Permanencias e Mudanças Numa Comunidade Ribeirinha: Colares-Pará
Ficha de Campo_Sienito_Peninha_ EB 23 Colares
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Ficha de Campo
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1. Identificação da Equipa
Escola: EB 2,3 Colares
Equipa: 8º ano
LocalizaçãoVila/cidade/distrito e país
Colares, Concelho de Sintra, Distrito de Lisboa
2. Caracterização da Amostra
Nome daRocha Sienito
Localização
Região, local e ascoordenadasgeográficas dolocal, se possível
Peninha, Parque Natural Sintra – Cascais (Lat. 38º46’S.96’’N/Long. 9º27’.08’’W)
Descrição
Dimensões, tipode minerais,textura,propriedades(compacção,cimentação,xistosidade,porosidade), tipo
As rochas de natureza sienitica apresentam texturas granulares mais ou menosgrosseiras, estabelecendo mineralogicamente a passagem para os granitos e
para os dioritos. Caracterizam-se também pela sua forma arredondada egeralmente de grandes dimensões.
Dimensões: Tem dimensões variáveis devido ao tempo de cristalização dosminerais, sendo frequentes grandes blocos – caos de blocos.
Minerais essenciais – Feldspato potássico, oligoclase-andesítica e hornoblenda.
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de fósseis, etc. Propriedades: No caminho para a Peninha ocorre sienito piroxénico de cor muitoescura e de grão médio. Para Oeste pode observar-se microsienito de cor clara,biotítico. Na Peninha estão representadas brechas ígneas, formadas por sienitocom cimento básico.
Classificação
MagmáticaPlutónica XVulcânica
Sedimentar
DetríticaBiogénica Quimiogénica
MetamórficaMetamorfismo de Contacto Metamorfismo Regional
ContextoGeológico
Informaçõessobre as
condições deformação darocha, associaçãocom outros tiposde rocha,tectónica, etc.
O maciço de Sintra é um dos aspectos geológicos mais importantes dapenínsula de Lisboa. A instalação deste maciço teve como reflexo a formaçãode uma estrutura em domo de forma aproximadamente elíptica, alongada nadirecção E-W com 10 km de comprimento e 5 km de largura. Deformando eelevando, na sua ascensão, as camadas sedimentares do Jurássico Superior aoCretácico Médio que lhe servem de encaixante.
O granito é sem dúvida a rocha mais abundante, seguindo-se-lhe para o interior,o núcleo formado por sienitos e microssienitos. Uma rede filoniana radial divergea partir do centro magmático. Esta rede está relacionada com a fase deascensão, segundo cisalhamentos conjugados. As rochas gabro-dioríticas esieníticas parecem ter resultado da diferenciação de um mesmo magmaparental, alcalino, certamente sub-saturado, com teores elevados de titânio,sódio e também de água, por diferenciação gravítica.
Qualquer que tenha sido a génese das diversas rochas do maciço, o seuconjunto forneceu à sedimentação das zonas baixas não só os clastosgrosseiros, mas também detritos de classes granulométrica das areias ematerial argiloso resultante da sua decomposição.
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3. Caracterização do Meio Envolvente
Litologia: este maciço compreende rochas eruptivas, entre as quais, granitos, sienitos, e gabro –dioritos, apresentando a dominância das formações graníticas e sieníticas, a expressão de uma
paisagem modelada em “caos de blocos”, que compreende parte importante do PatrimónioGeológico-Geomorfológico do concelho.
Flora: A diversidade climática, de composição geológica e consequente riqueza dos solos permitemgrande diversidade de flora, de características essencialmente mediterrânicas, ocidental-mediterrânicas, atlânticas e macaronésicas.Grande parte da vegetação natural actual é constituída por comunidades que substituíram a florestapós-glaciações que teria como dominante o carvalho-cerquinho.De entre as espécies exóticas que provocam alterações importantes nos ecossistemas, do PNSCsalienta-se pela sua abundância: cana originária da Ásia, azeda originária da África do Sul, árvore-do-incenso originária do Sudeste da Austrália, ailanto originária da China, salgueirinha originária da
Austrália, espinheiro-preto originária da Austrália e da Tasmânia, mioporo originária da Austráliamargacinha-dos-muros rupícola, originária da Argentina.Nas áreas do litoral, sobretudo na zona Sul do Parque, o chorão oriundo da África do Sul é aespécie invasora mais espalhada.Não é ainda conhecida uma solução técnica eficaz aplicável aos ecossistemas nacionais para oproblema da infestação por acácias.
Fauna: A serra de Sintra apresenta um bioclima distinto da plataforma circundante permitindo apresença de populações isoladas cujo óptimo ecológico se situa em regiões mais setentrionais
como o lagarto-de-água, o musaranho-de-dentes-vermelhos, ou populações nidificantes de avescomo o pisco-de-peito-ruivo e o pombo-torcaz.Espécies como a geneta (Genetta genetta), a raposa, a salamandra, o tritão-de-ventre-laranja ou alagartixa-do-mato são ainda frequentes. Existem outras espécies raras e ameaçadas em Portugal,protegidas por legislação internacional, como a águia de Bonelli, a venenosa víbora-cornuda ou omorcego-pequeno-de-ferradura.
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4. Valor Patrimonial (assinalar as situações que se verificam)
Raridade no contexto geológico da região/ilha/país XIntegração em área protegida ou classificação como património X
Valor científico (objecto de publicações científicas) XValor pedagógico (ilustra aspectos geológicos como falhas, dobras, estratigrafia, etc.) XValor cultural (associação à história, aos costumes, a lendas, etc. da região) X
Outros aspectos que realçam o valor patrimonial:
A Peninha apresenta três elementos de interesse fundamentais sob o ponto de vista geológico:paisagístico, petrográfico e geomorfológico: à riqueza paisagística associa-se uma elevada riquezapetrográfica e o facto de ser um bom modelo para ilustração dos processos de erosão em rochasígneas.
5. Interesse Económico (assinalar as situações que se verificam)
Utilização na indústria extractiva XUtilização como rocha ornamental XUtilização na indústria química
Associação ao turismo X AquíferosMinérios
Outros aspectos que realçam o interesse económico:
A serra de Sintra, incluindo a Peninha, apresenta duas perspectivas económicas diferentes. Aprimeira está relacionada com a exploração dos recursos geológicos através da indústria
transformadora vocacionada para a construção civil (exploração de rochas ornamentais e extracçãode saibro) e a segunda com o turismo da região, como organização de eventos culturais ehistóricos, restauração e hotelaria.
6. Relação com o quotidiano As rochas que são extraídas da serra de Sintra, nomeadamente o granito, são utilizadas para aconstrução de habitações (bancadas de cozinha, pavimentos, entre outros), passeios, suportes deterras, levadas e construção de socalcos nas propriedades agrícolas e para fins ornamentais(ornamentação de jardins particulares e espaços públicos). São também, muito utilizadas peloscanteiros na elaboração de cantarias, aquedutos, calçada para estradas e passeios.
Estas rochas estão também associadas a eventos perigosos, como sismos, visto a serra de Sintraestar localizada numa zona sísmica, desabamentos, deslizamentos de terra e inundações podemocorrer.