Fundamentos de meio ambiente

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Fundamentos Fundamentos de Meio de Meio Ambiente Ambiente Fernando Duque Barros

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Fundamentos de educação ambiental

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  • Fundamentos Fundamentos de Meio de Meio

    AmbienteAmbiente

    Fernando Duque Barros

  • Fundamentos de Fundamentos de Educao AmbientalEducao Ambiental

  • A humanidade se encontra em um momento de definio histrica.

    Defrontamo-nos com a perpetuao das disparidades existentes entre as naes e no interior delas, o agravamento da pobreza, da fome, das doenas e do analfabetismo, e com a deteriorao contnua dos ecossistemas de que depende nosso bem-estar.

  • O ser humano, dentre todas as espcies animais existentes, a que apresenta a maior capacidade de adaptao ao meio ambiente, e pode ser encontrado no deserto mais causticante, no frio continente antrtico, nas profundezas da floresta amaznica, sob o oceano ou voando na atmosfera e alm dela.

  • Esta incrvel capacidade de adaptao s foi possvel porque o homem sempre criou no seu entorno um meio ambiente prprio.

    A construo pelos seres humanos de um espao prprio se deu sempre revelia e com modificao do ambiente natural.

  • Para superar suas limitaes, o homem aprendeu a criar ferramentas que multiplicavam suas capacidades.

    O homem compreendeu que sua resistncia ao meio hostil era mais facilmente superada com a formao de grupos, que, organizadas em torno de um objetivo, multiplicavam suas capacidades individuais.

  • Quanto maiores as aglomeraes humanas, mais destrutivas eram do ponto de vista ambiental.

    Com crescimento acentuado da populao humana, muitas espcies desapareceram, pois conferiam risco ao desenvolvimento local.

  • A civilizao romana foi, na Antiguidade, a que mais criou espaos urbanos em todo o Mediterrneo, e a que mais contribuiu para a diminuio da diversidade. Uma das perdas mais sensveis foi o

    leo de Atlas.

    Nas Amricas, a civilizao Maia teve seu declnio acentuado pela destruio de seu habitat natural.

  • No obstante, caso se integrem as preocupaes relativas ao meio ambiente e ao desenvolvimento, e a elas se dedique mais ateno, ser possvel satisfazer s necessidades bsicas, elevar o nvel da vida de todos, obter ecossistemas melhor protegidos e gerenciados e construir um futuro mais prspero e seguro.

  • O estudo da EA remonta esforos que se desdobram desde a dcada de 1960.

    O livro PRIMAVERA SILENCIOSAPRIMAVERA SILENCIOSA (Rachel Carson, 1962) transformou-se no marco ambientalista.

  • Datas Importantes 1972 Conferncia de Estocolmo

    1975 UNESCO cria o Programa Internacional de EA (PIEA)

    1978 Criao de cursos ambientais no Brasil

    1992 Rio-92 (Agenda 21)

    1997 Conferncia Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educao e Conscientizao Pblica para a Educao e Conscientizao Pblica para a SustentabilidadeSustentabilidade (Grcia)

    1999 Lei 9.795 (dispe sobre a educao ambiental e institui a Poltica Nacional de Educao Ambiental)

  • DefinioLei 9795/99, Art 1:

    Entende-se por EDUCAO AMBIENTALEDUCAO AMBIENTAL os processos por meio dos quais o indivduoindivduo e a e a coletividadecoletividade constroemconstroem valores sociais, valores sociais, conhecimentos,conhecimentos, habilidades,habilidades, atitudesatitudes e e competnciascompetncias voltadas para a conservao do voltadas para a conservao do meio ambientemeio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial sadia qualidade de vida e sua essencial sadia qualidade de vida e sua sustentabilidadesustentabilidade.

  • ObjetivosLei 9795/99, Art 5

    I compreenso integrada do meio ambiente em suas mltiplas e complexas relaes;

    II democratizao das informaes ambientais;

    III crtica sobre a problemtica ambiental e social;

    IV preservao do equilbrio do meio ambiente, atravs do exerccio da cidadania;

  • ObjetivosLei 9795/99, Art 5

    V cooperao entre as diversas regies do pas, com vistas construo de uma sociedade ambientalmente equilibrada;

    VI integrao com a cincia e a tecnologia;

    VII fortalecimento da cidadania.

  • Justificativa de se estudar EAO nico planeta dentro do universo conhecido que pode oferece condies para a vida o planeta Terra.

    Desta forma temos a responsabilidade de zelar pelo nosso habitat.

  • Portanto a EA cria o ciclo:

  • Diviso da EA subdividida em formal e informal:

    Formal um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino;

    Informal se caracteriza por sua realizao fora da

    escola, envolvendo flexibilidade de mtodos e de contedos e um pblico alvo muito varivel em suas caractersticas (faixa etria, nvel de escolaridade, nvel de conhecimento da problemtica ambiental, etc.).

  • EA e o Currculo EscolarLei 9795:Art. 10. A educao ambiental ser

    desenvolvida como uma prtica educativa integrada, contnua e permanente em todos os nveis e modalidades do ensino formal.

    1 A educao ambiental no deve ser implantada como disciplina especfica no currculo de ensino.

  • Principais Acordos Internacionais

    Acordos Ano Breve relatoConferncia de

    Estocolmo1972 A qualidade ambiental foi reconhecida como

    direito humano e reafirmou-se a necessidade de realizar um uso sustentvel dos recursos da Terra.

    Relatrio Bruntland 1987 Neste relatrio define-se o conceito de desenvolvimento sustentvel.

    Protocolo de Montreal 1987 Discutiu os problemas da diminuio da camada de oznio. Criou um cronograma de substituio dos CFCs.

    Conveno de Basilia 1989 Regulou a movimentao transfronteiria de resduos perigosos e a sua eliminao.

    Eco-92 1992 Marco sobre as mudanas climticas. Criou-se a Agenda 21.

  • Principais Acordos Internacionais

    Acordos Ano Breve relatoISO 14.000 1996 Uma srie de normas genricas voluntrias

    desenvolvidas pela Organizao Mundial de Padronizao.

    Rio+5 (NY) 1997 Realizada em NY, teve como objetivo analisar a implementao do programa da Agenda 21

    Protocolo de Kyoto 1997 Acordo a fim de limitar as emisses de gases de efeito estufa pelos pases industrializados.

    I foro Mundial Ministerial (Malmo / Sucia)

    2000 Aprovao da Declarao de Malmo, que examina as novas questes ambientais para o sc. XXI.

    Rio+10 (Johannesburgo) 2002 Realizou-se um balano das atividades desenvolvidas a partir da ECO-92.

  • Agenda 21"A Agenda 21 rene o conjunto mais amplo de premissas e recomendaes sobre como as naes devem agir para alterar seu vetor de desenvolvimento em favor de modelos sustentveis e a iniciarem seus programas de sustentabilidade". Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente do Brasil.

  • A questo ambiental

    Nos ltimos 300 anos: O desenvolvimento tecnolgico da humanidade

    foi inigualvel. Em nenhum outro perodo histrico foram feitas

    tantas descobertas. o perodo histrico em que o ser humano

    gerou os meios que podem lev-lo extino. Segundo HOBBES, o homem, sem predadores

    naturais, torna-se o lobo de si mesmo.

  • Pesca e Pecuria

    Pesca: A produo dobrou quase 5X desde 1900; A pesca predatria agora uma regra, no

    a exceo. Pecuria:

    As reas Triplicaram de 1950-1990, porm a produo de carne pouco aumentou nos anos recentes.

  • A Agricultura No incio do sc. XX cada fazendeiro americano

    poderia alimentar 7 pessoas.

    No final do mesmo sc. poderia alimentar 96 pessoas.

    A rea irrigada multiplicou-se 6X desde 1900.

    Os Fertilizantes incrementaram a produo agrcola em 40%.

    A produo de Gros aumentou cerca de 5X desde 1900.

  • A revoluo industrial

    A explorao industrial do meio ambiente manteve-se sem contestao durante todo o sculo XIX e a maior parte do sculo XX.

    A viso equivocada de que os recursos naturais eram ilimitados e estavam disposio do homem somente comeou a ser questionada na dcada de 70.

  • A revoluo industrial

    Embora o incio do desenvolvimento industrial tenha quase 3 sculos, somente nas 2 ltimas dcadas do sc. XX que o volume fsico da produo industrial cresceu espetacularmente.

    Na 2 metade do sc. XX foram empregados mais recursos naturais na produo de bens que em toda a histria anterior da humanidade.

  • Principais acidentes ambientais no sc. XXAno Descrio

    1947 Navio com nitrato de amnia explode no Texas. 500 mortos e 3.000 feridos.

    1956 Baa de Minamata. Contaminao com Hg.

    1966 Feyzin, Frana. Vazamento de GLP causa morte de 18 pessoas e deixa 65 intoxicadas.

    1976 Seveso, Itlia. Fbrica libera nuvem de agente laranja. 733 famlias foram evacuadas.

    1978 San Carlos, Espanha. Caminho com propano explode. 216 mortos e mais 200 feridos

  • Principais acidentes ambientais no sc. XXAno Descrio

    1984 Bhopal, ndia. Vazamento de 25 t de isocianato de metila. 3.000 mortos e mais 200.000 intoxicados.

    1984 San Juanito, Mxico. Exploso com GLP. 650 mortos e 6.400 feridos.

    1986 Chernobyl. Lanou na atmosfera radiao 30 vezes maior que bomba de Hiroshima.

    1986 Basilia, Sua. 30 t de pesticidas derramadas no rio Reno

    1989 Navio tanque encalha e vaza 44 milhes de L de petrleo no Alasca.

  • O caso das guas no Brasil O estado real das guas no Brasil

    2003/2004 Relatrio elaborado pela Defensoria das

    guas. A contaminao das guas de rios, lagos e

    lagoas quintuplicou nos ltimos 10 anos. O relatrio foi realizado a partir do

    mapeamento de 35 mil denncias de agresso ao meio ambiente e aes civis que j receberam sentena judicial.

  • O caso das guas no Brasil

    O relatrio aponta que a principal fonte de contaminao no pas o despejo de material txico proveniente das atividades agroindustriais e industriais.

    Estas atividades so responsveis pelo consumo de 90% das guas e que so devolvidas contaminadas aps o uso.

    A pesquisa apontou 20.000 reas contaminadas no pas.

  • SNTESE DOS ASPECTOS POLUIDORES E SNTESE DOS ASPECTOS POLUIDORES E EPIDEMIOLGICOS DOS LIXESEPIDEMIOLGICOS DOS LIXES

    PoeirasMau cheiro

    Gases

    BotulismoTtano

    Lenol dgua subterrneoCursos dgua

    Poluio da guaPoluio do solo Poluio visual

    Diretamente, atingem o homem atravs de poluio.

    Poluio do ar

    LIXES

    Indiretamente, atingem o homem atravs de vetores

    Insetos Ratos Sunos Aves

    Moscas Mosquitos Baratas

    AmebaseVerminosesVirosesFebre tifoPara-tifoGastrenterite

    Febre amarelaMalriaFilariose(Elefantase)

    GiardaseAmebaseFebre tifoAtrai escorpies

    Peste bubnica (pulgas de rato)Leptospirose (urina de rato)Tifo murinoDisenteriasSodoku (mordida de rato)

    Triquinose

    Cisticercose

    Toxoplasmose

    Toxoplasmose (urubus)

  • Fundamentos de Ecologia

  • FundamentosEcoEcologialogiaEco (oikos): casaLogia (logos): estudo, conhecimento

    Portanto:

    o estudo do lugar onde se vive, com nfase sobre a totalidade ou padro de relaes entre os organismos e o seu ambiente (Odum, 1988).

    De forma simplificada:

    o estudo das relaes entre os seres vivos e o meio ambiente.

  • Ecologia X Economia

    Ecologia

    Eco (oikos): casaLogia (logos): estudo

    lugar onde se vive

    Economia

    Eco (oikos): casaNomia: manejo

    o manejo da casa

    Deveriam ser disciplinas companheiras

    ?

  • Escalas EcolgicasNveisNveis

    EcolgicosEcolgicosEscala Escala

    Espacial (Km)Espacial (Km)Escala TemporalEscala Temporal

    (Anos)(Anos)rearea

    RelevanteRelevante

    BiosferaBiosfera 103 105 103 4.6X109 BiogeografiaEvoluo

    EcossistemaEcossistema 101 - 104 102 106 Biol./ Fsica/ Qumica/ Geol.

    ComunidadeComunidade 100 102 101 103 Interaes

    PopulaoPopulao 100 102 100 104 GenticaDemografia

    IndivduoIndivduo 10-6 10-1 10-3 102 Fisiologia,Anatomia e Morfologia

  • Organizao da Vida

    Espcie

    ECOLOGIA

  • EspciePopulao

    Organizao da VidaECOLOGIA

  • EspciePopulao

    Comunidade

    Organizao da VidaECOLOGIA

  • ECOLOGIAECOLOGIA

    Ecossistema

    EspciePopulao

    ECOLOGIA Organizao da Vida

  • Ecossistemas a unidade bsica no estudo da ecologia

    O conjunto de seres vivos interage entre si e com o meio natural de maneira equilibrada, por meio da reciclagem de matria e do uso eficiente da energia solar.

  • Ecossistemas qualquer unidade que abranja todos os

    organismos que funcionam em conjunto numa rea, interagindo com o ambiente fsico de tal forma que um fluxo de energia produza estruturas biticas claramente definidas e uma ciclagem de materiais entre as partes vivas e no-vivas (Odum, 1988).

    um sistema aberto.

  • Entidades dinmicas integrando, de forma interdependente, as componentes biolgica, fsica e qumica.

    Exemplossimples complexo

    Ecossistemas

  • Principais Componentes: Solo

    Atmosfera

    Radiao solar

    gua

    Organismos

    ECOSSISTEMAS

  • SoloSolo

    Atmosfera

    Radiao solar

    gua

    Organismos

    Contm:Fragmentos de rochasPartculas mineraisOrganismos

    Fornece:NutrientesguaAbrigoSubstrato para a vegetao

    Principais Componentes:

    ECOSSISTEMAS

  • Solo

    AtmosferaAtmosfera

    Radiao solar

    gua

    Organismos

    Gases necessrios respirao e fotossntese

    Circulao da gua entre a atmosfera e a superfcie da Terra atravs da evaporao, transpirao e precipitao.

    ECOSSISTEMASECOSSISTEMAS

    Principais Componentes:

    ECOSSISTEMAS

  • Solo

    Atmosfera

    Radiao Radiao solarsolar

    gua

    Organismos

    Aquecimento da atmosfera, promovendo a transpirao e a evaporao.

    Fornece a energia essencial fotossntese

    ECOSSISTEMASECOSSISTEMAS

    Principais Componentes:

    ECOSSISTEMAS

  • Solo

    Atmosfera

    Radiao solar

    guagua

    Organismos

    Essencial aos processos biolgicos (alguns organismos contm mais de 90% de gua).

    ECOSSISTEMASECOSSISTEMAS

    Principais Componentes:

    ECOSSISTEMAS

  • Solo

    Atmosfera

    Radiao solar

    gua

    OrganismosOrganismos

    Produtores (autotrficos) Consumidores (heterotrficos)

    ECOSSISTEMASECOSSISTEMAS

    Principais Componentes:

    ECOSSISTEMAS

  • Habitat e Nicho Ecolgico Habitat

    O local ocupado pela espcie, com todas as suas caractersticas abiticas.

    o endereo de uma espcie ou indivduo.

    Nicho ecolgico a funo da espcie dentro do conjunto do

    ecossistema e suas relaes com as demais espcies e com o ambiente.

    Seria a profisso da espcie ou indivduo.

  • Nicho Ecolgico

    Para definir nicho ecolgico de uma dada espcie necessrio: Conhecer suas fontes de energia e alimento, suas

    taxas de crescimento e metabolismo, seus efeitos sobre outros organismos e sua capacidade de modificar o meio que vive.

    Num meio equilibrado, cada espcie possui um nicho diferente do de outras espcies, caso contrrio haver competio

    Espcies que ocupam nichos semelhantes, em regies distintas, so denominadas de equivalentes ecolgicos.

  • Homeostase

    Estado de equilbrio dinmico por meio de mecanismos de autocontrole e autoregulao, que entram em ao assim que ocorre qualquer mudana.

    Tem por funo manter o equilbrio do ecossistema.

  • Principais Componentes e Inter-relaes

    Atmosfera

    Plantas

    Energia Solar

    Energia Solar

    HerbivorosCarnivoros

    DetritivorosDecompostores

    Solo

    ECOSSISTEMAS

  • Reciclagem de matria e fluxo de energia

    A energia provm da alimentao. Auttrofos: sintetizam seu alimento.

    Quimiossintetizantes (oxidao de comp. inorg.) Fotossintetizantes (utilizam o sol como fonte en.)

    Hetertrofos Decompositores Herbvoros Carnvoros

  • Fluxos de Energia e MatriaFluxos de Energia e Matria

    Autotrficos

    DecompositoresParasitas

    Predadores

    DecompositoresParasitas

    Predadores

    Heterotrficos

    2Nvel

    Trfico

    3Nvel

    TrficoCadeia alimentar (exemplo)

    1 Nvel

    Trfico

  • Energia Solar Sol

    Gigantesco reator de fuso nuclear Dimetro 110 vezes maior que a Terra Massa 329.400 vezes maior que a Terra Taxa: 2 cal/cm2/min constante Potncia mdia: 3,92 x 1026 W

    Reflexo e absoro 34% albedo Do que chega na superfcie da Terra

    10% UV 45% radiao visvel 45% IV

  • ProdutoresEnergia

    Solar Consumidores

    Decompostores

    Fluxo de Energia e de Nutrientes Inorgnicos

    NutrientesInorgnicos

    Calor Calor

    Calor

    Fluxo de Energia proveniente da quebra das ligaes C-C

    Fluxo de Nutrientes Inorgnicos

  • Importante O Sol a fonte de energia por excelncia, para a vasta maioria dos

    ecossitemas.

    As perdas de calor constituem o fim ltimo da energia.

    A energia e os nutrientes so passados de um organismo para o outro atravs das cadeias alimentares.

    Os decompositores retiram a ltima parcela de energia contida nos restos dos organismos.

    Os nutrientes inorgnicos so reciclados.

    A energia no reciclada.

  • Produtividade primria Apenas uma parte do que produzido

    torna-se utilizvel como alimento aos consumidores.

    S se aproveita 10% por cada nvel trfico.

    Produtores(fitoplncton)

    ConsumidoresPrimrios(zooplncton)

    ConsumidorSecundrio(peixe)

    ConsumidorTercirio(homem)

    1000 cal

    10 cal

    100 cal

    1 cal

  • Amplificao Biolgica

    o aumento de

    concentrao de poluentes ao longo da

    cadeia alimentar.

    Elementos DDT (ppm)gua 0,00005Plncton 0,04Peixe de pequeno porte 0,23Peixe predador 1,33Peixe espada 2,07Gaivota 6,00Ovo de gavio marinho 13,8Pato que se alimenta de peixe 22,8Pelicano 26,4

    Tabela DDT na cadeia alimentar, Long Island (USA)

    Fonte: Odum, 1971 in Braga et al. 2002

  • Biomas Ecossistemas aquticos

    gua doce gua salgada

    Ecossistemas terrestres

  • Biomas: ecossistemas aquticosOs seres aquticos podem se divididos em 3 categorias principais, em funo de seu modo de vida:

    Seres aquticos Caractersticas

    Plnctons So organismos em suspenso na gua, sem meios de locomoo prpria.

    Bentos So organismos que vivem na superfcie slida submersa, podendo ser fixos ou mveis.

    Nctons So organismos providos de meio de locomoo prpria, como os peixes.

  • Biomas: ecossistemas aquticos

    gua doceSistemas Exemplo Tipo de vida

    Lnticos Lagos Algas, moluscos, insetos, crustceos, peixes, bactrias e fungos.

    Pntanos

    Lticos Rios

    Nascentes

    Corredeiras

  • Biomas: ecossistemas terrestresTundra

    Floresta de conferas

    Florestas temperadas

    Florestas tropicais

    Campos

    Desertos

  • Hiptese de Gaia Os organismos evoluram junto com o

    ambiente fsico, formando um sistema complexo de controle, o qual mantm favorveis vida as condies da Terra.

    James Lovelock

    Gaia = deusa da Terra

  • Depois disto Depois disto tudo...ser que tudo...ser que os ecossistemas os ecossistemas nos prestam nos prestam algum servio?algum servio?

  • Ciclos biogeoqumicos Ciclo do carbono

    Ciclo do nitrognio

    Ciclo do fsforo

    Ciclo do enxofre

    Ciclo hidrolgico

  • Ciclo do Carbono Fotossntese:

    6 CO2 + 6 H2O + E.S. C6H12 O6 + 6 O2

    Respirao:

    C6H12 O6 + 6 O2 6 CO2 + 6 H2O + 640 kcal

    Equilbrio entre reservatrios aqutico e atmosfrico

  • Ciclo do Nitrognio Ciclo gasoso Segue 4 mecanismos:

    Fixao do nitrognio atmosfrico em nitratos Organismos simbiticos

    Amonificao Processo de reduo

    Nitrificao Processo aerbio

    Desnitrificao Processo anaerbio

  • Ciclo do Fsforo

  • Ciclo do Enxofre

  • Ciclo Hidrolgico

  • Lei do Mnimo: fator ecolgico

    O crescimento limitado pelo elemento cuja concentrao inferior ao valor mnimo (abaixo do qual no existe crescimento).

  • Lei da Tolerncia

    Cada ser vivo apresenta, face aos diversos fatores ecolgicos, limites de tolerncia entre os quais se situa o timo ecolgico.

  • Biodiversidade Significa diversidade, ou seja, o nmero de

    espcies diferentes sejam elas animais, plantas e/ou microorganismos que compe um determinado ecossistema ou mesmo o prprio planeta.

    Desta forma, toda a variedade de vida que compe um determinado local, ou mesmo o prprio planeta pode ser chamada de biodiversidade.

  • Histrico da poluio ambiental

  • Histrico da poluio ambiental O domnio do fogo, h meio milho de anos atrs, criou a

    primeira fonte de poluio do ar.

    Roma antiga: surgiram as primeiras reclamaes (2.000 anos atrs).

    O problema ficou registrado na histria do sc. XIII, na Inglaterra. A fumaa resultante do emprego em larga escala de carvo

    betuminoso, tornou-se rapidamente incomoda, particularmente em Londres. Mais tarde, em 1303, promulgou-se um decreto, proibindo-lhe o uso. Apesar desta e de outras medidas restritivas, difundiu-se o uso de combustveis fsseis, e a contaminao do ar tornou-se problema de crescente importncia.

  • Histrico da poluio ambiental

    No fim do sculo XIX, foram feitos estudos sobre as causas da poluio por fumaa e sobre sua preveno e controle, sob a responsabilidade de uma comisso inglesa, em 1881, e de comisses alems e francesas, em 1894.

    Em 1890, foi fundada em Leeds a Smoke Abatement Society, com a finalidade de analisar a poluio causada pela fumaa de carvo, estudar o consumo deste combustvel em caldeiras, fornalhas e lareiras e examinar os sistemas de controle empregados.

  • Principais episdios

    LocalLocal Sintomas/MortesSintomas/Mortes PoluentePoluenteVale do Meuse, 1930 (Blgica)

    Dores no peito, tosse, dificuldade de respirao, irritao nasal e dos olhos. A partir do 3 dia o problema acentuou-se.Ao final de 1 semana 60 pessoas morreram, principalmente pessoas idosas portadoras de doenas do corao e pulmes.

    Presumiu-se que uma combinao de diversos poluentes esteve associada com o episdio; destacada a presena de gotculas de cido sulfrico resultante de altas concentraes de dixido de enxofre com presena de gotculas dgua.

    Donora, 1948 (Pensilvania, E.U.A.) - outubro 48

    43% da populao (14.000 habitantes) adoeceu, cuja sintomatologia era de irritao do trato respiratrio e dos olhos.20 pessoas morreram, principalmente as que j eram portadoras de doenas cardaca e do sistema respiratrio.

    Presumiu-se que a presena de dixido de enxofre e material particulado em suspenso no ar esteve associada com o episdio. Uma fundio de zinco, 1 fundio de ao e numerosas metalrgicas foram as fontes causadoras.

  • Principais episdios

    LocalLocal Sintomas/MortesSintomas/Mortes PoluentePoluentePoza Rica, 1955 (Mxico)

    Durao: 25 minutos. 320 pessoasforam hospitalizadas, das quais 22morreram.

    Presena de gs sulfdrico na atmosfera, lanado acidentalmente por uma indstria de recuperao de enxofre de gs natural, foi responsvel pelo episdio

    Londres, 1952 (Inglaterra)

    Durao de 5 dias. Grande nmerode pessoas adoeceu sendoportadores de doenas respiratrias.Cerca de 3.500 a 4.000 pessoasmorreram a mais do esperado paraeste perodo. A mortalidade foi maiorpara o grupo de pessoas idosas, enaqueles que j eram portadores de bronquite, bronco-pneumonia edoenas do corao.

    presena de poeira emsuspenso (4,46 mg/m3) e dedixido de enxofre (3,75mg/m3) atribuiu-se o episdio.

  • Principais episdios

    LocalLocal Sintomas/MortesSintomas/Mortes PoluentePoluenteSevezo (Itlia, julho de 1976)

    Foram registrados pelo menos 30 casos de mortes causadas por cncer de fgado e um nmero no calculado de pessoas com graves distrbios gastrintestinais que estavam na regio.

    Descobriu-se que foram lanados na atmosfera 2 kg de dioxina quantidade enorme, j que ela capaz de alterar os cromossomos humanos, mesmo dose de 0,2 ppb.

    Lago da Paz (Rep. dos Camares, 21 de agosto de 1986)

    Uma gigantesca nuvem de gasestxicos sai do fundo de um lagovulcnico e mata mais de 1.700pessoas.

    Gs sulfdrico, monxido decarbono, dixido de carbono e cido sulfrico (anidridosulfuroso).

  • Caractersticas da atmosfera

  • Composio da atmosfera A atmosfera terrestre nada mais do que uma

    mistura de gases, inodora e incolor que forma uma capa delgada ao redor da Terra.

    A composio desta mescla, desde o nvel do solo at uma altura de 70 km notavelmente constante, com pequenas variaes devido a presena de um corpo estranho: o vapor dgua.

    A atmosfera regula a temperatura, igualando, aproximadamente, a de dia com a de noite. se na lua, carente de atmosfera, durante a exposio

    do sol a temperatura se aproxima aos 200 C, e ao chegar da noite lunar desce a quase -200 C.

  • Composio da atmosfera O peso da atmosfera representa um

    milionsimo do peso total da Terra.

    O vapor dgua resulta de um processo fsico de evaporao, no sendo integrante da mistura de gases, utiliza a ATM como meio de transporte. Sua composio varia de 0 - 4%, no mximo.

    0% ar seco 4% ar saturado 0-4% ar mido

  • Composio da atmosfera seca

    Componentes gasosos Composio ppm (vol) Composio ppm (peso) Nitrognio Oxignio Argnio Dixido de carbono Nenio Hlio Metano Criptnio xido nitroso Hidrognio Xennio

    780.900 209.500 9.300 300 18 5,2 2,2 1 1

    0,5 0,08

    755.100 231.500 12.800 460 12,5 0,72 1,2 2,9 1,5 0,03 0,36

  • Composio da atmosfera seca Outros componentes gasosos de origem natural e de concentrao varivel:

    xidos de nitrognio: produzidos pelas descargas eltricas durante as tempestades;

    dixido de enxofre; fluoreto de hidrognio e o cloreto de hidrognio (erupes vulcnicas);

    sulfeto de hidrognio: escapa das acumulaes de gs natural ou dos vulces;

    oznio: formado fotoquimicamente ou por descargas eltricas.

  • O meio atmosfrico

  • O meio atmosfrico

    Troposfera 10 km Onde ocorre o processos climticos que regem a

    vida na Terra. Ocorre a maioria dos fenmenos com a poluio.

    Estratosfera 10 45 km No limite superior pode chegar a 270K Ozonosfera

    Absoro dos raios UV

  • O meio atmosfrico

    Mesosfera 50 - 85 km A temperatura do ar diminui a quase 175 K

    Ponto mais frio da atmosfera

    Termosfera a camada superior da atmosfera Densidade molecular = 103 molculas/cm3

    No nvel do mar 2,5x109 molculas/cm3

  • Distribuio da temperatura

  • Poluio do ar

  • Poluio do ar A atmosfera pode ser considerada como um

    local onde, permanentemente, ocorrem reaes qumicas.

    Ela absorve uma grande variedade de slidos, gases e lquidos provenientes de fontes, tanto naturais como industriais, que podem dispersar ou reagir entre si (ou com outras substncias j presentes na atmosfera).

  • Definio

    Poluio atmosfrica pode ser entendida como a contaminao da atmosfera por insero, ou permanncia temporria, de materiais alheios a sua composio natural, ou em proporo superior ao natural, nos estados de agregao da matria gs, lquido ou slido ou, ainda, na forma de radiaes (BARRENETXEA et al., 2003).

    Poluente atmosfrico toda e qualquer forma de matria (slida, lquida ou gasosa) ou de energia que, presente na atmosfera, pode torn-la poluda (ASSUNO e MALHEIROS, 2005).

  • Classificao do Poluente

    Estado fsico: Material particulado; Gases e vapores

    Classe qumica: Orgnicos Inorgnicos

    Origem: Primrios Secundrios

    Sub-classificao:Odores incmodosPoluentes altamente txicos

  • Classificao: Estado fsico

    Material particulado Partculas slidas e lquidas:

    poeiras, fumos, nvoas e fumaas. Limite superior: bem definido: entre 100 m - 200 m. Limite inferior: 0,5 m (no caso de poeiras).

    Em aerossis formados por condensao (fumos e nvoas), o tamanho da partcula varia entre 0,5 e 0,001 m

    Gases e vapores CO, CO2, SO2, NO2

  • Estado fsico - Aerossis So partculas em suspenso no ar, em forma

    slida ou lquida.

    O uso de combustveis fsseis (carvo, petrleo) e a queima da vegetao so algumas das causas de formao dos aerossis.

    Os aerossis contribuem para o resfriamento da superfcie da Terra, por produzirem espalhamento e reflexo da luz solar incidente.

  • Estado fsico - Poeiras So partculas slidas produzidas por manipulao,

    esmagamento, triturao, impacto rpido, exploso e desintegrao de substncias orgnicas ou inorgnicas, tais como rochas, minrios, metais, madeira ou cereais. As poeiras no tendem a flocular, a no ser sob a ao de foras eletrostticas; no se difundem no ar, porm sedimentam sob a ao da gravidade.

    Exemplo: poeira de slica, poeira de asbesto, poeira de algodo.

    Observao: 1 micron ( m ) equivale a 1/1000 de milmetro ou 1 milionsimo do metro. A menor partcula visvel ao olho humano mede, aproximadamente, 1/10 de milmetro.

  • Estado fsico - Fumos So partculas slidas resultantes da condensao ou

    sublimao de gases, geralmente aps volatilizao de metais fundidos, que se acompanha amide de reao qumica, como oxidao. Os fumos floculam e as vezes coalescem. Partculas < 0,5 m dimetro.

    Exemplos: fumos metlicos em geral (chumbo, alumnio,

    zinco e etc.) e fumos de cloreto de amnio.

    Fumaa: fumo resultante da combusto incompleta de materiais orgnicos (combustveis em geral). Se a combusto for completa e o combustvel no tiver cinzas, no teremos fumaa. So constitudas por partculas com dimetros inferiores a 1 m.

  • Estado fsico - Nvoas

    So gotculas lquidas em suspenso, produzidas pela condensao de gases e vapores ou pela passagem de um lquido a estado de disperso, por respingo, formao de espumas e atomizao. Partculas < 0,5 m dimetro.

    Exemplo: nvoas de cido sulfrico, nvoas de tinta e nvoas de leo.

  • Estado fsico Vapores

    Forma gasosa de substncias normalmente slidas ou lquidas (ou seja, a 25C e 760mmHg), que podem voltar a estes estados ou por aumento de presso, ou por diminuio de temperatura.

    Os vapores so difusveis.

    Os vapores so substncias que existem no estado slido ou lquido nas condies usuais do ambiente.

    O seu tamanho o molecular.

  • Estado fsico Gases So normalmente fludos sem forma que ocupam o espao

    que os contm e s podem liquefazer-se ou solidificar-se sob a ao combinada de aumento de presso e diminuio de temperatura.

    Em outras palavras, os gases verdadeiros no esto presentes na forma lquida ou slida nas condies usuais do ambiente em termos de temperatura e presso.

    O seu tamanho logicamente o molecular.

    Os gases so difusveis, no sedimentam nem se aglomeram, chegando a sua diviso ao nvel molecular, permanecendo, portanto, intimamente misturados com o ar, sem se separarem por si mesmos.

  • Estado fsico Sub-classificao

    Independente do estado fsico, tem importncia a sub-classificao como substncias causadoras de:

    odores incmodos

    poluentes altamente txicos

  • Sub-classe: odores incmodos

    A percepo de um odor uma resposta psicofisiolgica a inalaes de compostos qumicos odorferos que, infelizmente, ainda no podem ser quimicamente medidos (GODISH, 2004).

    Dentre as muitas fontes de odores desagradveis esto as graxarias, fbricas de sabo, plantas petroqumicas, refinarias, fbricas de papel e celulose, plantas de processamento de pescado, estaes de tratamento de esgoto, exausto de diesel e operaes relacionadas agricultura, sendo que os principais compostos responsveis so aminas, gases sulfurosos, fenol, amnia, aldedos e cidos graxos (GODISH, 2004).

  • Sub-classe: poluentes altamente txicos

    Estes compostos decorrem principalmente da era industrial, formados, principalmente, como subproduto de vrios processos envolvendo cloro e seus compostos.

    As principais classes de componentes so: Dioxinas Furanos Hidrocarbonetos policclicos aromticos HPAs Metais pesados e em geral.

  • Sub-classe: poluentes altamente txicos dioxinas e furanos

    Dioxinas: PCDDs: dibenzo-p-dioxinas policloradas.

    Furanos: PCDFs: dibenzofuranos policlorados.

    So duas classes de compostos aromticos tricclicos, de funo ter, com estrutura quase planar e que possuem propriedades fsicas e qumicas semelhantes.

    Os ismeros com substituio de cloro na posio 2,3,7 e 8 so de interesse especial devido a sua toxicidade, estabilidade e persistncia.

    So formadas nas combustes entre 250 e 400C

  • Sub-classe: poluentes altamente txicos HPAs

    Hidrocarbonetos Policclicos Aromticos so compostos formados por dois ou mais anis aromticos condensados, contendo somente tomos de carbono e hidrognio.

    Sua formao se d principalmente por combusto incompleta ou pirlise de matria orgnica.

    Entre os mais importantes destacam-se: Acenafteno, acenaftileno, antraceno, fenantreno,

    benzo-antraceno, benzo-pirenos, pireno e naftaleno.

  • Classificao: Classe Qumica

    Poluentes orgnicos: hidrocarbonetos; aldedos e cetonas.

    Poluentes inorgnicos: H2S; HF; NH3

  • Classificao: Origem

    Poluentes primrios: esto presentes na atmosfera na forma em

    que so emitidos como resultado de algum processo.

    Poluentes secundrios: so produzidos na ATM pela reao entre dois

    ou mais poluentes primrios, ou pela reao com constituintes normais atmosfricos, com ou sem foto ativao.

  • Fontes de poluentes gasosos Tipos bsicos de fontes de poluio:

    FONTES ESPECFICAS so FIXAS em determinado territrio, ocupam na comunidade rea relativamente limitada e permitem uma avaliao na base de fonte por fonte.

    Indstrias.

    FONTES MLTIPLAS podem ser FIXAS ou MVEIS, geralmente se dispersam pela comunidade, oferecendo grande dificuldade de serem avaliadas na base de fonte por fonte.

    casas mltiplas fixas carros mltiplas mveis

  • Fontes: origem Segundo a origem do poluente, possvel

    classificar as fontes de poluio como:

    1 - Fontes naturais;2 - Fontes Industriais;3 - Queima de combustveis;4 - Queima de resduos slidos,5 - Evaporao de produtos de petrleo;6 - Atividades produtoras de odores;7 - Fontes de radiaes;8 - Outras atividades.

  • Fontes Naturais A poluio natural originada por

    fenmenos biolgicos e geoqumicos.

    Entre as fontes naturais pode-se apontar: o solo, a vegetao (polinizao), os oceanos, vulces, fontes naturais de lquidos, gases e vapores, descargas eltricas atmosfricas, etc.

  • Fontes Naturais Vulcanismo

    joga poeira a 20-30 km de altura. partculas que chegam aos nveis mais altos tem

    dimetro de aproximadamente 1 m. Estas partculas demoram de 2 a 12 anos na

    estratosfera antes de cair na troposfera, onde so rapidamente lavadas.

    Um vulco emite xidos de nitrognio e de enxofre, H2S, HCl, HF, SCO (sulfeto de carbonila), cinzas e partculas slidas.

  • Fontes Naturais

    A vegetao emite muitos compostos orgnicos.

    O solo emite N2O (desnitrificao), NH3 (processos aerbios) e gases redutores, como CH4, NO, H2S (fermentao anaerbia em zonas midas, como pntanos, arrozais, bosques midos, etc.)

  • Fontes Naturais

    Os oceanos so armazns qumicos, importantes fontes de emisso de componentes atmosfricos. Variaes de temperatura na superfcie do mar modificam

    as concentraes de uma grande diversidade de gases dissolvidos: CO, CO2, CH4, N2O, CS2, SCO, ClCH3, etc.

    Em geral, a contaminao proveniente de fenmenos naturais assimilada pela natureza, a qual possui mecanismos fsicos e qumicos suficientes para degradar os contaminantes emitidos.

  • Fontes Antrpicas

    O ser humano atravs da atividade industrial e urbana, joga resduos atmosfera, de forma incontrolada e constante, em amplas zonas do planeta.

    Aproximadamente 65 mil produtos qumicos, provenientes de uma variedade de atividades industriais, encontram-se na atmosfera.

  • Fontes Antrpicas: industriais Quanto as fontes industriais, a quantidade e qualidade do

    poluente emitido por este tipo de fonte dependem de vrios fatores interdependentes da fabricao.

    Influem no tipo e concentrao do poluente expelido, em razo do processo industrial, as matrias primas e combustveis envolvidos no processo, o produto fabricado o prprio processo e as suas operaes, a eficincia dos trabalhos de processamento e o grau das medidas acauteladoras contra a poluio.

    Ex: Indstrias de petrleo; materiais no metlicos, metalrgicas; mecnicas; txteis, madeira e mobilirio; papel; produtos alimentares, etc.

  • Fontes Antrpicas: combusto Os poluentes do ar originam-se principalmente da

    combusto incompleta de combustveis fsseis, para fins de transporte, aquecimento e produo industrial.

    Aproximadamente 80% dos contaminantes gasosos na atmosfera so formados durante a queima de combustveis fsseis. A fonte emissora poder ser FIXA ou MVEL. Ambas utilizam como matria prima, o carvo, leos minerais, gases liquefeitos de petrleo, lcool, etc.

    A poluio depende da eficincia da combusto e do percentual de enxofre no combustvel.

  • Fontes Antrpicas: Radiaes Existem as fontes de radiaes, sendo que o Sol

    a maior fonte produtora de radiaes e tem pouca influncia no cmputo geral da poluio do ar.

    Os tipos de radiaes emitidas pelas indstrias ficam restritas aos locais de produo, geralmente em ambientes fechados (raios infravermelhos, ultravioletas, etc.).

    So utilizados radiaes ionizantes em vrios setores industriais e na medicina.

  • Principais poluentes atmosfrico

    FONTES POLUENTES COMBUSTO MP. SO2 , SO3 , CO , HC e NOx

    PROCESSO INDUSTRIAL

    MP (fumos, poeiras, nvoas), SO2 , SO3 , HCl , HC.

    QUEIMA RESDUOS SLIDOS MP, SO2 , SO3 , NOx , HCl

    FONTES ESTACIONRIAS

    Outras HC, MP FONTES MVEIS Veculos: Gasolina,

    Diesel, lcool, Avies, Moto, Barcos, Trens.

    MP, CO, NOx, HC, Aldedos, cidos Orgnicos.

    FONTES NATURAIS MP (poeiras), SO2 , H2S , CO , NO2 , HC

    REAES QUMICAS NA ATMOSFERA. EX: Hidrocarbonetos + xidos de nitrognio (luz

    solar)

    Poluentes secundrios: Aldedos, cidos orgnicos, Nitratos orgnicos, Aerossol

    fotoqumico, etc.

  • Poluentes do ar Cinco compostos significam mais de 90% do

    problema da contaminao do ar:

    1. Monxido de carbono (CO);

    2. xidos de nitrognio (NOx);

    3. Hidrocarbonetos (HC);

    4. xidos de enxofre (SOx);

    5. Material Particulado.

  • Monxido de Carbono - CO

    O CO um poluente altamente txico, pois afeta a capacidade do sangue de transportar oxignio.

    Ele apresenta uma afinidade qumica com a hemoglobina 210 vezes maior que o oxignio.

    Forma com a hemoglobina a carboxihemoglobina, que nas concentraes de 5% provoca alteraes nervosas, de comportamento e no funcionamento do miocrdio.

    Sua principal fonte antrpica a combusto incompleta.

  • Compostos nitrogenados Na atmosfera, o nitrognio encontra-se nas seguintes

    formas: N2O NO NO2 NH3 NO3-

    NO2-

    NH4+

    N2O3 N2O4 NO3 N2O5

  • Compostos nitrogenados O NO2 absorve a luz solar na zona do espectro visvel.

    Pode produzir uma nvoa de cor amarela ou laranja.

    O N2O um gs incolor. Fonte natural: ao bacteriana no solo e reaes na atmosfera

    superior. Fonte antrpica: queima de combustveis slidos. Incremento: 0,5-1,1 ppbv/ano (fonte antropognica)

    Os NOx so produzidos: Fonte natural: relmpagos, atividade microbiana, oxidao da

    amnia e processos fotolticos ou biolgicos nos oceanos. Fonte antrpica: queima de combustveis fsseis e biomassa.

  • Compostos Orgnicos VolteisCOV

    O COV so hidrocarbonetos do tipo: Aldedos Cetonas Solventes clorados Substncias refrigerantes Alcanos (C1-C6) Aromticos (Benzeno, tolueno e etc.) Compostos nitrogenados (PAN peroxiacetil nitrato)

    As principais fontes antropognicas dos COV so processos industriais (46%) e o transporte automotivo (30%).

  • Compostos sulfurosos Na atmosfera, o enxofre encontra-se nas seguintes formas:

    COS : carbonil sulfeto; CS2 : sulfeto de carbono; (CH3)2S : dimetil sulfeto; H2S : sulfeto de hidrognio; SO2 : dixido de enxofre; SO42- : sulfatos.

    O SO2 um gs incolor, com odor irritante e azedo e solvel em gua.

    O H2S altamente txico e com odor de ovo podre.

  • PoluentesElemento

    ChavePoluente Fonte

    S SO2 Gases de caldeirasSO3 Fabricao de cido sulfrico, combustes.

    H2S Esgotos, processamento de gs natural, papel e celulose. R-SH Petroqumica e papel e celulose

    N NO / NO2

    Fabricao de cido ntrico, oxidao em alta temperatura, nitrogenao

    NH3 Fabricao de amnia

    outros Esgotos, processo com gorduras e tecidos crneos

  • PoluentesElemento

    ChavePoluente Fonte

    X HF Fertilizante fosftico, alumnio.

    SiF4 Cermica, fertilizantes.

    HCl PVC, clorao e outros.

    Cl2 Clorao e fabricao de cloro.

    C CO / CO2 Combusto.

    HC Solventes e operaes petroqumicas

    COV Desengraxamento, processamento de tecidos crneos e outros

  • Nveis mximos de poluentes(OMS)

    Indicador Concentrao mxima recomendada (g/m3)

    Tempo de exposio

    SO2 125 24 h

    NO2 200 1 h

    CO 10.000 8 h

    O3 120 8 h

    MP No estipulada1

    1- h risco associado a qualquer exposio.

  • Nveis de referncia Padro de qualidade do Ar

    Nveis de referncia para diferenciar a atm poluda da no poluda

    CONAMA 3 de 28/6/90.

    Padro de emisso Limite estabelecido legalmente e que deve ser

    respeitado para a emisso da fonte. Podem estar expressos em concentrao (mg / Nm3),

    taxas (kg / hora) ou parmetro (kg / t incinerada). Em geral so fixados pela autoridade estadual.

  • Nveis de referncia Padro de condicionamento e projeto

    Representa parmetros de projeto, ou exigncias, como temperatura e tempo de residncia.

    Art. 38, decreto 8468/76: nos ps-queimadores necessrio tmin de 850C e tempo de residncia mnimo de 0,8 segundos.

    Fator de emisso Expressam a emisso em funo de um parmetro da

    fonte. USEPA AP42 til no inventrio de emisses de determinadas

    regies.

  • Padro primrio e secundrio Padro primrio:

    Representa a concentrao de poluente que, ultrapassada, poder afetar a sade da populao.

    o nvel mximo tolervel. Meta de curto e mdio prazos.

    Padro secundrio: a concentrao de poluente abaixo do qual se

    prev o mnimo efeito adverso. o nvel desejado Meta de longo prazo.

  • Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar

    Enquadramento das reas do territrio nacional em classes de uso do arClasse Enquadramento

    II reas de observao, lazer e turismo (parques, reservas e etc.). Nessas reas dever ser mantida a qualidade do ar em nvel o mais prximo possvel do verificado sem a interferncia antropognica.

    IIII reas onde o nvel da deteriorao da qualidade do ar seja limitado pelo padro secundrio de qualidade.

    IIIIII reas de desenvolvimento onde o nvel de deteriorao da qualidade seja limitado pelo padro primrio de qualidade.

  • Padres nacionais de qualidade do Ar (CONAMA 3/90)

    Poluente Padro primrio g/m3

    Padro secundrio g/m3

    Perodo de exposio

    MP 240 150 24 h80 60 Anual

    Part. Inalveis 150 150 24 h50 50 Anual

    Fumaa 150 100 24 h60 40 Anual

    SO2 365 100 24 h80 40 Anual

    CO 40.000 40.000 1 h10.000 10.000 8 h

    O3 160 160 1 h

    NO2 320 190 1 h100 100 Anual

  • Clculos utilizados na

    poluio atmosfrica

  • Unidades usuais Unidades de volume/volume:

    cm3/m3 (ppm) mm3/m3 (ppb)

    Unidades de massa/volume: mg/m3 g/m3

  • Mudanas de bases Para converter mg/m3 para ppm, e vice-

    versa, necessrio utilizar a equao de estado: P.V = n.R.T

    freqente encontrar a letra N na frente de unidades de volume. Ela indica que o volume gasoso est na

    CNTP: 1 atm 273 K = 0C

  • Exemplo 1 Transforme 20 ppm de CO em mg CO/Nm3 de ar.

    20 ppm = 20 cm3 (0,02 L) de CO em 1 m3 de AR na CNTP.

    Massa Molar (M) do CO = 28 g/mol.CNTP: 1 atm e 273K

    P.V = n.R.T P.V.M = m.R.T 1x0,02x28=mx0,082x273

    m = 0,025 g = 25 mg de CO em 1 m3 de AR na CNTP

    Portanto,

    20 ppm de CO = 25 mg de CO/Nm3 de AR

  • Exemplo 2 O monitor de uma estao de controle de contaminao

    atmosfrico indica uma concentrao diria mdia de 480 g SO2 / m3 Ar a 30C e 1 atm. Calcule a concentrao de SO2 em ppm.

    Resoluo:ppm = cm3/m3 M = 64 g/molP.V=n.R.T P.V.M=m.R.T 1.V.64=0,00048.0,082.(30+273) V=0,0001845 L = 0,1845 cm3

    ppm = 0,1845 cm3 / 1 m3

    Resposta = 0,1845 ppm

  • Danos relacionados poluio

    atmosfrica

  • Efeitos atmosfricos Danos Materiais

    Danos vegetao

    Efeitos Globais Chuva cida Aquecimento global Diminuio da camada de oznio

    Danos sade

  • Danos aos materiais Deposio de partculas de poeira e

    fumaa. Suja edificaes e monumentos

    PA provoca Aumento de corroso metlica Envelhecimento de polmeros Ataque qumico a mrmores e no-metlicos Perda de resistncia em tecidos, com

    reduo de vida til

  • Danos vegetao Principais efeitos:

    Alteraes no crescimento Colapso foliar Envelhecimento precoce Descolorao Necrose do tecido foliar

    Principais poluentes Oznio PAN (peroxiacetilnitrato)

    Algumas espcies => bioindicadores

  • Efeitos globais Chuva cida

    Lavagem da atmosfera Arrasta os xidos de enxofre e nitrognio

    pHnormal = 5,6 ( em virtude do CO2)

    pHchuva cida < 5,6

    Regies com termoeltricas a carvo mineral so fortes candidatas a apresentarem guas de chuva cida.

  • Efeitos globais Efeito estufa

    Aumento da temperatura da Terra Provocada pela maior reteno de radiao

    Infravermelha. Gases que provocam a reteno:

    CO2 ; CH4 ; CFC ; N2O

    O problema o aumento dessa reteno de calor ocasionada pela crescente concentrao dos GEE

    Kioto (1997) Pases ind. => reduo de 5% (base 1990)

  • Efeitos globais Efeito estufa

    Principal vilo: CO2 Incio do sc. XX = 290 ppm Incio do sc. XXI = 365 ppm

    CO2 55 % do efeito estufa Fonte: queima de combustveis fsseis

    CH4 e N2O 21 % do efeito estufa Fonte: atividades agrcolas

    CFCs 24 % do efeito estufa

  • Efeitos globais Efeito estufa

    Efeitos adversos Aumento do nvel do mar Alterao do suprimento de H2O doce Maior nmero de Ciclones Tempestades de chuva e neve fortes e freqentes Rpido e forte ressecamento do solo

  • Efeitos globais Reduo da camada de Oznio

    Observou-se que a concentrao de oznio estratosfrico vem se reduzindo, desde de 1995, em especial na Antrtica, entre a primavera austral (set/out).

    Agentes da reduo: Cloro e Bromo CFCs NOx Erupes vulcnicas Gs Halon Brometo de metila (inseticida) CCl4

  • Efeitos globais Reduo da camada de Oznio

    Protocolo de Montreal (1987) CFCs => produo proibida desde 95

    Tem de ser eliminado at 2010 pases desenvolvidos 2015 pases em desenvolvimento

    Brasil => signatrio (proibiu o uso de CFCs em 89)

    CFCs tm sido trocado por: Butano e propano em sprays HFCs em refrigerao

    16 de setembro dia do oznio

  • Danos sadePrincipais efeitos

    Problemas oftlmicos

    Doenas dermatolgicas

    Gastrintestinais

    Cardiovasculares

    Pulmonares

    Alguns tipos de cncer

  • Efeitos sade Um aumento na temperatura do ar provoca

    impactos na distribuio da flora e da fauna e, consequentemente, influencia na distribuio de doenas transmitidas por vetores.

    A exposio humana pode se dar por inalao, ingesto ou contato com a pele, mas a inalao pode ser considerada a via mais importante e mais vulnervel

  • Efeitos sade A poluio do ar caracterizada pela OMS

    como um fator de risco para vrias doenas, como infeces respiratrias das vias areas superiores.

  • Efeitos sade Estudos nacionais tm verificado

    associaes positivas entre poluio do ar e doenas respiratrias e mesmo mortalidade. Os efeitos so sentidos principalmente por

    crianas e idosos.

  • Efeitos sade Material Particulado (MP)

    MP qualquer substncia que existe como lquido ou slido na atm e tem dimenses microscpicas, porm maiores que as moleculares.

    Exceo: gua

    Particulados Grossos => dp > 2,5 m

    Finos => dp < 2,5 m So respirveis causando prejuzos aos alvolos pulmonares.

  • Efeitos sade Material Particulado (MP)

    Fontes Naturais

    Plen Aerossol marinho Poeira ressuspensa do solo

    Antrpicas Processos industriais Queima de combustveis fsseis Poeira ressuspensa de ruas Queima de biomassa Aerossol secundrio

  • Efeitos sade Material Particulado (MP)

    Causa Doenas Pulmonares Doenas Asmticas Bronquites Aumento de mortandade Aumento de mortalidade

  • Efeitos sade Dixido de Enxofre

    Causa desconforto na respirao e doenas cardiovasculares.

    Pessoas com asma e doenas crnicas de corao e pulmo so mais sensveis a esse poluente.

    O SO2 emitido na atmosfera sofre em poucas horas oxidao a SO3. O resultado final a apario do H2SO4, sulfatos de

    amnio e de distintos metais. Causam o smog mido.

  • Efeitos sade Monxido de Carbono

    Provoca a reduo da habilidade do sistema circulatrio em transportar oxignio.

    Altos nveis de CO esto associados a prejuzos: nos reflexos; na capacidade de estimar intervalos de tempo; na aprendizagem; no trabalho; na capacidade visual.

  • Efeitos sade Monxido de Carbono

    mgCO/Nm3 ar % COHb no sangue

    Efeitos

  • Efeitos sade xidos de Nitrognio

    De todos os possveis xidos de nitrognio, se detectam na atmosfera o N2O, NO e NO2, uma vez que os restantes so instveis e se dissociam.

    Os NOx esto implicados em um ciclo, chamado de ciclo fotoltico de xidos de nitrognio, que causa a apario de um contaminante secundrio, o oznio.

  • Efeitos sade xidos de Nitrognio

    A presena de outras substncias no meio, como os HC, pode alterar notavelmente o ciclo e conduzir a apario de importantes contaminantes secundrios.

    At alguns anos atrs o N2O no era considerado um poluente. Recentemente detectou-se sua participao:

    No controle dos nveis de oznio estratosfrico No efeito estufa Na chuva cida

  • Efeitos sade xidos de Nitrognio

    xidos Cor Toxicidade F N F AN2O Incolor No txico. Solo e atm superior

    Combust. Slidos

    NO Incolor Txico, interfere em processos fotoqumicos troposfricos.

    Relmpagos, atividades

    microbianas.

    Transporte e qualquer outro processo de combusto a

    altas temperaturas

    NO2 Marrom-avermalhadoIdem NO Idem NO Idem NO

  • Efeitos sade Oznio e oxidantes fotoqumicos

    Principais componentes da nvoa fotoqumica.

    A radiao solar produz esses componentes atravs de processos fotoqumicos na presena de xidos de nitrognio e COV, em condies metereolgicas propcias (inverso trmica e calmaria).

    Provocam irritaes nos olhos e vias respiratrias, alm de diminurem a capacidade pulmonar.

  • Efeitos sade Hidrocarbonetos e outros COV

    So os grandes agentes da produo do smog fotoqumico.

    Os efeitos diretos dependem do HC ou dos COVs envolvidos:

    Ex. Benzeno e HC policclicos Neoplasias.

    Ex. Aldedos (formal e acrolena) Irritantes dos olhos, vias respiratrias e mucosas.

  • POLUIO DOPOLUIO DOSOLOSOLO

  • INTRODUOINTRODUO Por tradio, o solo tem sido utilizado

    como receptor de substncias resultantes das atividades humanas.

    O solo, uma vez degradado e/ou contaminado, trar conseqncias ambientais, sanitrias, econmicas, sociais e polticas que podero limitar ou at mesmo inviabilizar seu uso posterior.

  • IntroduoIntroduo Uma vez no solo, os poluentes sofrem

    uma constante migrao descendente, podendo atingir as guas subterrneas, prejudicando a qualidade e pondo em risco as populaes.

    A poluio do solo pode ser dividida em: Natural Artificial

  • DEFINIODEFINIO A poluio do solo consiste numa das formas de

    poluio, que afeta particularmente a camada superficial da crosta terrestre, causando malefcios diretos ou indiretos vida humana, natureza e ao meio ambiente em geral.

    Consiste na presena indevida, no solo, de elementos qumicos estranhos, de origem humana, que prejudiquem as formas de vida e seu desenvolvimento regular.

  • E R O S O M E T A I S P E S A D O S

    L I X O A G R O T X I C O S

    T i p o s d e D e g r a d a o

  • POLUIO NATURALPOLUIO NATURAL No associada atividade humana

    Pode dar-se por meio de: Eroso Desastres naturais Atividades vulcnicas Irradiao natural Presena de elementos inorgnicos

    Principalmente metais

  • POLUIO ARTIFICIALPOLUIO ARTIFICIAL Poluio de origem antrpica.

    Pode ocorrer por:i. Urbanizao e ocupao do soloii. Atividades agropastorisiii. Atividades extrativasiv. Armazenamento de resduos perigososv. Acidentes no transporte de cargavi. Lanamento de guas residuriasvii. Disposio de resduos slidos

  • Urbanizao e ocupao do soloUrbanizao e ocupao do solo Urbanizao crescente

    Ocupao desordenada do solo Descontrole do zoneamento residencial, industrial e

    agrcola.

    Impactos presentes e futuros Apresenta-se como um problema ambiental e de

    sade pblica.

    Diminuio da qualidade de vida Poluio visual, gerao de odores e diminuio de

    espaos de circulao.

  • Atividades agropastorisAtividades agropastoris Utilizao de fertilizantes e defensivos

    agrcolas

    Impactos ambientais imediatos bem conhecidos

    Eutrofizao e contaminao de lenis freticos Mudanas na biota local Acidificao do terreno Contaminao por metais pesados Contaminao do terreno por acmulo de

    fertilizantes

  • Atividades agropastorisAtividades agropastoris Defensivos agrcolas

    Os efeitos ambientais podem ser:

    Mortandade Por meio da propagao pela cadeia

    alimentar a mortandade pode tornar-se inespecfica.

    Reduo => natalidade e fecundidade

  • MineraoMinerao Enorme potencial de degradao do solo.

    Modifica a paisagem e gera resduos da lavra.

    Atualmente, exige-se plano de recuperao para as reas degradadas pela atividade mineradora.

  • TransporteTransporte Acidentes nos transportes de cargas

    perigosas tm origem: nas condies de manuteno das estradas Situao dos veculos Capacidade e preparo do motorista Fiscalizao

    Os acidentes, embora pontuais, podem ganhar grandes propores quando os poluentes atingem corpos de gua.

  • ArmazenamentoArmazenamento Armazns no projetados

    adequadamente para produtos perigosos podem ser fonte de poluio do solo, seja decorrente de vazamento ou derramamento, ou ainda operaes inadequadas.

    Exemplo Postos e revenda de combustveis.

  • guas residuriasguas residurias Esgotos sanitrios e efluentes industriais

    Provoca poluio: dos mananciais do solo das guas subterrneas

    Incorpora substncias ou elementos ao solo, provocando alteraes na composio e reduzindo a biodiversidade.

    Os efeitos so os mesmos apresentados pelos resduos slidos.

  • Disposio de resduos slidosDisposio de resduos slidos

    Fator de maior importncia para a poluio antrpica do solo.

    Praticamente: Poluio do solo = poluio por resduos slidos

    O gerenciamento adequado dos resduos slidos: Um dos maiores desafios para os governos

    municipais

  • Disposio de resduos slidosDisposio de resduos slidos

    A quantidade e a qualidade de resduos slidos gerados em uma localidade influenciada pelas condies: Econmicas Culturais Sociais

    O problema do LIXO nem sempre visvel, pois, culturalmente, os resduos sempre foram afastados da proximidade da populao que os gerou.

  • Disposio de resduos slidosDisposio de resduos slidos

    O gerenciamento adequado importante para minimizar riscos de poluio ambiental e impactos sanitrios.

    Compreende as etapas: Acondicionamento Coleta Transporte Tratamento Disposio final (etapa mais complicada)

  • Disposio de resduos slidosDisposio de resduos slidos

    Paradoxalmente, onde se produz maior quantidade de resduos mais difcil conseguir rea adequada sua disposio.

    Os agravos ao meio ambiente no so percebidos de imediato e de forma direta, mas gradativo e muitas vezes cumulativo. Normalmente so deixados para segundo

    plano, no sendo considerados prioritrios.

  • Disposio de resduos slidosDisposio de resduos slidos

    Em termos ambientais podem contribuir: Poluio do ar Poluio das guas Poluio do solo Poluio visual Impactos negativos ao ecossistema Impactos econmicos

    Em relao aos aspectos sanitrios: Vetores de doenas Intoxicao alimentar

  • RESDUOSRESDUOSSLIDOSSLIDOS

  • DEFINIODEFINIO Os conceitos de resduos e lixo so

    bastante prximos e muitas vezes entende-se que ambos sejam sinnimos.

    No dicionrio quase impossvel diferenci-los.

    A norma NBR 10004/97 define resduo slido

  • DEFINIO NBR10004DEFINIO NBR10004Resduos nos estados slidos e semi-slidos, que

    resultam de atividades da comunidade, de origem: industrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e de varrio.

    Consideram-se tambm resduos slidos os lodos provenientes de sistemas de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e instalaes de controle de poluio, bem como determinados lquidos, cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou corpo dgua, ou exijam para isso solues tcnicas e economicamente inviveis em face da melhor tecnologia dispnvel.

  • Matria Prima Processo

    RESDUOSSub-produtos

    Materiais no-convertidosAuxiliares

    Produto

    Componentes

    Reutilizveis

    ComponentesNo-reutilizveis

    (Rejeitos)

    Reciclagem, uso dentro da rede de produo integrada Disposio/Tratamento

  • RESDUO E REJEITORESDUO E REJEITO Rejeito

    algo inservvel, cuja nica aplicao a disposio final

    Resduo tudo que serve para um processo produtivo prprio ou de terceiros

    Sub-produto algo que fornea uma remunerao ao negcio menor que a

    atividade principal

    Co-produto algo de valor compatvel com o produto da atividade fim do negcio

    Produto atividade fim de um negcio

  • CLASSIFICAO DOS CLASSIFICAO DOS RESDUOSRESDUOS

    A forma mais convencional leva em considerao a origem:

    Industriais Urbanos Servio de sade Portos, aeroportos e terminais rodovirios Agrcolas Radioativos Entulhos

  • Resduos IndustriaisResduos Industriais Variam entre 65 a 75% do total de

    resduos gerados em regies mais industrializadas.

    A responsabilidade pelo manejo e destinao desses resduos sempre da empresa geradora.

    Dependendo da forma de destinao, a empresa de servio passa a ser co-responsvel.

  • Resduos IndustriaisResduos Industriais Diviso dos resduos industriais

    Classe I Resduos perigosos

    Pode apresentar riscos sade pblica e ao meio ambiente por causa de suas caractersticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

    Classe II Resduos no-inertes

    Resduos potencialmente biodegradveis ou combustveis.

    Classe III Resduos inertes

    Resduos inertes e no combustveis.

  • Destinao dos ResduosDestinao dos Resduos

    INORGNICOS Reciclagem Aterro Industrial Tratamentos Fsicos-QumicosOrgnicos

    Reciclagem

    Tratamento Biolgico

    Incinerao

    Classe II

    Reciclagem

    Aterro Industrial p/ Resduos No Perigosos

    Classe III

    Classe I

    Reciclagem

    Aterro Sanitrio

  • Trata da coleta, reutilizao e reciclagem, tratamento e disposio final de pilhas e baterias usadas.

    Pela resoluo, os fabricantes, os importadores, redes autorizadas de assistncia tcnica e comerciantes de pilhas e baterias devem ter um sistema que contemple a coleta, o transporte e o armazenamento desses materiais aps a utilizao.

    CONAMA 257CONAMA 257

  • Resduos UrbanosResduos Urbanos

    Tipos de Resduos Urbanos Domiciliares Comercial

    Escritrios, lojas, hotis, supermercados e restaurantes

    Limpeza pblica urbana Varrio de ruas, limpeza de galerias, praias e podas

  • Lixo: pode ser classificado como domstico, comercial, pblico, hospitalar e industrial.

    75% do lixo coletado no Brasil jogado em lixes a cu aberto, contaminando o solo e conseqentemente poluindo lenis subterrneos de gua.

  • So de responsabilidade das prefeituras.

    No caso de estabelecimento comerciais, a prefeitura responsvel pela coleta e disposio de pequenas quantidades, geralmente abaixo de 50 kg/dia.

    Acima dessa quantidade, a responsabilidade fica transferida para o estabelecimento.

    Resduos UrbanosResduos Urbanos

  • EntulhosEntulhos Em razo de suas caractersticas e

    volumes, so classificados separadamente dos resduos urbanos

    Constituem basicamente de resduos de construo civil: Demolies Restos de obras Solos de escavaes Materiais afins

  • Resduos de Servio de SadeResduos de Servio de Sade Resduos produzidos em

    hospitais, clnicas mdicas e veterinrias, laboratrio de anlises clnicas, farmcias, centros de sade, consultrios odontolgicos, entre outros

    So agrupados em 2 nveis: Comuns

    Restos de alimentos, papis, invlucros e etc.

    Spticos Material cirrgico e de tratamento

    mdico.

  • Resduos AgrcolasResduos Agrcolas Embalagens de

    adubos, defensivos agrcolas, e rao

    Restos de colheitas

    Esterco animal

  • Resduos RadioativosResduos Radioativos Resduos provenientes dos:

    Combustveis nucleares Equipamentos que usam elementos

    radioativos

    A responsabilidade por essa categoria de resduos da Comisso Nacional de Energia Nuclear (CNEN)

  • Resduos de Portos, Aeroportos, Resduos de Portos, Aeroportos, Rodovirias e FerroviriasRodovirias e Ferrovirias

    So resduos spticos que podem conter organismos patognicos, como materiais higinicos e de asseio pessoal, alm de restos de comida.

    Possuem capacidade de veicular doenas de outras cidades, estados e pases.

    Cabe ao gerador a responsabilidade pelo gerenciamento dos resduos

  • LIMPURB

    Modelo de Gerenciamento

  • CLASSES e QUALIDADE DAS GUAS

  • Tipos de guas gua Doce

    Dentro das guas doces, as guas residuais ou residurias so todas as guas descartadas que resultam da utilizao para diversos processos. Exemplos destas guas so:

  • guas residuais domsticas:- provenientes de banhos;- provenientes de cozinhas;- provenientes de lavagens de pavimentos domsticos.guas residuais industriais:- resultantes de processos de fabricao.guas de infiltrao:- resultam da infiltrao nos coletores de gua existente nos terrenos.

  • guas urbanas:- resultam de chuvas, lavagem de pavimentos, regas, etc.

  • gua Salgada (Salina) O Brasil apresenta uma extensa rea costeira.

    O mar representa uma importante fonte de alimento, emprego e energia.

    Sendo assim, as questes relacionadas aos

    oceanos assumem importncia fundamental para o povo brasileiro.

    Os recursos esto diretamente associados com a sustentabilidade exploratria dos recursos pesqueiros atravs da pesca artesanal, do turismo e atravs das comunidade tradicionais da orla martima - folclore, tradies, estilo de vida.

  • gua Salobra Quando um rio encontra o mar, as guas

    se misturam, o que ocorre em reas de mangue e esturios.

    Esta gua no doce nem salgada, mas sim gua salobra. Os organismos que a vivem so adaptados s condies deste ambiente.

  • gua Mineral O Cdigo de guas Minerais do Brasil define

    as guas minerais como guas provenientes de fontes naturais ou artificiais captadas, que possuam composio qumica ou propriedades fsicas ou fsico-qumicas distintas das guas comuns, com caractersticas que lhes confiram uma ao medicamentosa.

  • RESOLUO No 357, DE 17 DE MARO DE 2005

    Dispe sobre a classificao dos corpos de gua e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condies e padres de lanamento de efluentes, e d outras providncias.

  • CLASSIFICAO DE GUAS DOCES, SALOBRAS E SALINAS DO

    TERRITRIO NACIONAL

    So classificadas, segundo seus usos preponderantes, em nove classes, as guas doces, salobras e salinas do Territrio Nacional:

  • guas Doces

    I - Classe Especial - guas destinadas:a) ao abastecimento domstico sem prvia ou com simples desinfeco;b) preservao do equilbrio natural das comunidades aquticas.

  • II - Classe 1 - guas destinadas: a) ao abastecimento domstico aps tratamento simplificado;b) proteo das comunidades aquticas;c) recreao de contato primrio (natao, esqui aqutico e mergulho);d) irrigao de hortalias que so consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que ingeridas cruas sem remoo de pelcula;e) criao natural e/ou intensiva (aqicultura) de espcies destinadas alimentao humana.

  • III - Classe 2 - guas destinadas: a) ao abastecimento domstico, aps tratamento convencional;b) proteo das comunidades aquticas;c) recreao de contato primrio (esqui aqutico, natao e mergulho);d) irrigao de hortalias e plantas frutferas;e) criao natural e/ou intensiva (aqicultura) de espcies destinadas alimentao humana

  • IV - Classe 3 - guas destinadas:a) ao abastecimento domstico, aps tratamento convencional;b) irrigao de culturas arbreas, cerealferas e forrageiras;c) dessedentao de animais.

  • V - Classe 4 - guas destinadas:a) navegao:b) harmonia paisagstica;c) aos usos menos exigentes.

  • guas Salinas

    VI - Classe 5 - guas destinadas:a) recreao de contato primrio;b) proteo das comunidades aquticas;c) criao natural e/ou intensiva (aqicultura) de espcies destinadas alimentao humana

  • VII - Classe 6 - guas destinadas:a) navegao comercial;b) harmonia paisagstica;c) recreao de contato secundrio.

  • guas Salobras VII - Classe 7 - guas destinadas:

    a) recreao de contato primrio;b) proteo das comunidades aquticas;c) criao natural e/ou intensiva (aqicultura) de espcies destinadas alimentao humana.

  • Fonte: Conselho Nacional do Meio Ambiente - Resoluo n 20 - de 18 de junho de 1986.

    IX - Classe 8 - guas destinadas:a) navegao comercial;b) harmonia paisagstica;c) recreao de contato secundrio.

  • LEGISLAO A obrigatoriedade de preservao da qualidade

    da gua em todo territrio nacional est estabelecida na Constituio Federal, de 1988, como conseqncia do artigo 225, que estabelece o preceito da proteo ao meio ambiente, sendo este um direito difuso.

    Nos artigos 23 e 24 estabelecida a competncia para o combate poluio em todas as suas formas.

  • Fonte: GT - guas - publicao eletrnica da 4 Cmara de Meio Ambiente e Patrimnio Cultural do Ministrio Pblico Federal

    A Resoluo Conama n. 357, de 17 de maro de 2005, que dispe sobre a classificao dos corpos de gua e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condies e padres de lanamento de efluentes, em seu artigo 48 diz que o no cumprimento ao disposto nesta Resoluo sujeitar os infratores, entre outras s sanes previstas na Lei n. 9.605, de fevereiro de 1998, que dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

  • Monitoramento da Qualidade das guas

    Agncia Nacional de guas - ANA uma autarquia federal, vinculada ao Ministrio do

    Meio Ambiente responsvel pela implementao da gesto dos recursos hdricos brasileiros

    Foi criada partir da chamada Lei das guas, lei 9.433/97, que regulamentou o Sistema Nacional de Recursos Hdricos (SNRH).

  • Rede de Monitoramento de Qualidade de guas A rede de monitoramento de qualidade das

    guas, em operao desde o final da dcada de 70, tem como objetivo:

    manter um banco de dados de referncia com informaes sobre a qualidade da gua dos rios,

    fornecer subsdios para avaliao de estudos e projetos de aproveitamento de mltiplos usos dos recursos hdricos e

    fornecer informaes complementares para o enquadramento dos corpos de gua em classes e para o Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos.

  • Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB

    A CETESB responsvel pelo acompanhamento da qualidade das guas dos rios, praias e reservatrios do Estado de So Paulo desde o incio da dcada de 70.

    Esta demanda atendida por meio da rede bsica de monitoramento e dos monitoramentos regionais, bem como pela rede automtica de monitoramento, onde a caracterizao da qualidade da gua realizada por meio de anlises de variveis fsicas, qumicas e biolgicas tanto da gua quanto do sedimento.

  • MONITORAMENTO DE RIOS

    A CETESB iniciou em 1974 a operao da Rede de Monitoramento da Qualidade das guas Interiores (rios e reservatrios), que tem possibilitado o conhecimento adequado das condies reinantes nos principais cursos dgua do Estado de So Paulo.

  • Atualmente, esse monitoramento realizado em 149 estaes de qualidade distribudas ao longo das 22 Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hdricos (UGRHIs), em que foi dividido o Estado de So Paulo, atravs da Lei Estadual N. 7.663 de dezembro de 1991

  • ESTAES DE MONITORAMENTO DE RIOS

  • Os objetivos da Rede de Monitoramento da CETESB so: avaliar a evoluo da qualidade das guas interiores para cada

    ponto de amostragem; propiciar o levantamento das reas prioritrias para o controle

    da poluio das guas; subsidiar o diagnstico da qualidade das guas doces

    utilizadas para o abastecimento pblico e outros usos; dar subsdio tcnico para a elaborao dos Relatrios de

    Situao dos Recursos Hdricos, realizados pelos Comits de Bacias Hidrogrficas;

    identificar trechos de rios onde a qualidade dgua possa estar mais degradada, possibilitando aes preventivas e de controle da CETESB, como a construo de ETEs (Estaes de Tratamento de Esgoto) por parte do municpio responsvel pela poluio ou a adequao de lanamentos industriais.

  • Para realizar o controle da poluio das guas de nossos rios e reservatrios, utilizam-se os padres de qualidade, que definem os limites de concentrao a que cada substncia presente na gua deve obedecer.

    Esses padres dependem da classificao das guas Interiores, que estabelecida segundo seus usos preponderantes, por legislao especfica, variando da Classe Especial, a mais nobre, at a Classe 4, a menos nobre

  • So determinados 33 parmetros fsicos, qumicos e microbiolgicos de qualidade da gua em anlise em laboratrio.

    Desses 33 parmetros, nove compem o ndice da qualidade das guas (IQA).

    So eles: . Oxignio dissolvido (OD)

    . Demanda bioqumica de oxignio (DQO)

    . Coliformes fecais

    . Temperatura da gua

    . pH da gua

    . Nitrognio total

    . Fsforo total

    . Slidos totais

    . Turbidez

  • Ressalta-se que nos pontos de amostragem da Rede de Monitoramento coincidentes com captaes utilizadas para o abastecimento pblico, so tambm levantados parmetros especficos tais como:

    Teste de Ames (para avaliao de mutagenicidade), potencial de formao de THMs, absorbncia no UV, Carbono orgnico dissolvido, Giardia / Cryptosporidium, Clostridium e Estreptococos fecais.

    So realizadas amostragens bimestrais, a fim de se observar as variaes que ocorrem, ao longo do ano, na qualidade das guas doces, em funo, no s das atividades humanas, mas tambm das variaes climticas

  • Parmetros Qumicos Oxignio Dissolvido (OD):

    um dos parmetros mais importantes para exame da qualidade da gua, pois revela a possibilidade de manuteno de vida dos organismos aerbios, como peixes, por exemplo.

    A escassez de OD pode levar ao desaparecimento dos peixes de um determinado corpo d'gua, dado que esses organismos so extremamente sensveis diminuio do OD de seu meio. Pode tambm ocasionar mau cheiro.

  • Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO):

    a determinao da quantidade de oxignio dissolvida na gua e utilizada pelos microorganismos na oxidao bioqumica da matria orgnica.

    Grandes quantidades de matria orgnica utilizam grandes quantidades de oxignio. Assim, quanto maior o grau de poluio, maior a DBO

  • Sais minerais:So inmeros os minerais possveis de ocorrerem na gua.

    O Nitrognio e o Fsforo dependendo de quantidade so importantes porque so responsveis pela alimentao de algas, vegetais superiores e outros organismos aquticos .

    Em dosagens elevadas podem provocar srios problemas srios problemas, como proliferao excessiva de algas, causando o fenmeno conhecido como eutrofizao (boa nutrio) de lagos e represas.

    Nesses casos a gua tem mau cheiro, gosto desagradvel e ocorre morte generalizada de peixes.

  • Principais Parmetros Biolgicos

    A quantidade de matria orgnica presente nos corpos d'gua depende de uma srie de fatores incluindo todos os organismos que a vivem, os resduos de plantas e animais carregados para as guas e tambm o LIXO e os ESGOTOS nela jogados.

  • Se a quantidade de matria orgnica muito grande a poluio das guas alta e uma srie de processos vo ser alterados.

    Haver muito alimento disposio e conseqentemente proliferao dos seres vivos. Vai haver maior consumo de oxignio que ocasionar a diminuio de Oxignio dissolvido provocando a mortalidade de peixes.

  • difcil se restabelecer o equilbrio se o processos poluidores no so controlados.

    Os principais componentes de matria orgnica encontrados na gua so protenas, aminocidos, carboidratos, gorduras, alm de uria, surfactantes (capacidade de alterar as propriedades superficiais e interfaciais de um lquido.) e fenis

  • Os microorganismos desempenham diversas funes de fundamental importncia para a qualidade das guas.

    Participam das diversas transformaes da matria nos ciclos biogeoqumicos como o do N, P, S, Hg, C e da gua.

  • Outro aspecto de grande relevncia em termos de qualidade biolgica da gua a presena de agentes patognicos e a transmisso de doenas.

    A deteco dos agentes patognicos, principalmente bactrias, protozorios e vrus, em uma amostra de gua extremamente difcil, em razo de suas baixas concentraes.

  • Portanto, a determinao da potencialidade de um corpo d'gua ser portador de agentes causadores de doenas pode ser feita de forma indireta, atravs dos organismos indicadores de contaminao FECAL do grupo dos COLIFORMES.

  • Os coliformes esto presentes em grandes quantidades nas fezes do ser humano e dos animais de sangue quente.

    A presena de coliformes na gua no representa, por si s, um perigo sade, mas indica a possvel presena de outros organismos causadores de problemas sade.

    Os principais indicadores de contaminao fecal so as concentraes de coliformes totais e coliformes fecais, expressa em nmero de organismos por 100 ml de gua.

  • Coliformes totais: As bactrias do grupo coliforme so

    consideradas os principais indicadores de contaminao fecal.

    O grupo coliforme formado por um nmero de bactrias que inclui os generos Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactria.

    Todas as bactrias coliformes so gram-negativas manchadas, de hastes no esporuladas que esto associadas com as fezes de animais de sangue quente e com o solo.

  • Coliformes fecais: O uso da bactria coliforme fecal para indicar

    poluio sanitria mostra-se mais significativo que o uso da bactria coliforme "total", porque as bactrias fecais esto restritas ao trato intestinal de animais de sangue quente.

    A determinao da concentrao dos coliformes assume importncia como parmetro indicador da possibilidade da existncia de microorganismos patognicos, responsveis pela transmisso de doenas de veiculao hdrica, tais como febre tifide, febre paratifide, desinteria bacilar e clera.

  • De modo geral, nas guas para abastecimento o limite de Coliformes Fecais legalmente tolervel no deve ultrapassar 4.000 coliformes fecais em 100 ml de gua em 80% das amostras colhidas em qualquer perodo do ano.

  • MONITORAMENTO DAS PRAIAS

    Atualmente possui 155 pontos de amostragem em praias com alta freqncia de banhistas, ou com a presena de adensamento urbano prximo que apresente fonte de poluio fecal.

    Abrange 136 praias que possuem estas caractersticas, das cerca de 293 existentes ao longo da costa paulista.

  • Pontos de Monitoramento

  • Dos 427 km de praias no litoral paulista, cerca de 230 km que contm as praias selecionadas so monitorados, o que resulta em 1 ponto a cada 1,6 Km, em mdia.

    Cobre 15 municpios litorneos do Estado de So Paulo, excetuando-se o Municpio de Canania.

  • O monitoramento realizado atravs de coletas semanais, de gua do mar.

    Todos os domingos 6 tcnicos percorrem o litoral para a realizao das amostragens.

    A amostra de gua colhida no mar na profundidade mdia de 1m onde encontra-se a maioria dos banhistas.

  • As amostras de gua so encaminhadas para anlises microbiolgicas para a determinao de coliformes fecais ou E. coli que so indicadores de poluio fecal.

    Semanalmente emitido um boletim contendo a classificao das praias quanto sua qualidade em termos de balneabilidade, que divulgado atravs da imprensa e distribudo para diversos rgos e entidades.

  • Nas praias, em frente ao ponto de amostragem, existem bandeiras de sinalizao indicando as condies de balneabilidade.

    Se a praia est imprpria a bandeira vermelha, se a praia est prpria a bandeira verde.

    A atualizao da sinalizao feita semanalmente com a troca das bandeiras, logo aps a emisso do novo boletim.

  • Bandeiras de Sinalizao

  • Para a balneabilidade das praias, consideram-se representativos locais em que j tenha ocorrido a mistura das guas do mar com aquelas provenientes de corpos de gua potencialmente poludos.

    J para os rios, crregos e canais, realizada a determinao da densidade de coliformes fecais em zonas em que no haja influncia das mars, ou seja, as coletas so realizadas antes do crrego atingir a faixa de areia das praias.

  • Fundamentos Fundamentos de Gesto de Gesto AmbientalAmbiental

  • Sistema Nacional Sistema Nacional do Meio Ambientedo Meio Ambiente

  • Sistema Nacional do Meio Sistema Nacional do Meio AmbienteAmbiente

    O SISNAMA foi criado pela Lei 6938/81, tendo sua estrutura, composio e competncia estabelecidas pelo Decreto 99.355/90

  • SISNAMASISNAMA Estrutura:

    rgo superior: o Conselho de Governo. rgo Consultivo e Deliberativo: o Conama. rgo Central: o MMA. rgo Executor: Ibama rgos Seccionais: entidades pblicas

    federais e estaduais que atuam na proteo ambiental.

    rgos Locais: entidades municipais responsveis pelo controle e fiscalizao ambiental.

  • CONAMACONAMA Conselho nacional do Meio Ambiente.

    Principais competncias: Assessorar, estudar e propor diretrizes. Baixar normas execuo e implementao da

    Poltica Nacional do Meio Ambiente. Estabelecer normas e critrios para licenciamento

    de atividades efetiva e potencialmente poluidora. Estabelecer normas, critrios e padres relativos

    ao controle e manuteno ambiental. Estabelecer os critrios para a declarao de

    reas crticas, saturadas ou em vias de saturao.

  • Sistema Nacional de Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Gerenciamento de Recursos

    HdricosHdricos

    Lei 9433/97.

    Objetivos: Assegurar a necessria disponibilidade de

    gua, a utilizao racional e integrada dos recursos e a preveno e defesa contra eventos hidrolgicos.

  • Sistema Nacional de Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Gerenciamento de Recursos

    HdricosHdricos Princpios

    a gua um bem de domnio pblico; a gua um recurso natural limitado, dotado

    de valor econmico; em situao de escassez, o uso prioritrio de

    gua o consumo humano e a dessedentao de animais:

    a gesto dos recursos hdricos deve promover o uso mltiplo das guas;

    a bacia hidrogrfica a unidade territorial para a gesto dos recursos hdricos;

    a gesto dos recursos hdricos deve ser descentralizada e contar com a participao do poder pblico, dos usurios e das comunidades.

  • Sistema Nacional de Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Gerenciamento de Recursos

    HdricosHdricos Instrumentos

    Planos de Recursos Hdricos; enquadramento dos corpos de

    gua em classes de uso; outorga dos direitos de uso da

    gua; a cobrana pelo uso da gua; o Sistema de informao sobre

    Recursos Hdricos.

  • Padres de qualidade das guas

    Em relao aos padres de qualidade de gua, o principal regulamento a Resoluo CONAMA 20/86, que estabeleceu a classificao das guas em: Doces; Salobras; Salinas

  • Padres de qualidade das guas No caso de guas doces:

    Classe CaractersticasEspecial Abastecimento domstico, sem prvia ou simples

    desinfeco, e destinadas preservao das comunidades aquticas.

    1 Abastecimento domstico aps tratamento simplificado, e tambm destinadas proteo das comunidades aquticas, irrigao de hortalias, aquicultura e recreao de contato primrio.

    2 Abastecimento domstico aps tratamento convencional e demais usos de Classe 1.

    3 Abastecimento domstico aps tratamento convencional, irrigao de culturas arbreas, cerealferas e forrageiras e a de animais.

    4 Destinadas navegao, harmonia paisagstica e a outros usos menos exigentes.

  • Programa Nacional de Controle Programa Nacional de Controle da Qualidade do Arda Qualidade do Ar

    Objetivo: O programa foi criado para a proteo da sade e

    bem-estar das populaes e melhoria da qualidade de vida pela limitao dos nveis de emisso de poluentes decorrentes de poluio atmosfrica.

    Visa: Uma melhoria na qualidade do ar; atendimento aos padres estabelecidos; o no-comprometimento da qualidade do ar em reas

    consideradas no degradadas.

  • Programa Nacional de Controle Programa Nacional de Controle da Qualidade do Arda Qualidade do Ar

    Estratgia:

    Limitar (nvel nacional) as emisses por tipologia de fontes e poluentes, reservando o uso dos padres de qualidade do ar como ao complementar de controle.

  • Programa Nacional de Controle Programa Nacional de Controle da Qualidade do Arda Qualidade do Ar

    Limites mximos de emisso: Quantidade de poluentes que pode ser lanado por

    fontes poluidoras para a atmosfera.

    So diferenciados em funo da classificao de usos pretendidos para as diversas reas e sero mais rgidos para as fontes novas de poluio.

    Fontes novas: empreendimentos que no tenham obtido a licena prvia do rgo licenciador na data da publicao da resoluo.

    So definidos por meio de resolues especficas do Conama.

  • Programa Nacional de Controle Programa Nacional de Controle da Qualidade do Arda Qualidade do Ar

    Padres de qualidade do ar Primrios

    So os padres que quando ultrapassados podero afetar a sade da populao.

    So os nveis mximos tolerveis de poluentes atmosfricos. So metas de curto e mdio prazo.

    Secundrios So as concentraes de poluentes atmosfricos abaixo das

    quais se prev o mnimo efeito adverso sobre o bem-estar da populao, assim como o mnimo dano fauna e flora, aos materiais e meio ambiente.

    So os nveis desejados de concentrao de poluentes. So metas de longo prazo.

  • Programa Nacional de Controle da Programa Nacional de Controle da Qualidade do ArQualidade do Ar

    Enquadramento das reas do territrio nacional em classes de uso do arClasse Enquadramento

    II reas de observao, lazer e turismo (parques, reservas e etc.). Nessas reas dever ser mantida a qualidade do ar em nvel o mais prximo possvel do verificado sem a interferncia antropognica.

    IIII reas onde o nvel da deteriorao da qualidade do ar seja limitado pelo padro secundrio de qualidade.

    IIIIII reas de desenvolvimento onde o nvel de deteriorao da qualidade seja limitado pelo padro primrio de qualidade.

  • Programa Nacional de Controle da Programa Nacional de Controle da Qualidade do ArQualidade do Ar

    Monitoramento da qualidade do ar Criao de uma rede nacional para monitoramento.

    Gerenciamento do licenciamento de fontes de poluio do ar Estabelecer um sistema que discipline a ocupao do solo baseado

    no licenciamento prvio das fontes de poluio.

    Inventrio nacional de fontes e poluentes do ar Desenvolvimento de metodologias que permitam o cadastramento e

    a estimativa das emisses.

    Desenvolvimento nacional na rea de poluio do ar Desenvolvimento de tecnologias de controle de poluio. Fomento a Centros de Pesquisas.

  • Aspectos Legais e institucionais relativos ao meio terrestre

    Existem vrias Leis, Decretos, Portarias e Resolues nas 3 esferas legais.

    As principais tratam de: Fertilizantes Agrotxicos Resduos slidos

    Aterros sanitrios Destino final

  • Polticas e Gesto Polticas e Gesto AmbientalAmbiental

  • Poltica e gesto ambiental

    At metade da dcada 80, o Estado ditou a poltica ambiental a ser seguida no Brasil.

    Depois de 80, a poltica ambiental passou a ser formada pela interao de idias entre os vrios atores da sociedade.

  • Os 3 principais perodos 1930 1971:

    Construo de uma base de regulao dos usos dos recursos naturais.

    1972 1987: Ao intervencionista do Estado chega ao pice, ao

    mesmo tempo em que aumenta uma percepo de crise ecolgica global.

    1988 aos dias atuais: Marcado pelos processos de democratizao de

    descentralizao decisrias e pela rpida disseminao da noo de desenvolvimento sustentvel.

  • Tipos de Polticas Ambientais Os 3 tipos de polticas ambientais:

    Regulatrias

    Estruturadas

    Indutoras de comportamento

  • Tipos de Polticas Ambientais Regulatrias

    Elaborao de legislao especfica para estabelecer ou regulamentar normas e regras de uso e acesso ao ambiente natural e seus recursos, bem como criao de aparatos institucionais que garantam o comprimento da lei.

  • Tipos de Polticas Ambientais Estruturadas

    Implicam na interveno direta do poder pblico ou de organismos no-governamentais na proteo ao meio ambiente.

    Exemplo: Criao de unidades de conservao; financiamento

    de projetos e zoneamento ecolgico.

  • Tipos de Polticas Ambientais Indutoras de comportamento

    Objetivam influenciar o comportamento de indivduos ou grupos sociais.

    So normalmente identificadas com a noo de desenvolvimento sustentvel e so implementadas por meio de linhas especiais de financiamento ou de polticas fiscais e tributrias.

    So iniciativas destinadas a otimizar a alocao de recursos.

    Buscam privilegiar certas prticas consideradas ambientalmente corretas e inviabilizar aquelas que podem resultar em degradao ecolgica.

  • Crenas, Idias e Valores

    O processo de formulao de polticas pblicas influenciado pela percepo que os indivduos tm da realidade.

    As mudanas nas diretrizes e nos objetivos dessas polticas no so definidas unicamente por processos de inovao tecnolgica e crescimento econmico, mas tambm, por transformaes nas crenas, idias e valores dominantes que formam paradigmas sociais.

  • Crenas, Idias e Valores O paradigma do desenvolvimento sustentvel tem emergido

    como um conjunto alternativo de crenas, idias e valor