Etica e Deontologia (Reparado)

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Deontologia e ética 30/10/2011 O trabalho – sua história e conceito sobre o trabalho. O homem inventou o trabalho, sendo o único animal que trabalha por um objectivo de subsistência. Ao longo da história ocorrem diferentes percepções sobre o trabalho: Trabalho Esforço penoso Cristianismo (a religião serviu de cimento social todas as culturas têm a sua religiosa, sendo o cristianismo uma cultura com grande peso) Só para homens fortes Velho testamento Ocupação – condenados Novo testamento (pela ociosidade das pessoas – à necessidade de ocupar as pessoas para as práticas para a vida activa – trabalho manual) O escravo não é um homem Trabalho como disciplina – como rotina Desprezo (ser homem passa por não trabalhar) Reforma Fisiocratas (um pais é rico pelo trabalho, logo há uma valorização do trabalho) Marx Prestigio (ser homem passa pelo trabalho) Ética e deontologia profissional: Porque vivemos em liberdade, nascemos com essa possibilidade. Necessitamos da educação, porque não ficamos determinados pela natureza. Não é pela natureza que nos tornamos homens – temos de construir a personalidade. Ética – serve para procurar o melhor argumento; tenta dar respostas às nossas dúvidas. O tentar ser melhor – trabalhando; Na educação e a partir desta ideia; Tentar contribuir com que um trabalho seja melhor, que a sociedade venha a ter uma vida melhor. Sem cultura não há estatuto de pessoa; Vincular uns aos outros para nos tornarmos pessoas por um trabalho, numa cultura. Perfectividade versus defictibilidade Humanidade não é determinada instintivamente. Sem a interacção de um com o outro não existe aprendizagem por si só das culturas (o processo educativo).

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Deontologia e ética30/10/2011O trabalho – sua história e conceito sobre o trabalho.O homem inventou o trabalho, sendo o único animal que trabalha por um objectivo de subsistência.Ao longo da história ocorrem diferentes percepções sobre o trabalho:

TrabalhoEsforço penoso Cristianismo

(a religião serviu de cimento social todas as culturas têm a sua religiosa, sendo o cristianismo uma cultura com grande peso)

Só para homens fortes Velho testamentoOcupação – condenados Novo testamento

(pela ociosidade das pessoas – à necessidade de ocupar as pessoas para as práticas para a vida activa – trabalho manual)

O escravo não é um homem

Trabalho como disciplina – como rotina

Desprezo (ser homem passa por não trabalhar)

Reforma

Fisiocratas (um pais é rico pelo trabalho, logo há uma valorização do trabalho)MarxPrestigio (ser homem passa pelo trabalho)

Ética e deontologia profissional:Porque vivemos em liberdade, nascemos com essa possibilidade. Necessitamos da educação, porque não ficamos determinados pela natureza. Não é pela natureza que nos tornamos homens – temos de construir a personalidade.Ética – serve para procurar o melhor argumento; tenta dar respostas às nossas dúvidas.O tentar ser melhor – trabalhando; Na educação e a partir desta ideia; Tentar contribuir com que um trabalho seja melhor, que a sociedade venha a ter uma vida melhor.Sem cultura não há estatuto de pessoa; Vincular uns aos outros para nos tornarmos pessoas por um trabalho, numa cultura.Perfectividade versus defictibilidadeHumanidade não é determinada instintivamente.Sem a interacção de um com o outro não existe aprendizagem por si só das culturas (o processo educativo).A evolução a nível da educação, ao nível do ensino superior, para que cada tenha a capacidade para melhorar, para compreender a realidade e poder reinventar.O trabalho do professor, pode-se ver como um espaço de dimensão que vai incidir nas outras pessoas e ter o seu impacto.Quais as preocupações:Desenvolver o trabalho do bom ou do mau?O trabalho do desenvolver das profissões.A nossa acção de docente é uma prática axiológica? (estuda os valores; padrão dominante de valores em determinada sociedade)

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PROFISSIONAL

ASSOCIAÇÃO

saber

fazer

ProfissãoQuando?

saber

TrabalhoMáquina Ética Educação Ser humanoComo uma transgressão Sabedoria Evolução Profissão

Experiencia atenta – a preocupação do docente para com os alunosPara saber o que é correcto, é preciso a experiência.

Trabalho:DeverSucessoRealização pessoal

O que é a ética?Sabedoria moral; Aqui o professor com um papel importante na sociedade (desenvolver no estudantes o conhecimento – O incentivo – o excesso de incentivo pode levarA fazer o que não está certo – Tirando valores morais;Fazendo com o sentido de uma intenção e nãoO que está correcto.

07/11/2011

A profissão nasce não só com preocupações, nasce de uma ideia altruísta;O professor educa crianças a crescer, é uma necessidade social;As profissões surgem pela necessidade do saber; em competências no saber o que fazer;Saber especializado - a necessidade no desenvolver uma especialidade ou não;O saber vai-se especializando. As profissões nascem para responder a uma necessidade social.

As profissões surgem em saberes, em competências. No saber o que fazer.Saber especializado, no desenvolver de uma especialidade ou não.O saber vai-se especializando. As profissões nascem para responder a uma necessidade social.

Quando a necessidade muda, os trabalhos /profissões mudam. Ou porque deixaram de fazer sentido, ou da necessidade de especificar.Ser profissional é desenvolver numa área a nível social, é aprimorar e desenvolver a profissão.

COMUNIDADE

FORMAÇÃO

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Uma atitude profissional, será no sentido de se preocupar em prestar um melhor serviço.Ex.: As melhorias no ensino, é identificar o que funciona. O que não funciona. Procurar investigar o que pode funcionar melhor. O investigar no ensino, como em casos de investigação em mestrados e em doutoramento, são realizados com o objectivo de fazer o estudo, e discutir melhorias.

Conquistar uma área de intervenção profissional, é investigar nessa exclusividade como professores (nós somos uma voz na sociedade).

A complexidade do nosso fazer no caso do professor da área das artes:- Simples- ComplexoSer professor é simples ou complexo. Se é simples já não é preciso muito esforço mas se for complexo então há a exigência de um grande conhecimento. E é aí que vai dar legitimidade.Cada vez mais o ensino está a tornar-se simples. O governo está cada vez mais a dar instruções como dar a aula.No saber, os que têm esse saber, é que executam. E tem essa formação (um saber complexo)Para adquirir esse saber, tem de passar por uma formação universitária.

Na profissão de docente, nesta o professor está a tornar-se num operário.

A questão que se coloca, é se trata de um desenvolvimento profissional, ou um desenvolvimento proletário.Se existe associações profissionais, no caso dos professores das diferentes áreas, não existe uma Ordem de professores (como no caso dos médicos, arquitectos, advogados…). Não existe algo que os una num só elo, uma Ordem. Pois de certo modo a ausência desse elo, vai tirando a força de luta pela profissão, existem apenas os sindicatos, que não é o suficiente para defender a profissão de docente.A associação, será para zelar pelos profissionais dessa profissão.

AssociaçãoProfissional

Ajudar

Formação

FazerProfissãoQuando?

SaberComunidade

EntidadeValores

Sentido de pertença

Só há desenvolvimento, se nós sentirmos como comunidade. Logo isso exige uma identidade .Esta comunidade tem de ter uma identidade. A ideia que nos prende uns aos outros é este ideia de comunidade. E isto tem que existir em todas as disciplinas.

Valores – que comunidade se estruture dentro dos mesmos valores. O desenvolvimento profissional te de ser um valor;Sentimento de pertença – profissional com desenvolvimento de pertença;Linguagem Tem de existir uma linguagem própria – desenvolvimento da linguagem; O porquê da formação – será para melhorar na nossa profissão, para não passar de um mero trabalho.

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Profissionalismo – padrão de qualidade – ser um bom profissional quando se incorpora e se aproxima desse padrão.Cada um de nós deve se aproximar da sua profissionalidade/profissionalismo/profissionalização.Nós somos socializados pela profissão, devido ao que marcou pela nossa escolaridade.A formação inicial, não tem mudado, logo não tem cumprido um bom desempenho/resultados.

14/10/2011

Valor utilitário SimbólicoIgualdade de género Trabalho Posto de trabalhoQuantidade de trabalho necessárioPara produzir

Raridade do bem

A profissão nos vários aspectos de preocupação/ questões:

- Valor utilitário, no sentido da qualidade desse trabalho/profissão- A profissão de decente, ter um processo de profissionalização ou desprofissionalização;- O valor de trabalho que há para produzir?- Quanto valor tem o trabalho de professor, para que seja realizado com qualidade, é necessário tempo para produzir com qualidade.- Quanto tempo se gasta para produzir, e que quantidade de tempo é necessário para produzir com qualidade.

A pedagogia social reconhece-se pelo trabalho com qualidade, que devemos ter essa preocupação;- A preocupação do desenvolvimento do trabalho do professor.

O impacto só se ganha se a acção for em bloco, em massa.O reforço da ética – desenvolvimento profissional.

Quanto tempo é necessário para ser professor?Quanto tempo é preciso?O tempo que se demora a atingir?Que formação académica necessária?Qual a importância da educação?Quem deve abordar este discurso - o trabalho desta áreaDimensão simbólica – o trabalho, visto como realidade para a classe social baixa.

A raridade do bem -

- O valor do trabalho diferenciava-se em função do género, logo era atribuído diferentes importânciasO valor do trabalho em função do posto de trabalho (a importância desse posto de trabalho ao longo dos anos) o valor varia em função do posto de trabalho.O trabalho de docente, deve ser estudado, onde deve de ser melhorado.

A profissionalização - debate-se numa estratégia da formação não dependente apenas do estágio, os processos de profissionalização permanente, não só quando se está a fazer o estágio.

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Para um trabalho se torne diferente de outro, tem de ter identidade.

Traços característicos da profissão:- Valores, linguagem/comunicação, identidade (colectiva - da profissão)Formação - eixo temporal (incorporando o que é ser professor – numa área identificada, (em determinada faixa etária!) culturas diferentes/ culturas departamental.Proletarização profissional – trabalho desqualificado - devemos lutar pela qualidade do trabalho e não deixar entrar na desintegração do trabalho (docência), fragmentação no ponto de vista da profissão em diferentes locais de aplicação dessa mesma profissão.

Na revolução industrial, o trabalho foi fragmentadoA segmentação entre a concepção e execução de determinado trabalho.Cada vez mais o trabalho de docente é um trabalho de execução, o que se torna preocupante para a profissão.Num trabalho proletarizado o executante do trabalho pode ser visto de 2 maneiras:Simples – não implica muitos conhecimentosComplexo – implica determinada formação

A qualidade da profissão, acarreta responsabilidade, competência de analisar a realidade e poder decidir na melhor solução, nem todos os trabalho comportam a mesma complexidade.Pois num trabalho proletarizado, é um trabalho padronizado, de rotina.

Questão importante: Passar a realizar esse exercício da profissão a tempo inteiro, o abandono do tempo parcial de dedicação à profissão.

Trabalho – 5 conceitos Exercício de actividade de docente – leis de ordem de exigência, criação de entidades específicas de formação para professores, criação de instituições de formação, criação de associações profissionais (uma forma de nos regularmos, de orientar), construção de um corpo de conhecimento e de técnicas (para desenvolver o conhecimento – áreas diferentes de conhecimento), elaboração de um conjunto de normas e de valores (a deontologia e a ética profissional, para um reconhecimento social), estatuto económico e social. (padrão de qualidade)

Apresentação de Gr. M., C., PL., PC.Profissão – questõesQuando?…O quê?Profissional implica ser – o ser profissional, porque se considera profissional, o que é ser bom profissional (uma questão do agir com profissionalismo)A profissão teria que ter uma identidade, essa identidade tem de ser definida pela comunidade ou pela humanidade, em conformidade com a ética. Tem de ter uma finalidade, deve de ter fins/objectivos, de trabalhar par a comunidade/sociedade. A profissão deverá de ter valores altruístas. O indivíduo deverá estar consciente dos pressupostos da profissão, e deve de se identificar com esses pressupostos, o profissional age com profissionalismo, com os conceitos do profissionalismo interiorizados.Se deve de assentar em valores altruístas, valor máximo que tenta evitar o egoísmo. Visa uma finalidade o ppº desenvolvimento da sociedade.

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Tendência instintiva que convoca o indivíduo à preocupação, ajuda o desenvolvimento do seu semelhante de forma espontânea. A mora +pressupõe a transformação do egoísmo em altruísmo em prol de um benefício da sociedade. O indivíduo deve sacrificar-se pela humanidade.Como?Profissionalidade, dever para com o segmento profissional. Conceito de profissionalidade tem a ver com a continuidade de evolução do conhecimento, não estagnar.Porquê?A importância de ser um bom profissional. (filme: stand and deliver)

Trabalho Gr. - Apresentação - R. T. M. F.- Qual a importância da formação continua: como forma de desenvolver e adquirir conhecimentos

específicos.Oferta formativa e as necessidades formativas dos professores, formação em que momento? Para quem? Com que finalidade?Reencontrar espaços de interacção entre as dimensões pessoais… perspectiva de investir na profissão e nos seus saberes.O corpo de docentes assumir a sua profissão.Que identidade profissional?Identidade e alteridade: conceitos complementares – identidade docente:Essência comum de um colectivo/ funções laborais e actuação/ condições sociais.Que identidade profissional?Diferenciação intracategórica – praticas…Docente – membro de um colectivo amplo (identidade geral) semelhanças…Linguagem – procura da linguagem, da essência que é comum à docência. No acto educativo, estar para alem dos conhecimentos e linguagem cientifica.Pode existir uma linguagem educativa transversal? – uma linguagem de transmissão que terá de transcender o tipo discurso mais cientifico, e ser mais técnico, com preocupação pedagógica. Perante uma estrutura determinante – necessidade - e de um meio comum – sociedade.A responsabilidade de aprimorar as nossas competências para executar melhor e para fazer melhorComunidade = IdentidadeSentimento de pertença…Associações de trabalho – elementos organizativos:Admitindo o factor de reconhecimento à profissãoConferindo essencialmente um padrão de qualidade ao ensino como aquisição de competências.O sentimento da identidade colectiva do professor, e a possível actuação das associações, colocam-se em vários items.Condições funcionais/ condições institucionais.A consciência da profissão… o profissionalismo:Evitar a estagnação da profissãoA procura de um caminho que beneficie a todos…- Profissionalidade/ profissionalização (sedimentar o conhecimento/ formação base)Consciência das regras…O que é necessário para ser um bom profissional – a instabilidade que se vive actualmente na carreira docente…Onde está o respeito pelos padrões de qualidade?

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Dentro das instituições de ensino, existe um controlo interno do que se pode ou não fazer, o modo de como se é avaliado, e a noção de formação de maior graduação, sermos contratados anualmente, reduz a importância no seu lugar na escola.O banalizar da formação, vai influenciar num descrédito da profissão e do valor da mesma.A representação do que é sermos professores, passa por situações de descrédito de valores, numa cultura de escola é inviável o sentido de colaboração entre esses profissionais.Para progredirmos convém que haja um controlo e vigilância, num sentido de melhoria e de valorização da tarefa de docente. Há um banalizar da profissão. Da qualidade dos cursos, teremos um corpo de docente que valide a qualidade de formação? Há a necessidade de um controlo de qualidade?!

Aula 21/10/2011

Acto da profissão

Construção de conhecimentos, nas diferentes áreas – no campo profissional há um desenvolvimento da técnicas e de conhecimentos – um património de conhecimentos mais complexo, tem a ver com o desenvolvimento históricos que as pessoas envolvidas no processo.

Quais os valores que cultivamos? Quais esses valores?

Surgem as associações a construir esses valores – a imitar o código deontológico.

Mobilização de motivo criativo, do desenvolvimentoO que é desenvolvimento profissional – considerando a realidade do desenvolvimento profissional O real - A visão do futuro -

Na cultura do cientifismo, o imaginário não tem valor. O nosso desenvolvimento depende do nosso imaginário, sem ele morremos - sem ele não sonhamos, logo não somos nada, no sentido de realização pessoal.

Os tipos de interesses - dos outros e das comunidades.

Se somos egoístas, ou se somos profissionais

Quando matamos uma profissão, se não temos sentido de preocupação com a nossa actividade profissional, não sentimos remorsos pela morte dessa profissão.

O que leva a pensar quais são as nossas limitações da profissão na nossa sociedade. Leva a pensar o que queremos de nosso futuro. Assim para que serve a ética, serve para imprimir a referência profissional, para a nossa actividade seja melhor. A preocupação com o desenvolvimento profissional, um bom profissional, é elevar a sua reflexão para além do quotidiano, para o projecto profissional.

Conceptualizar, de problematizar para este patamar, para se subentender essa necessidade de formação, no sentido de melhorar na profissão.

A necessidade da ética - a consciência devida – entre a realidade e o desenvolvimento profissional.

Códigos ontológicos?

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Para transcender a realidade, para melhorarmos, mas há a necessidade de se querer melhorar, no pensar do melhoramento profissional. Temos de ser bons trabalhadores.

Instrumento de avaliação não tem o que define o bom profissional – a ver com as noções de ética.

O que define um bom profissional?

Temos de ter um imaginário, o sonho, que comanda a vida. Como nós nos posicionamos na nossa posição no futuro. Nós não alimentamos o nosso imaginário no colectivo, como professores (incentivo a uma revolta).

A avaliação, não faz sentido de revelar como bons profissionais, mesmo havendo elevadas qualificações nas avaliações de desempenho dos professores, não correspondem ao factor real do que é um excelente profissional, se não é realizado alguma melhoria.

28/10/2011

Problema

Egoísmo

A era do vazio, é a era da desafecção.

O vazio na vida, sentimento e a atitude, o cultivar a insensibilidade. Viver a vida sem pensar nos problemas da nossa profissão.

O procurar de soluções principais e procura-los resolver.

A ideia de profissão requer trabalho e da necessidade de reconhecimento. Mas o mais importante, o pensamento colectivo em prol de um colectivo. O pensar e discutir, para procurar a melhor solução possível.

A Ética tem a ver com o pensar em conjunto nos problemas.

Um profissional não só deve ter competências técnicas, mas também competências éticas.

A competência ética, tem a ver com o nosso posicionamento ético, qual a perspectiva sobre os problemas, e quais as possíveis soluções. Sendo aqui necessária a existência da consciência.

O que é a consciência profissional, como requisito, do que nós somos?

Consciência profissional…

O que levou às coisas como são, o que levou à construção histórica.

O que é o currículo? O que entra no currículo? O que faz entrar no currículo – o poder!

Se cada um de nós apenas interagir apenas pelo egoísmo, não se melhora e perde-se poder.

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Se mudar as acções, se forem convergentes, ganham Poder - competências éticas.

O unir forças – provocar a mudança na humanidade.

Temos Competência Ética - se fizermos por ela.

A questão de quem somos nós profissionalmente, e onde queremos ir?

A perda de saberes curriculares podem desaparecer, se perderem poder, dando lugar a outros com mais poder. Para que determinada disciplina não perca poder, é necessário reforçar esse poder de importância dessa disciplina, não o perder.

Ética na educação – o nosso nível de ética, é mais exigente – no entanto o mais humano que existe. Ajudamos a construir melhores pessoas.

04/11/2011

Ética Docente

Fazer o trabalho Docente – Indecente ou Decente?

Proletarizar ou profissionalizar?

(luta de poder…)

O controlo sobre o capital – Trabalho – exige ética profissional (busca existencial para dar sentido) e esta só se desenvolve no céu da liberdade.

1- Relação laboral coacção – obediência;

Submissão PassividadeMutilação do tempoAsfixia da liberdadeO futuro desaparece

Objecto Vítima

2- Relação Laboral Autonomia – Criação

Autonomia ProduçãoEnergia de tempo fluiFuturo é contingenteDepende da acção

Sujeito Responsabilidade

Desafio de ser profissão: ser capaz de liberdade!Ser livre exige conhecimento.Autonomia só faz sentido na esfera racional.

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É preciso Conhecer para a vontade livre Decidir.A Dimensão intelectual da ética tem implicações Afectivas.Razão e afectividade (saber entender para saber fazer, e querer dizer e fazer) estão inter-relacionados (prazer racional).

Importa pensar bem para sentir sentimento de satisfação ao agir bem. Afectividade serve de mola (Energética) da acção.

Notas:(não estamos a pensar bem a relação profissão, relação de afecto vamos encontrar, ou investimento ou desinvestimento – quando estamos de acordo investimos, mas quando não estamos de acordo, já não investimos. Devemos de reagir, para nos sentirmos realizados, sentimento de satisfação).

Relação profissional é mediada por afectos.Resulta Investimento/ desinvestimento afectivo.Na perda de sentido (profissão deixa de ser objecto de valor digno de respeito e cuidado) verifica-se perda da capacidade afectiva…

Investimento afectivo na profissão. Capacidade afectiva de sentir (conceber deveres, distinguir) e de querer fazer (experimentar), Novo poder interpessoal tem função criadora.(O perdermos a capacidade de sentir. O poder de interpessoal está em nossa mão).

Notas:(Um trabalho para se converter em profissão, é preciso de coesão, num grupo de trabalho – em consonância com os colegas dessa profissão. Convém ter-se um padrão para se exercer esse trabalho.Se o que se faz na profissão, só faz sentido se for organizado – o que passa também por uma organização - algo que possa emergir e que resolva as nossas preocupações, e que isso se possa projectar na nossa profissão – dar uma perspectiva de caminho para a profissionalização.!!!)

Qual o caminho para ser profissional?Liberdade coloca o problema da escolha (o que é melhor?).Movimentamo-nos no plano da intenção racional e não das leis físicas (que devemos propor-nos?)Que Mapa? Que bússola?

É preciso escolher a vida, que queremos viver.Interpretar a realidade, inventar, não quebrar a flecha de tempo (TELOS)

Ética profissionalConhecimento Imaginação

LiberdadeConsciênciaAgente

Capacidade de escolha

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A condição do exercício profissional – Poderes e Saberes

Centrado no exercicio da condiçãoÉtica da profissão

ControloEstado

Acesso e recrutamentoLicença. e mandatoIdeol. Profissional?

modelo / negociação Orga.trab e relação laboralComunidade prática(relação colegial

Fragementação(relação competição

Linha de força Ser professorsubjectividade

Da Concepção sobre a Disciplina

Linha de força Linha de força Formação (re)qualificaçãoConteúdo e progressãoTaylorização

ControloMovimento assocciativoSindicato e associações profissioais

AssepsiaConhecimento(s/ valorização)

Notas:Licença (autoridade para falar de uma determinada área de ensino), o ser licenciado.Implica uma grande responsabilidade.Como os professores reagem à disciplina que leccionam. O que temos de melhorar nas disciplinas no grupo disciplinar, quais as concepções que devemos mudar, cada disciplina tem uma concepção diferente, o que vemos acontecer é que estas lutam umas contra as outras. Quais as concepção dessas disciplinas, estão correctas, ou devemos de lutar por mudar, e qual concepção. A concepção de uma determinada disciplina, é o que faz esse professor.

Da Concepção da Disciplina – linhas orientadores – as suas concepções

Anos 60 - Na pedagogia surge uma correcta não directiva (o aluno faz as disciplinas que queria fazer), o que nos trouxe na nossa relação laboral… qual a relação pedagógica… (pensamento de Ivan e de itch – uma luta anti-escola na sociedade). Isto provoca uma não valorização das disciplinas.

Actualmente, todas as disciplinas, umas mais que outras, a maneira que cada professor transportou para a sua disciplina, tem uma concepção que determina se é ou não um bom professor.

A democracia, nós defendemos a democracia, mas não a cumprimos… criticamos a democracia… erro quando pensamos que somos detentores da verdade, e se não discutimos, não atingimos a verdadeira verdade. A cultura democrática – ganha-se em debate, o posicionamento, e discutir em qual argumentação – quem estuda isso?? (ver teses de mestrado sobre este assunto) se há produção sobre este tema.

Desenvolver uma outra sensibilidade do ser professor – o que é hoje ser professor?

Pensar o que é isto de ser professor…

Apresentação trabalho de grupo

A “Era do vazio” de Gilles Lipovetsky, fala-nos desta realidade e da transformação que o homem contemporâneo sofreu nos diversos contextos sociais.A cultura pós-moderna …Assistimos hoje, em contraponto com o passado:À privatização alargada do individualismo…

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Sociedade asfixiante, nos comportamentos transmitidas pelas diferentes gerações, as nossas atitudes são reflexo do que aprendemos, vemos e repetimos como referência.

Problema“Ismo”Do Ego – EgoismoVivemos na Era dos Ismos… porque nos tornamos egoístas

Estamos perante uma Crise de: Pensamento/ consciência/ éticaO acto do egoísmo elimina o acto da solidariedadeO pensamento só existe quando tentamos resolver problemas, e qd tomamos consciência desses mesmos

Ao mudarmos de pensamento p/ resolver problemas, surge a Ética.Não ter consciência é não aceder ao conhecimento.

“ A ética acontece quando se age em conformidade com a consciência”

Pesquisa

Adoptar normas deontológicas e profissionais como valores de referência não transaccionáveis em contextos profissionais.

1. Sou capaz de identificar deontologia e normas profissionais?2. Sou capaz de reconhecer valores de referência em organizações

distintas?3. Sou capaz de actuar criticamente sobre práticas sociais, articulando

responsabilidade pessoal e profissional?

O propósito deste ensaio é o de esclarecer a intenção ética que precede, na ordem do fundamento, a noção de lei moral, no sentido formal de obrigação, que requer do sujeito uma obediência motivada pelo puro respeito à lei mesma. Se falo de intenção ética mais do que de ética é para sublinhar o carácter de

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projecto da ética e o dinamismo que determina este último. Não é que a ideia de lei moral não tenha lugar em ética. Ela tem uma função específica; mas pode mostrar-se que esta é derivada e deve ser situada no trajecto de efectivação da intenção ética. Proponho que se faça uma distinção entre ética e moral; que se reserve o termo ética para todo o questionamento que precede a introdução da ideia de lei moral e que se designe por moral tudo o que, na ordem do bem e do mal, se relacione com as leis, as normas, os imperativos.

Paul Ricoeur, Avant la loi morale: l’éthique

O presente tema, Deontologia e normas profissionais, ao estar subordinado ao núcleo gerador Convicção e firmeza ética, exige a desocultação dos conceitos de ética e deontologia, dado que as suas diferenças teórico-conceptuais não nos permitem concebê-los de forma eminentemente unívoca.Se se tem em consideração o legado filosófico ocidental, o conceito de ética - do grego, ethiké – refere-se à disciplina de estuda os fundamentos da moralidade, isto é, os princípios do comportamento humano que se vinculam com as noções de bom e mau.Diferentemente, conceito de deontologia, derivando dos vocábulos gregos deontos e logos, exige que o interpretemos por um discurso ou tratado de normas, o que o aproxima significativamente dos conceitos filosóficos tradicionais de moralidade e axiologia.Ética e moral são, portanto, expressão duas disciplinas distintas, ainda que complementares. Pois, se a primeira busca os princípios da moralidade, isto é, aquilo que permi

te distinguir entre acções boas ou más; a segunda, tendo como base estes princípios, busca construir um conjunto de normas às quais ninguém se pode arbitraria ou livremente furtar.Deste modo, se é verdade que existe uma relação de dependência entre as disciplinas da deontologia e da ética, com preponderância da segunda relativamente à primeira, já que esta última disciplina determina os princípios pelos quais aquela deve se reger; não deixa de ser igualmente verdade que a deontologia reveste-se de um carácter eminentemente pragmático, porquanto permite não só fixar as normas profissionais que devem reger cada trabalhador assim como afastar a subjectividade inerente ao critério ético.

Proposta de trabalho: Para a desocultação da competência em análise, exortamo-lo para a realização de três tarefas conjuntas. Num primeiro momento, propomos-lhe que identifique as normas profissionais que regem o seu colectivo profissional e situações de vida que evidenciem o comprimento das mesmas. Num segundo momento, procure mostrar importância da deontologia e das normas profissionais para proficuidade das relações laborais entre colegas de trabalho e entidade patronal, assim como para a salvaguarda dos consumidores. E, num último momento, procure reelaborar uma nova deontologia profissional que, animada por novos códices éticos, seja capaz de responder a situações de intolerância, desrespeito e abuso de autoridade, com que se confronta cada trabalhador na relação que mantém com os seus colegas de trabalho, com a entidade patronal e com o público a que se dirige.

Publicada por Maroco dos Santos em 19:54 5 comentários

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HISTÓRIA DO TRABALHO

INTRODUÇÃO

O trabalho é uma necessidade natural e eterna da raça humana, sem a qual o homem não pode existir. Diferente dos animais irracionais, que se adaptam passivamente ao meio ambiente, o homem atua sobre ele ativamente, obtendo os bens materiais necessários para sua existência com seu trabalho, que inclui o isso e a fabricação de instrumentos especiais. A sociedade não escolhe estes instrumentos ao seu arbítrio; cada nova geração recebe os instrumentos de produção que foram criados por gerações anteriores e que ela usa, modifica e melhora.

O progresso destes instrumentos obedece a uma certa ordem de seqüência.   A humanidade não pode passar diretamente do machado de pedra para a central atômica; cada melhoramento ou invento é conseqüência dos anteriores, tem que se apoiar na gradativa acumulação de experiência produtiva, de hábitos de trabalho e de conhecimento dentro da própria comunidade ou de outra comunidade mais avançada. Repetimos que os instrumentos de trabalho não funcionam sós, e que o papel central no processo da produção corresponde aos trabalhadores que criam e colocam em ação esses instrumentos com o seu esforço e experiência laboriosa.

A produção não é obra do homem isoladamente; tem sempre caráter social.   No processo de produção de bens materiais, os homens, com ou sem vontade, acabam se relacionando de uma forma ou de outra, e o trabalho de cada produtor converte-se numa partícula do trabalho social, até nas sociedades mais primitivas e com, maior fundamento, nos processos industriais mais avançados.

Assim, a humanidade tem conhecido quatro regimes diferenciados de relações de produção: comunidade primitiva, escravidão, feudalismo e capitalismo, sendo que existiu uma experiência de um regime comunista cuja primeira etapa é o socialismo.

REGIME DA COMUNIDADE PRIMITIVA

O regime da comunidade primitiva é, historicamente, a primeira forma que a sociedade adota logo que o homem separa-se do mundo propriamente animal, quando num longo processo evolutivo adquiriu as qualidades que o diferenciam dos outros seres vivos.

A humanidade contava com elementos de trabalho muito rudimentares: pau, machado de pedra, faca de pederneira e lança com ponta de pederneira;  mais tarde foi inventado o arco e a flecha. A alimentação era produto da caça e a colheita de frutos silvestres; posteriormente começa a agricultura na base do trabalho com picareta. A única forma conhecida era o músculo do homem.   Com somente este instrumento e armas, o homem tinha sérias dificuldades para enfrentar as forças da natureza e fornecer seu alimento; unicamente o trabalho em comum podia garantir a obtenção dos recursos necessários para a sua vida.

O trabalho em comum trazia também a propriedade comunitária dos meios de produção, que era a base das relações de produção na época. Todos os integrantes da comunidade estavam em condições iguais com relação aos meios de produção; ninguém podia assumir a propriedade privada deles;  cada elemento da comunidade recebia a sua quota de produção conforme suas necessidades e normalmente não ficava excedente em benefício de alguém em particular.

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No decorrer do tempo, o regime da comunidade primitiva entra na fase da sua desintegração, devido ao desenvolvimento das forças produtivas. Os homens aprendem a arte de fundir os metais, melhorando a qualidade das ramas e ferramentas agrícolas; domesticam o cavalo e constroem um arado rústico aumentando enormemente o rendimento das plantações. Este desenvolvimento das forças produtivas provoca importantes mudanças sociais; a atividade pastoril separa-se da agricultura e inicia-se uma modesta indústria artesanal. Começa o intercambio de produtos derivados do trabalho, primeiro entre as tribos e depois no centro da própria comunidade. A tribo descompõe-se em famílias que se convertem em unidades econômicas separadas, concentrando-se nelas o trabalho, diferente do trabalho comunitário e dando início a propriedade particular.

REGIME DE ESCRAVIDÃO

A necessidade e o desejo dos homens de facilitar o seu trabalho e de dispor de reservas para enfrentar os desastres naturais incentivaram a eles aperfeiçoar os seus instrumentos e criar hábitos de trabalho. Mas ao mudar o sistema primitivo, o homem, inconscientemente, sem pensar nas conseqüências que traria na área social, preparou o passo para a escravidão.

A base das relações de produção neste regime era a propriedade privada do senhor, tanto dos meios de produção como dos trabalhadores: os escravos.

O regime da escravidão castigou os trabalhadores, os escravos, com terríveis calamidades e sofrimentos. Os opressores viam com desprezo o trabalho físico indigno de homens livres. A partir deste momento, os homens já nunca mais serão iguais em seus direitos.

Durante o regime escravista, continua a divisão do trabalho, sendo que a divisão dignificava a especialização e o aperfeiçoamento dos instrumentos e maior conhecimento técnico. Após os cereais, na agricultura nascem as especialidades de hortigranjeiros, frutícolas, etc.; é aperfeiçoado o arado primitivo que agora ganha rodas e criam-se novas ferramentas para usos mais específicos; a força dos animais é usada em maior porcentagem. O trabalho de grande número de escravos permite a construção de obras maiores, como canais, represas, caminhos, navios, prédios, etc. E as pessoas da sociedade livre que já não precisavam desenvolver trabalhos físicos ficam com tempo para se dedicar às artes e às ciências.

Mas chega o momento que as possibilidades de progresso que o regime escravista poderia oferecer ficam esgotadas. Os senhores, dispondo de trabalho quase que de graça, não se interessam no aperfeiçoamento das técnicas de produção, e os escravos não tinham, evidente, interesse no seu trabalho, não sendo possível confiar neles instrumentos delicados e funções mais importantes. O desenvolvimento encontrou uma barreira que eram as velhas relações de produção e que somente poderia ser superada com uma revolução social, a que acabou sendo iniciada pelos próprios escravos e acompanhada pelos segmentos mais pobres da população socialmente livre.

A história oferece numerosos exemplos da esforça luta dos escravos; mas a classe deles tinha muitas diferenças de língua e de origem, formando uma massa que dificilmente poderia agrupar-se para formar uma força social importante; sua consciência de classe era muito escassa e os escravos que se sublevaram não estavam pensando em lutar contra o sistema escravista, sendo o seu único anseio voltar a sua pátria e serem novamente livres, e um dia chegar a ser proprietários de escravos.

O regime escravista sucumbiu sob os golpes reunidos das insurreições das classes trabalhadoras e das incursões das tribos bárbaras, contra as quais o estado escravista foi incapaz de lutar.

REGIME FEUDAL

Aparece uma nova formação econômica, política e social: o feudalismo.

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A base das relações de produção deste regime é a propriedade dos senhores feudais sobre os médios de produção e, em primeiro lugar sobre a terra. A palavra feudal provem do latim “feodum” que identifica as terras que o rei distribuía entre os seus senhores em pago ao apoio militar.

Os camponeses dependiam dos senhores feudais, mas a diferença dos escravos, não constituía propriedade total deles; o servo recebia um terreno, conforme veremos mais na frente.

Os servos eram semilivres e estavam obrigados a viver na propriedade. Na operação comercial de compra ou venda das terras, os servos eram normalmente incluídos. Os servos trabalhavam a terra do senhor e em retribuição recebiam um pequeno terreno que era trabalhado pela sua conta; estes terrenos cedidos podiam ser herdados, mas pagando ao senhor uma taxa. O feudo emprestava aos servos os moinhos, ferramentas, depósitos, currais, etc., de forma bastante onerosa, mas que o servo tinha que aceitar, pois não dispunha desses elementos necessários ao seu trabalho.

As relações entre senhores e servos eram antagônicas e correspondiam a uma contradição irreconciliável.  A luta elevou-se na sociedade feudal a um nível mais elevado que o conhecido na escravidão.  Os camponeses foram lutando com força cada vez maior contra a opressão feudal para obter o direito de dispor livremente do produto de seu trabalho.

Ao lado de pequenas unidades artesanais começam a aparecer grandes empresas empregando trabalhadores não submetidos à servidão; o comércio cresce além dos mares. Nos séculos 16 e 17 realizam-se grandes descobrimentos científicos e técnicos. Aos poucos se vã estruturando no seio da sociedade feudal o novo sistema capitalista de produção; mas, para que ele tivesse um bom desenvolvimento era preciso por fim ao sistema feudal. A burguesia, classe portadora do novo sistema de produção precisava de um mercado de trabalho livre; vale dizer, homens emancipados da servidão e sem propriedades,  são empurrados pela necessidade às fábricas. 

A burguesia lutava pela supressão das taxas que sustentavam a corte, e junto a burguesia estavam todas as capas sociais descontentas com o feudalismo, desde os servos da gleba e os pobres das cidades, vítimas da miséria, humilhação e toda tipo de desaforos, até os homens de ciência e escritores avançados, asfixiados pela canga espiritual da Igreja e do feudalismo.

Começam as revoluções burguesas, sendo a mais importante delas, a Revolução Francesa de 1789. No fim do século 18 existiam na França todos os ingredientes para uma revolução. O tipo de economia capitalista tinha alcançado um nível considerável, mas o regime feudal absoluto era um obstáculo para a consolidação do novo sistema. Nessa época de 25 milhões de franceses, um milhão constituía a classe privilegiada (nobreza e clero). Em Paris sobreviviam mais de 100.000 mendigos de um total de 700.000 habitantes. Os servos e os camponeses passavam por uma profunda crise agrícola. Tudo isto desenvolveu um excelente ambiente para que a nova classe burguesa pudesse jogar às classes pobres contra o despotismo. 

REGIME CAPITALISTA

Da história universal, a Revolução Francesa é um dos acontecimentos mais importantes e de forte influência política que influiu fortemente nos destinos posteriores da humanidade. Das fileiras da classe média surgem os ideólogos das novas instituições, sendo os promotores do progresso e das idéias republicanas e democráticas que ganham lugar no mundo.

O capitalismo se desenvolve com toda a sua força e cria a sua própria revolução: a revolução industrial que significou um fabuloso aumento da produção material e do rendimento do trabalho. Mas, este auge da riqueza social não significa a mesma porcentagem de melhoramento material para os trabalhadores. A nova realidade mostra uma acumulação de riquezas em um extremo e muita miséria no outro, com jornadas de trabalho que chegavam a 18 horas diárias na França de 1840.

Page 17: Etica e Deontologia (Reparado)

No regime capitalista surgem duas classes novas e importantes:

a) Classe capitalista ou alta burguesia, que nos países mais desenvolvidos possuem todos os meios de produção, e

b) Classe proletária ou trabalhista que vende seu trabalho à classe capitalista a câmbio de um salário, não sempre condizente com as suas necessidades.

Estas duas novas classes são econômica e socialmente antagônicas e, desde o início estão se enfrentando em lutas periódicas, nas quais a classe proletária tem levado a pior parte,m pois a classe capitalista, com seu poder econômico, têm se apoderado do poder político.

Em outubro de 1917 teve lugar na Rússia uma revolução de tipo proletária, que transforma a estrutura do país e que procura estabelecer uma nova etapa nas relações de produção.

REGIME SOCIALISTA

A base do sistema socialista de produção é a propriedade social dos meios de produção, mas a diferença com relação ao sistema primitivo é que a socialização apóia-se em forças produtivas de capacidade superior.

O regime capitalista plasma-se com a revolução francesa e o regime socialista começa com a revolução russa que veio a impor um novo sistema no maior país da Europa.

Desde 1890 a economia russa, da estaca zero começou a conhecer uma expansão bastante rápida que criou um pequeno proletariado, 7% da população total, concentrado nos centros industriais; mas o país continuava a ser pobre, com uma agricultura predominante sobre a atividade industrial.  E é aqui uma primeira contradição de Marx, que desenvolveu sua teoria econômica para um país imperialista como era a Inglaterra da época e de fato o capitalismo constituía o primeiro alvo a ser atacado pelo socialismo. Vemos, ao contrário, que o socialismo não triunfou nas nações industrializadas da Europa Ocidental, e sim nos países subdesenvolvidos da Europa Oriental e Ásia.  Ainda mais, a quantidade de pequenas e medianas indústrias continua aumentando nos paises da Europa Ocidental e, se é verdade que as crises econômicas periódicas não tem acabado, não é razoável predizer ainda um cataclismo geral que acabe com o capitalismo que, aliás, está se adaptando a nova evolução econômica mediante investimentos nos países que tinham adotado o socialismo, investimentos que começaram antes de desabar o sistema na Rússia.

Marx também simplificou em demasia a “luta de classes”. Na verdade, a classe proletária não é uma realidade simples, na medida em que ela tem sido analisada por diferentes autores, crescem novas categorias de trabalhadores assalariados com diferentes interesses. Ao simplificar a “luta de classes”, Marx exagerou o papel do determinismo das coisas e subestimou a liberdade do homem e sobreestimou o poder administrador do Estado.

O TRABALHO E A MAÇONARIA

Este capítulo foi escrito pelo Ir. Eleazar Bocaz, da A.R.L.S. Luis A. Navarrete e López, 124 , da G.L. do Chile.

Tudo dentro da Maçonaria faz alusão, lembra e exalta o valor humano e social que a Ordem dá ao Trabalho, alicerce indispensável para a sociedade de ontem, de hoje e do futuro. Assim, ela estimula seus membros a trabalharem de forma permanente pelos grandes princípios humanistas de convivência social. Suas Oficinas estão abertas a todos os homens livres e de boa vontade para que eles apontem suas luzes na consecução da tarefa comum.

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Seus membros são obreiros, o local onde eles se reúnem é uma Oficina, o V.M. abre e encerra os trabalhos, e os AAp. quando recebem seu aumento de salário passam a ser os CComp. da Oficina. As ferramentas simbólicas de cada Grau correspondem a outros similares elementos de trabalho usados na vida profana. Um avental é o emblema, a organização hierárquica dentro da Instituição corresponde a ordem e disciplina necessárias para um trabalho proveitoso e criativo. A “hora” corresponde a etapa da vida do homem em que é desenvolvida a atividade social, e a “idade” é a do homem amadurecido que esquece de si mesmo em benefício da sociedade. Esta terminologia revela a metodologia sistemática do trabalho para a obtenção final dos elevados ideais que persegue a nossa Instituição.

A força espiritual da Irmandade fundamenta-se no trabalho efetivo que possam desenvolver seus membros dentro e fora dos Templos. Esta força é um organismo vivo e dinâmico dentro da sociedade, obrando para que ela não permaneça estática, mas evolua em uma ordem ascendente sendo cada vez melhor, para formas e estruturas de organização de e vida mais justas que transformem o ideal de bem estar geral, de utopia em realidade.

A Constituição Maçônica consagra a verdade que do trabalho flui dos seus símbolos e rituais, e dos preceitos neles estabelecidos podemos deduzir os perfis relevantes do trabalho conforme a concepção maçônica-filosófica. Tais perfis podem ser condensados como segue: o Trabalho é um dever, não é uma maldição nem um castigo. É um imperativo da consciência que o homem deve cumprir por dignidade, pelo respeito ao próximo, pelo bem estar social. O trabalho é uma manifestação da personalidade humana que permite destruir o ócio e os vícios, fortalecer a vontade, acordar as energias, agilizar o pensamento e o músculo e temperar o caráter do homem. É um direito que deve e pode ser exercido conforme as capacidades, aptidões e interesses dos indivíduos.

Porque esta exaltação do trabalho que a Maçonaria faz? A Maçonaria tem valorizado o trabalho como a ferramenta ideal para a consecução de sua finalidade, sendo ele o fenômeno decisivo no despertar e na dinâmica das civilizações. O trabalho é uma atitude que é o divisor comum e condição “sine qua non” de toda a vida humana em sociedade. A Maçonaria sustenta que todos os problemas humanos somente podem ser resolvidos pela reflexão filosófica, o conhecimento científico e a ação. Por esta razão, a Ordem é uma escola que impulsiona a procurar a verdade e a desenvolver uma ação na sociedade. Começa seu labor na consciência do indivíduo, que ao atuar no seio da coletividade procura o bem-estar social. Procura construir um homem bom e desenvolver nele as melhores qualidades da raça humana; de um ignorante e grosso procura fazer um pensador, um sábio, um homem que trabalhe pelo bem da humanidade. O Primeiro Grau faz um polimento intelectual e moral para que o homem não seja mais um lobo, mais sim um irmão para os outros homens. Os maiores inimigos que a sociedade tem tido em todos os tempos, impedindo-a de alcançar o estado superior acima mencionado, foram e são os dogmas, as tendências reacionárias, retardatárias e conservadoras, que tem escravizado os povos.

Nossa Augusta Ordem não é partido nem uma seita religiosa; não é um sindicato de classes nem uma doutrina econômica, portanto, não pode descer ao plano da polêmica social de forma similar aos diferentes grupos ou doutrinas que disputam o poder. Ela somente assinala altos ideais e entrega a cada elo da corrente universal as ferramentas, ensinando o seu uso para que o maçom construa seu pensamento assumindo a posição que a sua inteligência e sabedoria lhe indiquem. Conforme os nossos princípios frente a atual sociedade em crise o maçom deve assumir sua parte de responsabilidade, lutando para dar solução aos problemas que o mundo experimenta. Mas pese aos séculos que a humanidade tem vivido, aos infinitos esforços de muitos homens bons de espírito e bem inspirados tem realizado, dos progressos da ciência e da técnica, da evolução do pensamento que tem entregado novas concepções do mundo e da vida, em diversas e modernas posturas políticas e econômicas, ainda persistem a fome, a miséria, a guerra, a desigualdade social, a falta de liberdade, a injusta distribuição da riqueza, o desemprego, o analfabetismo, o alcoolismo, o tráfico de drogas, etc. E frente a este quadro miserável, a humanidade contempla atônita, como as nações destinam grandes somas de seus orçamentos em armas, experiências nucleares e pergunta-se: para onde vão a ciência e o mundo?  Qual será o nosso destino?

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A nossa responsabilidade como membros da Ordem, nos obriga a trabalhar dentro e fora de nosso templos, havendo tanta coisa a fazer, tanta ignorância a eliminar, tanta coisa por ensinar. Em qualquer momento de nossa vida profana devemos elevar nossa palavra e comunicar nossas idéias, calmas, reflexivas e que mostrem nossas nobres inspirações.

NOTA:  

As Lojas do Chile desenvolvem durante o ano Câmaras de Instrução para Aprendizes, Companheiros e Mestres das Lojas de uma região para ministrar instruções e aprimorar o conhecimento maçônico dos Irmãos (seja simbólico, iniciático, histórico, filosófico,etc) dirigidos pelo Seg. V. , Pri. V. Ven. e Or., respectivamente.

No fim do ano calendário acontecem as Festas de Aprendizes, Companheiros e Mestres, onde em uma Sessão Magna, os Irmãos mostram às Lojas o que aprenderam durante o ano nestas câmaras. O interessante é que nessa sessão magna as Luzes e Oficiais são compostas por Aprendizes, Companheiros ou Mestres, respectivamente.

O trabalho aqui apresentado e de autoria dos Companheiros e foi apresentada na Ordem do Dia da Sessão Magna de Festa do Companheiro, realizada em Dezembro de 1972, reunião em conjunto de 5 Lojas de cidades da província de Valparaíso, subordinadas à Grande Loja do Chile, sendo que nosso Irmão Omar Cartes, nessa época membro aprendiz da A.R.L.S. 124, teve a honra de dirigir os trabalhos no cargo temporário de Venerável.

Omar Cartes -2006

http://www.guatimozin.org.br/artigos/hist_trabalho.htm

http://www.infopedia.pt/$cultura-e-ensino-no-portugal-democratico

cultura democrática no ensino:

As modificações verificadas no domínio da cultura e do ensino no Portugal democrático podem agrupar-se em algumas linhas de força:

1. A eliminação da censuraA eliminação da censura conduziu naturalmente à liberdade de expressão, da qual não se gozava em Portugal há cerca de 40 anos, que permitiu que o cidadão pudesse pensar, falar e escrever a favor ou contra todos os aspetos da vida social portuguesa. Por outro lado, aspetos até então ignorados ou escamoteados pela comunicação social, como a exclusão social, droga, criminalidade, sexo, etc., passaram a ser tratados de forma explícita, inclusive pelos órgãos de comunicação social destinados ao grande público; entretanto, outros órgãos de comunicação faziam da exploração deliberada de tais temas o seu modo de vida (revistas pornográficas, crime, factos incríveis).

2. O ensinoA multiplicação das creches e do ensino pré-primário traduz-se num papel menos pesado para as mães e avós, isto é, quem, tradicionalmente, tomava conta das crianças pequenas. Esta situação terá reflexos profundos nas futuras gerações, reflexos esses que, no entanto, são ainda pouco discerníveis de momento. Em finais dos anos 90, no Governo de António Guterres, o ensino pré-primário passou a ser considerado responsabilidade do Estado.Ensino secundário: liberalização e contra-liberalização do Ministério da Educação

As escolas secundárias começaram a: gerir-se a si mesmas, porque os antigos reitores nomeados pelo

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Ministério da Educação foram substituídos por conselhos de gestão eleitos democraticamente; poder escolher os seus programas face à realidade social e geográfica da sua zona de inserção e os livros pelos quais se estudava; isto por oposição ao programa e livro únicos a nível nacional, que eram aprovados pelo Ministério da Educação e que deveriam ser usados em todas as escolas (embora já no tempo de Marcello Caetano, com o ministro Veiga Simão, fosse iniciado um programa no sentido de acabar com o livro único).Entretanto, este sistema foi alvo de críticas: os alunos deixavam de estar em pé de igualdade, dependendo do que aprendiam e dos critérios de avaliação do professor (ou do Conselho de Gestão da Escola) e não de critérios idênticos para todos. Isto levou, posteriormente, e através de um processo nem sempre linear, à fixação de padrões mais uniformes, nomeadamente através da realização de exames a nível nacional. Medida a salientar é o aumento, em 1986, da escolaridade obrigatória de 6 para 9 anos. Este aumento, entretanto, foi caracterizado, numa 1.ª fase, por um abaixamento do nível exigido para a finalização destes estudos.

No ensino superior regista-se a multiplicação das escolas superiores públicas e privadas.

Antes do 25 de abril existiam apenas universidades em Lisboa, Porto e Coimbra e todas elas, à exceção da Universidade Católica, eram públicas. Após esta data, mas sobretudo na década 80, multiplicam-se as universidades públicas (a primeira é a do Algarve, aprovada em 1977), seguindo-se a criação de universidades em Braga, Açores, Santarém, etc. Mas o fenómeno que se revelou mais inovador face às práticas até aí seguidas foi o do aparecimento de escolas superiores privadas, procurando servir os numerosos alunos que, devido ao sistema de "numerus clausus", não tinham lugar nas universidades públicas. Entretanto, a multiplicação destas escolas, bem como a de cursos ministrados, levando a um número de licenciados superior às capacidades de absorção do mercado de emprego, os conteúdos e as habilitações dos professores (verificando-se casos em que, face à carência de professores habilitados, o mesmo professor dava aulas em 3 ou 4 faculdades, com inevitável quebra de qualidade) criaram problemas complicados de reconhecimento de habilitações. Em resumo: o ensino havia-se tornado uma mercadoria. Esta situação levou o Governo a criar "comissões de avaliação" destinadas a verificar se os cursos ministrados, as matérias ensinadas e os corpos docentes davam garantias de qualidade. Nas universidades públicas o aumento do número de cursos resulta de uma necessidade cada vez maior de especialização num mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo.Verifica-se uma subida do número de estudantes universitários, mas uma estagnação, ou mesmo decréscimo, quanto aos estudantes do ensino primário e ciclo preparatório, sobretudo em regiões do interior, como também em zonas citadinas, devido à quebra de natalidade, o que leva ao encerramento de escolas devido à falta de alunos.

3. O aparecimento de televisões privadas e suas consequênciasA televisão portuguesa foi desde a fundação da RTP (Rádio Televisão Portuguesa), primeiro com um e mais tarde com dois canais, um serviço público do Estado.O aumento do número de horas diárias de emissão e o aparecimento, em 1980, da televisão a cores acentuaram progressivamente o impacte deste meio de comunicação na vida diária dos Portugueses.Na década de 80 verifica-se o aparecimento de televisões privadas em vários países da

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Europa. Em Portugal o primeiro canal privado a surgir foi a SIC, em outubro de 1992, ligada ao grupo liderado por Pinto Balsemão, logo seguida, em fevereiro de 1993, pela TVI, ligada a setores da Igreja.Entretanto, se ao nível da informação se verifica uma melhoria devida ao aparecimento dos novos canais, por outro lado a guerra de audiências, ou seja, a tentativa dos vários canais de captar cada vez mais espectadores, levou a um "nivelamento por baixo" de alguns dos programas emitidos.A par das televisões privadas também surgiram numerosas rádios privadas, primeiro à margem da legislação, mas que acabaram por ser legalizadas em 1989.A atração cada vez maior da televisão "reforçada", se assim se pode dizer, pelos vídeos, discos compactos, antenas parabólicas e televisão por cabo - trouxe consigo a diminuição do número de espectadores da salas de cinema, acarretando a demolição ou a mudança de ramo de atividade das grandes salas de cinema construídas a partir dos anos 20 (um dos últimos grandes êxitos de bilheteira do cinema português seria "O Lugar do Morto", do realizador António Pedro Vasconcelos, estreado em outubro de 1984 e que seria visto por 400 000 espectadores) e até de vários jornais prestigiados, que existiam há dezenas de anos, como "O Século", o "Diário de Lisboa", o "Diário Popular", ou que haviam testemunhado os tempos confusos da revolução de abril, como "o Jornal", o "Dia", o "Diário", "O Tempo", etc.

ALTERAÇÕES A NÍVEL CULTURAL E DAS MENTALIDADES

Até ao 25 de abril as normas em vigor, apoiadas pelas várias polícias, e por um clima geral de falta de liberdade, impediam o aparecimento de culturas minoritárias, que agora se vão manifestar.É o caso da cultura negra, ou melhor, das culturas africanas (fruto da imigração das antigas colónias - devido à instabilidade social ? facilitada pela necessidade de preencher postos de trabalho pouco atrativos para os nacionais) com a sua música e dança, os característicos cortes de cabelo e o vestuário. Por outro lado, surgem os movimentos de skinheads (cabeças rapadas) defendendo posições racistas. Outras minorias vão igualmente ocupando o seu lugar na sociedade portuguesa: é o caso dos homossexuais - que criam os seus próprios locais de encontro, bares, cinemas, revistas e vestuário -; dos punks, cuja forma de estar se caracteriza pelo uso de roupa de cabedal de cor negra, correntes metálicas e piercings. A sociedade portuguesa assiste simultaneamente a uma "avalancha" de anúncios públicos de videntes, leitoras da sina, cartomantes e "massagistas", o que revela formas de estar na vida que até então permaneciam na obscuridade por serem consideradas reprováveis.Simultaneamente, emerge uma nova cultura yuppie. Os yuppies distinguem-se pela forma cuidada como se apresentam: cabelo bem cortado e com gel, vestuário elegante e de marca ? normalmente, fato e gravata ? e pastas de cabedal.Relativamente ao panorama musical, as canções de protesto ? as de tendência claramente esquerdista e que tanto impacte tinham nos períodos pré e pós-revolucionário -

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praticamente deixam de se ouvir. O último grande concerto revolucionário, em que participaram, para além de José Afonso, Octávio Sérgio, António Sérgio, Lopes de Almeida, Durval Moreirinhas e Janita Salomé, entre outros, ocorreu a 29 de janeiro de 1983. Quatro anos depois morreu José Afonso. Nos anos que se seguem, o nível melódico e poético das canções portuguesas regride consideravelmente e a chamada "música de intervenção" praticamente desaparece, o que acaba também por ser associado a uma crescente falta de interesse pela política que também se reflete numa cada vez maior abstenção.O número de objetores de consciência também aumenta consideravelmente. Perante esta situação, o Governo emite legislação especial de modo a dispensar 16 mil destes objetores do serviço militar (ou cívico) obrigatório. Sucedem-se as reduções de tempo de prestação do serviço militar. Também é evidente uma alteração da atitude perante o trabalho manual. Este passa a ser cada vez menos apetecível para as novas gerações; a par de uma cada vez maior procura de cursos superiores (mais de 100 mil candidatos por ano), os trabalhos manuais são, cada vez mais, desempenhados por estrangeiros.

A relação homem/mulher e o papel das mulheres na sociedadeO papel da mulher na sociedade teve uma lenta evolução no Portugal democrático. Logo após o 25 de abril foi aprovada uma alteração à legislação que se referia a certos poderes de tutela do marido em relação à mulher, ficando os dois sexos em aparente situação de igualdade. Foi, igualmente, aprovada uma alteração à "Concordata" entre o Estado português e a Igreja Católica, a qual permitiu o divórcio dos cônjuges que haviam contraído casamento católico, permitindo que estes, caso o desejassem, pudessem posteriormente voltar a casar-se civilmente. Já o problema do aborto foi motivo de grande divisão na sociedade portuguesa, tendo a sociedade, em referendo, rejeitado o que o Parlamento havia aprovado.O nudismo (parcial ou total), impensável há alguns anos, passa a ser pelo menos tolerado, sendo, em 1988, publicada uma lei que o regulamenta.O período do 25 de abril viu também, pela 1.ª vez, a entrada (em 1992) de mulheres para o Exército (embora estas já fizessem parte da Polícia de Segurança Pública desde antes de 1974), e até para a Academia Militar. Noutras profissões de certo prestígio, como o professorado ou a medicina, o número de mulheres torna-se superior ao dos homens. Em resumo, a igualdade de sexos, tanto legal como real, era a regra para a sociedade portuguesa, havendo, não obstante, a permanência de atitudes agressivas e até violentas por parte de um estrato cada vez mais minoritário da população.

A LÍNGUA PORTUGUESA

Em 16 de dezembro de 1990 assinou-se o acordo ortográfico para a Língua Portuguesa, fruto de laboriosas negociações entre os países onde ela é falada: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Guiné, passando a partir dessa data o português a ter uma forma de escrita por todos aceite.

Page 23: Etica e Deontologia (Reparado)

Em 1998, a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago constituiu um justo e honroso reconhecimento da qualidade da literatura portuguesa e da literatura em português.

A nível das obras de "pedra e cal" devemos apontar:Em 1983, a construção do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, obra rodeada de certa polémica, visto a construção ter ocupado parte dos jardins da Fundação.

Em 1988 um violento incêndio destruiu vários edifícios do Chiado, em Lisboa.Embora a renovação tenha tardado, constitui uma interessante intervenção (da autoria do arquiteto Siza Vieira) no centro da capital.

Em 1990, a constituição dos Novos Arquivos da Torre do Tombo, em Sete Rios. Lisboa. A importância desta obra foi grande, pois os velhos arquivos não tinha condições para assegurar a conservação dos documentos, os quais se estavam a perder, desaparecendo assim os únicos registos de determinado factos.

Em 1993, surge o Centro Cultural de Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, obra que introduziu certa modernidade no panorama cultural português, embora também polémica, quer pelos custos (40 milhões de contos, valor que na moeda atual corresponde a cerca de 200 milhões de euros), quer pela falta de harmonização (na opinião dos seus críticos) com o Mosteiro dos Jerónimos.

Finalmente em 1998, nasce o Museu de Arte Contemporânea nos jardins da Casa de Serralves, no Porto, um espaço totalmente dedicado, como o nome indica, às obras do nosso tempo, com projeto também da autoria do arquiteto Siza Vieira.

É de assinalar, ainda, a descoberta, divulgação e preservação das "gravuras de Foz Coa", datando de há mais de 10 000 anos, isto quando tudo indicava virem ser submergidas (1994) por uma barragem.

Como referenciar este artigo:Cultura e Ensino no Portugal Democrático. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-11-04].Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$cultura-e-ensino-no-portugal-democratico>.

Concepção Pedagógica

 

Page 24: Etica e Deontologia (Reparado)

A reorganização pedagógica e administrativa da escola, respaldada por uma concepção

progressista, exige, simultaneamente, sistematizar e organizar a diretriz pedagógica, que seja

compatível e coerente com o momento histórico e com as concepções dos componentes

estruturantes e determinantes do processo educacional e didático.

            A concepção de educação, portanto, não pode estar dissociada da FUNÇÃO DA ESCOLA

determinada socialmente, ou seja, assegurar, COM COMPETÊNCIA:

a - A difusão, acesso, manipulação e produção de conteúdos concretos (científicos, sociais,

naturais e estéticos), indissociáveis e ressonantes na realidade social do aluno e construídos

historicamente. Assim, constitui-se como instrumentos de apropriação do saber, ajudando na

minimização da seletividade social e democratização do acesso e do saber, como parte integrante

do todo social. Assim, “a educação por ela ofertada, deve ser uma atividade mediadora no seio da

prática social global, através da intervenção do professor”. (LIBÂNEO, p. 17)

b - A compreensão ampla (numa perspectiva de nacionalidade e universalidade) de cultura,

saberes, relações sociais, mecanismos de dominação e discriminação, de mundo, de sociedade,

de escola, de professor e educador, de aluno, etc., como condição básica para transformação

social e exercício pleno da cidadania.

c - A necessidade de superação progressiva da forma de organização do sistema sócio-econômico

vigente, respaldada pela concretização e expressão da consciência política de professores,

alunos, pais, direção, etc., decodificada na convergência de interesses por uma educação de

qualidade, onde as metas sejam:

            1. formação do indivíduo comprometido com a qualidade de vida e     construção de uma

sociedade justa e igualitária;

            2. habilitação e qualificação de professores para atendimento de classes     especiais, pré-

escolar, alfabetização e das séries iniciais do 1.º grau, com uma sólida formação resultante da

articulação entre o técnico, o político, o cultural, o científico e o humano.

            Estabelecidas as funções da escola, ao menos sistematicamente, e INCORPORADAS COMO

PRÁTICA SOCIAL, obrigatoriamente elas fazem emergir uma maneira de reverter a concepção de

homem e como esta concepção se integra na PRÁTICA EDUCATIVA. Então, é imprescindível

entender o HOMEM numa perspectiva dialética, em que não se pode reduzi-lo a um mero

instrumento cego de quaisquer forças superiores (terrenas ou extraterrenas), mas, ao contrário, é

o CRIADOR da História, não apenas no sentido estreito de que o homem cria porque age, mas,

sobretudo, no sentido de que age conscientemente, no sentido de que faz conscientemente a

escolha entre várias possibilidades. O homem se transforma e se cria ao modificar as suas

condições de existência. Ele pode “transformar a natureza e a sociedade, através da mediação do

trabalho, assim, transforma sua própria natureza, num processo de AUTO-TRANSFORMAÇÃO que

nunca tem fim”.(FRANCO, p. 2-3)

Page 25: Etica e Deontologia (Reparado)

            Compreendê-lo, portanto, significa PARTIR DAS CONDIÇÕES REAIS DE SUA EXISTÊNCIA,

SEUS LIMITES, SUAS HABILIDADES, SUAS ATITUDES, SUA CULTURA, SUA FORMA DE LER O MUNDO

E A SI PRÓPRIO, SUAS POSSIBILIDADES, SUA CONDUTA, etc., enfim, tudo o que determina sua

vida. Eis, então o ser CONCRETO.

            Entendido a essência da natureza do homem, cabe então à Escola, a partir desta visão

concreta e contextualizada, delinear a sua escolarização, buscando e reclamando uma

CONCEPÇÃO DE PROFESSOR que esteja, impreterivelmente comprometido com: o processo de

direcionar e dirigir o ensino e a aprendizagem e com o aluno (HOMEM) como ser concreto, que

determina e é determinado pelo social, político, econômico e individual. Em suma, o professor que

a sociedade e a escola necessitam emergencialmente, é aquele que considera o conhecimento -

saber, conteúdo - a ensinar como atividade social, histórica e constitutiva do homem - aluno -, e a

si mesmo como partes inseparáveis de um contexto historicamente estruturado.

            Nesta perspectiva fica evidenciado que a construção e caracterização da concepção

pedagógica da escola reside não mais na descontextualização de um dos seus componentes ou

estruturantes, isto é, na priorização de um deles em detrimento de outros. Não se aceita mais a

concepção de conteúdos que apregoam ser a totalidade de conhecimentos que o professor

transmite ao aluno, o objeto da aprendizagem, mas a ele se “incorpora a totalidade das condições

e local da escola, as relações humanas, etc. Além disso, o conteúdo da educação está submetido

ao processo em que ela - educação - ocorre, é algo dinâmico, histórico (sem contornos definidos),

variável (não se repete) e só se realiza parcialmente em cada ato educativo, pois cada ALUNO

ABSORVE DIFERENTEMENTE A MATÉRIA DE ENSINO DISTRIBUÍDA À CLASSE COMUM - construção

do seu - do aluno - conhecimento. A ele - conteúdo - está ligado a forma, isto é, forma e conteúdo

têm relação de interdependência e se condicionam um ao outro; são apenas aspectos  - distintos,

mas unidos -, de uma mesma realidade - ato educacional.

            A forma é a FUNÇÃO DE SEUS FINS SOCIAIS. Assim, o conteúdo determina a forma de

educação na qual é ministrada; esta, por sua vez, determina a possibilidade da variação do

conteúdo, aumentando-o, em processos sem fim. Por isso, método educacional tem que ser

definido como dependência de seu conteúdo - o significado - social, ou seja, o elemento humano

ao qual vai ser aplicado, de quem o deve executar, dos recursos econômicos existentes, das

condições concretas nas quais será levado à prática. (VIEIRA PINTO, p.41-6)

            Todas estas questões relegam, portanto, as concepções clássicas de Método de Ensino.

Historicamente, ele sempre foi generalizado através de políticas educacionais de governo. O

método que se quer hoje, depende basicamente do professor em sala de aula, isto porque, como

afirma WACHOWICZ (1991, P.12):

            a. Enquanto meio de apropriação do conhecimento, o método é uma    questão filosófica;

            b. Deve considerar a educação escolar na sua relação com as classes    sociais;

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            c. O método consiste em elevar-se o pensamento do abstrato para o concreto, e é a

maneira que tem o pensamento para apropriar-se do concreto, de o produzir como concreto

espiritual;

            d. Os nexos internos da realidade precisam ser explicitados para o pensamento, os nós de

onde partem todas as tramas existenciais e históricas.

            Em síntese, não mais aceitamos o conceito de método que, supostamente, tende a ensinar tudo a todos, mas sim, o de que é a transmissão/assimilação - no sentido sócio-histórico e interacionista - do saber sistematizado que deve nortear a concepção dos métodos e processos da aprendizagem.

            O método é a condição onde o aluno supera a não apropriação (saber difuso,

desarticulado apresentado no início do processo) para a apropriação - superação: saber

contextualizado, organizado, etc.), articulado  com seu desenvolvimento físico, emocional,

cognitivo e social. Este percurso exige a construção consciente, por parte do professor, de

condições e alternativas pedagógicas, onde ele e o aluno possam, pela relação dialógica,

visualizar três fases importantes:

            a. Problematização: momento em que o aluno exterioriza sua percepção e leitura do

saber e sua relação com o contexto onde ele ocorre;

            b. Intervenção: momento em que o professor propicia condições - mediação - onde o

aluno contata, acessa, apreende, manipula, compara, relaciona, descobre, formula, etc., o saber

escolar;

            c. Superação: momento em que o professor possibilita alternativas para que o aluno

expresse ou manifeste o SEU conhecimento (momento em que formula: sínteses, reorganizações,

críticas, recriações, avaliações, etc., da relação saber versus realidades - ápice da transformação

de si próprio e do social).

            Nesta dinâmica, fica evidenciado que o saber historicamente construído (na escola: o

conteúdo, matéria de ensino, etc.), para se constituir componente ou estruturante significativo do

processo ensino-aprendizagem, ser dinâmico; apresentar-se tendo como parte o professor, o

aluno, com todas as suas condições pessoais e sociais; não ter contornos definitivos; a ser,

principalmente a ferramenta ou instrumento que possibilite leituras, releituras e transformação da

realidade social e do momento histórico em que é abordado.

            É, a partir deste entendimentos, que se poderá entender melhor outro componente

importante do processo didático-pedagógico, a interdisciplinaridade. Ela, ao nosso ver, ocorre e se

configura a partir do momento e das condições em que o saber escolar é objeto de apropriação.

Isto é, entendendo-se que todo saber tem significado e implicações sociais. Não existe por si.

Depende da própria história do homem, pois é a partir de suas necessidades e de sua evolução

que ele se estrutura (circunstâncias históricas de produção), se transforma e é usado como

instrumento de transformação social, cultural, econômica, etc. Perceber essência do saber sem

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suas implicações e dimensões é retirá-lo e isolá-lo da realidade do aluno, do professor e do 

processo ensino-aprendizagem, tornando-o estéril e inútil.

            O trabalho coletivo, a partir de relações humanas equilibradas, isentas de preconceitos,

elegantes, éticas, responsáveis, não egocêntricas, etc., será possível mais rapidamente ao

professor apropriar-se dos outros elementos que se somam ao saber escolar e de sua função

social, embutidos no campo de sua atuação. Isto posto, fica fácil, então, entender que a

interdisciplinaridade objetiva:

            a. “a vivência da realidade global que se inscreve nas experiências cotidianas do aluno, do

professor e do povo”(FREIRE, 1991);

            b. a eliminação da fragmentação do saber escolar;

            c. a relação do aluno e do professor com o mundo;

            d. a realização da unidade do saber nas particularidades de cada um.

            Defendendo-se estes pressupostos, acreditando-se neles, estamos dando início a

concretização de uma filosofia que norteará as ações pedagógicas e administrativas do

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Ela vai exigir, de todo o seu estafe, o rompimento com

velhos padrões e ações; em especial, permitir a revisão do histórico de formação e práticas

docente e discente. Isto não é fácil. Há toda uma trajetória a ser feita. Pensar que isto é possível

em curto espaço de tempo, é entender que a concepção de aprendizagem do estímulo resposta é

a única verdadeira. Cada indivíduo tem seu tempo e ritmo próprios para se superar.

 

   “Na medida em que se executar uma nova prática pedagógica - não reprodutivista -, que os professores se descobrirem como equipe no desenvolvimento e execução do projeto pedagógico, onde poder-se-ão identificar-se através da interdisciplinaridade, então o papel do professor como educador colocará em jogo a estrutura do sistema, enfraquecendo-o e possibilitando a reversão e superação do atual ‘status quo’. (MELLO, 1993)

http://www.angelfire.com/oz/iep/concepcao.htm

Concepção pedagógica

 

A expressão “concepções pedagógicas” é correlata de “idéias pedagógicas”. A palavra pedagogia e, mais particularmente, o adjetivo pedagógico têm marcadamente ressonância metodológica denotando o modo de operar, de realizar o ato educativo. Assim, as idéias pedagógicas são as idéias educacionais entendidas, porém, não em si mesmas, mas na forma como se encarnam no movimento real da educação orientando e, mais do que isso, constituindo a própria substância da prática educativa. As concepções educacionais, de modo geral, envolvem três níveis: o nível da filosofia da

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educação que, sobre a base de uma reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre a problemática educativa, busca explicitar as finalidades, os valores que expressam uma visão geral de homem, mundo e sociedade, com vistas a orientar a compreensão do fenômeno educativo; o nível da teoria da educação, que procura sistematizar os conhecimentos disponíveis sobre os vários aspectos envolvidos na questão educacional que permitam compreender o lugar e o papel da educação na sociedade. Quando a teoria da educação é identificada com a pedagogia, além de compreender o lugar e o papel da educação na sociedade, a teoria da educação se empenha em sistematizar, também, os métodos, processos e procedimentos, visando a dar intencionalidade ao ato educativo de modo a garantir sua eficácia; finalmente, o terceiro nível é o da prática pedagógica, isto é, o modo como é organizado e realizado o ato educativo. Portanto, em termos concisos, podemos entender a expressão “concepções pedagógicas” como as diferentes maneiras pelas quais a educação é compreendida, teorizada e praticada. Na história da educação, de modo geral, e na história da educação brasileira, em particular, produziram-se diferentes concepções pedagógicas, cujas características são apresentadas nos verbetes seguintes.

 

Verbete elaborado por Dermeval Saviani

http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_concepcao_pedagogica.htm

Concepção Pedagógica     Dar conta do processo ensino-aprendizagem é tarefa complexa. Definir, pois, uma abordagem pedagógica que suporte essa complexidade é desafiador. Temos clareza de que as teorias de aprendizagem, de modo geral, têm contribuído neste complexo. No entanto, não queremos o ecletismo, pois isso nos levaria a que “qualquer caminho pode ser válido”.     Buscamos, então, definir alguns princípios que consideramos fundamentais e a sustentação dos mesmos na pluralidade epistêmica das teorias que vêem o homem como alguém que é capaz de construir, de transformar e de mudar sua realidade.     As teorias cognitivistas, as teorias humanistas e as teorias críticas são, dessa forma, as que sustentam nosso fazer pedagógico, norteando todas as ações estabelecidas do planejamento ao fechamento dos projetos LED/UFSC.

http://www.led.ufsc.br/index.php/concepcao