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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA CURSO BACHARELADOEMADMINISTRAÇÃO
CARLA PATRICIA DA SILVA BRITO
A CONTRIBUIÇÃO DA LIDERANÇA NO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: Um estudo de caso da empresa Selaria Souza
REDENÇÃO – PARÁ
2015
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CARLA PATRICIA DA SILVA BRITO
A CONTRIBUIÇÃO DA LIDERANÇA NO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: Um estudo de caso da empresa Selaria Souza
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado ao curso de Bacharelado em Administração da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida, como requisito total para a obtenção de grau de Bacharel em Administração. Área de concentração: Marketing
Orientadora: Prof. Me. Maria de Nasaré Alves de Souza
REDENÇÃO – PARÁ
2015
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FICHA CATALOGRÁFICA
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CARLA PATRICIA DA SILVA BRITO
A CONTRIBUIÇÃO DA LIDERANÇA NO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: Um estudo de caso da empresa Selaria Souza
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado ao curso de Bacharelado em Administração da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida, como requisito total para a obtenção de grau de Bacharel em Administração. Área de concentração: Gestão de pessoas Orientadora: Maria de Nasaré Alves de Souza
Aprovado em: _____/_____/_____
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Profª Me. Maria de Nasaré Alves de Souza (Orientadora) Faculdade de Ensino da Superior da Amazônia Reunida – FESAR
____________________________________________
Prof.ª Ms. Chrystianne Martins de A. Mendanha Faculdade de Ensino da Superior da Amazônia Reunida – FESAR
_________________________________________________
Prof.ª Ms. Ludmila Souza Pavane Nunes Faculdade de Ensino da Superior da Amazônia Reunida – FESAR
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Mais uma vitória vencida! E isso só foi possível porque o Senhor me ajudou. Obrigado meu Deus! Toda honra e glória seja dada a Ti.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente, por ter me dado força, me mantido forte para a conclusão de mais uma etapa na minha vida. Os meus sinceros e eternos agradecimentos, aos meus pais, meus tesouros, Eva da Silva Brito e Valdeir Souza Brito, por esta sempre me Incentivando, sempre me mostrando o melhor caminho , sempre me guiando , cuidando tão bem de mim, por estarem ao meu lado em todos os momentos da minha vida. Sou grata a Deus por ter me dado pais maravilhosos, que me espelho todos os dias, que me motivam a ser uma pessoa cada dia melhor, que me ensinaram a viver a vida da forma mais simples humilde e feliz. Que mostraram o que é ter humildade, simplicidade, amor ao próximo, e que a vida e se torna muito fácil, são peças chaves para uma vida feliz. Agradeço também, a Deus, por ter me dado o melhor irmão, meu companheiro de toda caminhada, Patrick da Silva Brito, aquele que sempre está ao meu Lado, sempre me ajudando em tudo sem medir esforços, sempre com uma palavra de Conforto. A toda a minha família, meus sinceros e eternos agradecimentos. Agradeço muito, a Deus, por ter me colocado nessa caminhada, para me encher de conhecimentos, e me presentear, com uma nova irmã de coração Gerlaine dos Anjos, um presente dado por Deus, nessa caminhada, que não esteve e está comigo somente nos momentos de alegrias, somente na faculdade, e sim em todos os momentos, nos choros, nos sorrisos, sempre dando força para seguir em frente, com suas palavras sábias de conforto, com seus conselhos, com seu coração lindo, sempre ao meu lado, me apoiando para enfrentar as adversidades da vida, uma caminhada maravilhosa. Nessa caminhada encontrei pessoas que marcaram e marcarão para sempre minha vida. Agradeço muito por ter me presenteado com a amizade, e por ter feito tornar meu namorado, Alex Miguelon, por ter me dado força, por sempre ter me apoiado. Agradecer também a todos os meus grandes mestres, que fizeram parte dessa grande caminhada, em especial a minha orientadora Maria de Nasaré Alves Souza, por toda sua dedicação e paciência.
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A virada do século será a virada da emoção e não da razão, por isso vencerão as empresas que tiverem como sonho a ‘felicidade’ do seu público interno.
Analisa de Medeiros Brum
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RESUMO
A pesquisa aborda a contribuição da liderança no comportamento organizacional tendo como campo de pesquisa a empresa Selaria Souza. Entende-se que a gestão de pessoas na administração moderna requer um modelo de liderança que seja eficiente. As organizações estão inseridas em uma economia competitiva que exigem mudança de postura para sua sobrevivência e sucesso. Nesse sentido, a pesquisa faz uma abordagem teórica sobre a liderança e sua influencia no processo administrativo, fazendo uma análise sobre a liderança dentro da empresa pesquisada. O objetivo do estudo foi pesquisar a contribuição do líder no comportamento organizacional da empresa Selaria Souza, no intuito de demonstrar de forma sistemática a influencia do líder dentro de uma empresa. Para alcançar o objetivo foi realizada pesquisa bibliográfica, buscou-se em vários autores conhecimentos sobre o tema, além de pesquisa na Selaria Souza, onde foram entrevistados doze funcionários com questionários que foram imprescindíveis para resposta da problemática. As pessoas são a mola propulsora de uma empresa, nesse sentido, o modo como são lideradas refletem no processo produtivo da organização. PALAVRAS-CHAVE: Liderança. Comportamento organizacional. Organização.
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ABSTRACT
The research addresses the contribution of leadership in organizational behavior taking as a research field the company Selaria Souza. It is understood that people management in modern management requires a leadership model that is efficient. Organizations are inserted in a competitive economy requiring change of posture for their survival and success. In this sense, the research is a theoretical approach to leadership and influence in the administrative process by making an analysis of the leadership within the company searched. The aim of the study was to investigate the leader's contribution to the organizational behavior of the company Selaria Souza, in order to demonstrate systematically the influence of leader within a company. To achieve the goal was accomplished literature, sought on several authors knowledge on the subject, as well as research in Selaria Souza, were interviewed twelve employees with questionnaires that were essential to the problematic response. People are the driving force of a company, in this sense, how are led reflect the production process of the organization. KEYWORDS: Leadership. Organizational behavior. Organization.
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Fluxograma das ações da gestão de pessoas.................................. 16
FIGURA 2 Definição de organização.................................................................. 17
FIGURA 3
FIGURA 4
FIGURA 5
FIGURA 6
Vantagens e desvantagens da centralização e descentralização O.
modelo básico de comportamento humano......................................
Teoria das necessidades de Maslow.................................................
Valores pessoais x Valores organizacionais.....................................
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30
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Linguagem reativa e proativa............................................................ 23
TABELA 2 Diferença de gerente e Líder............................................................. 27
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LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 A Selaria Souza e o ambiente de trabalho na visão do entrevistado 37
GRÁFICO 2 A empresa e a participação da equipe.............................................. 39
GRÁFICO 3 O líder dentro da organização........................................................... 40
GRÁFICO 4 A satisfação do funcionário em relação a liderança.......................... 42
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
2 A GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO MODERNA ........................... 15
2.1 O QUE É GESTÃO DE PESSOAS? ................................................................... 15
2.2 OS OBJETIVOS DA ORGANZIAÇÃO ................................................................. 17
2.3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL .......................................................... 21
2.4 CLIMA ORGANIZACIONAL E CULTURA ORGANIZACIONAL .......................... 23
3 A LIDERANÇA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA CRESCIMENTO ORGANIZACIONAL ................................................................................................. 25
3.1 LIDERANÇA ........................................................................................................ 25
3.2 O LÍDER E A MOTIVAÇÃO ................................................................................. 28
3.3 O LÍDER E O TREINAMENTO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO .......................... 33
4 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 35
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA PESQUISA ............................................... 35
4.2 METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................ 35
4.3 ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................... 37
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 43
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45
APÊNDICE ................................................................................................................ 48
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1 INTRODUÇÃO
A administração de Recursos Humanos está se destacando como um
diferencial competitivo para as empresas na atualidade. No entanto, a gestão de
recursos humanos não carece somente de bons produtos e serviços, mas
prioritariamente de uma boa liderança. Uma empresa é composta por um conjunto
de pessoas que lidam com recursos e tecnologia, sendo assim, é fundamental uma
liderança que seja eficiente em conduzir o processo administrativo (CHIAVENATO,
2010).
Partindo da premissa de que a empresa não existe sem pessoas, entende-se
que tais pessoas que compõe a equipe de trabalho de uma empresa constroem o
que chamamos de comportamento organizacional. Segundo Robbins (2005), tem-se
como conceito:
O comportamento organizacional é um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de utilizar este conhecimento para melhor a eficácia organizacional (ROBBINS, 2005, p. 6).
Em suma, o autor afirma que, o comportamento organizacional é um
conhecimento que se preocupa com o que as pessoas fazem dentro das
organizações, e de como seu comportamento afeta o desempenho da empresa.
Nesse aspecto, o líder tem a difícil tarefa de equilibrar os interesses de sua
organização com responsabilidade perante os seus liderados.
Entende-se que o líder seja responsável por conduzir eficientemente uma
empresa. As pessoas só seguem e se deixam influenciar por um líder em que têm
confiança. Robbins (2005) afirma que a honestidade é a principal característica de
um bom líder, é a essência da liderança. No entanto, percebe-se na atualidade que
muitos funcionários não tem credibilidade sobre a liderança, o que gera insegurança
e conflitos dentro da organização.
Sendo assim, o estudo se propõe a pesquisar a contribuição do líder no
comportamento organizacional da empresa Selaria Souza, no intuito de demonstrar
de forma sistemática a influencia do líder dentro de uma empresa. O objetivo da
pesquisa foi verificar a influência e contribuição da liderança no comportamento
organizacional dentro da empresa Selaria Souza.
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O que motivou a pesquisa parte do entendimento de a liderança tem um
papel importante para o crescimento organizacional. O líder é responsável por
manter a equipe motivada e principalmente por manter equilíbrio nas relações
organizacionais.
O estudo sobre tipos de liderança tem ganhado espaço significativo dentro
da administração, isso por acreditar que as ações do líder tem impacto sobre o
comportamento organizacional. As pessoas que compõe uma equipe de trabalho
apresentam comportamentos diferentes, sendo de acordo com as determinações da
liderança. Importante frisar que os modelos tradicionais de liderança não tem
sustentação na economia globalizada na qual estamos inseridos (ZANELLI, 2008).
[...] A tendência é construir equipes autônomas de trabalho, reduzir níveis hierárquicos, desenvolver gestores para motivar e desenvolver pessoas, promover diálogos entre os participantes das diferentes áreas organizacionais por meio da construção de espaços de aprendizagem, abrir espaço para explicitação e testes de legitimidade das estratégias organizacionais também no nível intermediário e operacional, incentivar a participação da comunidade organizacional em projetos de melhoria contínua (ZANELLI, 2008, p. 72).
De acordo com o entendimento do autor a figura do líder, na administração
moderna, não se limita a mais um elemento da hierarquia, mas ao individuo que é
capaz de influenciar a equipe a desenvolver de forma satisfatória os objetivos da
empresa.
Administrar uma empresa requer habilidades em compreender e gerir os
processos de resistência à mudança e o crescimento individual e coletivo. Nesse
aspecto, a liderança está diretamente ligada à comunicação e a solução de conflitos.
Pode-se afirmar que a liderança contribui para o comportamento organizacional,
considera-se este como termômetro do crescimento da empresa.
Portanto, pesquisar sobre a liderança e sua contribuição dentro da empresa
torna-se de suma importância para a sociedade, administradores, empresários,
enfim, a todos que buscam melhoria no que diz respeito ao comportamento
organizacional.
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2 A GESTÃO DE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO MODERNA
A administração moderna traz grandes desafios para gestão de pessoas,
enfatizando que o perfil de liderança influencia diretamente no processo produtivo.
Isso porque os colaboradores espelham-se na liderança. O ambiente organizacional
pode ser afetado por fatores internos e externos, daí a necessidade de uma
liderança eficiente.
2.1 O QUE É GESTÃO DE PESSOAS?
A gestão de pessoas é uma área da administração que tem ganhado
destaque nos debates e estudos referente a administração moderna. Entende-se
que a empresa não pode crescer, nem se desenvolver sem recursos humanos.
Chiavenato (2005, p. 401), defende que “A administração é profundamente
influenciada pelas pressuposições implícitas ou explícitas a respeito da natureza das
pessoas”.
Atualmente, a gestão de pessoas denominada Recursos Humanos (RH) tem
sofrido modificações significativas, no intuito de aprimorar e enriquecer a gestão de
pessoas dentro da organização.
Segundo Chiavenato (2010, p.6):
A Gestão de Pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização [...] e de uma infinidade de outras variáveis importantes (CHIAVENATO, 2010, p. 6).
De acordo com o autor a gestão de pessoas tem um papel importante no
crescimento organizacional, visto que é dela que parte o capital humano da
empresa. No entanto, a evolução da gestão de pessoas ganhou significância maior
na década de 1990, na qual denominada “Era da informação”.
Nessa nova perspectiva, a partir da década de 90, novos modelos
administrativos surgem voltados para a gestão de pessoas. Onde se prioriza o
colaborador, se pensa neste não como custo para empresa, mas como capital
humano, um investimento da organização.
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Dentro da área administrativa o maior impacto sobre a gestão de pessoas se
concentrou no departamento de RH. Entende-se que gerir pessoas requer
habilidades e principalmente quebra de paradigmas. A empresa moderna não pode
estar presa em modelos tradicionais, lideranças autoritárias ficaram evidentes que
esses modelos administrativos não contribuem para o crescimento organizacional.
É importante ressaltar que a gestão de pessoas é responsável bela
integração de todos os departamentos que compõe a empresa, para que estes
executem suas atividades alcançando assim os objetivos da organização que é o
crescimento. Segundo Robbins (2003) as ações da gestão de pessoas podem ser
exemplificadas de acordo com o fluxograma abaixo.
Figura 1: Fluxograma das ações da gestão de pessoas
Fonte: Robbins (2003, p. 62).
Portanto, a gestão de pessoas é responsável pelo equilíbrio organizacional,
essa premissa parte desde o processo de recrutamento do colaborador até sua
saída da empresa. Uma gestão eficiente do RH da empresa é garantia de
produtividade com eficiência e consequentemente crescimento organizacional.
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2.2 OS OBJETIVOS DA ORGANZIAÇÃO
A palavra organização tem sido alvo de inúmeros debates na sociedade
atual e principalmente no meio administrativo, no entanto, Sobral e Peci (2013)
afirmam que o conceito de administração envolve entidade social e função da
administração. Entende-se que tais conceitos são distintos, porém interligados como
exemplifica a figura abaixo.
Figura 2: Definição de organização
Fonte: Sobral, Peci, 2003, p. 249
Em suma a organização pode ser definida “como a função da administração
responsável pela distribuição de tarefas e recursos pelos membros da empresa e
pela definição de quem tem autoridade sobre quem (SOBRAL, PECI, 2013, p. 251)”.
Sendo assim, a organização que determina as o mecanismos de comunicação e
coordenação entre seus membros.
Em conformidade Cervante (2003, p. 383) defini organização como uma
“articulação ou arrumação deliberada de pessoas, que visa realizar um ou mais
Organização
Organização
como função
da
administração
Organização
como entidade
social
Grupo estruturado de pessoas que atuam em conjunto para alcançar objetivos comuns
Função da administração responsável pela distribuição do trabalho, recursos e autoridade pelos membros da organização
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propósitos específicos usando determinada tecnologia”. A organização possui
objetivos estabelecidos e estes são executados por seus membros utilizando os
recursos e tecnologia necessários.
Sendo assim, a organização é um processo constante de tomada de decisão
no intuito de atingir os objetivos propostos no planejamento. Para isso, é
fundamental que a organização dividir-se em departamentos no intuito de integrar e
interagir para alcançar os objetivos.
Chiavenato (2009, p. 3) afirma que organizações “[...] são unidades sociais
ou agrupamentos humanos intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de
atingir objetivos específicos”. Portanto, elas não constituem uma unidade pronta e
acabada, mas um organismo social vivo e sujeito a constantes mudanças e
transformações em seu caminho de desenvolvimento, aprendizado e busca de
excelência.
A organização envolve no processo de tomada de decisão dois aspectos:
diferenciação e integração. O processo de diferenciação consiste na divisão das
atividades e tarefas organizacionais. Além da divisão do trabalho a diferenciação
também faz agrupamento e associação de tarefas. Já a integração é o oposto da
diferenciação, no entanto esta consiste no processo de coordenação dos
departamentos.
“À medida que a organização cresce, novos departamentos e posições são
acrescentados para lidar com novos fatores do ambiente externo, tornando o
processo de integração e coordenação mais difícil e complexo (PECI, SOBRAL,
2013, p. 252)”. Nesse sentido o processo de coordenação dentro da organização
requer habilidades e conhecimentos, visto que a coordenação ineficiente
compromete toda organização.
A hierarquização dentro da organização é m fator importantíssimo para
empresa. Para maior compreensão da hierarquia organizacional as empresas
adotam a estrutura organizacional o organograma.
O organograma é uma representação gráfica da hierarquia dentro da
organização. Consiste em um instrumento de comunicação que visa tornar público a
forma de gestão dentro da empresa. Esse elemento é primordial pra evitar conflitos
entre líderes e liderados, além de facilitar o processo comunicativo.
De acordo com sobral e Peci (2013) os administradores independentes do
nível que estejam na hierarquia são responsáveis pela organização das tarefas na
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qual são de sua competência. As organizações realizam diversas tarefas e
atividades, para que elas sejam executadas de forma eficiente é fundamental que
sejam simples e bem divididas.
A Escola Clássica de Administração popularizou a especialização do
trabalho que consiste no grau em que as tarefas são divididas e padronizadas para
que os funcionários possam aprender e realizá-las de forma eficiente. As
organizações diferem dividem minuciosamente para facilitar a aprendizagem do
trabalhador e para que qualquer pessoa com mínimo de treinamento possa executá-
la.
Uma das consequências da divisão do trabalho é a diferenciação vertical
dentro da organização. A cadeia de comando diz respeito ao processo de
hierarquização que acontece isso significa que as ordens vem de cima para baixo,
deixando explícito quem deve responder a quem.
Segundo Sobral e Peci (2013) cadeia de comando é a relação entre
subordinados e seu superior hierárquico. Porém, é importante frisar que na
administração moderna esse conceito é pouco observável.
Importante salientar que o controle exercido pela organização tem uma
amplitude, que significa a distribuição o número de pessoas subordinadas a um
gestor. Esse número de subordinados é fundamental para um processo eficiente.
Diante dessa afirmativa têm-se a departamentalização dentro da
organização que consiste na tomada de decisão horizontal. O departamento tem
como objetivo agrupar e integrar e tarefas e atividades e funcionários em uma
unidade organizacional.
Em suma a departamentalização consiste em uma unidade de trabalho, que
agrega diferentes tarefas sob a direção de um gestor. Esse agrupamento não diz
respeito somente a tarefas, mas também os recursos humanos.
Dentro da departamentalização temos a centralização e descentralização da
tomada de decisão. A centralização e descentralização consistem nas decisões
tomadas dentro do processo hierárquico.
No modelo de centralização a tomada de decisão fica concentrada no topo
da organização, não sendo atribuído aos subordinados esse poder. Já na
descentralização a autoridade é distribuída entre os níveis inferior da organização.
Em algumas empresas são feitas delegações de atribuição de decisão dentre os
subordinados.
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De acordo com alguns estudiosos o grau de centralização pode
comprometer o processo organizacional, pois na medida que a empresa cresce
consequentemente cresce os problemas e a centralização pode gerar morosidade e
pouco resolubilidade desses problemas.
As organizações interagem com os ambientes seja interno ou externo e
definem sua formalização. Em suma a formalização consiste no controle da
organização sobre os indivíduos, é uma forma de reduzir a capacidade de decisão e
autonomia dos liderados.
De forma geral, o alto grau de formalização é associado aos efeitos perversos da burocracia e pode fazer com que os membros organizacionais se orientem mais para obedecer as regras do que para alcançar as metas organizacionais. A ameaça à liberdade individual pode tornar-se, a longo prazo, uma ameaça para própria organização, uma vez que esta pode perder a capacidade de adaptar-se a mudanças ambientais (SOBRAL, PECI, 2013, p. 267).
A formalização no processo organizacional pode tornar as atividades
rotineiras e burocráticas. O nível de burocracia pode influenciar no processo
produtivo e na tomada de decisão.
Na organização a autoridade é uma forma de poder na qual o líder possui
para liderar os liderados e ser respeitado enquanto líder. Temos vários tipos de
autoridade como: autoridade de linha e autoridade de assessoria.
A autoridade de linha consiste na atuação dos gestores em busca de
alcançar os objetivos organizacionais. Em função de estar alinhada com os objetivos
organizacionais, essa autoridade é flexível e vai de acordo com as necessidades
organizacionais. Já a autoridade de assessoria diz respeito à autoridade dos
departamentos, grupos que dão apoio os gestores de linha, os departamentos com
autoridade de assessoria são: departamento de finanças, gestão de pessoas,
jurídico, entre outros.
São vários os tipos e fontes de poder, dentre os tipos de poder temos: poder
coercitivo, poder de recompensa, poder legítimo, poder referente e poder de
competência.
O poder coercitivo consiste em ações como punir ou recomendar sanções. O
poder de recompensa refere-se a ação de premiar ou recompensar, o poder legítimo
diz respeito ao poder formal que é dado aos superiores na hierarquia. O poder
referente diz respeito à capacidade de fazer com que os outros acreditem em você.
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E o poder de competência diz respeito as competências, conhecimentos e aptidões
distintas.
Toda organização possui o desenho organizacional que refere-se a um
conjunto de decisões sobre elementos estruturais com o objetivo de definir uma
estrutura adequada à estratégia e ao ambiente da organização (SOBRAL, PECI,
2013).
A função da organização é uma das formas mais sofisticadas da
administração moderna e requer analise critica do processo administrativo, além de
hierarquização dos departamentos, que é fundamental para gestão.
Nesse aspecto, é importante frisar que para o crescimento organizacional
requer atenção de vários fatores internos e externos. Os componentes do ambiente
podem interagir de duas formas, influência que refere-se a uma entidade poder
afetar de alguma forma o comportamento, a posição ou qualquer característica da
outra, e o controle, no caso em que uma entidade exerce alguma forma de domínio
sobre a outra.
O ambiente organizacional como visto, é constituído por entidades que
influem sobre a organização ou sobre um grupo correlato de organizações em suas
ações competitivas ou sofrem influência da organização ou estas os controlam de
alguma forma.
2.3 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
A comunicação e o comportamento organizacional são fundamentais para o
crescimento organizacional. Segundo Lotz (2012, p. 64) “A comunicação está para a
organização assim como o sangue está para o corpo humano”.
Segundo Lotz as comunicações nas organizações podem gerar vida,
sinergia, satisfação, aprendizado, oportunidades, mas também pode conduzir a
conflitos disfuncionais, resistências, barreiras emocionais e toda sorte de patologias
como a ineficiência e a ineficácia organizacional (LOTZ, 2012).
Para Robbins (2003), a comunicação pode ser entendida como um processo
ou fluxo e os problemas de comunicação ocorrem quando acontecem desvios ou
bloqueios nesse processo, que é um modelo composto de sete elementos:
fonte/emissor, codificação, mensagem, canal, decodificação, receptor e feedback.
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Nesse aspecto, entende-se que o comportamento organizacional tem
influencias direta no processo produtivo da empresa o que pode ser bom ou ruim
para o crescimento organizacional. Sendo assim, a liderança tem que estar
preparada para lidar com estas situações dentro da empresa.
O comportamento organizacional é uma área bastante abrangente, visto que
compreende o comportamento humano dentro da organização. As empresas são
compostas de pessoas de diferentes culturas daí a necessidade de harmonização
dentro da equipe.
O desenvolvimento de pessoas dentro da organização está diretamente
relacionado à proatividade dos colaboradores. A linguagem utilizada pelos gestores
e colaboradores oferece um mapa de quanto o corpo social da empresa está reativo,
ou o quanto os colaboradores se percebem proativos em relação aos desafios
pessoais e organizacionais.
É importante observar que a linguagem reativa é totalmente baseada em
operadores modais de necessidade e de impossibilidade. É como o colaborador
expressa a representação de uma situação. A linguagem reativa promove estados
internos enfraquecedores de recursos, tais como desânimo, apatia, tristeza,
sensação de derrota, entre outros.
Em suma, Lotz (2012, p. 67) exemplifica na tabela abaixo:
Tabela 1: Linguagem reativa e proativa
Linguagem reativa Linguagem proativa
“Não há nada que eu possa fazer” “Vamos procurar alternativas”
“Sou assim e pronto” “Posso tomar outra atitude”
“Posso tomar outra atitude” “Posso controlar meus sentimentos”
“Eles nunca vão aceitar isso” “Vou buscar uma apresentação eficaz”
“Tenho de fazer isso” “Preciso achara reação apropriada”
“Não posso” “Eu escolho”
“Eu não tenho escolha” “Eu prefiro”
“Ah, se eu pudesse... “ “Eu vou fazer” Fonte: Lotz, (2012, p. 67).
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O líder que reconhece suas habilidades e sua função dentro da organização
está ciente que seu comportamento influencia diretamente no comportamento da
equipe. Portanto, o estilo de liderança será determinante para o crescimento ou não
da empresa.
Na arte da comunicação organizacional uma das características mais
importantes, considerada a chave de ouro para comunicação, é saber ouvir. Ouvir o
que uma pessoa tem a dizer é uma das grandes declarações e reconhecimentos de
valor que podemos oferecer a essa pessoa. Quando um colaborador se sente
ouvido pelo líder, a mensagem intrínseca que fica é: “Você é importante”. O
colaborador sente que tem valor para empresa, e torna-se recíproco com a liderança
a arte de ouvir.
Uma comunicação eficiente dentro da organização contribui para minimizar
comportamento conflituoso. Comportamentos conflituosos podem ocasionar custos
severos à organização, por conta da rotatividade de pessoal, de falhas de execução
e de menor produtividade, assim como pela baixa autoestima dos colaboradores.
2.4 CLIMA ORGANIZACIONAL E CULTURA ORGANIZACIONAL
Para Galvão (2014) a cultura organizacional pode ser comparada com a
filosofia que permeia a organização, enquanto o clima organizacional refere-se a
política empregada para consecução da filosofia existente. A semelhança entre os
conceitos se á pelo fato dos dois elementos interagirem no mesmo cenário: a
organização.
Sendo assim, o clima e a cultura organizacional são responsáveis por
nortear o comportamento e o desempenho dos colaboradores, que a partir dessa
interação, produzem suas percepções compartilhadas sobre o agir da organização.
Nesse aspecto, Maximiano (2002, p. 242) afirma que: “a cultura
organizacional abrange normas informais de conduta, hábitos, crenças, valores e
preconceitos, cerimônias e rituais, símbolos e outros comportamentos”. O clima e a
cultura organizacional estão intimamente relacionados não podendo dissociá-los.
Pode-se dizer que a cultura é a causa e o clima é a consequência, e que
este, apesar de ser intangível, tem manifestação concreta. O clima organizacional
pode ser considerado como um fenômeno temporal, uma vez que representa o
estado de ânimo dos colaboradores em determinada situação.
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Segundo Leitão (1994, p. 22) clima organizacional é “um construto molar
refletindo o conteúdo e força dos valores prevalentes, normas atitudes,
comportamentos e sentimentos dos membros do sistema”. Nesse sentido o autor
afirma que as diversas situações organizacionais contribuem significativamente para
a percepção do indivíduo sobre sua organização.
Já Chiavenato (1994, p. 78) indica clima organizacional como “ambiente
interno existente entre os membros da organização e que está intimamente
relacionado com o grau de motivação de seus participantes”. Para que o colaborador
desenvolva suas atividades eficientemente é fundamental que este esteja motivado,
daí a necessidade do líder propiciar condições que motivem os colaboradores.
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3 A LIDERANÇA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA CRESCIMENTO
ORGANIZACIONAL
3.1 LIDERANÇA
No contexto empresarial atual, gestores e colaboradores precisam estar
alinhados em uma única direção. Os lideres das empresas, gestores, precisam
incentivar, motivar e estimular seus colaboradores a atingir e superar as metas
planejadas.
É relevante frisar que o líder tem como desafio desenvolver, motivar,
selecionar benefícios e melhorar o clima organizacional dos colaboradores.
Bergamini (1994) afirma que:
A preocupação com a liderança é tão antiga quanto a história escrita: A república de Platão constitui um bom exemplo dessas preocupações iniciais ao falar da adequada educação e treinamento dos líderes políticos, assim como da grande parte dos filósofos políticos que desde essa época procuraram lidar com esse problema (BERGAMINI, 1994, p. 17).
Na administração moderna o líder torna-se uma figura essencial nas
organizações que buscam o sucesso por meio do desenvolvimento de seus
parceiros, de suas equipes de trabalho. Esse indivíduo torna-se um transmissor da
comunicação, dos objetivos da organização, fazendo-os compreensíveis para as
pessoas, viabilizando a assimilação dos objetivos e a adoção de mudanças quando
necessário.
Em consonância Behnke (org) (2014) afirma:
Os líderes devem servir como moderadores e modeladores, em vez de tentar controlar as opções de decisão recomendadas, e precisam desenvolver o talento de cada individuo do grupo, treinando-os para que tomem decisões acertadas avaliando de forma crítica as alternativas utilizadas e incentivando a busca contínua por informações e conhecimentos para que os colaboradores tenham uma maior objetividade e empreguem um maior esforço em favor da equipe. Tendo isso em vista, depreende-se que os líderes têm o papel significativo na criação do estado de espírito que define a sociedade, servindo como símbolos de moral (Behnke (org), 2014, p. 50).
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Para o autor Behnke (org) (2014) o grande desafio da administração é fazer
com que os indivíduos unirem esforços e as inteligências para realização de uma
tarefa, de uma meta.
Liderança é a capacidade que temos de influenciar as pessoas por meio dos gestos, da comunicação, dos exemplos e das ações, fazendo com que os indivíduos atinjam as metas propostas e passem a acreditar em algumas crenças e conceitos que o líder ensina (BEHNKE, (org), 2014, p. 52).
Em conformidade com esse pensamento Hunter (2004, p. 25) diz que
“Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente
visando contribuir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”.
Diante do crescente desafio da concorrência e da mudança tecnológica, o líder
torna-se, essencialmente, o principal promotor dos ajustes necessários para que a
organização continue a concretizar seus objetivos.
Fazer com que a empresa cresça e se consolide no mercado competitivo é
um grande desafio que exige competência por parte do líder.
Segundo Chowdhury (2003) enfatiza que:
A preparação para o futuro digital e globalizado tem mostrado a necessidade de uma liderança nova e diferente – inovadora, apaixonada, baseada nas emoções. Esses são os líderes cujo sonho e ideias originais constituem a verdadeira vantagem competitiva (CHOWDHURY, 2003, p. 18).
A liderança tem se tornado um fator primordial para o crescimento
organizacional e para o desenvolvimento da equipe dentro da organização. Entende-
se que a liderança de poder de influencia sobre os liderados para direcioná-los de
forma criativa e inovadora. Para que isso ocorra é fundamental que o líder tenha
credibilidade de seus liderados.
Sendo assim, a liderança possui vários tipos que consistem na maneira pela
qual uma pessoa lidera as demais no grupo, são os padrões recorrentes no
comportamento do líder que repercutem na dinâmica de interação com a equipe de
trabalho. Os tipos básicos de liderança: a autocrática, a democrática, a liberal e a
situacional (Robbins, 2003).
Na liderança autocrática, a chefia tem uma atuação mais centralizadora e
diretiva, exige obediência do grupo e decide “o que” e “como” as tarefas devem ser
27
executadas. Uma das características presentes no grupo de trabalho pode
apresentar sinais de tensão, frustração e descontentamento. Esse modelo é
assimilado com o modelo gerencial de Taylor e Fayol.
Na liderança democrática o chefe ouve as ideias, aceita e acata as
sugestões oferecidas pelas equipes, estimulando as discussões e encorajando os
colaboradores da organização a trabalharem em equipe. Esse perfil de liderança tem
como característica a maior produtividade no trabalho e um clima de satisfação,
maior comprometimento e maior integração grupal.
Na liderança liberal o chefe estimula e inicia a criatividade do grupo,
transmitindo informações e tendo um controle mínimo das atividades. A ênfase
desse modelo se concentra nos subordinados.
Por fim, na liderança situacional é comum considerar a liderança
democrática como a mais eficaz na condução de equipes, porém, na realidade, não
é bem assim, Segundo Chowdhury (2003, p. 56) “Chefiar consiste na habilidade e na
competência de saber utilizar os estilos de liderança, dependendo da situação, da
equipe e das tarefas”.
Nesse aspecto, o tipo de liderança utilizado dentro da empresa deve estar
de acordo com a realidade desta. No entanto, é fundamental que o líder faça uma
análise do clima organizacional para a partir daí implantar seu método de liderança.
Alguns estudiosos diferenciam a gerencia da liderança, sendo assim, Bennis
(1998) faz a seguinte distinção:
Tabela 2: Diferença de gerente e Líder
GERENTE LÍDER
Administra Inova
prioriza sistemas e estrutura Prioriza as pessoas
Tem uma visão de curto prazo Tem perspectiva de futuro
Pergunta como e quando Pergunta o quê e por quê
Exerce o controle Inspira confiança
Aceita e mantém o status quo Desafia o status quo
É o clássico bom soldado É a sua própria pessoa
Faz certo as coisas (é eficiente) Faz as coisas certa (é eficaz) Fonte: Bennis (1998, p. 42)
28
As organizações precisam das duas características, porém, o individuo que
estiver frente a liderança da equipe precisa ter a habilidade de se trabalhar com
esses comportamentos, não sendo somente um gerente, mas um líder, priorizando
as pessoas e incentivando-as a realizar os resultados esperados.
3.2 O LÍDER E A MOTIVAÇÃO
O líder é a figura que motiva a equipe para atingir os objetivos da
organização. É aquele que conduz que direciona que acompanha o processo
administrativo para que se tenha êxito.
A motivação constitui um importante campo do conhecimento da natureza
humana e da explicação do comportamento humano. Para compreender-se o
comportamento das pessoas torna-se necessário conhecer sua motivação. É difícil
definir exatamente o conceito de motivação, uma vez que a terminologia tem sido
utilizada com diferentes sentidos.
Chiavenato (2009, p. 121) diz que motivo “é tudo aquilo que impulsiona a
pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a um
comportamento específico”. Esse impulso à ação pode ser provocado por um
estímulo externo e pode também ser gerado internamente nos processos mentais.
Em detrimento de sermos diferentes a motivação varia de indivíduo para
indivíduo, produzindo padrões de comportamentos. Sendo assim, a motivação para
realização de algo será diferente para cada pessoa.
A maioria dos estudiosos considera a motivação humana como um processo
psicológico estreitamente relacionado com o impulso ou com a tendência a realizar
com persistência determinados comportamentos (WALGER, 2014).
Segundo Robbins (2005, p. 132) “a motivação é o resultado da interação do
indivíduo com a situação”. É a motivação que impulsiona as pessoas a agirem em
direção aos objetivos, é ela que mantém o indivíduo persistente para alcança-los.
Para Walger (2014, p. 122) “o termo motivo vem do elemento MOV =
MOVER, daí vem a ação de mover, isto é, motivação”. Nesse sentido, quando afirmo
que alguém está motivado, significa que este moveu-se para determinado objetivo.
No trabalho a motivação é fundamental para conquista dos objetivos
organizacionais, sendo assim, o líder não motiva o colaborador, mas pode estimular
e despertar sua motivação.
29
Segundo Chiavenato (2009) o primeiro passo para conhecer a motivação
humana é o conhecimento do que ocorre no comportamento das pessoas (figura 5).
Figura 4: O modelo básico de comportamento humano.
Fonte: Chiavenato, 2009, p. 123
Conforme Chiavenato a pessoa tem um estímulo que desencadeia uma
necessidade ou desejo, que é considerada uma zona de tensão e desconforto, no
entanto o que determinara se ele atingirá o objetivo é seu comportamento diante
dessa necessidade. Nesse sentido, pode-se afirmar que a motivação percorre
etapas de equilíbrio e desequilíbrio.
O ciclo motivacional pode passar por vários níveis: uma necessidade pode
ser satisfeita, frustrada (quando a satisfação é impedida por algo) ou compensada (a
satisfação é transferida para outro objeto). Muitas vezes o individuo está motivado
para algo, no entanto, podem surgir uma barreira ou obstáculo que lhe impeçam a
satisfação da necessidade.
A motivação no trabalho refere-se à orientação do colaborador para realizar
com presteza e eficiência suas tarefas e persistir na sua execução até conseguir o
resultado previsto ou esperado.
[...] é importante destacar, ainda, a questão do sentido que as pessoas dão ao seu trabalho, uma vez que se torna difícil experimentar qualquer tipo de satisfação motivacional quando se está ligado a um trabalho que não tem ou não faz o menor sentido para elas (WALGER, 2014, p. 26).
O incentivo para o trabalho é um composto que envolve não somente os
indivíduos e suas motivações individuais, como também o trabalho desenvolvido e a
organização em que se trabalha. Sendo assim, é fundamental que o colaborador
entenda o sentido e objetivo da organização.
30
A satisfação de algumas necessidades é temporal e passageira, ou seja, a
motivação humana é cíclica e orientada pelas diferentes necessidades. O
comportamento vive um processo contínuo de resolução de problemas e satisfação
de necessidades.
Maslow formulou uma teoria da motivação com base no conceito de
hierarquia de necessidades que influenciam o comportamento humano. O homem é
um ser que expande suas necessidades no decorrer de sua vida. A teoria da
motivação formulada por Maslow é descrita na imagem abaixo.
figura 5: teoria das necessidades de Maslow
Fonte: Chiavenato, 2009, p. 125.
Na hierarquia de Maslow as necessidades são divididas em duas classes, as
primárias e as secundárias. As primarias englobam as necessidades básicas que
são fundamentais para o homem, como alimentação, moradia, segurança e as
necessidades fisiológicas. Já as secundárias são as que envolvem aspectos sociais
e profissionais como, autor respeito, amizade, reconhecimento, utilização plena dos
talentos individuais, entre outros.
Walger (2014) diz que a motivação é um elemento importante do
comportamento humano, porém não é o único. É necessário outras características
do comportamento, tais como percepção, personalidade, atitudes e aprendizado. A
31
junção desses fatores compõe uma identidade psicológica que contribui para o nível
de comprometimento dos funcionários.
De acordo com esse entendimento para que o colaborador esteja motivado é
preciso que o mesmo tenha conhecimento sobre sua ação dentro da empresa. O
comprometimento com os objetivos organizacionais requerem capacitação do
profissional para que ele execute de forma eficiente.
No que tange a motivação no ambiente de trabalho, hoje, há um grande
impasse: a motivação é do indivíduo apenas ou pode ser despertada por outras
pessoas?
Para compreensão do questionamento é importante ressaltar que temos dois
tipos de motivação a intrínseca (do indivíduo) e motivação extrínseca (do ambiente).
Alguns estudiosos acreditam que é possível motivar o ser humano por meio de
técnicas e ferramentas (extrínsecas), já outros afirmam que ninguém motiva
ninguém.
É polêmico falar sobre a motivação humana, isso porque envolve aspectos
psicológicos e comportamentais. Bergamini (2008, p. 64) afirma que a motivação
“[...] é um tipo de ação que vem dos próprios indivíduos [...] de uma fonte autônoma
de energia cuja origem se situa no mundo interior de cada um e que não responde a
qualquer tipo de controle do mundo exterior”. Para autora, a motivação é inerente e
particular de cada indivíduo e que o papel do líder é apenas despertar a motivação
latente do indivíduo.
O líder para despertar a motivação do colaborador é necessário implantar
políticas organizacionais de valorização dos colaboradores. O incentivo salarial é
uma técnica motivacional que tem bastante influência inicial sobre a vida profissional
dos indivíduos, no entanto, não é fator determinante para motivação no trabalho.
Quando os esforços e conhecimento do trabalhador são ignorados, a
tendência é que ele se sinta desmotivado e resistente para possíveis mudanças
propostos pela organização.
È necessário que a empresa reconheça e valorize os funcionários que se
esforçam para atingir os objetivos organizacionais. Fica evidente que colaborador
não valorizado não tem muito compromisso com o crescimento organizacional.
O homem é a soma de suas relações sócias e profissionais, as experiências
ocorridas na vida do individuo é que determinará sua ação ou reação. A motivação é
32
intrínseca, no entanto, as ações externas podem influenciar e impulsionar para
motivação.
Em conformidade Walger (2014) elucida a relação entre valores pessoais e
valores organizacionais:
Figura 6: Valores pessoais x Valores organizacionais
Fonte: Walger, 2014, p. 34.
De acordo com Walger a motivação esta medida pela forma como a
organização trata seu empregado, como se relaciona com seu capital humano.
Sendo assim, a motivação no trabalho esta diretamente relacionada com o modelo
de liderança adota e a estrutura organizacional.
Em suma, colaboradores entusiasmados e motivados para atingir metas,
encarar desafios, atender e superar as expectativas dos clientes e fornecedores,
internos e externos, faz a diferença e representam uma vantagem competitiva no
mundo dos negócios.
Uma importante estratégia de valorização ao colaborador consiste em
capacitação profissional, é imprescindível que a empresa invista em conhecimento,
pois assim, além de motivar o funcionário tem mão de obra qualificada.
33
3.3 O LÍDER E O TREINAMENTO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO
Vive-se um momento de extrema competitividade entre as organizações e
cada vez mais é necessária que os colaboradores estejam capacitados para
exercerem suas atividades com excelência. Treinamento é um instrumento
indispensável para o crescimento da organização, Marras (2001, p. 145) classificam
treinamento como: “é um processo de assimilação cultural em curto prazo, que
objetiva repassar ou reciclar conhecimento, habilidades ou atitudes relacionadas
diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho”.
Chiavenato (1999) apresenta vários conceitos de treinamento:
Treinamento é o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. O propósito do treinamento é aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos, influenciando seus comportamentos. [...] Treinamento é o processo educacional de curto prazo aplicado de maneira sistemática e organizado, através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos. [...] Treinamento é o processo de ensinar aos novos empregados as habilidades que eles necessitam para desempenhar seus cargos. (CHIAVENATO, 1999, p. 295).
Compreende-se que o treinamento tem como objetivo prima o
aperfeiçoamento na execução de uma atividade “A maioria dos treinamentos visa à
atualização e ao aperfeiçoamento das habilidades técnicas dos funcionários”
(Robbins 2002, p. 469). O treinamento neste aspecto é utilizado pela empresa com o
intuito de retorno para empresa e para o profissional. Um profissional bem
qualificado para sua atividade possui motivação significativa para produzir melhores
resultados para organização.
O treinamento tem que ser algo planejado de acordo com a realidade e
necessidades da empresa, tem que estar contextualizado, caso contrário perde sua
objetividade.
Na atualidade o treinamento é visto como um instrumento de desenvolver
competências nas pessoas com objetivo de torná-las mais produtivas, criativa e
inovadora, para que contribuam cada vez mais para o crescimento organizacional.
Através do treinamento o colaborador assimila informações, aprende habilidades,
resolve conflitos internos, sendo este processo satisfatório tanto para o funcionário
34
quanto para organização.
Segundo Volpe apud Carvalho (1993), os principais objetivos do treinamento
são:
Preparar os colaboradores para a execução imediata das inúmeras tarefas
características da organização por meio da transmissão de informações e do
desenvolvimento de habilidades;
Dar oportunidades para o contínuo desenvolvimento pessoal, não somente
em seus cargos atuais, como também para as outras funções para quais o
indivíduo pode ser considerado.
Mudar as atitudes dos indivíduos, com o objetivo de criar um clima satisfatório
entre os empregados, aumentando a motivação dos mesmos e tornando-os
mais receptivos à supervisão e gerência.
Diante do mundo globalizando em que as organizações estão inseridas, não
pode deixar de lado a importância dos programas de treinamento técnico, visto que
o treinamento aumenta o nível de proficiência de habilidades de um grupo
organizacional. As empresas no mercado atual devem investir mais que nunca em
treinamentos, Robbins (2002, p. 241) elucida sobre essa importância: “A competição
intensificada, as mudanças tecnológicas e a busca de aumento da produtividade
estão aumentando as demandas de qualificação dos funcionários”.
No intuito de obter um programa de treinamento eficiente é imprescindível
observar o que diz Minicucci (1995, p. 182) “O treinamento pode ser considerado um
esforço planejado, organizado, especialmente projetado para auxiliar os indivíduos a
desenvolverem suas capacidades”.
Dentro da empresa pesquisada, percebe-se que a elaboração de um
programa de treinamentos é algo fundamental, e que os treinamentos sigam os
passos de diagnóstico até o processo de avaliação, sendo assim obterão os
objetivos propostos.
35
4 MATERIAIS E MÉTODOS
O tópico aborda a pesquisa realizada na empresa Selaria Souza, onde
investigou sobre o perfil de liderança e a percepção dos funcionários sobre a
influência do líder no processo produtivo. Traz a análise dos dados em gráficos para
maior compreensão da temática proposta.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA PESQUISA
A Selaria Souza já faz historia no segmento country como empresa de
sucesso que alia alta qualidade de produtos e bons preços. Fundada em 1998 na
cidade de Redenção - PA iniciando sua produção confeccionando produtos
agropecuários como selas de montaria, entre outros produtos no ramo agropecuário
e moda country.
A empresa tem como escopo básico de seu planejamento o atendimento
com ênfase na atenção, e competência profissional, mesmo sendo uma empresa
estruturada por equipe familiar.
As equipes são formadas e estruturadas como base familiar da empresa,
sendo os mesmo com capacitação técnica e observando os preceitos éticos que
regem a instituição que considera a qualidade dos produtos fabricados e
atendimento qualificado. Hoje a empresa é composta por 13 funcionários, sendo os
mesmo delegados as funções individuais.
4.2 METODOLOGIA DA PESQUISA
A pesquisa científica, na área da administração, seve para o processo de
aquisição e construção do conhecimento. Uma pesquisa pode se resumir ao ato de
consultar determinadas fontes, já a pesquisa científica, por sua vez é de outra
natureza serve para o processo de aquisição e construção do conhecimento.
Segundo Vieira (2010, p. 11) “Realizamos uma pesquisa científica quando
objetivamos contribuir para o crescimento da ciência, quando nos propomos a testar
uma determinada tese ou a refutar [...]”. O conhecimento científico é fundamental
para a construção de uma pratica administrativa eficiente, isso porque a
Administração é uma ciência.
36
Sendo assim, a presente pesquisa será bibliográfica e de campo. No que
tange a bibliografia será pesquisado livros, sites, revistas eletrônicas entre outras
fontes que serão imprescindíveis para elucidação da temática. Já a pesquisa de
campo acontecerá na Selaria Souza LTDA no município de Redenção - PA.
A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. O estudo da literatura pertinente pode ajudar a planificação do trabalho, evitar publicações e certos erros, e representa uma fonte indispensável de informações, podendo até orientar as indagações (MARCONI; LAKATOS, 2008, p. 160).
O método utilizado na pesquisa será o hipotético-dedutivo, visto que esse
método parte da formulação de um problema, a confecção de uma hipótese que
termina com sua comprovação ou negação (MARCONI; LAKATOS, 2008).
A presente pesquisa é quanti-qualitativa, isso porque fará uma análise
qualitativa com a utilização da observação e quantitativa porque serão colhidos
dados quantificáveis. Segundo Vieira (2010, p. 107) “[...] Em geral, uma pesquisa
quantitativa se pauta pela busca da comprovação ou a negação de uma hipótese
assumida quando há o delineamento do trabalho por meio da coleta de dados [...]”.
Para coleta desses dados quantificáveis serão elaborados questionários
semiestruturados para entrevistas com o Administrador da empresa e os
colaboradores.
Para Andrade (2006, p. 146) “A entrevista constitui um instrumento eficaz na
recolha de dados fidedignos para elaboração da pesquisa, desde que seja bem
elaborada, bem realizada e interpretada”. Nesse sentido, serão elaborados
criteriosamente questionários com perguntas que elucidem e respondam a
problemática proposta.
Em conformidade Amaro et al. (2004, p. 3) conceitua:
Um questionário é um instrumento de investigação que visa recolher informações baseando-se, geralmente, na inquisição de um grupo representativo da população em estudo. Para tal, coloca-se uma série de questões que abrangem um tema de interesse para os investigadores, não havendo interação direta entre estes e os inquiridos.
37
Os dados coletados por meio de entrevistas e observação ao campo serão
analisados criteriosamente, podendo seus resultados serem apresentado por
relatórios, gráficos ou tabelas.
4.3 ANÁLISE DOS DADOS
Os dados foram coletados por meio de questionário de entrevista
direcionado a doze funcionários da empresa pesquisada. Inicialmente questionou se
a empresa Selaria Sousa é um bom ambiente para se trabalhar, 100% responderam
que sempre. Perguntou-se também se estão satisfeitos com o trabalho realizado e
100% afirmaram que sempre. Foi perguntado ainda se o clima de trabalho entre a
equipe é bom, 90% disseram que sempre e 10% quase sempre (gráfico 1).
Gráfico 1: A Selaria Souza e o ambiente de trabalho na visão do entrevistado
Fonte: A autora, 2015.
Os dados demonstram que a empresa é um bom lugar para trabalhar e que
os funcionários estão satisfeitos com o trabalho realizado dentro da empresa o que
totalizou 100% dos entrevistados.
A empresa que se preocupa com crescimento organizacional ceve estar
atenta a satisfação do funcionário, pois, de acordo com estudos quando o
funcionário sente-se satisfeito ele produz de forma mais eficiente.
100% 100%
90%
0% 0%
10%
0% 0% 0%0% 0% 0%0% 0% 0%0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
A Selaria Sousa é um bomlugar pra trabalhar
Existe satisfação com otrabalho realziado
O clima de trabalho entre aequipe é bom
Sempre Quase Sempre Raramente Nunca Não tenho opinião
38
Robbins (2009) afirma que apesar de as pressões competitivas na maioria
das organizações estarem mais fortes que nunca, algumas delas estão tentando
obter uma vantagem competitiva ao promover um ambiente de trabalho positivo.
Sendo assim, o líder de hoje precisa criar um ambiente saudável para seus
funcionários onde estes possam trabalhar com produtividade e enfrentar o menor
grau possível de ambiguidade em relação aos objetivos organizacionais.
Sobre o clima de trabalho entre a equipe os entrevistados afirmaram ser
bom sempre, totalizando 90%. Importante salientar que o clima organizacional tem
grande influencia no processo produtivo e deve ser algo de destaque para o líder
moderno.
Segundo Souza (2014) o clima organizacional é um reflexo das percepções
comuns que os colaboradores da organização têm sobre ela e o ambiente de
trabalho. O clima de uma organização diz respeito de como seus recursos humanos
agem diante de diferentes aspectos internos e externos, que se apresentam de
forma diferenciada em cada período.
Assim sendo, o modelo de liderança podem influenciar significativamente o
clima dentro da organização. Bons líderes influenciam e motivam seus
colaboradores e sua equipe de trabalho; assim, a organização se torna mais
eficiente e eficaz, gerando mais resultados positivos.
Vale ressaltar que o clima organizacional é fator importantíssimo para
qualidade de vida no trabalho. Quando há um clima harmonioso no trabalho,
entende-se que este é saudável para o trabalhador e contribui para seu
desenvolvimento profissional.
Desller (2003) afirma que funcionários que acreditam estar recebendo
tratamento justo também parecem mais motivados a “ir além” no desempenho dos
seus cargos. Portanto, dar atendimento igualitário e ético ao funcionário é garantir
um bom clima organizacional.
A forma como o líder trata seus funcionários e como se relaciona com estes
é fator importantíssimo para alcançar os objetivos organizacionais. O gestor precisa
estar atento aos anseios de sua equipe de trabalho e tornar o processo
administrativo compartilhado entre todos os funcionários, assim, este sente-se mais
comprometido com o crescimento organizacional
Para maior elucidação da temática questionou se a organização é aberta a
reconhecer as opiniões e contribuições dos funcionários 58% disseram que sempre,
39
25% disseram que quase sempre e 17% que não tem opinião. Foi perguntado se
existe boa comunicação entre todos os membros da equipe 65% disseram que
sempre e 35% que quase sempre. Se os membros participam juntamente com seu
superior e com a equipe das decisões que afetam seu trabalho 58% afirmaram que
sempre, 8% que quase sempre e 34% nunca (gráfico 2).
Gráfico 2: A empresa e a participação da equipe
Fonte: A autora, 2015.
Sobre a empresa reconhecer as opiniões e contribuições dos funcionários,
os dados demonstram que 58% afirmaram que sempre e 25% que quase sempre.
Nesse sentido, a empresa que deseja estar à frente de seus concorrentes deve
valorizar seu capital humano e o primeiro passo para isso é ouvir seus funcionários e
reconhecê-los como peça fundamental para o crescimento organizacional.
Segundo Chiavenato (2010) afirma que o capital humano é o maior bem que
a empresa possui e que investir em ambiente de trabalho saudável, valorizando e
ouvindo o trabalhador contribui-se para melhor desempenho profissional deste.
Entende-se que a comunicação dentro do ambiente organizacional influencia
diretamente no processo produtivo. Nesse sentido, 65% dos entrevistados afirmaram
que a comunicação é boa sempre e 35% disseram que quase sempre.
58%
65%
58%
25%
35%
8%
0% 0% 0%0% 0%
34%
17%
0% 0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
A empresa reconhece asopiniões e contribuições dos
funcionários
Existe boa comunicação entretodos da equipe
Se os membros participamcom a liderança de decisões
Sempre Quase Sempre Raramente Nunca Não tenho opinião
40
Fica evidente que a empresa possui uma boa comunicação, no entanto, a
empresa precisa ficar atenta à esse processo para que evite conflitos internos dentro
da organização.
Gramigna (2007) afirma que a comunicação dentro da organização deve ser
com linguagem simples, direta e igualitária dando voz a todos os envolvidos no
processo administrativo. Na comunicação não pode haver dubiedade de
entendimento, pois isso gera conflitos e impossibilita atingir os objetivos propostos
pela empresa.
Outro fator importante é a participação dos funcionários na tomada de
decisão. O colaborador quando participa do processo de decisão sente-se mais
comprometido com os resultados e objetivos organizacionais. Portanto, envolver eles
nas decisões é uma estratégia competitiva (CHIAVENATO, 2010).
A liderança tem um papel importante para o crescimento organizacional,
sendo assim, questionou se o líder incentiva a equipe 95% responderam que
sempre e 5% que quase sempre. Investigou se o líder tem facilidade de se relacionar
com seus subordinados, 65% afirmaram que sempre e 35% que quase sempre.
Sendo assim, perguntou se o chefe é um bom líder 100% afirmaram que sempre
(gráfico 3).
Gráfico 3: O líder dentro da organização
Fonte: A autora, 2015.
95%
65%
100%
5%
35%
0%0% 0% 0%0% 0% 0%0% 0% 0%0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
O líder incentiva a equipe O lider tem facilidade de serelacionar com os
subordinados
O chefe é um bom líder
Sempre Quase Sempre Raramente Nunca Não tenho opinião
41
Para que os objetivos organizacionais sejam alcançados é fundamental que
o líder incentive a equipe. Segundo Romero, Silva e Kops (2013) afirmam que o líder
deve conduzir os liderados para realização das atividades organizacionais de forma
harmoniosa e satisfatória.
Os dados coletados enfatizam que 95% dos entrevistados afirmam que o
líder incentiva a equipe, o que é considerado um ponto forte da empresa
pesquisada. Para que o líder incentive os colaboradores este precisa ter a confiança
dos seus liderados e isso, só se conquista dando segurança e ouvindo-os.
Chiavenato (2011) afirma que o líder tem seu poder aceito pela equipe em
virtude da maneira como a conduz e como se relaciona com ela. Sua autoridade não
precisa ser formalizada, simplesmente precisa ser aceita pela equipe, é uma
conquista, não uma imposição.
Em conformidade com a idéia do autor, os dados revelam o líder da empresa
pesquisada tem facilidade em relacionar-se com seus subordinados, totalizando 65%
dos entrevistados. E no que tange a avaliação ao líder da empresa, os funcionários
afirmaram de forma unânime que é um bom líder, sendo 100% das respostas.
Importante evidenciar que para um bom desempenho profissional a empresa
precisa disponibilizar material adequado à realização do trabalho, ao ser
questionados sobre essa disponibilidade, 100% dos entrevistados afirmaram que
sempre.
Nesse aspecto, o líder deve conhecer criteriosamente o processo produtivo
e envolver os funcionários na tomada de decisão. Assim, quando um funcionário
percebe que algo pode facilitar ou melhorar o produto, sentira-se seguro em
compartilhar com a liderança.
Rodemel (2012) afirma que o gestor precisa construir uma equipe, criar as
condições necessárias para execução das atividades da empresa. Essa equipe
precisa ser dotada de qualificações e habilidades compatíveis com as exigências
internas e externas.
Vale ressaltar, que por mais eficiente que seja a atuação do líder ele jamais
conseguirá liderar centralizando as suas ações, alcançar metas exige um esforço
conjunto; os lideres dependem de suas equipes para alcançar suas metas e devem
compreender os motivos e as necessidades que impulsionam as pessoas.
No que tange ao modelo de liderança, foi perguntado aos entrevistado sobre
o nível de satisfação em relação ao exemplo que o líder transmite, 34% disseram
42
que estão muito satisfeito e 66% satisfeito. No que diz respeito ao líder estimular a
iniciativa das pessoas 25% estão muito satisfeito e 75% satisfeito. Questionou-se,
ainda sobre a motivação do funcionário em relação a política de treinamento e
aperfeiçoamento 42% afirmaram que estão muito satisfeito e 58% satisfeito (gráfico
4).
Gráfico 4: A satisfação do funcionário em relação a liderança
Fonte: A autora, 2015.
Os dados demonstram que 65% dos entrevistados estão satisfeitos quanto
ao exemplo que o líder transmite o que é um ponto positivo para empresa
pesquisada. Entende-se que os liderados sentem-se mais motivados para execução
das atividades da empresa quando há uma liderança que transmite exemplo a ser
seguido. Isso reflete no dado posterior, onde 75% dos entrevistados afirmam que o
líder estimula as pessoas.
Para que os objetivos da organização sejam alcançados e para um bom
desempenho profissional o treinamento e aperfeiçoamento são imprescindíveis para
mão-de-obra da empresa. Nesse sentido, 58% dos entrevistados estão satisfeitos
com a política de capacitação profissional da empresa.
A política de treinamento e aperfeiçoamento dos funcionários é fundamental
para crescimento organizacional, porque capacita o funcionário para executar suas
atividades com eficiência.
34%
25%
42%
66%
75%
58%
0% 0% 0%0% 0% 0%0% 0% 0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Nível de satisfação em relaçãoao exemplo que o líder
transmite
O lider estimula a iniciativa daspessoas
Motivação quanto a politica detreinamento
Muito satisfeito Satisfeito Pouco Satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito
43
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa abordou a importância do líder para o crescimento
organizacional, partido de pressupostos teóricos fazendo relação com a pesquisa de
campo realizada na Selaria Souza.
Em um cenário de economia competitiva a gestão de pessoas tem sido alvo
de inúmeros questionamentos e estudos. As mudanças tecnológicas e
administrativas requerem liderança que motivem e conduza os liderados a atingir os
objetivos da empresa e consequentemente o sucesso organizacional.
É percebível que a liderança contribui para o comportamento organizacional,
isso significa, que de acordo com o modelo de liderança os funcionários da empresa
terão determinado comportamento. A liderança é como um espelho que reflete as
ações dos liderados.
Sendo assim, o estudo bibliográfico realizado evidencia que o líder e seu
estilo de liderança influenciam no clima organizacional, além de contribuir para
motivação dos funcionários. São muitos os fatores que a liderança tem influencia,
nesse sentido, a empresa precisa estar atenta ao modelo apresentado por ela.
Toda organização precisa de pessoas para executarem as atividades da
empresa. Nesse sentido, o funcionário é o primeiro cliente e o bem mais precioso,
daí a necessidade da gestão está atenta aos anseios e expectativas destes.
Percebe-se que diante das novas exigências da gestão de pessoas é
necessário líderes que compreendam sua função no processo administrativo, bem
como se reconheçam enquanto incentivadores e motivadores da equipe profissional.
A relação trabalhista com maus líderes torna a equipe desmotivada para
realização dos objetivos organizacionais. Estudos abordam que empresas que não
possuem uma boa liderança possuem mais conflitos internos e menos
comprometimento dos liderados.
A pesquisa realizada na empresa Selaria Souza demonstrou que a empresa
possui um modelo de liderança que satisfaz os liderados. Enfatizou ainda, que os
funcionários reconhecem o líder enquanto estimulador e motivador para realização
das atividades propostas, o que é considerado um ponto forte da empresa.
Outro fator importante abordado refere-se à facilidade que o líder da
empresa tem para se relacionar com os seus subordinados, isso em detrimento de
reconhecer a importância dos liderados. A empresa quando valoriza seus
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funcionários seja ouvindo-os ou investindo em capacitação profissional, torna-se
mais atrativa sendo considerado um bom lugar para se trabalhar.
O líder não conduz a equipe pela força do poder diretivo, mas pela
capacidade de envolver os liderados, despertando em cada um o comprometimento
com o crescimento organizacional.
A motivação está relacionada com as necessidades humanas, sendo assim,
o homem motiva-se de acordo com suas aspirações. No entanto, cabe ao líder
despertar o interesse de seus subordinados para que a empresa atinja de maneira
eficaz seus objetivos.
Assim sendo, o objetivo proposto pela pesquisa foi alcançado, pois ficou
evidente que o líder tem papel importante para o comportamento organizacional. O
estudo trouxe fatores importantíssimos para consolidação da temática.
Portanto, conclui-se que o comportamento organizacional sobre influências
direta do modelo de liderança. O que requer do líder um novo perfil, baseado na
premissa de que este conduz os liderados para realização das tarefas
organizacionais.
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APÊNDICE
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APÊNDICE A: Questionário de entrevista com funcionários
1. A Selaria Sousa é um bom lugar para se trabalhar?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
2. Existe satisfação com o trabalho realizado?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
3. O clima de trabalho entre a equipe é bom?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
4. A organização é aberta a reconhecer as opiniões e contribuições dos
funcionários?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
5. Existe boa comunicação entre todos os membros da equipe?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
6. Os membros participam juntamente com seu superior e com a equipe das
decisões que afetam o trabalho?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
7. O líder incentiva o trabalho em equipe?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
8. O líder tem facilidade de se relacionar com seus subordinados?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
9. O seu chefe é um bom líder?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
10. A organização disponibiliza material adequado à realização do seu trabalho?
( ) Sempre( ) Quase sempre( ) Raramente( ) Nunca( ) Não tenho opinião
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11. Qual seu nível de satisfação em relação ao exemplo que o líder transmite?
( ) Muito Satisfeito( ) Satisfeito( ) Pouco satisfeito( ) Insatisfeito( ) Muito insatisfeito
12. Qual seu nível de satisfação em relação ao líder estimular a iniciativa das
pessoas?
( ) Muito Satisfeito( ) Satisfeito( ) Pouco satisfeito( ) Insatisfeito( ) Muito insatisfeito
13. Qual sua motivação quanto a política de treinamento e aperfeiçoamento do
funcionário?
( ) Muito Satisfeito( ) Satisfeito( ) Pouco satisfeito( ) Insatisfeito( ) Muito insatisfeito