Especial Parabéns ao herói da Contabilidade

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ESPECIAL Corbis Hoje se comemora o Dia do Contador. A data teve origem na criação do curso superior de Ciências Contábeis e Atuariais em 22 de setembro de 1945. São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2014 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Parabéns ao herói da Contabilidade

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Hoje se comemora o Dia do Contador. A data teve origem na criação do curso superior de Ciências Contábeis e Atuariais em 22 de setembro de 1945.

Transcript of Especial Parabéns ao herói da Contabilidade

ESPECIAL

Corbis

Hoje se comemora o Diado Contador. A data teve

origem na criação docurso superior de

Ciências Contábeis eAtuariais em 22 desetembro de 1945.

São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2014www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedor

Parabéns aoherói da

Contabilidade

2 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014

‘Quandocrescer

quero sercontador ’

Ainda é raro ouvir umacriança fazer essa

afirmação, mas a profissãovem se popularizando

Carlos Ossamu

Aárea contábil é vasta

e repleta de oportu-

nidades, mas ainda

prevalece a ideia de

que é uma profissão burocráti-

ca. Mas para Zulmir Ivânio Bre-

da, vice-presidente de Desen-

volvimento Profissional e Ins-

titucional do Conselho Federal

de Contabilidade (CFC), isso

vem mudando, tanto é verda-

de que o curso de Ciências

Contábeis já é o quarto mais

procurado no Brasil. Conheça

mais sobre a profissão de con-

tador nesta entrevista.

Diário do Comércio - Muitosacham que a profissão contábilé burocrática e chata. O que osenhor diria ao jovem quepensa em seguir estaprofissão?

Zulmir Ivânio Breda - Eu diria

que esta visão é de um tempo

passado, que não reflete a rea-

lidade dos dias atuais, mas

que infelizmente ainda per-

manece no subconsciente das

pessoas. A Contabilidade mu-

dou muito no mundo todo, in-

clusive no Brasil, e hoje está

em um patamar diferente em

relação há alguns anos.

Quais foram os motivos?Foram vários fatores, mui-

tos relacionados às crises eco-

nômicas que vários países ain-

da estão vivendo. A economia

mundial foi abalada na crise

econômica americana de

2007/08, muito pela falta de

controle das empresas e das

instituições financeiras. A par-

tir dali houve uma reformula-

ção das legislações para dar à

Contabilidade uma importân-

cia maior dentro das organiza-

ções, como ferramenta para

controle das operações e ativi-

dades, assim como um instru-

mento para assessoramento

para tomada de decisões.

Qual é hoje o papel docontador?

Hoje o profissional da Con-

tabilidade participa muito

mais das decisões estratégi-

cas dentro das organizações

do que no passado. Isso por-

que a Contabilidade não só

trabalha com informações re-

trospectivas, dados do patri-

mônio só para fins estatísticos

ou fins tributários para o Fisco,

mas também com informa-

ções de cenários futuros, en-

volvendo a área de Controla-

doria, custos, gerenciamento

financeiro, enfim, uma série

de outras atividades que a

Contabilidade realiza dentro

de uma empresa. A importân-

cia deste profissional vem

crescendo – nos EUA a profis-

são contábil é a segunda mais

demandada, houve a abertu-

ra de mais de 30 mil vagas nos

últimos dois anos, segundo re-

vistas especializadas.

E a procura no Brasil?Aqui no Brasil, a procura por

vestibulares em Ciências Con-

tábeis tem aumentado a cada

ano e já é o quarto curso em

número de matrículas nas uni-

versidades públicas e priva-

das. Estes são dados oficiais

do Ministério da Educação.

A que se deve esta grandeprocura, já que a profissão étida como chata e burocrática?

O mercado está demandan-

do muito este profissional e já

começa a ter falta de mão de

obra qualificada. Quando o

mercado demanda muito um

profissional, essa informação

chega aos alunos e eles dire-

cionam suas opções para as

áreas com maiores oportuni-

dades. Assim, o mercado hoje

está altamente aquecido para

os profissionais da Contabili-

dade, explicando o fato de o

curso de Ciências Contábeis

ser o quarto mais procurado no

Brasil - há em torno de 350 mil

estudantes de Ciências Contá-

beis no País. A profissão está

em alta nas empresas, nos ór-

gãos públicos e até mesmo nas

entidades do Terceiro Setor.

As empresas de auditoria

buscam alunos nasuniversidades para formar mãode obra, não é mesmo?

Sim, isso é verdade, pois as

empresas de auditorias preci-

sam de profissionais diferen-

ciados. Elas buscam alunos

nas faculdades para moldar a

sua formação. A nossa legisla-

ção prevê esta possibilidade

de o aluno, ainda durante o

seu período de formação, já

trabalhar em serviços auxilia-

res da profissão, desde que su-

pervisionado por um profissio-

nal registrado. Isso serve até

mesmo como estágio curricu-

lar na faculdade, além de trei-

namento naquela empresa

que possivelmente irá contra-

tá-lo no futuro.

O senhor avalia que aresponsabilidade desteprofissional tem crescido nosúltimos anos?

Sim, a responsabilidade so-

bre o trabalho se dá quando

ele assina os demonstrativos

contábeis e divulga as infor-

mações. Imagine a importân-

cia disso no âmbito das em-

presas que trabalham no mer-

cado de valores imobiliários

ou sistema financeiro. A res-

ponsabilidade é muito gran-

de, influenciam as decisões de

investidores, acionistas, so-

bre os seus capitais investi-

dos. As decisões dos investi-

dores partem dos demonstra-

tivos contábeis que são assi-

nados pelos contadores.

Agora mais recentemente es-

sa responsabilidade ficou

maior em situações que envol-

vem a lei contra a lavagem de

dinheiro, que obriga o profis-

sional da Contabilidade a in-

formar aos órgãos governa-

mentais, como o Coaf (Conse-

lho de Controle de Atividades

Financeiras), as operações

suspeitas de lavagem de di-

nheiro, sob pena de responsa-

bilidade se não der essa infor-

m a ç ã o.

A educação continuada éintensa neste setor.Fale sobre ela.

Divulgação

É verdade e isso já começa

no ingresso na profissão, pois

para ter o registro no CRC é

preciso passar no Exame de

Suficiência, demonstrando o

mínimo de condição técnica

para exercer a profissão. Só

existem duas profissões no

Brasil que aplicam esta prova

para quem vai ingressar no

mercado: advogados e conta-

dores. Depois que ele ingressa

na profissão, já com o registro,

tem a educação continuada. A

profissão exige uma atualiza-

ção constante em função da

complexidade da legislação.

Em relação aos auditores, es-

sa educação continuada é

obrigatória, controlada pelo

CFC – o profissional tem de

cumprir uma carga mínima de

treinamento por ano e provar

que cumpriu esta capacita-

ção. Isso ainda é restrito aos

profissionais que atuam em

auditoria, mas já estamos tra-

balhando com a ideia de es-

tender essa obrigação a ou-

tros segmentos.

Quais os principais camposde atuação profissional docontador?

Esta é uma profissão que

atua em vários segmentos do

mercado, apresentando uma

diversidade grande de op-

ções. Ele pode montar a pró-

pria empresa de Contabilida-

de e prestar serviços para ou-

tras empresas. No Brasil, te-

mos quase 80 mil escritórios

de Contabilidade. Tem a ativi-

dade de auditoria, uma área

especializada e que deve ter

em torno de mil empresas que

atuam neste setor. Outra op-

ção é trabalhar em um depar-

tamento de Contabilidade de

alguma organização. As em-

presas de médio e grande por-

te quase sempre preferem

realizar a Contabilidade inter-

namente. A área pública tam-

bém é um bom campo para es-

te profissional. O Terceiro Se-

tor também emprega uma

grande quantidade de pes-

soas. São entidades sem fins

lucrativos, como as organiza-

ções não governamentais

(ONGs), fundações e associa-

ções, que possuem uma legis-

lação própria.

Zulmir Ivânio Breda, do CFC

Hoje é umdia para secomemorar

Senador João Lyra, considerado o patronodos profissionais da Contabilidade

Aclasse contábil estáem festa: hoje se co-memora o Dia do Con-

tador. A data se deve ao De-creto nº 7.938, de 22 de se-tembro de 1945, que criou ocurso superior de CiênciasContábeis e Atuariais, queconfere o grau de bacharelaos formandos. Até então,todos os profissionais daárea eram técnicos, sendoconsiderados equivalentesas denominações de guarda-livros, contador, perito judi-cial e perito contador. Já nes-ta época, o registro do diplo-ma era obrigatório.

Meses depois, em 27 demaio de 1946, foi sancionadoo Decreto Lei nº 9.295, queestabeleceu a criação doConselho Federal de Conta-bilidade (CFC) e a definiçãodas atribuições do contadore do guarda-livros. O seu ar-tigo 2º preconiza que cabe ao

CFC e aos CRCs (ConselhosRegionais de Contabilidade)exercerem a fiscalização doexercício da profissão decontabilista, assim enten-dendo-se os profissionais ha-bilitados, como contadores etécnicos em Contabilidade.

A história da regulamen-tação da profissão de Conta-bilista tem seu início no Im-pério. Com a edição do Códi-go Comercial Brasileiro, san-cionado pelo imperador D.Pedro II, em 1850, o guarda-livros passou a ser considera-do um agente auxiliar do co-m é rc i o.

Em 1915, foi fundado oInstituto Brasileiro de Conta-dores Fiscais, a primeira enti-dade para congregar conta-bilistas de que se tem notícia

no País. No ano seguinte, fo-ram fundados a Associaçãodos Contadores de São Pauloe o Instituto Brasileiro deContabilidade, no Rio de Ja-neiro. Em 1924, foi realizado,no Rio de Janeiro, o 1º Con-gresso Brasileiro de Contabi-lidade, liderado pelo sena-dor João Lyra, quando foi ini-ciada a campanha para a re-gulamentação da profissãode contador e para a reformado ensino comercial.

Em 1930, o Brasil passoupela maior convulsão políti-ca de sua história, que culmi-nou na instalação no poderdo governo provisório de Ge-túlio Vargas, que imprimiugrande ímpeto às mudançasinstitucionais que levaram àregulamentação de váriasprofissões, entre as quais, ade contabilista.

A profissão foi crescendoem números absolutos e em

importância para a econo-mia do País. Em 1943, o ensi-no comercial e a regulamen-tação profissional foramcomplementados e consoli-dados pelo Decreto-lei nº6.141 e, em 1945, pelo Decre-to nº 7.938, consolidou-se oensino técnico em grau supe-rior em Contabilidade.

Faltava a criação do CFCpara a regulamentação defi-nitiva da profissão. Uma con-venção foi realizada em ou-tubro desse ano, com a parti-cipação de várias autorida-des para reivindicar a criaçãodo Conselho. Finalmente, em27 de maio de 1946, foi assi-n a d o o D e c r e t o - l e i n º9.295/46 e a história da Con-tabilidade entrou numa novafase. Os meses seguintes àedição do decreto foram to-mados em articulações paraa criação dos Conselhos Re-gionais nos vários Estados.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 3

Tudo vai muitobem no setorcontábilNeste Dia do Contador, o presidente do CRC-SP,Claudio Filippi, deixa uma mensagem de confiançaa todos os profissionais da Contabilidade

Para o presidente do

Conselho Regional de

Contabilidade do Es-

tado de São Pau lo

(CRC-SP), Claudio Filippi, a

Contabilidade brasileira vive

um excelente momento: os

profissionais estão valoriza-

dos, não há desemprego no

setor, o nível de conhecimen-

to dos profissionais vem cres-

cendo e as normas internacio-

nais estão chegando à área

pública. Nesta entrevista, o

presidente do CRC-SP fala so-

bre o setor, o perfil do novo

profissional e deixa uma men-

sagem de confiança no futuro

aos contadores que estão co-

memorando o seu dia e aos de-

mais profissionais da área.

Diário do Comércio - Qual asua avaliação sobre o cenárioatual do setor contábil, asconquistas recentes e osdesafios da profissão?

Claudio Filippi - Enquanto o

mundo, e também o Brasil,

passa por uma crise financeira

e econômica, significando

uma queda nas atividades,

ocorre o contrário com a Con-

tabilidade, um setor que está

em franca evolução: os técni-

cos em Contabilidade estão

sendo incentivados a fazerem

os cursos de graduação; as

IFRS, as normas internacio-

nais, estão sendo revisadas,

outras novas chegarão, subs-

tituindo algumas anteriores;

as normas internacionais es-

tão chegando à área pública,

estão em plena implementa-

ção; e não há desemprego pa-

ra os bons profissionais. Já os

maiores desafios são a melho-

ra no nível de ensino, melhor

capacitação dos docentes,

atualização do profissional em

si, para que ele possa transmi-

tir aos seus clientes suas ne-

cessidades e evitar proble-

mas em relação à lavagem de

dinheiro, entre outros.

O senhor comentou sobremelhora do nível do ensino e docorpo docente. Existe algumindicador que mostre comoestá o nível dos cursos deCiências Contábeis? O Examede Suficiência seria umtermômetro?

O Exame de Suficiência é

um termômetro, pois é basea-

do nas matérias que o aluno

acabou de cursar, seja técnico

ou universitário. O grau de

aprovação tem se mantido es-

tável, mostrando que algu-

mas escolas precisam melho-

rar a sua qualidade de ensino.

Os professores precisam ter

tempo suficiente para se atua-

lizarem, mas muitas vezes

eles não têm esse tempo.

Qual o perfil do profissionalde Contabilidade do século 21?

Ele deve estar preparado

para se manter atualizado em

tecnologia e informática, que

e v o l u i a

t o d o m o-

m e n t o , e e m

matérias técnicas; precisa co-

nhecer o ambiente global eco-

nômico e financeiro, tem de

conhecer bem os negócios

dos seus clientes, poder se co-

municar em outras línguas, no

mínimo a língua inglesa; estar

atualizado em matérias tribu-

tárias, tanto nacional quanto

internacional, para que ele

possa dar orientação adequa-

da aos clientes com negócios

internacionais. A atualização

do profissional é diária: se hoje

há uma lei, semana que vem

aparece outra, além disso, é

preciso ver as tendências in-

ternacionais. Existem algu-

mas normas internacionais

que estão sendo revisadas e

atualizadas, oportunamente

elas serão traduzidas e divul-

gadas para serem discutidas e

aplicadas no Brasil.

A especialização em setoresespecíficos é uma tendência nosetor?

Temos de focar este tema

em dois ângulos: primeiro, o

profissional da Contabilidade

tem de escolher

seu campo de

ação, se vai tra-

balhar em um

escr i tó r i o de

Contabilidade, se vai

fazer escrituração, se vai tra-

balhar na área tributária, se

vai ser um perito, um auditor

etc. Estes são campos de es-

pecialização. Dentro desses

campos, para ele conhecer os

negócios, ele precisa conhe-

cer setores especializados,

como indústria, comércio, ser-

viços ou o Terceiro Setor, que é

a grande novidade e que pede

outros tipos de especializa-

ções. No Terceiro Setor tem

empresas micro, pequena,

média ou grande, tem legisla-

ção e operações específicas.

Qual mensagem o senhordaria ao jovem que pretendeingressar na profissãocontábil?

Vamos imaginar aquele jo-

vem que está se graduando,

seja como técnico ou conta-

dor. Ao técnico, ele precisa ser

incentivado a fazer o curso de

graduação em Ciências Con-

tábeis. Para o universitário,

precisamos entusias-

má-lo a buscar a atuali-

zação e o curso de pós-

graduação, para que ele

possa escolher um cam-

po de especialização.

Seria bom que ele buscasse

um profissional de confiança,

experiente, para que fosse

bem orientado. Ele teria de do-

minar uma língua estrangeira,

ler os noticiários especializa-

dos, ter relacionamentos com

as entidades contábeis, que

sempre oferecem cursos de

especialização, e consultar

sempre os portais das entida-

des contábeis, que são ricos

em informações.

SXC

E qual mensagem osenhor daria neste Diado Contador?

Temos no Brasil a co-

memoração de três datas:

em janeiro (12) temos a do em-

presário contábil, em abril (25)

a do profissional de Contabili-

dade, antes chamado contabi-

lista, e agora em setembro (22)

o Dia do Contador. Com respei-

to às três datas, eu só posso me

congratular com quem tenha

escolhido esta profissão, que é

um verdadeiro sacerdócio. Ser

contador no Brasil tem algu-

mas dificuldades, mas não há

falta de emprego. Seja o em-

presário, seja profissional da

Contabilidade ou o contador

que está festejando o seu dia,

que todos tenham plena con-

fiança no futuro, pois o nosso

setor vai muito bem.

Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici

Ed i to r - Ch e feJosé Guilherme

Rodrigues Ferreira

Edição e reportagemCarlos Ossamu

D iagramaçãoLino Fernandes

Gerente Executivade Publicidade

Sonia Oliveira

Telefone: 3180-3029s o l i ve i ra @ a c s p. co m . b r

4 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Caminhos para seespecializar no Terceiro Setor

Este segmento vem crescendo rapidamente no Brasil e ainda carece de profissionais especializados

OTerceiro Setor é

uma das estrelas

hoje da Contabili-

dade. Muito profis-

sionais estão se especializan-

do nesta área por diversos mo-

tivos, mas principalmente pe-

lo seu crescimento, melhor

remuneração e também a

oportunidade de contribuir

para o desenvolvimento so-

cial da comunidade ou País.

Estimativas internacionais

calculam que o Terceiro Setor

movimente 6% do PIB mundial

e empregue 12 milhões de

pessoas no mundo. O seg-

mento é composto por institui-

ções sem fins lucrativos, que

geram bens e serviços de ca-

ráter público, como ONGs, ins-

tituições religiosas, entidades

beneficentes, centros sociais,

organizações de voluntaria-

do, entre outros.

Jair Gomes de Araújo, presi-

dente do Sindicato dos Conta-

bilistas de São Paulo (Sind-

cont-SP) é um profissional es-

pecializado no Terceiro Setor.

Ele explica que, apesar de as

pessoas jurídicas atuantes

neste setor serem identifica-

das como ONG (organização

não governamental), OSCIP

(organização da sociedade ci-

vil de interesse público), OS

(organização social), Institu-

to, Instituição etc, elas são ju-

ridicamente constituídas sob

a forma de associação ou de

fundação. “Hoje, o profissio-

nal da Contabilidade percebe

que precisa ter um foco na

área que pretende se dedicar.

Pode ser, por exemplo, no Ter-

ceiro Setor, construção civil ou

outras atividades. No Terceiro

Setor existem diversas legis-

lações específicas, que exi-

gem uma atenção direta do

p ro f i s s i o n a l ”, diz Araújo.

Segundo o presidente do

Sindcont-SP, por ser uma área

es pe cia l i za-

da, o Terceiro

Setor oferece

uma remune-

ração maior,

e m m é d i a

1 5 % a m a i s

em compara-

ção a á reas

mais tradicio-

nais da Conta-

bilidade. “H o-

j e h á u m a

g r a n d e d e-

manda desse

m e r c a d o e

u m a b u s c a

por profissio-

nais especia-

lizados. Além

do alto grau

d e c o m p ro-

m e t i m e n t o

que o profis-

sional precisa

ter com as en-

tidades, estas se sentem mais

seguras em trabalhar com um

especialista, que conhece

bem a legislação”, diz.

Em sua opinião, para o estu-

dante da área contábil, trata-

se se de uma boa oportunida-

Divulgação

de para construir uma carrei-

ra. “Ele pode iniciar em uma

área que tem boa demanda,

ser recompensado financeira-

mente e ainda ter uma satisfa-

ção pessoal, atuando em uma

área em que ele está contri-

buindo para a responsabilida-

de social. Ele trabalha onde

gosta, onde ele percebe que

há um ganho social”, diz.

Mas como se iniciar nesta

carreira? Araújo diz que há vá-

rios livros sobre o tema, mas o

mais importante é participar

das entidades contábeis, co-

mo o Sindicato dos Contabilis-

tas de São Paulo. “Lá temos

dias específicos em que so-

mente são estudados temas

do Terceiro Setor. No Sindi-

cont-SP temos o Cettese (Cen-

tro de Estudos Técnicos do Ter-

ceiro Setor), voltado exclusi-

vamente para esta área.

Acompanhando as palestras,

o profissional é introduzido na

área e passa a entender as

questões particulares deste

s e g m e n t o”, comenta.

A perspectiva é de cresci-

mento futuro, porque o Brasil

ainda está em uma fase inicial,

se comparado a outros países.

“Apesar de sermos bem anti-

gos no Terceiro Setor –a primei-

ra Santa Casa do Brasil foi fun-

dada em 1542, em Santos, a

questão da especialização da

Contabilidade tem cerca de

dez anos. O Brasil ainda tem

um caminho grande a percor-

rer, seja na criação de entida-

des do Terceiro Setor ou de par-

cerias com órgãos públicos”.

Jair Gomes de Araújo

Qual a imagem que a socie-dade tem dos profissio-nais contábeis? Este é o

tema abordado por Renato Fer-reira Leitão Azevedo, professorda FIPECAFI (Fundação Institutode Pesquisas Contábeis, Atuariaise Financeiras) e pesquisador daFEA-USP (Faculdade de Econo-mia, Administração e Contabili-dade da Universidade de SãoPaulo) no livro “O Profissional daContabilidade - Desenvolvimen-to de Carreira, Percepções e seuPapel Social”, editado pela SenacSão Paulo (270 págs. R$ 69,90).

Segundo conta Azevedo, o con-tador quase sempre é percebidocomo introvertido, impessoal, me-tódico, conservador, entre outrosestereótipos. “Há um desconheci-mento das pessoas em relação à

profissão. Muitos se espantam aosaber que a Contabilidade é umaciência social e não uma ciênciaexata, apesar de lidar com núme-ro s”, diz Azevedo.

Formada pela junção das pala-vras "cont(ar)" e "(h)abilidade", aContabilidade designa literalmen-te a aptidão para contar, e trata-sede uma profissão que identifica,mensura e comunica informaçõeseconômicas envolvendo o conta-dor e seu cliente. “Além do signifi-cado de mensurar, contar tambémse refere a comunicação (contaruma história) e confiança (contecomigo). Assim, se exige desse pro-fissional mais do que a competên-cia com números: também é neces-sário saber interpretar e comunicaressas informações, ou seja, ele de-ve reunir conhecimento técnico e

humanista para que tenha um pa-pel de destaque em um contextoglobal e tecnológico”, observa.

Azevedo comenta que até osanos 90 no Brasil o contador eravisto como um profissional “c h ato”,introvertido, mas honesto. Com aabertura do mercado, o contadorteve uma maior abertura para par-ticipar da gestão das empresas,planejar investimentos, e com issoser mais criativo. “Mas isso de certaforma afetou aquela imagem dehonestidade. Na mídia, quandoaparece uma notícia envolvendoum contador, ele quase sempre es-tá ligado a fraude contábil”, diz.

Outra imagem que o público emgeral tem é de que se trata de umaprofissão predominantementemasculina, o que vem mudando ra-pidamente, “Nos cursos de Ciên-

cias Contábeis,60% dos alu-nos são mulhe-re s”, conta Aze-vedo. No últi-m o l e v a n t a-m e n t o f e i t opelo ConselhoF e d e r a l d eCo nt a b il i d a d e,a proporção,entre técnicose contadores,estava em 59% homens e 41% mu-lheres. “O curioso é que na China aContabilidade é uma profissão tra-dicionalmente exercida por mu-lheres, mais organizadas e deta-lhistas. Por aqui, as mulheres estãoganhando espaço, mas os saláriossão menores em comparação aosh o m e n s”, observa.

Divulgação

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Renato F. L.Azevedo: asmulheres estãoganhandoespaço, mascom saláriosmenores.

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A sociedade ainda desconhece a profissão

segunda-feira, 22 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 5

Ela comanda a área maisimportante do CRC -SP

Márcia Ruiz Alcazar évice-presidente de

Fiscalização, Ética eDisciplina da entidade,que acaba de abrir uma

sindicância contra atécnica em

Contabilidade MeirePoza, que trabalhavapara o doleiro Alberto

Yo u s s e f

No início deste mês,

um comunicado no

site do CRC-SP infor-

mava: “O ConselhoRegional de Contabilidade do Es-tado de São Paulo (CRC-SP) co-munica que, em razão de maté-rias veiculadas na mídia, abriusindicância para apuração de su-postas irregularidades profissio-nais da técnica em ContabilidadeMeire Bomfim da Silva Poza”. As

matérias veiculadas a que se

refere a nota pipocaram na im-

prensa após a técnica dar en-

trevista à revista Veja sobre a

chamada Operação Lava a Ja-

to da Polícia Federal, que levou

o doleiro Alberto Youssef à pri-

são em março. Meire Poza era

responsável por manusear

notas fiscais frias, assinar con-

tratos de serviços que jamais

foram feitos e montar empre-

sas de fachada destinadas à

lavagem de dinheiro. Esta sin-

dicância está sendo realizada

pela Vice-presidência de Fis-

calização, Ética e Disciplina do

CRC-SP, área comandada pela

contadora Márcia Ruiz Alca-

zar. Nesta entrevista, Márcia

conta como atua este setor,

quais os casos mais comuns

de denúncias que a entidade

recebe e como o profissional

pode se precaver para não ter

problemas desta natureza.

Diário do Comércio - Ter umcontrato seria o primeiro passopara evitar conflitos com ocliente?

Márcia Ruiz Alcazar - Não

apenas ter um contrato. A re-

lação que um contador tem de

ter com seu cliente deve ser

formal, mesmo no dia a dia,

com memorandos, atas de

reuniões, para que se possa

registrar e documentar as de-

cisões que foram tomadas, ter

um histórico. Diante de tanta

complexidade, em caso de al-

gum problema, é comum o

cliente dizer que não sabia

que deveria ter tal procedi-

mento e transferir a culpa ao

contador. Nós sempre reco-

mendamos que seja uma rela-

ção formal.

Ter um contrato formal éuma prática habitual no setor?

Sendo uma empresa de

Contabilidade ou um contador

terceirizado, já há alguns anos

é obrigatório manter um con-

trato de prestação de servi-

ços. Se não tiver o contrato, o

contador pode ser penalizado.

Além de ser uma garantia na

relação, a questão do contrato

é normativo em termos de

exercício profissional. O Con-

selho Federal de Contabilida-

de (CFC) regulamentou a obri-

gatoriedade do contrato de

prestação de serviços.

Como atua a área deFiscalização do CRC-SP?

Temos basicamente duas

principais frentes, a preventi-

va e a corretiva. A preventiva

trabalha muito em cima das

metas que são estabelecidas

pelo CFC. Temos metas de fis-

calização de organizações

contábeis, profissionais e ins-

tituições em geral. Existem re-

latórios de gestão, um plane-

jamento de trabalho, presta-

ção de contas e uma avaliação

técnica desenvolvida dessas

organizações que estão sob a

nossa lei de regência. Já a cor-

retiva é aquela que vem de de-

núncias e a abertura de sindi-

cância. Existe todo um rito

processual, com detalhamen-

to na apuração dessa sindi-

cância para dar oportunidade

à parte denunciada se mani-

festar, se defender e expor a

sua versão dos fatos.

O que ocorre após orecebimento de uma denúncia?

Há todo um processo de

apuração e investigação, com

a oportunidade de ampla defe-

sa do denunciado. Se o profis-

sional apresentou tudo o que

foi solicitado, comprovou a re-

gularidade do exercício profis-

sional, a sindicância é arquiva-

da e ele não sofre nenhuma pe-

nalidade. Por outro lado, se ele

tem dificuldade na comprova-

ção e mostra que de fato teve

uma incapacidade técnica ou

que não cumpriu com o código

de ética da profissão, isso gera

um auto de infração. A penali-

dade administrativa mínima

equivale a multa de uma anui-

dade e a penalidade ética mí-

nima é uma advertência reser-

vada. Existe uma escala de

agravamento. Por exemplo,

uma reincidência na penalida-

de ética pula de advertência

reservada para censura reser-

vada. Se ele comete nova irre-

gularidade, a censura reserva-

da muda para censura pública.

Essa escala vai subindo e a pe-

nalidade pode chegar a sus-

pensão e até a cassação do re-

gistro profissional.

Se o profissional nãoconcordar com a pena, há

possibilidade de recorrer?Ao receber uma penalidade

no CRC-SP em primeira instân-

cia, o profissional pode acio-

nar a Câmara de Recursos. Se

mesmo assim for mantida a

decisão, ele ainda tem a possi-

bilidade do recurso no CFC.

Sempre há a homologação

das penalidades no CFC.

Quais os casos mais comunsde denúncias que chegam aoCRC -SP?

Temos muito casos de clien-

tes que alegam prejuízos rela-

cionados a alguma orientação

equivocada que receberam

do contador. Também há ca-

sos de apropriação indébita –o

cliente diz que o contador ti-

nha a senha bancária para fa-

zer todos os pagamentos de

tributos e contribuições. Mui-

tas vezes, os profissionais são

envolvidos em uma situação

em que o cliente transfere to-

da a sua deficiência de contro-

le interno para o contador. O

fato de não ter uma relação

formal, registrada e documen-

tada, dificulta ainda mais a

comprovação se aquele di-

nheiro que o contador recebeu

era de honorários ou de tribu-

tos e contribuições.

Há outros casos maiscomuns?

Outro caso relevante é re-

FreePik

lacionado ao registro profis-

sional. Muitas empresas com

departamentos de Contabili-

dade mantêm em suas estru-

turas o contador que assina o

balanço com registro ativo e

regular, mas a equipe da Con-

tabilidade muitas vezes não

tem registro para exercer a

profissão. Este é um proble-

ma sério e que ocorre em um

número significativo. E a cul-

pa cai sempre sobre o conta-

dor –veja o risco que este pro-

fissional corre. A infração é

de acobertamento ao não re-

gistrado. O contador que tem

em sua equipe no departa-

mento de Contabilidade um

funcionário que não tem re-

gistro no CRC devidamente

regular está acobertando um

não habilitado a exercer a

profissão. Ele é penalizado

por isso, pois responde pelo

código de ética da profissão.

Ele até pode alegar que não

foi responsável pela contra-

tação, que é apenas um em-

pregado, mas é seu dever

que a sua equipe tenha as

condições técnicas para de-

senvolver o que é uma prerro-

gativa da profissão.

O que a senhora podeadiantar sobre a sindicânciaaberta contra a técnica emContabilidade Meire Poza?

Esta é outra forma de fazer

a fiscalização, por meio de

notícias de escândalos que

são veiculadas na imprensa.

Neste caso, temos o dever de

abrir uma sindicância para

apurar os fatos. Se ficar ca-

racterizado que efetivamen-

te ela descumpriu com o códi-

go de ética, ela será penaliza-

da. Nós iremos atrás da cole-

ta de provas, começando

com o que foi veiculado na

imprensa, vamos atrás de

elementos junto ao Ministé-

rio Público, Polícia Federal

para pegar detalhes dos pro-

cessos. Posteriormente, ela

será convidada a se manifes-

tar, pois tem os mesmos di-

reitos de ampla defesa. Tudo

isso será analisado e verifica-

do se tem algum vínculo com

a profissão – pode ser apenas

uma situação criminal e que

não haja irregularidade no

exercício da profissão.

Divulgação Wilson Dias/ABr

Márcia Ruiz Alcazar, do CRC-SP Meire Poza: sindicância aberta.

6 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Prepare-separa o

Exame deSuficiênciaCursos preparam candidatos para passar na prova e

assim obter o registro profissional

OExame de Suficiên-

c i a é uma prova

obrigatória, insti-

t u í d a p e l a L e i

12.249/2010 e pela Resolução

CFC 1.373/2011, destinada à

comprovação dos conheci-

mentos de alunos concluintes

dos cursos Técnico em Conta-

bilidade e do curso superior

em Ciências Contábeis. A

aprovação no Exame é um dos

requisitos para a obtenção ou

restabelecimento de registro

profissional em Conselho Re-

g iona l de Contab i l idade

(CRC). A prova ocorre duas ve-

zes ao ano e é composta de 50

questões, dos quais o candi-

dato deve acertar pelo menos

25 (50%). Menos de 40% dos

candidatos são aprovados.

Para ajudar os candidatos

neste último desafio antes de

conseguir o registro, o Institu-

to Monitor (www.institutomo-

nitor.com.br) oferece um cur-

so preparatório, que segundo

a instituição, tem obtido 100%

d e a p r o v a ç ã o . “ É u m

workshop presencial de 16 ho-

ras, realizado em dois sába-

dos antes do Exame. No pri-

meiro dia, os alunos revisam

todos os conceitos e fazem

exercícios; no segundo dia, o

professor pega o último Exa-

me de Suficiência, resolve e

c o me n t a ”, explica Ovídio Lo-

pes da Cruz Netto, diretor de

Serviços Educacionais do Ins-

tituto Monitor. “Como temos

um curso de Técnico em Con-

tabilidade, a maioria dos alu-

nos é desse curso, mas vem

crescendo a participação de

bacharéis, até porque o último

Exame de Suficiência para

técnicos ocorrerá em abril do

ano que vem –a partir de junho

de 2015 os CRCs não mais re-

gistrarão profissionais de ní-

vel técnico”, diz Netto.

O workshop

pre parató rio

para o Exame

de Suficiência

custa R$ 303

( 2 x d e R $

151,50) e con-

ta com cerca

de 15 alunos

p o r t u r m a .

“Todos os nos-

s o s a l u n o s

têm sido apro-

v a d o s , e m

2004, três de

nossos alunos

f i ca ram em

pr imeiro lu-

gar. Temos ex-

celentes ins-

talações, um

bom material

didático, tra-

dição em en-

sino e profes-

sores qualifi-

c a d o s , q u e

m i n i s t r a m

c u r s o s d e

Ciências Con-

tábeis em uni-

versidades”, afirma o diretor.

O Instituto Monitor possui

uma sede própria com 6.500

m² em São Paulo (Av. Rangel

Pestana, 1.105 – Brás) e tam-

bém está presente em mais

duas sedes nos Esta-

dos do

Rio de Janeiro e no Paraná

,além de 8 polos em parceria

com outras instituições e 16

polos in company.

Várias opçõesA IOB Folhamatic oferece

três produtos para quem vai

prestar o Exame de Suficiên-

cia: livro, curso preparatório

presencial e curso preparató-

rio a distância. Segundo expli-

ca Viviane Silva, gerente de

Educação da empresa, todo

material didático e planeja-

mento são elaborados com

base no edital publicado pelo

Conselho Federal de Contabi-

SXC

lidade (CFC) para cada exa-

me. “Este setor é muito dinâ-

mico e as mudanças na legis-

lação são constantes. Dessa

forma, novos temas podem

ser adicionados a cada prova.

Por essa razão, não é eficiente

o candidato estudar com

apostilas prontas encontra-

das na internet, pois elas não

estarão atualizadas”, diz Vi-

viane. “Fizemos um levanta-

mento com nossos alunos do

curso a distância que presta-

ram o primeiro Exame de Sufi-

ciência deste ano e a aprova-

ção foi de 83%, um número

muito bom”, afirma.

O livro Exame de Suficiência

em Contabilidade custa R$

152,10 no site www.iobsto-

re.com.br e também pode ser

adquirido pelo Televendas

(11) 2188-7777 ou em algu-

mas livrarias.

O curso preparatório pre-

sencial tem carga horária de

48 horas, sendo 40 horas no

auditório da empresa na Av.

Paulista e mais 8 horas de cur-

so pela internet. O curso é vol-

tado para bacharéis ou que es-

tejam concluindo o curso de

Ciências Contábeis. O preço

cheio é de R$ 1.530, mas estu-

dantes pagam R$ 765 e clien-

tes IOB, R$ 1.177. Já o curso

preparatório a distância, via

internet, tem carga de 90 ho-

ras, com uma parte ao vivo,

que permite a interação com o

professor via chat, e outra par-

te gravada. O preço cheio é de

R$ 1.380, estudantes pagam

R$ 690 e cliente IOB R$ 870.

Cruz Netto: oInstituto Monitor

oferece umworkshop.

Educação com entretenimento

O p esquisa-d o r e

profes sorde Contabilidade Governamentalda Universidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ), Marcos RobertoPinto, defendeu sua tese de douto-rado na Faculdade de Economia,Administração e Contabilidade daUSP (FEAUSP) no fim de abril, de-monstrando que a aplicação do jo-go eletrônico SimCity pode au-mentar os níveis de motivação e dedesempenho dos estudantes deContabilidade. Segundo ele, aspráticas convencionais de ensinonem sempre atendem a necessida-de dos jovens de hoje, os quais eledenomina de "estudantes nativosdigitais". O SimCity é um jogo desimulação que tem por objetivo

criar uma cidade e administrarseus recursos, de forma a evitar afalência e a expulsão do prefeito.

Intitulada "Educação com en-tretenimento: um experimentocom SimCity para curtir e aprendera Contabilidade Governamental",a tese foi orientada pelo professorEdgard Cornacchione, chefe doDepartamento de Contabilidade eAtuária da FEAUSP. Marcos Rober-to Pinto disse que a decisão de pes-quisar o assunto partiu da preocu-pação com os resultados apresen-tados pelos programas de educa-ção em Contabilidade. Ele citou oExame de Suficiência realizado pe-lo CFC (Conselho Federal de Conta-bilidade), que chega a reprovarmais da metade dos bacharéis.

A aplicação do jogo SimCity, de

acordo com o autor do estudo,possibilita ao aluno vivenciar umasimulação acerca da formação egestão de uma cidade e o desen-volvimento de um sistema de in-formações contábeis. Em seu tra-balho, Marcos Roberto Pinto de-monstra que os estudantes queutilizam o SimCity, inserido no am-biente de aprendizagem, têm me-lhores notas e se saem melhoresem testes-padrão.

"O emprego do jogo eletrônicose apresenta como uma inovaçãono processo de ensino, podendoser considerado um forte aliado nodesenvolvimento de estratégiasinstrucionais destinadas a um pú-blico que já nasceu sob a forte in-fluência dos aparatos digitais", su-gere o pesquisador.

O gameSimCity pode ser

usado para motivaralunos em sala de aula

ACOMPANHE A CONTÁBIL DP NAS REDES SOCIAIS

SERVIÇOS

SERVIÇOS

segunda-feira, 22 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 7

O setor contábil podeser altamente rentávelpara aqueles que abremo próprio escritório, masexige cuidados e muitotrabalho

F r e e Ve c t o r

José MariaChapinaAlcazar:formalizar orelacionamentocom o cliente éfundamentalpara evitarconflitos.

Evandro Monteiro / Hype

Vice-presidente da As-

sociação Comercial

de São Paulo (ACSP),

o contador José Maria

Chapina Alcazar é um líder

empresarial conhecido e ad-

mirado no meio contábil. Foi

presidente do Sescon-SP (Sin-

dicato das Empresas de Servi-

ços Contábeis e das Empresas

de Assessoramento, Perícia,

Informações e Pesquisas no

Estado de São Paulo) e do AES-

CON-SP (Associação das Em-

presas Contábeis do Estado

de São Paulo) por seis anos, de

janeiro de 2007 a dezembro de

2012. É sócio-fundador da Se-

teco Consultoria Contábil, em-

presa fundada juntamente

com sua esposa, Cátia Ruiz Al-

cazar, na sala de sua casa há

mais de 40 anos. Nesta entre-

vista, Chapina, como é mais

conhecido, dá dicas para pro-

fissionais da Contabilidade

que sonham em ter o próprio

n e g ó c i o.

Diário do Comércio – Para ocontador que está pensandoem ter o próprio negócio, serum empreendedor, quaisconselhos o senhor daria?

José Maria Chapina Alcazar -

Ele tem de começar primeira-

mente pensando no conheci-

mento, pois vai lidar com uma

diversidade grande de espe-

cializações – indústria, comér-

cio, serviços, todos com suas

características. Ele pode se

dedicar a um segmento eco-

nômico específico – no merca-

do tem gente que é especiali-

zado no Terceiro Setor, gente

que só faz indústria, que só faz

comércio, existem profissio-

nais que só prestam serviços

para empresas do Simples Na-

cional. Há uma ramificação

grande de atuação.

O que mais?Que ele não siga aquele

pensamento antigo de que a

prestação de serviços em Con-

tabilidade é com base na con-

fiança. Faça uma proposta por

escrito, transforme essa pro-

posta em um contrato, dei-

xando bem definidas as res-

ponsabilidades dele como

prestador de serviços e do

cliente em fornecer as infor-

mações em tempo para que se

possa executar os serviços.

Ou seja, entrar na formalidade

do relacionamento. Essa rela-

ção de amigo no final acaba

em grandes conflitos.

Um relacionamentoprofissional, não é mesmo?

Sim, criar uma metodologia

em que todas as orientações

técnicas sejam feitas por es-

crito, mantendo um arquivo

com todas as orientações pas-

sadas ao cliente. Quando ele

notar alguma não conformida-

de, que ele faça reuniões com

o cliente, que registre que ele

está assessorando, orientan-

do e que a empresa contratan-

te foi orientada como não co-

meter determinados erros,

por exemplo, falhas na emis-

são das notas fiscais. O que

nós assistimos na prática é

que, no momento do conflito,

é comum dizer que o erro foi do

c o n t a d o r.

Falhas podem ocorrer e hojeas multas são pesadas. É

comum os profissionais teremum seguro de responsabilidadecivil?

Não é comum, pois se tem

um custo que não é barato,

mas é um seguro que traz tran-

quilidade ao contador. Mas pa-

ra ele estar seguro é preciso

justamente a recomendação

formalista. Se as informações

não foram passadas, a res-

ponsabilidade não pode ser do

contador. Se o contador ten-

tou obter e não conseguiu, e

está documentado, a respon-

sabilidade da multa não é do

c o n t a d o r.

O que é da responsabilidadedo contador?

A negligência profissional.

O cliente atendeu todos os re-

quisitos necessários para que

o contador prestasse o servi-

ço, disponibilizou as informa-

ções, mas ao fazer a transmis-

são dos dados e mandar a guia

de recolhimento para o cliente

efetuar o pagamento, o conta-

dor errou no cálculo por impe-

rícia profissional. O seguro vai

discutir essa relação, vai en-

trar no mérito se efetivamente

foi um erro profissional, uma

imperícia, e cobrirá o prejuízo.

Mas se o erro persistir algumas

vezes, ele poderá perder a

apólice.

Quais os conflitos maiscomuns?

O maior índice de reclama-

ção dentro do CRC é declara-

ção de rendimentos que não

tem prova contábil, seguido

de empresas que estão obri-

gadas a fazer a Contabilidade

e que não fizeram. Exemplo:

em empresas do Simples Na-

cional e do Lucro Presumido a

legislação fiscal diz que essas

empresas estão dispensadas

da manutenção da Contabili-

dade, que basta a escritura-

ção do livro caixa. Aqui eu faço

um apelo: contabilista e futuro

empreendedor, não caia nes-

ta armadilha, isso é infração

profissional. A Contabilidade é

obrigatória para todo tipo de

empresário, seja micro, pe-

queno, médio ou grande. Essa

obrigação está no nosso códi-

go de exercício da profissão e

no Código Civil. Não é a legis-

lação fiscal que rege a obriga-

toriedade de executar a Con-

tabilidade. Além do que, a fal-

ta de Contabilidade é uma ar-

ma a favor do Fisco, que tem

interesse em gerar este tipo

de conflito, pois quanto mais

desorganizado estiver o pe-

queno empresário, mais favo-

rável fica para ele sustentar

um auto de infração.

Que outra mensagem osenhor gostaria de deixar paraeste novo empreendedor?

Que ele tenha uma visão

mais ampla. A profissão con-

tábil pode ser altamente ren-

tável, com oportunidades de

prestar serviços para todos os

segmentos da economia,

qualquer que seja a atividade,

pois uma empresa sempre

precisará do contador. Que ele

comece sólido de conheci-

mentos e com estrutura para

prestar os serviços adequada-

mente. Ele pode começar so-

zinho, como eu comecei, e de-

pois, a medida que for con-

quistando mais clientes, in-

vestir em sua equipe. Mas que

ele comece seguindo os prin-

cípios de ética, conduta e não

entrar no jogo de ganhar di-

nheiro fácil por vias duvido-

sas. Aquele que se estruturar

com solidez, trabalhar corre-

tamente, terá uma fundação

que jamais será abalada.

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8 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sistema integracliente e contador

Sistema de gestão da ABC71 permite ao contadoracessar informações remotamente

Tecnologia de ponta para os pequenos

Cap

tura

de

tela

O sistema doIBPT possuidois módulos:o PAIGerencial,para o cliente,e o PAIInteligênciaContábil, parao escritório decontabilidade.

Grátis, fácil e online.

Apostando nesse tri-

nômio, o Instituto Bra-

sileiro de Planejamento e Tri-

butação (IBPT) lançou recen-

temente o Programa de Asses-

soramento Intensivo do Micro

e Pequeno Negócio, batizado

de PAI Inteligência Contábil.

Trata-se de um desdobramen-

to do programa gerencial lan-

çado em 2012 pelo IBPT, com o

objetivo de reduzir a mortali-

dade das pequenas empresas

através da utilização de ferra-

mentas tecnológicas de últi-

ma geração. “Um software de

gestão é o coração do projeto,

que agora recebeu um upgra-

de para melhorar a relação en-

tre escritórios de Contabilida-

de de pequeno porte e seus

clientes microempresários”,

diz o presidente-executivo do

IBPT, João Eloi Olenike.

O sistema possui dois mó-

dulos: o PAI Gerencial, para o

cliente, e o PAI Inteligência

Contábil, para o escritório de

Contabilidade. O primeiro tem

como base um sistema de ges-

tão empresarial (ERP) perso-

nalizado para cada tipo de ne-

gócio, fácil de entender e to-

talmente online (cloud com-

puting).

O sistema, com suporte téc-

nico grátis por e-mail, possibi-

l i ta ao empreendedor um

acompanhamento perma-

nente de seu empreendimen-

to, com advertências sobre os

principais erros cometidos na

gestão e orientações sobre co-

mo corrigi-los. O software in-

forma, por exemplo, o preço

médio de mercadorias e servi-

ços e o custo tributário por no-

ta emitida. Também possui flu-

xo de caixa inteligente com

geração de cenários, controle

de estoque, controle patrimo-

nial, módulos integrados de BI

(Business Intelligence) e CRM

(Customer Relationship Ma-

nagement), módulo de cálcu-

lo e projeção de custos dos

funcionários, aluguel, finan-

ciamentos e outros quesitos.

O PAI Inteligência Contábil,

por sua vez, facilita o relacio-

namento escritório-clientes,

automatiza e acelera as ope-

rações com total segurança.

Depois de se cadastrar no sis-

tema, o escritório pode insta-

lar o software em qualquer PC

e supervisionar operações de

clientes de qualquer lugar do

mundo. O primeiro benefício é

o fim do problema de espaço

no servidor do escritório con-

tábil. Os documentos são ar-

mazenados na web, com se-

gurança, no servidor do IBPT,

que utiliza as melhores tecno-

logias em termos de seguran-

ça de dados.

O sistema permite analisar

o fluxo de caixa do cliente, re-

ceber alertas sobre a situação

financeira dos negócios e

aconselhar as decisões. O sis-

tema repete operações pro-

gramadas e avisa quando

uma empresa atinge o ponto

de equilíbrio, por exemplo.

Os documentos podem ser

capturados com a câmera do

seu smartphone ou tablet

(notas fiscais, comprovantes

de pagamentos etc.) e envia-

dos para o sistema do escritó-

rio contábil. É o fim do trans-

porte de documentos, au-

mentando a segurança e cor-

tando custos.

Mais informações no site

w w w. p a i . o rg . b r

Nos últimos anos, o

cenário fiscal brasi-

leiro apresentou di-

versas mudanças,

mas a de maior impacto e rele-

vância para as empresas foi a

automatização do envio das

informações por meio eletrô-

nico através do SPEDs (Siste-

ma Público de Escrituração Di-

gital). Houve mudanças drás-

ticas na rotina dos empresá-

r i o s , q u e p re c i s a r a m s e

adequar, organizar os proces-

sos e contar com pessoas pre-

paradas para trabalhar com

tecnologia. No meio dessa

mudança, os escritórios de

Contabilidade passaram a ter

um papel ainda mais impor-

tante. Com estrutura e profis-

sionais qualificados, auxiliam

as empresas a padronizar as

atividades e, assim, conse-

guem ajudar na gestão do ne-

gócio, trazendo melhorias até

nos resultados financeiros.

“Antes da era digital, as em-

presas enviavam as informa-

ções para o escritório de Con-

tabilidade, que as retrabalha-

va no seu sistema. Esse mode-

lo não é seguro no cenário

atual. O modelo onde o escri-

tório se torna um usuário do

sistema do cliente é mais se-

guro e otimizado, pois usufrui

de uma única fonte de infor-

mação. É imprescindível para

a boa gestão empresarial, a

mesma tecnologia estar nas

duas pontas”, afirma Airton

Cruz, gerente de relaciona-

mento da ABC71, empresa

que desenvolve software de

gestão empresarial.

O executivo da ABC71 expli-

ca que é importante cliente e

fornecedor estarem alinhados

no uso do mesmo sistema de

gestão empresarial para con-

solidar o envio das informa-

ções fiscais e tributárias ao

Governo. “No atual ambiente

do SPED , as operações se tor-

nam mais seguras e o proces-

so mais eficiente quando o es-

critório de Contabilidade utili-

za a mesma ferramenta da

empresa cliente, tornando-se

um usuário do mesmo sistema

de ERP”, reforça Cruz.

É assim que funciona na

Azeplan, escritório de Conta-

bilidade com sede em São

Paulo. De acordo com o dire-

tor Carlos Eduardo Azedo, a

empresa trabalha com um

sistema de gestão e grande

parte dos seus clientes utiliza

o mesmo software. “Aces sa-

mos remotamente as infor-

mações, o que garante mais

veracidade dos dados e rapi-

dez na análise. “Nossos clien-

tes não precisam mais se

preocupar em fornecer pa-

péis ou ficar buscando relató-

rios, pois fazemos esse traba-

lho, obtendo os dados direta-

mente no sistema”, aplica

Azedo. “Com isso, a empresa

otimiza o seu tempo e pode se

dedicar ao que realmente in-

teressa. Ele sabe quanto cus-

ta para manter o seu negócio,

o valor do produto, consegue

administrar a carga tributá-

ria, a gestão de caixa, acom-

panha centros de resultados,

a qualidade dos processos,

entre tantas outras ativida-

des essenciais para a con-

quista das metas”, explica.

Para o diretor da Azeplan,

todas as empresas que tive-

rem um software de gestão e

tornarem seu contador um

usuário de seu sistema senti-

rão resultados imediatos.

“Qualquer perfil de compa-

nhia perceberá a melhoria no

negócio. Pequenas e médias

tendem a buscar com mais in-

tensidade o trabalho dos es-

critórios de Contabilidade,

pois não precisam investir em

equipe interna".

Outra vantagem apontada

pelo gerente de relaciona-

mento da ABC71 , A i r ton

Cruz, é que a utilização do

mesmo sistema entre o escri-

tório e a empresa tende a di-

minuir os custos. “As infor-

mações serão facilmente tro-

cadas, os processos estarão

padronizados e a análise será

mais ágil e eficiente, reduzin-

do custos", diz.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 9

O papel daContr oladorianas empresas

O controllerdesempenhahoje o papelque seria do

c o n t a d o r,auxiliando

nas tomadasde decisões

Nunca seacomode. busquesempre evoluir

Sérgio Approbato Machado Júnior é um

dos mais importantes líderes da área

contábil. Presidente do Sescon-SP

(Sindicato das Empresas de Serviços Con-

tábeis e das Empresas de Assessoramento,

Perícia, Informações e Pesquisa no Estado

de São Paulo) e do AESCON-SP (Associação

das Empresas Contábeis do Estado de São

Paulo), Machado Jr. vem de uma família de

contadores –o seu avô foi um dos primeiros

a obter o registro no CRC-SP e o seu pai, Ser-

gio Approbato Machado, presidiu a entida-

de de 1989 a 1990 e foi membro fundador

do Ibracon (Instituto dos Auditores Inde-

pendentes do Brasil). Mas o pai não o in-

fluenciou a seguir a profissão, a descoberta

da vocação e da importância da Contabili-

dade para o mundo dos negócios veio natu-

ralmente, após se formar em Administra-

ção de Empresas. Nesta entrevista, Macha-

do Jr. conta esta história.

Diário do Comércio - Qual a influência deseu pai, Sergio Approbato Machado, que foipresidente do CRC-SP e membro fundador doIbracon, na escolha da sua profissão?

Sérgio Approbato Machado Júnior - Por in-

crível que pareça, meu pai nunca me in-

fluenciou para trabalhar na empresa. A nos-

sa empresa, que é a Approbato & Fischer

Contabilistas, foi fundada em 1945, há qua-

se 70 anos, inicialmente como Contábil Pau-

lista. O fundador da empresa foi meu avô,

pai do meu pai, Antônio Machado Sobrinho,

cujo número de registro no CRC era 67 – ele

foi um dos pioneiros da área contábil a que-

rer regularizar a profissão.

Como o senhor iniciou na área contábil?Eu comecei minhas atividades no mun-

do corporativo, não comecei na área con-

tábil. Como formação, primeiramente fiz

Administração de Empresas e trabalhei no

mercado corporativo. Trabalhei em uma

empresa de auditoria, o que me motivou a

fazer o curso de Ciências Contábeis. Foi

então que percebi a impor-

tância da Contabilidade na to-

mada de decisão das empre-

sas e me interessei pela ma-

téria. Depois de formado, in-

gressei na empresa da família

em 1987, na época comanda-

da pelo meu pai e mais três só-

cios, e estou lá desde então.

Como surgiu o interesse naContabilidade?

Meu pai nunca forçou a situa-

ção, querendo que eu estudas-

se Contabilidade para assumir

a empresa. Eu despertei o inte-

resse em trabalhar com Conta-

bilidade quando ingressei na

empresa de auditoria e vi a im-

portância que ela tinha na vida empresarial.

Aí sim, depois que comecei a fazer Ciências

Contábeis o meu pai passou a querer que eu

frequentasse mais o escritório. Depois eu re-

cebi o convite do sócio de meu pai, Paulo Fis-

cher, para ingressar na empresa.

Qual mensagem o senhor deixaria aosjovens que pensam em seguir a profissãocontábil?

É muito importante sempre estarmos

abertos a aprender, a gente nunca pode pa-

rar. Essa foi uma lição que eu aprendi desde

que comecei a trabalhar, nunca se acomo-

dar. Na nossa profissão não se pode pensar

em se acomodar, ainda mais no país que a

gente vive, em que as leis se

alteram todos os dias, é pre-

ciso sempre se atualizar,

caso contrário o profissio-

nal terá sérios problemas

na sua atividade. Diria ain-

da aos jovens que estão in-

gressando na profissão de

que estamos vivendo um

momento muito especial,

de muito reconhecimento.

Os sistemas eletrônicos

de impostos passaram a

exigir uma série de contro-

les sofisticados por conta

da tecnologia. Com isso, o

empresário percebeu que

terá problemas se ele não fi-

zer as coisas de forma cor-

reta. Isso valorizou muito o

nosso papel perante o mer-

cado corporativo.

A gente sabe que hoje a

nossa profissão é reconhe-

cida, somos fundamentais

na vida das empresas. É

bom que os profissionais da

Contabi l idade tenham

consciência disso e tam-

bém se valorizem. Procu-

rem manter suas empresas

dentro deste novo mercado

que vivemos agora, procu-

re reciclar seus funcioná-

rios dando-lhes treinamen-

tos de forma constante, pa-

ra que eles possam levar a

empresa à posição que ela

merece estar.

Paulo Pampolin / Hype

Sér gioA p p ro b a t oMachadoJúnior: é muitoimpor tantesempreestarmosabertos aa p r e n d e r.

temas de gestão etc.

Estudiosos em administra-

ção dizem que o controller é a

coesão do gerente financeiro

e do contador, que tem por

objetivo reduzir os custos

operacionais e administrati-

vos, maximizando lucros,

através de um adequado ge-

renciamento de caixa com

projeção de recebimentos e

pagamentos, balanços com

controle de custos, despesas,

receitas, vendas e fatura-

mento e, também, a guarda

das informações

“O controller é um cargo

gerencial, em grandes corpo-

rações ele responde ao CFO

(principal executivo de finan-

ças ou diretor financeiro), em

empresas de menor porte, di-

retamente ao proprietário. O

contador é o profissional mais

indicado a ocupar este cargo

por ter conhecimentos técni-

cos, mas somente isso não

basta: ele precisa conhecer

bem o negócio da empresa

que atua”, observa Nilson Pe-

reira, diretor financeiro do

ManpowerGroup Brasil, em-

presa especializada em re-

crutamento, seleção e recur-

sos humanos. “É um cargo

gerencial, em média os salá-

rios variam de R$ 10 mil até

R$ 30 mil, dependendo do

porte da empresa”, observa.

Na opinião do executivo, a

primeira providência que o

contador deve tomar para as-

sumir o cargo de controller é

ampliar os seus conhecimen-

tos e melhorar sua formação

acadêmica. Para tanto, um

curso de MBA em Controlado-

ria é o mais indicado. Este cur-

so prepara o profissional para

atuar como indutor de gestão

financeira e econômica da

empresa, fornecendo e de-

senvolvendo técnicas e siste-

mas de informação gerencial,

que darão sustentação ao

planejamento, orçamento,

execução e controle do de-

sempenho da organização.

“Este profissional estará re-

portando para os principais

executivos da companhia e

por essa razão é importante

uma boa comunicação, para

que ele expresse com clareza

suas ideias. Dominar uma se-

gunda língua também é im-

portante, principalmente em

empresas multinacionais,

pois ele estará reportando di-

retamente a executivos da

matriz”, comenta Pereira.

Como este profissional co-

mandará uma equipe que es-

tará interagindo com diver-

sos setores da empresa, ter li-

derança e saber administrar

pessoas também são requisi-

tos fundamentais para o su-

cesso profissional. Além dis-

so, conhecimentos em tecno-

logia, principalmente os sis-

temas de gestão (ERP), são

necessários, já que hoje tudo

é informatizado.

Além do controller, os profis-

sionais da Contabilidade mais

valorizados hoje são aqueles

com experiência em auditoria

interna e compliance (aderên-

cia às normas como Sarbanes-

Oxley, por exemplo). Os profis-

sionais brasileiros são muito

bem vistos lá fora por serem

mais flexíveis – eles aprende-

ram isso por atuarem em um

mercado muito regulado”, co-

menta o executivo da Man-

powerGroup Brasil.

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25anos25anos

Aprincipal função da

Contabilidade é cui-

dar da saúde finan-

ceira da empresa,

interpretando os principais

indicadores e auxiliando na

tomada de decisões. Mas por

uma distorção do sistema tri-

butário brasileiro, o contador

brasileiro hoje perde grande

parte de seu tempo traba-

lhando para o governo, reco-

lhendo tributos e cumprindo

obrigações acessórias. Nas

empresas mais bem estrutu-

radas, esta real função do

contador é exercida pelo con-

troller, que na maioria das ve-

zes é um contador de forma-

ção, mas com uma visão mais

ampla em administração, ne-

gócio e tecnologia.

A Controladoria tem como

funções principais exercer os

controles contábeis, financei-

ros, orçamentários, operacio-

nais e patrimoniais da institui-

ção. Com sua visão ampla e

generalista, o controller in-

fluencia e assessora todos os

outros departamentos da em-

presa, onde as informações

são geradas e colocadas à dis-

posição dos executivos para a

tomada de decisões. O con-

troller tem papel importante,

gerando informações confiá-

veis e eficazes, supervisio-

nando os setores de Contabili-

dade, finanças, administra-

ção, informática e recursos

humanos, tomando decisões

que envolvem a todos e princi-

palmente atuando constante-

mente em mudanças, como

de mercado, tecnologias, sis-

10 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O lado criativo daContabilidade

Para o presidenteda APC, a

Contabilidadeevolui com o mundodos negócios, mas

o termoContabilidade

Criativa vem sendousado de forma

pejorativa

Free

Pik

Como a academia vêessa questão

Otermo Contabilidade Criativa ganhou

notoriedade nos últimos meses

quando a Petrobras publicou o

balanço do segundo trimestre e

mudou a forma de apresentar sua dívida

exposta à variação cambial, elevando assim os

resultados em cerca de R$ 7 bilhões. A operação

foi totalmente legal, mas foi vista pelo mercado

como maquiagem, já que a empresa vem sendo

alvo de denúncias de superfaturamento na

compra da refinaria de Pasadena (EUA) e mais

recentemente por conta de desvios de recursos

para alimentar um gigantesco esquema de

pagamento de propina. Mas o que vem a ser a

Contabilidade Criativa?

Na opinião de Irineu De Mula, presidente da

Academia Paulista de Contabilidade (APC) e ex-

presidente do Ibracon (1994-96) e do CRC-SP

(1998-99), o termo Contabilidade Criativa vem

sendo usado de forma pejorativa. “Ela é criativa

pois cria para o mal, mas não necessariamente é

isso. A Contabilidade é uma ciência social, que

cresce, se movimenta, se modifica, se amplia

em conformidade com o mundo dos negócios.

Se eu crio uma operação que antes não existia,

evidentemente preciso fazer uma norma

contábil para isso. Não é a Contabilidade que foi

criativa, mas a governança das empresas que

criaram novas oportunidades de negócios”,

observa De Mula, lembrando que a área

financeira costuma ser extremamente

criativa, a engenharia financeira dos

grandes bancos, por exemplo, estão

sempre criando operações para

sobrepujar seus concorrentes.

Para o presidente da APC,

abordando a questão

tecnicamente, sem considerar o

momento político, a Petrobras

adotou um procedimento

contábil no reconhecimento

das variações cambiais

totalmente correto. “A

operação foi taxada de Contabilidade

Criativa, mas na verdade ela estava

absolutamente alinhada com a Norma

Internacional (IFRS) ao qual estamos

convergindo. A Norma Internacional reconhece

os resultados daquela maneira em

determinadas circunstância. Se você usou nas

circunstâncias apropriadas, não tem nada de

criativo, pois se está adotando um

procedimento preconizado pela IFRS que não se

adotava antes, mas que nada tem de errado,

não deve merecer dos auditores uma ressalva

ou coisa do tipo. Se diz que, com isso, o governo

reduziu uma perda enorme de bilhões de reais,

mas o procedimento estava suportado por uma

norma internacional. Não tem nada de criativo,

tem sim de evolutivo”, argumenta.

De acordo com o presidente da APC, no

mundo todo, e também no Brasil, os escândalos

que ocorreram são tidos como contábeis, o que

ele discorda. “Os escândalos são corporativos,

muitos deles criados dentro dos gabinetes da

presidência do conselho de administração e

com a anuência dos gestores. Essas fraudes

muitas vezes sequer tiveram a participação de

um contador, mas depois virou um escândalo

contábil. Na verdade, a Contabilidade revela o

escândalo por meios dos registros contábeis, ela

não faz o escândalo”, afirma. “A Contabilidade

Criativa quase sempre é interpretada como o

mau uso contábil, algo que veio para

escamotear a verdade. Se confunde o termo

criativo com Contabilidade evolutiva. A

Contabilidade evolui, assim como o mundo dos

negócios”, completa.

De Mula afirma que a área fiscal é um setor

em que a Contabilidade Criativa pode ser

utilizada para gerar economia, com

procedimentos aceitos pelo Fisco, mesmo que

sem embasamento técnico-científico como

Contabilidade. “Se sou o administrador de um

patrimônio, tenho de defender esse patrimônio.

Se eu adotar um procedimento que não está de

acordo com a Contabilidade como

ciência, mas que é aceito pela

Receita e vai me propiciar uma

economia fiscal, estou preservando

o patrimônio da entidade que me

contratou para desempenhar essa

função. Pode ser que o auditor faça

uma ressalva de que não está em

conformidade com as normas

contábeis como ciência, mas será

uma ressalva com louvor, como se

diz no jargão dos auditores, pois

gerou uma economia e a Receita

aceita que seja desse jeito. Aí sim, se pode dizer

que é criativa”, diz.

De Mula ressalta que a Contabilidade tem

princípios, tem normas, que é uma ciência

social. “Se eu tenho uma operação nova, terei

também um procedimento contábil novo. A

operação é que foi criativa. A adoção contábil é a

mesma, seguindo os princípios das normas de

Contabilidade”, comenta. “Não se pode usar a

Contabilidade para acobertar atos de

simulação, isso é o mau uso da Contabilidade,

que não está alinhada aos princípios contábeis e

não deve ser aceito por parte do contador.

Porém, muitas vezes o contador não tem a

independência de fazer o que deseja”.

Nesta entrevista, Fer-

nando Dal-Ri Murcia,

professor do Departa-

mento de Contabilidade e

Atuária da FEA-USP, conta

como a academia enxerga a

questão da Contabilidade

Criativa, que tem sido tema

de estudos. Formado em Bu-

siness Management pela

Webber International Univer-

sity e em Contabilidade pela

Univali, Murcia é Mestre em

Contabilidade pela Universi-

dade Federal de Santa Cata-

rina e Doutor em Controlado-

ria e Contabilidade pela Uni-

versidade de São Paulo.

Diário do Comércio - Existea chamada ContabilidadeCriativa? O que é?

Fernando Dal-Ri Murcia -

Uma das características fun-

damentais da Contabilida-

de, segundo as normas, é a

representação fidedigna de

um fenômeno econômico.

Para isso, a Contabilidade

deveria ser realizada de ma-

neira neutra, sem viés. Acon-

tece que existe um ser hu-

mano fazendo a Contabilida-

de, que pode não agir sem-

pre de maneira neutra e

imparcial. Então, a Contabi-

lidade Criativa ou o chamado

gerenciamento de resulta-

dos, existe sim. Ela pode ser

definida como a utilização

oportunista da discriciona-

riedade existente nas nor-

mas contábeis para alterar

os resultados da empresa.

Há estudos acadêmicossobre o tema?

Sim, esse assunto é bas-

tante estudado no âmbito

acadêmico. Já existem diver-

sas pesquisas no âmbito na-

cional e internacional que

comprovam que algumas

empresas gerenciaram seus

resultados em razão de di-

versos incentivos econômi-

cos. Em alguns casos, essas

empresas se utilizaram da

Contabilidade Criativa para

aumentar seus lucros, para

atingir projeções de analistas

no mercado de capitais ou

cumprir cláusulas contra-

tuais de empréstimos. Em

outro caso, se busca reduzir

os lucros para pagar menos

impostos. Existem ainda ca-

sos de empresas que se utili-

zaram da Contabilidade Cria-

tiva para suavizar os resulta-

dos ao longo de um período

de tempo.

Há casos no Brasil em que aContabilidade Criativa foiutilizada?

Sim, mas pesquisas de-

monstram que ocorre Conta-

bilidade Criativa em várias

partes do mundo. De manei-

ra geral, ambientes caracte-

rizados por baixa governan-

ça corporativa e baixa fiscali-

zação são mais propícios pa-

ra a sua ocorrênc ia . Em

outras palavras, quanto me-

nor o controle, a auditoria in-

dependente, a governança, a

fiscalização por órgãos inde-

pendentes, mais propicio é o

ambiente para a prática da

Contabilidade Criativa.

O que difere aContabilidade Criativa dafraude contábil?

A Contabilidade Criativa

envolve a utilização da flexi-

bilidade e discrecionarieda-

de existente dentro das nor-

mas contábeis. Nesse senti-

do, alguns defendem que

seria uma prática lícita, pois

seria como “achar uma bre-

cha numa lei de Direito” que

beneficiasse a empresa. Já a

fraude contábil envolveria

uma tentativa deliberada

de manipular a informações

financeiras da empresa e

implicaria a violação das

normas contábeis.

A área Fiscal é mais propíciaao uso da ContabilidadeCriativa pela complexidade dalegislação?

Concordo que a complexi-

dade pode gerar uma oportu-

nidade para a Contabilidade

Criativa. Entretanto, enten-

do que existem dois outros

fatores importantes que con-

correm para a ocorrência da

Contabilidade Criativa: a ra-

cionalização e a pressão. A

racionalização refere-se ba-

sicamente em como o indivi-

duo enxerga a Contabilidade

Criativa. É aquela história de

que “sonegar impostos é nor-

mal, pois todo mundo sone-

ga”. Já a pressão tem relação

com os incentivos que o con-

tador ou a empresa tem para

engajar em Contabilidade

Criativa. Por exemplo, a em-

presa pode ter um incentivo

para atingir um determinado

resultado ou meta esperada

pelo mercado. Quanto maior

a pressão, maior a chance de

Contabilidade Criativa.Fernando Dal-Ri Murcia

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Irineu De Mula,da APC: Se eutenho umaoperaçãonova, terei ump ro c e d i m e n t ocontábil novo.A operação éque foicriativa.