Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos...

11
Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena/ECO/UFRJ Disciplina: ECN700 Arte e Cena 2018.2 (obrigatória linhas 1 e 2) Profª.: Carmem Gadelha Quartas-feiras, das 19h às 22h. E-mail: [email protected] Carga Horária: 60 horas aula Créditos: 4.0 Turma: 9133 Local: O TRÁGICO E A CENA CONTEMPORÂNEA: ALEGORIAS Linha de Pesquisa: Poéticas da Cena Exame de aspectos da subjetividade moderna e da atual: seus modos de comparecimento na cena teatral, caracterizada pelas crises do drama, da representação, da narrativa. As indagações situam-se no intervalo entre duas balizas: a obra de arte total wagneriana e as inquietações de Artaud. Corpo, espaço e tempo tensionados entre os dois polos apontam possíveis reconceitualizações do pós-dramático. A atenção se volta para o processo pelo qual se percebem fortes traços de uma expressão de lirismo coral e dissonante eterno retorno de Dionísio. Aspectos políticos mostram uma subjetividade coletiva comparável à ideia de multidão (HARDT & NEGRI: 2001 e 2005): consequências sobre a noção de personagem. Falta a ela contornos individualizados e profundidades psíquicas e históricas. Deste modo, aparece a alegoria, pensada a partir de Benjamin (1984) e tomada como fulcro que reúne os temas. Bibliografia: ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. São Paulo: Max Limonad, 1985. BADIOU, Alain. Para uma nova teoria do sujeito. Rio: Relume-Dumará, 1994. BENJAMIN, Walter. Origem do drama barroco alemão. São Paulo: Brasiliense, 1984. ----. Sobre arte, técnica, linguagem e política. Lisboa: Relógio d’Água, 1992. DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1994. ---- & GUATARI, Félix. Mil platôs. São Paulo: Ed. 34, 1996, vv. 1, 3 e 5. DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 1995. DESCARTES, René. O discurso do método. São Paulo, Abril Cultural, 1983. DETIENNE, Marcel. Dioniso a céu aberto. Rio: Jorge Zahar, 1988.

Transcript of Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos...

Page 1: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

Escola de Comunicação – Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena/ECO/UFRJ

Disciplina: ECN700 – Arte e Cena – 2018.2 (obrigatória linhas 1 e 2)

Profª.: Carmem Gadelha Quartas-feiras, das 19h às 22h.

E-mail: [email protected]

Carga Horária: 60 horas aula Créditos: 4.0 Turma: 9133

Local:

O TRÁGICO E A CENA CONTEMPORÂNEA: ALEGORIAS

Linha de Pesquisa: Poéticas da Cena

Exame de aspectos da subjetividade moderna e da atual: seus modos de

comparecimento na cena teatral, caracterizada pelas crises do drama, da representação,

da narrativa. As indagações situam-se no intervalo entre duas balizas: a obra de arte

total wagneriana e as inquietações de Artaud. Corpo, espaço e tempo – tensionados

entre os dois polos – apontam possíveis reconceitualizações do pós-dramático. A

atenção se volta para o processo pelo qual se percebem fortes traços de uma expressão

de lirismo coral e dissonante – eterno retorno de Dionísio. Aspectos políticos mostram

uma subjetividade coletiva comparável à ideia de multidão (HARDT & NEGRI: 2001 e

2005): consequências sobre a noção de personagem. Falta a ela contornos

individualizados e profundidades psíquicas e históricas. Deste modo, aparece a alegoria,

pensada a partir de Benjamin (1984) e tomada como fulcro que reúne os temas.

Bibliografia:

ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. São Paulo: Max Limonad, 1985.

BADIOU, Alain. Para uma nova teoria do sujeito. Rio: Relume-Dumará, 1994.

BENJAMIN, Walter. Origem do drama barroco alemão. São Paulo: Brasiliense, 1984.

----. Sobre arte, técnica, linguagem e política. Lisboa: Relógio d’Água, 1992.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1994.

---- & GUATARI, Félix. Mil platôs. São Paulo: Ed. 34, 1996, vv. 1, 3 e 5.

DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 1995.

DESCARTES, René. O discurso do método. São Paulo, Abril Cultural, 1983.

DETIENNE, Marcel. Dioniso a céu aberto. Rio: Jorge Zahar, 1988.

Page 2: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

FERRAZ, Maria Cristina Franco. Homo deletabilis – corpo, percepção, esquecimento

do século XIX ao XXI. Rio: Garamond/FAPERJ, 2010.

----. Ruminações – cultura letrada e dispersão hiperconectada. Rio:

Garamond/FAPERJ, 2015.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1995.

----. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

GADELHA, Carmem. Corpo, espaço, tempo – indagações sobre poética do teatro. Rio:

Editora Aretê, 2013.

NIETZSCHE, Friedrich. A origem da tragédia. Lisboa: Guimarães Ed., 1982.

----. Para a genealogia da moral. Lisboa: Relógio d’Água, 2000.

----. Assim falava Zaratustra. São Paulo: Companhia das Letras.

----. O caso Wagner: um problema para músicos / Nietzsche contra Wagner: dossiê de

um psicólogo. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

SZANIECKI, Barbara. Estética da multidão. Rio: Civilização Brasileira, 2007.

Page 3: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

Escola de Comunicação – Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena/ECO/UFRJ

Linha 2 – Experimentações da Cena: Formação Artística

Disciplina: ECN706 – Cena e Performance – 2018.2 (optativa)

Profª.: Eleonora Fabião Terças-feiras, das 13h30 às 17h.

E-mail: [email protected]

Carga Horária: 60 horas aula Créditos: 4.0 Turma: 9127 Local: Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (auditório)

Início das aulas: 07/08/2018

Título: PERFORMANCE: arte, política, vida Ementa: Neste curso teórico-prático trataremos da arte da performance aqui e agora relacionando teoria, historiografia e invenção. Investigaremos temas como: experimentação psicofísica, estética e política; corpo como questão; modos de criação, produção e circulação de performances; performance e modos de vida; questões historiográficas, documentais e mercadológicas. Ao longo do semestre leremos e discutiremos teoria da performance bem como textos de outras áreas que iluminem e expandam nossa reflexão (em português, espanhol e inglês); analisaremos arquivos, entrevistas e textos de artistas; realizaremos práticas psicofísicas e criaremos performances. Nos perguntaremos o que consideramos importante somar ao mundo hoje. Que ações? Que imagens? Que modos relacionais? Que economias objetivas e subjetivas? Que modos de existência? Nos perguntaremos o que é e o que move o encontro em sala de aula. O curso é compreendido como um espaço performativo onde articularemos criação artística, teórica e política por meio de nossas práticas dialógicas. Tarefas dos participantes: realizar as leituras solicitadas e participar das discussões; apresentar um seminário; criar trabalhos práticos ao longo do semestre; escrever um artigo final. Referências bibliográficas: BARAD, Karen. “Performatividade Pós-humanista: para entender como a matéria chega à matéria” in: Vazantes vol.1 n.1 (Fortaleza: ICA UFC, 2017) BISHOP, Claire. Artificial Hells: participatory art and the politics of spectatorship (Londres e Nova York: Verso, 2012) ____________. “A Virada Social: colaboração e seus desgostos” in: Concinnitas vol.1 n.12 (Rio de Janeiro: UERJ, 2008) DELEUZE, Gilles. Espinosa: Filosofia Prática (São Paulo: Editora Escuta, 2002) DELEUZE, Gilles e Félix Guattari. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia (Rio de Janeiro: Editora 34 Letras, 1996) FABIÃO, Eleonora. “Programa Performativo: o corpo-em-experiência” in: ILINX Revista do LUME n.4 (Campinas: Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP, 2013)

Page 4: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

FISCHER-LICHTE, Erika. “Fundamentos para una estética de lo performativo” in: Estética de lo Performativo (Madrid: Abada Editores, 2011) GÓMEZ-PEÑA, Guillermo. Exercises for Rebel Artists: radical performance pedagogy (Londres e Nova York: Routledge, 2011) JONES, Amelia e Adrian Heathfield. Perform, Repeat, Record (Bristol e Chicago: Intellect, 2012) KAPROW, Allan. Essays on the Blurring of Art and Life (Berkeley, Los Angeles, Londres: University of California Press, 1993) LEPECKI, André. Exaurir a Dança: performance e a política do movimento (São Paulo: Annablume, 2017) _____________. “Coreopolítica e Coreopolícia” in: Ilha vol.13 n.1 (Florianópolis: UDESC, 2012) _____________. “9 variações sobre coisas e performance” in: Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas n.19 (Florianópolis: PPGT UDESC, 2012) MELIM, Regina. Performance nas Artes Visuais (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008) PAIS, Ana. Performance na Esfera Pública (Lisboa: Orfeu Negro, 2017) PELBART, Peter Pál. O Avesso do Niilismo: cartografias do esgotamento (São Paulo: edições n-1, 2016) PRECIADO, Paul B. “Multidões Queer – Notas para uma política dos ‘anormais’” in: Revista Estudos Feninistas vol.19 n.1 (Florianópolis: UFSC, 2011) QUILICI, Cassiano Sydow. O Ator-Performer e as Poéticas da Transformação de Si (São Paulo: Annablume, 2015) SCHIMMEL, Paul. Out of Actions: between performance and the object 1949-1979 (Los Angeles: Thames and Hudson, MoCA, 1998) TAYLOR, Diana e Marcela Fuentes. Estudios Avanzados de Performance (México: FCE, Instituto Hemisférico de Performance y Política, 2011)

Page 5: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

Escola de Comunicação – Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena/ECO/UFRJ

Disciplina: ECN707 – Cena e Tecnologia – 2018.2 (optativa)

Profª.: André Parente Quintas-feiras, das 14h às 17h.

E-mail: [email protected]

Carga Horária: 60 horas aula Créditos: 4.0 Turma: 9128 Local:

CURSO: Movendo o cinema: por um cinema expandido e performativo. Ementa: Em torno da noção de cinema expandido, analisaremos as condições da emergência de experiências que reinventam o uso da imagem em movimento na história da cultura. Dos primeiros panoramas aos primeiros cinemas imersivos, das vanguardas históricas aos happenings do cinema expandido dos anos 60, das primeiras videoinstalações ao cinema interativo e performático de hoje, trata-se de pensar as diversas formas como a imagem em movimento está relacionada a uma mudança do regime imagético e espectatorial, e mais profundamente, como o “transcinema” inscreve o corpo e o gesto do espectador/usuário num dinamismo que compõe uma interação com as imagens que, indo além do olhar e da escuta, se faz efetivamente táctil e cinestésica.

Programa: A noção de cinema expandido Cinema e dispositivo: o que é um dispositivo em Foucault, Deleuze e Aganbem. Cinema e imersão: a noção de espetáculo total em Wagner. Cinema e performance: o que é um corpo? Cinema e dispositivo nas exposições “Into the Light” e “Future Cinema” Happenings cinemáticos da Factory de Andy Warhol aos dias atuais. Cinema e performance na videoarte O “circuito fechado” nas obras de Peter Campus, Bruce Nauman e Dan Graham Vídeo-dança na obra de Zbignew Rybzynski A história e a noção de cinema ao vivo Cinema, interatividade e participação: o caso da Cosmococas de Hélio Oiticica Instruções para filme, ou um cinema entre o conceito e a performance

Page 6: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

*para além das aulas, tencionamos convidar alguns artistas a intervir ao longo do curso: Maurício Dias e Walter Riedweg, Christiane Jatahy, Luiz Duva, Lucas Bambozzi, Laura Lima e Cao Guimaraes são alguns artistas que pensamos em chamar.

Bibliografia principal BROADHURST, SUSAN e MACHOON, JOSEPHINE. Performance and technology. Practice and virtual embodiment and interactivity. New York: Palgrave Macmillian, 2011. DUBOIS, PHILIPPE. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac Naify. 2004. MACIEL, KATIA e FLORES, LIVIA. Instruções para filmes. Rio de Janeiro: Circuito, 2013. MACIEL, KATIA. Transcinemas. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2009. MONDLOCH, KATE. Screens. Viewing media installation art. Minneapolis: University of Minessota Press, 2007. MICHAUD, PHILIPPE ALAIN. Filme: por uma teoria expandida do cinema. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014. PARENTE, ANDRÉ. Cinemáticos. Rio de Janeiro: +2, 2013 PARENTE, ANDRÉ. Cinema/Deleuze. Rio de Janeiro: Papirus, 2013 PARENTE, ANDRÉ. Passagens entre fotografia e cinema na arte brasileira. Rio de Janeiro. 2015. SALTER, CHRIS. Entangled. Technology and transformation of performance. Cambridge: MIT press, 2010. SHAW, JEFFREY.; WEIBEL, PETER. (Org.). Future cinema. The cinematic imaginary after film. Cambridge: MIT Press, 2003.

Page 7: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

Escola de Comunicação – Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena/ECO/UFRJ

Disciplina: ECN703 – Seminários de Pesquisa – 2018.2 (obrigatória linhas 1 e 2)

Profª.: Daniel Marques e Teresa Bastos Quintas-feiras, das 19h às 22h.

E-mail: [email protected] e [email protected]

Carga Horária: 60 horas aula Créditos: 4.0 Turma: 9136

Local:

Ementa

A construção do objeto teórico a partir do olhar transdisciplinar que envolve áreas convergentes como texto, imagem fixa, imagem movimento, gesto, performance, teatro. A importância de examinar o mundo da produção de conceitos nos afazeres artísticos a partir de um objetivo teórico-experimental visando uma escritura científica. A articulação entre pressupostos teóricos, delimitação de objetos, formulação do problema e levantamento de hipóteses. Métodos e técnicas de pesquisa nas ciências humanas e nas artes, com ênfase nas artes cênicas. O curso é de natureza teórico-prática e desenvolve-se de acordo com as temáticas dominantes nos projetos de pesquisa dos alunos inscritos. Os projetos de pesquisa poderão, assim, ser reformulados, considerando a necessidade de delimitação do objeto de estudo, determinação do problema, justificativa, formulação de hipóteses de trabalho, definição do campo conceitual, abordagem teórica e metodológica, normas de formatação e pesquisa bibliográfica.

Proposta metodológica do curso O curso é estruturado em quatro módulos que podem ocorrer concomitantemente:

1.) estudo dos modelos epistemológicos e métodos de pesquisa em ciências humanas, sociais e nas artes, com ênfase nas artes cênicas (enfoques analíticos para textos, imagens e sons; instalações; entrevista etc.);

2.) questões específicas da pesquisa: delimitação do objeto e determinação do problema, justificativa, formulação de hipóteses de trabalho, definição do campo conceitual e revisão de bibliografia, construção do método, coleta de dados, fontes primárias, pesquisa em arquivos, normas de formatação; possibilidades de escritura do trabalho.

3.) aplicação dos conhecimentos adquiridos: exercícios práticos de escrita de textos científicos (proposta de elaboração de material para a qualificação, artigos e continuidade do desenvolvimento do projeto de pesquisa do mestrado).

4.) Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida será debatido pela turma. Todos os anteprojetos serão disponibilizados, por meio eletrônico para os integrantes da turma no primeiro encontro; neste também haverá a escolha de um debatedor para cada texto e o sorteio da ordem das apresentações que ocorrerão ao longo do semestre letivo.

Page 8: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

Bibliografia sugerida:

Os textos abaixo relacionados referem-se a diferentes questões teóricas e metodológicas que interpelam o campo das artes da cena e da comunicação e poderão ser utilizados ou suprimidos no início do curso por escolha dos professores. Bibliografia complementar direcionada aos temas propostos pelos trabalhos dos alunos poderá se sugerida ao longo do curso.

ADORNO, Theodor. O ensaio como forma. In: Notas de literatura 1. São Paulo: Duas Cidades/Editora 34, 2003. AGAMBEN, G. Signatura rerum: sobre el método. Buenos Aires : Adriana Hidalgo, 2009. AGAMBEN, G .O autor como gesto. In: Profanações. Trad. Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007, p. 55 - 63. ____. O que é o contemporâneo? Trad. Vinicius Nicastro Honesko. Chapecó: Editora Argos, 2009. AMADO, Janaína; FERREIRA, Marieta de Moraes. Usos e Abusos da História Oral. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2005. ARTAUD, Antonin. Van Gogh :o suicida da sociedade. Trad. Ferreira Gullar. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 2003. BACHELARD, G. Pontos de partida. In: A Epistemologia. São Paulo: Ed. 70, 2006, pp. 13-26. BAUER, M.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002. BRAGA, J. L. O problema da pesquisa: como começar. Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Unisinos, disponível em: http://www.unisinos.br/principal/ Mestrado/Doutorado >Alunos >Comunicação >Elabore seu Projeto. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. O que é a filosofia? São Paulo: Ed. 34, 1997, 2ª ed. CLIFFORD, James. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 10ª.ed. São Paulo: Perspecitva, 1993. FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014, 8ª ed. FOUCAULT, M. A escrita de si. In: O que é um autor? Lisboa: Passagens, 1992 FOUCAULT, M. (2003) A vida dos homens infames. In: ______. Estratégia, poder-saber. Ditos e escritos IV. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p.203-222. GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. KUHN, T. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1975. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos da Metodologia Científica. São Paulo: Editora ATLAS, 1991. ____. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos .6ª Ed. São Paulo: Atlas, 2001. MATERNO, Ângela. O olho e a névoa. Sala Preta. Disponível em:

https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57117

Page 9: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

MATURANA, Humberto. Cognição, Ciência e Vida Cotidiana. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2001. MORIN, Edgar. A formação do espírito científico. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. SANTAELLA, Lúcia. Comunicação e pesquisa: projetos para mestrado e doutorado. São Paulo: Hacker Editores, 2001. SANTOS, Roberto Corrêa; REZENDE, Renato. No contemporâneo: arte e escritura expandidas. Rio de Janeiro: Editora Circuito/FAPERJ, 2011. SANTOS, Roberto Corrêa. Modos de saber, modos de adoecer: o corpo, a arte, o estilo, a história, a vida, o exterior. Belo Horizonte: Ed. Ufmg, 1999. SCHOLLAMMER, Karl Erik. Performance e literatura: perspectivas e contradições. In: Cena do crime: violência e realismo no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. Na Base Minerva, ver “Portal Capes” e manual de normas da ABNT e UFRJ para formatação de dissertações e teses: http://www.sibi.ufrj.br/documentos/manual-teses-dissertacoes.pdf

Page 10: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

Escola de Comunicação – Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena/ECO/UFRJ

Disciplina: ECN708 – Tópicos Especiais III – 2018.2 (optativa)

Profª.: Luiza Leite. Segunda-feira, das 19h às 22h.

E-mail: [email protected]

Carga Horária: 60 horas aula Créditos: 4.0 Turma: 9131

Local: Sala da pós-graduação

Procedimentos de escrita situada: deslocamentos entre o espaço e a página

Ementa:

Pretende-se com este curso teórico-prático investigar as intersecções entre a escrita, a cidade e

as publicações de artista, por meio de estratégias heterogêneas de criação textual. As leituras da

produção de autores/artistas diversos e dos textos críticos serão acompanhadas de exercícios

realizados dentro e fora da sala de aula, derivados de operações como a tradução, a montagem e

a cartografia. Os exercícios propostos terão como pressuposto central a problematização da

noção de autoria, em favor de procedimentos situados de escrita, gerada no contato com a

cidade, seus habitantes e fragmentos de matéria. Entende-se por escrita seus múltiplos

desdobramentos possíveis, do diagrama à relação com a imagem, bem como sua transposição

para o espaço da página. Será feito também um mapeamento e análise de livros de artista (da

poética processual da Arte Postal dos anos 1960/70 aos experimentos contemporâneos

caracterizados pelo contágio entre linguagens e suportes diversos). Busca-se pôr em operação

modalidades de criação, tanto individuais como coletivas, que exijam do corpo uma atenção ao

espaço circundante (seja da sala de aula ou das ruas) para que se possa de fato escrever na

fronteira entre texto e contexto, atentando para os aspectos performativos da linguagem.

Bibliografia básica:

ANDERSON, Laurie. Dos Estados Unidos [texto-performance]. In: Out from Under: texts by

women performance artists. Lenora Champagne (org.). New York: Theatre Communications

Group, 1990.

AGAMBEN, Giorgio. "Notas sobre o gesto". In: Artefilosofia: Antologia de textos estéticos.

Org. Gilson Iannini, Douglas Garcia, Romero Freitas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

2015.

________. "Genius". In: Profanações. Selvino José Assmann (trad.). São Paulo: Boitempo,

2007.

________. “Magia e Felicidade”. Selvino José Assmann (trad.). São Paulo: Boitempo, 2007.

BASBAUM, Ricardo. Deslocamentos rítmicos: o artista como agenciador, como curador e

como crítico. Seminário Broodthaers, 27a Bienal de São Paulo, 2007.

BARCELLOS, Vera Chaves (Org.). Julio Plaza. Poética / Política. Porto Alegre: Fundação

Vera Chaves Barcellos, 2013.

Page 11: Escola de Comunicação Programa de Pós-Graduação … · Ao longo dos encontros, cada um dos participantes exporá oralmente as linhas gerais de seu anteprojeto, que em seguida

BENJAMIM, Walter. Obras escolhidas II: Rua de mão única. Rubens Rodrigues Torres Filho,

José Carlos Martins Barbosa e Pierre Paul Miguel Ardengo (trad.). São Paulo: Brasiliense,

2000.

________. A tarefa do tradutor. In: ________. Escritos sobre mito e linguagem. Organização,

apresentação e notas de Jeanne Marie Gagnebin. Susana Kampff Lages, Ernani Chaves (trad.).

São Paulo: Editora 34, 2011, p. 101-120.

CADÔR, Amir Brito. Catálogo da exposição “Tendências do livro de artista no Brasil: 30 anos

depois” [curadoria Amir Brito e Paulo Silveira].

________. Ainda: o livro como performance. [texto de introdução de exposição no Museu da

Pampulha].

CAGE, John. De segunda a um ano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2013.

CALLE, Sophie. Histórias reais. Rio de Janeiro: Agir, 2009.

CARRIÓN, Ulisses. A nova arte de fazer livros. Belo Horizonte: C/Arte, 2011.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. Artes do fazer. Ephraim Ferreira Alves

(trad.). Petropólis, RJ: Vozes, 1994.

DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. Peter Pál Pelbart (trad.). São Paulo: Ed. 34, 2006.

FREIRE, Cristina. Poéticas do processo. Arte conceitual no museu. São Paulo: Iluminuras,

1999.

FLORÊNCIO, Thiago. De quem te protege a muralha? Rio de Janeiro: Editora Temporária,

2017.

FLUSSER, Vilém. A escrita. Há futuro para a escrita? São Paulo: Annablume, 2010.

GACHE, Belén. Instruções de uso: partituras, receitas e algoritmos na poesia e na arte

contemporânea. Florianópolis: par(ent)esis, 2017.

________. Ciudad Legible. Madrid: Sociedad Lunar Ediciones, 2012.

Goldsmith, Kenneth. “Por que a escrita conceitual? Por que agora?” In: Hay en português? n. 6.

Florianópolis: par(ent)esis, 2016.

MELIM, Regina. “Performances impressas”. In: Poiésis, n. 21-22, p. 25-30, jul.-dez. 2013.

MOLDER, Maria Filomena. “A alegria é breve: uma conversa com Maria Filomena Molder.”

In: Caderno de Leituras n. 35. Belo Horizonte: Chão da Feira, 2015.

PANEK, Bernadette. "O livro como lugar. Campo expandido do livro de artista". In: Revista

Pós: revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG. Belo Horizonte: EBA-

UFMG, v.2, n. 3, maio 2012.

PLAZA, Júlio. Tradução intersemiótica. São Paulo: Perspectiva, 1987.

SONTAG, Susan. “Happening: uma arte de justaposição radical”. In: Contra a interpretação.

Ana Maria Capovilla (trad.). Porto Alegre: L&PM, 1987.

VERSIANI, Daniela. “Autoetnografia: uma alternativa conceitual”. In: Letras de Hoje. vol. 37

n. 4, p. 57 a 52, dezembro, Porto Alegre, 2002.