Fé, o DNA de Deus

FÉ, O DNA DE DEUS 3

féO DNA de Deus

JOÃO A. DE SOUZA FILHO4

EDITORA MENSAGEM PARA TODOS


féO DNA de Deus


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João A. de Souza Filho (2011)Fé o dna de DeusTeologia / João A. de Souza FilhoEditora Mensagem Para Todos, 2011

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João A. de Souza Filho

Imprensa da Fé


Aos meus pais, Orlando e

Geni, que me inspiraram

a confiar nos cuidados de

Deus para o meu futuro.


O autor

João A. de Souza Filho

Autor de outros vinte e dois livros,

fundamenta biblicamente as situa-

ções comuns enfrentadas por todo

crente e obreiro. Os anos de pasto-

rado, e a experiência adquirida em

mais de quatro décadas de ministé-

rio, aliados à uma trajetória de vida

ilibada, avalizam a obra.


Índice

Prefácio, 09

A Fé e a auto-estima, 13

Davi, o filho rejeitado que se torna rei!, 29

Abraão e a lição da Esperança, 41

Rir nem sempre é o melhor remédio, 59

Fé um DNA divino?, 75

Conclusão e Aplicação, 93

Um

Dois

Três

Quatro

Cinco


Prefácio

DNA é a sigla que define os caracteres genéticos de cada pessoa, animal ou planta. Esses ácidos nu-cléicos – ácido desoxirribonucléico – transmitem os caracteres dos pais para os filhos, e assim sucessi-vamente. Trata-se de uma molécula formada por duas cadeias na forma de uma dupla hélice que cir-cundam uma a outra em espiral. O professor ameri-cano Dalton Gerth declarou que “o DNA, na verdade, determina não a paternidade da criança, mas a sua ancestralidade, ou seja, não apenas quem foi o pai, mas os pais, avós, bisavós etc.”.

Se na esfera físico-biológica o DNA de uma pes-soa revela sua origem e ancestralidade, a fé é o DNA


divino colocado no coração de cada pessoa que mostra a ancestralidade do homem e sua origem em Deus.

Os cristãos possuem essa característica divina através da fé de Abraão, por isso as Escrituras afir-mam que ele é o pai da fé. Abraão creu na promessa divina, inda que levasse em conta as impossibili-dades humanas. As promessas de Deus para ele e Sara esbarravam na impossibilidade natural de gera-rem um filho.

Deus, para provar a Abraão que cumpre suas promessas, testou a fé de Abraão até o limite que este podia suportar. Até parece que Deus estava di-zendo a Abraão e Sara que a fé ri das impossibili-dades.

Quando Abraão e Sara não tinham mais condições de ter um filho, Deus interveio e lhes possibilitou que nascesse Isaque. Isaque quer dizer riso. Anos mais tarde a fé de Abraão foi colocada em prova mais uma vez quando Deus lhe pediu Isaque em sacrifício, e a Bíblia diz que Abraão estava disposto a sacrificar seu filho porque sabia que Deus poderia ressuscitá-lo dos mortos.

Neste livreto você será desafiado a confiar ainda mais em Deus e a depositar nele toda sua esperan-


ça, porque a fé que herdamos de nosso pai Abraão, continua ativa e vem sendo transmitida aos filhos de Deus durante vários milênios.

Josué GonçalvesPresidente do Ministério

Família Debaixo da Graça


Capítulo 1A fé e a auto-estima

“Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!” (Mt 17.5 – NVI).

Fé não é o mesmo que pensamento positivo. Fé é mais transcendental, mais elevado porque está num nível superior, acima da mediocridade, o que não quer dizer que pensar positivamente não seja saudável, no entanto, não se compara a fé. Uma pes-soa que pensa positivamente não pode confundir seu pensamento positivo com fé, ou pelo menos a fé que Deus espera que ela tenha.

Obviamente que as pessoas que pensam positi-vamente vivem melhor, porque conseguem enxergar


a vida através de lentes coloridas, enquanto as que não pensam positivamente veem a vida em preto e branco. À luz desta premissa tem muita gente que pensa ter fé, mas tem apenas bons pensamentos. A fé está na raiz do pensamento positivo, mas o pensa-mento positivo não é o mesmo que ter fé.

Não se pode negar, no entanto, que pessoas que cultivam a fé em Deus, e pensam positivamente de-senvolvem um autoestima que lhes ajuda a serem vencedores. Você notará ao ler este livro que a fé que opera a salvação auxilia no desenvolvimento da autoestima.

A pior coisa na vida de uma pessoa é a perda da autoestima. Por exemplo, um homem perde sua autoestima quando a mulher o despreza e não o valoriza, e da mesma forma a mulher se sente di-minuída quando o marido a despreza e não lhe dá valor. O empregado que não recebe elogios de seu patrão e ainda tem de submeter-se ao baixo-salário da empresa, sente-se inferiorizado. Uma pessoa que trabalha na obra de Deus e nunca recebe uma pala-vra de apoio, de elogio, de incentivo e de ajuda dos seus superiores, além de ganhar pouco, perde sua autoestima. Portanto, a autoestima está diretamente ligada à fé no sentido de que a pessoa que tem fé,


consegue se superar, dar a volta por cima tornando-se um vencedor. Porque a fé que tem é a fé de Deus, e somente a fé de Deus faz do ser humano uma pes-soa vencedora.

Jesus sentindo-se estimado pelo Pai

O próprio Filho de Deus sentiu-se animado quan-do o Pai disse algo bom a seu respeito para que todos ouvissem. Às margens do Jordão quando mui-ta gente vinha para ser batizada, ouviu-se uma voz vinda do céu que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 1.17). Essa palavra de Deus ouvida por todos os que ali se encontravam fez que Jesus se sentisse amado do pai e lhe deu crédito perante os futuros discípulos, pois passou a ser respeitado por todos. Jesus precisava da identi-ficação dada pelo Pai. Todos precisavam ouvir dos lábios de Deus quem era Jesus, porque as pessoas sabiam que ele era filho de José, o carpinteiro, e pas-saram a aceitá-lo como alguém enviado por Deus.

Quase três anos depois no monte da Transfigu-ração Pedro, Tiago e João ouviram novamente Deus falar bem de seu Filho, com um adendo: “Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!” (Mt 17.5).


João Batista sentindo-se estimado por Jesus

Algum tempo depois, João Batista, o homem que havia preparado o caminho para Jesus foi parar na prisão e estava precisando de uma palavra de apoio de Jesus. Ele que fora o precursor de Jesus, vira-se, repentinamente superado pelo Senhor, e cheio de dúvidas se, de fato, aquele era o Messias de Israel. Antes, João era o famoso, a pessoa a quem todos corriam em busca de ajuda, agora Jesus é que es-tava atraindo as multidões. Até mesmo os discípulos de João começaram a seguir a Jesus.

Na cela, com tempo para meditar a sós João começou a imaginar se Jesus era de fato o Messias, e enviou dois de seus discípulos para que pergun-tassem a Jesus. “És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?” (Mt 11.2-3). A con-tinuação do relato de Mateus é interessante, porque os discípulos voltaram para João levando uma res-posta positiva. Enquanto estes foram contar a João, Jesus falou bem de João Batista para o povo.

“Enquanto saíam os discípulos de João, Jesus começou a falar à multidão a respeito de João: “O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado


pelo vento? Ou, o que foram ver? Um homem ves-tido de roupas finas? Ora, os que usam roupas finas estão nos palácios reais. Afinal, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e mais que profeta. Este é aquele a respeito de quem está escrito: ‘En viarei o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti.’ Digo-lhes a verdade: Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista; todavia, o menor no Reino dos céus é maior do que ele. Desde os dias de João Ba-tista até agora, o Reino dos céus é tomado à força, e os que usam de força se apoderam dele. Pois todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E se vocês quiserem aceitar, este é o Elias que havia de vir (Mt 11.7-14).

João precisava ouvir dos lábios de Jesus uma palavra de apreciação, de elogio. João sabia de sua missão, mas ficou em dúvida quando foi parar na cadeia. O povo chegou até a pensar que ele era o Cristo que havia de vir, mas João apontava para Je-sus. “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pe-cado do mundo! Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim. Eu mesmo não o conhecia, mas por isso é que vim bati-


zando com água: para que ele viesse a ser revelado a Israel”. Então João deu o seguinte testemunho: “Eu vi o Espírito descer dos céus como pomba e per-manecer sobre ele. Eu não o teria reconhecido, se aquele que me enviou para batizar com água não me tivesse dito: ‘Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batiza com o Es-pírito Santo’. Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus” (Jo 1.29-34)

Pessoas de fé não costumam trazer palavras de desânimo aos seus amigos. Jesus é exemplo disso. Ele falou bem de João para toda a multidão, e quan-do contaram a João o que Jesus dissera sobre ele, João se sentiu confortado na prisão.

Jesus levantava a autoestima das pessoas

Quando Filipe apresentou Jesus a Natanael, Je-sus falou bem dele. “Filipe encontrou Natanael e lhe disse: ‘Achamos aquele sobre quem Moisés es-creveu na Lei, e a respeito de quem os profetas tam-bém escreveram: Jesus de Nazaré, filho de José” (Jo 1.45). “Ao ver Natanael se aproximando, disse Jesus: ‘Aí está um verdadeiro israelita, em quem não há fal-sidade” (Jo 1.47). Tomado de surpresa, Natanael


perguntou a Jesus: “De onde me conheces?” Je-sus r espondeu: “Eu o vi quando você ainda estava debaixo da figueira, antes de Filipe o chamar” (Jo 1.48).

A primeira palavra sempre marca a vida de uma pessoa. A observação que Jesus fez sobre Natanael prendeu aquele homem a Jesus para o resto de sua vida. Se Jesus tivesse dito uma palavra negativa so-bre Natanael não ganharia a confiança deste homem que se tornou, a partir dali, um seguidor de Jesus. Mas seu elogio ao caráter do moço fisgou o cora-ção de Natanael para sempre. Que lição Jesus nos dá sobre a importância da autoestima! Sim, porque a palavra boa de Jesus aumentou a autoestima de Natanael. Ele poderia dizer: Não é em vão que tenho buscado ser homem de caráter! A fé brotou no cora-ção de Natanael que declarou: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (Jo 1.49).

Aí está uma boa lição a nós cristãos que quere-mos levar pessoas a Cristo.

Jesus levantava a autoestima das pessoas dizen-do coisas simples, como, “vai, a tua fé te salvou”. Isso deixava as pessoas alegres e dispostas. A Zaqueu Jesus disse: “Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa hoje” (Lc 19.5). Zaqueu era um judeu


que trabalhava para o governo de Roma, que cobrava impostos de seus conterrâneos e que lucrava com a percentagem que o governo romano lhe pagava. Os publicanos eram odiados pelos judeus, agora, ima-gina Jesus afirmar que queria passar a noite na casa de um pecador! O povo que era espoliado financei-ramente por Zaqueu murmurou contra Jesus, mas, para Zaqueu como foi importante Jesus se dirigir a ele e ainda se autoconvidar para jantar em sua casa. A partir dali Jesus ganhou o coração de Zaqueu que se tornou seu novo discípulo.

Naturalmente nada eleva tanto a autoestima de uma pessoa depois que ela se dá conta de que foi escolhida para ser filho de Deus. Os não-judeus, como nós, éramos tidos por imundos, desprezados, desvalorizados e estávamos alheios às promessas de Deus.

Agora, quando Paulo trata da salvação ele afirma que “somos criação de Deus realizada em Cristo Je-sus para fazermos boas obras, as quais Deus pre-parou antes para nós as praticarmos. Somos a ima-gem de Cristo” (Ef 2.10). Noutra parte Paulo afirma que “somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus so-


frimentos, para que também participemos da sua glória” (Rm 8.17). Além de que, nos tornamos ha-bitação do Senhor Jesus na terra através do Espírito Santo. “Se em vocês vive o Espírito daquele que res-suscitou Jesus, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dará também vida ao corpo mortal de vocês, por meio do seu Espírito, que vive em vocês” (Rm 8.11 – NTLH).

Jesus levanta a autoestima dos cristãos

Denis Waitley no livro 10 Sementes da Felicidade ao instilar no leitor que as pessoas são a obra prima da criação destaca que, só pelo fato de saberem que são criaturas de Deus sua autoestima é restaurada. “Somos a criação mais maravilhosa de todas, com poder para amar, pensar, experimentar e mudar nos-so ambiente? A chave para uma autoestima saudável é nos aceitarmos como somos agora; vermos a nós mesmos como criaturas dignas, mutáveis, imper-feitas e em desenvolvimento e saber que, embora tenhamos nascidos com uniformes físicos e men-tais desiguais, nascemos com direitos iguais de nos acharmos merecedores de excelência segundo nos-sos próprios padrões espirituais. Você é obra-prima


da criação. Sempre leve com você este segredo: o amor deve estar dentro de nós, antes que possamos dá-lo a alguém” 1

A maioria dos autores de livros sobre autoestima aponta para o homem como obra-prima da criação o que, por si só lhe dá direito de pensar bem de si mesmo, em outras palavras, esta obra-prima de Deus carrega em si o poder de mudar a si mesmo e o am-biente ao seu redor. Alguns autores desconhecem que a verdadeira autoestima acontece depois que o homem se volta para Deus. Porque o ser humano é raça caída, pecaminosa e só depois que a ima-gem de Deus através de Cristo é restaurada nele é que consegue valorizar o seu interior, porque Cristo habita em nós. É até possível tomar a frase “o amor deve estar dentro de nós, antes que possamos dá-lo a alguém” entendendo que o amor a que o autor se refere não é o nosso que age constantemente ao lado do ódio, e sim o puro amor de Deus derramado em nossos corações.

Como afirma Paulo na epístola aos romanos: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5.5). Então o ser humano é valorizado não pelo bem que tem em si,


mas pelo bem que Cristo colocou dentro dele. Por isso pode-se afirmar que a verdadeira autoestima só é possível àquelas pessoas que têm fé, que vi-vem em comunhão com Jesus Cristo. Toda demais autoestima tende a fraquejar na hora em que o ser humano se vê diante das grandes tribulações e dos desafios que tem de enfrentar. A autoestima colo-cada por Deus dentro do homem, faz que este nunca fraqueje!

Algumas pessoas que não frequentam a igreja não entendem por que em algumas igrejas os irmãos vão bem vestidos para os cultos, alguns de terno e gravata e as mulheres bem vestidas. Este é o resul-tado da autoestima de Cristo no cristão. Afinal, mui-tas pessoas que antes viviam na miséria, em meio á sujeira, agora se sentem bem e fazem questão de vestir o melhor terno, a melhor roupa para ir ao culto da igreja. Sentem-se dignas. Os irmãozinhos que se esforçam pra ir ao culto colocando a melhor roupa que têm estão mostrando que tiveram sua autoes-tima recuperada: De miseráveis e pobres, tornaram-se aceitos e ricos. Agora são aceitos na comunidade da fé e orgulhosamente carregam consigo sua Bíblia e se dirigem ao culto da igreja.

Se você puder, vá às vilas mais pobres das


grandes cidades, entre nos bolsões de miséria e verá que a pequena igrejinha está cheia de gente bem-vestida, alegre, feliz, entoando louvores a Deus, porque com a fé veio a autoestima, a valorização de si mesmo. Quando a pessoa aceita a Jesus Cristo, o Senhor a valoriza como seu filho, seu herdeiro es-piritual e a fé que essa pessoa passou a desenvolver em Cristo aumenta sua valorização e sua autoestima. Ao contrário do que dizem certos autores de que a religião destrói a autoestima das pessoas – devem ter lá suas razões – a verdadeira fé em Cristo Jesus restaura o homem à condição de filho de Deus, o que lhe dá autoestima grandiosa.

Não se deve confundir narcisismo com autoes-tima saudável. Na mitologia grega Narciso se apa-ixonou pela própria imagem refletida num lago e passava dias e dias admirando-se a si mesmo. A autoestima narcisista é um tipo de adoração de si mesmo, enquanto a autoestima implantada na pes-soa por Jesus resulta em louvor, agradecimento e adoração a Deus. Como no Salmo 103 em que o salmista sempre se refere a “ele”. “É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doen-ças, (é ele) que resgata a sua vida da sepultura e o coroa de bondade e compaixão, (é ele) que enche de


bens a sua existência, de modo que a sua juventude se renova como a águia” (Sl 103.3-5 – NVI – inser-ção do autor).

Eis a diferença da autoestima provocada pelo pensamento positivo, e a que é dada por Deus. O pensamento positivo sempre tenta valorizar uma pessoa olhando para suas qualidades, mas na a utoestima colocada por Deus, o homem é valoriza-do interiormente, não por aquilo que é, mas pelo que Cristo fez nele. Veja como a autoestima restaurada por Deus na pessoa é diferente! Quando a pessoa se olha no espelho para ver seu interior, vê refletida dentro dela a imagem de Cristo. É a imagem de Cris-to que se reflete dentro do ser humano e o restaura a condição de filho de Deus. Isto que a imagem re-fletida no interior da pessoa, como afirma Paulo é “apenas um reflexo obscuro, como em espelho”, até o dia em que “o veremos face a face.” O ser humano conhece a Cristo em parte, mas chegará o dia quan-do o conhecerá plenamente, “da mesma forma como sou plenamente conhecido” (1 Co 13.12).

É disso que estou falando. O ex-bêbado que dor-mia ao relento põe agora sua melhor roupa, pega sua Bíblia e com um sorriso nos lábios é aceito na comunidade dos fiéis e se assenta entre gente que


tem curso universitário; médicos, advogados, juí-zes e profissionais liberais; ele que só sabe assinar o nome e ler vagarosamente é também um filho de Deus tanto quanto aqueles e por todos é aceito!

Dentre as muitas histórias de conversões uma me comoveu. Ouvi a pessoa testemunhar num culto em que havia dezenas de homens recuperados da be-bida e das drogas. Esse homem, agora alegre e bem-trajado testemunhou que era gerente de um banco, mas começou a beber, foi despedido da empresa, a mulher se divorciou dele e ele foi viver nas ruas. Du-rante treze anos viveu nas imediações do Hospital de Pronto Socorro, dormindo sob marquises, até que alguns irmãos que se preocupam com o lixo da so-ciedade falaram de Jesus para ele e o levaram para a casa de recuperação de bêbados. Lá encontrou a Cristo, foi restaurado, casou-se de novo e teste-munhava com alegria que era nova criatura em Cristo Jesus. Sua autoestima foi restaurada, porque Cristo passou a viver dentro dele!

Poderia ainda falar de tantos personagens da Bíblia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento que foram incentivadas por Deus e se tornaram mo-delos de fé – para tanto basta ler o texto de He-breus 11, mas quero encerrar com duas considera-


ções: uma sobre a vida de Davi e a outra sobre duas c idades da Palestina do Antigo Testamento.

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