Extra Pauta Ed. 72

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Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - Nº 72 - Dezembro 2004/Janeiro 2005 - ISSN 1517-0217 [email protected] http://www.sindijorpr.org.br Impresso Especial 3600137940-DR/PR SIND. DOS JORNALISTAS CORREIOS Imprensa no Paraná RTVE realiza teste seletivo para contratar jornalistas e radialistas. Página 11 Entrevista Vencedores do Prêmio Esso: Mauri König e Franco Iacomini. Páginas 14 e 15 Formação O fechamento do curso de Jornalismo da Faculdades Campo Real. Página 12 Defesa corporativa A situação das ações judiciais do Sindijor nos últimos dois anos. Página 6 EXTRA PAUTA A TV digital, que pretende revolucionar qualidade de som e imagem e criar ferramentas de interatividade, está para ser implantada em breve no Brasil, trazendo consigo novas possibilidades para a produção de audiovisual – e também de Jornalismo. A incerteza quanto ao modelo de TV que será adotado dá margem a especulações sobre os serviços adicionais que seriam colocados à disposição do público e com os quais o jornalista iria trabalhar. Uma coisa, porém, é certa: tanto a TV quanto o rádio operando em digital abrirão mais espaço para que o público participe do fazer jornalístico. Páginas 3 e 4 AS POSSIBILIDADES COM A DIGITALIZAÇÃO DA mídia eletrônica

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Dezembro/2004 - Janeiro/2005

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Jornal do Sindicato dos Jornal istas Profissionais do Paraná -Nº 72 - Dezembro 2004/Janeiro 2005 - ISSN 1517-0217

s i n d i j o r @ s i n d i j o r p r . o r g . b r

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ImpressoEspecial

3600137940-DR/PRSIND. DOS

JORNALISTAS

C O R R E I O S

Imprensano Paraná

RTVE realiza testeseletivo para

contratarjornalistas eradialistas.

Página 11

Entrevista

Vencedores doPrêmio Esso:Mauri König e

Franco Iacomini.

Páginas 14 e 15

FormaçãoO fechamento do

curso deJornalismo da

FaculdadesCampo Real.

Página 12

Defesacorporativa

A situação dasações judiciais do

Sindijor nosúltimos dois

anos.Página 6

EXTRA PAUTA

A TV digital, que pretende

revolucionar qualidade de som e

imagem e criar ferramentas de

interatividade, está para ser

implantada em breve no Brasil,

trazendo consigo novas

possibilidades para a produção de

audiovisual – e também de

Jornalismo. A incerteza quanto ao

modelo de TV que será adotado

dá margem a especulações sobre

os serviços adicionais que seriam

colocados à disposição do público

e com os quais o jornalista iria

trabalhar. Uma coisa, porém, é

certa: tanto a TV quanto o rádio

operando em digital abrirão mais

espaço para que o público

participe do fazer jornalístico.Páginas 3 e 4

AS POSSIBILIDADES COM A DIGITALIZAÇÃO DA

mídia eletrônica

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EDITORIAL

Sindicato rumo aos 60 anosrádio corredor

m 12 de outubro de 2005,o Sindijor comemora 60anos de fundação.Portanto este ano seráum período especial, em

que o sindicato vai manter seuseventos tradicionais – como oChurrasco do Dia do Jornalista,em abril, o Baile dosJornalistas, em outubro, oPrêmio Sangue Novo - econcomitantemente realizaras celebrações do marcohistórico.

Neste 60.º ano deatividades voltadas àcategoria, o sindicato vaiainda realizar o CongressoEstadual dos Jornalistas,evento para discutir os grandestemas da classe no Estado. Éde fundamental importânciaretomar o congresso, que não érealizado desde 1999, para que aclasse possa expor e discutir asquestões que a afligem evislumbrar cenários para aprofissão.

Como parte de suas tarefasordinárias, o Sindijor intensificará afiscalização a irregularidadestrabalhistas – tais como a falta de

registro em carteira, contratação denão profissionais, atrasos de salário,não-cumprimento de convenção

O jorna l is ta Abraão Beníc ioes tá ed i tando o Jorna l deColombo – A Expressão daComun idade , ve ícu lo semana ldo munic íp io da Reg iãoMet ropo l i tana de Cur i t iba queestá no sex to ano.

Do São José Metrópole saiuLuiz Augusto Cabral , que foipara o Corre io Paranaense.

L iberado de O Estado doParaná, o jo rna l is ta Auré l ioMunhoz, d i re tor de Ação paraa Cidadan ia do S ind i jo r, es tádando exped iente à ta rde nasede do s ind ica to . E lecon t inua na assessor ia daAssoc iação dos Mun ic íp ios doParaná (AMP).

Ainda n’O Estado do Paraná,houve a lgumas mudanças.Entraram Rhodr igo Deda eSâmar Razzak.

Na Gazeta do Povo entraramCecí l ia Valenza (Editor iaParaná), Cínthia Alves(Polí t ica), Cínt ia Schaffer(Economia), Fel ipe Laufer(Paraná) e Márcio AntônioCampos (Paraná). Cobr indofér ias na chef ia de reportagem,está Rogér io Pereira.

No porta l Tudo Paraná está ajornal ista Luciane Horcel .

O jorna l is ta Luc iano Le i te (oDemet r i us ) es tá rumandopara Sa lvador (BA) paralec ionar as d isc ip l i nas deRádio e Técn icas de Redaçãono curso de Jorna l ismo dasFacu ldades Jorge Amado. E lequer manter conta to comcolegas do Estado pe lo e-m a i ll u c i a n o d e m e t r i u s @ u o l . c o m . b r

Foi lançada em dezembro arevista b imestra l Diplomacia& Negócios. Pol í t ica externa,negócios internacionais ,tur ismo, gastronomia, entreoutros, são os temasabordados. A in ic iat iva é dojornal ista João Luiz Neves,ex-representante no Brasi lda Universidade da ONU daCosta Rica. Conta com oapoio inst i tucional doEscr i tór io de Representaçãodo Ministér io das RelaçõesExter iores no Paraná-Erepar,da Sociedade Consular doEstado do Paraná e daAssessor ia de RelaçõesInternacionais da UFPR.

O jorna l is ta e f i lóso fo Olavode Carva lho es táapresentando nas ta rdes dedomingo o programa Míd iasem Máscara na TV, no Cana l21 de Cur i t iba e TVMi l lenn ium de São Pau lo . Oprograma segue a l inha demedia watch ing do s i tew w w. m i d i a s e m m a s c a r a . o r g

Ecoletiva, entre outros – e acontratação indevida de estagiários.

Ainda entre nossas metas,estarão a participação dascampanhas conduzidas pela Fenaj edemais sindicatos do país em prolda melhoria das condições detrabalho e da regulamentação daprofissão, ainda ameaçada pelasdecisões judiciais desfavoráveis,que derrubaram aobrigatoriedade do diplomapara o exercício da profissão.Neste campo também, oSindijor se unirá às iniciativasde retomada das discussõesdo Conselho Federal deJornalismo (ou de Jornalistas,

ou outro nome que vier a ter)após o revés no Congresso

Nacional no ano passado.Mas para viabilizar estas

propostas o sindicato espera amobilização e o engajamento dostrabalhadores jornalistas, para que,unidos, possamos dar vigor àclasse e lutar pela melhoria dascondições de trabalho da categoria.

Um convite aos assessoresAurélio Munhoz *

Sindicato dos Jornalistas eo Núcleo de Assessoria deImprensa do Paranápretendem desenvolver,neste ano, um conjunto de

ações de extrema importância paraa categoria. A idéia é fortalecer oNúcleo cada vez mais, promovendouma série de eventos do interessedos seus integrantes.

Entre estas ações, destaco três:promover cursos e seminários de

aprimoramento técnico, iniciar umacampanha para garantir que apenasprofissionais da comunicação sejamcontratados pelas assessorias deimprensa e formar um cadastro comtodos os assessores do Paraná.

Para que isto ocorra, porém, éfundamental a participação de todosos assessores do Estado. Éabsolutamente crucial que todos osprofissionais que atuam na área seenvolvam nesta iniciativa porque éisto – e apenas isto – que garante ofortalecimento do Núcleo.

Tenham a certeza de umacoisa: não há nenhumapossibilidade de avançarmos nasnossas conquistas sem haveruma união de esforços em tornode objetivos comuns. O Sindijore o Núcleo apenas representamos assessores, mas não podemjamais substituí-los. Ainda bem.

* Aurélio Munhoz é diretorde Defesa Corporativa doSindicato dos Jornalistas doParaná.

O

Extra Pauta é órgão de divulgação oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná. Endereço: Rua JoséLoureiro, 211, Curitiba/Paraná. CEP 80010-140. Fone/Fax (041) 224-9296. E-mail: [email protected]

Expediente

Jornalista ResponsávelRicardo Medeiros

Reg. prof. 24866/106/81Redação

Adir Nasser [email protected]

FotografiasAntonio Cruz, Jonathan Campos

IlustraçõesSimon Taylor

Edição GráficaLeandro Taques

As matérias deste jornal podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Não são de responsabilidade deste jornal os artigos deopinião e as opiniões emitidas em entrevistas, por não representarem, necessariamente, a opinião de sua diretoria.

Tiragem3.500

exemplaresImpressãoHelvética

Composições Gráficas Ltda.

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IMPRENSA NO BRASIL

TV BRASIL OPERA EXPERIMENTALMENTEA TV Brasil, canal público internacional coordenado pelos três poderes paraconsolidar a imagem do país na América do Sul, já começou a operar. O projeto secoaduna com a proposta de Chávez de integração dos países da região por meiode comunicação estatal.

NO AR EM BREVE A TV LATINA DE CHÁVEZO presidente venezuelano, Hugo Chávez, pretende pôr no ar ainda este semestreum canal de TV internacional em parceria com outros países latino-americanos.Dizendo-se hostilizado pela mídia de seu país, Chávez disse que “é necessárioromper a hegemonia das grandes redes mundiais de televisão”.

TV e rádio digitais:mais espaço para o jornalista?Inovações técnicas dão espaço a formas inéditas de se fazer Jornalismo em meio eletrônico

entro de poucomais de umano, a TVdigital será umarealidade no

Brasil. Também em brevedeverá ser implantado orádio digital no país. Atecnologia proporcionarámudanças substantivasnas técnicas decomunicação eletrônica– inclusive noJornalismo. Osprodutores de audiovisualterão de se defrontarcom um desafio: criarnovos horizontes diantedas possibilidadesabertas pela tecnologia.A definição do modelobrasileiro, cujoscontornos devem estar mais bem delineados esteano, deverá ser acompanhada de uma discussãodas possibilidades de aplicações que osrecursos de interação e de transmissãosimultânea permitirão. E também do impacto queisto terá nas novas formas de se fazer Jornalismonestas mídias.

Se chega mais tarde na adoção da TV e rádiodigitais, o Brasil tem a vantagem de contar coma experiência dos países que saíram na frenteneste segmento. Hoje,três sistemas digitaisterrestres de radiodifusãoestão em operação nomundo: o norte-americano (ATSC), cujacaracterística é a TV dealtíssima qualidade emsom e imagem, o europeu(DVB-T), que não melhoraa recepção, mas permitea multiplicação donúmero de canais e altainteratividade, e ojaponês (ISDB-T), quecombina os dois outros

modelos com a vantagem de dar opções demobilidade.

O sistema brasileiro deve ser um mix do quejá existe. Sem grandes incrementos na qualidadeda recepção, o número de canais multiplicar-se-ia por quatro. Hoje, cada cidade tem os canais 2a 13 em VHF e 14 a 69 em UHF. A TV digital,dependendo do modelo, teria condições deampliar as opções, mas isto não agrada osdetentores das atuais concessões. A tendência é

D

TECNOLOGIA: EMPREGOS DE MÃOSDADAS COM A PRECARIZAÇÃO

Uma pesquisa da Organização Internacional doTrabalho (OIT) divulgada ano passado – “El futurodel trabajo y de la calidad en la sociedad de lainformación: El sector de los medios decomunicación, la cultura y las industrias gráficas”- concluiu que, no setor de mídia, os novos recursostecnológicos tendem a criar mais postos detrabalho do que a fechar. No entanto, mesmo commais demanda, as condições e a qualidade dotrabalho devem se deteriorar.

No caso específico dos jornalistas, a pesquisaapontou para sobrecarga de trabalho. Como parteda chamada “convergência de mídias”, osconglomerados com mais de um veículo tendema exigir que um mesmo jornalista faça trabalhospara os diversos meios, o que em geral não tendea ser acompanhado de incremento salarial. E, porconta da maior rapidez no fluxo de materialeditorial, os direitos autorais do jornalista tendema ser desrespeitados.

que eles queiram manteros chamados canaisadjacentes (defreqüência vizinha à jáexistente) para si e nãocriem opções de novoscanais.

Da mesma forma queo Brasil pode aprenderas lições da vanguardadigital no aspectomeramente técnico,também pode se adaptarpara aproveitar aomáximo aspossibilidades dacomunicação de mãodupla, que é uma dasgrandes promessasdestas tecnologias. Ojornalista ÂngeloAugusto Ribeiro,

professor da pós-graduação em Estratégias daComunicação da Universidade Tuiuti do Paraná(UTP), afirma que por muito tempo só se discutiua forma de transmissão, sem avaliar o conteúdodas TVs e rádios digitais. Os Estados Unidoslançou seu sistema em 1998, e até 2000 estavadisponível para uma pequena faixa de público.“Só então acordou para as possibilidades deinteratividade, a fim de torná-la mais próxima docomputador”, disse.

Há mais de um ano aSky oferece ao usuáriobrasileiro a possibilidadede escolher a câmera, acriar a grade deprogramação e montar aprópria grade deprogramação ao“armazenar” as atraçõesem disco rígido. “Parecenada, mas antes sóquem trabalhava numailha de edição poderiafazer isto”. Em breve,isto será a realidade detodas as TVs.

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MAIS REPRESSÃO NO ZIMBÁBUEO presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, assinou emenda à lei que determinaa prisão por até dois anos de jornalistas que trabalharem sem autorização daComissão de Informação e Mídia, controlada pelo governo. A medida visa asufocar o último vestígio de imprensa independente no país.

VENEZUELA: APROVADA REGULAÇÃO DA MÍDIANa Venezuela, foi aprovada uma regulação da mídia que proíbe a divulgação deimagens e palavras pornográficas, violentas ou que “provoquemdescontentamento”. Estão banidas também imagens de passeatas, greves,confrontos e informação ou comentário que possa difamar funcionários do governo.

jornalista Ângelo Ribeiro considera quecom as novas mídias em digital há umgrande potencial para a inclusão digitale que o conceito de telespectador serásubstituído pelo de “teleparticipador”.

Hoje, o usuário de TV ou rádio pode mudar decanal, mas futuramente poderá atuar diretamenteno conteúdo a ser exibido, seja no que seencontra disponível ou no que será transmitido.As oportunidades para educação do público,acredita Ribeiro, serão imensas. O própriogoverno encampou a TV digital como umaferramenta de inclusão digital (hoje, 80% dapopulação está alijada dos meios digitais), dadaa penetração que a TV já tem e a dificuldade deacesso à internet no país.

No entanto, a participação relativa do jornalistaneste processo tende a cair. Um debateorganizado pela Fenaj durante o Fórum SocialMundial em Porto Alegre apontou que o Brasil éum dos países que mais desenvolve estudos dainter-relação educação/comunicação, mas aindaexistem poucos jornalistas atuando nesta área.Ribeiro aponta um agravante: o jornalista, talcomo é formado na academia hoje, nãoconseguirá responder às demandas da “viadialogal” que a tecnologia permite. Além disto, apossibilidade de o usuário da TV acessar outrasfontes de informação em uma matéria (o que emtese a digitalização permite, sob a forma delinks), vai exigir bem mais que um bomcaderninho de telefones. Uma verdadeirabibliografia a respeito do tema deve serapresentada ao público que queira se aprofundarno tema.

A evolução da TV para telefones celularespossibilitará que pessoas flagrem imagens na ruae as retransmitam para as emissoras, o que astransformará em “proto-repórteres”. Nem por isso,o papel do jornalista será supresso. No entanto,há quem veja na transformação do usuáriocomum em “repórter” não apenas umdesprestígio à classe jornalística, mas também acriação de um arremedo de informação vendidacomo Jornalismo.

A fidelidade da informação também se tornaráuma preocupação constante. O fenômeno dosblogueiros dá uma idéia do que poderá surgircom a TV digital. Serão pessoas comunsquestionando reportagens, acrescentando dadosnovos, ou óbvios e não citados – e até mesmopondo por terra o trabalho de jornalistas.

IMPRENSA NO BRASIL

Digital deve criar interatividadeJornalista precisará rever conceitos sobre a profissão e aprender a se relacionar com o público

O

americano, por exemplo, implicaria sériasdificuldades para a montagem de rádioscomunitárias. Os custos para a criação de umestúdio saltariam de US$ 5 mil para US$ 75 mil,adverte Görgen. Além disto, as atuaisconcessões ficariam mantidas e não seriapossível ampliar o número de emissoras.

O jornalista Eduardo Meditsch, mestre edoutor em Ciências da Comunicação e professorde Radioteatro da Universidade Federal de SantaCatarina (UFSC), acredita que as atuais rádiosdevam manobrar para conseguir que não hajamudança no número de estações. O que em tesedeve representar uma estagnação nos espaçosde produção de rádiojornalismo. Mas não é bemassim. “O up-grade técnico, interatividade ecanais simultâneos, possibilidade de seadicionar dados de texto e até imagem podemser usados pelo Jornalismo”, afirmou Meditsch.

Todo o potencial revolucionário que a tecnologiaproporciona, no entanto, pode ser contido porrestrições do modelo utilizado, conforme afirmouJames Görgen, secretário-executivo do FórumNacional pela Democratização da Comunicação(FNDC). “Não adianta ter uma solução maravilhosase não tiver conteúdo”, afirmou. Görgen vê naimplantação da TV digital diversos problemas comoimpossibilidades práticas de implantação deinternet na TV.

RÁDIODa mesma forma, o rádio digital, que promete

mudanças substantivas não somente naqualidade de sinal, mas na possibilidade deinteratividade, também está com modelo a optar.Igualmente, os sistemas já operando oferecemdiferentes opções – e diferentes limitações. Amigração para um padrão como o norte-

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IMPRENSA NO PARANÁ

Estrutura do PCS na Gazeta

pode estar pronta em abrilEmpresa não tem previsão para a implantação do plano

P

REPÓRTERES EXPULSOS DE COLETIVA NA CHINAQuarenta jornalistas foram expulsos dum hotel em Pequim por agentes dogoverno chinês, enquanto acompanhavam uma coletiva de parlamentares sul-coreanos que falavam da situação dos refugiados norte-coreanos na China e desul-coreanos presos ao tentar ajudar estes desterrados.

129 JORNALISTAS MORTOS EM TRABALHO EM 2004A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) divulgou que 129 jornalistasmorreram no exercício da profissão em 2004, muitos assassinados, o que faz doano passado o pior para os profissionais da imprensa. Na América Latina, houve26 mortes, seis das quais no Brasil.

ode estar concluída no início de abril aestruturação do Plano de Cargos eSalários (PCS) da Gazeta do Povo, quecomeçou a ser estudada em julho do anopassado. Não há previsão, entretanto,

para a implantação do plano. Atualmente, aempresa, por meio de uma consultoria, estáfazendo uma pesquisa mercadológica paracomparar a estruturação dos cargos e os valoresdas remunerações em outras empresas. Segundoo diretor de Recursos Humanos do grupo RPC,William Zampini, estão sendo pesquisadasempresas não só do Paraná, mas de diversasregiões do Brasil.

A implantação do PCS – antiga reivindicaçãodos trabalhadores, que poderiam enfim vislumbraruma trilha de crescimento profissional na empresa– foi atrasada por diversos motivos, o que gerou

insatisfação nos empregados, a ponto de váriosprofissionais experientes saírem da empresa, quemudou pontos na relação de trabalho. Asmudanças compreenderam a jornada de seis horaspor dia com adoção de um sistema decompensação por folga e o zeramento do passivode horas extras. A empresa ainda adotou aexigência de exclusividade para os jornalistas edeu um prazo para a adequação dos que tivessemoutros empregos.

A fase interna para a implantação do PCS, quecompreende o levantamento e a descrição doscargos, já foi concluída. Agora, cargos e saláriosde outras empresas do ramo estão sendolevantados para se verificar como o Grupo RPC seposiciona no mercado. “Vamos identificar o que háno mercado, para termos um plano de ação maisconsistente”, afirmou Zampini.

15/12/2004Decisão em ação contra INSS pode sair em 2005Carnês de anuidades 2005 são enviadosParanaenses ganham Prêmio EssoViagem ao RN com workshop de fotografia

17/12/2004Concurso seleciona fotografias do Mercosul

20/12/2004Sindijor estará em recesso no final de anoPrêmio Sangue Novo

22/12/2004Feliz Natal e um 2005 pleno de realizações!Sindijor em recesso no final de ano

05/01/2005Sindijor participa de duas mesas-redondas na DRTExposição da WPP em Curitiba

07/01/2005RTVE não dá reajuste, mas sinaliza para terceirizaçãoArfoc-Brasil confecciona carteiras para 2005Vaga para jornalista em Salvador

10/01/2005Reunião de diretoria no SindijorPrêmio Sangue Novo

12/01/2005Denuncie descumprimento da CCTMaringá receberá Fórum de Professores de Jornalismo

17/01/2005Câmara premia matérias sobre a ChinaFaculdade Campo Real fecha curso de Jornalismo

19/01/2005Denis Ferreira Netto expõe na BPPExposição da WPP em Curitiba

21/01/2005Impasse sobre curso da Campo RealPrêmio Confea: inscriçõesDenuncie descumprimento da CCT2004, ano trágico para jornalistasCredenciamento para FSM é reaberto

24/01/2005Sindijor contra aumento da CSLLPrêmio Sangue Novo

25/01/2005Morre o jornalista Mário Lemanski

26/01/2005Núcleo de Assessoria promove reuniãoFenaj participa do FSMCorreio Metropolitano não comparece a mesa-redondaFenaj contra nova regra do TST sobre dissídio

28/01/2005Sindijor apresenta propostas na área de saúdeNúcleo de Assessoria vai se fortalecerDeputada lamenta morte de Mário LemanskiPrêmio Confea: inscrições até dia 31Amigos do HC pede doações

31/01/2005Reunião discute calendário sobre filiação à CUTSindijor sem expediente durante o CarnavalMesa-redonda com a CBN na DRT

Coluna Boletim Extra Pauta

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esde o início da gestão Profissão:Jornalista, o Sindijor ingressou comdiversas ações judiciais coletivas paraassegurar que os direitos dos jornalistasfossem assegurados. A maioria das

ações se refere a não-cumprimento da ConvençãoColetiva de Trabalho e a desrespeito à legislaçãotrabalhista. Trazemos a relação das açõescoletivas e o estágio em que cada uma delas seencontra.

RÉU: Rádio e Televisão Tarobá Ltda.VARA: Vara do Trabalho de Cascavel-PROBJETO: diferenças salariais decorrentes daaplicação dos reajustes salariais da CCT 2002/2003 e 2003/2004, além do pagamento daParticipação nos Lucros e Resultados da CCT2003/2004TRAMITAÇÃO: Audiência de instrução marcadapara 01/03/2005, às 9h30.

RÉU: Editora Gazeta do Iguaçu Ltda.VARA: Vara do Trabalho de Foz do Iguaçu-PrOBJETO: pagamento da Participação nos Lucrose Resultados da CCT 2003/2004TRAMITAÇÃO: Acordo

RÉU: Empresa Jornalística Folha de Londrina S/AVARA: Vara do Trabalho de CuritibaOBJETO: diferenças salariais decorrentes daaplicação dos reajustes salariais da CCT 2002/2003 e 2003/2004, além do pagamento daParticipação nos Lucros e Resultados da CCT2003/2004.TRAMITAÇÃO: aguarda agendamento daaudiência inicial.

RÉU: Rádio e Televisão OM (CNT)VARA: Vara do Trabalho de CuritibaOBJETO: pagamento da Participação nos Lucros eResultados da CCT 2003/2004.TRAMITAÇÃO: aguarda agendamento da audiência inicial.

RÉU: ABC Cidade Empresa Jornalística do PR(jornal Indústria & Comércio)VARA: Vara do Trabalho de CuritibaOBJETO: ação de cumprimento-taxa confederativa.TRAMITAÇÃO: Execução

RÉU: ABC Cidade Empresa Jornalística do PR(jornal Indústria & Comércio)

PRÊMIO JORNALISMO SOLIDÁRIOEstão prorrogadas até o dia 15 de maio as inscrições ao Prêmio JornalismoSolidário, iniciativa do governo do Estado para reconhecer trabalhos jornalísticosque contribuam no combate às drogas. Mais informações podem ser encontradasno site www.pr.gov.br/seju, ou pelo telefone (41) 221-7273.

JORNALISTA LANÇA OBRA SOBRE LITORAL PARANAENSEDepois de três anos de pesquisa no projeto Expedição Paraná, o jornalistaEduardo Fenianos lançou o livro “Litoral do Paraná”, em português e inglês. Ojornalista aborda a cultura, a história, o artesanato, a culinária, as lendas e festaspopulares das cidades e ilhas do litoral do Estado.

DEFESA CORPORATIVA

Sindijor e as ações na Justiçado Trabalho em dois anosMedidas pedem o cumprimento da CCT e que empresas respeitem leis trabalhistas

DVARA: Vara do Trabalho de CuritibaOBJETO: pagamento de verbasrescisóriasTRAMITAÇÃO: Execução

RÉU: Empresa Jornalística Folha deLondrina S/A e Folha News Agência deNotícias Ltda.VARA: Vara do Trabalho de CuritibaOBJETO: diferenças salariaisdecorrentes da aplicação dos reajustessalariais da CCT 2001/2002.TRAMITAÇÃO: sentença favorável aosjornalistas. Processo foi remetido aoTRT

RÉU: Empresa Jornalística Folha deLondrina S/AVARA: Vara do Trabalho de CuritibaOBJETO: depósitos de FGTS.TRAMITAÇÃO: sentença favorável aos

jornalistas. Processo foi remetido ao TST.

RÉU: Editora Gazeta do Povo S/AVARA: Vara do Trabalho de CuritibaOBJETO: pagamento da gratificação anual, que foisuprimida.TRAMITAÇÃO: sentença favorável aos jornalistas.Processo foi remetido ao TRT.

RÉU: Instituto Nacional do Seguro Social – INSSVARA: 2ª Vara da Justiça FederalOBJETO: contribuição previdenciária sobre o 13ºsalário.TRAMITAÇÃO: No aguardo de sentença final,ainda sem data definida, após rejeição de liminar.

Brasil Telecom dá desconto em internet e celular para jornalistas

O Sindijor firmou convênio com aBrasilTelecom para oferecer aos jornalistassindicalizados desconto em serviços de internete em celulares. A promoção é válida paraclientes novos. No plano de acesso à internetTurbo 300 (acesso 24 horas por dia), o preço damensalidade para jornalistas cai de R$ 82,20para R$ 51,34 (desconto de 37,5%). No Turbo

CONVÊNIO SINDIJOR

Lite (acesso de 50 horas por mês), a mensalidadepara jornalistas é de R$ 31,34, sendo que o valornormal é R$ 51,34. Há desconto especial paraaquisição do modem, que para jornalistas sai porR$ 150,00 a vista ou em 12 vezes de R$ 12,59. Naassinatura (opcional) do provedor BRTurbo, osjornalistas também têm desconto – 25%. O serviçomensal, de R$ 19,90, sai por R$ 14,90. Em

celulares, da promoção Pula-Pula de Verão, hádescontos especiais para jornalistas (limitados adois aparelhos por cliente). Para ter direito aosvalores promocionais, é preciso ligar para ostelefones (41) 314-3616 e 314-3614 e informar queé jornalista. No caso de serviços de internet, aimplantação ocorre em até três dias, dependendoda disponibilidade técnica.

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E ANJ SILENCIAO portal Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), organizadopela Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Unesco para monitorar casos deameaça ao direito de livre informação no Brasil, não mencionou a agressão aLúcio Flávio. O Liberal é membro da ANJ.

JORNALISTA É AGREDIDO NO PARÁ...O jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto foi agredido em um movimentadorestaurante de Belém pelo empresário Ronaldo Maiorana, dono do conglomeradode mídia que edita o jornal O Liberal, após ter publicado matéria com críticas àsempresas de Maiorana em seu boletim Jornal Pessoal.

IMPRENSA NACIONAL

A

Conselho de Comunicação Socialprivilegiou empresáriosManobra dos ex-presidentes do Senado e da Câmara impediu discussão de nomes nas vagas para a sociedade

2ª Conferência Mundial dos

Trabalhadores e dos Povos

O Sindijor aderiu à 2.ªConferência Mundial do AcordoInternacional dos Trabalhadores edos Povos, que acontece em marçoem Madri (Espanha). A conferênciavai reafirmar as posições contra adesregulamentação e a favor dosdireitos dos trabalhadores, pelamanutenção das conquistassociais, independência sindical edefinição de ações de resistênciaàs investidas da globalização, que

INTERNACIONAL

escancara mercados e tende afazer do custo da mão-de-obra umitem a ser reduzido. O acordo vaipedir volta ao sistema de convêniosda OIT, para permitir umareordenação e uma certaregulamentação universal dasrelações de trabalho, e, emparticular, a liberdade de exercíciodos direitos sindicais dostrabalhadores iraquianos, vítimasde uma guerra cruel.

TRT reconhece jornada de

cinco horas de jornalista

A 3.ª Turma do TRT-10.ª Região(do Distrito Federal e Tocantins)negou provimento ao recurso deuma empresa de serviço deaprendizagem do Tocantins emanteve a condenação de horasextras para o jornalistaresponsável pela publicação deperiódicos da entidade. A empresaargumentou no recurso que ajornada de cinco horas dacategoria só se aplicaria ao

TRABALHO

profissional que atua em empresado ramo jornalístico. O relator doprocesso, juiz Paulo Blair,explicou que a jurisprudência atualtem reconhecido que a jornada decinco horas aplica-se nãosomente às empresasjornalísticas, mas tambémàquelas que editam publicaçõesdestinadas à circulação externa,tornando a atividade profissionalidêntica à de uma redação.

pós odesserviçoprestado àsociedade aorejeitar in

limine o projeto doConselho Federal dosJornalistas, o CongressoNacional, no final de2004, mostrou o poucoapreço aos defensoresda mídia ética e plural.Sem nenhum debatepúblico e em meio auma série de votaçõesque estavam pendentesno final de ano, foramescolhidos os nomesdos integrantes para osegundo mandato doConselho deComunicação Social(CCS), órgão consultivodo Legislativo paratemas de mídia criadona constituição de 1988 a pedido da Fenaj. Pormanobra dos então presidentes da Câmara, JoãoPaulo Cunha, e do Senado, José Sarney, osnomes foram levados diretamente à votação noPlenário, sem discussões prévias.

Das 13 vagas existentes, cinco seriamdestinadas a representantes da sociedade civil.No entanto, estas vagas acabaram privilegiando osetor empresarial. Na cota da sociedade civilentraram, por exemplo, Roberto Wagner Monteiro,

que também é vice-presidente corporativo daRede Record, e oidealizador da Rede Vida,João Monteiro de BarrosFilho, por indicação doInstituto Brasileiro deComunicação Cristã.Deixaram o CCS osjornalistas Alberto Dines eCarlos Chagas e opresidente do ConselhoFederal de Psicologia,Ricardo Moretzsohn.

Em carta aberta, aFenaj e outras entidadesligadas à pluralidade namídia, como o FórumNacional para aDemocratização daComunicação (FNDC),repudiaram a forma comfoi conduzida a escolhados nomes e acomposição

desequilibrada resultante, classificando-a como“uma séria ameaça para o cumprimento de suasfinalidades (do conselho) e para o próprio avançodo debate da democratização da comunicação noBrasil”.

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8 - E X T R A P A U T A - D E Z E M B R O - 2 0 0 4 / J A N E I R O - 2 0 0 5

JORNAL GRATUITO EM WASHINGTONThe Washington Examiner, o novo jornal da capital norte-americana, quer rivalizarcom o The Washington Post. Gratuito e feito por apenas 16 jornalistas, o veículo édistribuído nas casas e também em diversos pontos da cidade, com a propostade “um novo conceito de Jornalismo”.

BLOOMBERG PODE VENDER AGÊNCIA DE NOTÍCIASO prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, demonstrou interesse em vender aagência de informações financeiras que carrega seu sobrenome. Fundada em1983, a Bloomberg vale hoje US$ 10 bilhões. Bloomberg quer ter o valor dacompanhia disponível para criar uma fundação.

partir de março, a Fenajdeve recomeçar aarticulação pela criação deum conselho federal para aclasse jornalística,

frustrada no ano passado após umamanobra de bastidores noCongresso Nacional que resultou noarquivamento do projetoencaminhado pelos jornalistas sema devida discussão do tema.

Falando a respeito da portaria doMinistério do Planejamento queestabelece que dados de pesquisasdo IBGE sejam entregues aogoverno dois dias antes de seremdistribuídas à imprensa, opresidente da Fenaj, Sérgio Murillode Andrade defendeu ações dasociedade civil contra atos como acensura de dados e de umadiscussão “mais franca, profunda ehonesta sobre o Conselho Federaldos Jornalistas (CFJ)”.

A sujeição das informações depesquisas ao governo, tida comocensura prévia, foi classificada pelafederação como um exemplo atual econcreto da necessidade de criaçãodo CFJ. “É justamente para lutarcontra este tipo de iniciativa, venhade onde vier, que queremos acriação do CFJ”, afirmou SérgioMurillo. Apesar de poder estar aserviço dos jornalistas em situaçõescomo esta, o conselho foibombardeado por críticas, em suagrande maioria infundadas, durantea tentativa de concretização, no anopassdo.

REFORMA SINDICALTambém em março, a Fenaj passa

a analisar a proposta do governo dereforma sindical. O texto seráanalisado pela diretoria em umareunião no dia 25 de março emBrasília, seguindo determinação doúltimo congresso da categoria. Acontrovertida proposta do governoprevê o fim da data-base e do podernormativo da Justiça do Trabalho, asubstituição gradual do impostosindical, o fim da unicidade sindical ea legalização das centrais sindicais.

O XXXI Congresso Nacional dosJornalistas aprovou resoluçãodefendendo tratamento global dasreformas sindical e trabalhistaassegurando pressupostos como agarantia da proteção contrademissões imotivadas, garantia dolivre exercício da atividade sindical,com a organização por local detrabalho (em oposição ao sindicatopor empresa), direito de negociação ede celebração de acordos econvenções coletivas quecontemplem os trabalhadores doserviço público, direito de greve e fimda criminalização da atividadesindical (multas, interdito proibitório,demissões de dirigentes erepresentantes dos trabalhadoresetc.), implementação de umalegislação transitória que assegure aliberdade e autonomia sindical erevogação de medidas como aflexibilização, desregulamentação ecassação de direitos dostrabalhadores.

IMPRENSA NACIONAL

Fenaj volta à discussãodo CFJ e reforma sindicalFederação vai lutar pela proposta de reforma aprovada no congresso e relançar a bandeira do conselho

A

Fenaj contra nova regra do TST sobre instauração de dissídio

A Federação Nacional dos Jornalistaspretende promover uma Ação Direta deInconstitucionalidade (Adin), junto aoSuperior Tribunal Federal (STF) contra a novaregra adotada pelo TST para instauração de

dissídio coletivo. Por conta de uma alteração daReforma do Judiciário, o dissídio trabalhista sópoderá ser ajuizado com a concordância daspartes. A Fenaj já iniciou articulações comoutras entidades para argüir sua

inconstitucionalidade, pois ela fere o princípiode acesso de todos ao Judiciário. Antes,porém, realizará contatos com outrasentidades e partidos políticos, visando aofortalecimento da iniciativa.

Regimento eleitoral da

federação recebe propostasAté 28 de fevereiro, os sindicatos e/ou os jornalistas

individualmente devem enviar contribuições ao regimento eleitoralpara as eleições da Fenaj. Em 14 de março, a Comissão deSistematização das Propostas vai enviar seu relatório aossindicatos. O debate e a aprovação do Regimento Eleitoralacontecem em 26 de março, durante reunião do Conselho deRepresentantes, em Brasília.

E X T R A P A U T A - D E Z E M B R O - 2 0 0 4 / J A N E I R O - 2 0 0 5 - 9

...PODE PERDER O MONOPÓLIO EM LONDRESNo metrô londrino, Metro deve perder o monopólio de distribuição. A Prefeitura deLondres anunciou que deve cancelar o contrato firmado com a proprietária dodiário, assinando novos acordos para a distribuição de outro jornal à tarde nasestações de metrô e trem da cidade.

METRO CHEGA A LISBOA, MAS...A rede de jornais Metro, veículo gratuito feito sob medida para a leitura duranteuma rota urbana de trem ou metrô, chegou a Lisboa. O Metro pertence ao gruposueco Metro Internacional, que publica 67 edições em várias cidades no mundo,especialmente européias.

SAÚDE

A

Jornalistas submetidos a riscoeletromagnético?Celulares ofereceriam mais risco à saúde de profissionais do que antenas de emissoras de TV e rádio

Cadastro de jornalistas

portadores de

deficiência

O Sindijor está montando um cadastro dejornalistas que sejam portadores de algumtipo de deficiência física. O sindicatopretende desenvolver ações para que estesprofissionais encontrem lugar no mercado detrabalho e tenham sua dignidade assegurada.Para isso, é fundamental conhecer quem sãoos jornalistas com deficiência. O Sindijorpede aos próprios profissionais portadores dedeficiência ou a quem os conheça que enviee-mail com nome e telefone [email protected] com o assunto“Cadastro”.

Núcleo Paranaense de Assessoria de

Imprensa busca fortalecimento

O Núcleo Paranaense de Assessoria deImprensa começou 2005 disposto a seampliar e se fortalecer. Entre as medidasaprovadas no primeiro encontro estão aformação de comitês por área de interesse etambém a parceria com os núcleos similaresde outros estados. O primeiro contato comum núcleo homólogo – o de Londrina – já foifeito, e novas ações estão previstas. OBoletim Extra Pauta, o blog Click Market e ojornal Extra Pauta vão divulgar de ações doNúcleo, que pretende cadastrar osassessores segundo segmentos de atuação.

Está prevista ainda a continuidade doscursos de aprimoramento, bem como o apoio àcampanha do Sindijor pela contratação deassessores em empresas e órgãos públicos. ONúcleo pretende criar uma cartilha com dicaspara quem quer abrir uma assessoria deimprensa e viabilizar uma parceria com umescritório de contabilidade para oferecer serviçosa preços diferenciados para integrantes dogrupo. Ainda este ano, está prevista a realizaçãode um congresso estadual de assessores, queantecederá o 15º Encontro Nacional deJornalistas em Assessoria de Comunicação.

lguns jornalistas de rádio eTV vêem sobre suascabeças pairar umaameaça: antenas dasemissoras, que estão

continuamente emitindo ondaseletromagnéticas. O temor de riscoà saúde, no entanto, não éjustificado. Segundo a AgênciaNacional de Telecomunicações(Anatel), o Brasil segue padrões defreqüência da OrganizaçãoInternacional das Telecomunicaçõese da Comissão Internacional deProteção contra Radiações Não-Ionizantes (Icnirp), o que já evitariaproblemas à saúde. Além disto, aintensidade das ondas utilizadaspelas emissoras de TV e rádio aindafica abaixo deste padrão.

Muito embora não existamestudos definitivos sobre o potencialde dano do eletromagnetismo, sabe-se, ao menos em tese, que ondasclassificadas como não-ionizantes(incapazes de alterar a estruturamolecular dos corpos), a exemplodas emissoras de rádio, televisão e

pelas operadoras detelefonia móvel, nãoseriam prejudiciais àsaúde. Também em tese,haveria um risco muitomaior em se usar umtelefone celular por maisde 20 minutos do que setrabalhar sob uma torreemitindo sinal de rádio ouTV.

Aí entra outrapreocupação para a saúdedos jornalistas: os longosperíodos em queprofissionais, em geral derádio, passam “colados” aseus aparelhos durantealgumas transmissões. Jáfoi aventado que doençascomo glaucoma e cataratapoderiam decorrer daradiação oriunda doscelulares, a despeito deemitirem radiação não-ionizante. Uma vez queexiste o chamado efeitotérmico (aquecimento de

camadas inferiores da pele edos órgãos internos), há apossibilidade de danos. Outrorisco seria o dedesenvolvimento de tumores.Esta ameaça não teve suaextensão comprovadainequivocamente. Estudosapontam que o temporecomendado para o uso diáriodo celular seja de seis minutosno máximo.

Os quase 50 anos depesquisa sobre a relaçãoeletromagnetismo e saúde sãopermeados de resultadosinconclusivos, contraditórios e,nas últimas décadas, danecessidade de novasavaliações, por conta dasinovações trazidas nestesegmento. Uma delas é atecnologia wireless(comunicação sem fio), que deveser muito utilizada por jornalistaspor conta da sua comodidade ecujo potencial de risco aindaestá por se aquilatar.

10 - E X T R A P A U T A - D E Z E M B R O - 2 0 0 4 / J A N E I R O - 2 0 0 5

DOSSIÊ MOSCOUGeneton Moraes Neto,240 pp., GeraçãoEditorial, São Paulo,2004, R$ 39,50.Em "Dossiê Moscou",oitavo livro reportagemde Geneton MoraesNeto, está a coberturada primeira eleição para

a presidência da Rússia após setedécadas de comando comunista, mastambém, e principalmente, a história,contada em lances emocionantes, doespetacular colapso da gigante UniãoSoviética, com intervalos brilhantes parareflexões sobre ideologias, utopias,modelos políticos e econômicos. O autoré atualmente editor-chefe do Fantástico,da TV Globo. Com brilhante carreira nojornalismo eletrônico e impresso, jápercorreu os corredores da morte emprisões de segurança máximaamericanas, esteve nas ruínas decampos de concentração na Alemanha,entrevistou astronautas que pisaram nalua, sobreviventes do Titanic, o co-pilotodo avião que jogou a bomba atômicasobre Hiroshima e o assassino de MartinLuther King. Composto por grandespetite histoires, o livro traz um retrato dasituação histórica russa por meio dospersonagens que a compõem, como oex-professor de Ciências Sociais doPartido Comunista, caminhandocabisbaixo em um inusitado cemitério deestátuas, onde se encontram destroçosdos grandes monumentos a líderescomunistas como Lenin, Brejnev eAndropov, e maldizendo a marcha daHistória. Junto com as histórias e aHistória, o livro traz também um caráterreflexivo. Por meio de entrevistas comoas com o historiador Eric Hobsbawm, ecom o filósofo marxista Leandro Konder,"Dossiê Moscou" busca responderquestionamentos sobre a viabilidade deutopias como a socialista.

A QUEDA DE BAGDÁJon Lee Anderson, 408pp., Objetiva, Rio deJaneiro, 2004, R$49,90Ao contrário da maioriados repórteres quetrabalharam na guerra doIraque acompanhandotropas ocidentais, JonLee Anderson realizou

uma cobertura independente. Mesmosem conseguir se movimentar com totalliberdade, em uma cidade dominada pelomedo e destroçada por violentoscombates, o jornalista escreveu umrelato vívido e chocante de um país emruínas. "A Queda de Bagdá" é o primeirovolume da coleção Jornalismo deGuerra, série de obras assinadas porcorrespondentes estrangeiros ebrasileiros, que pretende resgatarclássicos do Jornalismo que descrevemos conflitos mais violentos dos séculosXX e XXI. Em "A Queda de Bagdá",

Biblioteca da comunicação tabela de preços - JAN 2004SALÁRIOS DE INGRESSO

Repórter, redator, revisor, ilustrador, diagramador,

repórter fotográfico e repórter cinematográfico 1.572,52

Editor 2.044,28

Pauteiro 2.044,28

Editor chefe 2.358,78

Chefe de setor 2.358,78

Chefe de reportagem 2.358,78

Estes são os menores salários que poderão ser pagos nas redações; Os valores

da tabela são para jornada de trabalho de 5 horas.O piso salarial da categoria é

definido em Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção Coletiva e/ou Dissídio Coletivo.

FREE LANCE

Assessoria de imprensa

Serviço mensal local 1.572,52

Redação

Lauda de 20 linhas (1.440 caracteres) 86,80

Mais de duas fontes: 50% a mais

Edição por página

Tablóide 112,40

Standard 134,69

Diagramação por página

Tablóide 56,22

Standart 76,66

Revista 41,79

Tablita / Ofício / A4 28,55

Revisão

Lauda (1.440 caracteres) 22,62

Tablóide 47,24

Tablita 35,63

Standard 98,79

Ilustração

Cor 134,11

P&B 89,30

Reportagem fotográfica – ARFOC

Reportagem Editorial

Saída cor ou P&B até 3 horas 266,00

Saída cor ou P&B até 5 horas 401,00

Saída cor ou P&B até 8 horas 678,00

Adicional por foto solicitada 98,00

Foto de arquivo para uso editorial 268,00

Reportagem Comercial/Institucional

Saída cor ou P&B até 3 horas 370,00

Saída cor ou P&B até 5 horas 587,00

Saída cor ou P&B até 8 horas 978,00

Adicional por foto 130,00

Reportagem Cinematográfica

Equipamento e estrutura funcional fornecida pelo contratante

Saída até 5 horas 289,00

Saída até 8 horas 354,00

Adicional por hora 100%

Foto de arquivo para uso em:

Anúncio de jornais (interna) 580,00

Anúncio de Revista (interna) 624,00

Capa de Disco, calendário, revista, jornal 978,00

Outdoor 1230,00

Cartazes, Folhetos e Camisetas 401,00

Audiovisual até 50 unidades 1661,00

Audiovisual acima de 50 unidades a combinar

Diária em reportagem que inclui viagem a combinar

Reportagem aérea internacional a combinar

Hora técnica 78,00

Observações importantes:

A produção (filme, laboratório, hospedagem, transporte, seguro devida, credenciamento, etc.) é por conta do contratante; Narepublicação, serão cobrados 100% do valor da tabela; A fotoeditorial não pode ter Utilização comercial. Trabalhos publicados semcrédito, junto à foto, sofrerão multa de 50% sobre seu valor, conforme alei 9610 de 19/02/98.

Anderson revela como a vida deiraquianos comuns foi afetada pela guerra- do médico pessoal do ex-ditadorSaddam Hussein, Ala Bashir, ao seumotorista Sabah, que antes da invasãoamericana só sonhava ter umacaminhonete de luxo. Este grupoheterogêneo de iraquianos éacompanhado pelo repórter por quasedois anos, em diferentes momentos: domedo generalizado sob o regime deSaddam à atmosfera surrealista de Bagdáantes da invasão, passando pelo começoda guerra e pela agonia do regime até aterrível batalha final, a mal concebidatomada de poder pelos Estados Unidos esuas conseqüências. Colaborador darevista The New Yorker, Anderson é autorde uma biografia de Ernesto Che Guevarae de livros-reportagem sobre guerra.

A ERA DO ESCÂNDALOMário Rosa, 528 pp.,Geração Editorial, SãoPaulo, 2004, R$ 47,00Quem assiste aosescândalos que semultiplicam e se nonoticiário finalmente vaipoder, em "A Era doEscândalo", responder a

algumas questões fundamentais sobrecomo funciona na mídia e na sociedadebrasileiras a "linha de montagem" dosfatos que causam indignação pública.Além disto, o autor, jornalista MárioRosa, mostra os bastidores desseseventos, o que fazer para proteger acredibilidade numa crise e as lições queempresas e líderes podem dar sobre oque viveram no olho do furacão de umacrise de imagem. Com apresentação dopublicitário Duda Mendonça e prefácio deNizan Guanaes, "A Era do Escândalo"faz uma ampla análise das crises deimagem que abateram nomes e marcasde primeira linha do mundo político eempresarial. O livro é dividido em 10casos, que ensinam passo a passocomo empresas como a TAM (com atragédia do vôo 402, o maior acidenteaéreo urbano da história do Brasil)superaram uma crise dessa proporção.Os detalhes de como empresasbilionárias, como Telefonica e a Telemar,enfrentaram um terremoto de imagempública. Desfilam no livro - sempre comrelatos de primeira pessoa - ostestemunhos de políticos como os ex-ministros Eduardo Jorge e Alceni Guerra,personagens centrais de casos queocuparam as manchetes dos jornaisdurantes semanas e meses. Um dosdestaques é a inédita revelação da atrizGlória Pires sobre como enfrentouboatos que quase destruíram sua família.A obra traz ainda uma ampla pesquisafeita no mundo inteiro sobre osescândalos. Mário Rosa apresenta pelaprimeira vez uma análise do escândalono Brasil e demonstra que osescândalos brasileiros são muitodiferentes dos de outros países.

E X T R A P A U T A - D E Z E M B R O - 2 0 0 4 / J A N E I R O - 2 0 0 5 - 11

FOLHA DE S. PAULO ABRE CAPITAL A GRUPO ESTRANGEIROCom a venda de 21% de seu capital à Portugal Telecom (empresa que no Brasilparticipa do capital da Vivo), a Folha de S. Paulo é o primeiro jornal brasileiro aabrir seu capital a um grupo estrangeiro. A mudança acionária foi acompanhadada fusão da Folha com o portal UOL.

LIBÉRATION NAS MÃO DE UM ROTHSCHILDO Libération, jornal francês de esquerda criado para “dar voz ao povo”, está agorasob o controle de um banqueiro da lendária família Rothschild. Com 37% dasações, Édouard de Rothschild, novo sócio majoritário, não nutre simpatias peladireita e prometeu não interferir no conteúdo do jornal.

pós quase um ano do compromissoformal em regularizar a situação dostrabalhadores jornalistas, privados decontrato e pagos via cachê, a Rádio eTelevisão Educativa do Paraná (RTVE)

abriu um teste seletivo simplificado para 73 vagas.Uma parceria com a Fundação da UniversidadeFederal do Paraná (Funpar) vai permitir acontratação dos profissionais, que deverão atuartambém para a TV Universitária e outros projetosda UFPR. O teste terá sete fases, todaseliminatórias.

Os jornalistas, porém, foram pegos desurpresa pela publicação súbita e sem alarde doedital de convocação do teste, na tarde de 17 defevereiro. As inscrições se encerrariam nasegunda-feira, dia 21, prazo visivelmente escassopara que profissionais interessados pudessemreunir a documentação, fazer o depósito da taxa eformalizar a inscrição na sede da Funpar emCuritiba.

O Sindijor protestou, e no dia 18, o presidentedo Sindijor, Ricardo Medeiros, e o diretor deDefesa Corporativa, Aurélio Munhoz, reuniram-secom o presidente da RTVE, Marcos Batista, paraexpor a posição do sindicato acerca da formacomo foi estabelecida a seleção – observando quehouve falta de divulgação prévia na abertura doedital – e para exigir um prazo maior para asinscrições.

Como resultado, foi prorrogado por apenasmais um dia o período de inscrições, o que, detoda forma, ficou longe do ideal. De acordo com aassessoria jurídica do Sindijor, não caberianenhum recurso na Justiça para exigir a expansãodo prazo de registro de postulantes, já que existea prerrogativa de os organizadores fazerem o testeseletivo com liberdade de prazos.

Na reunião, também foi solicitado que todos osoperadores de câmera externa fossem repórterescinematográficos, como é o entender da classe. Aalegação da RTVE para que houvesse apenasdois dias de registro de candidatos foi ocronograma para a legalização dos contratos,decidido após um acordo com o Ministério Públicodo Trabalho e que estava prestes a expirar. Batistaafirmou ainda que não foi feita maior divulgaçãoporque a seleção já seria de conhecimentopúblico.

Nos últimos meses, os jornalistas da RTVEestavam com o salário defasado. A emissoraestatal não havia repassado os dois últimosreajustes salariais, e havia profissionais ganhandoR$ 1.455,13, valor vigente para o piso da categoriaaté setembro do ano passado. A situação já teriasido corrigida.

TRANSPARÊNCIABaseado no princípio de transparência nos

atos públicos, o Sindijor sempre foi a favor deque se estabelecesse o caminho maisdemocrático para que profissionais jornalistastivessem oportunidade de carreira numa TVestatal. O Sindijor também sempre contestou amaneira como era feita a contratação dosprofissionais das emissoras públicas de rádio eTV – de forma meramente verbal, sem nenhumtipo de contrato formal, privando os trabalhadoresde direitos elementares, como férias e 13ºsalário, e da mínima condição de estabilidadeprofissional.

IMPRENSA PARANAENSE

RTVE abre teste seletivopara contratar jornalistasCríticas permearam o lançamento do edital, que deu apenas dois dias para que profissionais se inscrevessem

A

Insatisfeito com esta situação, o Sindijormobilizou o Ministério Público do Trabalho a fimde que os jornalistas da RTVE fossemcontratados de forma condigna. Paralelamente, oTribunal de Contas do Estado exigiu a supressãodas irregularidades trabalhistas. Esta mobilizaçãoculminou no compromisso da RTVE, em março de2004, em achar um mecanismo para viabilizar acontratação, de forma a assegurar a legalidade econtornar as regras burocráticas, que prorrogariamo problema.

A resolução encontrada pela RTVE foi aparceria com a Funpar, que possibilitou acontratação. Ressalve-se, porém, que umasolução definitiva para o problema só virá com umconcurso público, já que o teste seletivo, devalidade temporária, soluciona apenas a questãoemergencial; e o concurso daria a estabilidadenecessária para que os trabalhadores realizassemsuas atividades com a tranqüilidade de não seremincomodados pela sucessão política ou pelamudança nos humores dos governantes.

Problemas na Rádio e Televisão Educativa só serão resolvidos definitivamente com concurso público

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BIOGRAFIA DE JORNALISTAS PARANAENSES EM LIVROA jornalista Flávia Prazeres está produzindo um livro com biografias de jornalistasparanaenses. Profissionais que desejem figurar na obra, apoiada pelaAssembléia Legislativa, devem enviar um e-mail com dados pessoais, biografia etelefone de contato para [email protected]

CÂMARA DOS DEPUTADOS CRIA ASSESSORIA DE IMPRENSAA Câmara dos Deputados passou a contar a partir de janeiro com uma assessoriade imprensa voltada para assuntos institucionais. O serviço, que era exercido pelaprópria direção da Secretaria de Comunicação Social, passa aos jornalistasWilliam França e João Arnolfo.

FORMAÇÃO

Faculdade em Guarapuavafecha curso de JornalismoNão há definição acerca da transferência de alunos para universidade pública

s alunos do curso deJornalismo da faculdadeCampo Real de Guarapuavaforam pegos de surpresaquando foram fazer a

rematrícula para o primeiro semestre:eles, que dias antes haviam sidoinformados das inscrições, receberama informação de que o curso forafechado. O motivo: falta de alunos.

Autorizado para funcionar emagosto de 2002, o curso contava comturmas no terceiro e quinto períodos evinha, segundo a própria faculdade,apresentando constantes prejuízos.Ao todo, a instituição tinha nas duasturmas 26 estudantes, entre os quaismuitos jornalistas provisionados que,com a formatura da primeira turma de

OJornalismo da Unicentro (públicaestadual), não conseguirão renovar oregistro profissional, já que haveráprofissionais formados na cidade.

Uma parceria com a Unicentroestava em negociação até ofechamento desta edição. Pelo acordoentre as instituições, em troca daaceitação dos alunos, a Campo Realiria transferir parte de seu laboratóriode fotografia e o acervo de Jornalismode sua biblioteca à instituição pública.Com isso, os estudantes dePublicidade e Propaganda da CampoReal passariam a usar o laboratório defoto na Unicentro.

Isto resolveria a situação dosestudantes que não fizeram reopçãode curso na própria Campo Real,

ingressando nas turmas de Direito,Gestão de Negócios, Letras ePublicidade e Propaganda, outransferidos para o curso deJornalismo da Faculdades Integradasdo Brasil, UniBrasil, em Curitiba.

Mas há dificuldades, pois aUnicentro é uma faculdade pública edificilmente aceitará estudantes sem ovestibular, particularmente por já tertodas as suas vagas preenchidas eestar com escassez de professores; ocurso na Unicentro é diurno, enquantona Campo Real era noturno; alémdisto, as grades curriculares dos doiscursos não coincidem. A efetivação daparceria depende da aprovação dosconselhos da Unicentro, o que só deveacontecer em meados de fevereiro.

Últimosdias parainscrições

Estudante, são osúltimos dias para ainscrição de trabalhos aoPrêmio Sangue Novo noJornalismo Paranaense,iniciativa do Sindijor compatrocínio do Banco doBrasil que visa reconhecera produção acadêmica deestudantes de Jornalismodo Estado. O prazo final é4 de março. No site doSindijor, estão disponíveiso regulamento e a fichade inscrição.

SANGUE NOVO

E X T R A P A U T A - D E Z E M B R O - 2 0 0 4 / J A N E I R O - 2 0 0 5 - 13

JORNALISTA PARTICIPA MAIS DA VIDA SINDICALUma pesquisa da SBPM apontou que é bastante elevado o nível de sindicalizaçãoentre os jornalistas brasileiros – 41%, acima da média da maior central sindical, aCUT, que é de 30%. Em valores absolutos, os jornalistas compõem uma dascategorias com mais sindicalizados.

CASAS BAHIA NA CAMPANHA CONTRA BAIXARIAAs Casas Bahia se aliou à Campanha Quem Financia a Baixaria é Contra aCidadania e garante que não irá mais veicular comerciais nos “programas queviolem o ser humano por meio de cenas de violência, racismo, atentado ao pudor,exploração de homossexuais e outros tipos de discriminações”.

o ano em que o Sindijor completa 60anos, o Extra Pauta vai trazer em suasedições a memória da trajetória deatividades do sindicato ao longo desteperíodo. Desde sua criação, em 12

de outubro de 1945, seu efetivofuncionamento, estruturação econsolidação, o Sindijor passou pormudanças e desafios e foi palco dehistórias de luta e mobilização daclasse dos jornalistas.

O jornalista EmersonCastro, que foi presidente doSindijor entre 1996 e 2000,traçou a história dainstituição em suadissertação de mestradoapresentada em 2002. Nela,ele mostra que osprimórdios da organizaçãodos jornalistas remontam a1931, com a criação daAssociação Paranaense deImprensa (API), criada em1931 e ativa até hoje. Ela seconstituiu no primeiro ponto deunião dos jornalistas em torno deuma organização de classe.

O nascimento do Sindijor se deucom relativo atraso em relação aoutros centros. Em 1935, surgira osindicato do Rio; e até 45 seriam criadossindicatos para a representação dosjornalistas (alguns conjuntamente com osgráficos) em Minas Gerais, São Paulo,Maranhão, Alagoas, Bahia e Pará. No entanto ébom lembrar que na época o Jornalismo no estadoera ainda “boêmio”, com condições de trabalhodistante do adequado e marcado por vinculaçõescom a política estadual, no que se pode ver um

HISTÓRIA

Os 60 anos de luta do SindijorEm 2005, o Extra Pauta lembra a trajetória do sindicato, desde sua fundação, em 1945

N

Jornalismo e poesia perdem Mário LemanskiFaleceu no dia 25 de janeiro, aos 42 anos, o

poeta, escritor e jornalista Mário Lemanski, vice-presidente do Sindijor em Cascavel. Com sériosproblemas cardíacos, Lemanski não resistiu uminfarto em meio a uma angioplastia. Há mais deuma década atuando como assessor deimprensa da Secretaria de Cultura da Prefeiturade Cascavel, Lemanski havia trabalhado em

diversos veículos, como O Paraná, e estavacursando o mestrado em Letras na Unioeste.Defensor da popularização da poesia, Lemanskipublicou quatro obras independentes: “Coisas doCoração” (1985), “Versos Anêmicos” (1992),“Poesianisso” (1994) e “Todo es poesia” (bilíngüeportuguês-espanhol, 1997). Este ano editaria umanova obra. Foi autor de letras de músicas e roteiros

de cinema. Definia-se como “um humanista,sonhador, um homem de alma feminina”. Numauto-retrato poético, escreveu: “Leio/escrevo/cresço/tento/ser poeta/viro pó/desapareço.....”Conhecido pela vivacidade e pela energiacontagiante, Lemanski, chamado o Amigo ouMalé, era casado com Sônia de Paula SantosLemanski e tinha um filho, Mário Filho.

vício de origem (o primeiro jornal do Paraná,Dezenove de Dezembro, surgiu como diáriooficial) que não foi totalmente banido pelaprogressiva profissionalização, que teve início na

década seguinte, tanto no aspecto editorial quantona administração do jornal.

Nos primeiros oito anos de existência, oSindijor praticamente não saiu do papel. Embora

contasse com uma diretoria provisória. Entre53 e 64, foram seis diretorias eleitas,

duas das quais disputando eleiçõescom chapa opositora.

Didaticamente, Castro dividiu oprimeiro momento, de 1945 a

1955, como sendo deorganização, período no qual

se estabelece a fundação,estatuto, registro dosassociados e seestabelecem os primeirosacordos salariais com asempresas e se realiza pelaprimeira vez no Estado umCongresso Nacional dosJornalistas (o de número 5).Estimulado pelo governo doEstado, o congresso acaboulevando os jornalistas a searticular e pôr o sindicato em

funcionamento efetivo.Seguiu-se o momento de

construção, que vai de 55 a 64.Nesta época, o sindicato, mais

consolidado, passa a comportar oenfrentamento de correntes divergentes

que tentam assumir a direção darepresentação sindical dos jornalistas. Asdivergências eram tanto quanto às formasde reivindicar melhores salários como

quanto nas questões políticas do país. Esteperíodo foi acompanhado de um processo deprofissionalização.

Nas próximas edições, Emerson Castro trarádetalhes da história do sindicato nestes 60 anos.

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...E DEPOIS ACEITAdevolveria o diploma e não aceitaria a figuração no rol dos ganhadores. Por fim,ele desistiu e ficou com o prêmio e diploma. A matéria vencedora contava a sériede tribulações vividas por Felipe Klein, filho do ex-ministro Odacir Klein queacabou se suicidando em abril do ano passado.

VENCEDOR RECUSA PRÊMIO ESSO...Ganhador do Prêmio Esso de Reportagem, o jornalista Renan Antunes de Oliveira,do jornal porto-alegrense e que atuou na Gazeta do Povo, recusou o prêmio apósde críticas de grandes veículos aos critérios de julgamento. Posteriormente,Renan admitiu ficar com o prêmio em dinheiro, mas...

ENTREVISTA

Mauri König e Franco Iacomini:Prêmio Esso para o ParanáCom condições para se aprofundar no trabalho, repórteres paranaenses podem mostrar seu talento

s jornalistas paranaensesMauri König e FrancoIacomini foram osvencedores em 2004 domais cobiçado prêmio de

Jornalismo do Brasil, o Esso, namodalidade Regional Sul. A matériaque motivou o prêmio – “Devoradospela miséria”, publicada na Gazeta doPovo de 3 de julho de 2004 – descrevea situação de pobreza, estagnação,doença e ignorância vivida por umafamília da zona rural de Mangueirinha,no Sul do Estado. Foi a primeira vezque uma matéria veiculada na Gazetaganha o prêmio.

Iacomini já ganhou um prêmio Abrilquando trabalhava na revista Veja. “OEsso é uma lenda, qual é o jornalistaque nunca sonhou com um? O prêmiofoi um incentivo e tanto para mim equero agora trabalhar para fazer comque a Gazeta emplaque maisindicações em 2005”, disse ojornalista. Já König coleciona prêmios;este já é seu segundo Esso. Aqualidade de seu trabalho lhe valeu aotodo 11 prêmios jornalísticos (VladimirHerzog e Esso, duas vezes cada;Prêmio Embratel, Prêmio DignidadeSolidária, do Centro Paranaense deCidadania; Prêmio de DireitosHumanos, do Movimento de Justiça eDireitos Humanos e OAB-RS;Concurso Tim Lopes e JornalistaAmigo da Criança, ambos da Andi;Prêmio Lorenzo Natali, da FIJ e UniãoEuropéia; e Prêmio de DireitosHumanos, da SIP).

König começou a trabalhar comJornalismo num jornal semanário emFoz do Iguaçu, no final de 1991,quando cursava Letras na Unioeste(Jornalismo só iria estudar maistarde). Em 1994 já estava trabalhandona sucursal da Folha de Londrina e,ao mesmo tempo, atuando como frilafixo de O Estado de S. Paulo, veículopara o qual escreveu por oito anos.Neste período, trabalharia para O

Estado do Paraná, Gazeta Mercantil eainda atuaria por pouco mais de umano como secretário municipal deComunicação em Foz. Ingressou nasucursal da Gazeta do Povo emnovembro de 2002 e, por conta deameaças que sofreu após denunciarum esquema de fraude na Polícia Civil,teve de se mudar para Curitiba.

O curitibano Franco Iacomini tem35 anos e formou-se na UFPR.Trabalhou em Curitiba no Jornal doEstado (por duas vezes e foisecretário e chefe de redação), OEstado do Paraná, Folha de Londrina.Atuou na revista Veja como chefe dasucursal em Curitiba e na editoria deEconomia em São Paulo. Em 2001,trabalhou no OnNews, do portal deinvestimentos LineInvest. Por motivosfamiliares, voltou em 2002 paraCuritiba e ingressou na Gazeta doPovo, de onde foi demitido em junhode 2003. Iacomini voltaria ao GrupoRPC em dezembro de 2003, comoeditor no portal TudoParaná. Emmarço de 2004, regressou à Gazetapara trabalhar exclusivamente com aedição de domingo.

Extra Pauta - Como foi construídaa pauta da matéria?

Mauri König - A matéria foi umadessas gratas obras do acaso. Eu e ofotojornalista Albari Rosa viajávamospelo interior do Paraná para cobriroutros assuntos quando me depareicom uma situação que me chamou aatenção. O que estariam três criançasfazendo num barranco às margens darodovia numa região totalmenteisolada? Senti que ali havia uma boahistória. E havia mesmo. O Albarifotografou, eu descrevi o drama dafamília, o Franco deu o gancho dareportagem, o Jorge Javorskidescreveu os riscos à saúde domenino Luiz Gabriel e a Paula Girardiacompanhou uma semana depois arepercussão do caso [König entrara

em férias naqueles dias]. Foi umbonito trabalho de equipe que ajudou amudar a vida daquela família.

Extra Pauta - A pauta comabordagem social tem encontradomais espaço na mídia. Deve vir paraficar, ou é apenas uma tendênciarespaldada na idéia deresponsabilidade social?

Franco Iacomini – A pauta“social” na verdade nunca saiu demoda. Isso porque o mundo

corporativo incluiu o tema na suaagenda agora, mas o fato é que aresponsabilidade do jornalista ésempre social. Está sempre nacabeça dos repórteres, mas o fato éque a realização às vezes deixa adesejar. É preciso inovar nasabordagens, buscar o melhor texto euma apresentação gráfica interessante- nisso, aqui na Gazeta, somosprivilegiados porque temos um pessoalmuito bom na arte. Boas intenções

Mauri König: trabalho investigativo ganhando reconhecimento

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PRÊMIO CONFEA: PRORROGADAS AS INSCRIÇÕESProrrogadas até 31 de março as inscrições ao II Prêmio Confea de Jornalismo.Disputam materiais veiculados de janeiro de 2004 a janeiro de 2005 sobre asengenharias, arquitetura, agronomia, geologia, geografia e meteorologia.Informações: www.confea.org.br.

MATÉRIAS SOBRE A CHINA EM CONCURSOA Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico promove o I Prêmio Brasil-China de Jornalismo, que premiará trabalhos jornalísticos produzidos naimprensa do Brasil cujo tema seja a China ou as relações sino-brasileirasInscrições. O regulamento está no site www.cbcde.org.br

são um excelente ponto de partida,mas não levam necessariamente auma boa reportagem. Tem de ter faro,como teve o Mauri ao encontrar afamília Melo em Mangueirinha, edepois pôr os neurônios parafuncionar.

EP - Como você vê asobservações dos grandes veículosaos critérios de avaliação do prêmio?

Iacomini - Sou obrigado aconcordar com boa parte delas. Oproblema é que é muito difícil acharum equilíbrio na composição dascomissões julgadoras. O Essomontou em 2004 uma comissãoformada quase que integralmente porpessoas que não militam nasredações. Sofreu críticas por causadisso, mas também apanhava quandotinha jurados que trabalhavam emjornais e revistas. Mas o Esso éprovavelmente o mais polêmico deles,tanto é que Abril e Estadão nãoparticipam mais. E soube que, em2005, eles terão pelo menos maisuma baixa.

König - Sempre vi com um certoceticismo os critérios dascomissões julgadoras no Brasil.

Em geral, elas dão maisimportância ao veículo decomunicação do que ao conteúdoveiculado. Ou seja, os grandeslevam vantagem logo de cara, e nãotêm do que reclamar. Esse papelcaberia aos pequenos,discriminados pela estatura.

EP - De que maneira aconteceessa discriminação?

König - Respondo com umexemplo prático: em 2001 o jornal OEstado do Paraná publicou umareportagem que ganhou o Prêmio deDireitos Humanos da SociedadeInteramericana de Imprensa e o daFederação Internacional dosJornalistas. No Brasil, a mesmareportagem ganhou o Prêmio VladimirHerzog, mas nos prêmios Esso eEmbratel ficou apenas com apremiação regional. Como pode umareportagem ser considerada boa osuficiente para ganhar dois dos maisimportantes prêmios do Jornalismomundial e no Brasil ter suaimportância reduzida a um interesseregionalizado? Conclui-se, portanto,que os critérios daqui não são osmesmos do Exterior.

EP - Então por que você participadesses concursos?

König - Bem, primeiro o repórterdeve perseguir a boa notícia, e nãovirar um caça-prêmios. A premiaçãodeve ser conseqüência de uma boapauta, e não uma obsessão.Escrevemos para o leitor, não parauma comissão julgadora. Se depoisachar que merece a inscrição em

algum concurso, vá em frente. Masninguém deve ser incauto o bastantepara ignorar a preferência dascomissões julgadoras pelos grandesveículos. Eu concorro por uma sériede razões. Entre elas porque é umaforma de amplificar o meu trabalho e onome do jornal, associado ao bomJornalismo. Como, em geral, escrevosobre direitos humanos, vejo nosprêmios uma forma a mais de difundiro que escrevi.

EP - De modo geral na imprensaparanaense falta investimento emreportagem. Você concorda? Maisinvestimento em apuração é oelemento para que a imprensa noEstado melhore em qualidade?

König - Não resta dúvidas de queo sucesso de uma pauta depende do

tempo de apuração e, dependendodo caso, de investimento financeirodo jornal. Checagem feita às pressasgeralmente resulta problemas. Aimprensa paranaense nunca tevetradição de grandes reportagens, àexceção de uns poucos casos poresforço do próprio jornalista. Noconjunto, o Estado sempre ficouaquém da média nacional. Numpassado recente, a Folha deLondrina era a referência doJornalismo de profundidade noParaná, mas perdeu força de unsanos para cá. Vivemos um hiatojornalístico desde então, mas vejoque isso está mudando. A Gazeta doPovo, por exemplo, criourecentemente o Núcleo deReportagens Especiais, umaproposta da qual eu vinha falandodesde que cheguei a Curitiba, hápouco mais de um ano e meio. Apartir de algumas experiênciasindividuais, a direção do jornalpercebeu que o Jornalismo deprofundidade dá resultados. Esteserá o primeiro ano de grandesreportagens em série na Gazeta.Esperamos que esse vírus do bemcontamine outras redações.

Iacomini - Não sei se possoconcordar com a tua afirmação[dirigindo-se ao entrevistador]. Naimprensa paranaense falta, paracomeçar, imprensa. Temos muitosperiódicos por aqui que deveriampedir desculpas por usar a palavra“jornal” nos seus títulos. Sãoimpressos em papel de imprensa,servem para divulgar a agenda dasautoridades, mas não podem serconfundidos com jornais. Asredações desses diários não têmrecursos para nada, muito menospara fazer Jornalismo. Umexpediente, aliás, correto, porquenão faz parte da atividade principaldessas empresas ganhar dinheirocom um jornal faz, auferindo rendaapenas da venda em banca e dapublicidade identificada como tal.Quem deveria investir emreportagem são os três ou quatrojornais que, em de modo mais oumenos envergonhado, são dignosdesse nome. E um pequenoinvestimento faz uma grandediferença, como vimos na Gazetanos últimos meses.

Franco Iacomini: "a responsabilidade do jornalista é sempre social"

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II PRÊMIO NEW HOLLAND DE FOTOJORNALISMOAbertas as inscrições para o II Prêmio New Holland de Fotojornalismo, quepremiará as melhores fotografias sobre atividades relacionadas à agricultura noBrasil produzidas por repórteres fotográficos para veículos impressos do Brasil.Mais informações no site http://www.premionewholland.com.br/

JORNALISTA ORGANIZA GALERIA VIRTUALO repórter fotográfico Daniel Taborda Ribas Marques lançou o site de fotografia,desenho, arte digital e artes plásticas AnunciArte (www.anunciarte.com.br). Voltadoà divulgação de artistas do Paraná, a galeria virtual serve para a divulgação, masnão comercializa as obras expostas.

FOTOJORNALISMO

World Press Photo em CuritibaExposição trouxe os 211 trabalhos vencedores do chamado “Oscar do Fotojornalismo”

Curitiba recebeu de 7 a 27 de janeiro, a exposiçãode fotojornalismo World Press Photo, consideradao Oscar da fotografia mundial. A mostra, noBoulevard do Estação Embratel Convention Center,trouxe trabalhos escolhidos entre entre mais de 63

mil imagens de fotógrafos de 124 nações. Elas já foramapresentadas a 80 cidades em 40 países e visitadas porcerca de um milhão de pessoas. Os 210 trabalhos do WPP/04 foram escolhidos por um júri internacional dentro de 11categorias. A única exigência feita pelo WPP é que as fotostenham sido publicadas na imprensa. A foto vencedora dogrande prêmio, do francês Jean-Marc Bouju, mostra umiraquiano com a cabeça coberta com um saco pretoconsolando o filho numa prisão.

JEAN-MARC BOUJU (FRANÇA - ASSOCIATED PRESS) Um iraquiano consola o seu filho de

quatro anos num centro de detenção de prisioneiros de guerra, no Iraque.

ADAM PRETTY (AUSTRÁLIA - GETTY IMAGES)Portfólio de esportes.

JAN BANNING (HOLANDA - LALF PHOTOS PARA M MAGAZINE)A burocracia na Índia.

ERIC REFNER (DINAMARCA)Fim de semana do rock em Hemsby, Inglaterra.