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ESCUTAR O RITMO DA CIDADE 7 de Junho - B.Leza | 8, 9 e 10 de Junho - Ribeira das Naus ENTRADA LIVRE Lisboa já foi Moura, Africana, rampa das Descobertas pelo Atlântico e agora é mais europeia que nunca. O Tejo, que nos liga ao Mediterrâneo, ao Atlântico e ao Mundo, já foi também a praça central da cidade e sempre foi uma ponte entre povos. A Ribeira das Naus, junto ao Tejo, é até agora o local mais inspirador para este conceito que se afirmou desde 2006 como espaço intercultural destinado à comunidade urbana de Lisboa e aos lisboetas. Usando a música e a cultura urbana como ponte para as dimensões sociais e políticas, que integram o cosmopolitismo de uma Lisboa pujante e cheia de desafios, teremos o Tejo como uma fronteira habitável que nos acolhe e desafia. Aliás, usar o rio Tejo como metáfora de cruzamentos, misturas férteis e de ecologias da curiosidade é natural para o Lisboa Mistura. Junto com o Lisboa Mistura vem a OPA Oficina Portátil de Artes, projecto artístico que traz jovens da periferia ao centro da cidade. A OPA tem sido apresentada nas últimas edições do Festival e tem como objectivo potenciar novas formas de cruzamento entre a criação artística multidisciplinar e a formação promovendo a cidadania activa. Para além da OPA, haverá também o Modo Portátil | Cidadania em Acção, um projecto que tem como objectivo implementar acções e actividades que permitam trabalhar criativamente, a dimensão social e artística, nas freguesias de Lisboa, de forma inclusiva, garantindo assim a todos mais acesso à cultura e maior consciência cívica.

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ESCUTAR O RITMO DA CIDADE

7 de Junho - B.Leza | 8, 9 e 10 de Junho - Ribeira das Naus

ENTRADA LIVRE

Lisboa já foi Moura, Africana, rampa das Descobertas pelo Atlântico e agora é

mais europeia que nunca. O Tejo, que nos liga ao Mediterrâneo, ao Atlântico e

ao Mundo, já foi também a praça central da cidade e sempre foi uma ponte entre

povos. A Ribeira das Naus, junto ao Tejo, é até agora o local mais inspirador

para este conceito que se afirmou desde 2006 como espaço intercultural

destinado à comunidade urbana de Lisboa e aos lisboetas. Usando a música e

a cultura urbana como ponte para as dimensões sociais e políticas, que integram

o cosmopolitismo de uma Lisboa pujante e cheia de desafios, teremos o Tejo

como uma fronteira habitável que nos acolhe e desafia. Aliás, usar o rio Tejo

como metáfora de cruzamentos, misturas férteis e de ecologias da curiosidade

é natural para o Lisboa Mistura. Junto com o Lisboa Mistura vem a OPA – Oficina

Portátil de Artes, projecto artístico que traz jovens da periferia ao centro da

cidade. A OPA tem sido apresentada nas últimas edições do Festival e tem como

objectivo potenciar novas formas de cruzamento entre a criação artística

multidisciplinar e a formação promovendo a cidadania activa. Para além da OPA,

haverá também o Modo Portátil | Cidadania em Acção, um projecto que tem

como objectivo implementar acções e actividades que permitam trabalhar

criativamente, a dimensão social e artística, nas freguesias de Lisboa, de forma

inclusiva, garantindo assim a todos mais acesso à cultura e maior consciência

cívica.

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PROGRAMA

QUINTA-FEIRA, 7 DE JUNHO - B.LEZA

PRÉ-MISTURA

22:00

Conversa / Dj Set

SONS DA LUSOFONIA – PASSADO PRESENTE

Com: Núria Rito Pinto, DJ Johnny e Carlos Martins

SEXTA-FEIRA, 8 DE JUNHO - RIBEIRA DAS

NAUS

19H00

SUNSET MISTURA

DJ SET com CIGARRA (BR)

21H00

NICE GROOVE (PT)

21H30

DA CRUZ (BR/CH)

23H00

METÁ METÁ (BR)

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SÁBADO, 9 DE JUNHO - RIBEIRA DAS

NAUS

18h00

SUNSET MISTURA COM DJ JOHNNY (ANG / PT)

20H00, 21H30 e 23H00

NICE GROOVE

20H30

THEY MUST BE CRAZY (PT)

22H00

BATIDA APRESENTA: IKOQWE (ANG / PT)

23H30

ORLANDO JULIUS & THE HELIOCENTRICS (NIGÉRIA / UK)

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DOMINGO, 10 DE JUNHO – RIBEIRA DAS

NAUS

16h00

WORKSHOP DE RITMOS COM NICE GROOVE (PT)

17H00

MODO PORTÁTIL – ALCANTE CORO ALENTEJANO E PROJECTO COM VOZ (PT)

18H30

OPA – OFICINA PORTÁTIL DE ARTES (PT)

COM: Máry M.,SXR, CADI, Primo, Rafa G ft Mariv’s, Tchillz No Billz e DJ Kope.

20h00

NICE GROOVE (PT)

20h30

BITORI (CV)

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DA CRUZ

(Brasil, Suíça)

Esqueça o Samba. Esqueça truques fantásticos do futebol brasileiro.

Simplesmente esqueça todos os clichês que você conhece sobre o Brasil. No

seu novo álbum Eco do Futuro”, o grupo DA CRUZ, de Berna, Suíça, nos levara

a um lugar diferente: o Brasil moderno e urbano, um país cheio de revolução e

resignação. Da Cruz traduz toda raiva e alegria, toda a esperança e desespero

em canções extremamente políticas e dançáveis. “Eco do Futuro” é um álbum

que é obrigado a causar sensação.

No disco, a cantora Mariana Da Cruz descobre suas raízes africanas. Nascida e

criada em São Paulo, ela mudou-se para a Suíça há dez anos, mas no que se

trata de musicalidade nunca abandou suas raízes. No novo álbum, Mariana Da

Cruz dirige uma viagem eletroacústica das comunidades subversivas de Lagos

para as favelas do Rio de Janeiro e os municípios de Joanesburgo, com

passagens ocasionais nos estúdios de gravação cheios de fumaça de Kingston

Town e clubes mal ventilados de Londres. Combinando kwaito, baile funk,

afrobeat, dub e hip hop, “Eco do Futuro” é decisivamente urbano.

As 14 músicas enfrentam o racismo oculto, a fenda entre as elites políticas e as

pessoas comuns, a revolta contra a injustiça econômica e, é claro, algumas delas

são apenas sobre amor nos tempos difíceis. Elas são um testemunho de uma

jovem negra brasileira de origens humildes que vê como o seu país está sendo

governado e roubado por homens velhos, privilegiados e brancos.

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Na primeira faixa, “País do Fururo”, ela canta o groove do inventor do afrobeat

Tony Allen: “Meu Brasil, terra do futuro. Mas o presente está novamente

atrasado”. Ao longo dos últimos dez anos, Da Cruz ganhou uma excelente

reputação na cena musical global. Cada um dos seus quatro discos fez o Top 10

das paradas de rádio das faculdades americanas. Jornais como The

Independent; revistas como Rolling Stone; e estações de rádio como BBC 6

Music, KEXP e Radio France International seguiram e louvaram as atividades de

Da Cruz. Isso é ainda mais notável, já que Da Cruz permaneceu como artista

independente desde seus inícios.

Todos os trabalhos de Da Cruz foram produzidos em seu próprio estúdio e

lançados no rótulo - com exceção do álbum 2011, “Sistema Subversiva”, lançado

pela US-Label Six Degrees Records (The Dø, Bebel Gilberto, CéU).

Homepage: http://www.dacruzmusic.com/

Facebook: https://www.facebook.com/dacruzmusic/

METÁ METÁ

(Brasil)

É o colectivo integrado pelos músicos Thiago França (saxofone), Kiko Dinucci

(guitarra e voz) e Juçara Marçal (voz). A banda lançou o seu primeiro álbum,

"Metá Metá" em 2011 e o seu segundo, "MetaL MetaL" em 2012. São desde logo

uma revolução na cena underground paulista e são considerados uma das

bandas de referência na nova música brasileira.

Depois de digressões nacionais e internacionais, os Metá Metá, voltam a juntar-

se para gravar o "MM3, terceiro álbum da banda que saiu em 2016. Este

trabalho, muito influenciado pelo contexto sociopolítico que se tem vivido no

Brasil nestes últimos anos, atingiu qualitativamente a cena underground paulista,

explorando a ligação dupla da cultura afro-brasileira e inserindo um som original

na música actual que se faz nesta grande metrópole.

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Foto: Fernando Eduardo

Tony Allen considera-os inventores da nova música brasileira. O trio trabalha

com a diversidade de géneros musicais do Brasil, utilizando arranjos simples e

crus que ressaltam os elementos melódicos e signos da música de influência

africana no mundo, explorando o silêncio e o contraponto, fugindo das ideias

convencionais, seja nas características estéticas seja no modo alternativo de

partilhar a sua arte.

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THEY MUST BE CRAZY

(Portugal)

They Must Be Crazy é uma nova banda de Afrobeat, que já tem o seu primeiro

disco editado (masterizado por Grant Phabao) com excelentes críticas pelo

mundo. Baseado em Lisboa, o projecto é formado por músicos portugueses e

angolanos. Com uma poderosa secção de sopros, e uma secção rítmica que soa

a um só, conseguem criar um groove com a sua própria personalidade. Por

último, o cantor angolano, a voz da família, com a sua energia infinita é capaz

de deixar qualquer público louco de euforia, dançando ao som desta Celebração!

As influências são claras. A sua música vai desde o AFROBEAT ao AFRO-

FUNK, viajando também pelo OESTE-AFRICANO, tendo o género iniciado por

FELA KUTI como guia para as suas composições. O seu primeiro disco "Mother

Nature" pode ser ouvido no Spotify, Itunes Store, Deezer, etc. e já chegou a

Álbum do Mês na radio online norte-americana Spin the Globe, e também a

Álbum da Semana na RDP Africa, e na radio belga, Radio Mukambo. Depois de

um verão de sucesso com mais de 20 concertos em Portugal, passando pela

Festa do Avante, Bleza, Jardins do Porto ou o Carnaval de Almada os They Must

Be Crazy estão agora preparados para levar a sua música ao resto do mundo.

Para contagiar festas e festivais com o seu poderoso Afrobeat.

Em qualquer palco onde tocam, eles certificam-se que ninguém ficará indiferente

ao som do AFROBEAT

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BATIDA APRESENTA: IKOQWE

(Angola, Portugal)

Para quem gosta de traduzir tudo em equações simples: Rapper Ikonoklasta tornado

icónico e líder ativista como Luaty Beirão + Pedro Coquenão, retornado que nunca cá

tinha estado, reconhecido artisticamente como Batida. = IKOQWE

Para o simplista: mais dois a fazerem rimas e batidas.

Para o geográfico: entre Angola, Portugal e o resto do Planeta.

Para a editora: não há nada gravado.

Para o jornalista sem vocação: copy/paste de links abaixo:

Ikonoklasta Batida

Para o rodapé feito às 3 pancadas: Luaty Beirão e os Batida juntam-se no Lisboa

Mixtura!

Para os partidos: sem filiações. Vivam as associações, a iniciativa civil e o pensamento

crítico.

Para as redes e os arrastões media, os tópicos são: Iniquidades, Identidades,

Migrações, Contas mal feitas, Neo-Colonialismo, Cumplicidades. Amor e a Utopia,

como o futuro.

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Para os reféns do género: cada um com o seu.

Para todos os restantes: cócegas no cérebro, libertação do baixo ventre, punho cerrado

e coração aberto. Isto não é conveniente para os envolvidos. É só mesmo inevitável

e, por isso, vai acontecer, IKOQWE no Lisboa Mistura a 9 de Junho.

ORLANDO JULIUS & THE HELIOCENTRICS

(Nigéria, Reino Unido)

Orlando Julius Ekemode, saxofonista, cantor e compositor, é um pioneiro do

afrobeat e dos cruzamentos da música africana com a música afroamericana.

Está de volta aos palcos internacionais com a banda londrina de acid jazz The

Heliocentrics, especializada em trazer ao público contemporâneo grandes

lendas da música africana. Com uma carreira iniciada nos anos 60, na Nigéria,

e um longo período passado nos EUA, Orlando Julius criou um estilo de música

onde se misturam highlife, jazz, R&B, funk e rock psicadélico. Com The

Heliocentrics gravou “Jaiyede Afro”, rearranjos de clássicos e novas.

Press quotes:

“Fantastic work” Gilles Peterson

“Classic Afrobeat with a psychedelic twist. Excellent.’ **** The List

“Takes Julius’ Sound into new and exciting directions” Echoes

“Like an imaginary Norman Whitfield production made in Lagos in 1975.” The

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Wire

“A great big Afro funk party with psychedelic edges.” Froots

“Fans of Fela Kuti will welcome this fine reminder of a past master’s abilities.”

Songlines

“A tough and raw Afrobeat album that takes Julius’ sound into new and exciting

directions.” Echoes“

“A monstrously great groove!” Mondomix

"Julius is still in rousing form on this new set. I look forward to the live shows.”

The Guardian

“One of the great veterans of Nigerian music… gutsy, powerful and varied.”

Evening Standard

BITORI

(Cabo verde)

A lenda do Funaná, o acordeonista Bitori, agora com 78 anos, chega aos palcos

internacionais para partilhar a música mais célebre de Cabo Verde: o Funaná.

Durante o domínio português em Cabo Verde, esta música que incorporava o

desejo de liberdade, esperança e expressava a frustração da opressão, bem

como a vida cotidiana e o amor, foi banida. O acordeonista e autodidata Victor

Tavares, também conhecido como Bitori, foi o verdadeiro inovador,

revolucionando as técnicas de tocar e deu uma nova direção à música local que

viria a ser conhecida mais tarde em todo mundo. Quando o icónico cantor e

compositor Chando Graciosa convidou Bitori e o baixista Danilo Tavares (ambos

da Ilha de Santiago) para gravar um álbum de funaná em Roterdão, no início dos

anos 90, eles não poderiam imaginar o que aí vinha. Foi um sucesso imediato

e a música de Cabo Verde ganhou fama além-fronteiras.

MAIS INFO: https://kokakomusic.wordpress.com/portfolio/bitori/

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OPA – OFICINA PORTÁTIL DE ARTES

OPA – Oficina Portátil de Artes, projecto artístico que traz jovens da periferia ao

centro da cidade, tem sido apresentado nas últimas edições do Festival Lisboa

Mistura. Tem como objectivo potenciar novas formas de cruzamento entre a

pedagogia e a criação artística multidisciplinar.

A experimentação artística, no sentido de laboratório criativo, é o ponto de

partida de um caminho onde a cultura assume um papel central. Abrem-se assim

caminhos na criação de manifestações artísticas dos que de tão perto estão tão

longe e com menos oportunidades.

Outro componente essencial é a criação e apresentação por parte de artistas

que dinamiza as oficinas e/ou outros convidados, de performances ou workshops

para os jovens onde a oficina se insere, fornecendo-lhes peças acessíveis e

desafiadoras que retratem outros olhares.

Pretende-se desta forma criar uma via de abertura de caminhos entre

profissionais, poder local, artistas e palcos, unificando oportunidades entre os

bairros e o centro da cidade.

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MODO PORTÁTIL | CIDADANIA EM ACÇÃO

Modo Portátil | Cidadania em Acção é um projecto com um objectivo, vários

locais, diversos pontos de partida e muitas pessoas. O seu objectivo é Lisboa.

Cidadania em Acção é um projecto de criatividade social, que se pretende

construir a partir da diversidade para promover a igualdade. O desenvolvimento

destas actividades só é possível se for pensado por e para as comunidades em

que o projecto se instala. A ligação a projectos já existentes e participação de

vários agentes a trabalhar no território será uma prática fundamental para o

crescimento deste projecto de natureza criativa, comunitária e cívica. E em torno

destes, partindo de um novo desafio, agregar mais pessoas. Este projecto cruza

a promoção da cidadania e da participação com a criação artística, pretende

também cruzar práticas distintas num só projecto, desta forma aumentando a

sua abrangência, mas, acima de tudo, a sua repercussão.

O objectivo deste projecto é implementar acções e actividades que permitam

trabalhar criativamente, a dimensão social e artística, nas freguesias de Lisboa,

de forma inclusiva, garantindo assim a todos mais acesso à cultura e maior

consciência cívica. É importante capacitar individualmente trabalhando em

conjunto, criar comunidade e perder o medo da exposição pública das ideias,

seja arte ou política.

O programa pretende também mapear a cidade sem fronteiras, habitável e

criativa. Com a vontade de criar uma rede de comunicação e de partilha de

actividades socioculturais este mapeamento estará constantemente aberto à

criação e ao aparecimento de eventos criativos, nas comunidades e inspirados

por elas.

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CONVERSA: SONS DA LUSOFONIA

PASSADO PRESENTE

Com: Núria Rito Pinto, DJ Johnny e Carlos Martins.

Portugal estará tanto mais no centro do mundo quanto mais transatlântico for

Durante anos, no pós-25 de Abril, Portugal pareceu dividido entre optar por

privilegiar a relação com o espaço europeu ou com os países africanos de

expressão portuguesa e Brasil. Depois foi percebendo que não tem que excluir

mas sim que aglutinar de forma criativa, sendo mais capaz de gerar riqueza a

todos os níveis – e ser nessa dinâmica, tanto mais europeu e do mundo – quanto

mais transatlântico for e quanto mais afinidades conseguir alimentar com esses

e outros territórios, até porque é o país do Sul da Europa, com o Atlântico à porta,

que possui ligações mais privilegiadas com o Brasil ou com essa África. Portugal

já é feito de língua portuguesa mas também do crioulo, do fado mas também do

kuduro, das dinâmicas locais mas também das referências europeias e globais

que aqui afluem, enriquecendo-se com as diferenças, as linguagens, os

imaginários e uma série de novas experiências.

Durante muitos anos o cosmopolitismo de Portugal parecia remediado. Mais

desejo do que outra coisa. Hoje é uma realidade, reflexo de um país que, apesar

de tudo, foi sendo capaz de criar pontes em vários sentidos. Na última década

existiram muitos projectos artísticos que parecem ter reflectido e até antecipado

muitas destas dinâmicas entre local e global, centro e periferia, atravessando

todos os oceanos, e tornando-se ao mesmo tempo emblema de um país

intercultural, mas foi através da música popular que essa reflexão foi melhor

concretizada.

Falta desenvolver, do ponto de vista da música, uma linhagem de influências,

que consiga mostrar que muito daquilo que o Portugal contemporâneo produz

tem origem em sons, músicas e formações de outras décadas, com origem nos

países africanos de expressão portuguesa e Brasil. Tudo está interligado.

Passado e presente. Falta sistematizar essa narrativa em música, mostrando

que nada acontece por acaso. O Portugal, digamos assim, humanista e

intercultural, que hoje seduz a Europa, tem afinal muitas ramificações. Há ainda

muitas histórias para contar.

Parte dessas histórias serão postas em música num projecto que junta a

investigação dos fundadores "Sons da Lusofonia" às influências que esses sons

espelham nos dias de hoje. Este será o lançamento deste projecto da

Associação Sons da Lusofonia no Lisboa Mistura. Antes teremos uma conversa

debate sobre a produção musical e pós-colonialismo.

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Portugal estará tanto mais no centro do mundo quanto mais transatlântico for.

Falta desenvolver, do ponto de vista da música, uma linhagem de influências, que

consiga mostrar que muito daquilo que o Portugal contemporâneo produz tem origem

em sons, músicas e formações de outras décadas, com origem nos países africanos

de expressão portuguesa e Brasil. Tudo está interligado. Passado e presente. Falta

sistematizar essa narrativa em música, mostrando que nada acontece por acaso. O

Portugal, digamos assim, humanista e intercultural, que hoje seduz a Europa, tem

afinal muitas ramificações. Há ainda muitas histórias para contar.

NICE GROOVE – BATUCADA LUSÓFONA

Nice Groove – Batucada Lusófona é um projecto sóciocultural com o objectivo

de integrar pessoas das mais variadas culturas, através da via artística.

ATAKES de BATUCADA DE RITMOS LUSÓFONOS através de uma BATERIA

DE SAMBA, cheios de energia e boas vibrações, envolvendo o público e

mostrando que a música pode ser tocada por todos e por cada um.

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DJ JOHNNY

(Angola, Portugal)

Mesmo para os mais desprevenidos, o nome não passa despercebido. São já 20

anos como DJ desde as saudosas festas em clubes mais underground até aos

festivais de música mais massivos. Na linha da frente, assitiu “in loco” à evolução

da música de dança no cenário português. Os seus programas de rádio - primeiro

no RCP e XFM, depois na rádio Marginal e Radio Oxigénio (como um dos

mentores do projecto) - foram uma das forças propulsoras do movimento

drum’n’bass no nosso país. Mas o seu universo musical estende-se muito para

além disso: aposta no cruzamento das sonoridades jazz, soul, hip hop, semba,

Afro dance Hall reggae com as linguagens mais modernas da música de dança.

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CIGARRA

(Brasil)

DJ, VJ e performer e produtora de São Paulo, Ágatha Barbosa (Cigarra) é

membro do coletivo VOODOOHOP e do selo Tropical Twista Records. Ritmos

brasileiros e de diversas partes longínquas agregam-se em um set contagioso

de baixas, hipnóticas e sedutoras frequências.

Organização: Associação Sons da Lusofonia | EGEAC Cultura em Lisboa