FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA...
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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA
CURSO DE CIENCIAS CONTABEIS
THAIS ALVES DOS SANTOS
A CONTABILIDADE GERENCIAL APLICADA AO PEQUENO
PRODUTOR RURAL: estudo de caso fazenda x no município de
Redenção – PA
Redenção – PA 2017
THAIS ALVES DOS SANTOS
A CONTABILIDADE GERENCIAL APLICADA AO PEQUENO
PRODUTOR RURAL: estudo de caso fazenda x no município de
Redenção – PA
Trabalho de conclusão de curso apresentada a Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida como requisito parcial para obtenção do título de bacharelado em Ciências Contábeis. Área de concentração: Contabilidade Gerencial Orientação prof. Raimundo Nonato Maia da Silva
REDENÇÃO – PA 2017
THAIS ALVES DOS SANTOS
A CONTABILIDADE GERENCIAL APLICADA AO PEQUENO
PRODUTOR RURAL: estudo de caso fazenda x no município de
Redenção – PA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e adequado para
obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis do Curso de Ciências
Contábeis da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida e aprovado
em sua forma final em: 12 de Dezembro de 2017
___________________________________
Prof. Me. Lindomar Pereira Trajano
Coordenador do Curso
Apresentado à banca examinadora composta pelos professores
_____________________________________________
Prof. Me. Raimundo Nonato Maia da Silva (Orientador)
_______________________________________________
Prof. Esp. Pedro Henrique do Couto Padilha Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida-FESAR
_______________________________________________
Prof. Me Mª Graciete Rodrigues do Amaral Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida-FESAR
AGRADECIMENTO
Agradeço primeiramente a Deus que me deu força
e saúde para seguir nessa caminhada, me protegendo de
todo mal.
Agradeço ao meu esposo, que sempre me
incentivou e motivou a seguir em frente e não desistir.
Agradeço a minha mãe e minhas irmãs por estar
presente em todos os momentos da minha vida, me
ouvindo e aconselhando.
Agradeço aos meus amigos de classe, pois tivemos
vários momentos que marcaram nossa trajetória,
momentos bons e momentos tensos, mas, momentos
esses que deixaram saudades e marcaram minha vida.
Agradeço a todos os professores e principalmente
meu orientador Raimundo Nonato Maia da Silva, por ser
essa pessoa exemplar e atenciosa, levarei todos pra vida
inteira, pois todos tem um cantinho guardado dentro do
meu coração.
Eu não posso mudar o que fuiF
Mas posso construir o que serei.
Augusto Cury
RESUMO O presente estudo foi realizado em uma propriedade próximo a Redenção-PA, o objetivo desse trabalho foi aplicar a contabilidade gerencial para um empresa do meio rural. Demonstrando a contabilidade em si e a contabilidade gerencial, mostrando a diferença da contabilidade gerencial e financeira, adquirindo métodos para distinção de despesas custos fixos e variáveis, custos diretos e indiretos, análise de cenário, planejamento rural, margem de lucro, ponto de equilíbrio e grau de alavancagem. Deixando esclarecido o motivo pelo qual a contabilidade gerencial é sim uma ferramenta importantíssima para essa atividade, para o desenvolvimento e crescimento da organização, que vem crescendo na economia do pais gerando bens e serviços para a população brasileira. Através de um estudo caso pode-se observar que os proprietários não conhecem tais recursos que pode ser de extrema importância para os mesmos, para facilitar o cotidiano e alavancar o crescimento de suas entidades e na busca de novos investimentos. Palavras chaves: Ferramenta. Gestão. Contabilidade Gerencial.Rural.
ABSTRACT
The present study was carried out in a property near Redenção – PA. The objective of this work was to apply managerial accounting to a rural company.Demonstrating the accounting itself and the managerial accounting, showing the difference of the managerial and financial accounting, acquiring methods for distinguishing expenses, fixed and variable costs, direct and indirect costs, scenario analysis, rural planning, profit margin, break even and degree of leverage.Letting clarified the reason why management accounting is rather a very important tool for this activity, for the development and growth of the organization, which has been growing in the economy of the country generating goods and services for the Brazilian population. Through a case study it can be observed that the owners do not know such resources that can be of extreme importance for them, to facilitate the daily life and to leverage the growth of their entities and the search for new investments. Keywords: Tool. Management. Management Accounting.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Suposições de racionalidade do processo decisório racional .............. 23
Figura 2 Margem de contribuição. ............................................................................ 28
Figura 3 Ponto de equilíbrio ....................................................................................... 29
Figura 4 Fachada da propriedade. ............................................................................ 34
LISTA DE QUADRO
Quadro 1 grau de alavancagem operacional.................................................... 29
Quadro 2 fórmula ............................................................................................. 30
Quadro 3 diária entradas e saídas. .................................................................. 35
Quadro 4 básica de gasto. ............................................................................... 36
LISTA DE TABELA
Tabela 1 Sexo .............................................................................................................. 37
Tabela 2 há quanto tempo possui a propriedade. .................................................. 38
Tabela 3 possui contabilidade em sua propriedade. ............................................. 39
Tabela 4 Se não, por qual motivo não procura os serviços contábeis ............... 40
Tabela 5 Faz utilização da contabilidade como fonte de informação para a
gestão e tomada de decisão ou apenas para fiscos legais. ................................. 41
Tabela 6 Tamanho da propriedade. ......................................................................... 42
Tabela 7 Receita bruta anual (RBA) em média de sua atividade. ....................... 43
Tabela 8 possui alguma ferramenta para gestão ................................................... 44
Tabela 9 tem conhecimento das receitas, custos e despesas de sua
propriedade ................................................................................................................... 45
Tabela 10 está satisfeito com seus resultados ....................................................... 46
LISTA DE GRÁFICO
Gráfico 1 sexo ............................................................................................................. 37
Gráfico 2 há quanto tempo possui a propriedade. ................................................ 38
Gráfico 3 possui contabilidade em sua propriedade. ............................................ 39
Gráfico 4 Se não. Por qual motivo não procura os serviços contábeis. ............ 40
Gráfico 5 Faz utilização da contabilidade como fonte de informação para a
gestão e tomada de decisão ou apenas para fiscos legais. ................................. 41
Gráfico 6 tamanho da propriedade .......................................................................... 42
Gráfico 7 Receita bruta anual (RBA) em média de sua atividade. ..................... 43
Gráfico 8 possui alguma ferramenta para gestão ................................................. 44
Gráfico 9 tem conhecimento das receitas, custos e despesas de sua
propriedade. .................................................................................................................. 45
Gráfico 10 está satisfeito com seus resultados ..................................................... 46
LISTA DE SIGLAS
GAO Grau de Alavancagem Operacional.
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
RBA Receita Bruta Anual.
U.A Um Animal
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13
2 PECUÁRIA ...................................................................................................... 15
2.1 ATIVIDADE RURAL E O EMPRESÁRIO RURAL ..................................... 16
2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL ............................................................... 18
2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL ................................................ 19
2.4 REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA .............................. 20
2.5 LIVRO CAIXA RURAL .............................................................................. 21
2.6 TOMADA DE DECISÃO ........................................................................... 22
2.6.1 O processo de tomada de decisão................................................. 22
2.6.2 Analise de cenário ........................................................................... 24
2.6.3 Planejamento rural .......................................................................... 24
2.7 DIFERENÇA ENTRE CONTABILIDADE FINANCEIRA E CONTABILIDADE GERENCIAL ..................................................................... 25
2.7.1 Custos .............................................................................................. 26
2.7.2 Custo fixo e custo variável ............................................................. 27
2.7.3 Custo direto e indireto .................................................................... 27
2.7.4 Margem de contribuição ................................................................. 28
2.7.5 Ponto de equilíbrio .......................................................................... 28
2.7.6 Grau de alavancagem operacional................................................. 29
3. MÉTODOLOGIA ............................................................................................. 31
4 ESTUDO DE CASO ......................................................................................... 34
4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA ..................................................................... 34
4.2 MÉTODO DE MANEJO ............................................................................ 34
4.3APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL ..................................... 35
5 RESULTADO E DISCUSSÕES ....................................................................... 37
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 47
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 48
APÊNDICE..................................................................................................56 ANEXO AEEEEEEEEEEEEEEEEEE..EEEEEEEEE.58 ANEXO BEEEEEEEEEEEEEEEEEEE..EEEEEEEE.59
13
1 INTRODUÇÃO
As organizações são formadas por inúmeras áreas onde atuam
diferentes profissionais. O desafio dos gestores é unificar esses profissionais,
com um só objetivo, e manter a equipe focada na busca das metas da
empresa. Cabe a esse profissional, ainda, a tomada de decisão em inúmeras
situações, entre outras importantes e fundamentais atividades.
De acordo com Crepaldi (2004, p.20) A contabilidade é uma atividade
fundamental na vida econômica. Mesmo na economia mais simples, é
necessário manter a, documentação dos ativos, das dívidas e das negociações
com terceiros.
Por esse motivo o presente trabalho tem como tema, “A contabilidade
gerencial aplicada ao pequeno produtor rural”, evidenciando o regime de caixa
e competência, livro caixa rural, tomada de decisão, o processo de tomada de
decisão, análise de cenário, planejamento rural, custos fixos e variáveis, diretos
e indiretos, margem de contribuição ponto de equilíbrio e grau de alavancagem,
ferramentas essas de extrema utilidade para gestão.
No meio rural o gestor da propriedade deve tomar decisões importantes como
qualquer administrador de qualquer organização. E como tal, enfrenta os
mesmos desafios. Para isso, ele conta com o importante auxílio de
profissionais como o gerente de contabilidade que pode fornecer importantes
informações e dados, úteis na tomada de decisão.
É necessário, no entanto, conhecer os objetivos da contabilidade
gerencial e como ela poderá auxiliar a propriedade e o administrador no
cotidiano e na tomada de decisão, contribuindo para o sucesso do
empreendimento poresse motivo este trabalho é direcionado aos profissionais
de contabilidade, administração, gestores, estudantes e proprietários de
imóveis principalmente os pequenos produtores rurais.
O objetivo é verificar, através desta pesquisa, que a contabilidade
gerencial pode ser uma ferramenta de auxílio ao pequeno produtor rural,
facilitando o controle de suas atividades e tomada de decisão, através dos
objetivos específicos expor os principais objetivos da Contabilidade Gerencial,
apontar como a Contabilidade Gerencial pode auxiliar os pequenos produtores
rurais.
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E dessa forma, buscar desenvolver a problemática como a contabilidade
gerencial pode contribuir com a atividade rural?
Nesse caso, a contabilidade gerencial é enxergada como excelente
alternativa administrativa para os pequenos produtores, dado seus objetivos e
sua eficácia.
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2 PECUÁRIA
A atividade pecuária é uma das principais fontes da economia do País, o
Brasil é o segundo pais com maior número de rebanho do mundo, em primeiro
é a Índia.
A atividade agropecuária tem destacada importância em países de grandes extensões territoriais e condições climáticas como o Brasil. Apesar da ausência de incentivos e de uma política governamental destinada ao setor agropecuário, este tem movido milhões de reais em recursos, gerando milhares de empregos e tornando algumas regiões do pais polos econômicos de riqueza (CREPALDI, 2012 p.51).
A pecuária pode ser dividida em gado de corte e leiteira, a produção é
vendida internamente, externamente ou para consumo próprio.
Santos, Marion e Segatti (2014, p.19) descrevem “a pecuária cuida de
animais geralmente criado no campo para abate, consumo doméstico, serviços
na lavoura, reprodução, leite, para fins industriais e comerciais”.
O gado de corte depois das fases de cria, recria e engorda são
direcionados para abates, para produção de carnes e outros derivados. O gado
leiteiro produz leite em maior quantidade são vendidos para consumos das
famílias ou vendidos para indústrias para fabricação de derivados do leite.
Os pecuaristas adotam três sistemas de produção, sendo a pecuária
extensiva, pecuária intensiva e a pecuária rotacionada.
A pecuária extensiva é a utilização de grandes propriedades, ou seja, os
gados ficam soltos em áreas maiores, sem recursos tecnológicos, com menos
produtividade.
Descreve o site da Procreare (2016)
Consiste na criação a pasto, geralmente sem grandes investimentos com a ocupação de grandes áreas, podendo ser realizada tanto em grandes latifúndios quanto em áreas pequenas áreas familiares. É o cultivo do gado solto com certa liberdade, considerado ideal para o chamado “gado de corte”.
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A pecuária intensiva é um sistema moderno, diferente da pecuária
extensiva usa recursos tecnológicos, para a produção a curto prazo e o ano
todo, utilizando áreas menores, com capins adequados para as estações do
ano, com objetivo de ganho de peso rápido.
Santos, Marion e Segatti (2014, p.19) tem a seguinte definição do
sistema intensivo.
Quanto ao sistema intensivo, faz-se com o aumento do número de animais em pequena área útil, com objetivo de conseguir bons rendimentos (ganho de peso) e maior rentabilidade, buscando o aprimoramento técnico, e realiza suas vendas em período de escassez de mercado.
A pecuária rotacionada é um manejo que controla as pastagens em
pequenas propriedades, prezando a qualidade do pasto, dando tempo para
recuperação do pasto, adubando, irrigando, dando manutenção e atenção
especial aos pastos, objetivando produção positiva em pequenas áreas.
Santos, Marion e Segatti (2014, p.19) define a pecuária rotacionada.
O sistema rotacionado está sendo muito e aplicado, Por meio dele se consegue alta produtividade por hectare e aumento da capacidade de cab/há, mantendo o gado no pasto (orgânico) com elevado ganho de peso. A tecnologia usada para esse sistema baseia-se na implantação de cerca elétrica e adubação constante do capim e irrigação em período de seca.
2.1 ATIVIDADE RURAL E O EMPRESÁRIO RURAL
A atividade rural é exercida por uma grande parte da população, são
familiares que trabalham no processo produtivo para comercio ou consumo,
explorando os setores rurais sendo eles pecuários, agroindustriais ou agrícolas.
Marion (2014, p.2) “Empresas rurais são aquelas que exploram a
capacidade produtiva do solo por meio do cultivo da terra, da criação de
animais e da transformação de determinados produtos agrícolas”.
Considera- se como empresário rural o pequeno, médio, ou grande
produtor aquele que exerce atividade econômico gerando bens e serviços.
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Crepaldi (2012, p.40) define:
A atividade agropecuária, por suas múltiplas atividades e volume financeiro das operações (compra, venda, contratação de serviços, produção etc.), constitui-se na realidade empesa, apesar de nem sempre estar formalmente assim denominada e estruturada.
O empresário rural pode ser pessoa física ou jurídica, Oliveira e Oliveira
(2015, p.41)” como pessoa física, o produtor pode atuar sozinho ou sob outras
formas de organização produtiva, como cooperativismo, parceria, comodato,
dentre outros. Como pessoa jurídica, a constituição formal da empresa se torna
mais comum, seja como sociedade limitada ou por ações”
Há alguns tipos de empresas rurais, são elas integrada, familiar ou
patronal, geralmente a empresa familiar é a atividade que os pequenos
produtores exercem, independente de qual tipo de empresa ela seja os três
principais fatores de produção são: a terra, o capital e a mão de obra.
O que representa o capital são os bens e as benfeitorias aplicadas a
essa terra, com proposito de evoluir a produtividade, os recursos e a qualidade
do trabalho.De acordo com Crepaldi (2012, p.4) O capital da empresa
agropecuária é constituído assim:
1. As benfeitorias (galpões, aramados, galinheiros, pocilgas terraços e
etc.);
2. Os animais de produção (bovinos de cria, bovinos de leite, suínos,
aves) e os animais de serviço (bois de serviço, cavalos e asininos);
3. As maquinas e implementos agrícolas;
4. Os insumos agropecuários (adubos, sementes, inseticidas,
fungicidas, sais minerais, vacinas etc.).
As benfeitorias e as maquinas e implementos são permanentes, ou seja,
são considerados capitais fixo, os que são consumidos dentro do ano agrícola
exercido, são considerados capitais circulantes.
Para que se compreenda como a contabilidade pode contribuir para
qualquer empresa, de maneira significativa, é preciso, num primeiro momento,
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compreender quais são seus objetivos. De acordo com a Resolução do
Conselho Federal de Contabilidade – CFC – nº 774/94 – que dispõe sobre os
Princípios Fundamentais da Contabilidade:
A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e buscam das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais. A Resolução alicerçasse na premissa que a Contabilidade é uma ciência social com plena fundamentação epistemológica.
Dessa maneira, a contabilidade tem por objetivo a construção dos
arquivos de informação contábil da empresa, seja ela de grande ou pequeno
porte. Isso auxilia na tomada de decisão e em todos os processos
administrativos, pois sabe-se com clareza os ativos e passivos, onde deve-se
investir, e dados importantes como fluxo de caixa, por exemplo.
2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL
Dentro da contabilidade, destaca-se a contabilidade gerencial. É nela
que as informações contábeis são usadas para a administração da
organização. Isso é fundamental quando o administrador compreende sua
importância.
Pizzolato (2012, p.2) define o contador gerencial da seguinte forma:
A função do contador é a de gerente da informação contábil. Ele é o responsável pela obtenção, classificação, preparo e divulgação de relatórios contábeis, obedecidos princípios, convenções e padrões éticos de comportamento. Esses relatórios devem ser tornar acessíveis a potenciais interessados na informação, os quais se subdividem em dois conjuntos: o público interno e o externo.
Por essa definição, compreende-se que a contabilidade gerencial vai
além da contabilidade tradicional. Ela abrange as demais áreas da
administração e auxilia o administrador na tomada de decisão.
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O que é importante destacar é o nível de conhecimento necessário a
esse profissional, que deve ser amplo, abrangendo microeconomia, por
exemplo. O olhar do contador gerencial deve ser clínico dentro da organização,
para observar não somente os números, mas como o administrador lida com
eles.
Um bom gestor deve executar quatros funções essências para o
desenvolvimento de uma empresa, são elas planejamento, organização,
direção e controle.
No auge do desenvolvimento do agronegócio brasileiro as empresas rurais substituem suas práticas administrativas absoletas por novos conceitos administrativos de planejamento, controle estratégias organizadas em torno da busca de objetivos eficazes e lucrativos (CREPALDI, 2012, p.41).
2.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Para uma boa administração, planejamento e controle das empresas,
há uma necessidade de informações útil e precisas, o sistema de informações
é uma excelente ferramenta para a administração.
Padoveze (2010, p.55) descreve.
Um sistema de informação contábil gerencial tem necessariamente que abranger todas as áreas de contabilidade de que se vale o conceito de contabilidade gerencial. Além disso, o sistema tem que incorporar todos os dados quantitativos necessários para mensuração e análise concatenada das informações com o movimento operacional da empresa.
Como observado, o sistema de informações gerenciais é um auxiliador
para a contabilidade gerencial e para a administração, pois traz importantes
benefícios para o administrador como a melhoria no acesso à informação e na
tomada de decisão.
20
Padoveze (2010, p. 47) Para que a informação contábil seja usada no
processo de administração, é necessário que essa informação contábil seja
desejável e útil para as pessoas responsáveis pela administração da entidade.
Através do controle gerencial os gestores terão maior facilidade de
evidenciar a real situação das empresas identificando os possíveis problemas
antecipadamente, um dos recursos essenciais para a gestão são os softwares.
O desenvolvimento de softwares específicos para a atividade agrícola tem contribuído para o apoio a tomada de decisão dos gestores, possibilitando maior número de alternativas geradas pelo sistema de informação. A definição da alternativa a adotar envolve a análise das suas consequências no tempo em vista que as ações realizadas a partir da escolha refletem no objeto de decisão (positiva ou negativamente), muitas vezes, com extensão a outras áreas doempreendimento(OLIVEIRA E OLIVERA, 2015, p.38).
Com um sistema informatizado com informações eficaz e dados exatos
poderá ter obtenção de resultados, a empresa conseguirá se manter em um
mercado competitivo e modernizado, com tomadas de decisões positivas
poderá obter resultados positivos.
2.4 REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA
O regime de competência é o mais utilizado pelos profissionais de
contabilidade, pois através da mesma pode- se obter informações mais
seguras e precisas, devido sua eficiência nas informações dos dados no
período.
O regime de competência, empregado amplamente pela contabilidade, é aquele em que as receitas são reconhecidas no período de realização/auferimento e as despesa são registradas no período que são incorridas, permitindo real confronto entre despesas e receitas do período (OLIVERA, OLIVEIRA, 2015 apud WEYGANDT, KIESO E KIMMEL, 2005).
O regime de caixa é um método mais simples, contabiliza apenas
receitas e despesas, não oferecendo muitos recursos e informações
necessárias para o gerenciamento.
O regime de caixa reconhece as despesas e receitas no período em que são pagas e recebidas, respectivamente. A
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adoção desse regime para reconhecimento de receitas e despesas inviabiliza o seu confronto em um mesmo período contábil. De igual forma, impede a apuração do resultado do período, pois chega a permitir o entendimento equivocado de que a variação de caixa no período seria resultado (OLIVEIRA, OLIVEIRA 2015, p.50)
Para uma pequena propriedade esse recurso de regime de caixa pode
ser útil, principalmente em fase expansão, pois pode diminuir algumas
tributações ex. imposto de renda.
Marion (2014, p.215) descreve
“Em termos de imposto de renda no Brasil, destacamos que para a pessoa física, a apuração do resultado é à base, não sobrando alternativa para o pequeno e médio agropecuarista. Todavia, ainda que poucos, há aqueles que fazem a contabilidade pelo regime de competência pensando num sistema mais adequado para tomada de decisão”.
Oliveira e Oliveira (2015, p.50) Por outro lado, o regime de competência
permite a apuração real do resultado no período, tendo em vista que todas as
contas residuais são encerradas no período da competência.
2.5 LIVRO CAIXA RURAL
Os resultadosadquiridos da atividade rural deve-se fazer as apurações
mediante escrituração, manual ou eletrônica, do livro Caixa, das receitas e as
despesas de custeio, investimentos e demais valores que integram a atividade
rural do declarante.
A escrituração do livro Caixa deverá ser baseada em documentos que
comprovam tanto as receita quanto as despesas de custeio, investimentos
feitos na propriedade.
Tavares (2013) descreve sobre o livro caixa rural.
Na escrituração do Livro Caixa, serão incluídas às receitas, despesas decusteio, investimentos e demais valores que integram o resultado da atividade rural,não contendo intervalos em branco, nem entrelinhas ou emendas. Deve se numeradosequencialmente e conter, no início e no encerramento, anotações em forma de“Termos” que identifiquem o contribuinte e a finalidade do livro.O livro caixa
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independe de registro;A escrituração do livro caixa deve ser realizada até a data prevista para aentrega tempestiva da Declaração de Ajuste Anual.
O site da receita federal do Brasil oferece gratuitamente um software de
livro caixa rural anualmente onde possa fazer lançamentos e do mesmo
vincular ao imposto de renda da pessoa física. O livro caixa rural é um dos
recursos viáveis para os gestores, pode-se fazer planejamento, tomar decisões
e o estado financeiro que se encontra a entidade,devido ao fácil manuseio do
software e a precisão dos resultados.
2.6 TOMADA DE DECISÃO
A informação é essencial e fundamental no processo de tomada de
decisão. Em se tratando de contabilidade gerencial, isso é mais evidente, é
uma forma de se preparar para o futuro. “A informação é um recurso efetivo e
inexorável para as empresas, especialmente quando planejada e disseminada
de forma personalizada, com qualidade inquestionável e preferencialmente
antecipada para facilitar as decisões.” (REZENDE, 2005 p.247).
Portanto, através da informação obtém-se os dados necessários para a
realização do planejamento, da solução de problemas e da tomada de decisão
o mais assertiva possível.
2.6.1 O processo de tomada de decisão
Todo processo tem uma ordem a ser respeitada para que se tenha
sucesso naquilo que ele propõe. Com a tomada de decisão não é diferente. É
preciso, antes de tudo, planejamento. Bazerman (2004, p. 5) expõe que “um
processo racional de decisão subentende que o decisor seguiu seis fases de
um modo totalmente racional, isto é, os tomadores de decisão (1) definem o
problema perfeitamente, (2) identificam todos os critérios, (3) ponderam
acuradamente todos os critérios segundo suas preferências, (4) conhecem
todas as alternativas relevantes, (5) avaliam acuradamente cada alternativa
com base em cada critério e (6) calculam as alternativas com precisão e
escolhem a de maior valor percebido”.
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Assim, a tomada de decisão obedece um processo racional que passa
pela definição do problema, até o cálculo das alternativas para resolvê-lo. Esse
cálculo, passa pelas informações fornecidas pela contabilidade gerencial, no
caso da área contábil dentro da organização. Portanto, todas as decisões
financeiras são auxiliadas por ela. O processo de tomada de decisão fica mais
evidente na figura 1
Figura 1: Suposições de racionalidade do processo decisório racional
processo
Fonte: Robbins e Decenzo (2004, p. 81)
Ainda sobre o processo decisório, Chiavenato (2004, p. 349) aponta sete
etapas:
1) Percepção da situação que envolve algum problema;
2) Análise e definição do problema;
3) Definição dos objetivos;
4) Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação;
5) Escolha (seleção) da alternativa mais adequada ao alcance
dos objetivos;
6) Avaliação e comparação das alternativas;
7) Implementação da alternativa escolhida;
Como exposto pelos outros autores, primeiramente define-se o problema
para, posteriormente, encontrar as possíveis alternativas e soluções. Com a
contabilidade gerencial como aliada, esse processo torna-se mais assertivo e
mais rápido, uma vez que os problemas são identificados com maior facilidade
e as alternativas são mais claras.
Figura 1Suposições de racionalidade do decisório racional
24
2.6.2 Analise de cenário
A análise de cenário é uma forma de planejamento do futuro de acordo
com as mudanças que ocorre no mercado, tendo uma visão ao longo prazo,
levando em conta tudo o que pode afetar no crescimento da organização
futuramente e evitando impactos negativos.
Gomes e Gomes (2014, p.4) escreve análise de cenário.
Cenários é uma ferramenta de planejamento poderosa, principalmente porque o futuro é imprevisível. Usar cenários é ensaiar para o futuro antes de o futuro chegar.Ao reconhecer sinais de avisos e a história que está emergindo, pode-se evitar surpresa, adaptar-se e agir efetivamente. Outras características importantes do método de cenário são a procura sistemática das descontinuidades que poderiam ocorrer no futuro e a explicitação do papel dos atores econômicos e políticos.
Como podemos perceber os autores também afirma que tem que
atentar-se aos cenários políticos para qualquer tomada de decisão, pois o
cenário político pode afetar nas decisões.
2.6.3 Planejamento rural
O planejamento rural é uma forma de organização para o
desenvolvimento da organização definindo metas e objetivos para resultados
positivos.
O planejamento rural tem por principal meta organizar os planos de produção da propriedade visando melhor utilização dos fatores de produção, aumento das eficiências técnica e econômica e, por conseguinte, melhoria da rentabilidade econômica e da renda do proprietário. (CREPALDI, 2012, p.43)
O primeiro passo a ser dado é iniciar um planejamento da entidade,
levantando dados que podem acarretar problemas para a gestão, pois uma
gestão eficiente é extremamente importante para o desenvolvimento de
qualquer empreendimento e para os pequenos produtores não é diferente. “O
sistema de controle gerencial de resultados deve ser concebido de forma a
permitir a identificação dos problemas operacionais e avaliação de
desempenho de cada unidade estratégica de negócios” (CREPALDI 2012).
25
No planejamento deve-se observar três fatores importantíssimos, que
são eles:
� Viabilidade econômica onde saberá se tal negócio ou
investimento é viável.
� Viabilidade técnica observando compatibilidade e disponibilidade
da matéria-prima, equipamentos e mão de obras.
� Viabilidade política e institucional considera-se a legalidade da
instituição e a responsabilidade dos processos.
2.7 DIFERENÇA ENTRE CONTABILIDADE FINANCEIRA E CONTABILIDADE
GERENCIAL
Para qualquer organização, principalmente para as empresas do meio
rural, é importante compreender os objetivos da contabilidade gerencial e o que
a diferencial da contabilidade financeira. Um grande equívoco e comum é
confundir as duas modalidades e acreditar que, na verdade, o direcionamento e
os objetivos são os mesmos. Não são.
Para compreender melhor o que as diferem, é importante assimilar suas
definições.
A Contabilidade Gerencial é relativamente recente entre nós e pode-se afirmar que a Contabilidade Financeira é muito mais difundida e estudada que a Gerencial embora, [...], esta última seja estratégica na tarefa de fornecer subsídios à administração da empresa. (NEVES E VICECONTI, 1998, p.8).
Já a Revista Contabilidade & Finanças FIPECAFI-FEA-USP, v.18, n.44,
2007, explica a separação e a distinção entre as duas vertentes da
contabilidade.
A separação nos dois grupos decorre do entendimento de que os usuários são diferentes, que apresentam distinções significativas em suas necessidades, perspectivas e expectativas de utilização das informações contábeis. Ambos os grupos pretendem utilizar a Contabilidade como fonte básica no processo decisório, mas, não necessariamente, da mesma forma.
26
Dessa forma, compreende-se que a contabilidade gerencial e a
contabilidade financeira se destinam a diferentes clientes, com distintas
necessidades. Porém, as duas modalidades auxiliam no processo de tomada
de decisão, isso é importante destacar.
A contabilidade gerencial e a de custo estão estreitamente alinhadas. Na verdade, os estudiosos dirão que a contabilidade de custos é um subconjunto da contabilidade gerencial que é uma das principais disciplinas dentro da contabilidade, sendo as outras a contabilidade financeira e a fiscal. A contabilidade gerencial serve às necessidades de informação daqueles dentro da organização, enquanto a contabilidade financeira existe para fornecer informações necessárias ás partes externas para tomada de decisões de investimentos e de créditos (GRIFFIN, 2012, p.107).
2.7.1 Custos
Um sistema de custo é consolidado e implantado com objetivo e
finalidades dentro de um método gerencial de uma determinada entidade,
fornecendo dados mensurando valores de custos e despesas para produção de
determinada mercadoria, com os dados evidentes contribui para o
gerenciamento da empresa.
Os níveis gerenciais constituem a própria organização. Será sempre necessário que a organização esteja bem definida, que suas atribuições sejam bem caracterizadas e identificadas com centro de responsabilidade, que as de subordinação sejam visíveis, isto é, é imprescindível que a contabilidade de custos saiba “quem e quem” dentro da empresa. A produção de informações será sempre dirigida. Os relatórios de custos e despesas precisam ser agrupados de acordo com as responsabilidades (LEONE, 2014, p.31).
A diferença entre os custos e a despesas pois o custo está ligado a
mercadoria é a soma dos gastos para obtenção e produção de mercadoria e a
despesa está ligado a administração da empresa, com a separação dos custos
e despesas contribui para o gerenciamento, para fazer a apuração dos dados.
Griffin 2012 descreve:
A contabilidade de custos permite que os gerentes realizem uma série de tarefas que são essências para a gestão da empresa, incluindo:Calcular o custo de produtos, serviços, departamentos divisões e clientes;usar os dados de custo para
27
preparar ofertas e propostas.Obter informações para planejamento e controle (incluindo orçamento) e para a avaliação de desempenho.Analisar os dados de custos relevantes para uma variedade de decisões diferentes, incluindo as despesas de capital.
2.7.2 Custo fixo e custo variável
Custo fixo é um fator produção que permanece fixo ou seja não se altera
independentemente da quantidade produzida ou vendida, os custos fixos se
mantêm os mesmos, custo variável é um fator variável de produção que se
altera de acordo com a quantidade produzida, inclui materiais e salário de
funcionários de acordo com o contrato.
Custos variáveis são aqueles que variam diretamente com a quantidade produzida ou vendida, na mesma proporção. Custos fixos são os gastos que permanecem constantes, independente de aumentos ou diminuições na quantidade produzida e vendida. Os custos fixos fazem parte da estrutura do negócio. (Brasil 2016)
2.7.3 Custo direto e indireto
Custos Diretos são todos os custos ligados a produção dos produtos
geralmente são mais fáceis de identificar, como matéria-prima, insumos e mão-
de-obra de funcionários diretamente ligados a produção;
Custos Indiretos já estes, ainda que ligados a atividade não são
diretamente ligados a produção do produto exemplo funcionários do
administrativos, ferramentas não utilizadas a produção, materiais etc.
Padovezze (2016) descreve:
Os principais custos diretos são os materiais diretos e a mão de obra direta. Os materiais diretos são facilmente identificados nos produtos porque fazem parte de sua estrutura ou o seu consumo é claramente identificado como necessidade para fazer o produto final. Os custos indiretos caracterizam-se, basicamente, por serem de caráter genérico e não específicos de produtos finais. Sua relação com os produtos finais existe, porem de forma indireta. Exemplo de custo indireto são os gastos gerenciais ou diretorias da fábrica, pois essas pessoas trabalham genericamente para todos os produtos da empresa, e não especificamente para determinado produto.
28
2.7.4 Margem de contribuição
A margem de contribuição é uma ferramenta essencial para uma
empresa pois representa o lucro de um determinado produto, pois evidencia se
a receita do produto cobre a custo e despesas fixas.
Exemplo cálculo da margem de contribuição para 100 unidades a
R$50,00 a un. com um custo de R$ 20,00 e R$ 15,00 de despesa variável, a
figura a baixo representa a margem de contribuição.
Figura-2- Margem de contribuição.
Figura 2Margem de contribuição.
Fonte: Treasy planejamento e controladoria
No quadro pode-se observar que pra cada 100 produtos vendido há uma
margem de contribuição de 30 % e atraves da margem de contribuição fornece
calculos para para o ponto de equilibrio.
2.7.5 Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio é de extrema importância para calcular ou seja
qual a quantidade de produto vendido cobrirá a os custos e as despesas fixas e
a quantidade que necessita ser vendida para alcançar o ponto de equilíbrio,
sendo uma segurança para investidores e gestores.
Ponto de equilíbrio é (custos e despesas fixa/ margem de contribuição):
29
Figura 3Ponto de equilíbrio
Fonte: Treasy consultoria e planejamento.
Nesse quadro observa-se que para chegar ao pontos de equilíbrio a
empresa precisa vender um total de 200 unidades ou seja precisa faturar
R$12.000,00 para chegar ao ponto de equilíbrio.
2.7.6 Grau de alavancagem operacional
O grau de alavancagem está ligado aos custos fixo e ocorre da seguinte
forma, quando há um acréscimo nas vendas ocorre um número de vezes de
acréscimo no lucro bruto, se diminuir as vendas ocorrerá a mesma coisa com o
lucro bruto também diminuirá, ou seja mensura o acréscimo ou decréscimo do
lucro. Exemplificado no quadro a seguir:
Quadro 1grau de alavancagem operacional
Situação Base Situação Proposta Quantidade Vendida 6.000 unidades 6.600 unidades Receita de Vendas 60.000 66.000 Custos Variáveis (24.000) (26.400) Margem de Contribuição 36.000 39.600 Custos Fixos (27.000) (27.000) Lucro Operacional antes IR 9.000 12.600 Fonte: estudante ciências contábeis
30
Quadro 2 fórmula
GAO = variação percentual do lo Variação percentual vendas
GAO = 40% = 4 vezes 12.600 - 9.000 = 3.600 / 9.000 =40% 10% 6.600 - 6.000 = 600/ 6000 =10%
GAO= margem contribuição = 36.000 = 4 vezes Lucro operacional 9.000
Fonte: estudanteciências contábeis (blogspot) Através do exemplo e aplicação da fórmula conclui-se que qualquer
alteração nas vendas pode ocorrer um acréscimo ou decréscimo de 4 vezes.
31
3. MÉTODOLOGIA
A referente pesquisa terá como abordagem qualitativa e quantitativa,
pois haverá dados estatísticos.
A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc., Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que a ciência social tem suas especificidades, o que pressupõe uma metodologia própria. (GERHARDT E SILVEIRA, 2009, P.31).
Quanto a abordagem quantitativa esclarece Fonseca 2002 apud Gerhardt e
Silveira 2009:
Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostra geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base de análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre as variáveis e etc. A utilização da conjunta pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente.
Quando a natureza será pesquisa aplicada, pois serão aplicados
conhecimentos adquiridos, para solução de um problema.
Explica Prodanov e Freitas (2013) “objetiva gerar conhecimentos para
aplicação práticadirigidos à solução de problemas específicos”. Envolve
verdades e interesses locais.
Quanto aos objetivos terá características exploratória e descritiva, pois
através da exploratória poderá ter um preparativo para a pesquisa Andrade
2005 descreve pesquisa exploratória:
A pesquisa exploratória é o primeiro passo de todo trabalho cientifico. São finalidades de uma pesquisa exploratória, sobretudo quando bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre determinado assunto; facilitar a delimitação
32
de um tema de trabalho; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente. Através das pesquisas exploratórias avalia-se a possibilidade de desenvolver uma boa pesquisa sobre o assunto. Portanto, a pesquisa exploratória, na maioria dos casos, constitui um trabalho preliminar ou preparatório para outro tipo de pesquisa.
E a característica descritiva Andrade 2005 explica “Nesse tipo de
pesquisa, os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e
interpretados, sem que o pesquisador interfira neles”.
Quantos aos procedimentos será um estudo de caso, pesquisa de
campo e pesquisa bibliográfica, pois será feita uma investigação na
propriedade, e pesquisas em revista, internet, livros e trabalhos publicados.
Prodanov e Freitas (2013) explicam sobre o estudo de caso.
O estudo de caso consiste em coletar e analisar informações sobre determinado indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa. É um tipo de pesquisa qualitativa e/ou quantitativa, entendido como uma categoria de investigação que tem como objeto o estudo de uma unidade de forma aprofundada, podendo tratar se de um sujeito, de um grupo de pessoas, de uma comunidade etc.
Andrade (2005) explica a pesquisa de campo.
A pesquisa de campo baseia-se na observação dos fatos tal como ocorrem na realidade. O pesquisador efetua coleta de dados “em campo”. Isto é, diretamente no local da ocorrência dos fenômenos. Para a realização da coleta de dados são utilizadas técnicas especificas, como a observação direta, os formulários e as entrevistas.
Prodanov e Freitas (2013) explicam sobre pesquisa bibliográfica.
Quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Em relação aos dados coletados na internet, devemos atentar à confiabilidade e fidelidade das fontes consultadas eletronicamente. Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos,
33
observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras possam apresentar. Os demais tipos de pesquisa também envolvem o estudo bibliográfico, pois todas as pesquisas necessitam de um referencial teórico. Para a pesquisa bibliográfica, é interessante utilizar as fichas de leitura, que facilitam a organização das informações obtidas.
Com objetivo de demonstrar a importância e a eficiência da
contabilidade gerencial em uma pequena propriedade rural, contribuindo para o
crescimento dos pequenos produtores rurais, como uma ferramenta essencial
para esse desenvolvimento.
Será aplicado um questionário com perguntas fechadas com o objetivo
de compreender como a contabilidade é realizada pela administração da
propriedade.
Através dessas perguntas, pode-se entender melhor como a
Contabilidade Gerencial auxiliará as propriedades rurais e, principalmente, os
pequenos produtores.
34
4 ESTUDO DE CASO
4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA
A propriedade x fica localizada à 40 km do município de Redenção-PA
na PA Ribeirão de fogo e colônia Inajá, a mesma foi adquirida no ano de 1996
pelo proprietário, através da reforma agrária pelo órgão INCRA – instituto
nacional de colonização e reforma agraria, há mesma possui 109,88 hectares,
é exercida a atividade rural inscrita sob a tipologia dada pela lei estadual
7.389/2010 0105-Bovinocultura e bubalinocultura com desenvolvimento da
criação de Bovinos de corte e leiteira. Segue na figura 4 a fachada da
propriedade X.
Figura 4Fachada da propriedade.
Fonte: o autor
4.2 MÉTODO DE MANEJO
Quanto ao método de manejo utilizado na propriedade é o pastoreio
rotacionado semi-intensivo, as áreas são geralmente divididas em “piquetes” na
propriedade, neste sistema, há aumento nos investimentos em cercas e
cochos.
Essa divisão de pastagem e o manejo dos animais em pastoreio
rotacionado, podem manter até 1,0 U. A em cada hectare, Neste sistema, na
35
maioria dos casos todos os animais permanecem no “piquete” por período de
15 a 30 dias e algumas vezes mais de 60 dias, com período de descanso para
recuperação dos pastos variando de 45 a 90 dias.
4.3APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL
A propriedade x ficou por 10 dias de observação período do dia 01 a 10 de novembro para levantamento de informações, para aplicar-se a contabilidade gerencial como uma ferramenta para gestão, como uma solução para o cenário atual da empresa.
Através dos dados colhidos no período, foram distinguidos as receitas,
despesas e custos, elaborado uma tabela como ferramenta para evidenciar os
valores dos gastos no período, tabela essa que continuará aplicada na
propriedade para gestão. Na tabela pode-se observar um lucro de R$ 3.505,31
Três mil quinhentos e cinco reais e trinta e um centavos.
Quadro 3diária entradas e saídas.
TABELA DE ENTRADAS E SAÍDAS Data Discriminação Entradas Saídas
02/11/2017 modificador e vermifugo R$ 380,00 03/11/2017 venda de 1 boi registrado R$ 5.000,00 05/11/2017 Salário do Vaqueiro R$ 1.500,00 05/11/2017 Salário da zeladora R$ 937,00 07/11/2017 Ração R$ 400,00 08/11/2017 Venda de 10 novilhas R$ 10.000,00 08/11/2017 Tonner e chamex R$ 51,80 09/11/2017 compras de supermercado R$ 725,89 10/11/2017 Retirada R$ 2.500,00 11/11/2017 compras de vacina aftosa R$ 1.200,00 13/11/2017 compras de combustível R$ 453,28 14/11/2017 pagamento de energia R$ 351,76 15/11/2017 manutenção computador R$ 120,00 16/11/2017 compras de ração R$ 400,00 16/11/2017 Retirada R$ 1.500,00 20/11/2017 pagamento de internet R$ 100,00 21/11/2017 compra de arame R$ 760,00
TOTAL R$ 15.000,00 R$ 11.379,73
LUCRO LÍQUIDO R$ 3.620,27
Fonte o autor
36
A Quadro abaixo pode ser usada mensalmente e anualmente assim o
gestor terá dados exatos para a gestão da mesma, sendo que o mesmo foi
elaborado através do método de custeio direto, facilitando tomada de decisões,
planejamento, evidenciar a margem de contribuição, ponto de equilíbrio e grau
de alavancagem.
Quadro 4básica de gasto.
Período novembro de 2017
Receita de venda R$ 15.000,00
(-) Custo dos produtos vendidos
aftosa R$ 1.200,00 Modificador R$ 130,00 Vermífugo R$ 250,00 Ração R$ 800,00 Salário do vaqueiro R$ 1.500,00 energia R$ 351,76 arame R$ 760,00 CUSTOS DOS PRODUTOS R$ 4.991,76
(-) Despesas operacionais
Recarga de Tonner R$ 30,00 Compra de Chamex R$ 21,80 DESPESAS OPERACIONAIS R$ 51,80
LUCRO OPERACIONAL R$ 9.956,44
(-) Outras despesas
manutenção do computador R$ 120,00 combustível R$ 453,28 internet R$ 100,00 Salário da zeladora R$ 937,00 Compra de Supermercados R$ 725,89 Retirada R$ 4.000,00 OUTRAS DESPESAS R$ 6.336,17
LUCRO LIQUIDO R$ 3.620,27
Fonte: Através de dados coletado no estudo
37
5 RESULTADO E DISCUSSÕES
Tabela 1 Sexo
Pessoas % Feminino 1 14% Masculino 6 86% Total 7 100% Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Na tabela-1 observa-se que de sete entrevistados apenas 1 era do sexo
feminino ou seja um índice baixo de mulher exercendo essa atividade.
Gráfico 1 sexo
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
No gráfico-1 representa o sexo dos entrevistados e nos mostra um
resultado bem incompatível em relação ao sexo feminino e masculino
exercendo a atividade rural, observa-se que no sexo feminino representa 14%
e no sexo masculino 86%, pelo fato da atividade rural ter um grau de
dificuldade maior que outras atividades, geralmente os homens tomam posse
da gestão para sua família, não que as mulheres não são ligadas a gestão,
mas de forma indireta.
14%
86%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0
1
2
3
4
5
6
7
feminino masculino
pessoas %
38
Tabela 2 há quanto tempo possui a propriedade.
Pessoas % 5 a 10 anos 3 43% 11 a 20 anos 4 57% 21 a 30 anos - - 31 a 40 anos - - 41 a mais - - Total 7 100%
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Na tabela-2 é notável que não há proprietários com mais de 20 anos de
Gráfico 2 há quanto tempo possui a propriedade.
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
No gráfico-2 evidencia que 43 % dos entrevistados possui a propriedade
de 5 a 10 anos e 57 % possui a propriedade entre 11 e 20 anos, observa-se
que dos entrevistados nenhum tem mais de 20 anos de propriedade ou seja há
proprietários com menos tempo experiência que tenha rendimento maior que
outros de mais experiência.
Hofer, Borili e Philippsen chegaram ao resultado quanto ao tempo de
aquisição da propriedade, 4,58% possui 1 a 5 nos, 9,16% possui de 5 a 10
anos, 11,83% possui de 10 a 15 anos, 12,60% de 15 a 20 anos, 61,83 mais de
20 anos.
43%
57%
0% 0%0% 0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5 a 10 anos 11 a 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a mais
pessoas %
39
Tabela 3 possui contabilidade em sua propriedade.
Pessoas %
Sim 3 43%
Não 4 57%
Total 7 100%
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Na tabela acima das 7 pessoas entrevistadas 3 possui contabilidade e 4
não possui.
Gráfico 3 possui contabilidade em sua propriedade.
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
O gráfico acima, gráfico-3 evidencia que 43% dos entrevistado possui
contabilidade e 57% não possui contabilidade.
Já autor Costa em sua pesquisa chegou a um resultado que dos seus
entrevistados não possui contabilidade, ou seja como em minha pesquisa e na
pesquisa de Costa, o percentual representado é alto quanto aos que possui o
uso da contabilidade.
43%
57%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
sim não
pessoas %
40
Tabela 4 Se não, por qual motivo não procura os serviços contábeis
Pessoas % Valor 2 50% Falta de profissionais - - Não houve interesse 2 50% Total 4 100% Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Das pessoas que não tem contabilidade que foram 4, referente a tabela-
4, na tabela-5 podemos ver os motivos pelos quais não procuram os serviços
contábeis, onde 2 responderam a questão de valores de honorários, nenhum
respondeu a questão de faltar profissionais no mercado e 2 porque não houve
interesse em procurar esses serviços.
O resultado de Costa foi que 33% dos entrevistados não procurou os
serviços contábeis devido preço ou valor, 20% por falta de profissionais
qualificados e 47% não houve interesse.
Gráfico 4 Se não. Por qual motivo não procura os serviços contábeis.
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
No gráfico-4 ficou compatível a questão de valor com 50 % dos
entrevistado que não tem contabilidade e não houve interesse de procurar os
serviços com 50 % a questão de faltar profissionais ninguém respondeu.
50% 50%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
0
0,5
1
1,5
2
2,5
valor falta de profissionais não houve interesse
pessoas %
41
Tabela 5 Faz utilização da contabilidade como fonte de informação para a gestão e tomada de decisão ou apenas para fiscos legais.
Pessoas %
Sim 4 57%
Para fiscos legais 2 29%
Não faz uso nem para fiscos legais 1 14%
Total 7 100%
Fonte:elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Na tabela-5 evidencia que dos 7 entrevistados 4 faz uso da contabilidade
para gestão e tomada de decisão, 2 apenas para fiscos legais Ex. declaração
de renda e declaração de ITR, e 1 não faz uso nem para fiscos legais.
Gráfico 5 Faz utilização da contabilidade como fonte de informação para a gestão e tomada de decisão ou apenas para fiscos legais.
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
No gráfico-6 acima 57% responderam que sim, 27% usa apenas para
fiscos legais e 14% não faz uso nem para fiscos legais ou seja não usa dos
serviços contábeis para nada.
O autor Costa chegou a resultado que 63% dos seus entrevistados Faz
a utilização da contabilidade como fonte de informação.
57%
29%
14%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
sim para fiscos legais não faz uso nem para fiscos legais
pessoas %
42
Tabela 6 Tamanho da propriedade.
Pessoas %
0 a 71 hectares 3 43%
71 a 100 hectares 1 14%
100 ou mais hectares 3 43%
Total 7 100%
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Referente ao tamanho das propriedades na tabela acima podemos
observar que dos 7 entrevistados 3 possui de 0 a 71 hectares, 1 possui 71 a
100 hectares e 3 de 100 hectares ou mais.
Gráfico 6 tamanho da propriedade
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
No gráfico-6 pode se observar que 43% possui propriedade de 0 a 71
hectares,14% de 71 a 100 hectares e 43% possui de 100 hectares ou mais.
Holifer, Borili e Philippsen chegaram ao resultado que 82,06% possui
propriedade no tamanho de 01 a 71,9 hectares, 15,27% de 72 a 269,9 hectares
e 2,67 % acima de 270 hectares.
43%
14%
43%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
0 a 71 hectares 71 a 100 hectares 100 ou mais hectares
pessoas %
43
Tabela 7 Receita bruta anual (RBA) em média de sua atividade.
Pessoas %
30 a 50 mil reais 3 43%
50 a 70 mil reais 2 29%
70 a 100 mil reais 1 14%
100 a 360 mil reais 1 14%
Total 7 100%
Fonte: elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Na tabela-7 evidencia que 3 pessoas das entrevistadas tem Receita
Bruta Anual de 30 a 50 mil reais, 2 tem RBA de 50 a 70 mil reais, 1 tem RBA de
70 a 100 mil reais e 1 tem RBA 100 a 360 mil reais.
Gráfico 7 Receita bruta anual (RBA) em média de sua atividade.
Fonte:elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
O gráfico a cima evidencia que 43% tem Receita bruta anual de 30 a 50
mil reais, 29% tem RBA de 50 a 70 mil reais, 14% tem RBA de 70 a 100 mil
reais e 14% tem RBA de 100 a 360 mil reais.
43%
29%
14%14%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
30 a 50 mil reais 50 a 70 mil reais 70 a 100 mil reais 100 a 360 mil reais
pessoas %
44
Tabela 8 possui alguma ferramenta para gestão
Ferramentas %
Caixa rural 2 18%
Orçamento 2 18%
Planejamento 4 36%
Estoque - -
Não possui 3 27%
Total 11 100% Fonte:elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Quanto a questão de ferramenta para a gestão dos 7 entrevistados uns
possui mais de uma ferramenta para 2 utiliza caixa rural, 2 utiliza orçamento, 4
utiliza o planejamento, 3 não possui nenhuma ferramenta e o estoque ninguém
faz uso do método de estoque.
Gráfico 8 possui alguma ferramenta para gestão
Fonte:elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Na questão dos entrevistados possuir alguma ferramenta, dos 7
entrevistados houve pessoas que utiliza mais de 1 ferramenta para a gestão,
então o caixa rural tem 18%, orçamento 18%, planejamento é o mais utilizado
18%18%
36%
0%
27%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
caixa rural orçamento planejamento estoque não possui
ferramentas %
45
com 36%, ninguém utiliza o método de estoque, e não possui nenhuma
ferramenta para gestão 27%.
Já Costa chegou um resultado que 40% dos produtores entrevistados
utiliza o método de fluxo de caixa e 57% não utiliza nenhuma ferramenta e 3%
utiliza o planejamento.
Tabela 9 tem conhecimento das receitas, custos e despesas de sua propriedade
Pessoas %
Sim 5 71%
Não 2 29%
Total 7 100%
Fonte:elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Na tabela acima evidencia que 5 pessoas tem conhecimento ou seja o
controle das receitas, custos e despesas de sua propriedade e duas não tem
conhecimento ou seja não tem uma gestão eficiente em sua propriedade.
Gráfico 9 tem conhecimento das receitas, custos e despesas de sua propriedade.
Fonte:elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
71%
29%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
0
1
2
3
4
5
6
sim não
pessoas %
46
O gráfico mostra que 71% tem conhecimento das receitas, custos e despesas de sua propriedade tendo um método de gestão e 29% não possui esse conhecimento.
Tabela 10 está satisfeito com seus resultados
Pessoas % Sim 4 57% Não 3 43% Total 7 100%
Fonte:elaborado pelo autor através dos dados coletados na pesquisa.
Sobre a satisfação dos resultados 4 pessoas estão satisfeito pessoas
essas que utilizam e não os recursos contábeis e 3 não estão satisfeita.
Gráfico 10 está satisfeito com seus resultados
Fonte: o autor
As pessoas satisfeitas com seus resultados representa 57% e as não
satisfeitas representa 43% dos entrevistados.
57%
43%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
sim não
pessoas %
47
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a pesquisa realizada sobre a contabilidade gerencial aplicada ao
pequeno produtor rural, foi possível perceber a ausência de ações
sistematizadas voltadas para uma gestão qualificada, os mesmos não estão
preparados para possíveis mudanças que ocorrem no mercado, com isso ficou
evidente que os maiores desafios dos gestores e o não reconhecimento de
alguns proprietários, demonstrando que essa ferramenta de suma importância
dentro de suas propriedades, não tem nenhuma valia.
Contudo, durante a realização desse estudo ficou claro que, as
propostas feitas nos objetivos, o aprendizado adquirido na fundamentação
teórica, os resultados da problemática e os dados coletados na entrevistas,
apontam que a contabilidade gerencial é a melhor alternativa para tomar
decisões assertivas, visando a organização e o desenvolvimento da entidade.
As metodologias utilizadas para o estudo foram, estudo de caso,
pesquisa de campo e bibliográfico, as características utilizada; exploratória e
descritiva, abordagem qualitativa e quantitativa ou seja mista, quanto a
natureza, pesquisa aplicada, foi aplicada um questionário com perguntas
fechadas com objetivo de esclarecer a real situação da propriedade pesquisada
e de outras propriedades do mesmo ramo de atividade.
Portanto o presente trabalho obteve um aprofundamento de
conhecimentos teóricos, com a visão de contribuir com a atividade rural,
podendo ser utilizado para novos pesquisadores.
48
REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho cientifico. São Paulo: 7ª Ed, Editora Atlas, 2005. BAZERMAN, M.H. Processo Decisório: para cursos de Administração, Economia e MBAs. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2004. CHIAVENATO, Idalberto, Empreendedorismo: Dando Asas Ao Espírito Empreendedor, 4ª Ed, Editora Manole. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de novos tempos. Rio de Janeiro: Campus, 2004. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade. Brasília: CFC, 2006. COSTA, David Willian Martins da, Analise da contabilidade gerencial para pequeno e médio produtor rural, como uma ferramenta para gestão. CONIC SEMESP 15º Congresso Nacional de Iniciação Cientifica. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: teoria e pratica. 3. Ed São Paulo: Atlas 2004. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Rural: uma abordagem decisorial, sete. Ed., São Paulo, Atlas 2012. DAFT, Richard L. Administração. 6. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. GOMES, Carlos Francisco Simões; GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro. Tomada De Decisão Gerencial: Enfoque Multicritério, 5ª ed., Editora Atlas. GRIFFIN, Michael P. Contabilidade e finanças. Editora Saraiva. HOFER, Elza; BORILI, Salete Polonia; Philippsen, Rejane Bertinatto. Contabilidade como ferramenta gerencial para a atividade Rural: um estudo de caso. enANPAD. 2006. LEONE, George Sebastião Guerra, Custos: Planejamento, implantação e controle, 3. Ed. São Paulo. Editora Atlas, 2014. MARCONI, Marina de A, LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cientifica, 5. Ed. São Paulo: Atlas 2003. NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. 5. ed. São Paulo: Frase, 1998.
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O planejamento estratégico na pequena empresa rural Disponível em-http://www.empregoerenda.com.br/ideias-de-negocios/cursos/2159-o-planejamento-estrategico-na-pequena-empresa-rural-acesso em 11 nov.2017. Pecuária intensiva e extensiva Disponível em-Procreare.com.br-acesso em 17 nov.2017. Treasy planejamento e controladoria Disponível em-https://www.treasy.com.br/blog-acesso 17 nov.2017.
51
Apêndice
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CONTABILIDADE GERENCIAL APLICADA AO PEQUENO PRODUTOR RURAL
THAIS ALVES DOS SANTOS Aluna do programa de graduação em Ciências Contábeis da Faculdade de Ensino Superior da Amazônica Reunida – Fesar. Email: [email protected] Orientador: Me. Raimundo Nonato Maia da Silva. Email: [email protected] QUESTIONÁRIO DIRECIONADO AO PRODUTOR RURAL
1. Sexo? Feminino ( ) Masculino ( ) 2. Há quanto possui a propriedade? 5 a 10 anos ( ) 11 a 20 anos ( ) 21 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 a mais ( ) 3. possui contabilidade em sua propriedade? Sim ( ) ou não ( ) 4. se não, por qual motivo não procura os serviços contábeis? Valor ( ) falta de profissionais ( ) não houve interesse ( ) outros______________________________________________________ 5. Faz utilização da contabilidade como fonte de informação para a gestão ou apenas para fisco legais? Sim ( ) ou não ( ) 6. tamanho da propriedade? 0 a 71 hectare ( ) 71 a 100 hectare ( ) 100 ou mais ( ) 7. faturamento anual em média de sua atividade? 30 a 50 mil reais ( ) 50 a 70 mil reais ( ) 70 a 100 mil reais ( ) 100 a mais 8. Possui alguma ferramenta para gestão? Caixa rural ( ) orçamento ( ) planejamento ( ) estoque ou não possui ( ) 9. Tem conhecimento da receitas, despesas e custos de sua propriedade? Sim ( ) ou não ( ) 10. esta satisfeito com seus resultados? Sim ( ) ou não ( )
Anexo
TERMO DE CONSENTIMENTO DO PROPRIEDADE________________________________________________________________________________DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO/PA.
Pelo presente termo e na qualidade de responsável por essa instituição,
declaro que aceito a realização do projeto de pesquisa de Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) intitulado “A contabilidade gerencial aplicada ao
pequeno produtor rural”, pesquisa esta que será feita pela acadêmica Thais
Alves dos Santos, da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida -
Fesar, matrícula n° 14-1-03089, sob orientação do Professor Mestre Raimundo
Nonato Maia da Silva.
Redenção - PA, ______ de ______________ de 2017.
_________________________________________ Ass, Responsável
CPF: END.
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIMENTO –
(TCLE)
Convido a (o) Sr.(a)______________________________________________ para participar da Pesquisa,“A contabilidade gerencial aplicada ao pequeno produtor: esudo de caso ”, sob a responsabilidade da pesquisadora Thais Alves dos Santos, a qual pretende investigar os produtores rurais em Redenção. Sua participação é voluntária e se dará por meio de entrevista através de um questionário fechado com respostas objetivas, obedecendo aos critérios da ética de pesquisa, em que está assegurado o total anonimato. Se depois de consentir em sua participação o Sr. (a) desistir de continuar participando, tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, seja antes ou depois da coleta dos dados, independente do motivo e sem nenhum prejuízo a sua pessoa. O (a) Sr. (a) não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração. Os resultados da pesquisa serão analisados e publicados, mas sua identidade não será divulgada, sendo guardada em sigilo. Consentimento Pós-informação
Eu,_____________________________________________________________fui informado sobre o que o pesquisador quer fazer e porque da minha colaboração, e entendi a explicação. Por isso, eu concordo em participar da pesquisa, sabendo que não vou ganhar nenhuma remuneração e que posso sair quando quiser.
___________________________________ Data: _______/_______/______. Assinatura do participante
____________________________________
Assinatura da acadêmica Contato: (94) 99190-0882 E-mail: [email protected]