Planejamento e desenvolvimento de produtos turísticos em meio rural eduardo faraco
Faraco x Cegalla
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Transcript of Faraco x Cegalla
![Page 1: Faraco x Cegalla](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082815/563db7e6550346aa9a8f01d8/html5/thumbnails/1.jpg)
FICHAMENTO COMPARATIVO
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
Faraco e Moura (1988), diferenciando-se de Cegalla (1985) introduzem o tema
“Termos essenciais da oração”, expondo os três tipos de termos que podem
ocorrer numa oração e definindo o campo a ser estudado:
o Termos essenciais são aqueles que sustentam a mensagem transmitida por
meio de uma oração.
Ao apresentarem os termos essenciais – sujeito e predicado – os autores
diferenciam-se, ao passo que Cegalla (1985), descreve um conceito mais
restrito, ao expor sujeito como o “ser”. Enquanto Faraco e Moura (1988) o
coloca como um “termo” que denota o ser de quem ou de que se faz uma
declaração; definição esta que corresponde mais fielmente a sujeito.
SUJEITO
Quando na explicação sobre a constituição do sujeito, os autores diferenciam-se,
pois Cegalla (1985) trás apenas uma explicação quanto a constituição do sujeito,
podendo ser este, representado por um substantivo, pronome ou palavra ou
expressão substantivada; e Faraco e Moura (1988) trata da referência/declaração
feita sobre sujeito no predicado, que por sua vez, tem um verbo, que deve
concordar com o sujeito. E em seguida ainda descreve as possíveis
representações do sujeito (de forma mais detalhada que Cegalla,1985):
o Substantivo ou palavra substantivada; pronome pessoal reto; pronome
demonstrativo; numeral; oração subordinada substantiva subjetiva;
pronome pessoal oblíquo;
o Além disso, Faraco e Moura (1988) ainda destacam as diferentes
posições em que um sujeito pode aparecer na oração, que Cegalla (1985),
não destaca.
Anteposto ao verbo;
Posposto ao verbo.
![Page 2: Faraco x Cegalla](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082815/563db7e6550346aa9a8f01d8/html5/thumbnails/2.jpg)
Em seguida ambos os autores trabalham a noção de núcleo, todavia, tomando
enfoques diferentes. Faraco e Moura (1988) tratam do núcleo como a palavra
central, com a qual todas as demais, presentes no sujeito, devem concordar. Já
Cegalla (1985) tomando núcleo como a palavra base, atenta para o fato de que
ela permite o aparecimento de outras palavras em torno dela.
Quanto a classificação do sujeito, os autores diferenciam-se da seguinte forma:
o Para Cegalla (1985) o sujeito pode ser: simples, composto, expresso,
oculto (elíptico), agente, paciente, agente e paciente, indeterminado, este
último podendo ser representado com verbos na 3ª pessoa do plural, sem
referência a qualquer agente já expresso; com verbo na 3ª pessoa do
singular, acompanhado do pronome se ou deixando-se o verbo no
infinitivo pessoal (este último caso não é relatado por Faraco e Moura,
1988)
o Para Faraco e Moura (1988) o sujeito pode ser: determinado,
indeterminado ou inexistente. Se determinado, ele pode ser: simples,
composto, ou oculto (elíptico ou desinencial). No caso do indeterminado,
o sujeito pode ocorrer: com verbos na 3ª pessoa do plural, desde que o
contexto não permita identificá-lo ou com verbo na 3ª pessoa do singular,
acompanhado da partícula se.
o Quanto ao sujeito chamado por Faraco e Moura (1988) como
“inexistente” e por Cegalla (1985) como “Sujeito oculto”, ambos os
autores, apesar da nomenclatura diferenciada, os conceituam de maneira
semelhante:
O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser = o predicado da
oração não se refere a nenhum elemento;
É construída com um verbo impessoal, na 3ª pessoa do singular.
Pode ocorrer nos seguintes casos:
Verbos ou expressões que indicam fenômenos meteorológicos
(com exceção dos casos em que indicam sentido figurado);
![Page 3: Faraco x Cegalla](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082815/563db7e6550346aa9a8f01d8/html5/thumbnails/3.jpg)
Fazer e passar indicando tempo decorrido;
Com o verbo ser indicando tempo e distância (caso não
referenciado por Cegalla, 1985);
O verbo haver empregado no sentido de existir (para esse
verbo, Cegalla indica ainda os sentidos de: acontecer, realizar-
se e decorrer);
Em algumas construções com os verbos parecer e ficar;
Com os verbos bastar e chegar seguidos da preposição de.
Faraco e Moura (1988) finalizam o tópico referente a sujeito, diferenciando-se
de Cegalla (1985), novamente, ao tratar da partícula se. Os autores trazem dois
casos em que as construções que apresentam a partícula se dificultam a
classificação do sujeito:
o O caso em que o se surge como uma partícula apassivadora, estando,
assim, com o verbo na voz passiva sintética, concordando com o sujeito;
o E o caso em que o se é o índice de indeterminação do sujeito, no qual o
verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.
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OBSERVAÇÕES
O texto “Análise sintática da oração”, da autoria Faraco & Moura (1988), no
qual encontra-se o tópico “Termos essenciais da oração”, trás uma introdução ao estudo
do sujeito e do predicado.
Na parte referente ao sujeito, tomando por base o aprendizado adquirido em sala
de aula, com as observações feitas pelo professor, pode-se perceber que, além de
objetivo e ter apresentar uma linguagem mais acessível, o texto, em comparação com o
texto de Cegalla (1985) trás em si os conceitos trabalhados de forma mais adequada. Ao
expor, por exemplo, a classificação de sujeito, Faraco e moura, nos passam a idéia
correta de dentro de uma categoria surgem outras, diferentemente de Cegalla (1985),
que através de uma organização inadequada, passa para o leitor a idéia de que o sujeito
pode ter oito classificações diferentes, ao passo em que diferencia sujeito exposto de
sujeito simples, desconsiderando sua interdependência.
Faraco e Moura destacam-se ainda, ao expor para o leitor as possíveis
representações para o sujeito e darem espaço para a oração subordinada substantiva
subjetiva e outros, que Cegalla (1985) não destacou, deixando, assim, mais esclarecido
o conteúdo. Além disso, no trato do sujeito inexistente, os autores Faraco e Moura
(1988) trazem também mais casos em que as palavras marcam esse tipo de
classificação.
No entanto, apesar de ser o texto de Faraco e Moura de mais fácil compreensão e
mais completo surgiu ainda uma questão:
Ao tratar sobre as possíveis representações do sujeito, Faraco e Moura (1988)
colocam o caso do pronome pessoa oblíquo. Para o primeiro exemplo: “Mandei-
o sair”, os autores explicam que: o pronome oblíquo “o” é o objeto direto da
primeira oração e sujeito da segunda. Diante disso surge a questão: um termo
pode desempenhar duas funções sintáticas em um mesmo contexto?
Após a leitura do texto, pode-se observar, ainda, a presença da falta de
sistematicidade nas diferentes gramáticas, ao se constatar diferenças explícitas na
construção do texto, a exemplo da classificação do sujeito. No entanto, percebe-se que,
o texto de Faraco e Moura (1988), apesar de apresentar alguns conceitos de forma
![Page 5: Faraco x Cegalla](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082815/563db7e6550346aa9a8f01d8/html5/thumbnails/5.jpg)
semelhante à Cegalla (1985), se mostra mais explicativo e simples, facilitando a
compreensão por parte do leitor.