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ESTUDO PROSPECTIVO DAS LESÕES OCORRIDAS DURANTE A PRÉ- TEMPORADA DE 2008 DA EQUIPE UNISUL DE FUTSAL ADULTO *ROSA, Edílio Generoso; ** ZABOT, Alexandre F. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- *Acadêmico do oitavo semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, campus Tubarão. **Professor do curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, campus Tubarão. RESUMO A prática de futsal está em amplo crescimento em todo o mundo, sendo o mesmo divulgado pela mídia e estando classificado como uma das modalidades fundamentais no âmbito esportivo. A fase da pré-temporada compreende o período preparatório de dois meses anteriores às competições a serem disputadas no ano. Dentro da prática do futsal está a maior incidência de lesões esportivas, seja pela vontade de superação do atleta ou pela sobrecarga sem a devida preparação. A fisioterapia desportiva também está em constante crescimento e torna-se imprescindível para o aperfeiçoamento e desempenho da equipe. O presente estudo buscou através do acompanhamento de dezoito atletas da equipe de Futsal do Unisul Esporte Clube (UEC) na pré-temporada de 2008, no período de janeiro até março do corrente ano, definir em quais atividades mais comumente ocorrem as lesões, qual o mecanismo da mesma, a relação entre o lado dominante do atleta e o lesionado, a fase, o tipo e a localização anatômica da lesão, além da quantidade de dias de afastamento das atividades requeridas. Como resultados pode-se observar que a maior ocorrência de lesões foi de forma aguda, no lado dominante, em joelho, por traumas indiretos durante o treino técnico/tático, porém houve menor incidência de lesão se comparada à pré-temporada anterior. Conclui-se que o treinamento intervalado, utilizado neste ano, promoveu menor incidência de lesão e que o trabalho preventivo realizado pela equipe de fisioterapia é imprescindível para a prevenção das mesmas. Palavras-chave: Futsal. Lesão. Fisioterapia. Treinamento esportivo.

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ESTUDO PROSPECTIVO DAS LESÕES OCORRIDAS DURANTE A PRÉ-TEMPORADA DE 2008 DA EQUIPE UNISUL DE FUTSAL ADULTO

*ROSA, Edílio Generoso; ** ZABOT, Alexandre F.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------*Acadêmico do oitavo semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, campus Tubarão.**Professor do curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, campus Tubarão.

RESUMO

A prática de futsal está em amplo crescimento em todo o mundo, sendo o mesmo divulgado pela mídia e estando classificado como uma das modalidades fundamentais no âmbito esportivo. A fase da pré-temporada compreende o período preparatório de dois meses anteriores às competições a serem disputadas no ano. Dentro da prática do futsal está a maior incidência de lesões esportivas, seja pela vontade de superação do atleta ou pela sobrecarga sem a devida preparação. A fisioterapia desportiva também está em constante crescimento e torna-se imprescindível para o aperfeiçoamento e desempenho da equipe. O presente estudo buscou através do acompanhamento de dezoito atletas da equipe de Futsal do Unisul Esporte Clube (UEC) na pré-temporada de 2008, no período de janeiro até março do corrente ano, definir em quais atividades mais comumente ocorrem as lesões, qual o mecanismo da mesma, a relação entre o lado dominante do atleta e o lesionado, a fase, o tipo e a localização anatômica da lesão, além da quantidade de dias de afastamento das atividades requeridas. Como resultados pode-se observar que a maior ocorrência de lesões foi de forma aguda, no lado dominante, em joelho, por traumas indiretos durante o treino técnico/tático, porém houve menor incidência de lesão se comparada à pré-temporada anterior. Conclui-se que o treinamento intervalado, utilizado neste ano, promoveu menor incidência de lesão e que o trabalho preventivo realizado pela equipe de fisioterapia é imprescindível para a prevenção das mesmas.

Palavras-chave: Futsal. Lesão. Fisioterapia. Treinamento esportivo.

INTRODUÇÃO

Com o crescimento da prática de futsal e de sua exposição à mídia em todo o

mundo, este vem tornando-se uma modalidade fundamental no âmbito esportivo. E assim

como todo esporte de massa, desempenha um papel importante nos aspectos sócio-

psicofísicos de praticantes e torcedores.

Ribeiro e Costa (2006) afirmam que o futebol em geral (futebol de campo,

futsal, beach soccer, etc.) é responsável pelo maior número de lesões desportivas do mundo

e estima-se que as lesões nesse esporte são responsáveis por 50 a 60% das lesões esportivas

na Europa e que 3,5 a 10% dos traumas físicos tratados em hospitais europeus são causados

por futebol.

A Fisioterapia desportiva também está em constante crescimento e

aperfeiçoamento técnico, tornando-se progressivamente mais essencial para que as equipes

consigam um bom resultado no decorrer das competições. O fisioterapeuta do esporte busca

cada vez mais o trabalho preventivo ao invés do curativo.

A fase de pré-temporada, que tem duração de aproximadamente dois meses,

caracteriza-se por uma etapa de altos índices de treinamento e esforço físico. Isso se deve

ao fato de ser uma fase preparatória para todas as competições em que a equipe participará.

O bom desenvolvimento do trabalho físico nesta etapa pode trazer à equipe

resultados satisfatórios durante o decorrer da temporada. A grande competitividade,

presente no esporte profissional e até mesmo no amador, faz com que atletas queiram

trabalhar ao máximo sua técnica, tática e principalmente o condicionamento físico.

O corpo humano é capaz de suportar diversas situações de estresse físico. Mas

quando esses estímulos forem fortemente exigentes e ultrapassarem limites circunstanciais,

podem vir a causar lesões; sendo que essas podem surgir, não devido a um excesso de

carga, mas sim a outras causas que podem ser múltiplas, quais sejam: o ambiente no qual o

treinamento é realizado, a falta de um trabalho preventivo, a pré-disposição particular do

indivíduo (não diagnosticada), insuficiente trabalho de aquecimento que deve ser realizado

antes da atividade física, dentre outros.

Whiting e Zernick (2001) afirmam que lesão é o dano, causado por trauma

físico, sofrido pelos tecidos do corpo. Toda lesão possui uma causa mecânica, sendo que as

forças e os fatores relacionados às forças podem resultar em lesão e podem influenciar na

gravidade das mesmas.

A lesão é uma ocorrência lamentável da vida cotidiana. Alguns indivíduos

sofrem lesão de maior gravidade e com maior freqüência, porém quando presente, ninguém

é poupado da dor, transtorno e da incapacidade decorrentes desta. Qualquer lesão é

acompanhada por custos físicos, emocionais e econômicos inevitáveis, assim como por

perda de tempo e da função normal, tanto para o atleta quanto para a sua equipe.

As lesões musculoesqueléticas têm origens antigas. De acordo com Whiting e

Zernick (2001) há evidência de lesões em fósseis de vertebrados e de patologias em ossos

de dinossauros que sugerem que a lesão é tão antiga quanto a própria vida. Restos de

esqueletos dos primeiros seres humanos mostram evidências de artrite e de fraturas,

sugerindo que, em nenhuma época estivemos livres dos efeitos das lesões.

Sendo assim, a fisioterapia desportiva tem como finalidade funcional tratar

lesões e também trabalhar no intuito de evitá-las, não somente nos atletas titulares, como

também de todo resto do plantel.

É de extrema importância para as suas equipes, que estes indivíduos não se

machuquem, o que implica diretamente no resultado das disputas da equipe e em gastos

desnecessários. E, se ocorrer a lesão, o mais importante é a recuperação no menor tempo

possível do atleta, para que a equipe mantenha seu melhor desempenho e motivação.

Ao saber-se mais precisamente qual o perfil das lesões, os fatores agravantes ou

causais podem ser mais facilmente retirados ou minimizados; e assim sendo, os atletas se

lesionarão menos, fazendo com que sua equipe obtenha os resultados almejados.

Sabendo-se que existem vários fatores causais para a ocorrência de lesões,

procuramos neste estudo a identificação das principais causas das mesmas e o modo como

elas ocorrem.

Essas medidas são imprescindíveis no intuito de buscar resultados que possam

auxiliar na futura elaboração de programas preventivos, com vista a trazer resultados

sempre mais satisfatórios para qualquer equipe esportiva, seja ela de futsal ou de outra

modalidade.

Para esta finalidade, este estudo buscou através do acompanhamento de dezoito

atletas da equipe de Futsal adulto da Unisul Esporte Clube na pré-temporada de 2008, no

período de janeiro até março do corrente ano, definir em quais atividades mais comumente

ocorrem as lesões, qual o mecanismo da mesma, a relação entre o lado dominante do atleta

e o lesionado, a fase, o tipo e a localização anatômica da lesão, além da quantidade de dias

de afastamento das atividades requeridas.

Desta forma, esta pesquisa classificou-se quanto a sua abordagem, em

quantitativa; quanto ao nível em descritiva; e quanto ao procedimento utilizado para a

coleta de dados, em levantamento de dados.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa realizada foi classificada de acordo com suas características. Quanto

a sua abordagem, em quantitativa; quanto ao nível da pesquisa em descritiva; e quanto ao

procedimento utilizado para a coleta de dados, em levantamento de dados.

Segundo Gil (2002), quanto à abordagem as pesquisas podem ser classificadas

em qualitativas e quantitativas. A presente pesquisa é classificada como uma pesquisa de

abordagem quantitativa. Heerdt e Leonel (2005) complementam ao definir que isso

significa quantificar dados, na forma de coletas de dados, e também utilizando técnicas

estatísticas como percentagem, média, moda, mediana e desvio padrão.

As pesquisas podem ser divididas, quanto ao nível, em três grupos:

exploratórias, descritivas e explicativas. Essa pesquisa é classificada como descritiva.

Heerdt e Leonel (2005), descrevem uma pesquisa descritiva como aquela que

analisa, observa, registra e relaciona as variáveis que envolvem fatos e fenômenos.

Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, e pretendem determinar a natureza dessa relação. Nesse caso, tem-se uma pesquisa descritiva que se aproxima da explicativa. Há, porém, pesquisas que, embora definidas como descritivas com base em seus objetivos, acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias. (GIL, 2002, p. 42).

Gil (2002) ressalta que, se classificarmos as pesquisas levando em conta os

procedimentos utilizados para coleta de dados teremos dois grandes grupos. No primeiro, as

que se valem de fontes de papel: pesquisa bibliográfica e documental e, no segundo, fontes

de dados fornecidos por pessoas: experimental, estudo de caso controle, levantamento,

estudo de caso e estudo de campo.

Essa pesquisa é utilizou como procedimento para coleta de dados a técnica de

levantamento de dados.

Ainda, de acordo com Gil (2002), basicamente, procede-se à solicitação de

informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em

seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados

coletados.

“Os dados obtidos mediante levantamento podem ser agrupados em tabelas,

possibilitando sua análise estatística. As variáveis em estudo podem ser quantificados,

permitindo o uso de correlações e outros procedimentos estatísticos.” (GIL, 2002, p. 50).

Por analisar através de gráficos e tabelas as lesões ocorridas na equipe de futsal

da UEC (Unisul Esporte Clube), foi classificada como quantitativa experimental.

População e amostra

A população foi composta por 18 atletas do sexo masculino, entre 18 e 34 anos

de idade, que participaram da pré-temporada de 2008, de 07 de janeiro de 2008 à 15 de

março de 2008, quando teve a realização da primeira partida oficial no decorrente ano, do

time adulto de Futsal da UEC (Unisul Esporte Clube). A amostra foi formada por 5 atletas,

os quais foram atendidos pelo departamento fisioterapêutico da equipe durante a pré

temporada 2008, no período de janeiro à março de 2008.

O critério de inclusão para a presente pesquisa era o afastamento do atleta por,

pelo menos, um período de treinamento após uma lesão sofrida.

Materiais

Para a coleta dos dados foi utilizado uma ficha de avaliação adaptada de Miguel

et al (1999) sendo modificada de acordo com os objetivos do trabalho. A ficha compreende:

avaliação da atividade em que ocorreu a lesão, qual o mecanismo de lesão, o lado

envolvido e sua relação com o lado dominante, a fase da lesão, seu tipo e a sua localização

anatômica.

Para a discussão dos dados coletados e embasamento teórico serão utilizados

utilizado livros e artigos científicos publicados em revistas do gênero, correspondente aos

objetivos propostos pela pesquisa.

Métodos

O questionário foi aplicado diretamente ao atleta da equipe que era acometido

de uma lesão. Cada questionário foi para 1 (uma) ocorrência de lesão.

Após a coleta dos dados, foi realizado a codificação das respostas, tabulação

dos dados e cálculos estatísticos. A interpretação dos dados, também foi realizada para

estabelecer a relação entre os resultados obtidos com outros já conhecidos, quer sejam

derivados de teorias, quer sejam de estudos realizados anteriormente.

Os dados foram dispostos em tabelas e gráficos cujos títulos correspondem:

atividade em que ocorreu a lesão, mecanismo de lesão, relação lado dominante do atleta

versus o lado envolvido na lesão, fase da lesão, tipo de lesão, localização anatômica e

quantidade de dias de afastamento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo serão discutidos os resultados encontrados, e os mesmos serão

confrontados com a literatura atual.

Foram registradas ao todo 6 (seis) lesões, em 5 (cinco) de um total de 18 atletas,

todos atendidos pelo departamento de fisioterapia da equipe. Apenas um atleta esteve mais

de uma vez lesionado, sendo que os outros apresentaram apenas uma ocorrência de lesão.

Todos tiveram no mínimo um dia de afastamento dos treinos, fator esse que era

imprescindível para a inclusão do mesmo na pesquisa.

O restante do elenco (13 atletas), não sofreu lesões durante o período

correspondente à pesquisa.

ATIVIDADES NAS QUAIS OCORREU A LESÃO

Dentre as atividades desenvolvidas no período, constaram: aquecimento, treino

físico, treino técnico/tático, jogos (em casa e fora), testes físicos e atividades recreativas.

Destas, houve lesão em apenas duas situações – durante o treino.

Ocorreu apenas uma lesão no treino físico, enquanto as outras cinco lesões

ocorreram no treino técnico/tático, ou seja, 16,66% durante primeiro e 83,34% durante o

segundo, como mostra o quadro 1.

Quadro 1 – Atividades em que ocorreu a lesão esportiva.

Ao analisar-se este dado, percebe-se a problemática da situação, visto que os

treinos – especialmente os técnico/táticos - são, ao mesmo tempo, imprescindíveis e os que

mais acarretam em lesão. O gráfico 1 ilustra esta realidade.

0

1

2

3

4

5

Nº de ocorrências

Treino físico Treinotécnico/tático

Atividade

Atividade em que ocorreu a lesão

Treino físicoTreino técnico/tático

Atividade em que ocorreu a lesão

Atividade Nº de ocorrências

%

Aquecimento - -

Treino físico 1 16,66

Treino técnico/tático

5 83,34

Jogo em casa - -

Jogo fora - -

Testes físicos - -

Atividade recreativa

- -

Total 6 100,00

Gráfico 1 – Atividade em que ocorreu a lesão esportiva.

MECANISMO DE LESÃO

As lesões durante os treinamentos podem ocorrer de uma única maneira, por

trauma. Entretanto, este pode ser direto ou indireto.

N a amostra pesquisada observou-se que das seis lesões totais, apenas uma foi

por trauma direto, enquanto as outras cinco foram por trauma indireto, ou seja, 16,66% no

primeiro e 83,34% no segundo.

Quadro 2 – Mecanismo em que ocorreu a lesão esportiva.

Da mesma forma que na primeira análise, é notória a importância de quadros

preventivos, visto que na grande maioria dos casos, as lesões ocorreram por trauma

indireto, sendo estes, com pouca força mecânica. O gráfico 2 demonstra esta prevalência.

Mecanismo de lesão

Mecanismo Nº de ocorrências

%

Trauma direto

1 16,66

Trauma indireto

5 83,34

Total 6 100,00

0

1

2

3

4

5

Nº de ocorrências

Trauma direto Trauma indireto

Mecanismo

Mecanismo de lesão

Trauma diretoTrauma indireto

Gráfico 2 – Mecanismo em que ocorreu a lesão esportiva.

RELAÇÃO ENTRE O LADO DOMINANTE DO ATLETA E O LADO

ENVOLVIDO

A relação entre o lado de dominância do atleta e o lado afetado pela lesão faz-se

importante devido à relação com a menor produtividade e maior tempo de reabilitação com

o lado dominante.

N a amostra, as lesões (L) ocorreram em quatro momentos no lado dominante

do atleta e em dois, no não-dominante. Apenas dois atletas eram sinistros, enquanto o

restante eram destros, conforme o quadro

Relação lado dominante do atleta x lado envolvido na lesão

Lesão Lado dominante Lado envolvido

L1 Esquerdo Esquerdo

L2 Esquerdo Direito

L3 Direito Esquerdo

L4 Direito Direito

L5 Direito Direito

L6 Direito Direito

Lesão no lado dominante x lesão no lado não dominante

4 x 2

Quadro 3 – Relação entre o lado dominante e o envolvido na lesão

Neste item, observou-se maior homogeneidade dentre a amostra pesquisada se

comparado aos discutidos anteriormente, porém ainda há prevalência de um aspecto, neste

caso, o lado dominante, como ilustra o gráfico 03.

00,5

11,5

22,5

33,5

4

Nº de ocorrências

Lesão no ladodominante

Lesão no ladonão dominante

Lado da lesão

Relação lado dominante x lado envolvido

Lesão no ladodominanteLesão no lado nãodominante

Gráfico 3 – Relação entre o lado dominante e o envolvido na lesão

FASE DA LESÃO

De acordo com seu estágio, ou fase, a lesão apresenta distintas características,

que irão interferir em diferentes graus no quadro clínico e no rendimento do atleta.

No presente estudo, obteve-se que quatro atletas estavam em fase aguda,

enquanto dois estavam em recidiva, ou seja, 66,67% no primeiro e 33,33% no segundo,

como mostra o quadro 4.

Fase da lesão

Fase Nº de ocorrências %

Aguda 4 66,67

Reicidiva 2 33,33

Total 6 100,00

Quadro 4 – Fase da lesão em que se encontrava o atleta.

Da mesma forma que a última análise, esta se apresenta um pouco mais

homogênea, porém ainda demonstra a prevalência das lesões agudas, que implicam em

exacerbação dos sintomas clínicos, menor rendimento à equipe e possíveis recidivas no

futuro. O gráfico 4 demonstra a ocorrência de duas recidivas e quatro lesões agudas.

00,5

11,5

22,5

33,5

4

Nº de ocorrências

Aguda Reicidiva

Fase

Fase da lesão

AgudaReicidiva

Gráfico 4 – Fase da lesão em que se encontrava o atleta.

TIPO DE LESÃO

Existem diversos tipos de lesões, que podem acometer desde o sistema ósseo,

ligamentar, tendinoso e muscular. A ocorrência de cada um deles depende da atividade

realizada no momento da lesão, da energia do trauma e do excesso de uso, overuse.

Na amostra pesquisada, houve três casos de entorse, um de contratura e dois por

overuse. Não ocorreram fraturas, contusões, rupturas ou luxações, como demonstra o

quadro 5.

Quadro 5 – Tipo de lesão ocorrida no atleta.

Deste modo, observa-se que foram variados os tipos de lesão e que estes

apresentados estão geralmente ligados a traumas indiretos, como já constatado. O gráfico 5

representa os dados:

Tipo de lesão

Tipo Nº de ocorrências %

Fratura - -

Contusão - -

Ruptura - -

Entorse 3 50,00

Luxação - -

Contratura 1 16,67

Overuse 2 33,33

Total 6 100,00

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

Nº de ocorrências

Entorse Contratura Overuse

Tipo

Tipo da lesão

EntorseContraturaOveruse

Gráfico 5 – Tipo de lesão ocorrida no atleta.

LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA

As lesões podem ocorrer em qualquer parte do corpo do atleta, relacionando a

sua localização ao tipo de trauma e atividade que o mesmo estava praticando.

Na presente pesquisa, observaram-se apenas lesões nos membros, sendo apenas

uma nos membros superiores (MMSS) e as demais nos membros inferiores (MMII).

Detalhando-se, não houve lesão que afastasse o atleta por um período de treino

em: cabeça, rosto, orelha, olhos, nariz, cavidade oral, tórax, abdômen, pelve, púbis,

cotovelo, punho, mão e coluna.

Ocorreu uma lesão no ombro, uma no tornozelo, uma na coxa, uma na perna e

duas no joelho, como mostra o quadro 6.

Ao referir-se à análise percentual obtém-se que apenas 16,66% das lesões

ocorreram em MMSS, nos ombros, o mesmo em tornozelo, perna e coxa, e 33,33% em

joelho

Localização anatômica

Local Nº de ocorrências %

Cabeça - -

Rosto - -

Orelha - -

Olho - -

Nariz - -

Cavidade oral - -

Tórax - -

Abdômen - -

Pélvis - -

Púbis - -

Coxa 1 16,67

Joelho 2 33,33

Perna 1 16,67

Tornozelo 1 16,67

Pé - -

Ombro 1 16,66

Cotovelo - -

Punho - -

Mão - -

Coluna cervical - -

Coluna torácica - -

Coluna lombar - -

Outros - -

Total 6 100,00

Quadro 6 – Localização anatômica da lesão.

Deste modo, torna-se evidente a maior relação entre o acometimento de

membros inferiores em lesões em atletas de futsal. Este fato pode ser explicado pela maior

sobrecarga muscular nestas estruturas, por vezes, sem o devido preparo. O gráfico 6 ilustra

os dados.

0

0,5

1

1,5

2

Nº de ocorrências

Om bro Coxa Joelho Perna Tornozelo

Localização

Localização anatômica

Om bro

Coxa

Joelho

Perna

Tornozelo

Gráfico 6 – Localização anatômica da lesão.

QUANTIDADE DE DIAS DE AFASTAMENTO

Apesar de, para ser incluído nesta pesquisa o atleta venha a ser afastado ao

menos um dia dos treinamentos, de acordo com sua gravidade e localização, geralmente ela

toma um período maior do atleta.

Os dados pesquisados nos mostram que esta variável foi heterogênea no grupo,

quais sejam, um atleta afastou-se por um dia; dois atletas por dois dias; um atleta por cinco

dias; um por oito dias e outro por 10 dias, como mostra o quadro 7.

Quantidade de dias de afastamento

Lesão Nº de dias

L1 7

L2 2

L3 1

L4 2

L5 10

L6 8

Média 5

Quadro 7 – Quantidade de dias de afastamento decorrente de cada lesão.

A média de dias afastados foi de 5 dias. Para demonstrar o alto número de dias

de afastamento decorrente das lesões (L), o gráfico 7.

0

2

4

6

8

10

Quantidade de dias

L1 L2 L3 L4 L5 L6 Média

Lesão

Quantidade de dias de afastamento

L1

L2

L3

L4

L5

L6

Média

Gráfico 7 – Quantidade de dias de afastamento decorrente de cada lesão.

Para realizar a discussão, pode-se concluir que houve um baixo número de

lesões em relação a pré-temporada do ano anterior, especialmente indiretas, agudas em

treinos táticos, com maior ocorrência nos MMII e lados dominantes e média de 5 dias de

afastamento.

Com o mesmo objetivo da presente pesquisa, existem diversos estudos,

inclusive no UEC (Unisul Esporte Clube). Um deles descrito por Araújo (2007) constatou

também a maior prevalência de traumas indiretos e o de Fernandes (2007) o maior

cometimento durante o treino técnico/tático. Por tratarem da temporada e pré-temporada de

2007 respectivamente, estes serão, por diversas vezes, base para discussão e comparação

dos resultados.

Um fator merecedor de destaque, através dos resultados da presente pesquisa,

foi o baixo número de atletas acometidos por lesões. Junge (2004) afirma que as lesões são

comuns, e que no futsal existe o dobro de lesão se comparado ao futebol de campo.

Raymundo explica este fato, pelos movimentos mais rápidos e bruscos, mudanças drásticas

de direção, além do tipo de piso.

O número de lesões é menor que nos dois estudos anteriores nesta mesma

equipe, o de Fernandes (2007) e Araújo (2007).

Entretanto, apesar do alto índice de lesões, o futsal não pode ser considerado um

esporte violento, pois a incidência de lesões indiretas foi significativamente maior. O

mesmo resultado foi obtido por Costa (2005) e Fernandes (2007), este último na mesma

equipe, porém na penúltima pré-temporada. Este dado, em contrapartida, não é

unanimidade na literatura especializada, como cita Ribeiro e Costa (2006).

O número de lesões foi menor na última pré-temporada, se comparada à

penúltima, como afirma Fernandes (2007). Este fator pode ser decorrente do método de

treinamento utilizada pela equipe, que anteriormente era basicamente treinamento contínuo,

e agora é intervalado.

Ribeiro e Costa (2006) acrescem como fatores extenuantes a especificidade do

exercício que no caso do futsal, requer agilidade e determinação do atleta. Hoff e Martin

(1984) acrescentaram que, em seu estudo a incidência em adolescentes praticantes de futsal

de quadra emborrachada correspondeu à 66% das lesões. O mesmo piso é o utilizado pela

equipe em questão.

Santos, Piucco e Reis (2007) em sua pesquisa com jogadores de vôlei

observaram que ocorre uma pequena predominância das lesões no lado dominante, devido

ao trabalho unilateral realizado em treinamento e em jogo, principalmente no saque e

cortada, movimentos que demandam muito da capacidade física, causando desgaste às

estruturas corporais. O mesmo pode ser verificado nos atletas do futsal que treinam em

demasia fundamentos como passe e chute, na maioria das vezes com o lado dominante.

Neste sentido seria interessante a realização de trabalho compensatório de assimetria, pouco

valorizado pela maioria dos treinadores e atletas.

A ocorrência de maior número de lesões durante o treino técnico/tático pode ser

explicada por que esse simula mais precisamente as situações reais de jogo. Isto porque,

Bertolini (2003) explica que é deste modo que há maior predisposição as lesões.

Corroboram com este estudo, a pesquisa de Fernandes (2007) e Araújo (2007) que também

o justificam pela maior intensidade dos treinamentos, com menor número de jogos.

O tipo de lesão com maior acometimento na amostra foi a entorse, assim como

no estudo anterior realizado por Araújo (2007). Este afirma que este tipo de lesão é causado

por movimentos excessivos ou anormais, que pode ou não causar deformidade, dependendo

da tensão aplicada aos tecidos ligamentares. O estudo anterior nesta mesma equipe,

realizado por Fernandes (2007), entretanto, observou a prevalência de contraturas. O que

demonstra que houve progresso na preparação muscular dos atletas, realizada de forma

preventiva, de acordo com a redução deste índice.

Wüst e Bigolin (2005) concordam com a presente pesquisa, ao afirmar que a

prática de futsal, profissional ou amador, está relacionada a lesões de tornozelo,

especialmente as entorses. O mesmo ainda acrescenta que este fator acarreta afastamento

do atleta por um período considerável.

Elsner, Pavan e Wisniewski (2006) explicam em seu estudo o mecanismo das

lesões com um maior número de lesões nos ossos por fraturas, nos músculos por contusões

e distensões, nas articulações por entorses e luxações, e nos tendões por inflamações e

rupturas.

Relacionado ao maior acometimento de membros inferiores, este é tido como

consenso na literatura em geral. Elsner, Pavan e Wisniewski (2006)hum.., em um vasto

estudo com jogadores profissionais, concluiu que há maior acometimento em membros

inferiores, e por trauma indireto.

O estudo de Silva et al (2005) também observou maior prevalência de entorse,

entretanto, esta foi maior nos tornozelos, seguida pelos joelhos. Para finalizar, Elsner,

Pavan; Wisniewski (2006) afirmam que as lesões desportivas mais freqüentes no futsal

acometem joelho, tornozelo, perna e pé.

Santos, Piucco e Reis (2007) em sua pesquisa em uma equipe de voleibol,

também observaram maior incidência em entorses e afirmam que esta pode ser explicada

pelo impacto e mudança brusca de direção de movimentos imposta pelos esportes de

quadra. Moreira et al (2004) em seu estudo sobre o chute no futsal, explica que este é um

dos principais causadores de lesão por trauma indireto, visto que para sua perfeita execução

requer potência muscular em grande amplitude de movimento, em cadeia cinética fechada,

o que facilita lesões ligamentares e tendinosas.

Kurata, Martins Júnior e Nowotny (2007) concluem, em seu estudo com atletas

do futsal, que este esporte merece trabalhos específicos, especialmente preventivos, devida

ao grande número de lesões decorrentes de sua prática.

Emery e Meeuwise (2006) compararam equipes adolescentes às adultas de

futsal quanto ao número de lesão, entretanto não encontraram diferenças significativas para

os grupos, apenas o elevado índice em ambas as equipes. De outra forma, Lindenfield et al

(1994) observou acometimento maior entre os 19 e 24 anos de idade e entorse de tornozelo

em homens e de joelho em mulheres.

Putukian et al (1996) em um amplo estudo, com homens e mulheres praticantes

de futsal constataram a maior ocorrência de lesões nos membros inferiores, e por entorse,

sendo maior o acometimento no sexo feminino, provavelmente, pela menor massa muscular

e preparo físico.

Conclui-se, portanto, que o número de lesões na equipe estudada foi reduzido se

comparada à pré-temporada anterior, provavelmente pelo treinamento diferenciado

utilizado como base, sendo agora o intervalado e que, nesta população há maior ocorrência

de lesões agudas no lado dominante dos membros inferiores, por trauma indireto e com

média de 5 dias de afastamento dos treinamentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os resultados coletados na pesquisa que foi realizada junto ao

departamento de fisioterapia da equipe de futsal da Unisul, demonstrou-se a presença de

lesões na rotina do atleta. Sendo que as lesões do grupo estudado foram mais causadas por

trauma indireto do que direto, nessas lesões verificou-se a presença dominante da entorse.

Deve-se levar em consideração que durante o trabalho de pré-temporada é

exigido muito do atleta durante os treinos, seja por competitividade pessoal ou cobrança da

equipe, por exigência máxima para se estar na equipe titular e corresponder as expectativas

de suas contratações perante o treinador, preparador físico, diretores, torcida, família e

imprensa.

O futsal, notoriamente, exige do atleta o uso constante e compulsório de seus

membros inferiores, sendo que o joelho suporta a descarga de peso, além de ser utilizado

para todos os movimentos fundamentais do futsal, e por isso, acaba sofrendo um processo

de desgaste devido ao demasiado uso levando ao compromentimento do rendimento e a

lesões.

Por se tratar de uma continuidade de um trabalho já iniciado, percebeu-se que a

modificação do treinamento e as medidas preventivas, de acordo com as lesões observadas

anteriormente, surtiram efeito, pois foi reduzido o número de lesões comparadas com o

mesmo período do ano passado.

Trabalhos neste sentido são estimulados, pois não basta apenas diagnosticar e

classificar-se as lesões, torna-se necessária a mudança de comportamento frente as mesmas,

com a sua observação e de suas características. Para que deste modo, seja possível a

prevenção de possíveis recorrências e quais os padrões de treinamento ligados à menor

incidência de lesões, dados estes ainda não encontrados na literatura atual.

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