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Universidade Aberta do Nordeste e Ensino a Distância são marcas registradas da Fundação Demócrito Rocha. É proibida a duplicação ou reprodução deste fascículo. Cópia não autorizada é Crime. www.opovonoEnem.com.br Inscreva-se já! 04 fascículo Carlos Davyson Xavier Targino Flaudio José do Nascimento Sílvio Mota Matemática e suas Tecnologias Ana Barros Jucá Cláudio Neves Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

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Opovo no enem

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Page 1: fasc_04

65Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

Universidade Aberta do Nordeste e Ensino a Distância são marcas registradas da Fundação Demócrito Rocha.

É proibida a duplicação ou reprodução deste fascículo. Cópia não autorizada é Crime.

www.opovonoEnem.com.br

Inscreva-se já!

04fascícu

lo

Carlos Davyson Xavier Targino

Flaudio José do Nascimento

Sílvio Mota

Matemática e suas Tecnologias

Ana Barros Jucá

Cláudio Neves

Linguagens, Códigose suas Tecnologias

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Presidente: Luciana Dummar Coordenação da Universidade Aberta do Nordeste: Sérgio FalcãoCoordenação do Curso: Sílvio Mota Coordenação Editorial: Eloísa VidalCoordenação Acadêmico-Administrativa: Ana Paula Costa Salmin

Coordenação de Design Gráfi co: Deglaucy Jorge TeixeiraProjeto Gráfi co e Capas: Mikael Baima, Suzana Paz, Welton TravassosEditoração Eletrônica: Mikael Baima, Welton Travassos Ilustrações: Suzana PazRevisão: Wilson Pereira da Silva

Interpretar a localização e a movi-

mentação de pessoas ou objetos no

espaço tridimensional e a sua repre-

sentação no espaço bidimensional.

Desenvolvendo Habilidades H-06

Na foto acima, os objetos parecem ter profun-didade e volume. Eles, que são tridimen-sionais, foram representados na superfície

do papel, que é bidimensional. Outra forma de re-presentar fi guras tridimensionais (altura, largura e comprimento) no papel (largura e comprimento) é desenhar em perspectiva, técnica inventada pelos artistas renascentistas no século XV.

Observe o desenho em perspectiva e as vis-tas simplifi cadas da pilha de caixas e descubra quantas caixas há na pilha.

As caixas foram arrumadas em duas pilhas. Podemos perceber, pela vista superior, que a pi-lha inferior tem 5 caixas e, pela perspectiva, que a pilha superior tem 2 caixas, totalizando 7 caixas. Questão 1Quando se faz um projeto de decoração, começa-se por uma planta quadriculada do local. Nessa planta, são localizados os sofás, as poltronas, etc.

Depois, apro-veitando-se a malha quadricu-lada da planta, constrói-se uma perspectiva. Veja o início do trabalho:

Matemática e suas tecnologias

“O estudo da geometria deve possibilitar ao aluno o desenvolvimento da capacidade de

resolver problemas práticos do quotidiano, como, por exemplo, orientar-se no espaço, estimar e

comparar distâncias percorridas, reconhecer propriedades de formas geométricas básicas, saber

usar diferentes formas de medida, representar as diferentes fi guras planas e espaciais, presentes

na natureza ou imaginadas.” (Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Secretaria de Educação Bási-

ca. Brasília: Ministério da Educação, 2006.135 p. (Orientações curriculares para o ensino médio; volume 2)

Competência de área II: Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.

Expediente

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67Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

Para completar a construção da perspectiva dessa sala, de acordo com a planta apresenta-da, é necessário desenhar:

a) A mesa e o sofá.b) A estante baixa e a mesa.c) A mesa de centro e a poltrona.d) O sofá e a poltrona.e) A poltrona e a estante baixa.Solução Comentada: A planta quadriculada tem o for-mato de uma matriz com 6 linhas e 8 colunas. No cru-zamento da primeira linha com a primeira coluna, canto superior esquerdo da planta, tem-se a representação de uma mesa. A localização dessa mesa será a mesma na perspectiva, fato que se comprova no desenho. Seguin-do o mesmo raciocínio, observa-se que, na perspectiva, está faltando a representação do sofá e de uma poltrona.Resposta: D

Identifi car características de fi guras

planas ou espaciais.

Desenvolvendo Habilidades H-07

Você já observou o chão que pisa em sua casa, no shopping, no calçadão da praia? E as paredes da cozinha, dos banheiros?

Então já deve ter percebido a diversidade de revestimentos utili-zados nestas superfícies planas (piso e paredes).

Os ladrilhos, um dos revestimentos mais utili-zados na construção ci-vil, são peças no forma-to de polígonos variados, sendo os mais comuns os retangulares e quadrangulares. Porém, a beleza nas construções que utilizam ladrilhos está no uso das mais diferentes formas e combinações de cores. Veja, abaixo, alguns dos formatos de ladrilhos regulares.

A combinação dos ladrilhos, lado a lado, deve ser geometricamente perfeita, não deixando es-paços vazios entre eles nem sobreposições. Por isso nem todas as combinações de ladrilhos são possíveis, pois deixam falhas. Veja os exemplos:

Encaixe perfeito

Não há encaixe perfeito.

Uma combinação muito interessante também é a que utiliza ladrilhos de diferentes formatos em uma mesma superfície, como a representada ao lado.

Questão 2Um síndico que pretendia revestir a parte externa do prédio que administra, sem consultar o responsável pela obra, pesquisou e comprou, em um depósito, la-drilhos octogonais. A escolha foi feita levando-se em conta o preço e a beleza dos ladrilhos. Ao informar ao responsável pela obra a compra que havia feito, o síndico foi:a) aconselhado a trocar parte dos ladrilhos octogo-

nais por alguns ladrilhos hexagonais para que a combinação fi casse sem espaços vazios.

b) parabenizado pela excelente compra, pois, além de os ladrilhos octogonais se encaixarem perfei-tamente, eles ocupam um maior espaço, fazendo com que o custo fosse menor.

c) aconselhado a trocar parte dos ladrilhos octogonais por ladrilhos quadrados, já que, se fossem utilizados apenas os octogonais haveria uma superposição.

d) aconselhado a trocar todos os ladrilhos octogonais por quadrados ou retangulares, já que estes são os únicos que permitem combinações perfeitas sem deixar espaços vazios ou superposições.

e) parabenizado pela compra, pois, apesar de os la-drilhos octogonais deixarem espaços vazios entre eles, essa combinação de ladrilhos com espaços vazios, ao término da reforma fi caria excelente.

Solução Comentada: Inicialmente, é importante co-nhecer a medida do ângulo interno de um octógono regular; para isso, calcularemos o ângulo externo, no caso, 360º/8 = 45º; como os ângulos internos e externos

Ladrilho do calçadão de Copacabana

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adjacentes de qualquer polígono são suplementares, deduzimos que a medida do ângulo interno do octó-gono será 135º.

Veja, na fi gura à esquerda que a combina-ção de três octógonos não será possível, pois haverá superposições, visto que 3 x 135º > 360º.

Observe, à direita, a combinação de quatro octógonos; veja que conseguimos ajustá-los e deixar um espaço vazado no qual se encaixa perfeitamen-te um quadrado. Matematicamente, a junção de dois ângulos de 135º resultará em 270º, restando exatamente 90º para completar 360º. Finalizamos a questão, aconselhando ao síndico a tro-car algumas peças octogonais por quadradas.Resposta: C

Resolver situação-problema que

envolva conhecimentos geométricos

de espaço e forma.

Desenvolvendo Habilidades H-08

Questão 3 Para revestir o piso do salão e do corredor de sua casa, o Sr. José escolheu o ladrilho abaixo.

Formato: QuadrangularDimensões: 20 cm x 20 cmPreço da caixa de lajotas: R$ 35,00Nº de peças por caixa: 20

Planta baixa da casa

Baseados nas informações acima e sabendo que a loja só vende a caixa inteira de lajotas, concluímos que o Sr. José gastará nessa compra:a) R$1610,00 b) R$1645,00c) R$1680,00 d) R$1715,00e) R$1750,00

Solução Comentada: O cálculo da área do salão pode ser feito dividindo-o em dois retângulos, traçando a continuação da parede da cozinha na vertical (existem outras formas).As dimensões desses dois retângulos são: 8,00m x 2,50m e 3,00m x 4,00m; a área do salão será 8 x 2,50 + 3 x 4 = 32m2.O corredor mede 4m x 1,50m, logo sua área medirá 4 x 1,50 = 6,00m2. Portanto, a área total que será revestida é 32m2 + 6m2 = 38m2.Para calcular o número de caixas de ladrilhos que se-rão utilizadas, basta dividir, na mesma unidade de área, a área total pela área de um ladrilho. Como o ladrilho mede 20 cm x 20 cm então sua área medirá 20 x 20 = 400cm2 o que equivale a 0,04m2.Assim, a quantidade de ladrilhos necessários será 38 : 0,04 = 950 ladrilhos.Como cada caixa contém 20 ladrilhos, serão necessá-rias 950 : 20 = 47,5 caixas. Como a loja não vende meia caixa então o gasto será de 48 x R$35,00 = R$1680,00Resposta: C

Utilizar conhecimentos geométricos

de espaço e forma na solução de

argumentos propostos como solução

de problemas do cotidiano.

Desenvolvendo Habilidades H-09

Inundações do TietêAlém da poluição, o rio Tietê também é cé-

lebre por outro grande problema ambiental: as inundações provocadas por enchentes.

O rio Tietê sempre foi rio de meandros (cur-vas) e portanto, para a construção das avenidas marginais, foi necessária uma retifi cação de seu curso natural. Devemos lembrar que tais aveni-das foram construídas sobre a várzea do rio, ou seja, locais naturalmente alagadiços.

Como se não bastasse o fato de terem sido ocupadas as áreas da várzea, o crescimento de-sordenado da cidade também fez com que o solo da bacia do Tietê na região da Grande São Paulo fosse sendo impermeabilizado: asfalto, telhados, passeios e pátios foram fazendo com que a água das chuvas não mais penetrasse no solo que a re-teria. Uma grande percentagem da precipitação corre imediatamente para as galerias de águas pluviais e dali para os córregos que fi nalmente a conduzem para o Tietê que, por maior capaci-dade que tenha, não tem condições de absorver

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69Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

Solução Comentada: O cálculo da vazão a partir da fórmula Q = A.v, com a velocidade mantida constan-te, nos leva à conclusão de que a vazão é diretamente proporcional à área da seção vertical, portanto, para dobrarmos a vazão da canaleta, é necessário apenas dobrarmos a área da seção.A área da caneleta hoje é: (20 + 30) x 3 / 2 = 75m2; bus-camos, então, um projeto cuja área da seção seja 150m2.Agora calcularemos as áreas das cinco propostas.Proposta a: (40 + 60) x 6 / 2 = 300m2; este item, apesar de errado, merece uma atenção especial. Veja que as dimensões da seção são exatamente o dobro da anti-ga, podendo causar a falsa certeza de que a área desta nova seção será o dobro; não esqueça que a razão entre as áreas de fi guras semelhantes não é igual à razão de semelhança das fi guras, mas sim ao quadrado desta.Proposta b: 60 x 3 / 2 = 90m2.Proposta c: veja que a parte inferior desta caneleta é idêntica à original, portanto sua área é 75m2; já a área extra construída é um retângulo de dimensões 40m x 1,5m, ou seja, área 60m2. Neste caso, a área da caneleta proposta será 135m2.Proposta d: da mesma forma que na proposta c, a parte inferior desta canaleta é idêntica à original, por-tanto sua área é 75m2; já a área extra construída é um trapézio cuja área será (40 + 60) x 1,5 / 2 = 75m2. Neste caso a área da caneleta será 150m2.Proposta e: dividiremos esta fi gura em um triângulo de área 30 x 3 / 2 = 45m2 e um trapézio de área (60 + 40) x 1,5 / 2 = 75m2. Neste caso a área da caneleta será 120m2.Resposta: D

Aprenda Fazendo

Q1. Área 2 / Habilidade 6 (Enem 2009)

As fi guras exibem um trecho de um quebra cabeças que está sendo montado. Observe que as peças são quadradas e há 8 peças no tabuleiro da fi gura A e 8 peças no tabuleiro da fi gura B. As peças são retiradas do tabuleiro da fi gura B e colocadas no tabuleiro da fi -gura A na posição correta, isto é, de modo a completar os desenhos. (Disponível em: htt p://pt.eternityii.com. Acesso em: 14 jul. 2009.)É possível preencher corretamente o espaço indicado

o volume. (...) Além dos prejuízos e transtornos sofridos pelas pessoas diretamente atingidas (do-enças transmitidas pela água - como tifo, hepa-tite e leptospirose; residências, móveis, veículos e documentos destruídos, etc.), as inundações nas marginais do Tietê acabam atingindo não só a economia da região, mas também a economia do estado e do país. Pelas marginais, incluindo as do rio Pinheiros, passam a ligação Norte-Sul do Brasil, o acesso a várias rodovias; o acesso aos ae-roportos de Congonhas e Cumbica e ao porto de Santos, o mais importante do país. Uma interrup-ção das marginais refl ete-se então na paralisação de transportes públicos, abastecimento e escoa-mento de produtos, produção de indústrias etc.(Disponível em: htt p://pt.wikipedia.org/wiki/. Acesso: 16/04/2010).

Questão 4 (Enem 2009 - Adaptada)A vazão do rio Tietê, em São Paulo, constitui preocu-pação constante nos períodos chuvosos. Em alguns tre-

chos, são construídas canale-tas para controlar o fl uxo de água. Uma dessas caneletas, cujo corte vertical determi-na a forma de um trapézio isósceles, tem as medidas es-pecifi cadas na fi gura I. Neste

caso, a vazão da água é de 1.050 m3/s. O cálculo da vazão, Q em m3/s, envolve o produto da área A do setor trans-versal (por onde passa a água), em m2, pela velocidade da água no local, v, em m/s, ou seja, Q = Av. A prefeitura de São Paulo planeja uma reforma na cana-leta com o objetivo de dobrar a vazão, evitando a ocor-rência de enchentes. Abaixo são apresentados os cortes verticais dos cinco projetos concorrentes; na suposição de que a velocidade da água não se alterará, qual dos projetos a seguir deverá ser escolhido pela prefeitura?

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pela seta no tabuleiro da fi gura A colocando a peçaa) 1 após girá-la 90º no sentido horário.b) 1 após girá-la 180º no sentido anti-horário.c) 2 após girá-la 90º no sentido anti-horário.d) 2 após girá-la 180º no sentido horário.e) 2 após girá-la 270º no sentido anti-horário.__________________________________________Q2. Área 2 / Habilidade 6 (Enem 2009)Rotas aéreas são como pontes que ligam cidades, esta-dos ou países. O mapa a seguir mostra os estados brasi-leiros e a localização de algumas capitais identifi cadas pelos números. Considere que a direção seguida por um avião AI que partiu de Brasília – DF, sem escalas, para Belém, no Pará, seja um segmento de reta com ex-tremidades em DF e em 4.

Suponha que um passageiro de nome Carlos pegou um avião AII, que seguiu a direção que forma um ân-gulo de 135° graus no sentido horário com a rota Brasí-lia–Belém e pousou em alguma das capitais brasileiras. Ao desembarcar, Carlos fez uma conexão e embarcou em um avião AIII, que seguiu a direção que forma um ângulo reto, no sentido anti-horário, com a direção se-guida pelo avião AII ao partir de Brasília-DF. Consi-derando que a direção seguida por um avião é sempre dada pela semirreta com origem na cidade de partida e que passa pela cidade destino do avião, pela descrição dada, o passageiro Carlos fez uma conexão em:a) Belo Horizonte, e em seguida embarcou para Curitiba.b) Belo Horizonte, e em seguida embarcou para Salvador.c) Boa Vista, e em seguida embarcou para Porto Velho.d) Goiânia, e em seguida embarcou para o Rio de Janeiro.e) Goiânia, e em seguida embarcou para Manaus.__________________________________________Q3. Área 2 / Habilidade 7 (Enem 1999)Uma garrafa cilíndrica está fechada, contendo um líqui-do que ocupa quase completamente seu corpo, conforme

mostra a fi gura. Suponha que, para fazer me-dições, você disponha apenas de uma régua milimetrada.Para calcular o volume do líquido contido na garrafa, o número mínimo de medições a serem realizadas é:a)1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5__________________________________________Q4. Área 2 / Habilidade 7 (Enem 2002)Um terreno com o formato mostrado na fi gura foi herdado por quatro irmãos e deverá ser dividido em quatro lotes de mesma área.

Um dos irmãos fez algumas propostas de divisão para que fossem analisadas pelos demais herdeiros. Dos esquemas abaixo, onde lados de mesma medida têm símbolos iguais, o único em que os quatro lotes não possuem, necessariamente, a mesma área é:

Q5. Área 2 / Habilidade 8 (Enem 2005)Os três recipientes da fi gura têm formas diferentes, mas a mesma altura e o mesmo diâmetro da boca. Ne-les são colocados líquidos até a metade de sua altura, conforme indicado nas fi guras.

Representando por V1, V2 e V3 o volume de líquido em cada um dos recipientes, tem-se:a) V1 = V2 = V3 b) V1 < V3 < V2 c) V1 = V3 < V2 d) V3 < V1 < V2e) V1 < V2 = V3

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71Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

Q6. Área 2 / Habilidade 8 (Enem 2009 Prova Anulada)Em uma padaria, há dois tipos de forma de bolo, for-mas 1 e 2, como mostra a fi gura abaixo:

Sejam L o lado da base da forma quadrada, r o raio da base da forma redonda, A1 e A2 as áreas das bases das formas 1 e 2 e V1 e V2 os seus volumes, respectivamen-te. Se as formas têm a mesma altura h, para que elas comportem a mesma quantidade de massa de bolo, qual é a relação entre r e L?a) L = r b) L = 2r c) L = r d) L = r√x e) L = (πr2)/2__________________________________________Q7. Área 2 / Habilidade 8 (Enem 2009)Ao morrer, o pai de João, Pedro e José deixou como he-rança um terreno retangular de 3 km x 2 km que contém uma área de extração de ouro delimitada por um quarto de círculo de raio 1 km a partir do canto inferior esquerdo da propriedade. Dado o maior valor da área de extração de ouro, os irmãos acordaram em repartir a propriedade de modo que cada um fi casse com a terça parte da área de extração, conforme mostra a fi gura.

Em relação à partilha proposta, constata-se que a por-centagem da área do terreno que coube a João corres-ponde, aproximadamente, aa) 50% b) 43% c) 37%d) 33% e) 19%__________________________________________Q8. Área 2 / Habilidade 9 (Enem 2000)Um marceneiro deseja construir uma escada trapezoi-dal com 5 degraus, de forma que o mais baixo e o mais alto tenham larguras respectivamente iguais a 60 cm e a 30 cm, conforme a fi gura:

Os degraus serão obtidos cortando-se uma peça linear de madeira cujo comprimento mínimo, em cm, deve ser:a) 144 b) 180 c) 210 d) 225 e) 240__________________________________________Q9. Área 2 / Habilidade 9 (Enem 2003)Na literatura de cordel, os textos são impressos, em geral, com 8, 16, 24 ou 32 páginas de formato 10,5 cm x 15,5 cm. As razões históricas que explicam tal fato estão relacionadas à forma artesanal como são monta-das as publicações e ao melhor aproveitamento pos-sível do papel disponível. Considere, abaixo, a con-fecção de um texto de cordel com 8 páginas (4 folhas):

Utilizando o processo descrito acima, pode-se produ-zir um exemplar de cordel com 32 páginas de 10,5cm x 15,5cm, com o menor gasto possível de material, uti-lizando uma única folha dea) 84 cm x 62 cm b) 84 cm x 124 cmc) 42 cm x 31 cm d) 42 cm x 62 cme) 21 cm x 31 cm__________________________________________Q10. Área 2 / Habilidade 9 (C7S)Um fazendeiro, para estocar o vinho que produz, compra tonéis cilíndricos de um empresa e os estoca em um armazém de forma quadrangular de lado 16m. Sabendo que será preciso estocar mais vinho e sem poder construir um novo armazém, pede ao fabri-cante que mude as medidas dos tonéis. Se os tonéis atuais possuem 8m de diâmetro e 1m de altura, o fa-bricante lança 3 propostas de tonéis, mas sem mudar o valor da altura:Proposta – I: Tonéis de 4m de diâmetroProposta – II: Tonéis de 16m de diâmetroProposta – III: Tonéis de 2m de diâmetroBaseado nas propostas lançadas pelo fabricante, po-de-se afi rmar que:a) A proposta I trará benefícios ao fazendeirob) As três propostas vão benefi ciar o fazendeiroc) A proposta II é melhor que a proposta IIId) Nenhuma das três trará benefícios ao fazendeiroe) A proposta III fará o fazendeiro aumentar sua ca-

pacidade em 10%.

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Competência de área III: Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.

A primeira pergunta que nos fazemos é: de que consiste a linguagem corporal e em que contexto a reconheceremos? Antes

de mais nada, é preciso entender que por lingua-gem corporal não devemos entender somente movimentos de dança ou demais manifestações artísticas ou folclóricas.

Para além da expressão artística, comunica-mo-nos corporalmente no cotidiano através de gestos voluntários ou involuntários, como quan-do baixamos os olhos se a conversa não está boa, ou quando esfregamos as mãos de ansiedade.

Nosso corpo emite constantes mensagens, que são, ainda, expressões de nossas necessida-des. É o caso de empresas que, a partir do con-ceito de linguagem corporal, adotam programas de prevenção à lesão por esforço repetido (LER) ou ao estresse para seus funcionários.

Ainda assim, diante do enunciado da com-petência, o estudante se perguntará: como o uso que fazemos de nosso corpo nos integra social-mente, como forja uma identidade?

Um exemplo claro é quando aderimos a um padrão de imagem corporal. É o caso do culto ao corpo, que faz lotar as academias de ginás-tica. Nas academias, todos estão em busca não apenas de saúde e bem-estar físico, mas, sobre-tudo, de integrar-se a um modelo e, através dele, identifi car-se com seu grupo social.

Trata-se, portanto, de uma área de competên-cia fortemente contextualizada e transdiscipli-nar, que, como veremos na resolução de ques-tões, exigirá conhecimentos de outras áreas.

Reconhecer as manifestações corpo-

rais de movimento como originárias

de necessidades cotidianas de um

grupo social.

Desenvolvendo Habilidades H-09

Questão 1No programa do balé Parade, apresentado em 18 de maio de 1917, foi empregada publicamente, pela primeira vez, a palavra sur-realisme. Pablo Picasso desenhou o cenário e a indumentária, cujo efeito foi tão surpreendente que se sobrepôs à coreografi a. A música de Erik Satie era uma mistura de jazz, mú-sica popular e sons reais tais como tiros de pistola, combinados com as imagens do balé de Charlie Cha-plin, caubóis e vilões, mágica chinesa e Ragtime. Os tempos não eram propícios para receber a nova men-sagem cênica demasiado provocativa devido ao repi-car da máquina de escrever, aos zumbidos de sirene e dínamo e aos rumores de aeroplano previstos por Cocteau para a partitura de Satie. Já a ação coreográ-fi ca confi rmava a tendência marcadamente teatral da gestualidade cênica, dada pela justaposição, colagem de ações isoladas seguindo um estímulo musical.(SILVA, S. M. O surrealismo e a dança. GUINSBURG, J.; LEIRNER (org.). O surrealismo. São Paulo: Perspectiva, 2008 (adaptado).As manifestações corporais na história das artes da cena muitas vezes demonstram as condições cotidianas de um determinado grupo social, como se pode observar na descrição acima do balé Parade, o qual refl ete:a) a falta de diversidade cultural na sua proposta es-

tética.b) a alienação dos artistas em relação às tensões da

Segunda Guerra Mundial.c) uma disputa cênica entre as linguagens das artes

visuais, do fi gurino e da música.d) as inovações tecnológicas nas partes cênicas, mu-

sicais, coreográfi cas e de fi gurino.e) uma narrativa com encadeamentos claramente ló-

gicos e lineares.Solução comentada: Neste caso, não se pode ir direto ao comando, uma vez que o texto da questão apresen-ta conceitos e descrições indispensáveis à resolução.Observe que, logo no começo, temos a data do espe-táculo. Sempre vale sublinhar referências temporais, pois elas nos indicam o contexto. Aqui, o ano de 1917, nos remete ao período da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Repare que a alternativa B se refere à Se-gunda Guerra Mundial (1939-1945), por isso, poderá ser imediatamente descartada.Há depois uma alusão ao sur-realisme, expressão france-sa para Surrealismo. A História da Arte (perceba a neces-sidade de domínio de uma outra área de conhecimento)

Linguagens, Códigos e suas tecnologias

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73Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

nos diz que essa vanguarda europeia do início do século XX se caracteriza pelo automatismo psíquico (criar sem racionalizar criação artística, de modo a expressar o in-consciente), de que resultam combinações inusitadas, ilógicas e não lineares e justaposição sem nexo evidente de elementos (o que descarta a alternativa E). Na descrição do balé Parade, vemos que o cenário e o fi gurino são surpreendentes, a música é marcada pelo ecletismo, ou seja, pela diversidade (o que exclui a alternativa A), e a concepção cênica pauta-se na co-lagem de ações isoladas. A alternativa C, que parece à primeira vista correta, está errada, porque a obra de arte é o espetáculo teatral, no qual as linguagens não competem entre si, mas integram-se. Resposta: D

Reconhecer a necessidade de trans-

formação de hábitos corporais em

função das necessidades cinestésicas.

Desenvolvendo Habilidades H-10

Questão 2Luciana trabalha em uma loja de venda de carros. Ela tem um papel muito importante de fazer a conexão entre os vendedores, os compradores e o serviço de acessórios. Durante o dia, ela se desloca inúmeras ve-zes da sua mesa para resolver os problemas dos ven-dedores e dos compradores. No fi nal do dia, Luciana só pensa em deitar e descansar as pernas.Na função de chefe preocupado com a produtivida-de (número de carros vendidos) e com a saúde e a satisfação dos seus funcionários, a atitude correta frente ao problema seriaa) propor a criação de um programa de ginástica la-

boral no início da jornada de trabalho.b) sugerir a modifi cação do piso da loja para dimi-

nuir o atrito do solo e reduzir as dores nas pernas.c) afi rmar que os problemas de dores nas pernas são

causados por problemas genéticos.d) ressaltar que a utilização de roupas bonitas e do

salto alto são condições necessárias para compor o bom aspecto da loja.

e) escolher um de seus funcionários para conduzir as atividades de ginástica laboral em intervalos de 2 em 2 horas.

Solução Comentada: Aqui, novamente, se impõe a necessidade de informações oriundas de outras áreas para a resolução segura da questão. Você pode descar-tar, pelo senso comum, as opções B, C e D. Todavia a escolha entre as opções A e E depende do signifi cado da expressão ginástica laboral. Esse tipo de ginástica vem sendo implementada cres-

centemente pelas empresas porque facilita a adapta-ção ao posto de trabalho, diminui o esforço, promove a integração e aumenta a produtividade. Trata-se de um conjunto de exercícios físicos realizados no próprio ambiente de trabalho (o que explica o adjetivo laboral), como séries de alongamento de várias partes do corpo, que visam deixar os funcionários previamente pre-parados para a execução de suas tarefas diárias.Resposta: A

Reconhecer a linguagem corporal

como meio de interação social, con-

siderando os limites de desempenho

e as alternativas de adaptação para

diferentes indivíduos.

Desenvolvendo Habilidades H-11

Questão 3O convívio com outras pessoas e os padrões sociais estabelecidos moldam a imagem corporal na mente das pessoas. A imagem corporal idealizada pelos pais, pela mídia, pelos grupos sociais e pelas próprias pes-soas desencadeia comportamentos estereotipados que podem comprometer a saúde. A busca pela imagem corporal perfeita tem levado muitas pessoas a procurar alternativas ilegais e até mesmo nocivas à saúde.(Revista Corpoconsciência. FEFISA, v. 10. nº 2, Santo André, jul./dez. 2006. (adaptado).A imagem corporal tem recebido grande destaque e valorização na sociedade atual. Como consequência,a) a ênfase na magreza tem levado muitas mulheres

a depreciar sua autoimagem, apresentando insa-tisfação crescente com o corpo.

b) as pessoas adquirem a liberdade para desenvolver seus corpos de acordo com critérios estéticos que elas mesmas criam e que recebem pouca infl uên-cia do meio em que vivem.

c) a modelagem corporal é um processo em que o in-divíduo observa o comportamento de outros, sem, contudo, imitá-los.

d) o culto ao corpo produz uma busca incansável, tri-lhada por meio de árdua rotina de exercícios, com pouco interesse no aperfeiçoamento estético.

e) o corpo tornou-se um objeto de consumo impor-tante para as pessoas criarem padrões de beleza que valorizam a raça à qual pertencem.

Solução Comentada: Novamente, a comparação entre o conteúdo do texto e as alternativas lhe permitiria descar-tar as opções B, C e D, que, claramente, contradizem o artigo da revista. A escolha, porém, entre as alternativas A e E exige conhecimento transdisciplinar para uma re-solução técnica e segura da questão. Vejamos por quê.

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O texto afi rma que a sociedade impõe modelos de imagem corporal que conduzem a comportamentos estereotipados. Mas o que isso signifi ca de fato? Lembre-se de que estereótipos são tipos pré-concebidos, generalizações – muitas vezes infundadas e perigosas. O estereótipo de poeta, por exemplo, é o artista lírico, apaixonado, sonhador. No entanto, vários poetas geniais, como Fernando Pessoa e João Cabral de Melo Neto, contra-riam essa ideia. Mas o texto vai além. Diz que o comportamento este-reotipado pode prejudicar a saúde. Trata-se, portanto, de um distúrbio em relação à própria imagem corporal.Perceba que a alternativa A fala de magreza (padrão social imposto de beleza) e de autoimagem feminina depreciada levando a uma crescente insatisfação com o corpo. Em outras palavras, descrevem-se os sinto-mas da anorexia, distúrbio psicológico e alimentar em que a pessoa se priva de alimento em função de uma percepção distorcida de sua própria imagem. Resposta: A

Vale lembrar que a anorexia é rara em ho-mens, embora ocorra. Mais comum com eles é um distúrbio de imagem chamado vigorexia, que apresenta como principal sintoma a obsessão por exercícios físicos e o ganho de massa muscular.

Mas, voltando às alternativas, por que a E está errada? Porque diz que os padrões de beleza va-lorizam a raça. Ora, modelos e estereótipos estéti-cos fazem o oposto – transcendem diferenças, in-clusive as raciais. Além disso, o próprio conceito de raça é, hoje, contestado pela Antropologia.

Aprenda Fazendo

Q1. Área 3 / Habilidade 9 (Enem 2009)Nunca se falou e se preocupou tanto com o corpo como nos dias atuais. É comum ouvirmos anúncios de uma nova academia de ginástica, de uma nova forma de dieta, de uma nova técnica de autoconhe-cimento e outras práticas de saúde alternativa, em síntese, vivemos nos últimos anos a redescoberta do prazer, voltando nossas atenções ao nosso próprio corpo. Essa valorização do prazer individualizante se estrutura em um verdadeiro culto ao corpo, em analo-

gia a uma religião, assistimos hoje ao surgimento de novo universo: a corpolatria. (CODO, W.; SENNE, W. O que é corpo(latria). Coleção Primeiros Passos. Brasiliense, 1985 (adaptado).Sobre esse fenômeno do homem contemporâneo pre-sente nas classes sociais brasileiras, principalmente, na classe média, a corpolatria:a) é uma religião pelo avesso, por isso outra religião;

inverteram-se os sinais, a busca da felicidade eterna antes carregava em si a destruição do prazer, hoje implica o seu culto.

b) criou outro ópio do povo, levando as pessoas a bus-carem cada vez mais grupos igualitários de integra-ção social.

c) é uma tradução dos valores das sociedades subde-senvolvidas, mas em países considerados do primei-ro mundo ela não consegue se manifestar porque a população tem melhor educação e senso crítico.

d) tem como um de seus dogmas o narcisismo, signifi -cando o “amar o próximo como se ama a si mesmo”.

e) existe desde a Idade Média, entretanto esse aconte-cimento se intensifi cou a partir da Revolução Indus-trial no século XIX e se estendeu até os nossos dias.

__________________________________________Q2. Área 3 / Habilidade 11 (Enem 2009)Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o resultado das condições de alimentação, habitação, educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços médicos e acesso à atividade física regular. Quanto ao acesso à atividade física, um dos elementos essen-ciais é a aptidão física, entendida como a capacidade de a pessoa utilizar seu corpo – incluindo músculos, esqueleto, coração, enfi m, todas as partes –, de forma efi ciente em suas atividades cotidianas; logo, quando se avalia a saúde de uma pessoa, a aptidão física deve ser levada em conta. A partir desse contexto, conside-ra-se que uma pessoa tem boa aptidão física quando: a) apresenta uma postura regular.b) pode se exercitar por períodos curtos de tempo.c) pode desenvolver as atividades físicas do dia a

dia, independentemente de sua idade.d) pode executar suas atividades do dia a dia com vi-

gor, atenção e uma fadiga de moderada a intensa.e) pode exercer atividades físicas no fi nal do dia, mas

suas reservas de energia são insufi cientes para ati-vidades intelectuais.

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75Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

te indivíduos de épocas diversas e também, em última análise, organiza e humaniza a realidade.

Reconhecer diferentes funções da

arte, do trabalho da produção dos

artistas em seus meios culturais.

Desenvolvendo Habilidades H-12

Questão 1A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhu-ma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto.(CAMINHA, P. V. A carta.Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 ago. 2009).

(Disponível em: htt p://www.diaadia.pr.gov.br. Acesso em: 9 jul. 2009. ECKHOUT, A. “Índio Tapuia” (1610-1666).Ao se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e o trecho do texto de Caminha, conclui-se que:a) ambos se identifi cam pelas características estéticas

marcantes, como tristeza e melancolia, do movi-mento romântico das artes plásticas.

b) o artista, na pintura, foi fi el ao seu objeto, repre-sentando-o de maneira realista, ao passo que o texto é apenas fantasioso.

c) a pintura e o texto têm uma característica em co-mum, que é representar o habitante das terras que sofreriam processo colonizador.

d) o texto e a pintura são baseados no contraste entre a cultura europeia e a cultura indígena.

e) há forte direcionamento religioso no texto e na pintura, uma vez que o índio representado é obje-to da catequização jesuítica.

Solução Comentada: O comando da questão fala em estabelecer uma relação entre as obras, ou seja, de comparar duas representações artísticas (pintura e literatura) de um mesmo objeto. Trata-se, ainda, de inferir a intenção de cada autor e o contexto histórico-cultural de onde eles provêm.Pero Vaz de Caminha, como se sabe, embora tivesse a missão de dar ciência ao rei português das caracte-rísticas e possibilidades do Novo Mundo, toma liber-

Fala-se em compreender a arte Mas o que é arte? Podemos dizer com segu-

rança que a arte é, sobretudo, uma forma de co-nhecimento, tão válida e imprescindível quanto as ciências naturais. Sim, imprescindível, por-que, se não o fosse, teria havido, em algum pon-to da história humana, uma sociedade sem arte – e nunca houve.

Você pode se perguntar: mas como nasce a arte, como gera conhecimento, quais são as suas particularidades?

Suponha que, numa época remota, uma al-deia é erguida nas proximidades de um rio. O acesso fácil à água infl uenciou na escolha do local. É necessário, porém, transportá-la. Num primeiro estágio, emprega-se como recipiente um objeto natural: uma cabaça, por exemplo. A forma é favorável a seu uso, mas pode sê-lo ain-da mais. Os homens passam a produzir objetos de madeira que se assemelham, mas que exibem acréscimos funcionais – base, alças, revestimento impermeável, etc. Após centenas, talvez milha-res, de anos, chega-se a um vaso tal como hoje o conhecemos. Foi alcançado um grau bastante satisfatório de utilidade, portanto, os vasos não mais exigem acréscimos funcionais.

É nesse momento que surge a arte. Porque um vaso pode ser também ornamental, pode proporcionar a satisfação de contemplá-lo. Mais que isso: se a água era concebida como dádiva dos deuses, por que não pintá-los nos vasos e transmitir às gerações futuras essa convicção? Por que neles não narrar os prazeres e as difi cul-dades daquela sociedade? Nas gerações seguin-tes, muitos se dedicarão a descobrir novas técni-cas de pintura, novos estilos de representação. E assim o funcional dá lugar ao simbólico, e o vaso transforma-se num objeto também artístico.

Um outro e, mais breve, exemplo. As pala-vras nasceram da necessidade utilitária de co-municação, e não para escrever poesia. Mas você conhece alguma sociedade sem poetas?

Através das inúmeras manifestações da arte, produzem-se e transmitem-se saberes. Ela dá no-vos signifi cados aos objetos, integra culturalmen-

Competência de área IV: Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de signifi cação e integrador da organização do mundo e da própria identidade.

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dades poéticas ao fazê-lo. O pintor holandês Albert Eckhout veio ao Brasil na comitiva de Nassau e viveu no Nordeste, onde desenvolveu sua obra etnográfi ca, em que retrata nativos brasileiros.A alternativa A incorre numa incoerência cronológica, pois associa os autores ao movimento romântico, que só ocorre no século XIX. A Carta de Caminha, como se sabe, é de 1500. Observando a legenda da pintura, no-ta-se que as datas de nascimento e morte de Eckhout (1610-1666) indicam que viveu no século XVII. A al-ternativa D está errada, pois fala de um contraste cul-tural que, se o texto pode sugerir, inexiste na tela. A alternativa E idem, uma vez que cita a catequização, da qual não há referência.Agora veja a sutileza da alternativa B. É nítido que o pintor foi mais realista que o escritor. O índio, afi nal, não tem “bons rostos e bons narizes”, como afi rma Ca-minha. Este, contudo, não foi apenas fantasioso, uma vez que nem tudo o que descreve o é. Se excluíssemos o “apenas”, a afi rmação seria correta. Tal como está, a alternativa B é falsa. Vale lembrar: sempre desconfi e de termos generalizantes (p. ex: todos, totalmente, sem-pre, etc.) e excludentes (p. ex: apenas, somente, etc.).A alternativa correta é a C. Perceba que ela é a mais simples e objetiva de todas. Limita-se a apontar o objeto representado – o indígena – das duas obras e associá-las ao colonizador (holandês e português). Fique atento: o critério para avaliar os itens de uma questão não deve ser o volume ou a complexidade das informações, mas o seu conteúdo.Resposta: C

Analisar as diversas produções artísticas

como meio de explicar diferentes cultu-

ras, padrões de beleza e preconceitos.

Desenvolvendo Habilidades H-13

Questão 2Figura 1(Disponível em: <htt p://www.vemprabrotas.com.br/pcas-

tro5/campanas/campanas.htm>. Acesso em: 24 abr. 2009).

Figura 2(Disponível em:

<http://www.cultura.gov.br/site/wpcon-tent/uploads/2008/02/cadeira-real.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2009).Comparando as fi guras, que apre-sentam mobiliários de épocas dife-

rentes, ou seja, a fi gura 1 corresponde a um projeto elaborado por Fernando e Humberto Campana e a fi gura 2, a um mobiliário do reinado de D. João VI, pode-se afi rmar que:a) os materiais e as ferramentas usados na confecção

do mobiliário de Fernando e Humberto Campana, assim como os materiais e as ferramentas utiliza-dos na confecção do mobiliário do reinado de D. João VI, determinaram a estética das cadeiras.

b) as formas predominantes no mobiliário de Fer-nando e Humberto Campana são complexas, en-quanto que as formas do mobiliário do reinado de D. João VI são simples, geométricas e elásticas.

c) o artesanato é o atual processo de criação de mo-biliários empregado por Fernando e Humberto Campana, enquanto que o mobiliário do reinado de D. João VI foi industrial.

d) ao longo do tempo, desde o reinado de D. João VI, o mobiliário foi se adaptando consoante as neces-sidades humanas, a capacidade técnica e a sensibi-lidade estética de uma sociedade.

e) o mobiliário de Fernando e Humberto Campa-na, ao contrário daquele do reinado de D. João VI, considera primordialmente o conforto que a cadeira pode proporcionar, ou seja, a função em detrimento da forma.

Solução Comentada: Nas fi guras 1 e 2 notamos que as cadeiras vão, claramente, além da simples funciona-lidade, sendo tratadas pela questão como produções artísticas.A fi gura 1 mostra uma cadeira contemporânea. Seu design é arrojado, geométrico e minimalista, demons-trando um alto grau de estilização. Perceba que uma peça em “L”, de material transparente, une o assento ao encosto, fazendo com que este pareça quase fl utu-ar. Trata-se, na verdade, da releitura de um objeto co-tidiano, usual (a cadeira) e destina-se a consumidores que querem mais que meramente conforto e pratici-dade de seus móveis.O comando da questão contextualiza a fi gura 2 no rei-nado de D. João VI. O estilo mobiliário que leva seu nome chegou ao Brasil no fi nal do século XVIII. A ca-deira é feita em madeira, não apresenta um só ângulo reto, mas curvas suaves. Um entalhe oval remata a parte superior do espaldar (encosto). Ultrapassa, por-tanto, o sentido exclusivo de funcionalidade e remete a um público consumidor que busca no móvel um símbolo de status e elegância.Da comparação entre os dois móveis, conclui-se que ambos, como objetos de arte, fazem uso das técnicas e dos materiais disponíveis em suas épocas e, como toda produção artística, são indicativas da cultura e dos padrões estéticos do contexto histórico, social e estético em que foram concebidas. Resposta: D

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77Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

Reconhecer o valor da diversidade ar-

tística e das inter-relações de elemen-

tos que se apresentam nas manifesta-

ções de vários grupos sociais e étnicos.

Desenvolvendo Habilidades H-14

Questão 3Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência, no Brasil, de diversas culturas. Arthur Ramos distin-gue as culturas não europeias (indígenas, negras) das europeias (portuguesa, italiana, alemã, etc.), e Darcy Ribeiro fala de diversos Brasis: crioulo, caboclo, ser-tanejo, caipira e de Brasis sulinos, a cada um deles correspondendo uma cultura específi ca. (MORAIS, F. O Brasil na visão do artista: o país e sua cultura. São Paulo: Sudameris, 2003).Considerando a hipótese de Darcy Ribeiro de que há vários Brasis, a opção em que a obra mostrada repre-senta a arte brasileira de origem negro-africana é:

a) Rubem Valentim. Disponível em:htt p://www.ocaixote.com.br. Acesso: em 9 jul. 2009.

b) Athos Bulcão. Disponível em: htt p://www.irbr.mre.gov.br. Acesso em 9 jul. 2009.

c) Rubens Gerchman. Disponível em: htt p://www.itaucultural.org.br. Acesso em: 6 jul. 2009.

d) Victor Vasarely. Disponível em: htt p://www.masterworksfi neart.com. Acesso em: 5 jul. 2009.

e) Gougon. Disponível em: htt p://www.ocaixote.com.br. Acesso em: 5 set. 2009.

Solução Comentada: A questão exige conhecimento de outras áreas, uma vez que o comando cobra objeti-vamente a identifi cação de elementos da arte africana na arte brasileira. A ideia de uma arte africana é vasto e ambíguo, já que a África apresenta impressionante diversidade cultural. O comando da questão, todavia, nos restringe a ele-mentos de origem negro-africana. Logo, podemos, com segurança, inferir uma arte tribal, que se carac-teriza pela representação de motivos visuais ligados à caça e à guerra, bem como pela estilização geométrica de objetos cotidianos, animais e deuses. Porém, se você tiver sólidos conhecimentos de His-tória da Arte, pode resolver a questão por exclusão. Vejamos como.O item B apresenta uma parede revestida com cerâ-mica de motivos puramente abstratos. O item C mos-tra elementos urbanos, comprovados pela placa de “proibido estacionar” (aqui na versão inglesa, com P de parking). No item D, temos uma obra de Vasarely, considerado por muito o pai da Op Art (redução de Optical Art, ou Arte Óptica), que visa a produzir uma ilusão de ótica, através abstrações geométricas que su-gerem movimentos, vibrações. No item E, temos um exemplo de mosaico, o que nos remete à infl uência, principalmente, da arte bizantina. Resposta: A

Aprenda Fazendo

Q3. Área 4 / Habilidade 12 (Enem 2009 Prova Anulada) O sertão e o sertanejoAli começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz das cores, o capim crescido e resse-cado pelo ardor do sol transforma-se em vicejante tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum tropeiro, por acaso ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu isqueiro. Minando à surda na touceira. queda a ví-vida centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a contemplar medrosa e vacilan-te os espaços imensos que se alongam diante dela. O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo, vai aos poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como sinal da avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte melancolia; de todos os lados tétricas perspectivas. É cair, porém, daí a dias co-piosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou por aqueles sombrios recantos a traçar as pressas jardins encantados e nunca vistos. Entra tudo num trabalho ín-timo de espantosa atividade. Transborda a vida. (TAU-NAY, A. Inocência. São Paulo: Ática 1993 (adaptado).

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O romance romântico teve fundamental importância na formação da ideia de nação. Considerando o tre-cho acima, é possível reconhecer que uma das prin-cipais e permanentes contribuições do Romantismo para construção da identidade da nação é a:a) possibilidade de apresentar uma dimensão des-

conhecida da natureza nacional, marcada pelo subdesenvolvimento e pela falta de perspectiva de renovação.

b) consciência da exploração da terra pelos colonizado-res e pela classe dominante local, o que coibiu a ex-ploração desenfreada das riquezas naturais do país.

c) construção, em linguagem simples, realista e do-cumental, sem fantasia ou exaltação, de uma ima-gem da terra que revelou o quanto é grandiosa a natureza brasileira.

d) expansão dos limites geográfi cos da terra, que promoveu o sentimento de unidade do território nacional e deu a conhecer os lugares mais distan-tes do Brasil aos brasileiros.

e) valorização da vida urbana e do progresso, em detrimento do interior do Brasil, formulando um conceito de nação centrado nos modelos da nas-cente burguesia brasileira.

__________________________________________Q4. Área 4 / Habilidade 12 (Enem 2008)

Na obra Entrudo, de Jean-Baptiste Debret (1768 - 1848), apresentada:

a) registram-se cenas da vida íntima dos senhores de engenho e suas relações com os escravos.

b) identifi ca-se a presença de traços marcantes do movimento artístico denominado Cubismo.

c) identifi cam-se, nas fi sionomias, sentimentos de angústia e inquietações que revelam as relações confl ituosas entre senhores e escravos.

d) observa-se a composição harmoniosa e destacam-se as imagens que representam fi guras humanas.

e) constata-se que o artista utilizava a técnica do óleo sobre tela, com pinceladas breves e manchas, sem delinear as fi guras ou as fi sionomias.

Q5. Área 4 / Habilidade 13 (Enem 2009)

Figura 1 Figura 2

Figura 3 Figura 4

Figura 1 - htt p://images.quebrato.com.br/photos/big/2/D/15A12D_2.jpgFigura2 - htt p://ourinhos.prefeituramunicipal.net/dados/fotos/2009/07/07/normal

Figura3 - htt p://www.edmontonculturacapital.com/gallery/edjazzfestival/jazzquartet.jpgFigura4 - htt p://www.fi lmica.com/jacintaescudos/archivos/Led-Zepplin.jpg

A música pode ser defi nida como a combinação de sons ao longo do tempo. Cada produto fi nal oriundo da infi nidade de combinações possíveis será diferen-te, dependendo da escolha das notas, de suas dura-ções, dos instrumentos utilizados, do estilo de músi-ca, da nacionalidade do compositor e do período em que as obras foram compostas. Das fi guras que apresentam grupos musicais em ação, pode-se concluir que o(os) grupo(s) mostrado(s) na(s) fi gura(s):a) 1 executa um gênero característico da música bra-

sileira, conhecido como chorinho.b) 2 executa um gênero característico da música clássi-

ca, cujo compositor mais conhecido é Tom Jobim.c) 3 executa um gênero característico da música eu-

ropeia, que tem como representantes Beethoven e Mozart.

d) 4 executa um tipo de música caracterizada pelos instrumentos acústicos, cuja intensidade e nível de ruído permanecem na faixa dos 30 aos 40 decibéis.

e) 1 a 4 apresentam um produto fi nal bastante seme-lhante, uma vez que as possibilidades de combina-ções sonoras ao longo do tempo são limitadas.

__________________________________________Q6. Área 4 / Habilidade 14 (Enem 2009)A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e signifi ca energia para o corpo, que fi ca ro-busto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas da manhã até seis horas da tarde, passa-

Jean-Baptiste Debret Entrudo, 1834.

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79Universidade Aberta do Nordeste | Colégio 7 de Setembro

se o dia inteiro dançando quando os padrinhos pla-nejam a dança dos adolescentes. O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo, o padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primeiros xavantes: Wamaridzada-dzeiwawe, Butséwawe, Tseretomodzatsewawe, que foram descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar e cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial.(WÉRÉ É TSI’RÓBÓ, E. A dança e o canto-celebração da existência xa-vante. VIS-Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte da UnB. V. 5, n. 2, dez. 2006).A partir das informações sobre a dança Xavante, con-clui-se que o valor da diversidade artística e da tradi-ção cultural apresentados originam-se da: a) iniciativa individual do indígena para a prática da

dança e do canto. b) excelente forma física apresentada pelo povo Xavante.c) multiculturalidade presente na sua manifestação

cênica.d) inexistência de um planejamento da estética da

dança, caracterizada pelo ineditismo.e) preservação de uma identidade entre a gestualidade

ancestral e a novidade dos cantos a serem entoados.__________________________________________Q7. Área 4 / Habilidade 14 (Enem 2009)No decênio de 1870, Franklin Távora defendeu a tese de que no Brasil havia duas literaturas independen-tes dentro da mesma língua: uma do Norte e outra do Sul, regiões segundo ele muito diferentes por forma-ção histórica, composição étnica, costumes, modismos linguísticos, etc. Por isso, deu aos romances regionais que publicou o título geral de Literatura do Norte. Em nossos dias, um escritor gaúcho, Viana Moog, procu-rou mostrar com bastante engenho que no Brasil há, em verdade, literaturas setoriais diversas, refl etindo as características locais.(CANDIDO, A. A nova narrativa. A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 2003).Com relação à valorização, no romance regionalista brasileiro, do homem e da paisagem de determinadas regiões nacionais, sabe-se que:a) o romance do Sul do Brasil se caracteriza pela te-

mática essencialmente urbana, colocando em re-levo a formação do homem por meio da mescla de características locais e dos aspectos culturais trazidos de fora pela imigração europeia.

b) José de Alencar, representante, sobretudo, do romance urbano, retrata a temática da urbanização das cidades brasileiras e das relações confl ituosas entre as raças.

c) o romance do Nordeste caracteriza-se pelo acentu-ado realismo no uso do vocabulário, pelo temário local, expressando a vida do homem em face da natureza agreste, e assume frequentemente o pon-to de vista dos menos favorecidos.

d) a literatura urbana brasileira, da qual um dos expo-entes é Machado de Assis, põe em relevo a formação do homem brasileiro, o sincretismo religioso, as raízes africanas e indígenas que caracterizam o nosso povo.

e) Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, Simões Lopes Neto e Jorge Amado são romancistas das décadas de 30 e 40 do século XX, cuja obra retrata a problemática do homem urbano em confronto com a moderniza-ção do país promovida pelo Estado Novo.

__________________________________________Q8. Área 4 / Habilidade 14 (Enem 2005)(Tarsila do Amaral, Operários)

Desiguais na fi sionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade peculiar, são iguais en-quanto frente de traba-lho. Num dos cantos, as chaminés das indústrias

se alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se prolongar infi nitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora. (Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista)O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se encontra nos versos transcritos em:a) “Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas.” (Vinícius de Moraes)b) “Somos muitos severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima.” (João Cabral de Melo Neto)c) “O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos.” (Ferreira Gullar)d) “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa)

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e) “Os inocentes do Leblon Não viram o navio entrar (...) Os inocentes, defi nitivamente inocentes tudo ignoravam, mas a areia é quente, e há um óleo su-

ave que eles passam pelas costas, e aquecem.” (Carlos Drummond de Andrade)__________________________________________Q9. Área 4 / Habilidade 14 (Enem 2009 Prova Anulada) Em uma escola, com o intuito de valorizar a diversi-dade do patrimônio etnocultural brasileiro, os estu-dantes foram distribuídos em grupos para realizar uma tarefa referente às características atuais das dife-rentes regiões brasileiras, a partir do seguinte quadro:

Região Norte Nordeste Centro-oeste Sul Sudeste

Alimentação Peixe Carne de Sol

Prato com milho e

mandioca

Churrasco

Música Ciranda Baião Música sertaneja

Vaneirão

Ponto Turístico Zona franca de Manaus

Praias do Litoral

Pantanal Serra de Gramado

Tipo Característico Seringueiro Baiana Vaqueiro Prenda

Considerando a sequência de características apresen-tadas, os elementos adequados para compor o quadro da Região Sudeste são:a) mate amargo, embolada, elevador Lacerda, peão

de estância.b) acarajé, axé, Cristo Redentor, piá.c) vatapá, Carnaval, bumba meu boi, industrial.d) café, samba, Cristo Redentor, operário fabril.e) sertanejo, pipoca, folia de Reis, Brasília.__________________________________________Q10. Área 3 / Habilidade 11 (Enem 2009 Anulado) A falta de espaço para brincar e um problema muito comum nos grandes centros urbanos. Diversas brin-cadeiras de rua tal como o pular corda, o pique pega e outros têm desaparecido do cotidiano das crianças. As brincadeiras são importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças, pois desenvolvem tanto habilidades perceptivo-motoras quanto habili-dades sociais.

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Matemática – Gabarito Q1Q2Q3Q4Q5Q6Q7Q8Q9Q10

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Considerando a brincadeira e o jogo como um impor-tante instrumento de interação social, pois por meio deles a criança aprende sobre si, sobre o outro e sobre o mundo ao seu redor, entende-se quea) o jogo possibilita a participação de crianças de di-

ferentes idades e níveis de habilidade motora.b) o jogo desenvolve habilidades competitivas cen-

tradas na busca da excelência na execução de ati-vidades do cotidiano.

c) o jogo gera um espaço para vivenciar situações de exclusão que serão negativas para a aprendiza-gem social.

d) através do jogo a possível entender que as regras são construídas socialmente e que não podemos modifi cá-las.

e) no jogo, a participação esta sempre vinculada a necessidade de aprender um conteúdo novo e de desenvolver habilidades motoras especializadas.