ESPECIAL
Corbis
Hoje se comemora o Diado Contador. A data teve
origem na criação docurso superior de
Ciências Contábeis eAtuariais em 22 desetembro de 1945.
São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2014www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedor
Parabéns aoherói da
Contabilidade
2 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014
‘Quandocrescer
quero sercontador ’
Ainda é raro ouvir umacriança fazer essa
afirmação, mas a profissãovem se popularizando
Carlos Ossamu
Aárea contábil é vasta
e repleta de oportu-
nidades, mas ainda
prevalece a ideia de
que é uma profissão burocráti-
ca. Mas para Zulmir Ivânio Bre-
da, vice-presidente de Desen-
volvimento Profissional e Ins-
titucional do Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), isso
vem mudando, tanto é verda-
de que o curso de Ciências
Contábeis já é o quarto mais
procurado no Brasil. Conheça
mais sobre a profissão de con-
tador nesta entrevista.
Diário do Comércio - Muitosacham que a profissão contábilé burocrática e chata. O que osenhor diria ao jovem quepensa em seguir estaprofissão?
Zulmir Ivânio Breda - Eu diria
que esta visão é de um tempo
passado, que não reflete a rea-
lidade dos dias atuais, mas
que infelizmente ainda per-
manece no subconsciente das
pessoas. A Contabilidade mu-
dou muito no mundo todo, in-
clusive no Brasil, e hoje está
em um patamar diferente em
relação há alguns anos.
Quais foram os motivos?Foram vários fatores, mui-
tos relacionados às crises eco-
nômicas que vários países ain-
da estão vivendo. A economia
mundial foi abalada na crise
econômica americana de
2007/08, muito pela falta de
controle das empresas e das
instituições financeiras. A par-
tir dali houve uma reformula-
ção das legislações para dar à
Contabilidade uma importân-
cia maior dentro das organiza-
ções, como ferramenta para
controle das operações e ativi-
dades, assim como um instru-
mento para assessoramento
para tomada de decisões.
Qual é hoje o papel docontador?
Hoje o profissional da Con-
tabilidade participa muito
mais das decisões estratégi-
cas dentro das organizações
do que no passado. Isso por-
que a Contabilidade não só
trabalha com informações re-
trospectivas, dados do patri-
mônio só para fins estatísticos
ou fins tributários para o Fisco,
mas também com informa-
ções de cenários futuros, en-
volvendo a área de Controla-
doria, custos, gerenciamento
financeiro, enfim, uma série
de outras atividades que a
Contabilidade realiza dentro
de uma empresa. A importân-
cia deste profissional vem
crescendo – nos EUA a profis-
são contábil é a segunda mais
demandada, houve a abertu-
ra de mais de 30 mil vagas nos
últimos dois anos, segundo re-
vistas especializadas.
E a procura no Brasil?Aqui no Brasil, a procura por
vestibulares em Ciências Con-
tábeis tem aumentado a cada
ano e já é o quarto curso em
número de matrículas nas uni-
versidades públicas e priva-
das. Estes são dados oficiais
do Ministério da Educação.
A que se deve esta grandeprocura, já que a profissão étida como chata e burocrática?
O mercado está demandan-
do muito este profissional e já
começa a ter falta de mão de
obra qualificada. Quando o
mercado demanda muito um
profissional, essa informação
chega aos alunos e eles dire-
cionam suas opções para as
áreas com maiores oportuni-
dades. Assim, o mercado hoje
está altamente aquecido para
os profissionais da Contabili-
dade, explicando o fato de o
curso de Ciências Contábeis
ser o quarto mais procurado no
Brasil - há em torno de 350 mil
estudantes de Ciências Contá-
beis no País. A profissão está
em alta nas empresas, nos ór-
gãos públicos e até mesmo nas
entidades do Terceiro Setor.
As empresas de auditoria
buscam alunos nasuniversidades para formar mãode obra, não é mesmo?
Sim, isso é verdade, pois as
empresas de auditorias preci-
sam de profissionais diferen-
ciados. Elas buscam alunos
nas faculdades para moldar a
sua formação. A nossa legisla-
ção prevê esta possibilidade
de o aluno, ainda durante o
seu período de formação, já
trabalhar em serviços auxilia-
res da profissão, desde que su-
pervisionado por um profissio-
nal registrado. Isso serve até
mesmo como estágio curricu-
lar na faculdade, além de trei-
namento naquela empresa
que possivelmente irá contra-
tá-lo no futuro.
O senhor avalia que aresponsabilidade desteprofissional tem crescido nosúltimos anos?
Sim, a responsabilidade so-
bre o trabalho se dá quando
ele assina os demonstrativos
contábeis e divulga as infor-
mações. Imagine a importân-
cia disso no âmbito das em-
presas que trabalham no mer-
cado de valores imobiliários
ou sistema financeiro. A res-
ponsabilidade é muito gran-
de, influenciam as decisões de
investidores, acionistas, so-
bre os seus capitais investi-
dos. As decisões dos investi-
dores partem dos demonstra-
tivos contábeis que são assi-
nados pelos contadores.
Agora mais recentemente es-
sa responsabilidade ficou
maior em situações que envol-
vem a lei contra a lavagem de
dinheiro, que obriga o profis-
sional da Contabilidade a in-
formar aos órgãos governa-
mentais, como o Coaf (Conse-
lho de Controle de Atividades
Financeiras), as operações
suspeitas de lavagem de di-
nheiro, sob pena de responsa-
bilidade se não der essa infor-
m a ç ã o.
A educação continuada éintensa neste setor.Fale sobre ela.
Divulgação
É verdade e isso já começa
no ingresso na profissão, pois
para ter o registro no CRC é
preciso passar no Exame de
Suficiência, demonstrando o
mínimo de condição técnica
para exercer a profissão. Só
existem duas profissões no
Brasil que aplicam esta prova
para quem vai ingressar no
mercado: advogados e conta-
dores. Depois que ele ingressa
na profissão, já com o registro,
tem a educação continuada. A
profissão exige uma atualiza-
ção constante em função da
complexidade da legislação.
Em relação aos auditores, es-
sa educação continuada é
obrigatória, controlada pelo
CFC – o profissional tem de
cumprir uma carga mínima de
treinamento por ano e provar
que cumpriu esta capacita-
ção. Isso ainda é restrito aos
profissionais que atuam em
auditoria, mas já estamos tra-
balhando com a ideia de es-
tender essa obrigação a ou-
tros segmentos.
Quais os principais camposde atuação profissional docontador?
Esta é uma profissão que
atua em vários segmentos do
mercado, apresentando uma
diversidade grande de op-
ções. Ele pode montar a pró-
pria empresa de Contabilida-
de e prestar serviços para ou-
tras empresas. No Brasil, te-
mos quase 80 mil escritórios
de Contabilidade. Tem a ativi-
dade de auditoria, uma área
especializada e que deve ter
em torno de mil empresas que
atuam neste setor. Outra op-
ção é trabalhar em um depar-
tamento de Contabilidade de
alguma organização. As em-
presas de médio e grande por-
te quase sempre preferem
realizar a Contabilidade inter-
namente. A área pública tam-
bém é um bom campo para es-
te profissional. O Terceiro Se-
tor também emprega uma
grande quantidade de pes-
soas. São entidades sem fins
lucrativos, como as organiza-
ções não governamentais
(ONGs), fundações e associa-
ções, que possuem uma legis-
lação própria.
Zulmir Ivânio Breda, do CFC
Hoje é umdia para secomemorar
Senador João Lyra, considerado o patronodos profissionais da Contabilidade
Aclasse contábil estáem festa: hoje se co-memora o Dia do Con-
tador. A data se deve ao De-creto nº 7.938, de 22 de se-tembro de 1945, que criou ocurso superior de CiênciasContábeis e Atuariais, queconfere o grau de bacharelaos formandos. Até então,todos os profissionais daárea eram técnicos, sendoconsiderados equivalentesas denominações de guarda-livros, contador, perito judi-cial e perito contador. Já nes-ta época, o registro do diplo-ma era obrigatório.
Meses depois, em 27 demaio de 1946, foi sancionadoo Decreto Lei nº 9.295, queestabeleceu a criação doConselho Federal de Conta-bilidade (CFC) e a definiçãodas atribuições do contadore do guarda-livros. O seu ar-tigo 2º preconiza que cabe ao
CFC e aos CRCs (ConselhosRegionais de Contabilidade)exercerem a fiscalização doexercício da profissão decontabilista, assim enten-dendo-se os profissionais ha-bilitados, como contadores etécnicos em Contabilidade.
A história da regulamen-tação da profissão de Conta-bilista tem seu início no Im-pério. Com a edição do Códi-go Comercial Brasileiro, san-cionado pelo imperador D.Pedro II, em 1850, o guarda-livros passou a ser considera-do um agente auxiliar do co-m é rc i o.
Em 1915, foi fundado oInstituto Brasileiro de Conta-dores Fiscais, a primeira enti-dade para congregar conta-bilistas de que se tem notícia
no País. No ano seguinte, fo-ram fundados a Associaçãodos Contadores de São Pauloe o Instituto Brasileiro deContabilidade, no Rio de Ja-neiro. Em 1924, foi realizado,no Rio de Janeiro, o 1º Con-gresso Brasileiro de Contabi-lidade, liderado pelo sena-dor João Lyra, quando foi ini-ciada a campanha para a re-gulamentação da profissãode contador e para a reformado ensino comercial.
Em 1930, o Brasil passoupela maior convulsão políti-ca de sua história, que culmi-nou na instalação no poderdo governo provisório de Ge-túlio Vargas, que imprimiugrande ímpeto às mudançasinstitucionais que levaram àregulamentação de váriasprofissões, entre as quais, ade contabilista.
A profissão foi crescendoem números absolutos e em
importância para a econo-mia do País. Em 1943, o ensi-no comercial e a regulamen-tação profissional foramcomplementados e consoli-dados pelo Decreto-lei nº6.141 e, em 1945, pelo Decre-to nº 7.938, consolidou-se oensino técnico em grau supe-rior em Contabilidade.
Faltava a criação do CFCpara a regulamentação defi-nitiva da profissão. Uma con-venção foi realizada em ou-tubro desse ano, com a parti-cipação de várias autorida-des para reivindicar a criaçãodo Conselho. Finalmente, em27 de maio de 1946, foi assi-n a d o o D e c r e t o - l e i n º9.295/46 e a história da Con-tabilidade entrou numa novafase. Os meses seguintes àedição do decreto foram to-mados em articulações paraa criação dos Conselhos Re-gionais nos vários Estados.
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 3
Tudo vai muitobem no setorcontábilNeste Dia do Contador, o presidente do CRC-SP,Claudio Filippi, deixa uma mensagem de confiançaa todos os profissionais da Contabilidade
Para o presidente do
Conselho Regional de
Contabilidade do Es-
tado de São Pau lo
(CRC-SP), Claudio Filippi, a
Contabilidade brasileira vive
um excelente momento: os
profissionais estão valoriza-
dos, não há desemprego no
setor, o nível de conhecimen-
to dos profissionais vem cres-
cendo e as normas internacio-
nais estão chegando à área
pública. Nesta entrevista, o
presidente do CRC-SP fala so-
bre o setor, o perfil do novo
profissional e deixa uma men-
sagem de confiança no futuro
aos contadores que estão co-
memorando o seu dia e aos de-
mais profissionais da área.
Diário do Comércio - Qual asua avaliação sobre o cenárioatual do setor contábil, asconquistas recentes e osdesafios da profissão?
Claudio Filippi - Enquanto o
mundo, e também o Brasil,
passa por uma crise financeira
e econômica, significando
uma queda nas atividades,
ocorre o contrário com a Con-
tabilidade, um setor que está
em franca evolução: os técni-
cos em Contabilidade estão
sendo incentivados a fazerem
os cursos de graduação; as
IFRS, as normas internacio-
nais, estão sendo revisadas,
outras novas chegarão, subs-
tituindo algumas anteriores;
as normas internacionais es-
tão chegando à área pública,
estão em plena implementa-
ção; e não há desemprego pa-
ra os bons profissionais. Já os
maiores desafios são a melho-
ra no nível de ensino, melhor
capacitação dos docentes,
atualização do profissional em
si, para que ele possa transmi-
tir aos seus clientes suas ne-
cessidades e evitar proble-
mas em relação à lavagem de
dinheiro, entre outros.
O senhor comentou sobremelhora do nível do ensino e docorpo docente. Existe algumindicador que mostre comoestá o nível dos cursos deCiências Contábeis? O Examede Suficiência seria umtermômetro?
O Exame de Suficiência é
um termômetro, pois é basea-
do nas matérias que o aluno
acabou de cursar, seja técnico
ou universitário. O grau de
aprovação tem se mantido es-
tável, mostrando que algu-
mas escolas precisam melho-
rar a sua qualidade de ensino.
Os professores precisam ter
tempo suficiente para se atua-
lizarem, mas muitas vezes
eles não têm esse tempo.
Qual o perfil do profissionalde Contabilidade do século 21?
Ele deve estar preparado
para se manter atualizado em
tecnologia e informática, que
e v o l u i a
t o d o m o-
m e n t o , e e m
matérias técnicas; precisa co-
nhecer o ambiente global eco-
nômico e financeiro, tem de
conhecer bem os negócios
dos seus clientes, poder se co-
municar em outras línguas, no
mínimo a língua inglesa; estar
atualizado em matérias tribu-
tárias, tanto nacional quanto
internacional, para que ele
possa dar orientação adequa-
da aos clientes com negócios
internacionais. A atualização
do profissional é diária: se hoje
há uma lei, semana que vem
aparece outra, além disso, é
preciso ver as tendências in-
ternacionais. Existem algu-
mas normas internacionais
que estão sendo revisadas e
atualizadas, oportunamente
elas serão traduzidas e divul-
gadas para serem discutidas e
aplicadas no Brasil.
A especialização em setoresespecíficos é uma tendência nosetor?
Temos de focar este tema
em dois ângulos: primeiro, o
profissional da Contabilidade
tem de escolher
seu campo de
ação, se vai tra-
balhar em um
escr i tó r i o de
Contabilidade, se vai
fazer escrituração, se vai tra-
balhar na área tributária, se
vai ser um perito, um auditor
etc. Estes são campos de es-
pecialização. Dentro desses
campos, para ele conhecer os
negócios, ele precisa conhe-
cer setores especializados,
como indústria, comércio, ser-
viços ou o Terceiro Setor, que é
a grande novidade e que pede
outros tipos de especializa-
ções. No Terceiro Setor tem
empresas micro, pequena,
média ou grande, tem legisla-
ção e operações específicas.
Qual mensagem o senhordaria ao jovem que pretendeingressar na profissãocontábil?
Vamos imaginar aquele jo-
vem que está se graduando,
seja como técnico ou conta-
dor. Ao técnico, ele precisa ser
incentivado a fazer o curso de
graduação em Ciências Con-
tábeis. Para o universitário,
precisamos entusias-
má-lo a buscar a atuali-
zação e o curso de pós-
graduação, para que ele
possa escolher um cam-
po de especialização.
Seria bom que ele buscasse
um profissional de confiança,
experiente, para que fosse
bem orientado. Ele teria de do-
minar uma língua estrangeira,
ler os noticiários especializa-
dos, ter relacionamentos com
as entidades contábeis, que
sempre oferecem cursos de
especialização, e consultar
sempre os portais das entida-
des contábeis, que são ricos
em informações.
SXC
E qual mensagem osenhor daria neste Diado Contador?
Temos no Brasil a co-
memoração de três datas:
em janeiro (12) temos a do em-
presário contábil, em abril (25)
a do profissional de Contabili-
dade, antes chamado contabi-
lista, e agora em setembro (22)
o Dia do Contador. Com respei-
to às três datas, eu só posso me
congratular com quem tenha
escolhido esta profissão, que é
um verdadeiro sacerdócio. Ser
contador no Brasil tem algu-
mas dificuldades, mas não há
falta de emprego. Seja o em-
presário, seja profissional da
Contabilidade ou o contador
que está festejando o seu dia,
que todos tenham plena con-
fiança no futuro, pois o nosso
setor vai muito bem.
Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici
Ed i to r - Ch e feJosé Guilherme
Rodrigues Ferreira
Edição e reportagemCarlos Ossamu
D iagramaçãoLino Fernandes
Gerente Executivade Publicidade
Sonia Oliveira
Telefone: 3180-3029s o l i ve i ra @ a c s p. co m . b r
4 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Caminhos para seespecializar no Terceiro Setor
Este segmento vem crescendo rapidamente no Brasil e ainda carece de profissionais especializados
OTerceiro Setor é
uma das estrelas
hoje da Contabili-
dade. Muito profis-
sionais estão se especializan-
do nesta área por diversos mo-
tivos, mas principalmente pe-
lo seu crescimento, melhor
remuneração e também a
oportunidade de contribuir
para o desenvolvimento so-
cial da comunidade ou País.
Estimativas internacionais
calculam que o Terceiro Setor
movimente 6% do PIB mundial
e empregue 12 milhões de
pessoas no mundo. O seg-
mento é composto por institui-
ções sem fins lucrativos, que
geram bens e serviços de ca-
ráter público, como ONGs, ins-
tituições religiosas, entidades
beneficentes, centros sociais,
organizações de voluntaria-
do, entre outros.
Jair Gomes de Araújo, presi-
dente do Sindicato dos Conta-
bilistas de São Paulo (Sind-
cont-SP) é um profissional es-
pecializado no Terceiro Setor.
Ele explica que, apesar de as
pessoas jurídicas atuantes
neste setor serem identifica-
das como ONG (organização
não governamental), OSCIP
(organização da sociedade ci-
vil de interesse público), OS
(organização social), Institu-
to, Instituição etc, elas são ju-
ridicamente constituídas sob
a forma de associação ou de
fundação. “Hoje, o profissio-
nal da Contabilidade percebe
que precisa ter um foco na
área que pretende se dedicar.
Pode ser, por exemplo, no Ter-
ceiro Setor, construção civil ou
outras atividades. No Terceiro
Setor existem diversas legis-
lações específicas, que exi-
gem uma atenção direta do
p ro f i s s i o n a l ”, diz Araújo.
Segundo o presidente do
Sindcont-SP, por ser uma área
es pe cia l i za-
da, o Terceiro
Setor oferece
uma remune-
ração maior,
e m m é d i a
1 5 % a m a i s
em compara-
ção a á reas
mais tradicio-
nais da Conta-
bilidade. “H o-
j e h á u m a
g r a n d e d e-
manda desse
m e r c a d o e
u m a b u s c a
por profissio-
nais especia-
lizados. Além
do alto grau
d e c o m p ro-
m e t i m e n t o
que o profis-
sional precisa
ter com as en-
tidades, estas se sentem mais
seguras em trabalhar com um
especialista, que conhece
bem a legislação”, diz.
Em sua opinião, para o estu-
dante da área contábil, trata-
se se de uma boa oportunida-
Divulgação
de para construir uma carrei-
ra. “Ele pode iniciar em uma
área que tem boa demanda,
ser recompensado financeira-
mente e ainda ter uma satisfa-
ção pessoal, atuando em uma
área em que ele está contri-
buindo para a responsabilida-
de social. Ele trabalha onde
gosta, onde ele percebe que
há um ganho social”, diz.
Mas como se iniciar nesta
carreira? Araújo diz que há vá-
rios livros sobre o tema, mas o
mais importante é participar
das entidades contábeis, co-
mo o Sindicato dos Contabilis-
tas de São Paulo. “Lá temos
dias específicos em que so-
mente são estudados temas
do Terceiro Setor. No Sindi-
cont-SP temos o Cettese (Cen-
tro de Estudos Técnicos do Ter-
ceiro Setor), voltado exclusi-
vamente para esta área.
Acompanhando as palestras,
o profissional é introduzido na
área e passa a entender as
questões particulares deste
s e g m e n t o”, comenta.
A perspectiva é de cresci-
mento futuro, porque o Brasil
ainda está em uma fase inicial,
se comparado a outros países.
“Apesar de sermos bem anti-
gos no Terceiro Setor –a primei-
ra Santa Casa do Brasil foi fun-
dada em 1542, em Santos, a
questão da especialização da
Contabilidade tem cerca de
dez anos. O Brasil ainda tem
um caminho grande a percor-
rer, seja na criação de entida-
des do Terceiro Setor ou de par-
cerias com órgãos públicos”.
Jair Gomes de Araújo
Qual a imagem que a socie-dade tem dos profissio-nais contábeis? Este é o
tema abordado por Renato Fer-reira Leitão Azevedo, professorda FIPECAFI (Fundação Institutode Pesquisas Contábeis, Atuariaise Financeiras) e pesquisador daFEA-USP (Faculdade de Econo-mia, Administração e Contabili-dade da Universidade de SãoPaulo) no livro “O Profissional daContabilidade - Desenvolvimen-to de Carreira, Percepções e seuPapel Social”, editado pela SenacSão Paulo (270 págs. R$ 69,90).
Segundo conta Azevedo, o con-tador quase sempre é percebidocomo introvertido, impessoal, me-tódico, conservador, entre outrosestereótipos. “Há um desconheci-mento das pessoas em relação à
profissão. Muitos se espantam aosaber que a Contabilidade é umaciência social e não uma ciênciaexata, apesar de lidar com núme-ro s”, diz Azevedo.
Formada pela junção das pala-vras "cont(ar)" e "(h)abilidade", aContabilidade designa literalmen-te a aptidão para contar, e trata-sede uma profissão que identifica,mensura e comunica informaçõeseconômicas envolvendo o conta-dor e seu cliente. “Além do signifi-cado de mensurar, contar tambémse refere a comunicação (contaruma história) e confiança (contecomigo). Assim, se exige desse pro-fissional mais do que a competên-cia com números: também é neces-sário saber interpretar e comunicaressas informações, ou seja, ele de-ve reunir conhecimento técnico e
humanista para que tenha um pa-pel de destaque em um contextoglobal e tecnológico”, observa.
Azevedo comenta que até osanos 90 no Brasil o contador eravisto como um profissional “c h ato”,introvertido, mas honesto. Com aabertura do mercado, o contadorteve uma maior abertura para par-ticipar da gestão das empresas,planejar investimentos, e com issoser mais criativo. “Mas isso de certaforma afetou aquela imagem dehonestidade. Na mídia, quandoaparece uma notícia envolvendoum contador, ele quase sempre es-tá ligado a fraude contábil”, diz.
Outra imagem que o público emgeral tem é de que se trata de umaprofissão predominantementemasculina, o que vem mudando ra-pidamente, “Nos cursos de Ciên-
cias Contábeis,60% dos alu-nos são mulhe-re s”, conta Aze-vedo. No últi-m o l e v a n t a-m e n t o f e i t opelo ConselhoF e d e r a l d eCo nt a b il i d a d e,a proporção,entre técnicose contadores,estava em 59% homens e 41% mu-lheres. “O curioso é que na China aContabilidade é uma profissão tra-dicionalmente exercida por mu-lheres, mais organizadas e deta-lhistas. Por aqui, as mulheres estãoganhando espaço, mas os saláriossão menores em comparação aosh o m e n s”, observa.
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Renato F. L.Azevedo: asmulheres estãoganhandoespaço, mascom saláriosmenores.
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A sociedade ainda desconhece a profissão
segunda-feira, 22 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 5
Ela comanda a área maisimportante do CRC -SP
Márcia Ruiz Alcazar évice-presidente de
Fiscalização, Ética eDisciplina da entidade,que acaba de abrir uma
sindicância contra atécnica em
Contabilidade MeirePoza, que trabalhavapara o doleiro Alberto
Yo u s s e f
No início deste mês,
um comunicado no
site do CRC-SP infor-
mava: “O ConselhoRegional de Contabilidade do Es-tado de São Paulo (CRC-SP) co-munica que, em razão de maté-rias veiculadas na mídia, abriusindicância para apuração de su-postas irregularidades profissio-nais da técnica em ContabilidadeMeire Bomfim da Silva Poza”. As
matérias veiculadas a que se
refere a nota pipocaram na im-
prensa após a técnica dar en-
trevista à revista Veja sobre a
chamada Operação Lava a Ja-
to da Polícia Federal, que levou
o doleiro Alberto Youssef à pri-
são em março. Meire Poza era
responsável por manusear
notas fiscais frias, assinar con-
tratos de serviços que jamais
foram feitos e montar empre-
sas de fachada destinadas à
lavagem de dinheiro. Esta sin-
dicância está sendo realizada
pela Vice-presidência de Fis-
calização, Ética e Disciplina do
CRC-SP, área comandada pela
contadora Márcia Ruiz Alca-
zar. Nesta entrevista, Márcia
conta como atua este setor,
quais os casos mais comuns
de denúncias que a entidade
recebe e como o profissional
pode se precaver para não ter
problemas desta natureza.
Diário do Comércio - Ter umcontrato seria o primeiro passopara evitar conflitos com ocliente?
Márcia Ruiz Alcazar - Não
apenas ter um contrato. A re-
lação que um contador tem de
ter com seu cliente deve ser
formal, mesmo no dia a dia,
com memorandos, atas de
reuniões, para que se possa
registrar e documentar as de-
cisões que foram tomadas, ter
um histórico. Diante de tanta
complexidade, em caso de al-
gum problema, é comum o
cliente dizer que não sabia
que deveria ter tal procedi-
mento e transferir a culpa ao
contador. Nós sempre reco-
mendamos que seja uma rela-
ção formal.
Ter um contrato formal éuma prática habitual no setor?
Sendo uma empresa de
Contabilidade ou um contador
terceirizado, já há alguns anos
é obrigatório manter um con-
trato de prestação de servi-
ços. Se não tiver o contrato, o
contador pode ser penalizado.
Além de ser uma garantia na
relação, a questão do contrato
é normativo em termos de
exercício profissional. O Con-
selho Federal de Contabilida-
de (CFC) regulamentou a obri-
gatoriedade do contrato de
prestação de serviços.
Como atua a área deFiscalização do CRC-SP?
Temos basicamente duas
principais frentes, a preventi-
va e a corretiva. A preventiva
trabalha muito em cima das
metas que são estabelecidas
pelo CFC. Temos metas de fis-
calização de organizações
contábeis, profissionais e ins-
tituições em geral. Existem re-
latórios de gestão, um plane-
jamento de trabalho, presta-
ção de contas e uma avaliação
técnica desenvolvida dessas
organizações que estão sob a
nossa lei de regência. Já a cor-
retiva é aquela que vem de de-
núncias e a abertura de sindi-
cância. Existe todo um rito
processual, com detalhamen-
to na apuração dessa sindi-
cância para dar oportunidade
à parte denunciada se mani-
festar, se defender e expor a
sua versão dos fatos.
O que ocorre após orecebimento de uma denúncia?
Há todo um processo de
apuração e investigação, com
a oportunidade de ampla defe-
sa do denunciado. Se o profis-
sional apresentou tudo o que
foi solicitado, comprovou a re-
gularidade do exercício profis-
sional, a sindicância é arquiva-
da e ele não sofre nenhuma pe-
nalidade. Por outro lado, se ele
tem dificuldade na comprova-
ção e mostra que de fato teve
uma incapacidade técnica ou
que não cumpriu com o código
de ética da profissão, isso gera
um auto de infração. A penali-
dade administrativa mínima
equivale a multa de uma anui-
dade e a penalidade ética mí-
nima é uma advertência reser-
vada. Existe uma escala de
agravamento. Por exemplo,
uma reincidência na penalida-
de ética pula de advertência
reservada para censura reser-
vada. Se ele comete nova irre-
gularidade, a censura reserva-
da muda para censura pública.
Essa escala vai subindo e a pe-
nalidade pode chegar a sus-
pensão e até a cassação do re-
gistro profissional.
Se o profissional nãoconcordar com a pena, há
possibilidade de recorrer?Ao receber uma penalidade
no CRC-SP em primeira instân-
cia, o profissional pode acio-
nar a Câmara de Recursos. Se
mesmo assim for mantida a
decisão, ele ainda tem a possi-
bilidade do recurso no CFC.
Sempre há a homologação
das penalidades no CFC.
Quais os casos mais comunsde denúncias que chegam aoCRC -SP?
Temos muito casos de clien-
tes que alegam prejuízos rela-
cionados a alguma orientação
equivocada que receberam
do contador. Também há ca-
sos de apropriação indébita –o
cliente diz que o contador ti-
nha a senha bancária para fa-
zer todos os pagamentos de
tributos e contribuições. Mui-
tas vezes, os profissionais são
envolvidos em uma situação
em que o cliente transfere to-
da a sua deficiência de contro-
le interno para o contador. O
fato de não ter uma relação
formal, registrada e documen-
tada, dificulta ainda mais a
comprovação se aquele di-
nheiro que o contador recebeu
era de honorários ou de tribu-
tos e contribuições.
Há outros casos maiscomuns?
Outro caso relevante é re-
FreePik
lacionado ao registro profis-
sional. Muitas empresas com
departamentos de Contabili-
dade mantêm em suas estru-
turas o contador que assina o
balanço com registro ativo e
regular, mas a equipe da Con-
tabilidade muitas vezes não
tem registro para exercer a
profissão. Este é um proble-
ma sério e que ocorre em um
número significativo. E a cul-
pa cai sempre sobre o conta-
dor –veja o risco que este pro-
fissional corre. A infração é
de acobertamento ao não re-
gistrado. O contador que tem
em sua equipe no departa-
mento de Contabilidade um
funcionário que não tem re-
gistro no CRC devidamente
regular está acobertando um
não habilitado a exercer a
profissão. Ele é penalizado
por isso, pois responde pelo
código de ética da profissão.
Ele até pode alegar que não
foi responsável pela contra-
tação, que é apenas um em-
pregado, mas é seu dever
que a sua equipe tenha as
condições técnicas para de-
senvolver o que é uma prerro-
gativa da profissão.
O que a senhora podeadiantar sobre a sindicânciaaberta contra a técnica emContabilidade Meire Poza?
Esta é outra forma de fazer
a fiscalização, por meio de
notícias de escândalos que
são veiculadas na imprensa.
Neste caso, temos o dever de
abrir uma sindicância para
apurar os fatos. Se ficar ca-
racterizado que efetivamen-
te ela descumpriu com o códi-
go de ética, ela será penaliza-
da. Nós iremos atrás da cole-
ta de provas, começando
com o que foi veiculado na
imprensa, vamos atrás de
elementos junto ao Ministé-
rio Público, Polícia Federal
para pegar detalhes dos pro-
cessos. Posteriormente, ela
será convidada a se manifes-
tar, pois tem os mesmos di-
reitos de ampla defesa. Tudo
isso será analisado e verifica-
do se tem algum vínculo com
a profissão – pode ser apenas
uma situação criminal e que
não haja irregularidade no
exercício da profissão.
Divulgação Wilson Dias/ABr
Márcia Ruiz Alcazar, do CRC-SP Meire Poza: sindicância aberta.
6 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Prepare-separa o
Exame deSuficiênciaCursos preparam candidatos para passar na prova e
assim obter o registro profissional
OExame de Suficiên-
c i a é uma prova
obrigatória, insti-
t u í d a p e l a L e i
12.249/2010 e pela Resolução
CFC 1.373/2011, destinada à
comprovação dos conheci-
mentos de alunos concluintes
dos cursos Técnico em Conta-
bilidade e do curso superior
em Ciências Contábeis. A
aprovação no Exame é um dos
requisitos para a obtenção ou
restabelecimento de registro
profissional em Conselho Re-
g iona l de Contab i l idade
(CRC). A prova ocorre duas ve-
zes ao ano e é composta de 50
questões, dos quais o candi-
dato deve acertar pelo menos
25 (50%). Menos de 40% dos
candidatos são aprovados.
Para ajudar os candidatos
neste último desafio antes de
conseguir o registro, o Institu-
to Monitor (www.institutomo-
nitor.com.br) oferece um cur-
so preparatório, que segundo
a instituição, tem obtido 100%
d e a p r o v a ç ã o . “ É u m
workshop presencial de 16 ho-
ras, realizado em dois sába-
dos antes do Exame. No pri-
meiro dia, os alunos revisam
todos os conceitos e fazem
exercícios; no segundo dia, o
professor pega o último Exa-
me de Suficiência, resolve e
c o me n t a ”, explica Ovídio Lo-
pes da Cruz Netto, diretor de
Serviços Educacionais do Ins-
tituto Monitor. “Como temos
um curso de Técnico em Con-
tabilidade, a maioria dos alu-
nos é desse curso, mas vem
crescendo a participação de
bacharéis, até porque o último
Exame de Suficiência para
técnicos ocorrerá em abril do
ano que vem –a partir de junho
de 2015 os CRCs não mais re-
gistrarão profissionais de ní-
vel técnico”, diz Netto.
O workshop
pre parató rio
para o Exame
de Suficiência
custa R$ 303
( 2 x d e R $
151,50) e con-
ta com cerca
de 15 alunos
p o r t u r m a .
“Todos os nos-
s o s a l u n o s
têm sido apro-
v a d o s , e m
2004, três de
nossos alunos
f i ca ram em
pr imeiro lu-
gar. Temos ex-
celentes ins-
talações, um
bom material
didático, tra-
dição em en-
sino e profes-
sores qualifi-
c a d o s , q u e
m i n i s t r a m
c u r s o s d e
Ciências Con-
tábeis em uni-
versidades”, afirma o diretor.
O Instituto Monitor possui
uma sede própria com 6.500
m² em São Paulo (Av. Rangel
Pestana, 1.105 – Brás) e tam-
bém está presente em mais
duas sedes nos Esta-
dos do
Rio de Janeiro e no Paraná
,além de 8 polos em parceria
com outras instituições e 16
polos in company.
Várias opçõesA IOB Folhamatic oferece
três produtos para quem vai
prestar o Exame de Suficiên-
cia: livro, curso preparatório
presencial e curso preparató-
rio a distância. Segundo expli-
ca Viviane Silva, gerente de
Educação da empresa, todo
material didático e planeja-
mento são elaborados com
base no edital publicado pelo
Conselho Federal de Contabi-
SXC
lidade (CFC) para cada exa-
me. “Este setor é muito dinâ-
mico e as mudanças na legis-
lação são constantes. Dessa
forma, novos temas podem
ser adicionados a cada prova.
Por essa razão, não é eficiente
o candidato estudar com
apostilas prontas encontra-
das na internet, pois elas não
estarão atualizadas”, diz Vi-
viane. “Fizemos um levanta-
mento com nossos alunos do
curso a distância que presta-
ram o primeiro Exame de Sufi-
ciência deste ano e a aprova-
ção foi de 83%, um número
muito bom”, afirma.
O livro Exame de Suficiência
em Contabilidade custa R$
152,10 no site www.iobsto-
re.com.br e também pode ser
adquirido pelo Televendas
(11) 2188-7777 ou em algu-
mas livrarias.
O curso preparatório pre-
sencial tem carga horária de
48 horas, sendo 40 horas no
auditório da empresa na Av.
Paulista e mais 8 horas de cur-
so pela internet. O curso é vol-
tado para bacharéis ou que es-
tejam concluindo o curso de
Ciências Contábeis. O preço
cheio é de R$ 1.530, mas estu-
dantes pagam R$ 765 e clien-
tes IOB, R$ 1.177. Já o curso
preparatório a distância, via
internet, tem carga de 90 ho-
ras, com uma parte ao vivo,
que permite a interação com o
professor via chat, e outra par-
te gravada. O preço cheio é de
R$ 1.380, estudantes pagam
R$ 690 e cliente IOB R$ 870.
Cruz Netto: oInstituto Monitor
oferece umworkshop.
Educação com entretenimento
O p esquisa-d o r e
profes sorde Contabilidade Governamentalda Universidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ), Marcos RobertoPinto, defendeu sua tese de douto-rado na Faculdade de Economia,Administração e Contabilidade daUSP (FEAUSP) no fim de abril, de-monstrando que a aplicação do jo-go eletrônico SimCity pode au-mentar os níveis de motivação e dedesempenho dos estudantes deContabilidade. Segundo ele, aspráticas convencionais de ensinonem sempre atendem a necessida-de dos jovens de hoje, os quais eledenomina de "estudantes nativosdigitais". O SimCity é um jogo desimulação que tem por objetivo
criar uma cidade e administrarseus recursos, de forma a evitar afalência e a expulsão do prefeito.
Intitulada "Educação com en-tretenimento: um experimentocom SimCity para curtir e aprendera Contabilidade Governamental",a tese foi orientada pelo professorEdgard Cornacchione, chefe doDepartamento de Contabilidade eAtuária da FEAUSP. Marcos Rober-to Pinto disse que a decisão de pes-quisar o assunto partiu da preocu-pação com os resultados apresen-tados pelos programas de educa-ção em Contabilidade. Ele citou oExame de Suficiência realizado pe-lo CFC (Conselho Federal de Conta-bilidade), que chega a reprovarmais da metade dos bacharéis.
A aplicação do jogo SimCity, de
acordo com o autor do estudo,possibilita ao aluno vivenciar umasimulação acerca da formação egestão de uma cidade e o desen-volvimento de um sistema de in-formações contábeis. Em seu tra-balho, Marcos Roberto Pinto de-monstra que os estudantes queutilizam o SimCity, inserido no am-biente de aprendizagem, têm me-lhores notas e se saem melhoresem testes-padrão.
"O emprego do jogo eletrônicose apresenta como uma inovaçãono processo de ensino, podendoser considerado um forte aliado nodesenvolvimento de estratégiasinstrucionais destinadas a um pú-blico que já nasceu sob a forte in-fluência dos aparatos digitais", su-gere o pesquisador.
O gameSimCity pode ser
usado para motivaralunos em sala de aula
ACOMPANHE A CONTÁBIL DP NAS REDES SOCIAIS
SERVIÇOS
SERVIÇOS
segunda-feira, 22 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 7
O setor contábil podeser altamente rentávelpara aqueles que abremo próprio escritório, masexige cuidados e muitotrabalho
F r e e Ve c t o r
José MariaChapinaAlcazar:formalizar orelacionamentocom o cliente éfundamentalpara evitarconflitos.
Evandro Monteiro / Hype
Vice-presidente da As-
sociação Comercial
de São Paulo (ACSP),
o contador José Maria
Chapina Alcazar é um líder
empresarial conhecido e ad-
mirado no meio contábil. Foi
presidente do Sescon-SP (Sin-
dicato das Empresas de Servi-
ços Contábeis e das Empresas
de Assessoramento, Perícia,
Informações e Pesquisas no
Estado de São Paulo) e do AES-
CON-SP (Associação das Em-
presas Contábeis do Estado
de São Paulo) por seis anos, de
janeiro de 2007 a dezembro de
2012. É sócio-fundador da Se-
teco Consultoria Contábil, em-
presa fundada juntamente
com sua esposa, Cátia Ruiz Al-
cazar, na sala de sua casa há
mais de 40 anos. Nesta entre-
vista, Chapina, como é mais
conhecido, dá dicas para pro-
fissionais da Contabilidade
que sonham em ter o próprio
n e g ó c i o.
Diário do Comércio – Para ocontador que está pensandoem ter o próprio negócio, serum empreendedor, quaisconselhos o senhor daria?
José Maria Chapina Alcazar -
Ele tem de começar primeira-
mente pensando no conheci-
mento, pois vai lidar com uma
diversidade grande de espe-
cializações – indústria, comér-
cio, serviços, todos com suas
características. Ele pode se
dedicar a um segmento eco-
nômico específico – no merca-
do tem gente que é especiali-
zado no Terceiro Setor, gente
que só faz indústria, que só faz
comércio, existem profissio-
nais que só prestam serviços
para empresas do Simples Na-
cional. Há uma ramificação
grande de atuação.
O que mais?Que ele não siga aquele
pensamento antigo de que a
prestação de serviços em Con-
tabilidade é com base na con-
fiança. Faça uma proposta por
escrito, transforme essa pro-
posta em um contrato, dei-
xando bem definidas as res-
ponsabilidades dele como
prestador de serviços e do
cliente em fornecer as infor-
mações em tempo para que se
possa executar os serviços.
Ou seja, entrar na formalidade
do relacionamento. Essa rela-
ção de amigo no final acaba
em grandes conflitos.
Um relacionamentoprofissional, não é mesmo?
Sim, criar uma metodologia
em que todas as orientações
técnicas sejam feitas por es-
crito, mantendo um arquivo
com todas as orientações pas-
sadas ao cliente. Quando ele
notar alguma não conformida-
de, que ele faça reuniões com
o cliente, que registre que ele
está assessorando, orientan-
do e que a empresa contratan-
te foi orientada como não co-
meter determinados erros,
por exemplo, falhas na emis-
são das notas fiscais. O que
nós assistimos na prática é
que, no momento do conflito,
é comum dizer que o erro foi do
c o n t a d o r.
Falhas podem ocorrer e hojeas multas são pesadas. É
comum os profissionais teremum seguro de responsabilidadecivil?
Não é comum, pois se tem
um custo que não é barato,
mas é um seguro que traz tran-
quilidade ao contador. Mas pa-
ra ele estar seguro é preciso
justamente a recomendação
formalista. Se as informações
não foram passadas, a res-
ponsabilidade não pode ser do
contador. Se o contador ten-
tou obter e não conseguiu, e
está documentado, a respon-
sabilidade da multa não é do
c o n t a d o r.
O que é da responsabilidadedo contador?
A negligência profissional.
O cliente atendeu todos os re-
quisitos necessários para que
o contador prestasse o servi-
ço, disponibilizou as informa-
ções, mas ao fazer a transmis-
são dos dados e mandar a guia
de recolhimento para o cliente
efetuar o pagamento, o conta-
dor errou no cálculo por impe-
rícia profissional. O seguro vai
discutir essa relação, vai en-
trar no mérito se efetivamente
foi um erro profissional, uma
imperícia, e cobrirá o prejuízo.
Mas se o erro persistir algumas
vezes, ele poderá perder a
apólice.
Quais os conflitos maiscomuns?
O maior índice de reclama-
ção dentro do CRC é declara-
ção de rendimentos que não
tem prova contábil, seguido
de empresas que estão obri-
gadas a fazer a Contabilidade
e que não fizeram. Exemplo:
em empresas do Simples Na-
cional e do Lucro Presumido a
legislação fiscal diz que essas
empresas estão dispensadas
da manutenção da Contabili-
dade, que basta a escritura-
ção do livro caixa. Aqui eu faço
um apelo: contabilista e futuro
empreendedor, não caia nes-
ta armadilha, isso é infração
profissional. A Contabilidade é
obrigatória para todo tipo de
empresário, seja micro, pe-
queno, médio ou grande. Essa
obrigação está no nosso códi-
go de exercício da profissão e
no Código Civil. Não é a legis-
lação fiscal que rege a obriga-
toriedade de executar a Con-
tabilidade. Além do que, a fal-
ta de Contabilidade é uma ar-
ma a favor do Fisco, que tem
interesse em gerar este tipo
de conflito, pois quanto mais
desorganizado estiver o pe-
queno empresário, mais favo-
rável fica para ele sustentar
um auto de infração.
Que outra mensagem osenhor gostaria de deixar paraeste novo empreendedor?
Que ele tenha uma visão
mais ampla. A profissão con-
tábil pode ser altamente ren-
tável, com oportunidades de
prestar serviços para todos os
segmentos da economia,
qualquer que seja a atividade,
pois uma empresa sempre
precisará do contador. Que ele
comece sólido de conheci-
mentos e com estrutura para
prestar os serviços adequada-
mente. Ele pode começar so-
zinho, como eu comecei, e de-
pois, a medida que for con-
quistando mais clientes, in-
vestir em sua equipe. Mas que
ele comece seguindo os prin-
cípios de ética, conduta e não
entrar no jogo de ganhar di-
nheiro fácil por vias duvido-
sas. Aquele que se estruturar
com solidez, trabalhar corre-
tamente, terá uma fundação
que jamais será abalada.
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8 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Sistema integracliente e contador
Sistema de gestão da ABC71 permite ao contadoracessar informações remotamente
Tecnologia de ponta para os pequenos
Cap
tura
de
tela
O sistema doIBPT possuidois módulos:o PAIGerencial,para o cliente,e o PAIInteligênciaContábil, parao escritório decontabilidade.
Grátis, fácil e online.
Apostando nesse tri-
nômio, o Instituto Bra-
sileiro de Planejamento e Tri-
butação (IBPT) lançou recen-
temente o Programa de Asses-
soramento Intensivo do Micro
e Pequeno Negócio, batizado
de PAI Inteligência Contábil.
Trata-se de um desdobramen-
to do programa gerencial lan-
çado em 2012 pelo IBPT, com o
objetivo de reduzir a mortali-
dade das pequenas empresas
através da utilização de ferra-
mentas tecnológicas de últi-
ma geração. “Um software de
gestão é o coração do projeto,
que agora recebeu um upgra-
de para melhorar a relação en-
tre escritórios de Contabilida-
de de pequeno porte e seus
clientes microempresários”,
diz o presidente-executivo do
IBPT, João Eloi Olenike.
O sistema possui dois mó-
dulos: o PAI Gerencial, para o
cliente, e o PAI Inteligência
Contábil, para o escritório de
Contabilidade. O primeiro tem
como base um sistema de ges-
tão empresarial (ERP) perso-
nalizado para cada tipo de ne-
gócio, fácil de entender e to-
talmente online (cloud com-
puting).
O sistema, com suporte téc-
nico grátis por e-mail, possibi-
l i ta ao empreendedor um
acompanhamento perma-
nente de seu empreendimen-
to, com advertências sobre os
principais erros cometidos na
gestão e orientações sobre co-
mo corrigi-los. O software in-
forma, por exemplo, o preço
médio de mercadorias e servi-
ços e o custo tributário por no-
ta emitida. Também possui flu-
xo de caixa inteligente com
geração de cenários, controle
de estoque, controle patrimo-
nial, módulos integrados de BI
(Business Intelligence) e CRM
(Customer Relationship Ma-
nagement), módulo de cálcu-
lo e projeção de custos dos
funcionários, aluguel, finan-
ciamentos e outros quesitos.
O PAI Inteligência Contábil,
por sua vez, facilita o relacio-
namento escritório-clientes,
automatiza e acelera as ope-
rações com total segurança.
Depois de se cadastrar no sis-
tema, o escritório pode insta-
lar o software em qualquer PC
e supervisionar operações de
clientes de qualquer lugar do
mundo. O primeiro benefício é
o fim do problema de espaço
no servidor do escritório con-
tábil. Os documentos são ar-
mazenados na web, com se-
gurança, no servidor do IBPT,
que utiliza as melhores tecno-
logias em termos de seguran-
ça de dados.
O sistema permite analisar
o fluxo de caixa do cliente, re-
ceber alertas sobre a situação
financeira dos negócios e
aconselhar as decisões. O sis-
tema repete operações pro-
gramadas e avisa quando
uma empresa atinge o ponto
de equilíbrio, por exemplo.
Os documentos podem ser
capturados com a câmera do
seu smartphone ou tablet
(notas fiscais, comprovantes
de pagamentos etc.) e envia-
dos para o sistema do escritó-
rio contábil. É o fim do trans-
porte de documentos, au-
mentando a segurança e cor-
tando custos.
Mais informações no site
w w w. p a i . o rg . b r
Nos últimos anos, o
cenário fiscal brasi-
leiro apresentou di-
versas mudanças,
mas a de maior impacto e rele-
vância para as empresas foi a
automatização do envio das
informações por meio eletrô-
nico através do SPEDs (Siste-
ma Público de Escrituração Di-
gital). Houve mudanças drás-
ticas na rotina dos empresá-
r i o s , q u e p re c i s a r a m s e
adequar, organizar os proces-
sos e contar com pessoas pre-
paradas para trabalhar com
tecnologia. No meio dessa
mudança, os escritórios de
Contabilidade passaram a ter
um papel ainda mais impor-
tante. Com estrutura e profis-
sionais qualificados, auxiliam
as empresas a padronizar as
atividades e, assim, conse-
guem ajudar na gestão do ne-
gócio, trazendo melhorias até
nos resultados financeiros.
“Antes da era digital, as em-
presas enviavam as informa-
ções para o escritório de Con-
tabilidade, que as retrabalha-
va no seu sistema. Esse mode-
lo não é seguro no cenário
atual. O modelo onde o escri-
tório se torna um usuário do
sistema do cliente é mais se-
guro e otimizado, pois usufrui
de uma única fonte de infor-
mação. É imprescindível para
a boa gestão empresarial, a
mesma tecnologia estar nas
duas pontas”, afirma Airton
Cruz, gerente de relaciona-
mento da ABC71, empresa
que desenvolve software de
gestão empresarial.
O executivo da ABC71 expli-
ca que é importante cliente e
fornecedor estarem alinhados
no uso do mesmo sistema de
gestão empresarial para con-
solidar o envio das informa-
ções fiscais e tributárias ao
Governo. “No atual ambiente
do SPED , as operações se tor-
nam mais seguras e o proces-
so mais eficiente quando o es-
critório de Contabilidade utili-
za a mesma ferramenta da
empresa cliente, tornando-se
um usuário do mesmo sistema
de ERP”, reforça Cruz.
É assim que funciona na
Azeplan, escritório de Conta-
bilidade com sede em São
Paulo. De acordo com o dire-
tor Carlos Eduardo Azedo, a
empresa trabalha com um
sistema de gestão e grande
parte dos seus clientes utiliza
o mesmo software. “Aces sa-
mos remotamente as infor-
mações, o que garante mais
veracidade dos dados e rapi-
dez na análise. “Nossos clien-
tes não precisam mais se
preocupar em fornecer pa-
péis ou ficar buscando relató-
rios, pois fazemos esse traba-
lho, obtendo os dados direta-
mente no sistema”, aplica
Azedo. “Com isso, a empresa
otimiza o seu tempo e pode se
dedicar ao que realmente in-
teressa. Ele sabe quanto cus-
ta para manter o seu negócio,
o valor do produto, consegue
administrar a carga tributá-
ria, a gestão de caixa, acom-
panha centros de resultados,
a qualidade dos processos,
entre tantas outras ativida-
des essenciais para a con-
quista das metas”, explica.
Para o diretor da Azeplan,
todas as empresas que tive-
rem um software de gestão e
tornarem seu contador um
usuário de seu sistema senti-
rão resultados imediatos.
“Qualquer perfil de compa-
nhia perceberá a melhoria no
negócio. Pequenas e médias
tendem a buscar com mais in-
tensidade o trabalho dos es-
critórios de Contabilidade,
pois não precisam investir em
equipe interna".
Outra vantagem apontada
pelo gerente de relaciona-
mento da ABC71 , A i r ton
Cruz, é que a utilização do
mesmo sistema entre o escri-
tório e a empresa tende a di-
minuir os custos. “As infor-
mações serão facilmente tro-
cadas, os processos estarão
padronizados e a análise será
mais ágil e eficiente, reduzin-
do custos", diz.
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 9
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O controllerdesempenhahoje o papelque seria do
c o n t a d o r,auxiliando
nas tomadasde decisões
Nunca seacomode. busquesempre evoluir
Sérgio Approbato Machado Júnior é um
dos mais importantes líderes da área
contábil. Presidente do Sescon-SP
(Sindicato das Empresas de Serviços Con-
tábeis e das Empresas de Assessoramento,
Perícia, Informações e Pesquisa no Estado
de São Paulo) e do AESCON-SP (Associação
das Empresas Contábeis do Estado de São
Paulo), Machado Jr. vem de uma família de
contadores –o seu avô foi um dos primeiros
a obter o registro no CRC-SP e o seu pai, Ser-
gio Approbato Machado, presidiu a entida-
de de 1989 a 1990 e foi membro fundador
do Ibracon (Instituto dos Auditores Inde-
pendentes do Brasil). Mas o pai não o in-
fluenciou a seguir a profissão, a descoberta
da vocação e da importância da Contabili-
dade para o mundo dos negócios veio natu-
ralmente, após se formar em Administra-
ção de Empresas. Nesta entrevista, Macha-
do Jr. conta esta história.
Diário do Comércio - Qual a influência deseu pai, Sergio Approbato Machado, que foipresidente do CRC-SP e membro fundador doIbracon, na escolha da sua profissão?
Sérgio Approbato Machado Júnior - Por in-
crível que pareça, meu pai nunca me in-
fluenciou para trabalhar na empresa. A nos-
sa empresa, que é a Approbato & Fischer
Contabilistas, foi fundada em 1945, há qua-
se 70 anos, inicialmente como Contábil Pau-
lista. O fundador da empresa foi meu avô,
pai do meu pai, Antônio Machado Sobrinho,
cujo número de registro no CRC era 67 – ele
foi um dos pioneiros da área contábil a que-
rer regularizar a profissão.
Como o senhor iniciou na área contábil?Eu comecei minhas atividades no mun-
do corporativo, não comecei na área con-
tábil. Como formação, primeiramente fiz
Administração de Empresas e trabalhei no
mercado corporativo. Trabalhei em uma
empresa de auditoria, o que me motivou a
fazer o curso de Ciências Contábeis. Foi
então que percebi a impor-
tância da Contabilidade na to-
mada de decisão das empre-
sas e me interessei pela ma-
téria. Depois de formado, in-
gressei na empresa da família
em 1987, na época comanda-
da pelo meu pai e mais três só-
cios, e estou lá desde então.
Como surgiu o interesse naContabilidade?
Meu pai nunca forçou a situa-
ção, querendo que eu estudas-
se Contabilidade para assumir
a empresa. Eu despertei o inte-
resse em trabalhar com Conta-
bilidade quando ingressei na
empresa de auditoria e vi a im-
portância que ela tinha na vida empresarial.
Aí sim, depois que comecei a fazer Ciências
Contábeis o meu pai passou a querer que eu
frequentasse mais o escritório. Depois eu re-
cebi o convite do sócio de meu pai, Paulo Fis-
cher, para ingressar na empresa.
Qual mensagem o senhor deixaria aosjovens que pensam em seguir a profissãocontábil?
É muito importante sempre estarmos
abertos a aprender, a gente nunca pode pa-
rar. Essa foi uma lição que eu aprendi desde
que comecei a trabalhar, nunca se acomo-
dar. Na nossa profissão não se pode pensar
em se acomodar, ainda mais no país que a
gente vive, em que as leis se
alteram todos os dias, é pre-
ciso sempre se atualizar,
caso contrário o profissio-
nal terá sérios problemas
na sua atividade. Diria ain-
da aos jovens que estão in-
gressando na profissão de
que estamos vivendo um
momento muito especial,
de muito reconhecimento.
Os sistemas eletrônicos
de impostos passaram a
exigir uma série de contro-
les sofisticados por conta
da tecnologia. Com isso, o
empresário percebeu que
terá problemas se ele não fi-
zer as coisas de forma cor-
reta. Isso valorizou muito o
nosso papel perante o mer-
cado corporativo.
A gente sabe que hoje a
nossa profissão é reconhe-
cida, somos fundamentais
na vida das empresas. É
bom que os profissionais da
Contabi l idade tenham
consciência disso e tam-
bém se valorizem. Procu-
rem manter suas empresas
dentro deste novo mercado
que vivemos agora, procu-
re reciclar seus funcioná-
rios dando-lhes treinamen-
tos de forma constante, pa-
ra que eles possam levar a
empresa à posição que ela
merece estar.
Paulo Pampolin / Hype
Sér gioA p p ro b a t oMachadoJúnior: é muitoimpor tantesempreestarmosabertos aa p r e n d e r.
temas de gestão etc.
Estudiosos em administra-
ção dizem que o controller é a
coesão do gerente financeiro
e do contador, que tem por
objetivo reduzir os custos
operacionais e administrati-
vos, maximizando lucros,
através de um adequado ge-
renciamento de caixa com
projeção de recebimentos e
pagamentos, balanços com
controle de custos, despesas,
receitas, vendas e fatura-
mento e, também, a guarda
das informações
“O controller é um cargo
gerencial, em grandes corpo-
rações ele responde ao CFO
(principal executivo de finan-
ças ou diretor financeiro), em
empresas de menor porte, di-
retamente ao proprietário. O
contador é o profissional mais
indicado a ocupar este cargo
por ter conhecimentos técni-
cos, mas somente isso não
basta: ele precisa conhecer
bem o negócio da empresa
que atua”, observa Nilson Pe-
reira, diretor financeiro do
ManpowerGroup Brasil, em-
presa especializada em re-
crutamento, seleção e recur-
sos humanos. “É um cargo
gerencial, em média os salá-
rios variam de R$ 10 mil até
R$ 30 mil, dependendo do
porte da empresa”, observa.
Na opinião do executivo, a
primeira providência que o
contador deve tomar para as-
sumir o cargo de controller é
ampliar os seus conhecimen-
tos e melhorar sua formação
acadêmica. Para tanto, um
curso de MBA em Controlado-
ria é o mais indicado. Este cur-
so prepara o profissional para
atuar como indutor de gestão
financeira e econômica da
empresa, fornecendo e de-
senvolvendo técnicas e siste-
mas de informação gerencial,
que darão sustentação ao
planejamento, orçamento,
execução e controle do de-
sempenho da organização.
“Este profissional estará re-
portando para os principais
executivos da companhia e
por essa razão é importante
uma boa comunicação, para
que ele expresse com clareza
suas ideias. Dominar uma se-
gunda língua também é im-
portante, principalmente em
empresas multinacionais,
pois ele estará reportando di-
retamente a executivos da
matriz”, comenta Pereira.
Como este profissional co-
mandará uma equipe que es-
tará interagindo com diver-
sos setores da empresa, ter li-
derança e saber administrar
pessoas também são requisi-
tos fundamentais para o su-
cesso profissional. Além dis-
so, conhecimentos em tecno-
logia, principalmente os sis-
temas de gestão (ERP), são
necessários, já que hoje tudo
é informatizado.
Além do controller, os profis-
sionais da Contabilidade mais
valorizados hoje são aqueles
com experiência em auditoria
interna e compliance (aderên-
cia às normas como Sarbanes-
Oxley, por exemplo). Os profis-
sionais brasileiros são muito
bem vistos lá fora por serem
mais flexíveis – eles aprende-
ram isso por atuarem em um
mercado muito regulado”, co-
menta o executivo da Man-
powerGroup Brasil.
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Aprincipal função da
Contabilidade é cui-
dar da saúde finan-
ceira da empresa,
interpretando os principais
indicadores e auxiliando na
tomada de decisões. Mas por
uma distorção do sistema tri-
butário brasileiro, o contador
brasileiro hoje perde grande
parte de seu tempo traba-
lhando para o governo, reco-
lhendo tributos e cumprindo
obrigações acessórias. Nas
empresas mais bem estrutu-
radas, esta real função do
contador é exercida pelo con-
troller, que na maioria das ve-
zes é um contador de forma-
ção, mas com uma visão mais
ampla em administração, ne-
gócio e tecnologia.
A Controladoria tem como
funções principais exercer os
controles contábeis, financei-
ros, orçamentários, operacio-
nais e patrimoniais da institui-
ção. Com sua visão ampla e
generalista, o controller in-
fluencia e assessora todos os
outros departamentos da em-
presa, onde as informações
são geradas e colocadas à dis-
posição dos executivos para a
tomada de decisões. O con-
troller tem papel importante,
gerando informações confiá-
veis e eficazes, supervisio-
nando os setores de Contabili-
dade, finanças, administra-
ção, informática e recursos
humanos, tomando decisões
que envolvem a todos e princi-
palmente atuando constante-
mente em mudanças, como
de mercado, tecnologias, sis-
10 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO segunda-feira, 22 de setembro de 2014
O lado criativo daContabilidade
Para o presidenteda APC, a
Contabilidadeevolui com o mundodos negócios, mas
o termoContabilidade
Criativa vem sendousado de forma
pejorativa
Free
Pik
Como a academia vêessa questão
Otermo Contabilidade Criativa ganhou
notoriedade nos últimos meses
quando a Petrobras publicou o
balanço do segundo trimestre e
mudou a forma de apresentar sua dívida
exposta à variação cambial, elevando assim os
resultados em cerca de R$ 7 bilhões. A operação
foi totalmente legal, mas foi vista pelo mercado
como maquiagem, já que a empresa vem sendo
alvo de denúncias de superfaturamento na
compra da refinaria de Pasadena (EUA) e mais
recentemente por conta de desvios de recursos
para alimentar um gigantesco esquema de
pagamento de propina. Mas o que vem a ser a
Contabilidade Criativa?
Na opinião de Irineu De Mula, presidente da
Academia Paulista de Contabilidade (APC) e ex-
presidente do Ibracon (1994-96) e do CRC-SP
(1998-99), o termo Contabilidade Criativa vem
sendo usado de forma pejorativa. “Ela é criativa
pois cria para o mal, mas não necessariamente é
isso. A Contabilidade é uma ciência social, que
cresce, se movimenta, se modifica, se amplia
em conformidade com o mundo dos negócios.
Se eu crio uma operação que antes não existia,
evidentemente preciso fazer uma norma
contábil para isso. Não é a Contabilidade que foi
criativa, mas a governança das empresas que
criaram novas oportunidades de negócios”,
observa De Mula, lembrando que a área
financeira costuma ser extremamente
criativa, a engenharia financeira dos
grandes bancos, por exemplo, estão
sempre criando operações para
sobrepujar seus concorrentes.
Para o presidente da APC,
abordando a questão
tecnicamente, sem considerar o
momento político, a Petrobras
adotou um procedimento
contábil no reconhecimento
das variações cambiais
totalmente correto. “A
operação foi taxada de Contabilidade
Criativa, mas na verdade ela estava
absolutamente alinhada com a Norma
Internacional (IFRS) ao qual estamos
convergindo. A Norma Internacional reconhece
os resultados daquela maneira em
determinadas circunstância. Se você usou nas
circunstâncias apropriadas, não tem nada de
criativo, pois se está adotando um
procedimento preconizado pela IFRS que não se
adotava antes, mas que nada tem de errado,
não deve merecer dos auditores uma ressalva
ou coisa do tipo. Se diz que, com isso, o governo
reduziu uma perda enorme de bilhões de reais,
mas o procedimento estava suportado por uma
norma internacional. Não tem nada de criativo,
tem sim de evolutivo”, argumenta.
De acordo com o presidente da APC, no
mundo todo, e também no Brasil, os escândalos
que ocorreram são tidos como contábeis, o que
ele discorda. “Os escândalos são corporativos,
muitos deles criados dentro dos gabinetes da
presidência do conselho de administração e
com a anuência dos gestores. Essas fraudes
muitas vezes sequer tiveram a participação de
um contador, mas depois virou um escândalo
contábil. Na verdade, a Contabilidade revela o
escândalo por meios dos registros contábeis, ela
não faz o escândalo”, afirma. “A Contabilidade
Criativa quase sempre é interpretada como o
mau uso contábil, algo que veio para
escamotear a verdade. Se confunde o termo
criativo com Contabilidade evolutiva. A
Contabilidade evolui, assim como o mundo dos
negócios”, completa.
De Mula afirma que a área fiscal é um setor
em que a Contabilidade Criativa pode ser
utilizada para gerar economia, com
procedimentos aceitos pelo Fisco, mesmo que
sem embasamento técnico-científico como
Contabilidade. “Se sou o administrador de um
patrimônio, tenho de defender esse patrimônio.
Se eu adotar um procedimento que não está de
acordo com a Contabilidade como
ciência, mas que é aceito pela
Receita e vai me propiciar uma
economia fiscal, estou preservando
o patrimônio da entidade que me
contratou para desempenhar essa
função. Pode ser que o auditor faça
uma ressalva de que não está em
conformidade com as normas
contábeis como ciência, mas será
uma ressalva com louvor, como se
diz no jargão dos auditores, pois
gerou uma economia e a Receita
aceita que seja desse jeito. Aí sim, se pode dizer
que é criativa”, diz.
De Mula ressalta que a Contabilidade tem
princípios, tem normas, que é uma ciência
social. “Se eu tenho uma operação nova, terei
também um procedimento contábil novo. A
operação é que foi criativa. A adoção contábil é a
mesma, seguindo os princípios das normas de
Contabilidade”, comenta. “Não se pode usar a
Contabilidade para acobertar atos de
simulação, isso é o mau uso da Contabilidade,
que não está alinhada aos princípios contábeis e
não deve ser aceito por parte do contador.
Porém, muitas vezes o contador não tem a
independência de fazer o que deseja”.
Nesta entrevista, Fer-
nando Dal-Ri Murcia,
professor do Departa-
mento de Contabilidade e
Atuária da FEA-USP, conta
como a academia enxerga a
questão da Contabilidade
Criativa, que tem sido tema
de estudos. Formado em Bu-
siness Management pela
Webber International Univer-
sity e em Contabilidade pela
Univali, Murcia é Mestre em
Contabilidade pela Universi-
dade Federal de Santa Cata-
rina e Doutor em Controlado-
ria e Contabilidade pela Uni-
versidade de São Paulo.
Diário do Comércio - Existea chamada ContabilidadeCriativa? O que é?
Fernando Dal-Ri Murcia -
Uma das características fun-
damentais da Contabilida-
de, segundo as normas, é a
representação fidedigna de
um fenômeno econômico.
Para isso, a Contabilidade
deveria ser realizada de ma-
neira neutra, sem viés. Acon-
tece que existe um ser hu-
mano fazendo a Contabilida-
de, que pode não agir sem-
pre de maneira neutra e
imparcial. Então, a Contabi-
lidade Criativa ou o chamado
gerenciamento de resulta-
dos, existe sim. Ela pode ser
definida como a utilização
oportunista da discriciona-
riedade existente nas nor-
mas contábeis para alterar
os resultados da empresa.
Há estudos acadêmicossobre o tema?
Sim, esse assunto é bas-
tante estudado no âmbito
acadêmico. Já existem diver-
sas pesquisas no âmbito na-
cional e internacional que
comprovam que algumas
empresas gerenciaram seus
resultados em razão de di-
versos incentivos econômi-
cos. Em alguns casos, essas
empresas se utilizaram da
Contabilidade Criativa para
aumentar seus lucros, para
atingir projeções de analistas
no mercado de capitais ou
cumprir cláusulas contra-
tuais de empréstimos. Em
outro caso, se busca reduzir
os lucros para pagar menos
impostos. Existem ainda ca-
sos de empresas que se utili-
zaram da Contabilidade Cria-
tiva para suavizar os resulta-
dos ao longo de um período
de tempo.
Há casos no Brasil em que aContabilidade Criativa foiutilizada?
Sim, mas pesquisas de-
monstram que ocorre Conta-
bilidade Criativa em várias
partes do mundo. De manei-
ra geral, ambientes caracte-
rizados por baixa governan-
ça corporativa e baixa fiscali-
zação são mais propícios pa-
ra a sua ocorrênc ia . Em
outras palavras, quanto me-
nor o controle, a auditoria in-
dependente, a governança, a
fiscalização por órgãos inde-
pendentes, mais propicio é o
ambiente para a prática da
Contabilidade Criativa.
O que difere aContabilidade Criativa dafraude contábil?
A Contabilidade Criativa
envolve a utilização da flexi-
bilidade e discrecionarieda-
de existente dentro das nor-
mas contábeis. Nesse senti-
do, alguns defendem que
seria uma prática lícita, pois
seria como “achar uma bre-
cha numa lei de Direito” que
beneficiasse a empresa. Já a
fraude contábil envolveria
uma tentativa deliberada
de manipular a informações
financeiras da empresa e
implicaria a violação das
normas contábeis.
A área Fiscal é mais propíciaao uso da ContabilidadeCriativa pela complexidade dalegislação?
Concordo que a complexi-
dade pode gerar uma oportu-
nidade para a Contabilidade
Criativa. Entretanto, enten-
do que existem dois outros
fatores importantes que con-
correm para a ocorrência da
Contabilidade Criativa: a ra-
cionalização e a pressão. A
racionalização refere-se ba-
sicamente em como o indivi-
duo enxerga a Contabilidade
Criativa. É aquela história de
que “sonegar impostos é nor-
mal, pois todo mundo sone-
ga”. Já a pressão tem relação
com os incentivos que o con-
tador ou a empresa tem para
engajar em Contabilidade
Criativa. Por exemplo, a em-
presa pode ter um incentivo
para atingir um determinado
resultado ou meta esperada
pelo mercado. Quanto maior
a pressão, maior a chance de
Contabilidade Criativa.Fernando Dal-Ri Murcia
Divulgação
Irineu De Mula,da APC: Se eutenho umaoperaçãonova, terei ump ro c e d i m e n t ocontábil novo.A operação éque foicriativa.