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Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes
Organizadores: Fernanda De Negri (IPEA) Luiz Ricardo Cavalcante (Senado Federal)
Parceria entre a ABDI e o IPEA.
Objetivos: analisar o desempenho e os principais determinantes da produtividade no Brasil a fim de subsidiar a proposição de políticas públicas.
2
Produtividade do trabalho e PTF na literatura
Autor Período
Produtivida
de do
trabalho
Produtividade
do trabalho
ajustada pelo
capital
humano
PTF
PTF
ajustada
pelo capital
humano
Bonelli (2014) 2003 e 2013 2,4% 1,3%
Ellery (2014) 1970-2011 1,6% 0,34% 0,72% - 0,24%
Cavalcante e De Negri (2014) 2001-2009 1,17%
Cavalcante e De Negri (2014) 1992-2001 1,09%
Bonelli e Bacha (2013) 1993-1999 0,36% 0,24%
Bonelli e Bacha (2013) 2000-2009 0,67%
Bonelli e Bacha (2013) 2000-2011 1,03%
Bonelli e Veloso (2012) 1995-2003 - 0,8%
Bonelli e Veloso (2012) 2003-2009 1,2% 1,7%
Ellery Jr. (2013) 1992-2002 0,91%
Ellery Jr. (2013) 2002-2011 1,40%
Ferreira e Veloso (2013) 1993-2003 - 1,2%
Ferreira e Veloso (2013) 2003-2009 1,5%
Squeff (2012) 2000-2009 0,9%
Barbosa Filho, Pessôa e Veloso (2010) 1992-1999 1,4%
Barbosa Filho, Pessôa e Veloso (2010 1999-2007 0,11%
De Negri e Cavalcante (capítulo 1)
3,8%
-0,4%
2,0%
-0,8%
0,0%
0,6%
1,0%
-2,0% -1,0% 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0%
Agropecuária
Indústria
Extrativa
Transformação
Outros industriais
Serviços
Total
Produtividade do trabalho (VA/PO) entre 2000 e 2009: crescimento médio anual.
4 Cavalcanti e De Negri (capítulo 5); Squeff e De Negri (Capítulo 8)
Produtividade do trabalho na indústria (VTI / PO em mil R$): 1996:2011
Fonte: Elaboração própria a partir da Pesquisa Industrial Anual (PIA) do IBGE.
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
110,00
120,00
130,00
140,00
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
deflator = IPA_EP deflator = IPA_origem_produtos industriais
deflator implícito PIB ipca
ipas setoriais na PIA (valores de 2010*)
Relação entre produção física e horas pagas na indústria de transformação, dez. 2000 – abr. 2015
6
80
90
100
110
120
130
140ja
n/0
2
mai
/02
set/
02
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/03
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14
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/15
mai
/15
Indústrias de transformação
Participação dos setores econômicos nas ocupações
26,0 22,3 20,9
17,4 14,9
0,4 0,3 0,3
0,3 0,3
13,0
12,0 12,8 12,7
12,1
6,4
7,2 6,9 7,6
8,7
54,3 58,2 59,1 62,1 64,0
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1995 2000 2005 2009 2012
Agricultura Mineração Indústria de transformação SIUP e construção Serviços
Squeff e De Negri (Capítulo 8)
Autor/Capítulo Período Componente
estrutural
Componente
intra-setorial
Bonelli
(Capítulo 4)
1995-1999 -0,50% 0,90%
1999-2004 0,90% -0,70%
2004-2008 0,90% 1,10%
2008-2012 0,20% 1,50%
Squeff e De Negri
(Capítulo 8)
2001-2009 (56 setores) 4,7% 4,3%
2001-2009 2,3% 5,5%
2009-2012 2,1% 8,4%
A estrutura produtiva explica o baixo crescimento da produtividade?
Macrosetor Brasil/País Menos Produtivo País Mais Produtivo/Brasil
1995 2000 2005 2009 1995 2000 2005 2009
Agropecuária 5,0 5,4 4,8 4,5 16,4 21,0 24,8 21,7
Indústria Extrativa 9,2 4,7 3,0 2,3 6,2 5,9 3,6 3,9
Indústria de Transformação 5,4 4,2 2,9 2,1 4,7 4,9 7,4 9,0
Fornecimento de Eletric.,
Gás e Água 8,6 6,0 3,1 2,9 5,2 5,0 4,9 4,6
Construção 6,9 5,9 3,2 2,3 5,7 6,2 6,8 6,5
Serviços 7,9 5,7 4,0 2,9 5,6 5,9 6,5 6,4
Total da Economia 8,6 6,4 4,2 3,0 6,6 6,6 7,3 7,1
Miguez e Moraes (capítulo 7)
Distância do Brasil para os países mais e menos produtivos
Miguez e Moraes (capítulo 7)
Como seria a produtividade brasileira...
Se o Brasil tivesse a estrutura
produtiva de:
Diferença
2009
China -10,2%
México 5,6%
EUA 68,3%
Alemanha 58,2%
Se o Brasil tivesse o nível de
produtividade de:
Diferença1
2009
China -48,2%
México -2,3%
EUA 576,9%
Alemanha 427,9%
Determinantes
11
Produtividade
Qualif. da mão de obra
Estoque de capital
Tecnologia e inovação
Fator estrutural (estrutura produtiva)
Ambiente de negócios
Infraestrutura Concorrência e
regulação
Fatores empresariais
Fatores sistêmicos
Instituições e burocracia: qual o seu papel?
116
123
130
14
107
109
80
159
124
121
135
34
22
101
43
55
55
34
38
40
64
102
96
158
185
119
48
73
98
120
74
19
78
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Ease of Doing Business Rank
Starting a Business
Dealing with Construction Permits
Getting Electricity
Registering Property
Getting Credit
Protecting Investors
Paying Taxes
Trading Across Borders
Enforcing Contracts
Resolving Insolvency
Brazil Chile China
Mation (capítulo 6)
Fatores que afetam sua produtividade na visão das empresas
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Acidentes de trabalho
Baixa qualidade do fornecimento de energia elétrica
Baixa qualidade dos insumos e matérias primas
Baixa qualidade dos serviços utilizados pela empresa (manutenção,…
Regulação/legislação ambiental
Absenteísmo dos trabalhadores
Baixa qualidade dos Serviços de telecomunicações
Falta de investimentos em modernização ou ampliação da capacidade
Métodos de gestão inadequados
Baixa qualidade/atualização tecnológica dos equipamentos utilizados
Falta de investimentos em P&D e inovação
Infraestrutura de transporte inadequada
Mau desempenho dos fornecedores (prazo, confiabilidade etc)
Baixa Escala/volume de produção
Baixa qualificação da mão de obra
alta/média baixa / não relevante não sabe / não se aplica
Oliveira e De Negri (capítulo 10)
Ambiente de negócios, investimentos e produtividade
Se o Brasil alcançasse, em 2011, o ambiente de negócios da China (medido de acordo com o Doing Business publicado pelo Banco Mundial), seus níveis de investimentos poderiam ser cerca de 15% maiores.
A equiparação com países como a Polônia ou a Turquia poderia significar incrementos da ordem de 30% nos níveis de investimentos.
Caso o ambiente de negócios no Brasil alcançasse os níveis do México ou do Chile, o incremento percentual nos investimentos seria de 45%.
Por sua vez, uma elevação de 1,0% no estoque de capital por trabalhador leva a um aumento de cerca de 0,5% na produtividade do trabalho.
14
Infraestrutura e produtividade
Os investimentos em infraestrutura de transportes têm uma importância significativa para o crescimento econômico do Brasil.
O impacto de investimentos públicos em transportes é crescente ao longo do tempo No primeiro ano: para cada 1% de aumento no investimento
público em transporte, tem-se um aumento de 0,012% no PIB.
No quarto ano, a elasticidade sobe para 0,023.
No longo prazo, alcança 0,032.
Os investimentos públicos em transporte e os investimentos privados em transporte têm uma correlação elevada e positiva.
15 Fonte: Campos Neto; Conceição; Romminger, 2015 (v2)
Infraestrutura e produtividade
Um aumento de 1% na cobertura regional de rodovias leva a um aumento no indicador de eficiência produtiva regional (que varia entre zero e um) da ordem de 0,1289 pontos e de 0,121% no produto industrial regional.
Aumento similar na infraestrutura urbana (composta de abastecimento de água, esgotamento sanitário e iluminação pública) leva a um aumento na eficiência da ordem de 0,2801 pontos e de 0,247% no produto.
16
Fonte: Schettini; Azzoni, 2015 (v2)
Competição e realocação
BRAZIL Spain France Italy UnitedKingdom
-2
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
1st 2nd 3rd 4th 1st 2nd 3rd 4th 1st 2nd 3rd 4th 1st 2nd 3rd 4th 1st 2nd 3rd 4th
Fonte: OECD calculations, Arnold et al. (2008).
Public S&T spending in Brazil is not mission-oriented
1. Ampliar o investimento em P&D orientado a resultados (mission oriented)
MINISTRIES %
Ministry of Science, Technology and
Innovation (MCTI) 36%
Ministry of Education (MEC) 19%
Ministry of Agriculture (MAPA) 13%
Ministry of Health (MS) 11%
Ministry of Development, Industry
and Foreign Trade (INMETRO and
INPI) 6%
Ministry of Planning (IBGE) 6%
DEPARTAMENTS %
Department of Defense (DoD) 49%
Department of Health (DHHS) 23%
Departmente of Energy (DOE) 8%
NASA 9%
National Science Foundation (NSF) 4%
Departament of Agriculture (USDA) 2%
Others 5%
Only 30% of S&T investments are
attached to institutions with
problem-solving missions
More than 90% of S&T
investments are mission-oriented
The Brazilian Procurement Law (Lei 8.666) doesn’t mention R&D acquisition.
The law establishes, since 2010, a margin of preference for products produced in Brazil (up to 20%) and for products with Brazilian technology (up to 25%)
There is no a special part devoted to R&D acquisition as there is in the American Federal Acquisition Regulation.
The Innovation Law (20th Article) prescribes that Brazilian government can hire a company to do R&D to develop new products and process.
However, this possibility has never been used up to now (difficulties of implementation?)
The Knowledge Platform Program (launched last year but not implemented) is a good example of using public procurement to foster innovation.
2. Incluir, na lei 8.666 , a possibilidade de aquisição de P&D
Não há uma regulação clara para a aquisição de P&D pelo poder público
The Brazilian S&T institutions are mainly public. It’s necessary to allow and facilitate the operation of private research institutions.
Reinforce different models of institutions, such the so called Social Organizations (OS), that are Government-owned and privately-operated institutions.
Create different ways in which the public sector can foster innovation, besides the existing ones (grants, credit and direct investment in public research institutions): i) R&D acquisition; ii) Venture capital and seed money funds; iii) Cooperation agreements and so on.
Create different models of public agencies to foster innovation: the recent creation of Embrapii (inspired in the Fraunhofer model) is a good example of institutional diversification. Others examples are necessary.
3. Diversificar o Sistema de C&T brasileiro
Besides improving general business environment, allowing more competition and entrepreneurship, specific actions are needed:
Reduce bureaucracy associated with research and development. Examples: biological research; patent application mechanisms… One important improvement was the Biodiversity Law (recently approved).
Reformulate and update the Innovation Law. Created in 2004, some articles have never been used.
Facilitate the ways for researchers and professors in public institutions to work for companies. The S&T Code (now in National Congress) adress some of the legal problems.
4. Melhorar o ambiente de negócios para a inovação
Brazil is a very closed economy. It’s necessary (not sufficient but necessary) to open the economy and to import more technology and knowledge.
Increase the internationalization of Brazilian Science (the “Science without borders” program is a good iniciative)
Facilitate imports of research equipments and inputs
Increase the presence of foreign reserachers in Brazilian Institutions.
5. Construir uma economia mais aberta e competitiv
Brazil needs scale up it’s research infrastructure
Create new, big and mission oriented research institutions
The size of Brazilian research laboratories is not enough to make a competitive science.
6. Investir em big science e em infraestrutura de pesquisa
7. Aprimorar indicadores de acompanhamento e avaliação das políticas
Maior transparência nas políticas
Estabelecer processos claros, objetivos e transparentes de análise, seleção e apoio a projetos