Fome
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A
FOME
Calcula-se que 815
milhões de pessoas, em
todo o mundo sejam
vítimas crônicas ou
graves de subnutrição,
a maior parte das
quais são mulheres e
crianças dos países em
desenvolvimento.
A subnutrição crônica,
quando não conduz à
morte física, implica
frequentemente uma
mutilação grave,
nomeadamente a falta de
desenvolvimento das
células cerebrais nos
bebês, e cegueira por falta
de vitamina A.
Todos os anos,
dezenas de milhões
de mães gravemente
subnutridas dão à luz
dezenas de milhões
de bebês igualmente
ameaçados.
África
A Etiópia, Eritréia,
Somália, Sudão, Quênia,
Uganda e Djibuti onde a fome
que há muito mata nestes
países milhões de africanos,
já deixou de ser notícia na
imprensa internacional. Entre
as principais causas desta
mortandade está a seca, as
guerras e a permanente
instabilidade política e
religiosa na região.
Na África austral, existem
presentemente 10 milhões de
mulheres, homens e crianças
a conhecer formas extremas
do flagelo da fome. Malaui,
Zimbábue, Lesotho e a
Suazilândia são alguns dos
países mais afetados. Malaui
enfrenta seca e a pior fome
nos últimos 50 anos. Segundo
o governo, 70% da população
de 11 milhões passa fome.
As perspectivas de
desenvolvimento para
este continente são pouco
animadoras. Na África
subsaariana, o número de
pobres pode aumentar de
315 milhões para 404
milhões em 2015,
afetando perto de metade
da população da região.
Ásia
A situação é
particularmente dramática no
Afeganistão, onde cinco a dez
milhões de pessoas estão
ameaçadas de fome, mas
também muito grave na
Coréia do Norte, Mongólia,
Armênia, Geórgia e
Tajiquistão, etc.(Dados de
2002).
Médio Oriente
No Médio Oriente as
projeções do Banco
Mundial são também
pouco animadoras para
esta região, a situação é
dramática na Palestina e
no Iraque. O número de
pobres irá disparar,
estimulando o
crescimento de conflitos
sociais.
A intervenção dos
EUA no Iraque, para
além das vítimas que
já produziu, agravou
ainda mais esta
tragédia.
América Latina
Milhões de pessoas
passam fome na
América Latina,
segundo o director-
geral da Organização
das Nações Unidas
para a Agricultura e a
Alimentação (FAO).
211 milhões de
latino-americanos e
caribenhos vivem
abaixo da linha de
pobreza, com um
aumento de 11
milhões desde 1990.
As perspectivas futuras
continuam a ser pouco
risonhas para toda a América
Latina. Os efeitos da
globalização far-se-ão sentir
por muito tempo,
nomeadamente através de
continuas crises econômicas.
As suas frágeis economias
estão hoje à mercê das
empresas dos países mais
ricos.
A fome é, portanto,
uma verdade mundial
que não há como
esconder, uma
realidade que atua
como um espinho na
carne de todos aqueles
que se incomodam
com ela.
O grande teólogo
e pastor batista
Martin Luther
King em uma de
suas célebres frases
disse: “O que me
assusta não é o grito
dos maus, e sim o
silêncio dos bons”.
Concordamos com
Luther King, pois
no que diz respeito
à fome, o mais
assustador não são
os índices, mas a
indiferença.
Se pensarmos
como Luther
King, poderemos
ter duas posturas
diante da fome,
indignação ou co-
participação .
Na Inglaterra do século
18, a indignação e as
ações concretas de
pessoas, como William
Wilberforce,
contribuíram para o
fim do tráfego de
escravos e a
erradicação do trabalho
infantil.
Nos Estados Unidos,
já no século 20, a
indignação e os
protestos de Luther
King iniciou o
vigoroso movimento
que resultou no fim
da segregação racial.
Não podemos
calar, ser
conivente, com a
fome que assola o
mundo, matando
sem piedade nosso
semelhante.
Devemos nos
indignar
contra ela, é
nosso dever
como cidadão
mundial!
Trabalho
realizado por:
-Ana Gomes nº5
-Ana Fernandes nº6
-Inês Dias nº14
9ºD