aos colegas de trabalho, pela cooperação e incentivo constante.

Ao Dr. Norman Pohl e ao Dr. Jörg Zaun, incansáveis auxílios no outro lado da Europa, que fizeram dos seus os meus olhos.

À Doutora Alice Semedo, pela orientação.

A todos os meus mais sinceros agradecimentos.

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II

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

Pág. Abreviaturas................................................................................................................................................ III Lista de Quadros.........................................................................................................................................IV Lista de Figuras ...........................................................................................................................................V IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução.................................................................................................................................................... 1 Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo IIII: : : : A colecção: contextos de produção, aquisição e utilizaçãoA colecção: contextos de produção, aquisição e utilizaçãoA colecção: contextos de produção, aquisição e utilizaçãoA colecção: contextos de produção, aquisição e utilização ........................................................ 7

1.1. As políticas do ensino industrial em Portugal no século XIX e o seu reflexo no Porto ...................... 7 1.1.1. O primeiro sistema público de ensino industrial .......................................................................... 7 1.1.2. As primeiras reformas do ensino público industrial ..................................................................... 8

1.1.3. A componente comercial do ensino industrial ............................................................................. 9 1.1.4. O instituto Industrial do Porto: oito décadas de espaços físicos emprestados ........................10

1.2. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto: conteúdos programáticos e gabinetes ..................................................................................................................... 11 1.3. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto: fornecedores de material didáctico ................................................................................................................................... 14

CapítuloCapítuloCapítuloCapítulo II: II: II: II: Enquadramento cientifico Enquadramento cientifico Enquadramento cientifico Enquadramento cientifico da colecção: a arte das minas e metalurgiada colecção: a arte das minas e metalurgiada colecção: a arte das minas e metalurgiada colecção: a arte das minas e metalurgia ................................... 17 2.1. Breve história da metalurgia e da sua aplicabilidade ...................................................................... 17 2.2. A situação da indústria mineira e metalúrgica portuguesa no século XIX ....................................... 20 2.3. O percurso do minério no século XIX: da exploração à preparação mecânica ............................... 22 2.4. A extracção do metal no século XIX................................................................................................ 24

2.4.1. A produção de ferro coado ........................................................................................................ 25

2.4.2. A produção de ferro macio ........................................................................................................ 27 2.4.3. A produção de aço..................................................................................................................... 28 2.4.4. A produção de zinco.................................................................................................................. 30 2.4.5. A produção de mercúrio ............................................................................................................ 31 2.4.6. A produção de prata .................................................................................................................. 33 2.4.7. Outros fornos............................................................................................................................. 34

ConclusãoConclusãoConclusãoConclusão .................................................................................................................................................. 36 GlossárioGlossárioGlossárioGlossário.................................................................................................................................................... 40 AnexosAnexosAnexosAnexos....................................................................................................................................................... 44

Anexo 1 - Requisição de material para o Gabinete de Arte de Minas e Metalurgia (1886) ................... 45 Anexo 2 - Documento de aquisição: Requisição de material para o Instituto (1886) ............................ 48 Anexo 3 - Material adquirido para o Gabinete de Arte de Minas e Metalurgia (1887-88)...................... 52 Anexo 4 - Programa da 12ª cadeira (Ano lectivo 1920-21) ................................................................... 54 Anexo 5 - Programa para a 12ª cadeira (1927)..................................................................................... 61 Anexo 6 - Carta do director do Instituto para a Repartição do Comércio e Industria a requisitar fundos para proceder ao pagamento da encomenda feita a Theodor Gersdorf .....................................67 Anexo 7 - Carta de Theodor Gersdorf ....................................................................................................69 Anexo 8 - Despacho Alfandegário da encomenda .................................................................................71 Anexo 9 - Inventário Geral do Instituto (1938)........................................................................................73

Anexo 10 - Normas para o preenchimento das fichas de inventário do núcleo de metalurgia ...............76 Anexo 11 - Fichas de inventário do núcleo de metalurgia......................................................................87

BibliografiaBibliografiaBibliografiaBibliografia .............................................................................................................................................. 151

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III

ABREVIATURASABREVIATURASABREVIATURASABREVIATURAS

ICOM – International Council of Museums ISEP – Instituto Superior de Engenharia do Porto MDA – Museum Documentation Association MPL – Museu Parada Leitão

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IV

LISTA DE QUADROSLISTA DE QUADROSLISTA DE QUADROSLISTA DE QUADROS

Pág. Quadro 1 – Aplicabilidade do modelo adoptado ao estudo da colecção de metalurgia ............. 5 Quadro 2 – Aplicabilidade Quantidade de aparelhos e máquinas de extracção de metais

existentes em Portugal em 1890 ............................................................................. 22

Quadro 3 – Quadro síntese de outras tipologias de fornos ........................................................ 35

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V

LISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURASLISTA DE FIGURAS

Pág. Figura 1 – Na sessão de homenagem ao Prof. João Augusto Ribeiro./ 15 Fev.º 1929 (título de autor) . 14 Figura 2 – Pormenor de um modelo de aparelhagem de poço de mina.................................... 23 Figura 3 – Modelo de revestimento de poço de mina ................................................................ 23

Figura 4 – Modelo de bocardo metálico californiano ................................................................. 24 Figura 5 – Modelo de ventilador ................................................................................................. 24 Figura 6 – Modelo de cilindro de lavagem de minérios.............................................................. 24 Figura 7 – Modelo de crivo vibratório ......................................................................................... 24 Figura 8 – Reconstituição gráfica de um alto-forno simples ...................................................... 25 Figura 9 – Reconstituição gráfica de um alto-forno Pilz de Freiberg ......................................... 25 Figura 10 – Modelo de alto-forno simples existente no MPL (MPL586OBJ) ............................. 26 Figura 11 – Modelo de alto-forno Pilz existente no MPL (MPL465OBJ).................................... 26 Figura 12 – Modelo de alto-forno com captação de gases existente no MPL (MPL571OBJ) ... 27 Figura 13 – Reconstituição gráfica de um forno de pudlar ........................................................ 28 Figura 14 – Modelo de forno de pudlar existente no MPL (MPL573OBJ) ................................. 28

Figura 15 – Reconstituição gráfica de um forno de pudlar com laboratório móvel.................... 28 Figura 16 – Modelo de forno de pudlar com laboratório móvel existente no MPL

(MPL577OBJ) ......................................................................................................... 28 Figura 17 – Reconstituição gráfica de um forno Martin-Siemens .............................................. 29 Figura 18 – Modelo de forno Martin-Siemens existente no MPL (MPL569OBJ) ....................... 29 Figura 19 – Reconstituição gráfica de um conversor Bessemer................................................ 30 Figura 20 – Modelo de Conversor Bessemer existente no MPL (MPL457OBJ)........................ 30 Figura 21 – Modelo de Conversor Bessemer existente no MPL (MPL457OBJ)........................ 30 Figura 22 – Reconstituição gráfica de um forno belga para zinco ............................................ 31 Figura 23 – Reconstituição gráfica dos tubos refractários de um forno belga para zinco ......... 31 Figura 24 – Modelo de forno belga para zinco existente no MPL (MPL579OBJ)...................... 31 Figura 25 – Modelo de forno belga para zinco existente no MPL (MPL579OBJ): pormenor dos

tubos refractários ....................................................................................................... 31 Figura 26 – Reconstituição gráfica de um forno de cuba para mercúrio ................................... 32 Figura 27 – Modelo de forno de cuba para mercúrio existente no MPL (MPL567OBJ) ............ 32 Figura 28 – Modelo de forno de mercúrio com aparelhos de refrigeração existente no MPL

(MPL570OBJ) ............................................................................................................ 33

Figura 29 – Reconstituição gráfica de um forno de copelação alemão ..................................... 34 Figura 30 – Modelo de forno de copelação alemão existente no MPL (MPL568OBJ) .............. 34 Figura 31 – Reconstituição gráfica de um forno de copelação inglês ....................................... 34 Figura 32 – Modelo de forno de copelação inglês existente no MPL (MPL575OBJ) ................ 34

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Mesmo quando devamos assumir que estes [os objectos museológicos] são como que materializações das teorias que os

produziram. Bem como do conhecimento técnico e tecnológico que os permitem em qualquer momento. Não há, contudo, simetria que

permita conhecer a teoria a partir dos artefactos. Exige-se o conhecimento da teoria para explicar o artefacto que o produz.

Pedro Borges de Araújo (1111)

O presente relatório foi realizado no âmbito do Curso de Estudos Pós-Graduados em

Museologia, organizado e leccionado pelo Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e foi orientado pela Doutora Alice Semedo responsável pela área cientifica de Gestão de Colecções.

O principal objectivo do trabalho proposto consiste na realização de um estudo de uma colecção. Como pressupostos o estudo deveria ser inédito, original e contribuir para a interpretação e esclarecimento da colecção escolhida, promovendo desse modo uma divulgação, exposição e fruição mais coerentes, assertivas e enriquecedoras.

Por questões pessoais e profissionais, a escolha recaiu obrigatoriamente numa das colecções existentes no MPL, local onde desempenho funções de Técnica Superior e onde se têm vindo a desenvolver estudos semelhantes.

O Museu tem como missão reunir espólio para fins de estudo, investigação e divulgação da história do ensino técnico e da tecnologia, das engenharias, da indústria e outras temáticas com estas relacionadas. Assim sendo pretende:

• Coleccionar, conservar, comunicar e expor uma colecção; • Ter um papel activo na vida cultural portuense, integrando o espaço no circuito turístico da

cidade; • Promover a ciência e o património museológico do ISEP junto da comunidade através de

uma política de excelência de acolhimento e de programação; • Ensinar a importância das antigas descobertas no mundo civilizado de hoje; • Divulgar o estudo das ciências da engenharia, mostrando como se fez ontem, o que se faz

hoje e projectando, sempre que possível, o futuro; • Promover parcerias com diversos sectores da sociedade e estabelecer intercâmbios com

outros museus, trocando experiências e informações sobre as matérias abrangidas pela nossa colecção;

1 in SILVA, Armando Coelho Ferreira da e SEMEDO, Alice (coordenação) - Colecções de ciências físicas e tecnológicas em museus universitários:

Homenagem a Fernando Bragança Gil. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto – Secção de Museologia do Departamento de

Ciências e Técnicas do Património, 2005. pág.249

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• Promover exposições temporárias e conferências a fim de divulgar a ciência, enquanto meio de desenvolvimento cultural e científico da sociedade;

• Incentivar e promover pesquisas e estudos em algumas áreas científicas. A escolha da colecção de modelos didácticos de fornos pareceu-me a mais lógica por ter

encetado, pouco tempo antes desta proposta de trabalho académico, diligências para iniciar o estudo da colecção de minas e metalurgia do museu. Visto que o núcleo de minas estava já em fase final de estudo e que, na sua totalidade, a colecção era algo numerosa, optei por seleccionar apenas o núcleo de metalurgia. Esta colecção é constituída por 13 modelos à escala de fornos provenientes da Alemanha, datados do final do século XIX e incorporados no MPL em 1998.

Desde o início um pressuposto condicionaria a evolução deste estudo: sabia que era uma colecção de natureza sistemática, organizada com o objectivo de ensinar e ilustrar as inovações técnicas e tecnológicas da metalurgia no século XIX.

Ao estudarmos uma colecção estamos, acima de tudo, a investigar os conceitos e valores que lhe estão subjacentes, a sua natureza, o seu papel e o seu significado ao longo dos

tempos. Esses estudos permitem contribuir, de uma forma simples, organizada e fundamentada, para a história das colecções e do acto de coleccionar, para um maior entendimento das razões que levam as pessoas a coleccionar e para serem adoptadas politicas de gestão adequadas a essas colecções.

Ao longo dos tempos, muitos têm sido os que se dedicam a delinear modelos que consideram ser os mais apropriados para o estudo de colecções. Apesar de muitos pontos em comum, verifica-se que uns são mais ajustados a um tipo de colecções que outros, não sendo passíveis de se enquadrar em todas as colecções. Consideremos alguns deles.

O modelo de PrownPrownPrownPrown (1982) parte da análise formal e descritiva do objecto. Esta descrição deve partir do geral para o particular, utilizando uma terminologia apropriada mas compreensível para todos os que possam ter acesso a esta informação, deve ficar registada e apoiada por documentação gráfica ou outra considerada relevante. A descrição deve ser ajustada ao que se vê no momento da análise e não ao que deveria ter sido o objecto, ou seja, deve ser crua, desprovida de qualquer influência ou conhecimentos pré-adquiridos. A segunda fase deste modelo é a dedução, que já engloba não só o conhecimento do objecto que se adquiriu numa primeira fase, mas também toda a experiência e conhecimentos anteriores de quem está a realizar o estudo. A dedução terá que partir da experimentação do objecto em

todas as suas dimensões: sensorial, intelectual e dedutiva. Depois da interpretação da interacção entre o objecto e o sujeito, o estudo passa para a última fase: a especulação. É tempo de formular hipóteses e teorias e desenvolver um plano de pesquisa para as validar ou não. Este modelo não poderá de todo ser aplicado a todo o tipo de colecções, sendo mais apropriado a estudos de colecções da história de arte ou da arqueologia. No entanto, incluindo nesses casos, apresenta algumas fragilidades, pois lida com deduções. Tanto a produção artística como a dedução têm carga subjectiva… logo podem surgir diferenças entre quem fez e quem olha.

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O modelo de Elliot Elliot Elliot Elliot (1986) propõe também que, pondo de lado todos os conhecimentos pré-adquiridos, se faça um estudo partindo do objecto em si mesmo. Em primeiro lugar deve-se registar todos os dados observáveis no objecto, no que diz respeito ao material, construção, função, proveniência e valor. De seguida, através da comparação com objectos similares, toma-se nota dos dados comparáveis e, finalmente, através da análise de outras fontes de documentação, retiram-se dados suplementares para o estudo. Deste modo, podem-se tirar conclusões acertadas ou, caso não sejam, formular hipóteses que justifiquem o facto de serem contraditórias. O modelo de Eliott não se revela, no seu todo, às colecções de carácter científico, até porque estas necessitam de uma investigação prévia acerca dos princípios encerrados nos objectos. Com este modelo, Eliott limita o trabalho do investigador ao que vê, sem conhecimentos obtidos anteriormente.

PearcePearcePearcePearce (1986) assume que as colecções são constituídas por artefactos, ou seja, objectos realizados pelo homem através da aplicação de processos tecnológicos. Enquanto artefactos possuem intrinsecamente informação de carácter único acerca da sua natureza, diversidade e propriedades, características que, no seu conjunto, nos permitem criar e percepcionar o seu

papel e importância sociais. Pearce propõe que se pergunte ao artefacto «O que é?», «Como foi feito?», «Quando, onde, por quem e porquê foi construído?». A resposta a estas questões permitir-nos-á organizar a informação acerca do artefacto em quatro grandes áreas relacionadas com o material, a história, o seu contexto de criação e, partindo da análise destes três aspectos, interpretar o que representa, como demonstra ser um artefacto do seu tempo, como pode ser visto enquanto prática social de uma época... É esta informação que, depois de retirada, tratada e organizada, serve como base de trabalho da colecção e permite dá-la a conhecer em todas as suas dimensões. Este modelo apresenta-se tal como o de Eliott mais adequado a colecções de cultura material.

BaBaBaBattttchelorchelorchelorchelor (1986) apresenta o estudo de colecções em seis fases: a primeira é a invenção, ou seja, a evolução de ideias e descobertas que deram origem ao objecto; a segunda é a caracterização do material de fabrico; a terceira, a definição da manufactura, a sua técnica de fabrico e quem a fabricou; a quarta trata do estudo do marketing, o custo do objecto e o mercado onde se encontrava e era distribuído; a quinta caracteriza a arte, o design, estilo e história do objecto; por último, a sexta fase, trata a função utilitária e a sua aplicação. Este modelo considera que as características são dependentes umas das outras, isto é, se uma muda, altera as outras e por isso têm de ser estudadas como um todo. O objecto é como é e

teve determinada evolução para ter e por ter uma determinada função, numa determinada época, para a qual contribuíram ideias, invenções, materiais, construtores, regras e concorrências comerciais, estilos artísticos, etc. No final, o estudo do objecto deve conseguir colocá-lo no seu espaço adequado na exposição e não dar-lhe relevo em relação aos outros, porque ele não existe por si só, mas porque está inserido num contexto, tem uma determinada função no mesmo e contribui para a sua existência com aquelas características. No entanto, Batchelor peca por provocar um desligamento de uma etapa para a seguinte, não havendo consequências cumulativas para chegar a uma conclusão geral.

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O modelo de estudo adoptado para a interpretação do núcleo de metalurgia teve influências de todos os referidos, mas não seguiu nenhum deles de forma exaustiva.

Em primeiro lugar, procedeu-se, através da observação directa (à semelhança do que propõe Prown), à análise, descrição das características e registo exaustivo de todos os dados observáveis, recorrendo também a registo gráfico. Assim, foi possível preencher as informações básicas das fichas de inventário dos objectos e registar graficamente o todo e os pormenores de cada um. Este primeiro contacto foi de grande utilidade: os objectos detinham muita informação, pistas importantíssimas para a sua identificação, tais como marcas, inscrições e etiquetas com números de inventário anteriores.

Posto isto, o segundo e terceiro passos basearam-se nessas pistas e, tal como sugere R. Elliot, esses dados foram confrontados com dados existentes na instituição (livros de inventário antigos, catálogos de fornecedores e documentos arquivísticos e bibliográficos) e com dados externos (através do intercâmbio de informações com instituições relacionadas com a colecção ou através da consulta de fontes bibliográficas secundárias), conseguindo-se, deste modo, reunir informações acerca dos fornecedores, da área científica da colecção e do seu contexto

institucional. Esta foi uma fase algo conturbada, pois nenhuma informação do Arquivo Histórico do ISEP ou da Academia de Freiberg (entidade fornecedora) se encontra tratada, tendo ficado, por isso, a sensação de que alguma informação não foi contemplada. Sendo a Academia de Freiberg uma instituição de ensino situada na Alemanha e tida como a mais antiga instituição de ensino do mundo na área das minas e metalurgia era de prever a existência de arquivos e museus organizados. Ora, pelo contrário, deparei-me com informação dispersa, sem qualquer tipo de estrutura, sendo-me apenas de grande valia a disponibilidade dos funcionários, incansáveis na tentativa de me encontrarem soluções e respostas para as situações que me iam surgindo. Fruto disso, conseguimos alicerçar uma ponte de intercâmbio de informação que prevejo ser muito vantajosa no futuro para ambas as instituições.

Após recolha de toda a informação, colocaram-se questões a cada objecto, tal como propõe Pearce, que permitiram organizar a informação, contextualizar o objecto, conhecer a mentalidade da sua criação, aquisição e função e preencher as fichas de inventário.

Depois de concluído este processo, a colecção ficou documentada o suficiente para se proceder à sua fruição e divulgação de acordo com as políticas e procedimentos da instituição. No entanto, como sabemos, o estudo de uma colecção não é um acto encerrado numa baliza temporal e, por isso mesmo, pode e deve ser complementado sempre que possível.

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Vejamos esquematicamente a aplicabilidade do modelo na colecção em estudo: Quadro n.º1Quadro n.º1Quadro n.º1Quadro n.º1 – Aplicabilidade do modelo adoptado ao estudo da colecção de metalurgia

Posto isto, este relatório apresenta-se dividido em três partes essenciais:

• o primeiro capítulo apresenta uma abordagem aos contextos institucionais e didácticos da colecção, desde a sua origem até ao inicio do século XX, factos que, de algum modo, contribuíram para a aquisição e permanência da colecção até aos dias de hoje, contextos que não só a explicam como lhe dão sentido de existência. Neste ponto demonstra-se como a colecção é representativa de práticas sociais, na medida em que a aquisição de material didáctico, principalmente no estrangeiro, era prova de poder e saber mais evoluído em relação a instituições similares. Tudo o que vinha do estrangeiro reflectia modernidade,

avanço tecnológico, inovação…logo quem conseguia usufruir dessas características era, por certo, mais desenvolvido e progressista. Ao mesmo tempo, é prova e fruto de uma dinâmica de ensino muito mais prática, baseada na experimentação ou na observação directa, de modo a criar profissionais e técnicos com conhecimentos alargados dos métodos e processos mais actualizados e inovadores da área na época;

• no segundo capítulo, de uma forma sintética e após uma breve referência à situação da metalurgia portuguesa (2222), enquadram-se os objectos na área científica que representam, o que permitiu definir terminologias e o glossário apresentado no final do documento, comprovar a sua função enquanto colecção e justificar a sua natureza taxionómica e metódica. Apesar de não serem objecto deste estudo, são referidos alguns objectos do núcleo de minas que ilustram as fases anteriores à da extracção dos metais para um melhor

entendimento do núcleo de metalurgia Por razões relacionadas com o tempo disponível e com o número de páginas imposto, não se apresentaram todas as tipologias de fornos existentes, mas apenas aqueles dos quais existem modelos na colecção em estudo, sendo apenas dada uma indicação de todos os outros. Neste ponto evidencia-se o contributo excepcional da colecção para o conhecimento da área da metalurgia, pois permite caracterizar uma época através de uma leitura visual facilitada, mais ainda se conjugada com

2 Este ponto não foi muito desenvolvido por não se ter conseguido informação suficiente. Tinha como objectivo especificar a utilização de fornos

representados na colecção em território português ou a participação de alunos na condução dos mesmos. Os dados são inexistentes ou escassos.

Esta investigação continua em desenvolvimento.

OBSERVAÇÃO / DESCRIÇÃO

PRODUÇÃO / AQUISIÇÃO / UTILIZAÇÃO

IDEIA / INVENÇÃO

ORGANIZAÇÃO

CARACTERIZAÇÃO / REGISTO GRÁFICO

CONTEXTUALIZAÇÃO / DATAÇÃO

GLOSSÁRIO / TIPOLOGIAS

INTERPRETAÇÃO

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métodos de exposição e exploração pedagógica que, em conjunto com outros núcleos, recriem o percurso do metal desde a extracção do minério até à redução deste a metal.

• Por último e em anexo apresenta-se o Manual de Normas e Procedimentos para o Preenchimento das Fichas de Inventário e as fichas preenchidas com base em toda a informação conseguida até ao momento.

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CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO IIII A colecção: contextos de produção, aquisição e utilizaçãoA colecção: contextos de produção, aquisição e utilizaçãoA colecção: contextos de produção, aquisição e utilizaçãoA colecção: contextos de produção, aquisição e utilização

1111.1. As políticas do ensino industrial em Portugal no século XIX e o seu reflexo no Porto.1. As políticas do ensino industrial em Portugal no século XIX e o seu reflexo no Porto.1. As políticas do ensino industrial em Portugal no século XIX e o seu reflexo no Porto.1. As políticas do ensino industrial em Portugal no século XIX e o seu reflexo no Porto

Não se encontram referências significativas ao ensino industrial em Portugal na primeira metade do século XIX, pois não existia algo em Portugal que pudesse ser considerado como tal. Os operários e mestres iam-se formando pela via tradicional, ou seja, aprendiam trabalhando e eram ensinados por quem já trabalhava na área. Deste modo, os saberes iam passando através das gerações, não existindo grandes alterações no modo de fazer nem no modo de saber. Era, por isso, um método imitativo e estagnado que não contribuía de modo algum para o desenvolvimento industrial do país.

Fizeram-se algumas tentativas de melhoramento com a criação da Sociedade Promotora da Indústria Nacional e do Conservatório de Artes e Ofícios e com cursos pontuais de desenho, geometria e mecânica aplicados às artes e ofícios, mas estes revelaram-se insuficientes.

Em 1849 são redigidos os Estatutos da Associação Industrial Portuense, projecto colectivo de professores e de representantes das diversas profissões fabris da cidade do Porto, mas que apenas seriam aprovados três anos mais tarde. A Associação propunha desenvolver e aperfeiçoar a indústria nacional e instruir as classes industriais, particularmente os operários, colocando o país a par do desenvolvimento das outras nações e melhorando as condições de vida e de trabalho dos operários. Ao mesmo tempo, era criada a Escola Industrial Portuense, que tinha como objectivo a instrução especial e técnica dos indivíduos da classe industrial.

Nestes dois estabelecimentos, a classe operária dispunha de biblioteca e gabinete de leitura, laboratório químico, gabinetes de história natural, de física e mecânica industrial e de modelos para o estudo das construções, bem como oficinas de carpintaria de moldes e construções, torneiro, serralheiro, forjador, fundidor de metais, tinturaria e estamparia. No entanto, desde cedo viram os seus pedidos de dotações governamentais negados, visto que o próprio Governo pensava já na possibilidade de criar um Instituto em Lisboa e uma Escola no Porto que teriam os mesmos fins. A Associação e a Escola Portuense prosseguiram o seu intuito com ajudas camarárias e doações de cidadãos do Porto mas, por decreto governamental, seria criado o subsistema do ensino industrial oficial e sugerido que apenas dessem apoio e

cooperassem na implantação deste.

1.1.1.1.1.1.1.1.1. 1. 1. 1. O primeiro sistema público de ensino industrialO primeiro sistema público de ensino industrialO primeiro sistema público de ensino industrialO primeiro sistema público de ensino industrial

A segunda metade do século XIX viria a ser o período de ascensão do liberalismo português, pela força da ideia de progresso. Portugal era nesta época um país com uma estrutura predominantemente rural e de serviços e, cada vez mais, se sentia a necessidade de evoluir a nível industrial para que fosse de encontro ao progresso que outros países vinham registando.

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Foi Fontes Pereira de Melo, ministro das Obras Públicas, do Comércio e da Indústria, quem lançou o primeiro sistema público de ensino industrial (3333), assente na ideia de educação para o desenvolvimento, onde a Escola Industrial do Porto foi uma das duas primeiras a tentar responder às necessidades emergentes que vinham sendo colocadas pelos intelectuais mais esclarecidos: (…) a instrução artística, industrial, mecânica. Ora esta creio eu que ignoram todos, ou quase todos, os que ali [na Associação Industrial Portuense] se erigiram em mestres. Estes mestres na sua maior parte são lentes da Politécnica aonde funcionam há anos. Não me consta porém que desta academia tenha saído nem um só discípulo, capaz de dirigir qualquer estabelecimento industrial (…) (4444)

As políticas do ensino industrial em Portugal durante o século XIX foram moldadas nas que

se iam adoptando no resto da Europa, numa tentativa de seguir as mesmas vias de desenvolvimento. No entanto, os recursos revelaram-se sempre demasiado escassos. De todos os países da Europa vinham exemplos de ensino industrial bem sucedidos, mas Fontes Pereira de Melo optou pela criação de um ensino suportado financeiramente e orientado pelo Estado, à semelhança do que se fazia na Alemanha, França e Espanha. Além disso, deu preferência à execução menos dispendiosa e mais rápida: o ensino não era realizado em escolas especiais para cada ofício, mas sim numa só, onde através de um conjunto de disciplinas e mediante a combinação destas se encontrassem planos de estudo adequados a cada arte e ofício.

Aquando da criação da Escola Industrial do Porto, os níveis de ensino eram três: elementar, secundário e complementar. No entanto, o ensino cedo se revelou como algo que não passava da formação base aos operários já existentes, apostando-se essencialmente nas áreas do desenho, geometria, química, física e mecânica, disciplinas consideradas essenciais a todas as artes e officios (5555), no que diz respeito ao ensino teórico e nas oficinas de forja, fundição, serralharia, modelação e manipulações químicas no ensino prático.

1.1.1.1.1.1.1.1.2. 2. 2. 2. As primeiras reformas do ensino público industrialAs primeiras reformas do ensino público industrialAs primeiras reformas do ensino público industrialAs primeiras reformas do ensino público industrial

Em 1864, sob a égide do Ministro Conselheiro João Crisóstomo de Abreu e Sousa, efectuou-se uma ampla reforma e expansão do ensino industrial (6666). Pretendia-se que o ensino passasse a ter dois níveis: o geral (comum a todas as artes e ofícios e profissões industriais) e o especial (apropriado a cada arte ou ofício). Verificava-se que era necessário difundir a formação por várias áreas no país e procurou-se tornar o ensino profissional acessível a um maior número dos que se dedicavam aos trabalhos industriais. Reorganizou-se, por isso, o ensino industrial na Escola Industrial do Porto e no Instituto Industrial de Lisboa e difundiu-se o ensino elementar industrial por diversas escolas industriais criadas em diversos pontos do país. 3 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria de 30 de Dezembro de 1852

4 MAGALHÂES, António da Silva Pereira (1853), Exposição Industrial dirigida ao Ex.mo. Snr. Visconde de Castro Silva. Porto: Tip. de José

Lourenço de Sousa, citado por CORDEIRO (2006)

5 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 30 de Dezembro de 1852

6 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 20 de Dezembro de 1864

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No entanto, mais uma vez, os meios económicos revelavam-se insuficientes para criar cursos técnicos e profissionais de nível superior, como os do Conservatório de Artes e Ofícios de Paris, e a organização teve de ser adequada às necessidades e circunstâncias do país.

Como consequência, e apesar dos esforços, estas escolas elementares não puderam ser concretizadas, mantendo-se o ensino industrial circunscrito às cidades do Porto e Lisboa. Este passa a estar dividido em duas partes: a primeira, incluía formação geral comum a todas as artes, ofícios e profissões industriais, integrando duas componentes – o ensino teórico, ministrado na Escola, e o ensino prático, ministrado nas oficinas do Estado ou, sob acordo, em fábricas particulares –; a segunda incluía o ensino especializado de certas artes e ofícios, e também de diversos serviços públicos tais como obras públicas, minas e telégrafos. No âmbito

desta reforma a Escola Industrial passa a Instituto Industrial do Porto, formando mestres, condutores e directores de fábrica.

Em 1869, uma nova reforma (7777) mantém os dois graus de ensino, mas vem diminuir as despesas com o ensino: reduz-se o número de professores auxiliares, aceita-se a exploração da oficina de instrumentos de precisão de Lisboa e reduz-se as verbas para os museus

tecnológicos e laboratórios. Esta compressão de despesas mantém-se durante cerca de um década, mas com a criação de mais cadeiras e de novos cursos, reduz-se.

Em 1881, durante a visita ao Porto do rei D. Luís, o então Ministro do Reino, Tomás Ribeiro, e o Ministro das Obras Públicas, Rodrigues de Freitas, propõem a fusão das duas escolas de topo do ensino industrial - a Academia Polytéchnica do Porto e o Instituto Industrial do Porto - numa só denominada Instituto Polytéchnico do Porto. O Conselho Escolar do Instituto, considerando que tal projecto era contrário ao seu percurso histórico recusa o projecto de fusão com a Academia Polytéchnica, dando desse modo corpo a uma cultura institucional que perdura até hoje: ensinar, não só o saber conhecer, mas também, o saber fazer (8888).

Anos mais tarde, em 1883 (9999), o Governo considera de extrema relevância a criação de museus industriais e comerciais junto aos institutos, como complemento dos conhecimentos obtidos. Regressa-se assim, ao ensino contemplativo e imitativo do início do século.

No ano seguinte (10101010), criam-se várias escolas de desenho industrial pelo país e o regulamento dos museus é aprovado, instituindo-se duas exposições de carácter permanente no país.

1.1.3. 1.1.3. 1.1.3. 1.1.3. A componente comercial do ensino industrialA componente comercial do ensino industrialA componente comercial do ensino industrialA componente comercial do ensino industrial Em 1886 (11111111), tal como já tinha acontecido em 1869 com o antigo Instituto Industrial de

Lisboa, o Instituto Industrial do Porto altera a sua designação para Instituto Industrial e Commercial do Porto, pois passa também a facultar o ensino comercial. Com esta reforma os cursos não sofrem grandes alterações, excepto ao nível dos conteúdos programáticos. São 7 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 30 de Dezembro de 1869

8 In http://www.ipp.pt/ipp.php?content=apresentacao (20 de Dezembro de 2006)

9 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 24 de Dezembro de 1883

10 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 06 de Maio de 1884

11 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 20 de Dezembro de 1886

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fixados novamente três graus de ensino: o elementar (para formação de operários), preparatório (para acesso ao grau seguinte) e o especial.

Em 1888, o grau de ensino especial passa a ser reservado aos directores, condutores, construtores, desenhadores e telegrafistas.

Três anos depois, o Instituto Industrial e Comercial do Porto vai sofrer uma nova reformulação muito importante: por ordem ministerial a reforma dos institutos industriaes e commerciaes limita-os ao ensino médio, retirando-lhes os cursos especiaes ou superiores (12121212), o que vai provocar profundas mudanças ao nível das cadeiras leccionadas e respectivos conteúdos programáticos.

A situação do Instituto Industrial e Comercial do Porto mantém-se inalterada até 1905, altura em que o ensino industrial em Portugal sofre nova reestruturação e que o Instituto recebe autorização para leccionar os tão pretendidos cursos superiores. Assim, para além dos cursos secundários industriais e comerciais o Instituto passa a leccionar o Curso Superior Industrial e o Curso Superior Comercial (13131313).

1.1.4. 1.1.4. 1.1.4. 1.1.4. OOOO Instituto Industrial doInstituto Industrial doInstituto Industrial doInstituto Industrial do Porto Porto Porto Porto: oito décadas de espaços : oito décadas de espaços : oito décadas de espaços : oito décadas de espaços físicosfísicosfísicosfísicos emprestados emprestados emprestados emprestados

A Escola Industrial do Porto foi ocupar em 1854 algumas salas da Associação Industrial Portuense, onde funcionaram os primeiros cursos. Nesse mesmo ano, passou para o edifício da antiga Assembleia Portuense, sito no Largo da Trindade, continuando, no entanto, a utilizar o laboratório de química da Associação Industrial Portuense.

Após algumas obras efectuadas no edifício onde estava instalada a Academia Politécnica, o já Instituto Industrial do Porto transferiu-se para o Edifício da Graça, onde permaneceria durante cerca de oito décadas. Ao longo dos tempos, os diversos directores do Instituto tentaram que lhes fosse cedido um espaço para instalar o Instituto, mas viram sempre os seus desejos frustrados.

Quando o Instituto já não podia ampliar mais o Edifício da Graça e quando as colecções e os alunos se amontoavam, foi decidido alugar algumas salas do antigo Convento das Carmelitas. No entanto, em 1890 já se tornara insuficiente e previa-se uma expulsão do espaço para ali se instalar o novo mercado municipal.

No final do século, as aulas eram mesmo consideradas impróprias para o ensino, não havia um único gabinete ou laboratório instalado convenientemente, algumas cadeiras não podiam ser leccionadas, o material de ensino de bastante valor encontrava-se acumulado em cantos, sótãos e afins, a biblioteca chegou a servir como secretaria e sala dos professores… era urgente um edifício novo, amplo, apropriado e completo.

A década de 30 do século XX é marcada pela instalação do Instituto num edifício próprio, situado na Rua do Breyner, onde permaneceu até 1968, altura em que, já Instituto Superior de Engenharia do Porto, se muda definitivamente para o local actual na rua de S. Tomé. 12 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria de 08 de Outubro de 1891

13 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria de 03 de Novembro de 1905

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1111....2222. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto: conteúdos : conteúdos : conteúdos : conteúdos programáticosprogramáticosprogramáticosprogramáticos e e e e gabinetes gabinetes gabinetes gabinetes

A arte de minas não é mais que o conjunto de processos e operações acessórias que se realizam para explorar os jazigos minerais, ou seja, as minas, enquanto que a metalurgia é o processo de extrair os metais dos minérios que o Homem vai buscar ao seio da Terra e adaptá-los às necessidades da indústria.

O estudo da arte de minas e da metalurgia sempre teve importância, porque sempre foi visto como meio de medida do grau de progresso de um povo. No século XIX, época em que

localizamos temporalmente a colecção em estudo, Portugal encontrava-se singularmente atrazado sob este ponto de vista, pois a metalurgia nacional se reduz[ia] a uma ou outra fundição de chumbo e estanho e ao preparo de cobre bruto, por via húmida (SEGURADO, [s.d.]): o cobre bruto era enviado para o estrangeiro para fundir e purificar, a falta de combustíveis fósseis apropriados não contribuía para a instalação de altos-fornos para o fabrico de ferro e aço e o teor de ferro nos minérios era fraco.

Assim, os desenvolvimentos metalúrgicos eram vistos como um trunfo para o aproveitamento dos jazigos que existiam no nosso país. Mediante esse facto, o ensino tentava sempre estar a par das modernidades do estrangeiro e transmiti-las à comunidade em geral e aos estudantes em particular.

Tal como todas as outras matérias, o ensino da arte de minas e metalurgia foi sofrendo diversas alterações que acompanharam as diferentes politicas decretadas pelo Governo e o progresso que se foi registando ao longo dos tempos nesta área.

Esta área só integrou o plano de estudos com a reforma de 1864 (14141414), com a denominação de 7ª cadeira - Arte de minas, docimasia e metallurgia, leccionada pelo professor António Ferreira Girão desde 1867 e substituído por Manoel Rodrigues de Miranda Júnior em 1880. Não existem documentos que descrevam o conteúdo programático da disciplina.

Nesta época, quando o ensino industrial se torna mais especializado, começa também a ser promovida a existência de locais de ensino auxiliar, onde estivessem reunidos exemplares de machinas mais perfeitas, modelos industriaes de differente ordem, collecções de matérias primas (15151515) entre outros objectos e informações que contribuíssem para a instrucção e apurar o bom gosto das classes industriaes (16161616).... Os museus e os gabinetes são um exemplo disso.

Através de correspondência (17171717), sabe-se que em 1867 já existia um Gabinete de Mineralogia, mesmo sem nunca ter sido criado por decreto governamental. Mas é em 1869 que 14 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 20 de Dezembro de 1864

15 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 20 de Dezembro de 1864

16 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 20 de Dezembro de 1864

17 Carta enviada pelo Director Interino ao Conselheiro Director Geral do Ministério das Obras Públicas, em 1 de Junho de 1967

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esta área ganha relevo no Porto ao ser decretado que o curso de condutores de minas e de mestres mineiros passará a ser unicamente leccionado nesta cidade.

De 1867 a 1883, o objectivo das aquisições feitas para este gabinete era apenas o de conseguir uma considerável colecção de minerais, minérios, rochas e fósseis. A partir de 1883, o número de aquisições e de ofertas aumenta consideravelmente e, para além dos exemplares de mineralogia, passa-se a dar atenção à necessidade de incorporar modelos didácticos de metalurgia na colecção.

Em 1886, com a reorganização do ensino industrial e comercial (18181818), a disciplina é dividida em duas: 15ª cadeira – Mineralogia e geologia e 16ª cadeira – Arte de minas e mettalurgia. Não se encontraram, até ao momento, registos quanto ao conteúdo programático das cadeiras.

É decretada a criação oficial do Gabinete de Mineralogia e Arte de Minas (passando a denominar-se apenas Gabinete de Arte de Minas em 1887 e Laboratório Metalúrgico em 1889) para o qual são adquiridos diversos objectos e modelos didácticos: modelos de ferramentas de mineiros, revestimentos de galerias, poços verticais, ventiladores de minas, modelos de bombas centrifugas, minérios, modelos de lavra de minas, modelos de fornos e de aparelhos

de perfuração, modelos de recuperação de ar quente, modelos de aparelhos metalúrgicos e outros aparelhos e mecanismos empregues nas minas (19191919).

A instalação do gabinete de arte de minas e metalurgia fica a cargo do professor Miranda Júnior que requisita uma lista de material didáctico indispensável à criação deste novo espaço auxiliar de ensino. Nesta lista, apresentada em anexo (20202020) estão incluídos os modelos de fornos em estudo, sendo uma exigência dele que os modelos requisitados n’esta nota deverão ser pedidos ao constructor Thomaz [Theodor] Gersdorf de Freiberg fornecedor da escola de minas d’aquella cidade (20202020). Esta requisição foi autorizada pelo director do Instituto como prova a listagem em anexo (21212121) e, posteriormente, autorizada pelo Ministério como prova a relação de material adquirido em 1888-1889 (22222222).

Como Miranda Júnior teve conhecimento deste construtor não existem, até ao momento, certezas, mas algumas evidências indicam que o professor tenha visitado a Academia de Freiberg, pois foi encontrado um desenho com a assinatura dele nos arquivos desta Academia. Provado está que Miranda Júnior terá tido acesso ao catálogo dos produtos de Gersdorf, pois na requisição de material, referida acima, indica que os números da 1.ª columna referem-se ao catalogo do mesmo constructor. No entanto, até ao momento esse catálogo não foi encontrado, sugerindo que ou foi destruído ou foi consultado noutro local como por exemplo, numa das muitas exposições internacionais visitadas pelo professor ou até mesmo na Academia de Freiberg. 18 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 30 de Dezembro de 1886

19 Carta enviada pelo Director ao Conselheiro Director Geral do Ministério das Obras Públicas, em 18 de Novembro de 1886

20 Anexo 1 – Requisição de material para o laboratório de metalurgia (1886) 21 Anexo 2 – Requisição de material para o Instituto (1886-1888) 22 Anexo 3 – Relação de material adquirido em 1888-1889

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Em 1891, foi decretada nova reorganização do ensino (23232323) e nova modificação nestas cadeiras: a 15ª cadeira passa a ser a 7ª dividida em a) mineralogia e petrografia geral e industrial e b) geologia geral e industria, leccionada por José Diogo Araújo (sendo este substituído em 1894 por Roberto Frias, por desempenhar cargo de deputado nas Cortes); a 16ª passa a ser a 12ª dividida em a) metalurgia e artes de minas (1ª parte) e b) arte de minas (2ª parte) e legislação mineira. Não existem registos de conteúdos programáticos, mas sabe-se que a 7ª cadeira é comum a todos os cursos, enquanto que a 12ª apenas é leccionada no curso de Mecânica Industrial, ramo metalurgia.

Com esta mudança surgem também novos meios de ensino: para além do laboratório devidamente instalado, os docentes redigem manuais em português e de acordo com os conteúdos programáticos, facilitando o ensino e a aprendizagem.

Com as alterações no ensino implementadas em 1905 (24242424), surgem novamente alterações nas denominações e subdivisões: passa a existir a 8ª cadeira dividida em 1ª parte – mineralogia e 2ª parte – geologia e a 11ª cadeira dividida em 1ª parte – metalurgia e legislação mineira e 2ª parte – arte de minas e topografia subterrânea. A cadeira de metalurgia passa a ser leccionada no Curso Superior Industrial, no Curso de Artes Químicas e no Curso de Minas.

Com a reforma de 1919, todas estas subdivisões são novamente reunidas numa só disciplina, como demonstram o Regulamento do Instituto Industrial do Porto (25252525) datado desse ano e os primeiros programas que chegaram aos nossos dias, os do ano lectivo 1920-21 (26262626) e os de 1927 (27272727). Passou a ser denominada de 12ª cadeira e era dividida em 2 partes: 1ª parte - Arte de minas e Jazigos e 2ª parte - Metalurgia.

A 1ª parte compreendia essencialmente a classificação, a génese, os elementos geométricos e os acidentes dos jazigos, principalmente dos portugueses. Além disso, dava especial atenção às pesquisas, sondagens, avaliação, projectos e relatórios de missões mineiras (28282828), o que revelava a componente prática da disciplina. Na 2ª parte, o percurso dos minérios, desde a abertura de poços, à extracção, passando pela preparação mecânica, análise dos produtos siderúrgicos e dos fornos até aos projectos de metalurgia e siderurgia. Estas cadeiras eram apenas leccionadas no curso especializado de minas e no de indústrias químicas.

Os estabelecimentos auxiliares desta área passam a ser o Laboratório de Metalurgia e a oficina de fundição e forja.

A componente prática era muito difícil de colocar em acção visto que em Portugal, a indústria metalúrgica estava pouco ou nada desenvolvida. Vejamos as observações do autor de um dos manuais manuscritos que ainda hoje existem: Para os alunos fazerem uma ideia da produção dos diversos materiais e da riqueza mineral do nosso país (…) tem sido quási nula a nossa 23 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 8 de Outubro de 1891

24 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, 1905

25 Direcção Geral do Ensino Industrial e Comercial do Ministério do Comércio e Comunicações - Regulamento do Instituto Industrial do Porto

aprovado por Decreto n.º 6:099, de 15 de Setembro de 1919

26 Anexo 4 – Programa da 12ª cadeira de 1920-21 27 Anexo 5 – Programa da cadeira de 1927 28 Ainda em fase de investigação estão os locais que podem ter sido alvo de visitas e missões

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produção de minérios de ferro, apesar de possuirmos jazigos deste metal (…) em Bragança (…) acresce ainda a circunstância de não termos jazigos de carvão próprio para a siderurgia. (…) A produção portuguesa [de aço] é nula. (…) No nosso país trabalham as minas [de cobre] do Vale do Vouga, Aljustrel e S. Domingos. Os minérios das últimas têm pouco cobre. (…) A produção portuguesa de minérios de chumbo tem sido insignificante. (…) No nosso país há muitos jazigos de estanho nas Beiras, Minho, Trás-os-Montes (…). (29)

Assim sendo, os alunos perante a impossibilidade de se deslocarem ao estrangeiro e das poucas opções nacionais, tinham a oportunidade, através dos modelos à escala, de entrar em contacto com as tecnologias existentes de um modo visualmente mais compreensível.

Fig. 1 - Na sessão de homenagem ao Prof. João Augusto Ribeiro./ 15 Fev.º 1929 (título de autor). Fotografia pertencente ao espólio do Museu Parada Leitão (N.º Inventário MPL6249FOT) Podem visualizar-se alguns dos modelos pertencentes à colecção de minas e metalurgia.

1.3. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto: fornecedores de 1.3. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto: fornecedores de 1.3. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto: fornecedores de 1.3. O ensino da arte de minas e metalurgia no Instituto Industrial do Porto: fornecedores de material didácticomaterial didácticomaterial didácticomaterial didáctico

Entre os fornecedores de material didáctico para as cadeiras de minas e metalurgia, surgem

principalmente a Schröder e a Academia de Freiberg, ambos de origem alemã pois era este o país visto como mais desenvolvido nesta área na época. 29 Lições de Mercadorias – Metais, Instituto Industrial e Comercial do Pôrto

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A Academia de Minas de Freiberg (Alemanha) foi criada em 1765, sendo por isso a universidade mineira mais antiga do mundo e uma fonte de conhecimento e desenvolvimento na área importantíssima. Aqui foram realizadas variadíssimas descobertas, por lá passaram muitos professores de renome internacional e formaram-se alunos que vieram a tornar-se elementos essenciais no ensino e inovação técnica e tecnológica da área.

Fruto disso, a Academia, tornou-se, desde a sua criação, o expoente máximo do saber ao nível da engenharia metalúrgica e de minas e um exemplo a seguir pelos países que pretendiam desenvolver universidades similares.

Sob a alçada da Academia de Freiberg (tal como aconteceu em Portugal por exemplo com a Oficina de Instrumentos de Precisão de Lisboa) estavam diversas oficinas e laboratórios de ensino auxiliar. Uma delas era a Modellwerkstatt der Königl Bergakademie zu Freiberg, ou seja, a Oficina da Real Academia Mineira de Freiberg, que tinha como actividade principal construir material didáctico, desmontável e à escala para utilização na universidade e fornecer outras em todo o mundo.

Como só muito recentemente se iniciou a organização dessas colecções em Freiberg, as

informações que podem ser fornecidas são ainda escassas. Sabe-se que entre 1874 até 1880 o responsável por esta oficina foi Schulmann, passando a

ser, entre 1880 e 1894, Theodor Gersdorf, e, finalmente de 1908 até 1920, Richard Braun, compreendendo-se o porquê da autoria dos modelos didácticos nas diferentes épocas ser assinada por eles. No entanto, até ao momento, não foi encontrado qualquer registo sobre a vida e obra destes artificies (30303030).

Os modelos de minas e metalurgia encomendados pelo professor Miranda Júnior (31313131) em 1888 para o Instituto foram construídos por Theodor Gersdorf, como provam as placas identificativas dos mesmos, a correspondência expedida e recebida do instituto nesta época e a baliza temporal em que esteve responsável pela oficina. Não se sabe exactamente se Gersdorf realizou a encomenda a título particular ou por pedido oficial à Academia. Não existem registos em Freiberg que confirmem a encomenda, mas era comum que os funcionários construíssem objectos a título particular mas colocassem as inscrições habituais (32323232), como vêm provar a carta remetida assinada por ele (33333333) e o despacho alfandegário, que informa que foi o próprio o destinatário da encomenda e não a Academia de Freiberg (34343434).

Os modelos ainda existentes em Freiberg não são exactamente iguais aos do Instituto, até porque foram construídos na sua maioria por Schulmman e Braun. Até ao momento, apenas

foram encontrados na academia dois iguais construídos por Gersdorf. Modelos idênticos foram exportados pelo menos para a Universidade de St. Petersburg (Rússia) e para a Universidade de Kyushu (Japão), estes últimos construídos por Schulmman e Braun. Apesar dos pedidos 30 Fonte: Jörg Zaun (Academia de Freiberg, 2006)

31 Anexo 6 e 7 32 Fonte: Jörg Zaun (Academia de Freiberg, 2006) 33 Anexo 7 34 Anexo 8

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efectuados, não foi fornecida, até ao momento, qualquer tipo de informação por essas instituições.

Um dos fornos deste núcleo foi fabricado por J. Schröder, empresa fundada em 1837 e sedeada no Polytechnisches Arbeits-Institut em Darmstadt na Alemanha, mas não se conhece o estatuto de J. Schröder nesta instituição de ensino. Através de catálogos sabe-se que a empresa foi agraciada com vários prémios e medalhas em diversos certames e exposições internacionais, o que demonstra a sua importância e mérito na época.

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CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO CAPÍTULO IIIIIIII. . . .

EEEEnquadramento cientifico da colecçãonquadramento cientifico da colecçãonquadramento cientifico da colecçãonquadramento cientifico da colecção: a arte das minas e metalurgia: a arte das minas e metalurgia: a arte das minas e metalurgia: a arte das minas e metalurgia

2222.1. Breve história .1. Breve história .1. Breve história .1. Breve história da metalurgia e da sua aplicabilidadeda metalurgia e da sua aplicabilidadeda metalurgia e da sua aplicabilidadeda metalurgia e da sua aplicabilidade O enorme progresso alcançado hoje em dia a nível tecnológico deve-se em grande parte à

evolução no domínio dos metais que se faz sentir desde os povos neolíticos. Actualmente a nossa sociedade encontra-se extremamente dependente dos metais. Em

transportes, estruturas e ferramentas são usadas grandes quantidades de ferro fundido e aço. Em quase todas as aplicações eléctricas é utilizado cobre. À nossa volta observa-se uma crescente utilização de alumínio e de outros metais leves.

De modo a fazer-se uma distinção entre a era moderna e a era neolítica (Idade da Pedra), os arqueólogos tiveram necessidade de classificar os estádios de desenvolvimento das civilizações em Idade do Cobre, Idade do Bronze e Idade do Ferro. Os povos que melhor dominavam as técnicas de processamento e extracção de metais, foram os que se suplantaram e se destacaram dos outros, tanto a nível de melhores condições de vida, como em vitórias nas batalhas, dando assim origem aos grandes impérios que existiram.

Calcula-se hoje, que o primeiro contacto com os metais se deu na era neolítica por volta de 6000 a 4000 anos AC com o uso de óxidos vermelhos (de ferro) em corantes para rituais e práticas funerárias, em decoração e polimento, assim como os minerais azuis e verdes (de

cobre) na Mesopotâmia e no Egipto. Em Creta pequenas peças de azurite foram também descobertas em algumas habitações. O ouro, a prata e o cobre foram os primeiros metais a serem descobertos, dado que existiam no seu estado nativo. O ouro estava bem distribuído à superfície da Terra e era muito resistente à corrosão, pelo que o seu brilho atraiu a atenção do Homem Primitivo. Os ornamentos eram uma das múltiplas aplicações deste metal.

O cobre existia no solo em grande quantidade. Era facilmente martelado com o auxílio de pedras, o que lhe causava um certo endurecimento, convertendo-se depois em utensílios. Os trabalhos mais antigos do cobre datam de 6000 AC e foram descobertos no Médio Oriente particularmente em redor de Ur. Foi neste local, cerca de 3500 AC, que em escavações efectuadas se encontraram ornamentos e armas de metal fundido e vazado, isto é, praticamente 2000 anos após ter sido encontrado o primeiro artigo em metal toscamente

martelado com pedras. Também foram encontrados trabalhos antigos no Egipto e na Índia. Hoje pensa-se que, mais por acidente do que por intenção, foi produzida uma liga de cobre e estanho, surgindo assim o bronze por volta de 3000 anos AC na Suméria. Esta liga era mais dura e mais resistente que o cobre, era mais apta a ser vazada em moldes originando produtos de melhor impressão.

Como a proporção de cobre e estanho era crítica (entre 1% e 10% de estanho) e os minérios de estanho não eram tão abundantes e bem distribuídos como os de cobre, em certos lugares, como no Egipto, a Idade do Cobre prolongou-se até mais tarde. Os Egípcios começaram tarde

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na manufactura do bronze (obtido de Tróia e Creta) mas apresentaram uma técnica de vazamento em moldes muito avançada ("host wax"). Este período, denominado Idade do Bronze, estendeu-se até à Era Romana.

Na China por volta de 2000 AC é descoberto um novo metal, o ferro. Este não ocorre no estado nativo e pensa-se mesmo que as primeiras formas de ferro a serem usadas pelo Homem Primitivo provieram de meteoritos (o ferro encontrado possuía quantidades significativas de níquel, característica do ferro meteórico). Este ferro era trabalhado de forma idêntica ao ouro, prata e cobre, só que tinha a particularidade de ser mais duro. O seu preço era elevado devido à sua raridade. Os povos antigos associavam o ferro a divindades, considerando-o um "enviado do céu". Só mais tarde é que o ferro foi usado com maior abundância quando se descobriu como extraí-lo do seu minério. O ferro começou por ser aquecido em fornos primitivos abaixo do seu ponto de fusão, separando-se a "ganga" (impurezas com menor ponto de fusão), a qual se deslocava para a superfície sendo removida sob a forma de escória, restando a esponja de ferro, a qual era trabalhada na bigorna, obtendo-se as ferramentas e utensílios existentes naquela altura (2500 a 500 AC). O latão ( liga de

cobre e zinco) foi descoberto entre 1600 a 600 AC na Pérsia, China e Palestina. O primeiro artigo de ferro manufacturado, que data de 1350 AC, era uma lâmina de punhal

encontrada no túmulo do Faraó - Tutankhamon. Este punhal foi encontrado no local de maior importância e destaque do túmulo. O baixo teor de carbono encontrado no ferro conferia-lhe uma grande resistência à corrosão e por isso foram encontrados pregos praticamente intactos usados em navios Vikings que estavam enterrados há mais de 1000 anos. Os utensílios de ferro trabalhado produzidos pelos Hittitas em 3500 AC não eram muito melhores do que o cobre e o bronze. Só quando se desenvolveram técnicas de tratamento térmico do ferro (contendo carbono) é que se conseguiram produtos fortes e resistentes. Por exemplo, a têmpera foi desenvolvida pelos Gregos e pelos Romanos e os produtos endurecidos tinham múltiplas vantagens que se reflectiam nas vitórias militares contribuindo para a edificação de Impérios. Exemplo deste facto foi uma batalha travada cerca de 220 AC entre Romanos e Gauleses em que as espadas Gallic de ferro (às quais não eram aplicados quaisquer tratamentos térmicos) eram muito menos resistentes que as armas dos romanos (estas sim apresentavam tratamentos térmicos dando assim vantagem de combate aos romanos).

Por volta de 400 AC os Gregos desenvolveram um tratamento térmico denominado revenido, que consistia em aquecer o metal a uma temperatura conveniente tornando-o menos frágil.

Com a sua aplicação melhoraram a produção de pontas de lanças e espadas. Deste modo, o ferro tornou-se cada vez mais importante na vida do Homem e na sua Cultura.

Foi na Índia que se deu início à produção de aço. Chamaram-lhe Aço Wootz (processo de carbonização conhecido pelos Egípcios antigos) e era obtido a partir da esponja de ferro produzida num alto-forno (séc. XIV). Como a temperatura atingida não permitia a fusão do ferro, esta esponja de ferro era trabalhada com um martelo para expelir os resíduos (forja); em seguida era colocada entre placas de madeira num cadinho o qual era isolado do ar, posto num

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forno e coberto de carvão vegetal, dando-se assim a absorção de carbono. Após algumas horas de aquecimento do cadinho o metal era forjado até adquirir a forma de barras.

No período que se seguiu à queda do Império Romano, o mundo estagnou e deixou de ser produtivo em termos metalúrgicos; apenas se verificou uma crescente produção de ferro. Os alquimistas Árabes, na sua busca da "pedra filosofal" (que curaria todos os males e permitiria a transmutação dos metais) fizeram descobertas que viriam a servir de base à ciência química, bem como para o desenvolvimento de outros ramos da ciência.

A partir do ano 500 observa-se então uma indústria rejuvenescida. A Metalurgia definia-se, assim, como a tecnologia de extracção de metais dos minérios e a sua adaptação ao uso através da fundição e da forja. Estas técnicas eram função dos mestres artífices que eram homens de prestígio e de importância vital na estrutura social, e o seu conhecimento, que provinha de gerações anteriores, era transmitido aos seus melhores aprendizes. Porém, os artífices não sabiam explicar porque é que a lâmina da espada quando aquecida até ao rubro e em seguida arrefecida numa tina de água endurecia e quando permanecia toda a noite colocada sobre as brasas da forja tornava-se macia e fácil de deformar.

A revolução científica do séc. XVII e a revolução industrial do séc. XVIII não se reflectiram de

imediato sobre a tecnologia metalúrgica. No entanto, as primeiras observações com carácter científico das propriedades dos metais foram feitas por Jousse em 1627, e, por volta de 1722, Réaumur tentou relacionar as propriedades do ferro fundido com a estrutura que observava com o auxílio dum microscópio.

Só a partir do séc. XVIII é que a metalurgia é descrita como uma ciência do estudo dos metais: ciência que estuda a estrutura, a composição, as características e as propriedades dos metais. Passa a ter como objectivo não só fabricar produtos metalúrgicos como também as suas causas e efeitos. Deste modo, à metalurgia extractiva já existente associou-se uma metalurgia física, ciência dos materiais.

A partir de 1855 com o ferro tão bem implantado nos materiais de construção, um novo metal, o alumínio, torna-se importante no desenvolvimento industrial da civilização. O alumínio, metal de baixa densidade, dúctil, estável e facilmente fundido não era fácil de produzir (envolvia muita energia). Preparava-se segundo a sequência bauxite alumina, alumínio metalúrgico, e foi nesta altura que se começou a aplicar electricidade à metalurgia.

Neste período (1855-1957) assistiu-se também à introdução nos processos metalúrgicos de

sistemas de produção de aço. A capacidade dos altos-fornos de conter ferro cresceu intensamente desde o primeiro alto-forno.

O processo que Bessemer sugeriu foi fundir o "pig iron" (produto de alto forno, que é ferro no estado natural e normalmente contem 4.5 % de carbono e impurezas como fósforo, enxofre e silício) num forno reverberatório e descarbonizá-lo através do fluxo de ar pela sua superfície. Para evitar que as barras quentes de ferro expostas às deslocações de ar sofressem descarbonização, Bessemer introduziu o primeiro conversor e, com este processo, fez reduzir

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suficientemente o preço do aço de modo a que este fosse usado em muito maiores quantidades.

Em 1875 a quantidade produzida de aço Bessemer em Inglaterra era superior a 700.000 toneladas e era usado por companhias de caminho de ferro, armamento e construção naval.

O conversor Bessemer, juntamente com os fornos Martin-Siemens, e a produção de conversores de aço e de fluxo de oxigénio constituíram as inovações que estiveram na base da metalurgia moderna.

A partir de 1863, usando uma técnica de polimento elaborada que envolvia abrasivos sucessivamente mais finos, Henry Clifton Sorby desenvolveu técnicas de observação microscópica e apercebeu-se que a textura da superfície de fractura dos aços depende dos tratamentos térmicos a que estes haviam sido submetidos e da sua composição química exacta. Após polimento e contrastação da superfície, Sorby observou pela primeira vez a micro estrutura metalográfica do aço e descreveu a perlite. Os seus trabalhos estão na origem da metalurgia física que consiste no estudo das propriedades e composições dos metais. Estes estudos levaram ao desenvolvimento de ligas inovadoras mais apropriadas para aplicações

particulares. No século XX deu-se o desenvolvimento de uma série de novos elementos de análise, como

os microscópios electrónicos de varrimento e de transmissão e o difractómetro de raios X, o que permitiu aos cientistas estudarem as estruturas existentes nos materiais e correlacionarem-nas com as propriedades observadas. Deste modo, os novos materiais que permitiram a construção de novos equipamentos levaram à descoberta de novas características e consequentemente de novos materiais que podem ter aplicação nas mais diversas áreas.

2.2.2.2.2.2.2.2. A situação da indústria mineira e metalúrgica portuguesa no século XIX A situação da indústria mineira e metalúrgica portuguesa no século XIX A situação da indústria mineira e metalúrgica portuguesa no século XIX A situação da indústria mineira e metalúrgica portuguesa no século XIX Torna-se complicado descrever o peso relativo da indústria mineira e metalúrgica no contexto

nacional, durante a segunda metade do século XIX e o primeiro terço do século XX. Um dos problemas fundamentais do sector prendia-se com a natureza, dimensão e rentabilidade dos recursos geológicos existentes. A ideia de que Portugal era um dos países mais ricos em depósitos minerais esbarra com o problema do escasso conhecimento do subsolo e o estado da sua exploração. Ezequiel de Campos (35353535), revelando algum cepticismo quanto à riqueza do nosso subsolo, chamava a atenção para o facto de estar muito longe de regular o estudo dos nossos jazigos minerais. Em alguns casos, havia apenas notícias, noutros, pesquisas insignificantes. Além disso, embora fosse grande a variedade dos nossos minérios, eles eram geralmente pobres, como pobres eram os jazigos que os continham, afirmava Manuel Rodrigues Júnior (35353535).

35 Citado por VITORINO, Francisco em Estruturas empresariais e investimento estrangeiro nas minas do distrito de Aveiro: o caso das Minas do

Vale do Vouga

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O país possuía recursos diversificados, distribuídos um pouco por toda a parte, predominando o volfrâmio, o cobre, o chumbo, o ferro, o antimónio, o zinco, o estanho, o magnésio, etc. As minas de volfrâmio ocupariam cerca de 35% da superfície total, as de ferro 14%, de cobre 10% e as de chumbo, cerca de 6%. A maior parte do movimento mineiro do país concentrava-se nos distritos de Beja, Castelo Branco, Guarda, Vila Real, Bragança e Aveiro.

Os minérios de ferro que se encontravam em Portugal eram essencialmente os óxidos, ferro oligisto, hematite e magnetite e os maiores jazigos eram os de Moncorvo, ainda por explorar, e alguns no Alentejo, explorados irregularmente.

Os minérios de cobre podiam ser encontrados com relativa abundância no Alentejo, principalmente nas minas de S. Domingos e Aljustrel, onde a pirite de ferro cuprífera é explorada em larga escala, e em Barrancos a calcosite e outros minérios associados. No Vale do Vouga e em Trás-os-Montes existiam também jazigos de cobre, alguns em lavra activa.

No caso do chumbo, encontravam-se no nosso país diversos pontos, em filões de riqueza variável, mas em lavra regular apenas existiam as minas do Braçal e do Vale do Bicho, em Aveiro.

O zinco não se encontra na natureza em estado livre, mas sempre combinado, sendo os seus principais minérios a blenda e a calamina. Em Portugal não há minas de blenda em exploração e os jazigos de calamina achavam-se esgotados.

O estanho predominava nas Beiras e em Trás-os-Montes e encontrava-se muitas vezes associado com o volfrâmio e o titânio, enquanto que o antimónio predominava no distrito do Porto, no concelho de Gondomar.

A mineração desempenhou nos concelhos localizados entre o Douro e o Mondego, sobretudo nos da parte ocidental, uma importância relevante na sua estrutura produtiva, ao assumir-se como um interessante complemento da actividade económica de base: a agricultura. As características geológicas do território permitiram explorações de minerais metálicos e não metálicos, contribuindo para o florescimento de uma indústria extractiva relativamente pujante, desde a primeira metade do século XIX.

Não obstante o facto de alguns destes empreendimentos terem despertado interesse de algumas figuras de proa das burguesia portuguesa, durante a segunda metade do século XIX e os primeiros anos do século XX, foram essencialmente investidores estrangeiros os grandes responsáveis pela dimensão que obtiveram, num sector onde os capitais, as estruturas empresariais e os saberes técnicos nacionais eram francamente débeis.

Numa fase de transição de uma economia industrial, assente no dinamismo do sector têxtil, para uma nova liderança assumida pelo sector metalúrgico que privilegiava a exportação de máquinas, soluções técnicas e capitais, o controlo das minas portuguesas pelos grandes centros industriais europeus revelava-se essencial.

Sabe-se que em 1861, aquando da Exposição Industrial promovida pela Associação Industrial Portuense, as minas com maior qualidade eram as que tinham nas suas direcções estrangeiros, principalmente alemães. Vejamos o exemplo: [com o responsável alemão, a mina do Braçal conheceu] um crescimento fulgurante, constituindo uma espécie de mola propulsora

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da indústria mineira circundante, chegando a ser considerada como a mais importante mina de chumbo do país. (…) os dois dos sectores mais representativos do complexo mineiro do Braçal eram as oficinas de preparação mecânica e os fornos de tratamento metalúrgico. A fase do tratamento mecânico correspondia ao processo de separação da parte útil do minério, em relação às gangas que o acompanhavam.

A metodologia seguida era semelhante à utilizada na Alemanha, sendo, por isso, mais longa e cuidada do que aquela que se praticava em Inglaterra, um país onde era possível obter o combustível a preços mais vantajosos. Reduzindo, à partida, o minério a um maior estado de pureza, podia obter-se um tratamento metalúrgico com recurso a uma menor quantidade de combustível. Estratégia que vinha, aliás, ao encontro das principais dificuldades que se sentiam no Braçal, onde o combustível vegetal era diminuto e o recurso ao combustível mineral implicava elevados custos (36363636).

A ausência de um sector transformador capaz de integrar a lavra de minas numa lógica de crescimento e de desenvolvimento económico, explica, em boa parte, a dependência portuguesa em relação ao exterior.

Não foi encontrada informação suficiente para se afirmar com certeza absoluta a quantidade e a tipologia de fornos e conversores existentes em Portugal no século XIX. A única referência específica é apresentada no Inquérito Industrial de 1890. Vejamos o quadro (37373737):

APARELHOS E MÁQUINASAPARELHOS E MÁQUINASAPARELHOS E MÁQUINASAPARELHOS E MÁQUINAS CONCELHOCONCELHOCONCELHOCONCELHO

ESTABELECIMENTO ESTABELECIMENTO ESTABELECIMENTO ESTABELECIMENTO METALÚRGICOMETALÚRGICOMETALÚRGICOMETALÚRGICO

Forno para fundição do cobre

Conversor Bessemer

Lisboa Casal das Rollas 1 8

Gondomar Sítio do Corgo 1 8

Quadro n.º2Quadro n.º2Quadro n.º2Quadro n.º2 – Quantidade de aparelhos e máquinas de extracção de metais existentes em Portugal em 1890

2.3. 2.3. 2.3. 2.3. O percurso do minérioO percurso do minérioO percurso do minérioO percurso do minério no século XIX no século XIX no século XIX no século XIX: da exploração à preparação: da exploração à preparação: da exploração à preparação: da exploração à preparação mecânica mecânica mecânica mecânica

Os jazigos minerais eram explorados de diversos modos, dependendo da sua natureza. Os jazigos superficiais eram explorados a céu aberto, ou seja, fazia-se a escavação da rocha ao ar livre, indo alargando o corte em largura, comprimento e profundidade.

Dependendo da natureza da rocha empregavam-se ferramentas diversas para o seu desmonte: os aluviões, como os areais dos leitos dos rios, cavavam-se à pá ou à picareta; as rochas brandas e duras desmontavam-se à picareta ou com explosivos, como nas pedreiras.

Enquanto a profundidade fosse pequena, removiam-se a terra, areias e rochas com uma simples pá. À medida que se descia, recorria-se a outros meios: carrinhos de mão, cubas e cestos; vagonetas, baldes e cubas levantadas por guindastes, cábreas ou elevadores; ou escavadoras mecânicas. 36 Fonte: Inquérito Industrial 1890

37 Fonte: Inquérito Industrial 1890

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Quando existiam filões, massas ou camadas profundas, era necessário cavar poços (fig.2) e/ou galerias (fig.3). Estes podiam ser revestidos com madeira, ferro, muros de alvenaria ou de tijolo quando o terreno não apresentasse consistência e se receassem desabamentos. Os poços verticais eram quase sempre revestidos totalmente de madeira e alvenaria, as galerias, umas vezes, tinham apenas o tecto escorado, outras, tinham também as paredes.

Fig.Fig.Fig.Fig.2222 – Pormenor de um modelo de aparelhagem de poço de mina (MPL459OBJ)

Fig.Fig.Fig.Fig.3333 – Modelo de revestimento de poço de mina (MPL4534OBJ)

A ventilação (fig.5) era outro aspecto já tido em consideração: algumas vezes bastava a abertura de poços de ventilação (chaminés); outras vezes utilizavam-se ventiladores mecânicos.

A iluminação dos trabalhos era outro factor que os profissionais tinham de levar em conta. Anteriormente iluminava-se com candis mas, o aparecimento do acetileno nas minas realizou um progresso na iluminação que se manteve mesmo depois do aparecimento da luz eléctrica, pois esta era um processo muito difícil e caro para ser instalado.

O minério não constitui por si só o enchimento dos filões e das massas ou a totalidade de uma camada ou estrato. É sempre acompanhado por minerais diversos, em que abunda o quartzo e os silicatos, formando o que se chama a ganga, que é necessário separar para a

utilização do minério nas oficinas metalúrgicas. A esta operação chama-se preparação mecânica ou lavagem.

Depois da extracção do minério, é necessário separá-lo de impurezas para poder ser submetido às subsequentes operações metalúrgicas. Esta operação é realizada em máquinas das mais variadas formas e tamanhos apropriadas aos diversos tipos de minério. Entre elas,

algumas têm por fim a trituração dos minérios, ou seja a sua redução a fragmentos. Através da utilização de água corrente e abundante, que serve de veículo aos fragmentos de rocha e minérios triturados, consegue-se a separação por diferença de densidades. A trituração pode

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ser feita através de trituradores de maxilas, trituradores de cilindros ou pilões (fig. 4) e é geralmente acompanhada de crivação (fig.7).

Este estudo não engloba as fases pelas quais passa o minério desde a sua extracção até à preparação. De qualquer modo, apresenta-se de seguida alguns desses objectos que partilham a mesma proveniência.

Fig.Fig.Fig.Fig.4444 – Modelo de bocardo metálico californiano (MPL461OBJ)

Fig.Fig.Fig.Fig.5555 – Modelo de ventilador (MPL566OBJ)

Fig.Fig.Fig.Fig.6666 – Modelo de cilindro de lavagem de minérios (MPL1214OBJ)

Fig.Fig.Fig.Fig.7777 – Modelo de crivo vibratório (MPL462OBJ)

2222....4444. A extracção do metal. A extracção do metal. A extracção do metal. A extracção do metal no século XIX no século XIX no século XIX no século XIX

Através da metalurgiametalurgiametalurgiametalurgia extrai-se o metal dos seus minérios, de modo a adaptá-lo aos fins industriais. Esta extracção pode fazer-se por meios químicos ou eléctricos, constituindo dois métodos distintos:

- Termo-metalurgia: utiliza-se o calor produzido por um combustível queimado em fornos;

- Electro-metalurgia: aproveita-se a corrente eléctrica para produzir os seus efeitos electrolíticos, precipitando o metal das suas soluções salinas.

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Neste estudo, o que nos interessa aprofundar é o método termo-metalúrgico, visto que são os fornos que utilizam o calor produzido por combustíveis o nosso objecto de análise, pelo que deixaremos de parte o método electro-metalúrgico. Ficam também excluídos todos os métodos termo-metalúrgicos que não se relacionem directamente com os objectos da colecção.

Os fornos podem classificar-se:

- segundo a natureza do combustível: combustível sólido (carvões fósseis, carvão pulverizado, etc.); combustível líquido (óleos minerais); combustível gasoso (gases);

- segundo a posição relativa das matérias a tratar e do combustível: forno de cuba (o combustível está em contacto com o minério); forno de revérbero (as matérias ficam em contacto apenas com os produtos de combustão); fornos de cadinho, de mufla (os minérios não

estão em contacto com o combustível). 2222.4.4.4.4.1. A produção de ferro coado.1. A produção de ferro coado.1. A produção de ferro coado.1. A produção de ferro coado

Nos altos-fornos (fig.8 e 9), produz-se ferro coado, através da redução dos óxidos de ferro

em presença de carvão. Além disso, permitem também separar a ganga do minério, através do emprego do fundente apropriado, ficando como resíduo a escória e separando-se o ferro coado por liquação.

Fig.Fig.Fig.Fig.8888 –––– Reconstituição gráfica de um Alto-forno simples Fig. Fig. Fig. Fig. 9999 – Reconstituição de um Alto-forno Pilz

É um todo único, protegido por um maciço de alvenaria, apoiado numa série de abóbadas que dão acesso às tubeiras dos algaravizes.

A boca do alto-forno é aberta e prolongada por uma chaminé para a saída dos gases, tendo

lateralmente uma porta para o seu carregamento.

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Compreende quatro zonas principais: a cuba, as étalagens, o laboratório (ou soleira) e o cadinho.

Existe, para além destes, outro alto-forno com uma outra estrutura: o maciço do alto-forno descansa numa série de colunas de ferro, de modo que a sua parte inferior deixa de ser solidária com a parte superior do forno.

A boca é fechada por uma tampa cónica denominada cup and cone e está suspensa num balanceiro ou similar para facilitar as manobras de abertura e fecho. Dos lados ficam as aberturas de comunicação com os recuperadores de calor.

Esta última estrutura apresenta vantagens em relação à anterior porque permite efectuar reparações na parte inferior do alto-forno, sem mexer na superior, visto que é a que mais

facilmente se deteriora em consequência de sofrer mais fortemente a acção do calor.

Para funcionar, carrega-se o alto-forno pela boca, alternando camadas de minério, fundente e combustível. O ar é insuflado e processa-se a redução do minério a metal. Mais leve que este, a escória mantém-se à superfície do metal. Pelo sangrador do fundo sai o metal em fusão, pelo de cima a escória.

Fig.Fig.Fig.Fig.10101010 –––– Modelo de Alto-forno simples existente no MPL (MPL586OBJ)

Fig. Fig. Fig. Fig. 11111111 – Modelo de Alto-forno Pilz existente no MPL (MPL465OBJ)

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Fig.1Fig.1Fig.1Fig.12222 ---- Modelo de Alto-forno com captação de gases existente no MPL (MPL571OBJ)

2222....4444.2. A produção de ferro macio.2. A produção de ferro macio.2. A produção de ferro macio.2. A produção de ferro macio O ferro macio (também denominado por ferro forjado) pode ser obtido por dois processos: o

directo, em que pelo tratamento imediato dos minérios de ferro se obtém o ferro macio; ou, indirecto, em que se parte do ferro coado, branco ou cinzento, afinando-o ou purificando-o para

obter produto semelhante.

No primeiro caso, faz-se o tratamento na forja à catalã ou pelo forno Siemens. Este método é só aplicado a minérios ricos, acompanhados de pouca ganga. No segundo faz-se pelo processo contês (38383838) e pela pudlagem e suas variantes.

A pudlagem, processo de afinação pelo método inglês, faz-se em fornos de revérbero empregando carvão de pedra ou hulha como combustível.

Este tipo de fornos (fig.13) é formado por três partes distintas: a fornalha (com a sua grelha, sob a qual fica o cinzeiro, e em que se queima carvão de pedra), a cuba (onde se deita o ferro coado e onde se dão as reacções de que resulta o ferro macio) e a rampa (que se segue à cuba e comunica com a chaminé).

O ferro impuro obtido entrava em contacto com os gases oxidantes. Mediante a agitação por meio de barras (to puddle, em inglês), todo o banho entra em contacto com o oxigénio dos gases e assim, gradualmente, queima-se o carbono e a gusa transforma-se em ferro pudlado.

38 Do francês Comtois, nome de uma antiga província de França: Franche Comtois

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Fig.Fig.Fig.Fig.11113333 – Reconstituição gráfica de um Forno de Pudlar

Fig.1Fig.1Fig.1Fig.14444 – Modelo de Forno de Pudlar existente no MPL (MPL573BJ)

Outro tipo de forno de pudlar, mas com soleira móvel é o Forno Pernot (fig. 15). Este tem a abóbada e as paredes fixas, mas a soleira é formada por uma tina circular móvel em torno de um eixo. O movimento é transmitido por engrenagem e alavanca. Para se poder reparar a soleira, esta está colocada sobre um carro que se pode retirar do laboratório. Pode-se carregar o ferro coado em lingotes ou em fusão vindo directamente de um alto-forno ou de um forno de revérbero.

Fig.1Fig.1Fig.1Fig.15555 – Reconstituição gráfica de um Forno de Pudlar de laboratório móvel

Fig.1Fig.1Fig.1Fig.16666 – Modelo de Forno de Pudlar de laboratório móvel existente no MPL (MPL577OBJ)

2222....4444.3. A produção de aço.3. A produção de aço.3. A produção de aço.3. A produção de aço

Para fabricar aço existem dois processos: aproveitando a descarbonização parcial do ferro coado, obtendo-se aço natural, aço pudlado ou aço Martin-Siemens ou fazendo a carbonização

do ferro macio, obtendo-se o aço Bessemer e o aço cementado.

Processo de descarbonização do ferro

O aço pudlado é obtido descarbonizando gradualmente o ferro coado através de um forno contês, de um forno de pudlar, de um forno Pernot ou de um Martin-Siemens.

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O aço pudlado, pouco homogéneo, é um produto intermédio entre o ferro e o aço macio. Deve ser refundido antes da sua utilização na indústria metalúrgica. A produção deste tipo de aço diminuiu consideravelmente com o aparecimento dos fornos Martin-Siemens, que permitiam obter aços com todas as proporções de carbono.

No forno Martin-Siemens (fig.17) produz-se aço homogéneo porque, ao contrário do que sucede no forno de pudlar ordinário, o metal não se obtém no estado pastoso, mas sim no de fusão. Este tipo de forno é de revérbero e aquecido por um gasógeno Siemens.

Fig.1Fig.1Fig.1Fig.17777 – Reconstituição gráfica de um Forno Martin-Siemens

Fig.1Fig.1Fig.1Fig.18888 – Modelo de Forno Martin-Siemens existente no MPL (MPL569OBJ)

A cuba do forno é ladeada por economizadores (também denominados recuperadores) cada um dos quais formado por dois compartimentos (constituídos por uma série de divisórias de tijolo): o de gás e o de ar.

É o tipo de soleira do forno que exerce influência na qualidade do aço produzido:

- a soleira ácida serve para o fabrico de aços extra-duros (como por exemplo os usados na blindagem dos navios de guerra);

- a soleira neutra é utilizada para o fabrico de aços macios de extrema qualidade, de propriedades mecânicas próximas das dos ferros laminados e forjados;

- as soleiras básicas são usadas no tratamento do ferro coado fosforoso, em que o teor de fósforo seja fraco, sendo este o processo mais dispendioso.

Processo de carbonização do ferro

O aço de cementação obtém-se pela carbonização directa do ferro, sem passar pelo estado de fusão nem pelo estado pastoso. É um processo conhecido desde a Antiguidade e utilizado

para o fabrico de ferramentas cortantes.

O aço preparado deste modo não é homogéneo, porque a sua carbonização é irregular, não podendo, por isso, ser empregue directamente. Para se obter um produto de melhor qualidade é indispensável forjá-lo a quente, pois a fundição do aço torna-o mais homogéneo. Faz-se a fusão do metal em cadinhos ou em fornos Martin-Siemens.

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No processo Bessemer para a produção de aço (convertendo o ferro coado em aço), utiliza-se a insuflação do ar comprimido, num banho de ferro em fusão, para produzir a sua descarbonização. Após esta etapa, junta-se uma nova porção de ferro, de modo a fornecer ao ferro descarbonizado o carbono necessário para produzir aço. Esta descarbonização faz-se nos Conversores Bessemer (fig.19).

O conversor, de forma oval, é de ferro forjado e é revestido no seu interior por tijolo e barro refractário. Na extremidade superior tem uma abertura por onde entra o ferro e por onde, posteriormente, sai o produto final. A

outra extremidade é perfurada, de modo a forçar a injecção de ar. O conversor é suspenso por dois braços assentes numa cremalheira que o permite girar, de forma a entrarem e saírem os produtos e a mantê-lo na vertical durante o processo.

FFFFig. ig. ig. ig. 20202020 e 2 e 2 e 2 e 21111 ---- Modelo Conversor de Bessemer existente no MPL (MPL458OBJ)

2222....4444.4. A produção de zinco.4. A produção de zinco.4. A produção de zinco.4. A produção de zinco

O zinco não se encontra na natureza em estado livre, mas sempre combinado. Os seus principais minérios são a blenda (principal minério do zinco) e a calamina (actualmente designada por silicato hidratado de zinco).

Para se extrair o zinco utiliza-se dois métodos em fases diferentes: calcinação e ustulação e/ou redução (39393939).

Um dos métodos de redução é o método belga (fig. 22 e fig. 23) e utiliza fornos de cuba em

forma de tumba, onde se dispõem tubos refractários ou retortas ligeiramente inclinados para o lado de fora, em fiadas sobrepostas. Os tubos assentam do lado da parede em dentes e do outro em placas refractárias.

Na fornalha queima-se o combustível e as chamas vão envolver as placas onde está colocado o minério e onde já estão adaptados os recipientes. 39 Nesta altura, em Portugal, não existiam minas de blenda em exploração e os jazigos de calamina estavam já esgotados.

Fig. 19 – Reconstituição do Conversor Bessemer

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Fig.Fig.Fig.Fig.22222222 – Reconstituição gráfica de um forno belga de zinco (corte: vista lateral)

Fig.Fig.Fig.Fig.22223333 – Reconstituição gráfica dos tubos refractários do forno belga de zinco

Carregam-se os tubos refractários com uma mistura de minério e carvão moídos e

humedecidos para evitar que se espalhem, levando os de baixo mais carga porque têm que suportar mais calor. Aquecidos os tubos refractários e o forno, inicia-se o aquecimento e a destilação do zinco, que se vai condensando nos recipientes à boca dos tubos refractários. Por este processo apura-se 20% do zinco contido no minério.

Fig.2Fig.2Fig.2Fig.24444 – Modelo de forno belga para zinco existente no MPL (MPL571OBJ)

FigFigFigFig.2.2.2.25555 – Modelo de forno belga para zinco existente no MPL (MPL571OBJ): pormenor dos tubos refractários

2.42.42.42.4.5.5.5.5. A produção de mercúrio. A produção de mercúrio. A produção de mercúrio. A produção de mercúrio

O mercúrio é o único metal líquido à temperatura ambiente e pode ser combinado com a maioria dos metais, dando origem a ligas amálgamas. Encontra-se na natureza num pequeno

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número de minerais, sendo o seu único minério a cinábrio e apenas em algumas regiões de Espanha, Itália, Rússia, México, Peru e Califórnia. A mina de mercúrio mais importante da Europa é a de Almaden, em Espanha.

O mercúrio extrai-se do seu minério por via seca, através da destilação, em retortas ou em fornos de cuba, seguindo-se a condensação do seu vapor. Os processos utilizados nas várias regiões são idênticos, variando apenas a forma dos fornos.

Os fornos de cuba (fig.26) são cilíndricos, cobertos por uma abóbada semiesférica com abertura de carga. O combustível é queimado na fornalha à qual se tem acesso pela mesma porta por onde entra o ar e os produtos da combustão saem pela chaminé. Sobre o arco deita-se o minério pela entrada superior ou pela abóbada. Os produtos da combustão juntamente com o ar atravessam o minério e saem com os vapores de mercúrio, pelas aberturas superiores laterais, para os aparelhos de condensação (que podem ser tubos de barro vidrados ou câmaras de alvenaria revestidas de cimento interiormente), desembocando num compartimento fechado, onde os vapores sulfurosos saem pela chaminé e os vapores mercuriais são destilados. O mercúrio condensado sai pelo aludel (aparelho de condensação)

que fica sobre a calha.

Fig.2Fig.2Fig.2Fig.26666 – Reconstituição gráfica de um forno de cuba para mercúrio

Fig.2Fig.2Fig.2Fig.27777 – Modelo de forno de cuba para mercúrio existente no MPL (MPL567OBJ)

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Outros fornos tinham aparelhos de refrigeração, como é o caso do modelo que existe no MPL (fig. 28), em vez das câmaras de condensação, constituídos por tubos de ferro fundido, revestidos de cimento interiormente e resfriados exteriormente para evitar a acção corrosiva do gás sulfuroso, e assentes num tanque de água.

Fig.2Fig.2Fig.2Fig.28888- Modelo de forno de mercúrio com aparelhos de refrigeração existente no MPL (MPL570OBJ)

2222.4.4.4.4.6. A produção de prata.6. A produção de prata.6. A produção de prata.6. A produção de prata

A prata é muito maleável, muito tenaz e o mais dúctil de todos os metais conhecidos. É inalterável ao ar seco ou húmido, à temperatura ambiente ou a altas temperaturas. A prata encontra-se no seu estado nativo associada a outros metais como o ouro, o cobre e o mercúrio e o seu minério, a argentita, encontra-se associada a outros sulfuretos como o antimónio, arsénico, cobre, ferro, etc. Pode ser extraída por via seca, via húmida ou por via electro-metalúrgica, mas tanto o segundo como o último processo são sempre precedidos

pelas operações por via seca.

São muitos os processos usados na metalurgia da prata, como a ustulação, a amalgamação, a liquação, a cianetização, entre outros. Para estudo o que nos interessa referir com mais pormenor é o processo de copelação.

O tratamento de chumbo argentífero para dele se extrair a prata consiste na sua fusão oxidante em forno de revérbero. A esta operação chama-se copelação. O chumbo é oxidado e vazado do forno em estado de fusão, enquanto que a prata, eliminado o chumbo, fica no estado sólido.

Esta operação faz-se em fornos especiais, como o forno alemão (fig. 29). Este tem a soleira circular, cavada, impermeável e básica, constituída por uma mistura de cal e argila bem batida. É coberto por um calote de ferro (e barro no interior) que se levanta por meio de correntes de

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ferro, para se carregar o chumbo argentífero. É aquecido pela fornalha e o ar entra, insuflado pelas tubagens e pelas cavidades laterais, dentro do forno sobre a superfície do banho líquido.

Carregado o forno e aceso o combustível, insufla-se o ar, mantendo o metal ao rubro. Conforme o chumbo vai passando a óxido, vai ficando à superfície (por ser mais leve que o chumbo) e corre para fora. No final fica apenas uma pequena película de onde surge a prata pura fundida. Deita-se sobre o metal água fria para a arrefecer bruscamente e recolhe-se o lingote.

Outro tipo de forno de copelação é o inglês, mas este tem a abóbada fixa e o laboratório móvel (fig. 31).

Fig.2Fig.2Fig.2Fig.29999 – Reconstituição gráfica de um forno de copelação alemão

Fig.Fig.Fig.Fig.30303030 – Modelo de forno de copelação alemão existente no MPL (MPL568OBJ)

Fig.3Fig.3Fig.3Fig.31111 – Reconstituição gráfica de um forno de copelação inglês (planta)

Fig.Fig.Fig.Fig.33332222 – Modelo de forno de copelação inglês existente no MPL (MPL575OBJ): pormenor da soleira

2222.4.4.4.4....7777. . . . Outros fornosOutros fornosOutros fornosOutros fornos Apesar de não existir mais nenhum modelo de forno para além dos já descritos, parece-me

pertinente fazer uma referência aos restantes, para um melhor entendimento global da metalurgia do século XIX.

Assim sendo, apresentam-se esquematicamente consoante o tipo de metal:

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METALMETALMETALMETAL TIPO DE FORNOTIPO DE FORNOTIPO DE FORNOTIPO DE FORNO

Forno Catalão

Cubilote

Forno Siemens

Forno Contês

FERRO

Forno Danks

Forno de Cementação AÇO

Forno para fusão

Forno de revérbero para ustulação, sistema inglês

Forno de cuba para ustulação

Forno de revérbero para fusão

Forno de cuba para fusão

COBRE

Conversor Manhés

Baixo-forno

Forno para ustulação

Forno de cuba

Forno de precipitação

CHUMBO

Forno de liquação

Forno de revérbero para calcinação

Forno silesiano ZINCO E CÁDMIO

Forno inglês

Forno Brunton de soleira rotativa

Forno de revérbero ESTANHO

Forno de cuba

Forno de Idria MERCÚRIO

Forno Czermak-Spirek

ANTIMÓNIO Forno Chatillon

PRATA Forno Parkes

Quadro n.º3Quadro n.º3Quadro n.º3Quadro n.º3 – Quadro síntese de outras tipologias de fornos

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CONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃO

a) a) a) a) AAAA colecção: notas finais colecção: notas finais colecção: notas finais colecção: notas finais

O núcleo de metalurgia é, tal como todos os existentes no MPL, representativo das colecções científicas positivistas pela sua natureza psicológica sistemática, organizada, com fio condutor. Enquanto tal, esteve dependente dos variados factores já referidos e enquadra contextos, valores e significados subjacentes a essas realidades, transformando-se num espelho da actividade humana, tanto a nível social como cientifico.

A vontade de reunir testemunhos de evoluções técnicas e didácticas foi sempre uma

constante entre professores e funcionários do ISEP e das escolas das quais é herdeiro. Fruto disso, chegou até aos nossos dias uma preciosa colecção de modelos cientifico-didácticos que demonstram, de forma clara, a evolução científica e técnica no ensino experimental desde a criação da Escola Industrial, em 1852. Mas terá isto acontecido de forma voluntária?

Desde a sua criação, o Instituto partilhou as instalações com outras instituições, pois não existiam fundos governamentais para adquirir e instalar definitivamente a escola, apesar do orçamento para a aquisição de material didáctico ter sido quase sempre generoso, permitindo colocar à disposição de alunos e professores as inovações técnicas e tecnológicas que iam decorrendo no estrangeiro.

No entanto, as constantes mudanças de edifício, o interesse mais ou menos relevante pela sua conservação, a negligência, a acumulação em cantos, armários e sótãos de material didáctico e instrumentos científicos, a dispersão, o empréstimo e muitos outros aspectos permitiram o seu desaparecimento, esquecimento ou destruição plena.

Não se sabem as razões deste espólio ter sido guardado até hoje, até porque muitos dos objectos estão incompletos... talvez por razões estéticas, por razões emotivas, pela antiguidade ou raridade… ou simplesmente por que iam ficando em armários fechados e esquecidos em qualquer outro canto ou divisão.

Existe, no entanto, um factor um pouco adverso a esta teoria de coleccionismo involuntário: se nos debruçarmos sobre cartas, relatórios e outro tipo de documentação existente no arquivo histórico do Instituto Superior de Engenharia e em Anuários da Academia Politécnica do Porto, verificamos que sempre existiu uma certa rivalidade entre as instituições que comungavam espaços, tendo mesmo existido quezílias sérias no que diz respeito à propriedade e à guarda de material e equipamentos. Chega-se mesmo a assistir a núcleos desintegrados, resultantes de partilhas menos racionais ou consensuais.

Ora, assim sendo, a conservação de acervo, mesmo que devoluto, inapropriado ou desactualizado poderia ser uma prova de poder económico, progresso e importância, logo de superioridade em relação a outras instituições similares. Até porque, mesmo hoje em dia, se distinguem as universidades e outras instituições de ensino que detêm um espólio considerável

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e representativo da sua evolução e o seu prestígio aumenta com a sua exposição e divulgação deste ao público… Terá sido esta, para além da função educativa, razão para coleccionar?

Por outro lado, a grande preocupação do Governo e do corpo docente foi o ensino na sua vertente prática, enquanto meio e estímulo do progresso da indústria nacional. Por essa razão, desde cedo se criaram estabelecimentos anexos (gabinetes, laboratórios e museus) como locais auxiliares e complementares do ensino teórico, coadjuvado com a vertente prática em oficinas devidamente instituídas nos curricula dos alunos.

Além disso, a constante participação enquanto visitantes (ou até mesmo expositores) em diversas exposições internacionais e nacionais e as variadas visitas e contactos de professores com outras instituições similares, permitiu que o corpo docente e os alunos acompanhassem o ritmo de desenvolvimento internacional e enriquecessem o seu espólio com o que de mais actual havia.

O final do século XIX e início do século XX foi, por esta razão e pelo facto de ser uma época rica em ideias e evoluções um pouco por todo o mundo, um período em que mais aquisições se realizaram.

Se o que se pretendia era um ensino inovador, mais prático que teórico, que formasse convenientemente artistas e industriais, dando-lhes bases teóricas, ao mesmo tempo que permitiam que entrassem em contacto com a realidade, tornavam-se condições sine quo non que os alunos exercessem a actividade em oficinas e ateliers, realizassem visitas a entidades fabris ou, caso isso não fosse possível, verificassem em modelos, instrumentos e outros objectos didácticos o que se pretendia dizer nos manuais e nas aulas. Todos sabemos que do conhecimento teórico à tomada de consciência da prática vai uma certa distância…

No caso da colecção em estudo, apercebemo-nos que todos os fornos representados à escala representavam processos de redução do minério que não eram comuns em Portugal, com a excepção dos altos-fornos. Porque terá o professor Miranda Júnior escolhido esses? Talvez porque os alunos não teriam possibilidade de os conhecer in loco, pelo menos em Portugal? Seria para os incentivar a utilizá-los na sua vida activa, dinamizando não só as regiões e a extracção de metais, mas também a própria economia portuguesa? Ou apenas porque eram produzidos na instituição de ensino mais conceituada na área?

Como é óbvio e já devidamente contextualizado neste estudo, tendo uma função educativa, esta colecção pretendia instruir na área da metalurgia. Através das aulas e dos manuais os alunos aprendiam a teoria, mas era através de visitas de estudo e da observação dos modelos

à escala (tal como aconselhavam os professores nos manuais) que eles tomavam consciência do que existia e como era na realidade. Foi adquirida para educar, ilustrando as inovações técnicas e tecnológicas da metalurgia no século XIX. Mesmo depois da sua incorporação no MPL não perdeu a sua função original: ela existe enquanto colecção, porque contribui para a consolidação dos objectivos do MPL, principalmente para o que pretende representar a evolução do ensino e das ciências da engenharia no século XIX.

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b) b) b) b) A colecção: porquê estudáA colecção: porquê estudáA colecção: porquê estudáA colecção: porquê estudá----la?la?la?la? A resposta à questão colocada é simples: estudar as colecções é um dever ético consagrado

no Código de Ética para Museus do ICOM (40404040) principalmente no que diz respeito à preservação do acervo em benefício da sociedade e do seu desenvolvimento, através da documentação das colecções (Secção 2, ponto 2.20) e do funcionamento dos museus de acordo com as leis internacionais, nacionais regionais e locais (Secção 7). Assim sendo, a Lei-Quadro dos Museus Portugueses (41414141) decreta que os museus devem garantir um destino unitário a um conjunto de bens culturais e valorizá-los através da investigação, incorporação, inventário, documentação, conservação, interpretação, exposição e divulgação, com objectivos científicos, educativos e lúdicos (art. 3º, nº 1, alínea a), ou seja, estudar, investigar, inventariar e documentar são algumas das funções do museu (art. 7º).

O estudo de colecções contribui, particularmente, para a concretização dos objectivos intrínsecos ao museu (42424242), na medida em que permite reunir um conjunto de documentação que:

• Protege o museu de eventuais acções legais relativas ao título de propriedade das peças e da sua divulgação;

• Assegura uma rápida localização de objectos na colecção; • Providencia uma descrição das peças perdidas, roubadas ou acidentadas; • Detecta riscos de conservação, contribui para uma manutenção adequada e documenta

todas as intervenções efectuadas nas peças; • Fornece informações essenciais à concepção e realização de exposições, de material de

divulgação e de actividades educativas; • Garante credibilidade perante outras entidades, no que diz respeito a pedidos de fundos e

intercâmbio de informações; • Certifica que caso haja mudanças na equipa de trabalho, a informação não se disperse,

altere ou desapareça, ou seja, assegura uma continuidade e normalização dos procedimentos e politicas adoptados;

• Através da sua informatização, garante uma acessibilidade mais rápida, mais abrangente e mais esclarecida a todos os interessados.

The information that accompanies an object is just as important as the object itself. Collecting

information is an integral part of collecting objects (…) Most importantly, it enables collections staff to provide a better service to users. Documentation is an essential, underpinning activity in 40 Aprovado na 15ª Assembleia Geral do ICOM em 1986 na Argentina, com revisão na 20ª Assembleia Geral em 2001 em Espanha e aprovação

na 21ª Assembleia Geral realizada em 2004 na Coreia do Sul 41 Aprovada pela Assembleia da República Portuguesa pela Lei nº 47/2004, de 19 de Agosto 42 O museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que

adquire, conserva, investiga, comunica e exibe para fins de estudo, de educação e de deleite, testemunhos materiais do homem e do seu meio

ambiente. (Código de Ética para Museus – ICOM, Glossário)

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collections and it is important to approach the documentation of a collection with the understanding that you are building up an asset for future generations (43434343).

De acordo com a Museum Documentation Association, um manual de gestão de colecções é um conjunto de instruções claras e precisas com o objectivo de uniformizar as políticas e os procedimentos relativos à incorporação, à alienação e à documentação das colecções. E se a documentação mais não é que a compilação, ordenação, controlo de toda a informação relativa à colecção, com o objectivo de identificar correctamente e contextualizar os objectos, faz todo o sentido que o primeiro passo a tomar seja proceder ao estudo das colecções, recolhendo toda a informação e documentação primária e secundária relacionada com as mesmas e organizando-a para que o inventário, o controlo e a gestão sejam actos facilitados, atingíveis e regularizados.

c) c) c) c) AAAA colecção colecção colecção colecção: algumas propostas: algumas propostas: algumas propostas: algumas propostas de valorização de valorização de valorização de valorização Motivadas por este estudo apresentam-se algumas propostas de valorização do núcleo:

• Revisão do estudo da colecção por especialistas da área de metalurgia, principalmente ao nível da semântica (em desenvolvimento);

• Actualização constante de dados através de contactos desenvolvidos com instituições relevantes para a colecção (em desenvolvimento);

• Concertação de esforços para a concretização de processos de conservação curativa e/ou restauro;

• Realização de uma exposição temporária e catálogo acerca da colecção de minas e metalurgia;

• Exploração pedagógica através do projecto “Aulas no museu”, devolvendo-lhe a sua dinâmica inicial enquanto complemento dos programas curriculares teóricos.

43 Alex Dawson citado por John Holt in http://www.collectionslink.org.uk/manage_information/manage_information_full_article (Fevereiro, 2007)

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GLOSSÁRIOGLOSSÁRIOGLOSSÁRIOGLOSSÁRIO AÇOAÇOAÇOAÇO - Ferro com liga de carbono em pequena quantidade, obtido mediante fusão e susceptível de tornar-se muito duro através da têmpera (v. TÊMPERA) AÇO DE CEMENTAÇÃO AÇO DE CEMENTAÇÃO AÇO DE CEMENTAÇÃO AÇO DE CEMENTAÇÃO - Aço portador, em toda a periferia de sua massa, de uma camada de espessura milimétrica variável, obtida através de um tratamento térmico e químico feito sobre um aço brando, que consiste em aquecê-lo em contacto com um produto, dito cemento (v. CEMENTO), de natureza sólida (carvão), líquida (banhos de cianetos) ou gasosa (amónia), de

modo que certos constituintes do cemento penetrem superficialmente na sua massa e aí se concentrem para formar uma camada de propriedades especiais, tais como aumento de dureza, de resistência à abrasão, de resistência ao choque, etc. ALGARAVIZALGARAVIZALGARAVIZALGARAVIZESESESES – orifícios por onde o ar é insuflado no forno. ALTOALTOALTOALTO----FORNOFORNOFORNOFORNO (v. CADINHO / CUBA / ETALAGEM / LABORATÓRIO) – forno onde se produz ferro coado (v. FERRO COADO), através da redução dos óxidos de ferro, em presença de carvão, e separa a ganga (v. FERRO GANGA) do minério, pelo emprego do fundente apropriado, ficando como resíduo a escória e separando-se o ferro coado por liquação (v. LIQUAÇÃO). ALUVIÃOALUVIÃOALUVIÃOALUVIÃO – Depósito de matérias orgânicas e inorgânicas deixado pelas águas ALVENARIAALVENARIAALVENARIAALVENARIA - Obra executada com tijolos, pedras brutas ou cantaria, unidos por meio de argamassa, cimento ou gesso.

BAUXITA BAUXITA BAUXITA BAUXITA - Rocha sedimentar de cor avermelhada, composta sobretudo de alumínio, com óxido de ferro e silício, e explorada como minério de alumínio. CADINHOCADINHOCADINHOCADINHO (v. ALTO-FORNO) - O cadinho é a parte mais baixa do alto-forno, tem forma cilíndrica e é onde se reúne o metal em fusão e se encontra, à superfície deste, a escória, por ser mais leve que ele. Aqui existem dois orifícios, um para a sangria (saída) das escórias e outro mais abaixo para a sangria do ferro coado. CANDIS CANDIS CANDIS CANDIS (sing. Candil) - espécie de candeias em ferro em que se utilizava como combustível o azeite ou o petróleo.

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CEMENTAÇÃOCEMENTAÇÃOCEMENTAÇÃOCEMENTAÇÃO (V. AÇO DE CEMENTAÇÃO) - Aquecimento de uma peça metálica em contacto com um cemento (v. CEMENTO), a fim de conferir a essa peça propriedades particulares. CEMENTO CEMENTO CEMENTO CEMENTO - Substância que serve para a cementação (V. AÇO DE CEMENTAÇÃO e CEMENTAÇÃO), ou seja, que, colocada sobre a superfície de um metal e aquecida a alta temperatura, se decompõe e permite a difusão de outra substância sobre o metal. COPELACOPELACOPELACOPELA - Pequeno cadinho de argila refractária, porcelana, cristal, osso calcinado etc., utilizado para a copelação (v. COPELAÇÃO). COPELAÇÃO COPELAÇÃO COPELAÇÃO COPELAÇÃO – Operação que consiste em separar, na copela (v. COPELA), por oxidação, um ou vários elementos de uma mistura líquida, desde que cada um tenha afinidade diferente pelo oxigénio.

CRIVAÇÃOCRIVAÇÃOCRIVAÇÃOCRIVAÇÃO - passagem do minério por crivos ou peneiros metálicos de malhas, com o auxilio da água, de agitadores ou de aparelhos oscilatórios, permitindo a separação dos fragmentos por ordem de volumes ou densidades CUBA CUBA CUBA CUBA (v. ALTO-FORNO) - é o tronco de cone superior do alto-forno DESCARBONIZARDESCARBONIZARDESCARBONIZARDESCARBONIZAR – tirar o carbono existente num corpo DOCIMÁSIADOCIMÁSIADOCIMÁSIADOCIMÁSIA - análise química dos minérios ECONOMIZADOR DE CALOR ECONOMIZADOR DE CALOR ECONOMIZADOR DE CALOR ECONOMIZADOR DE CALOR – acessório do forno que serve para aproveitar os gases do aparelho no aquecimento do ar que irá activar a combustão dentro deste, resultando assim uma economia de carvão e aceleração do trabalho. ETALAGEETALAGEETALAGEETALAGEMMMM (v. ALTO-FORNO) – A etalagem é o tronco de cone inferior, ou seja, a parte do alto-forno (v. ALTO-FORNO) em que o diâmetro é máximo.

FERROFERROFERROFERRO---- Metal duro e maleável, o mais importante pela sua utilização industrial e tecnológica. (v. FERRO COADO e FERRO MACIO) FERRO COADO FERRO COADO FERRO COADO FERRO COADO ---- Também denominado por ferro fundido ou gusa (V. FERRO GUSA), é um composto de ferro e carbono, em que a percentagem deste último é de 2,5 a 5% em peso. Este não admite têmpera (v. TÊMPERA) como o aço e não é susceptível de se forjar ou soldar. A sua resistência à tracção é fraquíssima, mas resiste muito bem à compressão. O ferro coado pode ser branco (onde o carbono está quase todo combinado com o ferro), cinzento (onde o

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carbono está disseminado na sua massa) ou pedrês (que apresenta malhas ou pintas cinzentas em fundo branco). FERRO GANGAFERRO GANGAFERRO GANGAFERRO GANGA – ferro que ainda não apresenta total pureza. Ainda está misturado com substâncias e parcelas de rochas adjacentes do jazigo. FERRO GUSA FERRO GUSA FERRO GUSA FERRO GUSA - ou de primeira fusão. Resultado da fundição de ferro ganga (v. FERRO GANGA) nos altos-fornos (v. ALTO-FORNO) ou pelo método catalão. É ainda impróprio e impuro para ser trabalhado com ferramentas. Apresenta um aspecto granulado e quebradiço. FERRO MACIO FERRO MACIO FERRO MACIO FERRO MACIO - aquele cujo teor em carvão é, no máximo, 0,0015 em peso, é maleável e aquecido ao rubro, sendo imediatamente a seguir mergulhado em água fria. O ferro macio pode ser: ferro forjado (obtido sem ser por fusão) ou ferro maleável (obtido por fusão) FILÃOFILÃOFILÃOFILÃO - Sequência ininterrupta de uma mesma matéria, contida entre camadas de natureza

diferente; fieira, veio de metal. FORNOFORNOFORNOFORNO - aparelho metalúrgico onde se realizam as reacções necessárias para separar o metal do seu minério. FORNO DE REVÉRBEROFORNO DE REVÉRBEROFORNO DE REVÉRBEROFORNO DE REVÉRBERO - forno munido de uma cúpula revestida de material refractário onde se consegue obter elevadas temperaturas e composto por uma fornalha e por uma soleira, não permitindo o contacto entre o combustível, o ferro e as impurezas LABORATÓRIOLABORATÓRIOLABORATÓRIOLABORATÓRIO (v. ALTO-FORNO) – Também pode ser designado por soleira. A parte do forno onde se opera a fusão. Aqui se situam os algaravizes. LIQUAÇÃOLIQUAÇÃOLIQUAÇÃOLIQUAÇÃO - Separação, por incandescência, de dois metais em liga MANGANÊSMANGANÊSMANGANÊSMANGANÊS - Elemento químico de símbolo Mn, possui o número atómico 25 e massa atómica relativa 54,938 u. É o segundo metal mais abundante na crosta terrestre. É encontrado em centenas de minerais na natureza e utilizado em ligas com o ferro, silício e na fabricação de

pilhas eléctricas. Também é conhecido como manganésio, porém é pouco utilizado devido a semelhança com o magnésio. MANGANASÍFERO MANGANASÍFERO MANGANASÍFERO MANGANASÍFERO – origem em manganês (v. MANGANÊS). PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO - Fenómeno que se verifica quando um corpo insolúvel se forma num líquido e se deposita como sedimento no fundo do recipiente.

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PUDLAGEMPUDLAGEMPUDLAGEMPUDLAGEM – processo de afinação do ferro coado para o transformar em ferro macio. Faz-se em fornos de revérbero (V. FORNOS DE REVÉRBERO) RECUPERADORES DE CALOR RECUPERADORES DE CALOR RECUPERADORES DE CALOR RECUPERADORES DE CALOR ---- ou regeneradores de calor (V. ECONOMIZADORES DE CALOR) SILICIOSOSILICIOSOSILICIOSOSILICIOSO - Que contém sílica. Que é da natureza do sílex ou que tem suas propriedades. SOLEIRA SOLEIRA SOLEIRA SOLEIRA –––– (v. LABORATÓRIO) A parte do forno onde se opera a fusão. TÊMPERATÊMPERATÊMPERATÊMPERA - É a imersão brusca de um metal ou de uma liga, aquecido ao rubro, num líquido frio que pode ser água, azeite, óleo, água acidulada ou salgada. A têmpera pode ser positiva (se alterar a estrutura do metal sensivelmente, dando-lhe maior dureza, diminuindo-lhe o alongamento elástico e aumentando a sua carga limite de elasticidade e a de ruptura) ou negativa (quando apenas aumenta o alongamento elástico, mantendo-lhe a mesma dureza e a

mesma carga limite de elasticidade). USTULAÇÃOUSTULAÇÃOUSTULAÇÃOUSTULAÇÃO - Processo de produção de um metal a partir de um minério sulfatado, através da passagem de uma corrente de ar num ambiente muito aquecido. Nestas condições ocorre uma reacção entre o enxofre do minério com o oxigénio do ar, liberando o metal, ou produzindo uma forma oxidada que passa por processo posterior de redução. Os minérios sulfatados de cobre, ferro, zinco e chumbo, são normalmente submetidos a ustulação.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO 1111 Requisição de material para o Requisição de material para o Requisição de material para o Requisição de material para o Gabinete de Arte de Minas e MetalurgiaGabinete de Arte de Minas e MetalurgiaGabinete de Arte de Minas e MetalurgiaGabinete de Arte de Minas e Metalurgia (1886) (1886) (1886) (1886)

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Nota dos modelos necessários para a installação do gabinete annexo à cadeira de Arte de Minas e Metallurgia (título) (transcrição da responsabilidade da autora)

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N. B. Os modelos requisitados n’esta nota deverão ser pedidos ao constructor Thomaz [Theodor] Gersdorf de Freiberg fornecedor da escola de minas d’aquella cidade. Os números da 1.ª columna referem-se ao catalogo do mesmo constructor.

(transcrição da responsabilidade da autora)

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO 2222 Documentos de aquisição: Requisição de material Documentos de aquisição: Requisição de material Documentos de aquisição: Requisição de material Documentos de aquisição: Requisição de material para o Instituto (1886)para o Instituto (1886)para o Instituto (1886)para o Instituto (1886)

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Requisição de material para o Instituto, 1886 (página 1)

Instituto Industrial e Commercial do Porto

Relação das requisições dos modelos, machinas e apparelhos necessários para a installação dos gabinetes e officinas d’este Instituto, segundo o disposto no Decreto de 30 de dezembro de

1886. (transcrição da responsabilidade da autora)

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Requisição de material para o Instituto, 1886 (página 7) Nº 2 - Para o Gabinete annexo à cadeira “Arte de Minas” da casa Thomaz [Theodor] Gersdorf de Freiberg (transcrição da responsabilidade da autora)

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Requisição de material para o Instituto, 1886 (página 7 - verso)

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ANEXO 3ANEXO 3ANEXO 3ANEXO 3 Relação do material adquirido para o Gabinete de Arte de MRelação do material adquirido para o Gabinete de Arte de MRelação do material adquirido para o Gabinete de Arte de MRelação do material adquirido para o Gabinete de Arte de Minas em 1887inas em 1887inas em 1887inas em 1887----1888188818881888

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ANEXO 4ANEXO 4ANEXO 4ANEXO 4 Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1920Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1920Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1920Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1920----1921)1921)1921)1921)

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ANEXO 5ANEXO 5ANEXO 5ANEXO 5 Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1927)Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1927)Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1927)Programa da 12ª Cadeira (ano lectivo 1927)

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ANEXO 6ANEXO 6ANEXO 6ANEXO 6 Carta do director do Instituto para a RepCarta do director do Instituto para a RepCarta do director do Instituto para a RepCarta do director do Instituto para a Repartição do Comércio e Indústriaartição do Comércio e Indústriaartição do Comércio e Indústriaartição do Comércio e Indústria

a requisitar fundos para proa requisitar fundos para proa requisitar fundos para proa requisitar fundos para proceder ao pagamento da encomendaceder ao pagamento da encomendaceder ao pagamento da encomendaceder ao pagamento da encomenda feita a Theodor Gersdorf (1888)feita a Theodor Gersdorf (1888)feita a Theodor Gersdorf (1888)feita a Theodor Gersdorf (1888)

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1888 8 de Fevereiro

N.º 22

P.ª Repartição de Commercio e Industria

Ill.mo e Ex.mo. Snr. Tenho a honra de submetter a approvação de V.ª Ex cia para que se digne auctorisar o seu pagamento a inclusa requesição de fundos N. 14 na importancia de 1.290:500 p.ª pagam.to do material

incommendado á Casa Thomaz Gersdorf, de Freiberg p.ª o gabinete d’arte de minas d’este Instituto, tendo sido auctorisada esta despesa extraordinária por despacho de S. Ex.ª o Ministro, de 27 de Agosto de 1887.

Deus guarde V.ª Ex.ª. Porto, 8 de Fevereiro de 1888. Ill.mo e Ex.mo. Snr. Conselheiro Director Geral do Commercio e Industria. O Director = Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa.

(transcrição da responsabilidade da autora)

Carta de 5 de Fevereiro de 1888 do director do Instituto para a Repartição do Comércio e Indústria a requisitar fundos para proceder ao pagamento da encomenda feita a Theodor Gersdorf in Correspondência enviada 4 de Abril de 1885 a 24 de Outubro de 1889. Livro D4 – Arquivo Histórico do ISEP.

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ANEXO ANEXO ANEXO ANEXO 7777 CaCaCaCarta de Theodor Gersdorf recebida prta de Theodor Gersdorf recebida prta de Theodor Gersdorf recebida prta de Theodor Gersdorf recebida pelo professor de Arte de Minas,elo professor de Arte de Minas,elo professor de Arte de Minas,elo professor de Arte de Minas,

Miranda Júnior (1888)Miranda Júnior (1888)Miranda Júnior (1888)Miranda Júnior (1888)

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Freiberg, 18 /10/88 Sr. Prof. Miranda Júnior

Porto

Em resposta à sua carta do dia 9 deste mês, venho comunicar-lhe que grande parte da sua

encomenda já está feita. Só falta um grande modelo que vou terminar agora porque preciso de uma caixa grande. Vou embalar os outros mais pequenos que já estão prontos para embalagem e transporte. Estou pronto a servi-los sempre que for

preciso. Saudações sinceras.

Theodor Gersdorf

(Tradução livre da autora)

Carta de Theodor Gersdorf recebida pelo professor de Arte de Minas, Miranda Júnior, em 1888 in Instituto Industrial do Porto: Correspondência recebida - 4 de Janeiro de 1886 a 29 de Dezembro de 1887. Arquivo Histórico do ISEP.

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ANEXO 8ANEXO 8ANEXO 8ANEXO 8 Despacho alfandegário dos objectos provenientes da Alemanha (1889)Despacho alfandegário dos objectos provenientes da Alemanha (1889)Despacho alfandegário dos objectos provenientes da Alemanha (1889)Despacho alfandegário dos objectos provenientes da Alemanha (1889)

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Despacho alfandegário n.º 38835 de 7 de Janeiro de 1889 dos modelos provenientes da Alemanha, despachados por Theodor Gersdorf para o Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial e Comercial do Porto

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ANEXO 9ANEXO 9ANEXO 9ANEXO 9 Inventário Geral do Instituto (1938)Inventário Geral do Instituto (1938)Inventário Geral do Instituto (1938)Inventário Geral do Instituto (1938)

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ANEXO 1ANEXO 1ANEXO 1ANEXO 10000 Normas de Preenchimento das Fichas de InventárioNormas de Preenchimento das Fichas de InventárioNormas de Preenchimento das Fichas de InventárioNormas de Preenchimento das Fichas de Inventário

do Núcleo de Metalurgia do Museu Parada Leitãodo Núcleo de Metalurgia do Museu Parada Leitãodo Núcleo de Metalurgia do Museu Parada Leitãodo Núcleo de Metalurgia do Museu Parada Leitão

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NORMAS DE PREENCHIMENORMAS DE PREENCHIMENORMAS DE PREENCHIMENORMAS DE PREENCHIMENTO DAS FICHAS DE INNTO DAS FICHAS DE INNTO DAS FICHAS DE INNTO DAS FICHAS DE INVENTÁRIOVENTÁRIOVENTÁRIOVENTÁRIO DO NÚCLEO DE METALURDO NÚCLEO DE METALURDO NÚCLEO DE METALURDO NÚCLEO DE METALURGIA DO MUSEU PARADA GIA DO MUSEU PARADA GIA DO MUSEU PARADA GIA DO MUSEU PARADA LEITÃOLEITÃOLEITÃOLEITÃO

O preenchimento das fichas de inventário deve ser feitos em suporte informático, mas precedido do registo em suporte papel devidamente organizado em processo individual, onde são anexados também

todas as fontes e documentos que justificam os dados inseridos nas fichas de inventário. Um registo só pode ser efectuado ou alterado na aplicação informática pelo responsável da colecção ou após a verificação dos dados em suporte papel e respectiva autorização deste. Finalizado o registo na aplicação informática deve efectuar-se um upload da cópia de segurança, de modo a garantir a integridade da informação.

OBJECTIVOOBJECTIVOOBJECTIVOOBJECTIVO A inventariação como actividade pode ser dividida em três partes distintas:

• adquirir informações directamente dos objectos como por exemplo descrição, materiais, perigos, medidas, estado de conservação

• adquirir informação adicional acerca do objecto após investigação como por exemplo designação especifica, produção, percurso

• normalizar e inserir a informação nas fichas de inventário Não existindo actualmente um departamento de Gestão de Documentação e Informação de Colecções, este Manual pretende auxiliar e orientar todos os técnicos do MUSEU PARADA LEITÃO no trabalho de inventariação das colecções, definindo normas e procedimentos de preenchimento das fichas de inventário. Este manual de procedimentos para o preenchimento das fichas de inventário destina-se apenas ao acervo incorporado definitivamente no MUSEU PARADA LEITÃO. Em caso de depósito ou empréstimo, deverá ser consultado o Manual de Gestão de Colecções do Museu Parada Leitão.

NOMENCLATURANOMENCLATURANOMENCLATURANOMENCLATURA Todos os campos assinalados ou com tabelas de valores associadas devem usar um vocabulário

estruturado para descrever e indexar o acervo. Uma nomenclatura consistente é essencial pois os termos são usados em pesquisas, daí que uma lista ou um thesaurus previamente estabelecidos contribuem para autenticar as denominações utilizadas. Qualquer termo ou alteração das tabelas e listas deverá ser atribuída e/ou aceite apenas pelo técnico responsável da colecção ou pelo conservador, conforme a especificidade da terminologia.

CASOS ESPECIAISCASOS ESPECIAISCASOS ESPECIAISCASOS ESPECIAIS Qualquer situação que surja e não esteja contemplada neste manual deve ser esclarecida junto do Técnico responsável pela colecção ou, na ausência deste, do Director do Museu.

REVISÃOREVISÃOREVISÃOREVISÃO Este manual será revisto de 5 em 5 anos, ou em casos especiais quando se revelar imprescindível.

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1. INFORMAÇÃO DO OBJECTO1. INFORMAÇÃO DO OBJECTO1. INFORMAÇÃO DO OBJECTO1. INFORMAÇÃO DO OBJECTO Atribuição do número de inventárioAtribuição do número de inventárioAtribuição do número de inventárioAtribuição do número de inventário O número de inventário é sempre alfanumérico e constituído pelos seguintes caracteres: • Em primeiro lugar surge a sigla do museu (MPL); • Segue-se o número que individualiza o objecto na colecção. Este número é contínuo,

independentemente de qualquer característica, correspondendo na realidade ao número de incorporação no inventário do MPL;

• Por fim, seguem-se as letras que identificam a Super-categoria onde o objecto foi integrado. No caso dos modelos de fornos será sempre OBJ. Exemplo: MPL567OBJ

No MPL, para além do inventário em suporte papel, é obrigatório registá-lo na base de dados informática. Esta aplicação está preparada para atribuir automaticamente o nº de inventário, evitando erros ou repetições, o que significa que, caso se opte por preencher primeiro a ficha de inventário em suporte papel, deve ser verificado se já existe o número que pretendemos atribuir para que não haja repetições. Outra opção consiste em preencher primeiro os campos obrigatórios da ficha na aplicação informática, imprimi-la e utilizá-la como ferramenta de trabalho a partir desse momento.

ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário Todos os objectos provenientes do ISEP são, até ao momento, propriedade dessa instituição, pois ainda não existe qualquer documento legal que institua outra situação. A propriedade de novos objectos depende do modo de incorporação e a quem passam legalmente a pertencer.

SuperSuperSuperSuper----categoriacategoriacategoriacategoria A Super-categoria corresponde à divisão do espólio do MPL em conjuntos alargados, de modo a facilitar a sua pesquisa. Estes vão identificar, à partida, a tipologia das peças consoante as suas características gerais: • Objectos - onde se incorporam instrumentos científicos e modelos didácticos; • Estampas e Desenhos – onde se englobam estampas, trabalhos curriculares, cartografia e topografia

ou quadros parietais;

• Fotografia –––– que como o nome indica, enquadra fotografias e álbuns. Modelos didácticos de fornos enquadram-se obrigatoriamente na Super-categoria OBJECTOS. CategoriaCategoriaCategoriaCategoria O objectivo desta classificação é o de alcançar um nível mais apurado de sistematização dos agrupamentos de peças, de modo a viabilizar uma melhor gestão e acessibilidade à informação do

inventário dessas colecções. Diz directamente respeito à área de aprendizagem com a qual estiveram relacionados e para a qual foram adquiridos, pelo que não é permitido acrescentar outras classificações. Neste caso especifico será sempre MINAS E METALURGIA. SubSubSubSub----categoriacategoriacategoriacategoria

A sub-categoria corresponde ao tipo de instrumento destacando de um modo mais apurado a funcionalidade deste. No caso da colecção em estudo: FORNOS ou CONVERSORES.

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DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação A denominação do objecto deve garantir uma rápida identificação de todas as suas características principais e não é mais do que uma curta descrição que não ocupa mais do que uma linha. O objecto poderá variar conforme a sua forma, composição, contexto, modo de operação, processo, entre outros. É obrigatória, caso se tenha conhecimento, incluir-se essa particularidade na denominação, mas sempre com o menor número de termos possível e entre parênteses curvos. Não se pode usar terminologia ambígua. Deve indicar-se o nome de quem patenteou ou desenhou o objecto se este recebeu o nome dessa pessoa. Assim sendo, deve incluir o tipo de operação que é realizada no forno e/ou o tipo de metal extraído e o título conhecido. Exemplos: Forno para copelação de prata, sistema alemão (modelo) Forno para mercúrio Alberti (modelo) Outro número de inventárioOutro número de inventárioOutro número de inventárioOutro número de inventário Para além do n.º de inventário actualmente associado a uma peça, outros poderão ter existido com reconhecido interesse para a história do próprio objecto, designadamente números incluídos em antigos inventários, cadastros ou publicações várias. Em qualquer dos casos, dever-se-á sempre fazer referência à fonte a que se reportam esses números entre parênteses curvos. LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização

Este campo deve ser permanentemente actualizado e indicar com rigor e especificidade onde se encontra a peça: • quando em exposição, deve identificar-se a sala. Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: Sala de Civil • quando em reserva, deve identificar-se o armário, prateleira e contentor ou capa de arquivo,

separados por vírgulas. Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: A1,P4,CA5; • quando em empréstimo, deve identificar-se a entidade receptora e número do contrato, separados

por vírgulas. Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: Museu Militar do Porto, E03/2007; • quando numa actividade de conservação e restauro, deve identificar-se a entidade e número do

contrato. Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: Pedro Sousa, CR12/2007. Deve ter-se o cuidado de alterar este campo sempre que a situação se modifique.

2. IDENTIFICAÇÃ2. IDENTIFICAÇÃ2. IDENTIFICAÇÃ2. IDENTIFICAÇÃO DO OBJECTOO DO OBJECTOO DO OBJECTOO DO OBJECTO Os campos desta secção incluem uma descrição mais aprofundada do objecto. Apesar de na fase de trabalho temporário, apenas ser pertinente a DESCRIÇÃO do objecto, à medida que o estudo da colecção for evoluindo, a identificação deve ser completada e devem preencher-se os restantes campos. DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição

Este campo deve ser o mais completo e correcto possível. Assim sendo, após a descrição inicial obrigatória no momento de entrada do objecto, sempre que o responsável pelo inventário se apropriar de terminologia mais adequada, a descrição deve ser corrigida e/ou complementada.

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A descrição deve ser pensada como uma série de componentes descritivos que podem ser pesquisados, daí que devem ser o mais correctos possível. Obrigatoriamente deverá conter a seguinte informação: 1. Número de componentes (escrever números por extenso de 0 a 9 e números do 10 em diante).

ExemploExemploExemploExemplo: conjunto de…; dois…; 15… 2. Denominação. 3. Número do modelo e número de série, caso existam. 4. Materiais. Quando existem dúvidas, deve indicar-se um tipo de material generalizado.

ExemploExemploExemploExemplo: Metal. 5. Material associado. Exemplos. Exemplos. Exemplos. Exemplos: caixa; acessórios; moldura A descrição deve seguir tendencialmente os seguintes princípios: • Partir do exterior para o interior e do geral para o particular; • Acompanhar logicamente a verticalidade ou horizontalidade da própria peça, do topo para a base. Outro tipo de abordagem é possível consoante a configuração da peça; • Identificar primeiro a forma e a estrutura e descrever depois os elementos acessórios ou decorativos.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção Este campo deve explicitar, de forma sintética e clara, a função original do objecto. AutoriaAutoriaAutoriaAutoria Este campo deve, sempre que possível, informar acerca do autor e/ou oficina onde foi executado e o

local de realização. As denominações devem ser mantidas no idioma original. O preenchimento deste campo deve respeitar algumas regras: • Caso ambos existam, o autor e oficina devem ser separados por barras ( / ); • A localidade e o país de execução devem surgir entre parênteses curvos, separados por vírgulas e

imediatamente a seguir ao nome autor/oficina.

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições Por marca, entende-se todos os elementos apostos nas peças durante o processo de fabrico. Por Inscrição entende-se toda e qualquer referência textual gravada, pintada, impressa ou estampada na peça. Deve ser referida sempre o tipo de marca/inscrição, o método, e a localização da mesma. A transcrição deve ter em conta alguns princípios: • O texto é sempre dado em maiúsculas e tal como foi inscrito (L é sempre L mesmo que tenha valor

de U). Quando conhecido o seu real valor apresenta-se a seguir à respectiva palavra dentro de parênteses rectos;

• As siglas e abreviaturas, quando conhecidas, desdobram-se entre parênteses curvos e em itálico; • A divisão de linhas é assinalada através de barras ( / ); • Assinala-se também a pontuação original quando existente; • Qualquer informação gráfica deve ser traduzida textualmente entre parênteses rectos e,

posteriormente, ser fotografada ou desenhada e anexada aos elementos multimédia.

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História do ObjectoHistória do ObjectoHistória do ObjectoHistória do Objecto Neste campo, devem ser lançadas todas as informações pertinentes para o conhecimento do percurso da peça desde a sua execução até ao momento actual: para além do percurso da peça, neste campo deve ser incluída informação acerca da produção do objecto i. é nome do inventor ou designer, data de invenção, nome da entidade que detém a patente e data da patente. Utilizadores ou proprietários anteriores também devem ser registados se a informação for relevante. A descrição do percurso deve iniciar-se no acontecimento mais antigo até ao mais recente. Os nomes associados devem ser escritos normalmente, ou seja, o nome próprio em primeiro lugar. ExemploExemploExemploExemplo: “…inventado por John Smith” e não “…inventado por Smith John”. As datas devem ser escritas do seguinte modo: dd/mês/aaaa. Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: 22/Setembro/1915 Caso não se saiba a data exacta, deve-se colocar a mais especifica possível ou o menor limite temporal que se conheça. Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo: segunda metade do século XIX; 1898-1915; c. 1890

3. INFORMAÇÃO TÉCNICA3. INFORMAÇÃO TÉCNICA3. INFORMAÇÃO TÉCNICA3. INFORMAÇÃO TÉCNICA

MateriaisMateriaisMateriaisMateriais Neste campo enumeram-se os materiais utilizados no fabrico da peça. Sempre que o conservador não possa esclarecer quais os materiais constituintes específicos, devem ser sempre identificados valores mínimos (Exemplo: madeira, metal). Neste caso, deve ser consultado um especialista para definir os materiais. No caso de estarmos na presença de um material considerado perigoso, a marcação no objecto deve

assinalar essa característica e deve ser obrigatoriamente especificado no inventário qual é o material. DimensõesDimensõesDimensõesDimensões As dimensões altura, largura, comprimento e diâmetro devem sempre referidas em centímetros, salvo excepções em que essa unidade de medida se revele inadequada à medição da peça. A dimensão peso deve ser sempre referida em gramas, salvo excepções em que essa unidade de medida se revele inadequada à medição da peça.

Neste campo devem incluir-se não só as dimensões por partes principais mas também as medidas gerais máximas. No caso de partes ou de peças de contornos irregulares, as respectivas dimensões serão lançadas em função da figura geométrica em que aqueles se inscrevem.

4. INCORPORAÇÃO4. INCORPORAÇÃO4. INCORPORAÇÃO4. INCORPORAÇÃO Neste campo deve incluir-se não só a data de incorporação no ISEP, mas também no MPL. O modo de incorporação deve ter em conta que: • Aquisição – contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma coisa, ou outro direito, mediante

um preço. Devem indicar-se nos campos respectivos ou, caso não existam, nas observações, o nome dos anteriores proprietários, a entidade que procedeu à venda e o custo da peça.

• Dação em Pagamento – prestação, com o acordo do credor, de uma coisa diversa da que constitui o objecto da obrigação, ficando o devedor exonerado da sua obrigação. Por exemplo, se Individuo A deve dinheiro ao Museu Parada Leitão, a dívida pode ser saldada com a entrega, por parte do

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devedor ao Museu, de um objecto ou conjunto de objectos que tenham um valor igual ao total da dívida, desde que obviamente haja a concordância do Museu Parada Leitão

• Desconhecido – sempre que não seja possível apurar o modo de incorporação. • Doação – contrato no qual uma pessoa, por espírito de liberdade e à custa do seu património, dispôs

gratuitamente do objecto ou do seu direito, ou assume uma obrigação, em benefício do museu. Devem indicar-se nos campos respectivos ou, caso não existam, nas observações, o nome do doador e, no caso deste agir em memória de alguém, registar esse facto.

• Herança – diferencia-se do legado por não se encontrar determinado no testamento os bens a herdar, mas antes o valor a que tem direito (ex.: 10% dos objectos a favor do museu).

• Legado – sucessão deferida por testamento reconhecido. • Permuta – contrato pelo qual se transmite a propriedade de um bem contra a propriedade de um

outro bem • Preferência – convenção pela qual alguém assume a obrigação de dar preferência a outrem na venda

de determinada coisa • Recolha Directa – Quando o objecto foi realizado no Instituto superior de Engenharia • Transferência – passagem de uma ou mais peças de uma instituição para o museu, a título definitivo,

pressupondo o abatimento da peça na instituição de origem ou a extinção desta.

O custo da peça deve ser indicado na moeda em que foi adquirido. Sempre que possível deve fazer-se referência à data e ao câmbio para a moeda portuguesa que circulava na época e/ ou para euros, considerando que é o sistema monetário em vigor. A avaliação deve apresentar o preço na moeda em vigor no momento da apreciação e a data desta.

5. DATAÇÃO5. DATAÇÃO5. DATAÇÃO5. DATAÇÃO Quando existe uma datação exacta, esta deve incluir o ano e este ser precedido do século correspondente. Quando este campo não é conhecido com precisão deve ser registada a margem mínima conhecida ou probabilidade existente. A justificação da data deve remeter sempre para a documentação ou técnica utilizada para a definir.

6. ESTADO DE CONSERVAÇÃO6. ESTADO DE CONSERVAÇÃO6. ESTADO DE CONSERVAÇÃO6. ESTADO DE CONSERVAÇÃO O bom ou mau estado de conservação de uma peça tem a ver com a boa conservação dos materiais que a constituem, ou seja, com o estado de avanço dos processos de deterioração que são inevitáveis. Mas estes processos podem influir, ou não, na aparência física imediata da peça. Com vista a uma normalização da linguagem optou-se por uma lista de valores pré-definidos: • Muito Bom – Peça em perfeito estado de conservação: os materiais não apresentam falhas ou

lacunas e os danos provocados por agentes de degradação foram nulos ou mínimos. • Bom – Peça sem problemas de conservação: materiais estabilizados. • Regular – Peça ou fragmento de peça (que permite uma restituição da original) que apresenta

lacuna(s) e/ou falha(s) e que necessita de intervenções de conservação e/ou restauro, mas que tem os materiais estabilizados.

• Deficiente – Peça em que é urgente intervir: apresenta lacunas e/ou falha(s) e sinais de degradação contínua nos materiais (não estabilizados).

• Mau – Peça muito mutilada que apresenta graves problemas de conservação. A razão porque foi feita uma determinada opção deve ser especificada de forma clara e sucinta, visto esta não ser uma ficha de conservação.

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7. INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO7. INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO7. INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO7. INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO Neste campo devem ser referidas, de forma resumida, visto esta não ser uma ficha de conservação e restauro, as intervenções efectuadas na peça, o local, especificações, data e outras considerações relevantes.

8. BIBLIOGRAFIA8. BIBLIOGRAFIA8. BIBLIOGRAFIA8. BIBLIOGRAFIA A bibliografia de inventário é organizada por autor, e nela incluem-se: • Obras em que a peça aparece efectivamente citada;

• Obras gerais ou específicas indispensáveis ao estudo e referenciação da peça. A inserção de títulos segue as normas portuguesas de descrição bibliográfica.

9. EXPOSIÇÕES9. EXPOSIÇÕES9. EXPOSIÇÕES9. EXPOSIÇÕES Deverão ser mencionadas, por ordem cronológica, todas as exposições em que a peça esteve presente. Referir-se-á o título definitivo da exposição, local e data.

10. OBSERVAÇÕES10. OBSERVAÇÕES10. OBSERVAÇÕES10. OBSERVAÇÕES Aqui devem ser incluídas todas as outras informações pertinentes para a identificação e gestão dos objectos, que não se enquadrem de um modo directo nos campos anteriores.

11. MULTIMÉDIA11. MULTIMÉDIA11. MULTIMÉDIA11. MULTIMÉDIA Neste campo devem ser incluídas todas as representações gráficas, incluindo de pormenores, relacionadas com o objecto. As características formais dos elementos multimédia são definidos no MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA A APLICAÇÃO INFORMÁTICA DO MUSEU PARADA LEITÃO.

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IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e Metalurgia SubSubSubSub----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores:

LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: IDENTIFICAIDENTIFICAIDENTIFICAIDENTIFICAÇÃOÇÃOÇÃOÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial:

IMAGEM

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DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Custo:Custo:Custo:Custo: AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data:

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecEspecEspecEspecificaçõesificaçõesificaçõesificações DataDataDataData

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INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo Data de inícioData de inícioData de inícioData de início Data de fimData de fimData de fimData de fim

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

IMAGEM

IMAGEM

N.º DA IMAGEM E LEGENDA N.º DA IMAGEM E LEGENDA

Preenchido por: Data:

Actualizado por: Data:

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87

ANEXO 11ANEXO 11ANEXO 11ANEXO 11 Fichas de inventário do núcleo de metalurgia do MPL (2007)Fichas de inventário do núcleo de metalurgia do MPL (2007)Fichas de inventário do núcleo de metalurgia do MPL (2007)Fichas de inventário do núcleo de metalurgia do MPL (2007)

Page 94: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

88

Inv. n.º MPL458OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL458OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia SubSubSubSub----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Conversores DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: Conversor para aço Bessemer (modelo) N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,380 (Inventário Geral de 1938)

LoLoLoLocalizaçãocalizaçãocalizaçãocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas) IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de Conversor para aço Bessemer, em madeira e metal. Na zona superior da estrutura encontra-se uma cúpula, de chapa de ferro rebitado, prolongada por uma chaminé e com pequenos tubos e torneiras na zona lateral da mesma. Em baixo desta existe uma plataforma em metal com várias áreas distintas:

- a toda à volta encontra-se um passadiço com varanda sustentado por 8 colunas e acessível através de uma escada (localizada na zona lateral direita), um guindaste e duas alavancas que manobram os elementos situados por baixo do passadiço; - no meio do passadiço (exactamente por baixo da cúpula com chaminé) está o Conversor, de forma oval e de ferro rebitado, com uma abertura na zona superior e, no lado oposto, uma tampa que tapa as perfurações. O conversor é suspenso por dois braços assentes numa cremalheira que o permite girar e mantê-lo na vertical. O seu interior é pintado de cor branca a imitar barro refractário. - por baixo do passadiço, encontram-se os elementos que conduzem o conversor: uma bomba hidráulica manobrada pelas alavancas (já referidas), cuja haste do êmbolo é prolongada por uma cremalheira montada num dos munhões do conversor (também já referido). O outro munhão, situado no lado oposto do conversor, está ligado a um tubo que, por sua vez, se liga ao fundo do conversor. Por baixo desta estrutura, encontramos um carril onde circula um pequeno balde de ferro. No lado esquerdo da estrutura está localizada a colher de fundição, idêntica ao balde de ferro mas maior, sustentada no extremo de uma alavanca movimentada por uma bomba hidráulica, em torno de uma coluna. Tal como o conversor também os baldes são pintados, interiormente, de branco a imitar barro refractário. Entre esta zona e a base, existem duas entradas na área frontal e uma na retaguarda,

situada ao nível do solo. Abaixo de uma das entradas frontais encontra-se a placa com a identificação do objecto e com referência à autoria e à escala gráfica.

Page 95: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

89

Inv. n.º MPL458OBJ

FunçãoFunçãoFunçãoFunção Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de uma estrutura de produção de aço através de um conversor Bessemer.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria Colada

Base, zona frontal, centro Bessemer-Apparat nach Holley / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu Freiberg i/S.[in Sachsen]. / [representação gráfica da escala 16 cm / 2 m] / Th. [Theodor] Gersdorf

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser

utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Base Altura 2,5 cm

Base Largura 58,5 cm

Base Comprimento 128,5 cm

Estrutura Altura 65,5 cm

Estrutura Largura 61,5 cm

Estrutura Comprimento 130,5 cm

Medidas gerais Altura máxima 105 cm

Page 96: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

90

Inv. n.º MPL458OBJ

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889

Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 800 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis)

AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 1500$00 DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889

Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro de caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData

Bom 1938-12-01

Regular 2005-11-18

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2006-12-15

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROÃO E RESTAUROÃO E RESTAUROÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo Data de inícioData de inícioData de inícioData de início Data de fimData de fimData de fimData de fim Patrícia Costa (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-18 2005-11-18

Page 97: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

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Inv. n.º MPL458OBJ

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor (8 de Outubro de 1888) - Correspondência recebida

• IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun da Academia de Minas de Freiberg). MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 458 – Vista geral frontal Imagem 458 (1) – Conversor Bessemer

Imagem 458 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Page 98: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

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Inv. n.º MPL458OBJ

Imagem 458 (3) – Vista geral lateral direita Imagem 458 (4) . Vista geral lateral esquerda

Imagem 458 (5) – Conversor Bessemer Imagem 458 (6) – Conversor Bessemer

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 99: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

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Inv. n.º MPL465OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL465OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia SubSubSubSub----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Fornos DeDeDeDenominaçãonominaçãonominaçãonominação: : : : Alto-forno Pilz (modelo) N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,329 (Inventário Geral de 1938)

LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas) IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de alto-forno Pilz assente numa base em madeira pintada de cinzento onde está colocada a placa de identificação do forno, da autoria do modelo e a escala. Desmontável em 3 partes principais: a chaminé e dividido em corte longitudinal, de modo a visualizar-se o seu interior. É de madeira pintada de branco a imitar alvenaria

e revestido a chapas de metal rebitado sustentadas por 4 colunas de metal. Exteriormente, na zona superior, encontra-se a boca e a chaminé; em baixo, em redor da zona que vai desde a étalagem até ao laboratório, encontram-se 8 pequenas torneiras metálicas, 7 tubeiras metálicas, todas ligadas a um tubo de captação de gases em chapa de metal rebitado que circunda todo o forno e vai desaguar numa outra tubagem insufladora; finalmente, na zona do cadinho, encontramos 4 sangradores: 2 em cima e 2 mais abaixo. No seu interior observamos, ou através da cor ou da possibilidade de se desmontar, as principais zonas do alto-forno: na parte superior (cor tijolo) encontramos a boca e a cuba, abaixo fica a zona da etalagem (a branco). Segue-se a zona do laboratório (a cinzento) e o cadinho (a branco) onde podemos ver as entradas das tubeiras e os sangradores.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um alto-forno e da produção de ferro coado.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria

Colada

Page 100: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

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Inv. n.º MPL465OBJ

Localização

Transcrição

Base, zona frontal, centro PilzscherHochofen / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu Freiberg in Sachsen. / [representação gráfica da escala 16cm/2m] /

Th. [Theodor] Gersdorf

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro

de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais

DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Base Largura 61 cm

Base Comprimento 61,5 cm

Forno Altura 65 cm

Forno Diâmetro 30 cm

Medidas gerais Altura máxima 77 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 300 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis) AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 500$00

Page 101: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

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Inv. n.º MPL465OBJ

DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889

Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData

Bom 1938-12-01

Bom Completo 2002-07-25

Regular Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2006-12-15

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO EINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO EINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO EINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO RESTAURO RESTAURO RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo Data de inícioData de inícioData de inícioData de início Data de fimData de fimData de fimData de fim

Alcides Coutinho (Gondomar) Colagem de elementos (Régua em madeira da base)

2003-02-16 2003-03-28

Alcides Coutinho (Gondomar) Reconstituição dos elementos em falta (Régua em madeira da base)

2003-03-16 2003-03-28

Patrícia Geraldes (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-29 2005-11-29

Patrícia Geraldes (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2006-12-15 2006-12-15

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor (8 de Outubro de 1888) - Correspondência recebida • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário

Page 102: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

96

Inv. n.º MPL465OBJ

• VERRIER, Urbain (1894) - Cours de Métallurgie professé à l''École des Mines de Saint-Étienne. Paris: Librairie Chevalier, Baudrie & Cie..

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 465 – Vista geral frontal Imagem 465(1) – Vista geral retaguarda

Imagem 467(2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Imagem 465(3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 465(4) . Vista geral lateral direita

Page 103: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

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Inv. n.º MPL465OBJ

Imagem 465(5) – Corte (interior por zonas: boca, etalagem, laboratório, cadinho)

Imagem 465(6) – Pormenor: chaminé (exterior)

Imagem 465(7) – Pormenor: cadinho, sangrador e

soleira (interior) Imagem 465(8) – Pormenor: tubagens e torneiras

(exterior)

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 104: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

98

Inv. n.º MPL567OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL567OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia SubSubSubSub----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Fornos DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: Forno de cuba para mercúrio, sistema espanhol (modelo)

N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,321 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas) IDIDIDIDENTIFICAÇÃOENTIFICAÇÃOENTIFICAÇÃOENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de forno de cuba, de madeira e metal, pintado de vermelho, cinzento e branco e assente numa base em madeira pintada de cinzento. No lado esquerdo da cobertura existe uma chaminé de metal e uma abóbada, de cor branca, semiesférica com abertura de carga. A ligar esta zona ao centro da cobertura existe uma espécie de escada. Ao centro da cobertura, em cada um dos dois planos,

ligeiramente inclinados para o centro, assentam duas séries de dezoito aludeis encaixados uns nos outros e que confluem, na área mais baixa, numa espécie de calha. Esta calha está ligada a dois tubos que fazem a ligação desta com o canal na zona imediatamente inferior, ao nível do solo. As fileiras de aludeis terminam numa câmara, com entrada em grelha, e numa chaminé (que já não existe). Na área inferior encontramos, na zona lateral esquerda, a entrada para o forno e, na zona frontal mais acima que o nível do solo, uma pequena porta de metal, com trinco de alavanca, sob a qual está a placa de identificação. Na área central existem três espécies de túneis. No do meio podem observar-se os tubos que vêm desde a calha superior (já referidos) e que vão desembocar num outro canal. Este último vai desaguar em três tanques. Interiormente, verifica-se que o forno é de cuba, cilíndrico e que tem, na zona superior ao nível da cobertura, a abertura já referida e a chaminé. Imediatamente abaixo localizam-se três passagens para uma câmara que, por sua vez, tem ligação com os aludeis no exterior. Sob as passagens existe uma espécie de abóbada perfurada e, na área junto ao solo, a fornalha.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um forno de cuba, sistema espanhol, e a produção

de mercúrio.

AutoAutoAutoAutoriariariaria Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Page 105: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

99

Inv. n.º MPL567OBJ

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria Colada

Lado esquerdo, zona frontal, centro Spanischer Quecksilberofen / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu Freiberg i/S [in Sachsen]. / [representação gráfica da escala 11cm / 2m] / Th. [Theodor] Gersdorf.

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser

utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Base Altura 5 cm

Base Largura 25,5 cm

Base Comprimento 61 cm

Forno Altura 14 cm

Forno Largura 23,5 cm

Forno Comprimento 50 cm

Medidas gerais Altura máxima 28,5 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889

Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição

Page 106: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

100

Inv. n.º MPL567OBJ

Data de IncorporaçãData de IncorporaçãData de IncorporaçãData de Incorporação no museuo no museuo no museuo no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 80 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis)

AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 200$00 DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889 Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData Regular Incompleto (falta chaminé) 2005-10-11

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2007-02-14

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo Data de inícioData de inícioData de inícioData de início Data de fimData de fimData de fimData de fim Patrícia Geraldes e Patrícia Costa (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-18 2005-10-11

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor (8 de Outubro de 1888) - Correspondência recebida • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário

Page 107: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

101

Inv. n.º MPL567OBJ

EXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕES

TítuloTítuloTítuloTítulo LocalLocalLocalLocal DataDataDataData “O engenho e a física” Sala do Museu do ISEP de Outubro de 2005 a Abril de 2006

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun) MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 567 – Vista geral frontal

Imagem 567 (1) – Vista geral retaguarda

Page 108: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

102

Inv. n.º MPL567OBJ

Imagem 567 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Imagem 567(3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 567 (4) . Vista geral lateral direita

Imagem 567 (5) – Vista geral do interior

Page 109: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

103

Inv. n.º MPL567OBJ

Imagem 567 (6) – Vista geral da cobertura

Imagem 567 (7) – Pormenores: aludeis e calha superior; tanques (em baixo)

Imagem 567 (8) – Pormenor: tubo que liga a calha superior e a inferior

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 110: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

104

Inv. n.º MPL568OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL568OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia SubSubSubSub----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Fornos DenominaçãDenominaçãDenominaçãDenominação: o: o: o: Forno para copelação de prata, sistema alemão (modelo)

N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,320 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas) IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de forno para copelação de prata, sistema alemão em madeira e metal, pintado de vermelho, cinzento e branco, assente numa base em madeira pintada de cinzento onde está colocada a placa de identificação do forno, da autoria do modelo e a escala. Este modelo é desmontável em corte transversal, podendo visualizar-se a zona sob a

soleira. A soleira é fixa, circular e cavada. Falta-lhe a cúpula móvel. Ao nível da soleira tem duas saídas, e, sob a soleira, tem uma entrada/saída e dois algaravizes. Do lado esquerdo existe um guindaste (ao qual faltam as correntes que suspendiam e retiravam a cúpula). Do lado direito, encontra-se a fornalha. Esta tem duas entradas (uma ao nível do solo e outra na zona superior com uma porta de metal e alavanca. Do lado esquerdo do forno existe uma passagem com grelha que dá acesso à soleira. Nas traseiras do forno falta um elemento não identificado, mas a sua existência é provada pelos pinos de encaixe ainda existentes no modelo.

FuFuFuFunçãonçãonçãonção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um forno de copelação de prata, sistema alemão.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria Colada Base, zona superior, centro

Page 111: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

105

Inv. n.º MPL568OBJ

Transcrição Treibeherd-/ Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu Freiberg in Sachsen. / [representação gráfica da escala 15 cm / 2 m] / Th. [Theodor] Gersdorf da escala 16 cm / 2 m] / Th. [Theodor] Gersdorf

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser

utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Base Altura 5 cm

Base Largura 37,5 cm

Base Comprimento 36,5 cm

Forno Altura 9 cm

Forno Largura 21,5 cm

Forno Comprimento 30 cm

Poste de suporte Altura 30 cm

Poste de suporte Largura 4,5 cm

Poste de suporte Comprimento 4,5 cm

Medidas gerais Altura máxima 35 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889 Modo de IncorpModo de IncorpModo de IncorpModo de Incorporaçãooraçãooraçãooração: Aquisição Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 90 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis)

Page 112: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

106

Inv. n.º MPL568OBJ

AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 400$00 DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889 Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua

entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2006-01-27

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo Data de inícioData de inícioData de inícioData de início Data de fimData de fimData de fimData de fim Patrícia Geraldes e Patrícia Costa (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-18 2005-11-18

BIBLIOGRABIBLIOGRABIBLIOGRABIBLIOGRAFIAFIAFIAFIA

• GERSDORF, Theodor (8 de Outubro de 1888) - Correspondência recebida • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário OBSERVAÇOBSERVAÇOBSERVAÇOBSERVAÇÕESÕESÕESÕES

Na colecção da Academia de Freiberg existem vários modelos do mesmo construtor e similares. No entanto, apenas apresentam algumas semelhanças. O modelo mais idêntico foi construído em 1830 nas oficinas de máquinas de Halsbrücke. (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)

Page 113: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

107

Inv. n.º MPL568OBJ

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 568 – Vista geral Imagem 568(1) – Vista geral (frente)

Imagem 568(2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Imagem 568(3) – Vista frontal do forno Imagem 568(4) – Corte transversal do forno

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 114: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

108

Inv. n.º MPL569OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL569OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: Forno de revérbero para aço, sistema Martin-Siemens (modelo)

N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,331 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas) IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de forno de revérbero para aço, sistema Martin-Siemens em madeira e metal, pintado de vermelho e branco, assente numa base pintada de cinzento. Desmontável em 4 partes: corte transversal (parte superior de ferro e inferior) e corte longitudinal (de modo a visualizar-se o seu interior). A parte superior é pintada de branco, a imitar alvenaria, e coberta exteriormente por

metal. Verifica-se a existência de 3 portas de correr vertical de metal na zona frontal e de um sangrador na retaguarda. A parte inferior é vermelha, a imitar tijolo e apresenta, na zona frontal, 4 aberturas com 3 divisórias cada, todas pintadas de branco a imitar alvenaria. No interior, pode-se observar, na parte superior, a cuba com um sangrador central (que comunica com a abertura de escoamento já referida) e ladeada por 1 abertura e 2 passagens que comunicam com zonas distintas na parte inferior. Na parte inferior encontramos 4 compartimentos constituídos por 5 séries de divisórias empilhadas. Cada uma delas tem 9 barras que são cruzadas por outras 8 formando uma grelha. Os compartimentos situados junto às paredes exteriores do forno comunicam com a abertura que ladeia a cuba ao nível mais superior, enquanto que os compartimentos interiores comunicam com a passagem inferior, podendo mesmo visualizar-se o túnel de passagem.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um forno Martin-Siemens e aprodução de aço homogéneo.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Não existem. Possivelmente estaria colocada a placa de identificação na parte da base em falta.

Page 115: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

109

Inv. n.º MPL569OBJ

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro

de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais

DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de meTipo de meTipo de meTipo de medidadidadidadida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Base Altura 3 cm

Forno Altura 36 cm

Forno Largura 58 cm

Forno Comprimento 24 cm

Medidas máximas Altura 39 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição Data de IncorporaçãoData de IncorporaçãoData de IncorporaçãoData de Incorporação no museu no museu no museu no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - desconhecido AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 500$00 DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889

Page 116: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

110

Inv. n.º MPL569OBJ

Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-

1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData Bom 1938-12-01

Regular 2005-11-18

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2006-12-15

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo DataDataDataData Patrícia Geraldes e Patrícia Costa (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-18

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor - Correspondência recebida (8 de Outubro de 1888) • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)

Page 117: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

111

Inv. n.º MPL569OBJ

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 569 – Vista geral frontal Imagem 569(1) – Vista geral retaguarda

Imagem 569 (2) – Vista geral lateral Imagem 569 (3) Vista geral (cima)

Imagem 569 (4) – Corte longitudinal Imagem 569 (5) – Pormenor: compartimentos e

divisórias de tijolos

Page 118: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

112

Inv. n.º MPL569OBJ

Imagem 569 (6) – Pormenor: compartimentos e aberturas de passagem de gases

Imagem569 (7) – Pormenor:sangrador

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 119: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

113

Inv. n.º MPL570OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL570OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia SubSubSubSub----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Fornos DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: : : : Forno de cuba para mercúrio, sistema Alberti (modelo)

N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,319 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas) IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de forno de cuba para mercúrio, sistema Alberti, pintado de vermelho a imitar tijolo, cinzento a imitar metal e branco a imitar alvenaria e assente numa base em madeira pintada de cinzento. Ao nível do solo, em todo o comprimento existe na zona frontal e na zona da retaguarda um canal. Neste forno podemos verificar a existência de 3 zonas distintas:

- do lado esquerdo, a zona do forno que tem, exteriormente, 14 aberturas: na cobertura do forno existem 2 entradas, que fecham e abrem com sistema de guilhotina horizontal, por onde seria lançado o minério e ao nível do 1ºpiso da chaminé mais duas entradas sem porta; na zona frontal, verifica-se a existência de 2 entradas na zona da fornalha e de 3 em cada um dos pisos da chaminé. Nenhuma delas tem porta. Na zona da retaguarda a situação repete-se, mas na chaminé tanto a entrada superior como a inferior têm porta de metal. Esta área é desmontável em 2 partes: corte longitudinal (onde se vê a chaminé e as ligações às câmaras de condensação) e corte transversal (onde se vê a fornalha e a soleira). No interior, para além da fornalha, pode-se visualizar a soleira de forma rectangular, terminando em triângulo junto à zona inferior da chaminé. Esta tem forma abobadada à qual deveriam estar liga-se com as 4 câmaras de condensação inferiores. A chaminé tem 6 divisórias, todas elas interligadas por passagens, terminando, superiormente, nas aberturas da cobertura, e, inferiormente, em dois compartimentos que fazem a ligação às câmaras de condensação superiores. - ao centro, encontramos as câmaras de condensação, assentes numa estrutura de madeira com 4 pilares e 2 barras transversais, que ligam o forno ao compartimento de destilação. Esta área está incompleta, pois existem apenas 5 tubos circulares de metal (1 ao nível do 1º andar da chaminé na retaguarda e 4 ao nível do solo)

assentes em barras também de metal, e 5 aparelhos de madeira, perfurados, para refrigeração. As aberturas tanto no forno como no compartimento, indicam que deveriam ser 8 câmaras de condensação e 8 aparelhos de refrigeração. Entre elas no

Page 120: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

114

Inv. n.º MPL570OBJ

lado esquerdo existem dois tubos de madeira de diferentes alturas. Apenas o mais pequeno possui uma torneira acima do nível dos aparelhos de refrigeração inferiores. A maior não possui torneira nenhuma. - do lado direito, encontramos um compartimento fechado desmontável em 3 partes (a

cobertura, que se pode dividir em dois e ser retirada, e em corte longitudinal). Na cobertura existem 4 entradas, duas delas com porta de metal, e tanto à frente como atrás existem 2 entradas, uma ao nível do solo e outra ao nível do 1º andar. No interior verifica-se a existência de 4 compartimentos abobadados ao nível do solo e outros 4 ao nível do 1º andar, aos quais se ligam no lado esquerdo as câmaras de condensação. Existem zonas de passagens entre os compartimentos e os andares da

retaguarda, acontecendo o mesmo com os da frente.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de uma estrutura de produção de mercúrio através de um forno Alberti.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria Colada Lado direito, centro

Quecksilberofen nach Alberti / [representação gráfica da escala 15 cm / 6m] / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu Freiberg in Sachsen. / Th. [Theodor] Gersdorf

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais

Page 121: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

115

Inv. n.º MPL570OBJ

DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Base Largura 77 cm

Base Comprimento 28 cm

Base Altura 2,5 cm

Forno Largura 23,5 cm

Forno Comprimento 72,5 cm

Forno Altura 40 cm

Base+forno Altura 42,5 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição Data de Incorporação no musData de Incorporação no musData de Incorporação no musData de Incorporação no museueueueu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 80 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis) AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 200$00 DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889 Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData Bom 1938-12-01

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2005-11-10

Page 122: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

116

Inv. n.º MPL570OBJ

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo DataDataDataData Patrícia Geraldes e Patrícia Costa (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-18

Eduardo Mata (Museu Parada Leitão ) Colagem de elementos (Colagem dos canais de água)

2005-12-06

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor - Correspondência recebida (8 de Outubro de 1888) • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun) MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 570 – Vista geral (frente) Imagem 570 (1) – Corte longitudinal (frente)

Page 123: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

117

Inv. n.º MPL570OBJ

Imagem 570 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Imagem 570 (3) – Vista geral (lateral) Imagem 570 (4) – Corte longitudinal (lateral)

Imagem 570 (5) – Pormenor: aparelho de refrigeração

Imagem 570 (6) – Vista geral (cima)

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 124: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

118

Inv. n.º MPL571OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL571OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia Denominação: Denominação: Denominação: Denominação: Alto-forno N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores:

LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas) IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de alto-forno à escala, desmontável em: a tampa da chaminé (que mantém todas as outras partes unidas); em corte longitudinal (ao longo de forno, dividindo em dois); e, em corte transversal na zona do laboratório, separando a cuba da etalagem e do cadinho e separando a estrutura envolvente do forno. O alto-forno é rodeado por uma estrutura com um passadiço / varanda e uma

tubagem circulares com 4 entradas, espécie de algaravizes, apoiados em 6 abóbadas, pintadas a imitar tijolo, através do qual se tem acesso ao forno. Tem forma cónica, é pintado de branco a imitar a alvenaria, protegido exteriormente na zona superior por uma chapa de metal e reforçado, ao longo do mesmo, por 6 tiras de metal. Na zona inferior existem 6 algarivizes e 3 aberturas e, junto ao solo a porta de entrada. No interior podem-se observar todas as aberturas já referidas.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Não existem. Possivelmente estaria colocada a placa de identificação na parte da base em falta.

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Desconhecida

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais

Page 125: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

119

Inv. n.º MPL571OBJ

DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Forno Altura 50 cm

Forno Diâmetro 28 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889 (?) Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: aquisição (?)

Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: desconhecido AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: indeterminada

DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889

Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData Regular 2005-11-28

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2006-12-15

Page 126: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

120

Inv. n.º MPL571OBJ

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo DataDataDataData Patrícia Geraldes (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-28

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Pelo tipo de materiais e cores, foi atribuída a autoria deste modelo a Theodor Gersdorf, mas não existem comprovativos. MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 571 – Vista geral frontal Imagem 571 (1) – Corte longitudinal

Page 127: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

121

Inv. n.º MPL571OBJ

Imagem 571 (2) – Vista geral (cima) Imagem 571 (3) . Pormenor (zona inferior)

Imagem 571 (4) – Pormenor (zona inferior)

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 128: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

122

Inv. n.º MPL572OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL572OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: : : : Forno, sistema Martin (modelo) N.ºs de Inventário AnterN.ºs de Inventário AnterN.ºs de Inventário AnterN.ºs de Inventário Anterioresioresioresiores: 11,368 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas)

IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de forno de madeira e metal, à escala, pintado de vermelho, desmontável em

2 partes (corte transversal / planta). Na cobertura existem 2 estruturas de metal, uma das quais com abertura do lado esquerdo e, entre elas, uma alavanca (deveriam existir 2), com ligação ao interior. Á frente das chaminés existe uma pá / guilhotina, que pode ser içada para o exterior. No alçado frontal existe uma entrada, no lado direito mais uma e na retaguarda existem 4 saídas.

Falta-lhe a base. Se o forno for desmontado verifica-se que no interior da cobertura existe um conjunto de 7 entradas / saídas que ligam às estruturas metálicas no exterior da cobertura, sendo que, em duas delas existem 2 válvulas de borboleta, movimentadas pelas alavancas exteriores referidas anteriormente. Na zona inferior existe um sistema de túneis que fazem ligação entre a abertura lateral e as da retaguarda, ligações que podem ser interrompidas através da pá / guilhotina, também já mencionada. Um outro túnel existente liga a abertura frontal à chaminé da retaguarda.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um forno, sistema Martin.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria Colada

Zona frontal, centro

Page 129: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

123

Inv. n.º MPL572OBJ

Transcrição Martinsofen / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu Freiberg i/S [in Sachsen]. / [representação gráfica da escala 12,5cm / 3m] / Th. [Theodor] Gersdorf

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser

utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Forno Altura 23 cm

Forno Largura 28 cm

Forno Comprimento 52 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição

Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 400 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis) AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 200$00

Page 130: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

124

Inv. n.º MPL572OBJ

DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889

Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData Bom 1938-12-01

Regular 2005-11-18

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2006-12-18

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por IIIIdentificação do Processodentificação do Processodentificação do Processodentificação do Processo DataDataDataData Patrícia Geraldes e Patrícia Costa (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-18

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor - Correspondência recebida (8 de Outubro de 1888) • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)

Page 131: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

125

Inv. n.º MPL572OBJ

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 572 – Vista geral frontal Imagem 572 (1) – Vista geral cima

Imagem 572 (2)– Vista geral retaguarda Imagem 572 (3) – Vista lateral direita

Imagem 572 (4) – ormenor: chaminés, alavanca e p’a/guilhotina

Imagem 572 (5) – Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Imagem 572 (6)– Corte transversal (partesuperior) Imagem 572 (7)– Corte transversal (parte inferior)

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 132: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

126

Inv. n.º MPL573OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL573OBJ

ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação:::: Forno de revérbero para pudlagem (modelo) N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,330 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Metalurgia)

IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de forno em madeira e metal, à escala, pintado de vermelho, cinzento e branco. A base do forno é também em madeira pintada de vermelho e assente noutra

base de madeira com dois degraus pintados de cinzento. É desmontável em corte longitudinal. Na zona frontal visualizam-se 4 aberturas: - uma do lado esquerdo: a porta de carregamento do combustível; - outra ao centro, com porta de correr vertical içada através de alavancas em forma de balanceiro: a porta de carregamento do minério;

- e, duas mais pequenas a ladear esta última: os sangradores de escória. Na zona lateral esquerda existe uma entrada para a fornalha com porta incompleta, deixando antever a grelha no seu interior. O alçado direito não tem nenhum elemento significativo. Na retaguarda apenas é de referir a placa em madeira de identificação do forno, autoria e escala. No interior, pintado de branco na sua generalidade, este forno compõe-se de de três zonas: - uma fornalha, sob a qual fica o cinzeiro, com grelha de ferro comunica pela parte superior com a segunda parte: a soleira; - a zona onde deveria existir a soleira, separada da grelha e da rampa através de muros que se encontram descolados; - e, a rampa, que se segue à soleira, e comunica por um conduto, inclinado para baixo e estrangulado, com a chaminé.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um forno de pudlar e a produção de ferro macio.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria Colada

Page 133: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

127

Inv. n.º MPL573OBJ

Localização

Transcrição

Zona retaguarda, direita Puddelofen / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu Freiberg i/S [in Sachsen]. / 1/15 d. n. G. / Th. [Theodor] Gersdorf

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro

de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais

DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida UniUniUniUnidade de medidadade de medidadade de medidadade de medida Base Altura 5 cm

Base Largura 28 cm

Base Comprimento 51,5 cm

Forno Altura 20 cm

Forno Largura 18,5 cm

Forno Comprimento 43 cm

Base+forno Altura 48 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa

Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 90 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis) AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 200$00

Page 134: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

128

Inv. n.º MPL573OBJ

DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889

Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData

Bom 1938-12-01

Regular Incompleto (falta chaminé) 2005-11-10

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2007-02-14

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo DataDataDataData

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor - Correspondência recebida (8 de Outubro de 1888) • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário EXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕES

TítuloTítuloTítuloTítulo LocalLocalLocalLocal DataDataDataData “O engenho e a física” Sala do Museu do ISEP De Outubro de 2005 a Abril de 2006

Page 135: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

129

Inv. n.º MPL573OBJ

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 573 – Vista geral frontal Imagem 573 (1) – vista geral retaguarda

Imagem 573 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Imagem 573 (3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 573 (4) - Vista geral lateral direita

Page 136: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

130

Inv. n.º MPL573OBJ

Imagem 573 (5) – Vista geral cobertura Imagem573 (6) – uma das possibilidades de

desmontar o forno

Imagem 573(6) – Corte longitudinal Imagem 573(7) – pormenor da porta por onde

entrava o metal

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 137: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

131

Inv. n.º MPL575OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL575OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: Forno para copelação da prata, método inglês N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,361 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas)

IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de forno em madeira e metal, à escala, assente numa base em madeira

pintada de cinzento, onde está colocada a placa de identificação do forno, da autoria do modelo e a escala. Exteriormente é pintado de cinzento e reforçado com barras de metal. Apresenta na zona frontal 3 aberturas, 2 delas ligeiramente inclinadas. Por baixo destas, encontra-se um túnel donde se observa a estrutura de ferro que sustenta a soleira. Na zona da retaguarda encontram-se 2 portas de metal: a da direita dá acesso à soleira e a da

esquerda à fornalha. Este modelo é desmontável em 2 partes (corte longitudinal) de modo a visualizar-se o seu interior composto por um forno de revérbero vulgar com fornalha e soleira. Esta consiste num prato oval, de composição porosa resistente ao calor, deslizante e que assenta em barras de metal. Com ligação a esta encontram-se as 3 aberturas existentes na frente do forno referidas anteriormente e uma outra que ladeia a soleira e só é visivel do interior que faz ligação a uma passagem.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um forno para copelação da prata

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria Colada Base, zona superior, lado direito

Englischer Treibeherd / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu Freiberg i/S [in Sachsen] / [representação gráfica da escala 14 cm / 2 m] / Th. [Theodor] Gersdorf

Page 138: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

132

Inv. n.º MPL575OBJ

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro

de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais

DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de mediUnidade de mediUnidade de mediUnidade de medidadadada Base Altura 2,5 cm

Base Largura 33,5 cm

Base Comprimento 50 cm

Forno Altura 24 cm

Forno Largura 28,5 cm

Forno Comprimento 45,5 cm

Base+forno Altura 26,5 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 70 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis) AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 400$00 DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889

Page 139: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

133

Inv. n.º MPL575OBJ

Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua

entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData Regular 2005-11-17

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2006-12-15

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo DataDataDataData Patrícia Geraldes e Patrícia Costa (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-18

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor - Correspondência recebida (8 de Outubro de 1888) • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg existe um modelo igual com a denominação "Schlämmherd, englisch, modell" e com a referência X.B.52. / Aka6, Mk, construído também por Theodor Gersdorf no ano de 1885 e adquirido por 55.00 Mark (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)

Page 140: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

134

Inv. n.º MPL575OBJ

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 575 – Vista geral frontal Imagem 575 (1) – Vista geral retaguarda

Imagem 575 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Imagem 575 (3) – Vista geral lateral direita Imagem 575 (4) . Vista geral lateral esquerda

Page 141: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

135

Inv. n.º MPL575OBJ

Imagem 575 (5) – Corte longitudinal (retaguarda) Imagem 575 (6) – Corte longitudinal (frente)

Imagem 575 (7) – Pormenor: soleira (vista cima) Imagem 575 (8) – Pormenor: soleira (vista baixo)

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 142: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

136

Inv. n.º MPL577OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL577OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: Forno de pudlar, sistema Pernot (modelo) N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,348 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas)

IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de forno de madeira e metal pintado de cinzento, branco e amarelo-torrado, à

escala e assente numa base de madeira pintada de cinzento. Exteriormente, este forno tem uma cobertura reforçada com grelha e desmontável acima da soleira. As paredes são fixas. No alçado esquerdo podemos observar uma abertura onde desemboca uma rampa vinda do interior do forno. Ao centro, existe a grande abertura central com a soleira e, no lado direito uma outra abertura.

No alçado direito, para além de quatro aberturas em cima (duas delas sem portas), encontramos junto ao solo a entrada para a fornalha (já sem porta). Finalmente, no alçado traseiro, para além de duas entradas com portas de correr verticais, que fazem ligação com a zona superior do forno, existe uma outra com ligação à fornalha. Ao nível do solo e da parede da fornalha verifica-se a existência de um tubo insuflador. No interior, pintado de amarelo na sua generalidade, este forno compõe-se de três zonas: - uma fornalha (do lado direito) com grelha de ferro comunica pela parte superior com a zona central: a soleira. Sob a fornalha encontramos o cinzeiro e o tubo insuflador; - na zona central encontramos a soleira móvel assente num carril, movimentada através de uma alavanca e respectiva engrenagem que fazem com que as suas quatro rodas circulem em torno de um eixo circular. Pode ser retirada do forno através da grande abertura central na zona frontal; - e, a rampa, que se segue à soleira no lado esquerdo, inclinada para baixo e que comunica com o exterior.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um forno de pudlar com soleira móvel e a produção

de ferro macio.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria Polytechnisches Arbeits-Institut von J. Schröder (Darmstadt, Alemanha)

Page 143: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

137

Inv. n.º MPL577OBJ

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Chapa Colada

Lado direito, centro Polytechnisches Arbeits-Institut von J. Schröder, Darmstadt

Marcas e InscriçõeMarcas e InscriçõeMarcas e InscriçõeMarcas e Inscriçõessss

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Inscrição Escrito Lado direito, centro, em baixo da chapa 161

HiHiHiHistória do objectostória do objectostória do objectostória do objecto

Desconhecida

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Base Altura 3 cm

Base Largura 41 cm

Base Comprimento 67 cm

Forno Altura 24,5 cm

Forno Largura 38 cm

Forno Comprimento 66 cm

Soleira Diâmetro 28 cm

Sopeira Altura 17 cm

Soleira+Alavanca Diâmetro 31,5 cm

Base+forno Altura 27,5 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1890

Page 144: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

138

Inv. n.º MPL577OBJ

Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa

Custo:Custo:Custo:Custo: 1890 - AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 1000$00 DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: Século XIX – 1890 Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Livro de Caixa do IICP de 1889-1897

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData

Bom 1938-12-01

Regular 2006-03-24

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2007-12-15

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo Data de inícioData de inícioData de inícioData de início Data de fimData de fimData de fimData de fim Eduardo Mata (Museu Parada Leitão)

Limpeza Superficial 2003-02-16 2003-02-16

Patrícia Geraldes (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2006-12-15 2006-12-15

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário

Page 145: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

139

Inv. n.º MPL577OBJ

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 577 – Vista geral frontal Imagem 577 (1) – Vista geral retaguarda

Imagem 577 (2) - Pormenor: marca e inscrição

Imagem 577 (3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 577 (4) - Vista geral lateral direita

Page 146: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

140

Inv. n.º MPL577OBJ

Imagem 577 (5) – Pormenor: interior Imagem 577 (6) – Pormenor: grelha da fornalha

Imagem 577 (7) – Vista geral cima Imagem 577 (8) – Pormenor: abertura central frontal

sem a soleira

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 147: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

141

Inv. n.º MPL579OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL579OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: Forno de cuba para zinco, método belga (modelo) N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,323 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas)

IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Modelo de forno para zinco, à escala, assente numa base em madeira pintada de cinzento. É desmontável em 4 partes: podem retirar-se as chaminés e em corte longitudinal, de modo a visualizar-se o seu interior. Este tipo de forno possui duas chaminés altas, de formato rectangular e pintadas de vermelho a imitar tijolo. A zona exterior do forno, também pintada de vermelho a imitar tijolo, é constituído por:

- na zona frontal, encontra-se uma porta de metal com fecho em guilhotina e, mais abaixo, escadas, com 3 degraus, que dão acesso à zona lateral direita; - na zona lateral direita, encontra-se a cuba onde estão dispostas 6 fiadas de tubos refractários ligeiramente inclinados, prolongados por alongas, assentes em placas refractárias. A fiada superior tem 6 tubos, enquanto que as restantes têm 8. À frente deste encontramos ferros finos apoiados em suportes laterais, também de ferro. - na zona lateral esquerda, verificamos a ausência dos tubos e encontramos apenas as 5 aberturas que ligam a cuba à fornalha. O forno está assente numa estrutura de madeira, pintada de cinzento, atravessada por um túnel abobadado que se situa por baixo da fornalha. No interior encontra-se a fornalha que atravessa todo o forno e que comunica com a cuba através de cavidades laterais.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um forno de extracção de zinco através do método belga.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria Colada

Page 148: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

142

Inv. n.º MPL579OBJ

Localização

Transcrição

Lado direito, centro Belgisher Zinkofen / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu

Freiberg i/S [in Sachsen] / [representação gráfica da escala 18 cm / 2 m] / Th. Theodor] Gersdorf

História do História do História do História do objectoobjectoobjectoobjecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do

Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais

DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Base Altura 2,5 cm

Base Largura 55,5 cm

Base Comprimento 42.5 cm

Forno Altura 102 cm

Forno Largura 51 cm

Forno Comprimento 38 cm

Base+forno Altura 104,5 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de IncorporaçData de IncorporaçData de IncorporaçData de Incorporação no Institutoão no Institutoão no Institutoão no Instituto: 1889 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa

Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 300 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis)

Page 149: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

143

Inv. n.º MPL579OBJ

AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 900$00 DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889 Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de

Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData Bom 1938-12-01

Regular 2005-11-17

Deficiente Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2006-12-15

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo DataDataDataData Eduardo Mata (Museu Parada Leitão) Limpeza superficial 2005-06-30

Patrícia Geraldes e Patrícia Costa (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-17

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor - Correspondência recebida (8 de Outubro de 1888) • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário

Page 150: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

144

Inv. n.º MPL579OBJ

OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 579 – Vista geral frontal Imagem 579 (1) – Vista lateral direita

Imagem 579 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Page 151: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

145

Inv. n.º MPL579OBJ

Imagem 579 (3) – Vista geral retaguarda Imagem 579(4) - Vista lateral esquerda do forno

Imagem 579 (5) – Corte longitudinal

Preenchido por: Patrícia Geraldes Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes

Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 152: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

146

Inv. n.º MPL586OBJ

IIIINVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO NVENTÁRIO DO AAAACERVO CERVO CERVO CERVO MMMMUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICOUSEOLÓGICO

N.º de InventárioN.º de InventárioN.º de InventárioN.º de Inventário: MPL586OBJ ProprietárioProprietárioProprietárioProprietário: Instituto Superior de Engenharia do Porto SuperSuperSuperSuper----CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Objectos CategoriaCategoriaCategoriaCategoria: Minas e metalurgia DenominaçãoDenominaçãoDenominaçãoDenominação: Alto-forno (modelo) N.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário AnterioresN.ºs de Inventário Anteriores: 11,328 (Inventário Geral de 1938) LocalizaçãoLocalizaçãoLocalizaçãoLocalização: Exposição (Sala de Civil e Minas)

IDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃOIDENTIFICAÇÃO

DDDDescriçãoescriçãoescriçãoescrição Modelo de alto-forno, à escala, assente numa base em madeira pintada onde está

colocada a placa de identificação do forno, da autoria do modelo e a escala. O forno é de forma cónica, pintado de branco a imitar alvenaria e reforçado com grelha de metal, apoiado em 6 colunas pintadas de cinzento. Na zona inferior tem 6 algaravizes e 2 saídas (uma do lado direito e outra na retaguarda). É desmontável em 2 partes principais (corte longitudinal) de modo a visualizar-se o seu interior e as aberturas já referidas.

FunçãoFunçãoFunçãoFunção

Modelo didáctico, utilizado nas aulas de metalurgia, que permitia explicar a constituição e o funcionamento de um alto-forno e da produção de ferro coado.

AutoriaAutoriaAutoriaAutoria

Theodor Gersdorf / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie (Freiberg, Alemanha).

Marcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e InscriçõesMarcas e Inscrições

Tipo

Método

Localização

Transcrição

Placa em Madeira com legenda, escala e autoria Colada Alçado frontal, Base, centro Eisenhochofen / [representação gráfica da escala 14cm / 4m] / Modellwerkstatt der Königl. Bergakademie zu Freiberg in Sachsen. / Th. [Theodor] Gersdorf

História do objectoHistória do objectoHistória do objectoHistória do objecto

Este modelo foi construído por Theodor Gersdorf nas suas oficinas no final da década de 80 do século XIX, por encomenda do Prof. Miranda Júnior do Instituto Industrial do

Porto, tendo sido integrado no Gabinete de Arte de Minas do Instituto em Setembro de 1889 e utilizado como material didáctico nas disciplinas de metalurgia. Em 1933 foi transferido para o novo edifício da Rua do Breyner, onde continua a ser

Page 153: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

147

Inv. n.º MPL586OBJ

utilizado como material didáctico até, pelo menos, à década de 40. Mais tarde, foi transferido para as actuais instalações do ISEP. Não se sabe se continuou a ser utilizado como material didáctico. Em 1998, ano de incorporação no Museu, encontrava-se depositado numa garagem do ISEP.

INFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICAINFORMAÇÃO TÉCNICA

MaterialMaterialMaterialMaterial: Madeira e metais

DimensõesDimensõesDimensõesDimensões:

Parte descritaParte descritaParte descritaParte descrita Tipo de medidaTipo de medidaTipo de medidaTipo de medida MedidaMedidaMedidaMedida Unidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medidaUnidade de medida Base Altura 2 cm

Base Largura 42 cm

Base Comprimento 42 cm

Forno Altura 64 cm

Forno Diâmetro 20 cm

Forno Largura 37 cm

Forno Comprimento 41 cm

Base+forno Altura 66 cm

INCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃOINCORPORAÇÃO

Data de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no InstitutoData de Incorporação no Instituto: 1889 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Aquisição Data de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museuData de Incorporação no museu: 1998 Modo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de IncorporaçãoModo de Incorporação: Recolha directa Custo:Custo:Custo:Custo: 1888/1889 - 90 marcos (Câmbio: 1 marco = 225 reis) AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação: 1938 - 700$00 DATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃODATAÇÃO

DataDataDataData: século XIX - 1888/1889 Justificação da dataJustificação da dataJustificação da dataJustificação da data: Segundo fontes na Academia de Freiberg, todos os modelos de Theodor Gersdorf

foram construídos entre 1880 e 1894. A encomenda foi efectuada em 8 de Fevereiro de 1888, segundo correspondência recebida do construtor, mas o sua entrega foi feita em Setembro de 1889, segundo o Livro caixa do IICP de 1889-1897 e Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto no anno economido de 1888-1889.

Page 154: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

148

Inv. n.º MPL586OBJ

ESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃOESTADO DE CONSERVAÇÃO

EstadoEstadoEstadoEstado EspecificaçõesEspecificaçõesEspecificaçõesEspecificações DataDataDataData Bom 1938-12-01

Regular Incompleto. Biodegradação e condições ambientais inadequadas

2005-11-11

INTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAUROINTERVENÇÕES DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO

Executada porExecutada porExecutada porExecutada por Identificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do ProcessoIdentificação do Processo DatDatDatDataaaa Patrícia Geraldes e Patrícia Costa (Museu Parada Leitão)

Limpeza superficial 2005-11-11

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

• GERSDORF, Theodor - Correspondência recebida (8 de Outubro de 1888) • IICP (1888-89) - Relação do material adquirido para os diversos estabelecimentos d’este Instituto • IICP (1889-97) - Livro de caixa • IICP (1938) - Livro Geral de Inventário • SEGURADO, João Emilio dos Santos [s.d.], Elementos de Metalurgia, Biblioteca de Instrução

Profissional. Livrarias Aillaud e Bertrand, Lisboa. OBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕESOBSERVAÇÕES

Na Academia de Freiberg não existe nenhum modelo similar (Fontes: Dr. Norman Pohl e Dr. Jörg Zaun)

Page 155: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

149

Inv. n.º MPL586OBJ

MULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIAMULTIMÉDIA

Imagem 586 – Vista geral frontal Imagem 586 (1) – Vista geral retaguarda

Imagem 586 (2) - Pormenor: placa com inscrição identificativa, autoria e escala

Page 156: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

150

Inv. n.º MPL586OBJ

Imagem 586 (3) – Vista geral lateral esquerda Imagem 586 (4) . Vista geral lateral direita

Imagem 586 (5) – Corte (interior por zonas: boca, etalagem, laboratório, cadinho)

Imagem 586 (6) – Pormenor: tubeiras (exterior)

Preenchido por: Patrícia Geraldes

Data: 15 de Dezembro de 2006

Actualizado por: Patrícia Geraldes Data: 14 de Fevereiro de 2007

Page 157: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

151

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

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LegislaçãoLegislaçãoLegislaçãoLegislação Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 30 de Dezembro de 1852 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 20 de Dezembro de 1864 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 30 de Dezembro de 1886 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, de 08 de Outubro de 1891 Decreto do Ministério das Obras Publicas, Commercio e Industria, 1905

Page 158: GERALDES, P. (2007) Estudo da colecção de metalurgia do Museu Parada Leitão

152

Direcção Geral do Ensino Industrial e Comercial do Ministério do Comércio e Comunicações

(1919): Regulamento do Instituto Industrial do Porto aprovado por Decreto n.º 6:099, de 15 de Setembro de 1919. Imprensa Nacional, Lisboa

ICOM: Código de Ética Profissional para Museus do ICOM aprovado na 15ª Assembleia Geral (Buenos Aires, Argentina, em 4 de Novembro de 1986), revisto e emendado na 20ª Assembleia Geral (Barcelona, Espanha, em 6 de Julho de 2001) e aprovado na 21ª Assembleia (Seul, Coreia do Sul, em 8 de Outubro).

Lei nº 47/2004, de 19 de Agosto - Lei Quadro dos Museus Portugueses República Portuguesa (1919): Organização do Ensino Industrial e Comercial, aprovada por

Decreto n.º 5:029 de 1 de Dezembro de 1918. Imprensa Nacional, Lisboa

Fontes ManuscritasFontes ManuscritasFontes ManuscritasFontes Manuscritas Correspondência Oficial entre o Instituto Industrial do Porto e a Direcção Geral do Comercio e

Industria, 1854-1868. Correspondência Oficial entre o Instituto Industrial do Porto e a Direcção Geral do Comercio e

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