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129Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

Universidade Aberta do Nordeste e Ensino a Distância são marcas registradas da Fundação Demócrito Rocha.

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08fascícu

lo

Carlos Davyson Xavier Targino

Eraldo Gonçalves Correia

Sílvio Mota

Matemática e suas Tecnologias

Ana Barros Jucá

Cláudio Neves

Linguagens, Códigose suas Tecnologias

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Presidente: Luciana Dummar Coordenação da Universidade Aberta do Nordeste: Sérgio FalcãoCoordenação do Curso: Sílvio Mota Coordenação Editorial: Eloísa Vidal, Ricardo MouraCoordenação Acadêmico-Administrativa: Ana Paula Costa Salmin

Coordenação de Design Gráfi co: Deglaucy Jorge TeixeiraProjeto Gráfi co e Capas: Mikael Baima, Suzana Paz, Welton TravassosEditoração Eletrônica: Mikael Baima, Welton Travassos Ilustrações: Suzana PazRevisão: Wilson Pereira da Silva

Em matemática, tudo o que pode ser me-dido ou quantifi cado de alguma maneira representa uma grandeza. Para exempli-

fi car, analisaremos o caso de uma pessoa que toma banho usando o chuveiro elétrico.

O que podemos quantifi car nessa situação?Podemos medir o tempo em que a torneira

fi cou aberta, o volume de água utilizado, o gasto com energia elétrica e com água. Assim, o tem-po, o volume, o gasto com energia e com água representam grandezas dessa situação. É impor-tante observar que há uma relação de dependên-cia entre elas, pois a variação de uma provoca a variação de outra.

Portanto, para solucionar problemas do coti-diano envolvendo grandezas, é necessário com-preender como se dá essa variação.

Identifi car a relação de dependência

entre grandeza.

Desenvolvendo Habilidades H-15

Texto de referênciaÁgua: produção sustentável de alimentos e proteção à biodiversidade

Toda a vida no nosso planeta depende, dire-ta ou indiretamente, da água. Especifi camente na Agricultura, ela é fator primordial para uma boa colheita, ou seja, propicia melhor qualidade e produtividade, desde que disponibilizada na medida certa para cada tipo de cultura.

No fi nal do século passado e início deste, “descobriu-se” que a água é fi nita e que está com sua oferta e qualidade comprometidas. Nos

debates atuais sobre o gerenciamento dos recur-sos hídricos do planeta, chegou-se à conclusão de que, sem irrigação, não seremos capazes de produzir toda a alimentação que a população mundial crescente demanda.

Atualmente, a irrigação é utilizada em 17% das áreas aráveis do planeta, sendo responsável por 40% da produção mundial de alimentos. Aproximadamente 70% das águas retiradas do sistema global de rios, lagos e mananciais sub-terrâneos são utilizadas na irrigação, e os outros 30% são aplicados em outros usos, tais como in-dustrial, urbano, geração de energia, recreação, etc. Estimativas indicam que, até o ano 2025, a irrigação deverá ter um incremento médio de 20% para atender a crescente demanda da po-pulação. Assumindo que o padrão de alimenta-ção irá melhorar em vários países, cogita-se que haverá um aumento de 40% na quantidade de grãos que a população mundial necessitará. Milton JudensnaiderEngenheiro agrônomo, é pós-graduando em Tecnologias Ambientais

pela FATEC-SP. (Acesso em 15/05/2010. Adaptado).

Questão 1Com base na leitura do texto, é possível concluir que: a) o consumo de água na irrigação é diretamente pro-

porcional à quantidade de grãos produzidos, pois, para o aumento de 40% na produção de grãos implica em 20% a mais no consumo de água na irrigação.

b) A população mundial, a demanda por alimentos e a quantidade de água na irrigação crescem con-juntamente, porém essas grandezas não são dire-tamente proporcionais.

c) a produção de alimentos é diretamente proporcio-

Competência de área IV: Construir noções de variação de grandezas para a compreen-são da realidade e a solução de problemas do cotidiano.

Expediente

Matemáticas e suas Tecnologias

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nal ao crescimento populacional, mas não à neces-sidade de água na irrigação.

d) o problema da utilização da água na agricultura não possui solução, visto que, à medida que a po-pulação cresce, a demanda por alimentos também cresce, o que implica em uma maior demanda de água na irrigação.

e) e) A crescente necessidade de uma maior produção de alimentos é a única responsável pelo problema da água na irrigação.

Solução Comentada: A tendência é que a população mundial continuará crescendo, com isso a necessidade de produzir alimentos também deverá crescer, o que implica numa maior utilização de água na agricultura.O ponto crucial a ser observado é que, apesar dessas grandezas crescerem conjuntamente, infl uindo dire-tamente uma na outra, esse crescimento não é dire-tamente proporcional, pois, de acordo com o texto, a irrigação terá um incremento médio de 20%, enquan-to a necessidade de alimentos aumentará em 40%; se fossem diretamente proporcionais teriam o mesmo crescimento percentual. Resposta: B

Resolver situação-problema envol-

vendo a variação de grandezas, dire-

ta ou inversamente proporcionais.

Desenvolvendo Habilidades H-16

Texto de referênciaTrabalho e capacitação profi ssional para pre-sos e ex-detentos

Colocar um ponto fi nal no preconceito e di-minuir a reincidência de presos. Essas são al-gumas das metas estabelecidas pelo Programa Começar de Novo, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Implantada no fi nal de 2008, a iniciativa é composta por diversas ações. Uma delas é sensi-bilizar órgãos públicos e a sociedade civil sobre a importância de se oferecer trabalho e cursos de capacitação profi ssional para presos e egressos do sistema carcerário.

Algumas organizações renomadas já deram o seu sim. A Hering, por exemplo, deve abrir suas portas para empregar alguns ex-detentos e cum-pridores de penas alternativas. E as vagas podem abranger também as empresas de serviços tercei-rizados. “Eles etiquetam, dobram e embalam as

camisetas. Todos são remunerados por produti-vidade e, a cada três dias de trabalho, ganham a redução de um dia na pena”, explica Cláudio Schwaderer, gestor da unidade Goiás da Hering.

Uma psicóloga do próprio presídio faz a sele-ção e acompanhamento dos presos. São levados em conta quesitos como tempo de pena e situa-ção familiar. “Cada apenado recebe por produ-ção. O valor da remuneração chega a um salário mínimo”, conta Cláudio. Segundo o gestor, o grupo embala 60 mil peças por dia, alcançando a marca de um milhão de camisetas no fi m do mês. “Nossa expectativa é aumentar o núme-ro de benefi ciados em até 20% ainda este ano”. “Dois ex-detentos que participaram do projeto dentro da prisão hoje trabalham em empresas terceirizadas da Hering”, lembra.

Já a Itaipu Binacional assinou um convênio de cooperação com o CNJ no dia 05 de abril, em Foz do Iguaçu, marcando o lançamento, no Pa-raná, do Programa Começar de Novo.Juliana Falcão (MBPress).(htt p://vilamulher.terra.com.br/. Acesso em 16/05/2010.Adaptado)

Questão 2

Um detento que ainda tem 15 anos de pena a cum-prir foi selecionado para participar do projeto, pre-tendendo utilizar esta oportunidade para reduzir o máximo de sua pena. Sabe-se que anualmente o detento consegue trabalhar em média 9 meses, des-contados os fi nais de semana. É possível concluir que o detento conseguirá uma redução máxima de:a) 5 anos b) 3 anos e 9 mesesc) 3 anos e 3 meses d) 3 anose) 2 anos e 6 mesesSolução Comentada: Para cada três dias trabalhados, o detento reduz um dia de sua pena. Podemos então entender, de forma geral, que o tempo reduzido da pena equivale a 1/3 do trabalhado. Imaginemos agora que no período de um ano, pode-se trabalhar durante nove meses e, como consequência, reduzir três meses de sua pena. Portanto, a cada ano na prisão é possí-vel reduzir a pena em três meses, e, em quatro anos consegue-se a redução de um ano de pena.Muita atenção com a pergunta a seguir:Dizer que a cada quatro anos se consegue a redução de um ano da pena signifi ca que o detento reduzirá sua pena em 1/4?A resposta é não, apesar de muitos entenderem que sim. Para compreendê-la, imagine que um prisioneiro tenha cinco anos a cumprir de pena e começa a trabalhar para

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obter o benefício. Perceba que pelo que foi explicado, após quatro anos de trabalho esse prisioneiro obteria um ano de redução e, como sua pena era de cinco anos, ele estaria livre; ou seja, a redução foi de um ano em cinco anos, que ele teria de cumprir, portanto, 1/5 da pena e não 1/4 como fora imaginado. No caso do detento que tem 15 anos a cumprir, conseguirá reduzir, no máximo, sua pena em 1/5 de 15 anos, ou seja, três anos.Resposta: D

Analisar informações envolvendo a

variação de grandezas como recurso

para a construção de argumentação.

Desenvolvendo Habilidades H-17

Texto de referênciaIncandescentes x Fluorescentes

Em tempo de difi culdades econômicas, as famílias repensam seus orçamentos domésticos, sendo bastante comum a racionalização do uso da energia elétrica, através de uma menor utili-zação de equipamentos elétricos e de um maior controle no uso de lâmpadas. Este maior contro-le passa pela escolha mais adequada da potência e do número de lâmpadas para iluminar cada ambiente, bem como na observância de maiores cuidados no sentido de evitar-se o hábito de dei-xar lâmpadas acesas desnecessariamente.

Em resumo, uma lâmpada de 100W ilumina mais do que uma de 60W, mas consome mais ener-gia e, portanto, gasta-se mais dinheiro com a conta de luz. Já uma lâmpada fl uorescente de 24W é capaz de iluminar tão bem quanto a lâmpada incandescen-te de 100W. Em uma hora, uma lâmpada de 100W consome uma quantidade de energia equivalente a 100Wh, ou 0,1kWh. Isto leva à necessidade de seleção de potência de lâmpada que permita luminosidade mais adequada ao conforto ambiental requerido.

Quando comparadas às incandescentes, as lâmpadas fl uorescentes compactas possuem, como características principais, a vida útil maior (7500horas x 1000horas) e o consumo menor de energia elétrica. Em contrapartida, são comercia-lizadas por um preço mais elevado. Portanto, sua utilização só é justifi cada se as características rela-cionadas à economia forem atendidas.

A utilização dessas lâmpadas representa ain-da uma redução signifi cativa da exploração dos

recursos naturais, pois, quanto menor o consu-mo de energia, menor será a necessidade de no-vas usinas para produzi-la.

Produto essencial em nossas vidas, a lâmpada está de tal forma incorporada em nosso dia a dia, que muitas vezes só sentimos falta quando elas queimam.

(htt p://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/incand.asp. Acesso em 18/05/2010. Adaptado).

Questão 3Em um supermercado, Eraldo, que tem conhecimen-to das informações contidas nesse texto e é ciente de que em sua cidade 1kWh de energia custa R$0,50, faz algumas contas para defi nir se compra uma lâmpada incandescente de 100W, que custa R$2,00, ou uma fl u-orescente de 24W, que custa R$13,40.Após seus cálculos, Eraldo deve defi nir-se pela lâmpada:a) incandescente, pois, apesar de consumir mais, é

mais barata.b) fl uorescente, porque, apesar de mais cara, após 300

horas de funcionamento, a diferença de preço será compensada.

c) fl uorescente, pois o benefício que traz à natureza se sobrepõe ao fato de custar mais caro, e não com-pensar fi nanceiramente, mesmo se utilizada du-rante toda sua vida útil.

d) incandescente, pois, após 1000 horas de funciona-mento, ainda não terá conseguido compensar a diferença entre os preços.

e) fl uorescente, já que, após 3000 horas de funcionamen-to conseguirá compensar a diferença de preço inicial.

Solução comentada: Para solucionarmos este proble-ma, observamos e comparamos o consumo e custo de energia das duas lâmpadas por hora. Vejamos:Lâmpada Incandescente100W = 0,1kWh x R$0,50 = R$0,05 /horaLâmpada Fluorescente24W = 0,024kWh x R$0,50 = R$0,012 /horaConseguimos ver que, em 1 hora de funcionamento, a lâmpada fl uorescente economiza R$0,038. Como a di-ferença de custo inicial das lâmpadas é R$11,40 (13,40 – 2,00) e a economia por hora é R$0,038, é possível descobrir em quantas horas de uso a lâmpada fl uores-cente compensa a diferença dividindo estes valores:11,40 : 0,038 = 300 horas, ou seja, após 300 horas de uso, a diferença já estaria compensada.Resposta: B

Avaliar propostas de intervenção na

realidade envolvendo variação de

grandezas.

Desenvolvendo Habilidades H-18

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Aprenda Fazendo

Q1. Área-4 / Habilidade15 (Enem 1998) As bicicletas possuem uma corrente que liga uma co-roa dentada dianteira, movimentada pelos pedais, a uma coroa localizada no eixo da roda traseira, como mostra a fi gura.O número de voltas dadas pela roda traseira a cada pedalada depende do tamanho relativo destas coroas.Em que opção abaixo a roda traseira dá o maior núme-ro de voltas por pedalada?

a) b)

c) d)

e)

__________________________________________Q2. Área-4 / Habilidade 15 Na tabela abaixo estão as distâncias, em metros, que um carro percorre até parar, desde o momento em que o motorista aplica os freios (distância de freagem), e suas respectivas velocidades, em Km/h.Velocidade(km/h) 32 64 96 128Distância de freagem 8 32 72 128

Supondo que a regularidade dos valores sejam man-tidas, podemos afi rmar que:a) a velocidade é proporcional à distância de freagem.b) a distância de freagem é proporcional à velocidadec) a distância de freagem é proporcional ao quadrado

da velocidade.d) a velocidade é proporcional ao quadrado da distân-

cia de freagem.e) a distância de freagem é proporcional ao cubo da

velocidade.Texto de referência para as questões 03 e 04

No quadro abaixo estão as contas de luz e água de uma mesma residência. Além do valor a pagar, cada conta mostra como calculá-lo, em função do

Texto de referênciaIMC (BMI em inglês) é a sigla para Índice de Mas-

sa Corporal. O IMC é um cálculo que leva em consi-deração o peso corporal e a altura da pessoa, .

O resultado ajuda a saber se a pessoa tem um peso baixo, normal ou se está acima do peso.

Os especialistas na matéria relacionam a obesidade com o risco elevado de sofrer várias doenças entre elas doenças do coração; porém, outros fatores também devem ser analisados, como por exemplo: ingestão de bebidas alcoó-licas, colesterol, tabagismo, etc. O IMC permi-te aos médicos fazer uma avaliação preliminar das condições físicas e do risco de uma pessoa desenvolver certas doenças, conforme mostra a tabela abaixo:

IMC CLASSIFICAÇÃO RISCO DE DOENÇA

I ≤ 18,5 Magreza Elevado

18,5 < I ≤ 25 Normalidade Baixo

25 < I ≤ 30 Sobrepeso Elevado

30 < I ≤ 40 Obesidade Muito elevado

I > 40 Obesidade grave Muitíssimo elevado

Questão 4Maria mede 1,50m. Ela pesava 45kg em março de 2009. Ao verifi car seu peso no início de março de 2010, Ma-ria percebeu que havia engordado 18kg. De acordo com as informações da tabela, para que Maria tenha um risco de doença considerado baixo, é necessário emagrecer:a) entre 6kg e 7kg. b) entre 8kg e 9kg.c) entre 10kg e 11kg. d) entre 12kg e 13kg.e) entre 14kg e 15kg.Solução comentada: Maria hoje está com 45 +18 = 63kg e seu IMC é , estando com so-brepeso e com risco elevado de desenvolver doença.Para diminuir esse risco, ela deverá reduzir seu IMC para no máximo I=25.Não sendo possívelaumentar sua altura, ela deverá reduzir seu peso, neste caso:

Então Maria deve reduzir seu peso de 63 para 56,25, portanto, 6,75kgResposta: A

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consumo de água (em m³) e de eletricidade (em kwh). Observe que, na conta de luz, o valor a pagar é igual ao consumo multiplicado por um certo fator. Já na conta de água, existe uma tarifa mínima e diferentes faixas de tarifação.

Companhia de Eletricidade

Fornecimento Valor R$

401kWh x 0,13276 53,23

Companhia de Saneamento

Tarifa de água / m3

Consumo Tarifa Consumo ValorR$

até 10 5,50 Tarifamín. 5,50

11 a 20 0,85 7 5,95

21 a 30 2,13

31 a 50 2,13

acima 50 2,36

Total 11,45

__________________________________________Q3. Área-4 / Habilidade 16 (Enem 1998)Suponha que, no próximo mês, dobre o consumo de energia elétrica dessa residência. O novo valor da conta será de:a) R$55,20. b) R$106,46. c) R$802,00.d) R$100,00. e) R$22,90.__________________________________________Q4. Área-4 / Habilidade 16 (Enem 1998)Suponha agora que dobre o consumo d’água. O novo valor da conta será de:a) R$22,90. b) R$106,46. c) R$43,82.d) R$17,40. e) R$22,52.__________________________________________Q5. Área-4 / Habilidade 16 (Enem 2009)Uma escola lançou uma campanha para seus alunos arrecadarem, durante 30 dias, alimentos não perecíveis para doar a uma comunidade carente da região. Vinte alunos aceitaram a tarefa e nos primeiros 10 dias traba-lharam 3 horas diárias, arrecadando 12kg de alimentos por dia. Animados com os resultados, 30 novos alunos somaram-se ao grupo, e passaram a trabalhar 4 horas por dia nos dias seguintes até o término da campanha. Admitindo-se que o ritmo de coleta tenha se mantido constante, a quantidade de alimentos arrecadados ao fi nal do prazo estipulado seria de:a) 920kg. b) 800kg c) 720kgd) 600kg e) 570kg

Q6. Área-4 / Habilidade 17 (Enem 2009)A resolução das câmeras digitais modernas é dada em megapixels, unidade de medida que representa um milhão de pontos. As informações sobre cada desses pontos são armazenadas, em geral, em 3 bytes. Porém, para evitar que as imagens ocupem muito espaço, elas são submetidas a algoritmos de compressão, que reduzem em até 95% a quantidade de bytes necessá-rios para armazena-las. Considere 1Kb = 1.000 bytes, 1Mb = 1.000Kb, 1Gb = 1.000Mb. Utilizando uma câ-mera de 2.0 megapixels cujo algoritmo de compressão é de 95%, João fotografou 150 imagens para seu traba-lho escolar. Se ele deseja armazená-las de modo que o espaço restante no dispositivo seja o menor espaço possível, ele deve utilizar:a) um CD de 700Mb.b) um pendrive de 1Gb.c) um HD externo de 16Gb.d) um memory stick de 16Mb.e) um cartão memória de 64Mb.__________________________________________Q7. Área-4 Habilidade 17

CHOCOLATE QUENTE CREMOSOTempo de preparo : 15 minutosRendimento : 30 porçõesIngredientes :1 litro de leite210g de chocolate em pó150g de amido de milho1 lata de leite condensado30g de canela em pó.htt p://receitas.maisvoce.globo.com

Bruna adorou essa receita e resolveu fazer chocolate quente. Entretanto ao separar os ingredientes, percebeu que havia disponível para preparar a bebida 800 ml de leite, 140g de chocolate em pó, 90g de amido, 1 lata de lei-te condensado e 25g de canela em pó. Mesmo assim, ela resolveu fazer a receita de forma proporcional. Portanto, o número de porções que Bruna conseguiu fazer foi:a) 24 porções. b) 20 porções.c) 18 porções. d) 30 porções.e) 25 porções.__________________________________________Q8. Área-4 / Habilidade 16Uma confecção recebeu uma encomenda de 1200 pe-ças iguais com um prazo de entrega de 6 dias. Os 10 funcionários da empresa são capazes de dar conta dessa produção se trabalharem 8 horas por dia. Po-rém, passados 3 dias, 2 funcionários adoeceram e não foram trabalhar nos outros 3 dias. Para que a enco-

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menda seja entregue no prazo os funcionários restan-tes devem ter, nos 3 dias fi nais, uma jornada diária de:a) 9 horas.b) 9 horas e meia.c) 10 horas.d) 10 horas e meia.e) 11 horas.__________________________________________Q9. Área-4 / Habilidade 18 (Enem 2009)Uma cooperativa de colheita propôs a um fazendeiro um contrato de trabalho nos seguintes termos: a cope-rativa forneceria 12 trabalhadores e 4 máquinas, em um regime de trabalho de 6 horas diárias, capazes de colher 20 hectares de milho por dia, ao custo de R$ 10,00 por trabalhador por dia de trabalho, e R$ 1.000,00 pelo aluguel diário de cada máquina. O fazendeiro argumentou que fecharia contrato se a cooperativa colhesse 180 hectares de milho em 6 dias, com gasto inferior a R$ 25.000,00. Para atender às exigências do fazendeiro e supondo que o ritmo dos trabalhadores e das máquinas seja constante, a cooperativa deveria:a) manter sua proposta.b) oferecer 4 máquinas a mais.c) oferecer 6 trabalhadores a mais.

d) aumentar a jornada de trabalho para 9 horas diárias.e) reduzir em R$ 400,00 o valor do aluguel diário de

uma máquina.__________________________________________Q10. Área-4 / Habilidade 18 (Enem 2009) Segundo as regras da Fórmula 1, o peso mínimo do carro, de tanque vazio, com o piloto, é de 605kg, e a gasolina deve ter densidade entre 725 e 780 gramas por litro. Entre os circuitos nos quais ocorrem com-petições dessa categoria, o mais longo é Spa-Francor-champs, na Bélgica, cujo traçado tem 7km de exten-são. O consumo médio de um carro da Fórmula 1 é de 75 litros para cada 100 km. Suponha que um piloto de uma equipe específi ca, que utiliza um tipo de ga-solina com densidade de 750g/L, esteja no circuito de Spa-Francorchamps, parado no box para reabasteci-mento. Caso ele pretenda dar mais 16 voltas, ao ser liberado para retornar à pista, seu carro deverá pesar, no mínimo:a) 617 kg. b) 668 kg. c) 680 kg.d) 689 kg. e) 717 kg.

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Competência de área VI: Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferen-tes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constitui-ção de signifi cados, expressão, comunicação e informação.

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Essa área trata do modo como a lingua-gem, em suas mais diversas acepções e utilizações, organiza o real e constrói

signifi cados. Lembremos que, ao tratarmos da linguagem, falamos de situações de comunica-ção, e não de conceitos abstratos. De fato, como veremos na análise das questões propostas, a prova do Enem valoriza o aspecto utilitário des-ses conceitos, trazendo questões que envolvem situações concretas.

Isso nos leva diretamente para os gêneros e tipos textuais, bem como às variações linguísti-cas que os caracterizam. Devemos, portanto, en-tender cada situação de comunicação através de suas características, objetivos e elementos. Per-ceba que a própria descrição da área faz distin-ção entre signifi cados, expressão, comunicação e informação.

Veja, por exemplo, que, numa notícia ou num artigo, valoriza-se a informação. Por outro lado, num poema estamos diante da força da expres-são, não se tratando da mera efi ciência da co-municação, mas da forma específi ca como seus elementos nos chegam – seja através da musica-lidade, das relações simbólicas, etc.

Identifi car os elementos que concor-

rem para a progressão temática e

para a organização e estruturação de

textos de diferentes gêneros e tipos.

Desenvolvendo Habilidades H-18

Questão 01 - (Enem 2009)CANÇÃO DO VENTO E DA MINHA VIDAO vento varria as folhas,O vento varria os frutos,O vento varria as fl ores...E a minha vida fi cava

Cada vez mais cheiaDe frutos, de fl ores, de folhas.[...]O vento varria os sonhosE varria as amizades...O vento varria as mulheres...E a minha vida fi cavaCada vez mais cheiaDe afetos e de mulheres.O vento varria os mesesE varria os teus sorrisos...O vento varria tudo!E a minha vida fi cavaCada vez mais cheiaDe tudo.BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Ja-neiro: José Aguilar, 1967.

Na estruturação do texto, destaca-se:a) a construção de oposições semânticas.b) a apresentação de ideias de forma objetiva.c) o emprego recorrente de fi guras de linguagem,

como o eufemismo.d) a repetição de sons e de construções sintáticas se-

melhantes.e) a inversão da ordem sintática das palavras.Solução comentada: A habilidade 18 trata da identifi -cação de elementos constitutivos de diferentes gêne-ros e tipos. O primeiro passo, portanto, é a caracteri-zação do gênero. No caso, trata-se de um poema – e como tal deve ser lido.A poesia, como se sabe, funda-se na plurissignifi cação e, logo, no caráter conotativo de sua linguagem. Ve-jamos o que diz sobre a poesia Octavio Paz, um dos maiores poetas do século XX:“A escritura alcança nesse texto sua máxima conden-sação e sua extrema dispersão (...) cada conjunto de frases, sem perder sua relação com o todo, cria para si um domínio próprio nesta ou naquela parte da página; e esses espaços distintos fundem-se às vezes numa só superfície sobre a qual brilham duas ou três palavras”. Perceba que Paz caracteriza o poema como o lugar da “máxima condensação” da linguagem e também

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como um “domínio próprio”. Ou seja, diante do texto poético devemos ter uma atenção constante aos recur-sos de estilo e a cada elemento constitutivo, porque eles se combinam de modo surpreendente e próprio, estabelecendo novas relações de sentido.O poema em questão, Canção do vento e da minha vida, de Manuel Bandeira, se organiza a partir da re-petição rítmica e imagética inaugurada pelos primei-ros versos (O vento varria as folhas, / O vento varria os frutos, / O vento varria as fl ores...) – e que irá fun-cionar como estribilho ou refrão.De fato, o vento parece, a princípio, trazer um sentido denotativo, uma vez que folhas, frutos e fl ores são ob-jetos que podem, efetivamente, ser varridos. Todavia, a partir do quarto e do quinto versos (Cada vez mais cheia / De frutos, de fl ores, de folhas.), essa perspec-tiva se inverte, pois os objetos, em vez de desaparece-rem, como seria de se esperar, enchem a vida.Os versos seguintes expandem essa surpresa, pois fazem uso de objetos que, de fato, já não poderiam ser varridos (sonhos, amizades, mulheres), indican-do o sentido metafórico (simbólico) da imagem. A metáfora, por sinal, é ainda ampliada nas repetições seguintes, pois o vento continua a varrer (levar) me-ses, sorrisos, tudo. O último vocábulo (tudo) encerra a enumeração de elementos e se repete no verso fi nal.Como dissemos, estamos diante de um discurso me-tafórico e, portanto, simbólico. Logo, o vento não é de fato o vento, mas uma força capaz de levar tudo da vida do eu lírico, e, paradoxalmente, preenchê-la com os mesmos elementos que arrebata. Então, o que leva tudo da vida e, simultaneamente, a torna cada vez mais cheia de tudo? Trata-se do tempo, que, quanto mais nos leva aquilo que amamos, mais nos amplia a memória de tudo.É importante que você lembre que, principalmente no caso da poesia, a análise do texto deve preceder a análise das alternativas da questão. Sim, porque esse procedimento impedirá que você vá e volte ao poema e tente adequar o texto ao que dizem os itens.O que dissemos já é sufi ciente para apontar alternati-va D como correta, uma vez que ela trata exatamente da repetição de elementos no refrão.Vejamos os outros itens. A alternativa A fala em opo-sições semânticas, mas os elementos que comparecem nas repetições (fl ores, folhas, mulheres, etc.) não consti-tuem antíteses (oposições). A alternativa B alude à for-ma objetiva das ideias, e elas aparecem de modo sub-jetivo (conotativo). A alternativa C começa certa, pois fala em fi guras de linguagem, mas aponta o eufemismo (atenuação de ideia desagradável), e não a metáfora – e está, portanto, incorreta. O item E fala de inversão sin-tática (hipérbato), o que não ocorre no texto.Resposta: D

Analisar a função da linguagem pre-

dominante nos textos em situações

específi cas de interlocução.

Desenvolvendo Habilidades H-19

Questão 2Sentimental

1 Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas4 e debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho.

Desgraçadamente falta uma letra,7 uma letra somente para acabar teu nome!

—Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!

10 Eu estava sonhando... E há em todas as consciências este cartaz amarelo: “Neste pais é proibido sonhar.”ANDRADE, C. D. Seleta em Prosa e Verso. Rio de Janeiro: Record, 1995.

Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da predominância das funções da linguagem no texto de Drummond, pode-se afi rmar que:a) por meio dos versos “Ponho-me a escrever teu

nome” (v.1) e “esse romântico trabalho” (v.5), o poeta faz referências ao seu próprio ofício: o gesto de escrever poemas líricos.

b) a linguagem essencialmente poética que constitui os versos “No prato, a sopa esfria, cheia de esca-mas e debruçados na mesa todos contemplam” (v.3 e 4) confere ao poema uma atmosfera irreal e impede o leitor de reconhecer no texto dados constitutivos de uma cena realista.

c) na primeira estrofe, o poeta constrói uma lingua-gem centrada na amada, receptora da mensagem, mas, na segunda, ele deixa de se dirigir a ela e pas-sa a exprimir o que sente.

d) em “Eu estava sonhando...” (v.10), o poeta demons-tra que está mais preocupado em responder à per-gunta feita anteriormente e, assim, dar continui-dade ao diálogo com seus interlocutores do que em expressar algo sobre si mesmo.

e) no verso “Neste pais é proibido sonhar.” (v.12), o po-eta abandona a linguagem poética para fazer uso da função referencial, informando sobre o conteú-do do “cartaz amarelo” (v.11) presente no local.

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Solução comentada: A habilidade trata do reconhe-cimento das funções da linguagem. E as funções da linguagem estão diretamente relacionadas a cada um dos elementos da comunicação. São eles:1) Emissor – aquele que fala ou escreve, o que pro-

duz a mensagem.2) Receptor – aquele a quem se dirige a mensagem.3) Mensagem – o conteúdo mesmo da comunicação.4) Canal ou contato – o meio através do qual a men-

sagem é transmitida. Ex: som, letras, etc.5) Código – o sistema compartilhado de sinais atra-

vés do qual a mensagem é transmitida. Ex: a lín-gua portuguesa.

6) Contexto ou referente – as circunstâncias em que se dá a comunicação.

Importante: Emissor e receptor são genericamente tra-tados como interlocutores, uma vez que, no processo de comunicação, os papéis se invertem e se sobrepõem.Quando falamos ou escrevemos, colocamos em desta-que um ou mais desses elementos. E a cada elemento destacado corresponde um função (ou intenção) da linguagem. Temos, portanto, seis funções. São elas:1) Função emotiva ou expressiva – quando se quer

destacar as opiniões ou sentimentos do emissor. A mais usual das marcas textuais que caracterizam a função emotiva é a primeira pessoa.

2) Função conativa ou apelativa – quando se destaca o receptor, tentando convencê-lo, persuadi-lo etc. Normalmente, a função conativa vem associada ao uso do modo imperativo.

3) Função poética – ocorre quando o texto, ou seja, a mensagem é a fi nalidade última do próprio texto. Trata-se da função de linguagem de mais difícil caracterização, pois envereda pela interminável polêmica sobre o que é e o que não é poético. To-davia, em linhas gerais, surge quando temos a lin-guagem fortemente fi gurada, bem como calcada no ritmo e na musicalidade.

4) Função fática – ocorre quando se testa o canal. Podemos verifi cá-la, por exemplo, nas saudações (Oi, tudo bem? etc.) e nas situações de comuni-cação em que não pode haver sobreposição entre emissor e receptor (como na aviação, em que se usa “câmbio” para encerrar o discurso).

5) Função metalinguística – dá-se quando o código se volta sobre si mesmo. É o caso, por exemplo, de um dicionário ou de uma gramática, em que a língua portuguesa é usada para explicar seu próprio senti-do ou funcionamento. Ou ainda quando um poema tem por assunto o próprio poema, a poesia, etc.

6) Função referencial ou informativa – é aquela em que o texto procura caracterizar o aspecto infor-

mativo, ou seja, o contexto em que se dá o fato. Ocorre, por exemplo, na notícia, nos verbetes de enciclopédia, etc.

Agora perceba o modo como a questão está constru-ída. A referência às funções da linguagem aparece no comando. Porém, nas alternativas, o que lemos é a caracterização de passagens textuais. É necessário, portanto, ter maior atenção aos itens, pois não se tra-ta de meramente saber reconhecer a função, mas de reconhecê-la em uso, ou seja, no próprio poema.Analisemos, portanto, as alternativas.

A- CERTA. A função metalinguística está corretamen-te apontada. O poeta volta-se sobre a própria com-posição do texto poético.

B- ERRADA. Há uma alusão à linguagem poética, o que seria correto para o conjunto do texto, mas a passagem transcrita, quando considerada de modo isolado, é claramente prosaica.

C- ERRADA. Na segunda estrofe, o possessivo “teu” dirige-se à amada.

D- ERRADA. O poeta continua expressando suas opi-niões e sentimentos, ainda que se refi ra às demais pessoas presentes.

E. ERRADA. A alternativa mais perigosa. Perceba, porém, que o cartaz a que o poeta faz alusão está “nas consciências”. O vocábulo “cartaz” não é em-pregado em seu sentido denotativo, o que impede o predomínio da função referencial.

Resposta: A

v

Reconhecer a importância do patrimô-

nio linguístico para a preservação da

memória e da identidade nacional.

Desenvolvendo Habilidades H-20

Questão 3Quer evitar pesadelos? Então não durma de barriga para cima. Este é o conselho de quem garante ter sido atacado pela Pisadeira. A meliante costuma agir em São Paulo e Minas Gerais. Suas vítimas preferidas são aquelas que comeram demais antes de dormir. Desce do telhado, seu esconderij o usual - e pisa com muita força no peito e na barriga do incauto adorme-cido, provocando os pesadelos. Há controvérsias so-bre sua aparência. De acordo com alguns, é uma mu-lher bem gorda. Já o escritor Cornélio Pires forneceu a seguinte descrição da malfeitora: “Essa é ua muié muito magra, que tem os dedos cumprido e seco cum cada unhão! Tem as perna curta, cabelo desgadeiado, quexo revirado pra riba e nari magro munto arcado;

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139Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

Aprenda fazendo

Q1. Área 6 / Habilidade 18 (Enem 2009)Páris, fi lho do rei de Tróia, raptou Helena, mulher de um rei grego. Isso provocou um sangrento confl ito de dez anos, entre os séculos XIII e XII a. C. Foi o primei-ro choque entre o ocidente e o oriente. Mas os gregos conseguiram enganar os troianos. Deixaram à porta de seus muros fortifi cados um imenso cavalo de ma-deira. Os troianos, felizes com o presente, puseram-no para dentro. À noite, os soldados gregos, que esta-vam escondidos no cavalo, saíram e abriram as portas da fortaleza para a invasão. Dai surgiu a expressão “presente de grego”.DUARTE, Marcelo. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.Em “puseram-no”, a forma pronominal “no” refere-se:a) ao termo “rei grego”.b) ao antecedente “gregos”.c) ao antecedente distante “choques”.d) à expressão “muros fortifi cados”.e) aos termos “presente” e “cavalo de madeira”.__________________________________________Q2. Área 6 / Habilidade 19 (Enem 2009)CANÇÃO DO VENTO E DA MINHA VIDAO vento varria as folhas,O vento varria os frutos,O vento varria as fl ores...E a minha vida fi cavaCada vez mais cheiaDe frutos, de fl ores, de folhas.[...]O vento varria os sonhosE varria as amizades...O vento varria as mulheres...E a minha vida fi cavaCada vez mais cheiaDe afetos e de mulheres.O vento varria os mesesE varria os teus sorrisos...O vento varria tudo!E a minha vida fi cavaCada vez mais cheiaDe tudo.BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Ja-neiro: José Aguilar, 1967.Predomina no texto a função da linguagem:a) fática, porque o autor procura testar o canal de co-

municação.b) metalinguística, porque há explicação do signifi ca-

do das expressões.c) conativa, uma vez que o leitor é provocado a parti-

cipar de uma ação.

sobranceia cerrado e zoio aceso...”Pelo sim, pelo não, caro amigo....barriga para baixo e bons sonhos.Almanaque de Cultura Popular. Ano 10, out. 2008. nº 114 (adaptado).Considerando que as variedades linguísticas existen-tes no Brasil constituem patrimônio cultural, a descri-ção da personagem lendária, Pisadeira, nas palavras do escritor Cornélio Pires:a) mostra hábitos linguísticos atribuídos à persona-

gem lendária.b) ironiza vocabulário usado no registro escrito de

descrição de personagens.c) associa a aparência desagradável da personagem ao

desprestígio da cultura brasileira.d) sugere crítica ao tema da superstição como inte-

grante da cultura de comunidades interioranas.e) valoriza a memória e as identidades nacionais pelo

registro escrito de variedades linguísticas pouco prestigiadas.

Solução comentada: A língua de um povo é, talvez, seu maior patrimônio. Um patrimônio imaterial – conceito hoje consagrado – uma vez que impalpável, imensurável, mas nem por isso menos perceptível. E, quando dizemos “língua”, não nos referimos exclu-sivamente à norma culta, ou seja, à língua padrão, consagrada pelo seu uso nos meios letrados. Referi-mo-nos também às inumeráveis variações do idioma e, por conseguinte, ao saber cultural produzido pelos mais diversos grupos sociais e étnicos.O texto da questão traz uma personagem do folclore, que se confunde com os pesadelos que supostamente provoca.Perceba (lembre-se de sempre fi car atento às legendas!) que a passagem foi extraída do Almanaque de Cultura Popular. Esperamos, portanto, um texto informativo, em que a Pisadeira seja tratada de modo referencial e, até certo ponto, anedótico. E é o que, a princípio, ocorre. Todavia o autor do texto transcreve outra descrição, a do escritor Cornélio Pires, que dá um novo sabor ao tema. Nas palavras de Cornélio, a personagem é apresentada inserida, através da variante linguística, em seu universo original. Lendo-as, podemos quase ouvir as palavras pro-feridas pelos mais velhos para as crianças. O “unhão” da “muié” empresta às dores que causa, ao pisar a barriga dos adormecidos, um caráter muito mais vivo. O registro da variedade linguística originária recupera o ambiente cultural gerador da lenda e, desse modo, sua força. Analisando as opções, percebemos clara-mente que a alternativa E é a verdadeira. As outras alternativas evocam, implícita ou explicitamente, um valor negativo (desprestígio, crítica, ironia).Resposta: E

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d) referencial, já que são apresentadas informações sobre acontecimentos e fatos reais.

e) poética, pois chama-se a atenção para a elaboração especial e artística da estrutura do texto.

__________________________________________Q3. Área 6 / Habilidade 20 (Enem 2009)Cuitelinho Cheguei na bera do portoOnde as onda se espaia.As garça dá meia volta,Senta na bera da praia.E o cuitelinho não gostaQue o botão da rosa caia.

Quando eu vim da minha terra,Despedi da parentaia.Eu entrei em Mato Grosso,Dei em terras paraguaia.Lá tinha revolução,Enfrentei fortes bataia.

A tua saudade cortaComo o aço de navaia.O coração fi ca afl ito,Bate uma e outra faia.E os oio se enche d’águaQue até a vista se atrapaia.Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. BORTONI. RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004.Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho ma-nifesta aspectos culturais de um povo, nos quais se inclui sua forma de falar, além de registrar um mo-mento histórico. Depreende-se disso que a importân-cia em preservar a produção cultural de uma nação consiste no fato de que produções como a canção Cui-telinho evidenciam a:a) recriação da realidade brasileira de forma fi ccional.b) criação neológica na língua portuguesa.c) formação da identidade nacional por meio da tra-

dição oral.d) incorreção da língua portuguesa que é falada por

pessoas do interior do Brasil.e) padronização de palavras que variam regionalmen-

te, mas possuem mesmo signifi cado.__________________________________________

Q4. Área 6 / Habilidade 18 (Enem 2009)Manuel BandeiraFilho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado a abandonar os estudos de arquitetura por causa da tuberculose. Mas a iminência da morte não marcou de forma lúgubre sua obra, embora em seu humor lí-

rico haja sempre um toque de funda melancolia, e na sua poesia haja sempre certo toque de morbidez, até no erotismo. Tradutor de autores como Marcel Proust e William Shakespeare, esse nosso Manuel traduziu mesmo foi a nostalgia do paraíso cotidiano mal idea-lizado por nós, brasileiros, órfãos de um país imagi-nário, nossa Cocanha perdida, Pasárgada. Descrever seu retrato em palavras é uma tarefa impossível, de-pois que ele mesmo já o fez tão bem em versos.Revista Língua Portuguesa, n° 40, fev. 20.

A coesão do texto é construída principalmente a par-tir do (a):a) repetição de palavras e expressões que entrelaçam

as informações apresentadas no texto.b) substituição de palavras por sinônimos como “lú-

gubre” e “morbidez”, “melancolia” e “nostalgia”.c) emprego de pronomes pessoais, possessivos e de-

monstrativos: “sua”, “seu”, “esse”, “nosso”, “ele”.d) emprego de diversas conjunções subordinativas que

articulam as orações e períodos que compõem o texto.e) emprego de expressões que indicam sequência,__________________________________________Q5. Área 6 / Habilidade 19 (Enem 2009)Em uma famosa discussão entre profi ssionais das ciên-cias biológicas, em 1959, C. P. Snow lançou uma frase de-fi nitiva: “Não sei como era a vida antes do clorofórmio”. De modo parecido, hoje podemos dizer que não sabemos como era a vida antes do computador. Hoje não é mais possível visualizar um biólogo em atividade com ape-nas um microscópio diante de si; todos trabalham com o auxílio de computadores. Lembramo-nos, obviamente, como era a vida sem computador pessoal. Mas não sabe-mos como ela seria se ele não tivesse sido inventado.PIZA, D. Como era a vida antes do computador? Oce-anAir em Revista, n° 1, 2007 (adaptado).Nesse texto, a função da linguagem predominante é:a) emotiva, porque o texto é escrito em primeira pes-

soa do plural.b) referencial, porque o texto trata das ciências bioló-

gicas, em que elementos como o clorofórmio e o computador impulsionaram o fazer científi co.

c) metalinguística, porque há uma analogia entre dois mundos distintos: o das ciências biológicas e o da tecnologia.

d) poética, porque o autor do texto tenta convencer seu leitor de que o clorofórmio é tão importante para as ciências médicas quanto o computador para as exatas.

e) apelativa, porque, mesmo sem ser uma propaganda, o redator está tentando convencer o leitor de que é impossível trabalhar sem computador, atualmente.

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141Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

Q6. Área 6 / Habilidade 19 (Colégio 7 de Setembro)

No anúncio acima, predominam as seguintes funções da linguagem:a) Metalinguística e conativa.b) Conativa e expressiva.c) Referencial e conativa.d) Expressiva e fática.e) Metalinguística e expressiva.__________________________________________Q7. Área 6 / Habilidade 18 (Matriz de referência 2009)Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo.O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, re-sultante do uso de combustíveis fósseis e das quei-madas, pode ter consequências calamitosas para o cli-ma mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das plantas. Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o crescimento dos ve-

getais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários países.O Estado de S.Paulo, 20 set. 1992, p.32.

O texto acima possui elementos coesivos que promo-vem sua manutenção temática. A partir dessaperspectiva, conclui-se que:a) a palavra “mas”, contradiz a afi rmação inicial do texto.b) a palavra “embora”, introduz uma explicação que

não encontra complemento no restante do texto.c) as expressões: “consequências calamitosas”, e “efei-

tos incalculáveis”, reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.

d) o uso da palavra “cientistas”, é desnecessário para dar credibilidade ao texto, uma vez que se fala em “estudo” no título do texto.

e) a palavra “gás”, refere-se a “combustíveis fósseis” e “queimadas”, reforça a ideia de catástrofe.

__________________________________________Q8. Área 6 / Habilidade 20 (Enem 2009)Nestes últimos anos, a situação mudou bastante e o Brasil, normalizado, já não nos parece tão mítico, no bem e no mal. Houve um mútuo reconhecimento en-tre os dois países de expressão portuguesa de um lado e do outro do Atlântico: o Brasil descobriu Portugal e Portugal, em um retorno das caravelas, voltou a des-cobrir o Brasil e a ser, por seu lado, colonizado por expressões linguísticas, as telenovelas, os romances, a poesia, a comida e as formas de tratamento brasileiros. O mesmo, embora em nível superfi cial, dele excluído o plano da língua, aconteceu com a Europa, que, de-pois da diáspora dos anos 70, depois da inserção na cultura da bossanova e da música popular brasileira, da problemática ecológica centrada na Amazônia, ou da problemática social emergente do fenômeno dos meninos de rua, e até do álibi ocultista dos romances de Paulo Coelho, continua todos os dias a descobrir, no bem e no mal, o novo Brasil. Se, no fi m do sécu-lo XIX, Sílvio Romero defi nia a literatura brasileira como manifestação de um país mestiço, será fácil para nós defi ni-la como expressão de um país polifônico: em que já não é determinante o eixo Rio-São Paulo, mas que, em cada região, desenvolve originalmente a sua unitária e particular tradição cultural. É esse, para nós, no início do século XXI, o novo estilo brasileiro.STEGAGNO-PICCHIO, L. História da literatura bra-sileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004 (adaptado).No texto, a autora mostra como o Brasil, ao longo de sua história, foi, aos poucos, construindo uma iden-tidade cultural e literária relativamente autônoma frente à identidade europeia, em geral, e à portugue-sa em particular. Sua análise pressupõe, de modo es-

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pecial, o papel do patrimônio literário e linguístico, que favoreceu o surgimento daquilo que ela chama de “estilo brasileiro”. Diante desse pressuposto, e le-vando em consideração o texto e as diferentes etapas de consolidação da cultura brasileira, constata-se que:a) o Brasil redescobriu a cultura portuguesa no século

XIX, o que o fez assimilar novos gêneros artísticos e culturais, assim como usos originais do idioma, con-forme ilustra o caso do escritor Machado de Assis.

b) a Europa reconheceu a importância da língua por-tuguesa no mundo, a partir da projeção que

poetas brasileiros ganharam naqueles países, a partir do século XX.

c) ocorre, no início do século XXI, promovido pela solidifi cação da cultura nacional, maior reconheci-mento do Brasil por ele mesmo, tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos.

d) o Brasil continua sendo, como no século XIX, uma nação culturalmente mestiça, embora a expressão dominante seja aquela produzida no eixo Rio-São Paulo, em especial aquela ligada às telenovelas.

e) o novo estilo cultural brasileiro se caracteriza por uma união bastante signifi cativa entre as diversas matri-zes culturais advindas das várias regiões do país, como se pode comprovar na obra de Paulo Coelho.

__________________________________________Q9. Área 6 / Habilidade 19 Canção amigaEu preparo uma canção,em que minha mãe se reconheçatodas as mães se reconheçame que fale como dois olhos.[...]Aprendi novas palavrasE tornei outras mais belas.

Eu preparo uma cançãoque faça acordar os homense adormecer as crianças.ANDRADE, C. D. Novos poemas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1948 (fragmento).

A linguagem do fragmento acima foi empregada pelo autor com o objetivo principal de:a) transmitir informações, fazer referência a aconteci-

mentos observados no mundo exterior.b) envolver, persuadir o interlocutor, nesse caso, o lei-

tor, em um forte apelo à sua sensibilidade.c) realçar os sentimentos do eu lírico, suas sensações,

refl exões e opiniões frente ao mundo real.d) destacar o processo de construção de seu poema, ao

falar sobre o papel da própria linguagem e do poeta.e) manter efi ciente o contato comunicativo entre o emis-

sor da mensagem, de um lado, e o receptor, de outro.__________________________________________Q10. Área 6 / Habilidade 18 (Enem 2009)Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma lon-ga distância. Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu texto em letra de forma. A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda. O período de maturação na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. ‘Textos guardados acabam cheirando mal’, disse Silvia Plath, (...) que, com esta fra-se, deu testemunho das dúvidas que atormentam o es-critor: publicar ou não publicar? guardar ou jogar fora? Moacyr Scliar. O escritor e seus desafi os.Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para refl etir sobre uma etapa da criação literária. A ideia de que o processo de maturação do texto nem sempre é o que garante bons resultados está sugerida na seguinte frase:a) “A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa.”b) “Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda.”c) “O período de maturação na gaveta é necessário, (...).”d) “Mas o que o escritor quer, mesmo, é isso: ver o seu

texto em letra de forma.”e) “ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma

forma que a adega faz amadurecer o vinho.”

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143Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

Conteúdo Extra!

Carlos Drummond de Andrade - Biografi aNascido e criado na cidade mineira de Itabi-

ra, Carlos Drummond de Andrade levaria por toda a sua vida, como um de seus mais recorren-tes temas, a saudade da infância. Precisou deixar para trás sua cidade natal ao partir para estudar em Friburgo e Belo Horizonte.

Formou-se em Farmácia, atendendo a insis-tência da família em graduar-se. Trabalha em Belo Horizonte como redator em jornais locais até mudar-se para o Rio de Janeiro, em 1934, para atuar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, então nomeado novo Ministro da Educação e Saúde Pública.

Em 1930, seu livro “Alguma Poesia” foi o marco da segunda fase do Modernismo brasilei-ro. O autor demonstrava grande amadurecimen-to e reafi rmava sua distância dos tradicionalistas com o uso da linguagem coloquial, que já come-çava a ser aceita pelos leitores.

Drummond também falava sobre temas como o desajustamento do indivíduo, ou as preocupa-ções sócio-políticas da época, como em “A Rosa do Povo” (1945). Apesar de serem temas fortes, ele conseguia encontrar leveza para manter sua escrita com humor e uma sóbria ironia.

Produzindo até o fi m da vida, Carlos Drum-mond de Andrade deixou uma vasta obra. Quando faleceu, em agosto de 1987, já havia destacado seu nome na literatura mundial. Com seus mais de 80 anos, considerava-se um “sobre-vivente”, como destaca no poema “Declaração de juízo”.

Fonte: carlosdrummonddeandrade.com.br

Manuel Bandeira - Biografi aManuel Carneiro de Souza Bandeira Filho

nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, na Rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, fi lho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Franceli-na Ribeiro de Souza Bandeira. Em 1890 a família se transfere para o Rio de Janeiro e a seguir para Santos - SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Em 1903 a família se muda para São Paulo onde Bandeira se matricula na Escola Politécnica, pre-tendendo tornar-se arquiteto. Estuda também, à

noite, desenho e pintura com o arquiteto Domeni-co Rossi no Liceu de Artes e Ofícios. Começa ain-da a trabalhar nos escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana, da qual seu pai era funcionário.

No fi nal do ano de 1904, o autor fi ca sabendo que está tuberculoso, abandona suas atividades e volta para o Rio de Janeiro. Em busca de me-lhores climas para sua saúde, passa temporadas em diversas cidades: Campanha, Teresópolis, Maranguape, Uruquê, Quixeramobim. Em 1910 entra em um concurso de poesia da Academia Brasileira de Letras, que não confere o prêmio. Lê Charles de Guérin e toma conhecimento das rimas toantes que empregaria em Carnaval.Sob a infl uência de Apollinaire, Charles Cros e Mac-Fionna Leod, escreve seus primeiros versos livres,em 1912.

Em 1916 falece sua mãe, Francelina. No ano seguinte publica seu primeiro livro: A cinza das horas, numa edição de 200 exemplares custeada pelo autor. João Ribeiro escreve um artigo elo-gioso sobre o livro. Por causa de um hiato num verso do poeta mineiro Mário Mendes Campos, Manuel Bandeira desenvolve com o crítico Ma-chado Sobrinho uma polêmica nas páginas do Correio de Minas, de Juiz de Fora.

O pai de Bandeira, Manuel Carneiro, falece em 1920. O poeta se muda da Rua do Triunfo, em Paula Matos, para a Rua Curvelo, 53 (hoje Dias de Barros), tornando-se vizinho de Ribeiro Couto. Numa reunião na casa de Ronald de Car-valho, em Copacabana, no ano de 1921, conhe-ce Mário de Andrade. Estavam presentes, entre outros, Oswald de Andrade, Sérgio Buarque de Holanda e Osvaldo Orico.

Inicia então, em 1922, a se corresponder com Mário de Andrade. Bandeira não participa da Semana de Arte Moderna, realizada em feverei-ro em são Paulo, no Teatro Municipal. Em 1924 publica, às suas expensas, Poesias, que reúne A Cinza das Horas, Carnaval e um novo livro, O Ritmo Dissoluto.

Recebe o prêmio da Sociedade Filipe de Oli-veira por conjunto de obra, em 1937, e publica Poesias Escolhidas e Antologia dos Poetas Brasi-leiros da Fase Romântica. Em 1940 é eleito para a Academia Brasileira de Letras, na vaga de Luís Guimarães Filho. No ano de 1954 publica Itine-

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rário de Pasárgada e De Poetas e de Poesia. Faz conferência no Teatro Municipal do Rio de Janei-ro sobre Mário de Andrade. Publica 50 Poemas Escolhidos pelo Autor, em 1955. Traduz Maria Stuart, de Schiler, encenado no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em junho, inicia colaboração como cronista no Jornal do Brasil, do Rio de Ja-neiro, e na Folha da Manhã, de São Paulo.

Comemora 80 anos, em 1966, recebendo mui-tas homenagens. A Editora José Olympio realiza em sua sede uma festa de que participam mais de mil pessoas e lança os volumes Estrela da Vida In-teira (poesias completas e traduções de poesia) e Andorinha Andorinha (seleção de textos em pro-sa, organizada por Carlos Drummond de Andra-de). Compra uma casa em Teresópolis, a única de sua propriedade ao longo de toda sua vida.

Com problemas de saúde, Manuel Bandeira deixa seu apartamento da Avenida Beira-Mar e se transfere para o apartamento da Rua Aires Salda-nha, em Copacabana, de Maria de Lourdes Heitor de Souza, sua companheira dos últimos anos. No dia 13 de outubro de 1968, às 12 horas e 50 minu-tos, morre , no Hospital Samaritano, em Botafogo, sendo sepultado no Mausoléu da Academia Brasi-leira de Letras, no Cemitério São João Batista.

Fonte: htt p://www.releituras.com/mbandeira_bio.asp

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Matemática – Gabarito Q1Q2Q3Q4Q5Q6Q7Q8Q9Q10

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Linguagens e Códigos - GabaritoQ1Q2Q3Q4Q5Q6Q7Q8Q9Q10

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