Fernanda Paula

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2. Biografia Murilo Monteiro Mendes nasceu em Juiz Fora, Minas Gerais, em 13 de maio de 1901. Dois acontecimentos marcaram a juventude de Murilo Mendes, a passagem do cometa Halley, em 1910, e sua fuga do colgio interno em Niteri para ver, no Rio de Janeiro, as apresentaes do danarino russo Nijinski, em 1917. Ambos, cometa e bailarino, foram considerados por ele, verdadeiras revelaes poticas. Entre os anos de 1924-29, apareceram seus primeiros poemas nas revistas modernistas, "Antropofagia" e "Verde". O poeta faz parte da chamada Segunda Gerao Modernista. Mdico,telegrafista, auxiliar decontabilidade, notrio e Inspetor do Ensino Secundrio do Distrito Federal. Foi escrivo da quarta Vara de Famlia do Distrito Federal, em1946. Se mudou para Roma em 1957 onde trabalhou como professor de cultura brasileira,ensinandoem vrios pases da Europa.Defensor da liberdade, Mendes se declarou inimigo pessoal de Hilter, como foi e seria sempre de qualquer tirano.Em tudo Murilo foi revolucionrio. At sua converso para o cristianismo, to incompreendida, na polaridade angelismo/demonismo, foi ao contrrio um ato de resistncia. 3. Biografia de Murilo mendes... Mdico, telegrafista, auxiliar de guarda-livros, notrio e Inspetor do Ensino Secundrio do Distrito Federal. Foi escrivo da quarta Vara de Famlia do Distrito Federal, em 1946. De 1953 a 1955 percorreu diversos pases da Europa, divulgando, em conferncias, a cultura brasileira.Em 1957 se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira. Manteve-se fiel s imagens mineiras, mesclando-as s da Siclia e Espanha, carregadas de histria. Assim diz a sua biografia. Mas Murilo Mendes, nascido em Juiz de Fora, em 13 de maio de 1901, e falecido em Lisboa, em 13 de agosto de 1975, mais que tudo isso, foi um poeta. E dos bons . 4. Poesia de Murilo Mendes SOLIDARIEDADE Sou ligado pela herana do esprito e do sangueAo mrtir, ao assassino, ao anarquista. Sou ligado Aos casais na terra e no ar, Ao vendeiro da esquina, Ao padre, ao mendigo, mulher da vida, Ao mecnico, ao poeta, ao soldado, Ao santo e ao demnio, Construdos minha imagem e semelhan a 5. Cano do exlioMinha terra tem macieiras da Califrnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra so pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exrcito so monistas, cubistas, os filsofos so polacos vendendo a prestaes. A gente no pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em famlia tm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores so mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil ris a dzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabi com certido de idade! 6. CarlosDrummond de Andrade 7. Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma famlia de fazendeiros em decadncia, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesutas no Colgio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinao mental". De novo em Belo Horizonte, comeou a carreira de escritor como colaborador do Dirio de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro. Ante a insistncia familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmcia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veculo de afirmao do modernismo em Minas. Ingressou no servio pblico e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educao, at 1945. Passou depois a trabalhar no Servio do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manh e, a partir do incio de 1969, no Jornal do Brasil. O modernismo no chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontrao sinttica pareceriam revelar o contrrio. A dominante a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidao, ainda que sempre, e fecundamente, contraditrias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detm num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melanclico e ctico. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satrico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo comunicao esttica desse modo de ser e estar . Biografia de Drummond! 8. . A porta da verdade estava aberta mas s deixava passar meia pessoa de cada vez. Assim no era possvel atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava s conseguia o perfil de meia verdade. E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os meios perfis no coincidiam. Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram ao lugar luminosoonde a verdade esplendia os seus fogos. Era dividida em duas metades diferentes uma da outra. Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. Nenhuma das duas era perfeitamente bela. E era preciso optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua iluso, sua miopia. A verdade dividida... 9. 10. Jorge de Lima nasceu em 1893 em Unio, Alagoas, perto da Serra da Barriga, onde Zumbi fundou seu famoso quilombo. Aos dez anos, passou a escrever para um jornal de seu colgio, onde publicou os poemas que fazia desde os sete anos. Jorge de Lima estudou medicina na Bahia e no Rio de Janeiro. Ainda estudante, publicou seu primeiro livro, "XIV Alexandrinos". Exerceu as funes de mdico e ocupou diversos cargos pblicos no estado de Alagoas. Nos anos 1920 publicou vrios livros de poemas, entre os quais "O Mundo do Menino Impossvel" e "Essa Negra Ful", que o ttulo de seu poema mais conhecido. Em 1930 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde lecionou na Universidade do Brasil e na Universidade do Distrito Federal. Em 1935 foi eleito vereador, ocupando depois a presidncia da Cmara dos Vereadores. Em 1935, Jorge de Lima converteu-se ao catolicismo e muitos de seus poemas passaram a refletir sua religiosidade. Publicou nesta poca vrias obras, entre elas "Tempo e Eternidade", "Inveno de Orfeu" e "Livro de Sonetos". Recebeu em 1940 o Grande Prmio de Poesia, concedido pela Academia Brasileira de Letras. Certa vez, sendo entrevistado para um jornal, em 1952, Jorge de Lima se definiu com singeleza: "Tenho um metro e 68 de altura, 59 quilos e meio e uso culos. Sou meio careca e meio surdo. Sou catlico praticante e meu santo So Jorge. Visto sempre cinza e acordo s quatro da manh, com os galos e a aurora. (...) Minha leitura predileta poesia.(...) Sou casado, tenho dois filhos e quatro netos. Gosto de pintar, esculpir e compor." Os versos de Jorge de Lima figuram entre os mais importantes do modernismo brasileiro. O autor publicou tambm romances, ensaios e peas de teatro. Tendo tido formao autodidata em artes plsticas, publicou tambm o lbum de fotomontagens "A Pintura em Pnico", com prefcio do poeta Murilo Mendes Biografia de Jorge Lima 11. Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para a noiva, abraado com a hlice. E o violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivrius. H mos e pernas de danarinas arremessadas na exploso. Corpos irreconhecveis identificados pelo Grande Reconhecedor. Vejo sangue no ar, vejo chuva de sangue caindo nas nuvens batizadas pelo sangue dos poetas mrtires. Vejo a nadadora belssima, no seu ltimo salto de banhista, mais rpida porque vem sem vida. Vejo trs meninas caindo rpidas, enfunadas, como se danassem ainda. E vejo a louca abraada ao ramalhete de rosas que ela pensou ser o paraquedas, e a prima-dona com a longa cauda de lantejoulas riscando o cu como um cometa. E o sino que ia para uma capela do oeste, vir dobrando finados pelos pobres mortos. Presumo que a moa adormecida na cabine ainda vem dormindo, to tranqila e cega! amigos, o paraltico vem com extrema rapidez, vem como uma estrela cadente, vem com as pernas do vento. Chove sangue sobre as nuvens de Deus. E h poetas mopes que pensam que o arrebol. O grande desastre areo de ontem 12. GRUPO fernanda n08Francisca Edilane n10 Jos Naclio n20 Valdenise Assuno n42