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    Anlise seminal porCmara de Makler

    Especializao emSade Pblica e

    Vigilncia Sanitria

    Nova parceria dequalidade nosetor veterinrio

    Os erros laboratoriais e asegurana dos pacientesA segurana do paciente um tema antigo, mas que constantemente volta cena com novosngulos e abordagens. O assunto foi o tema principal do 43 Congresso Brasileiro de PatologiaClnica / Medicina Laboratorial, realizado em agosto, em Belo Horizonte, reunindo cerca de cinco

    mil pessoas de todo o pas. Em 2002 ganhou destaque no mbito da Organizao Mundial daSade, que aprovou resoluo para o empreendimento de aes que contribussem para aumentara segurana dos pacientes.

    Em uma importante abordagem esto os laboratrios clnicos, cuja misso contribuir parao esclarecimento diagnstico com informaes capazes de orientar e monitorar tratamentos.Desta forma, os erros laboratoriais podem ter diferentes impactos sobre a sade dos pacientese nos resultados da assistncia. Alm disso, mais de 30% dos erros laboratoriais estoassociados a desconforto adicional para os pacientes, aumento dos custos e realizao deprocedimentos desnecessrios.

    Segundo o Patologista Clnico Wilson Shcolnik, Gerente de Relaes Institucionais do Fleury,Patologista do Hospital Naval Marclio Dias, no Rio de Janeiro, e membro da diretoria da SBPC/ML,os erros laboratoriais j vm sendo estudados h muitos anos. O laboratrio no um organismoisolado e tem um importante papel a cumprir dentro da cadeia de assistncia sade. Sabemos

    que os erros ocorrem por falhas em processos, equipamentos, falhas humanas e no deteco pelasbarreiras sistmicas. Podem ocorrer tambm pela transgresso de regulamentos existentes.

    Entrevista completa nas pginas 2, 3 e 4.

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    Errar humano.

    At que ponto?Por um lado errar humano, mas ningum erra intencionalmente, sobretudo na rea da sade onde a cultura existente pelo cuidar. Segundo estudo publicado pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos da Amrica no incio desta dcadaobservou-se carter epidmico dos eventos adversos no setor de sade, onde o fator humano tem grande relevncia, mas oserros, na maioria dos casos, so decorrentes de falhas sistmicas e no de falhas individuais. Neste ponto, a tecnologia temajudado, mas ela tambm pode trazer consigo novas formas de erros.

    Por outro lado quando um paciente procura a assistncia para se tratar ou prevenir doenas, o que menos espera sersubmetido a qualquer tipo de dano.

    Por todos os lados, a segurana do paciente tem sido tema recorrente na cadeia de assistncia sade, onde os laboratrios tm

    grande participao. O entrevistado desta edio de Qualique o Patologista Clnico Wilson Shcolnik, com grande experinciasobre o tema em questo. Shcolnik tem atuado em laboratrios ao longo de toda a sua carreira, que teve incio no LaboratrioJS, fundado por seu pai h mais de 50 anos e que, em 2002, foi incorporado ao Grupo Fleury. Presidiu a Sociedade Brasileirade Patologia Clnica/ Medicina Laboratorial entre os anos de 2006 e 2007 e integra a diretoria eleita para o binio 2010-2011,como Diretor de Acreditao. Wilson Shcolnik acompanha de perto a questo da segurana dos pacientes, principalmente no

    que diz respeito aos erros laboratoriais, desenvolvendo artigos e palestras sobre o tema. Atua tambm como Gerente de RelaesInstitucionais do Laboratrio Fleury e como Patologista Clnico do Hospital Naval Marclio Dias, no Rio de Janeiro.

    Em uma abordagem mais ampla, comovoc dene segurana do paciente?

    Os pacientes geralmente procuram a as-sistncia sade para se tratarem ou pre-venirem doenas. O que menos esperam oudesejam que sejam submetidos a danosquando recorrem a servios de sade. preciso ter em mente que nem todo erroleva obrigatoriamente a um dano ao pa-ciente. Da mesma forma, nem todo dano aopaciente pode ser atribudo a erros.

    Mais importante de que propriamente o erro,entretanto, devemos entender o sentido dadenio de evento adverso: o dano nointencional que resulta em morte, incapaci-dade temporria ou permanente, ou prolon-gamento da hospitalizao.

    Se lembrarmos que o laboratrio clnico tempor misso contribuir para o esclarecimentodiagnstico e ainda fornecer informaesteis para orientar e monitorar teraputicas,poderemos entender os impactos que oserros laboratoriais podem trazer para oresultado da assistncia, com potencial detransformarem-se em eventos adversos.Felizmente na prtica so raras as ocorrn-cias de eventos adversos ocasionadas porerros laboratoriais.

    Por que esta discusso cresce tanto emtodo o mundo?

    A publicao do estudo Errar Humano,em 2001, pelo Instituto de Medicina dos

    Estados Unidos da Amrica, alertou parao carter epidmico dos eventos adversosobservados no setor de sade. O nmero es-timado de mortes ocasionadas por eventos

    adversos era de 48 a 90 mil por ano, o quesuperava o nmero de acidentes automo-bilsticos, mortes por cncer de mama e porAids. Estes dados surpreenderam o mundoe mereceram grande destaque da mdia,mobilizando autoridades governamentais,gestores e prestadores de servios de sade,j que levam a ms consequncias para osusurios e a impactos econmicos para ossistemas de sade.

    A partir desta publicao foram observadosinmeros desdobramentos, como o aporte

    de recursos para nanciamento de pesqui-sas sobre segurana. Devido ao baixondice de noticaes de eventos adversos,no havia dados sucientes para que oassunto fosse abordado, sendo necessriotambm investimento para educao deestudantes e prossionais que atuam nosetor de sade.

    Como se inserem, neste conceito, os erroslaboratoriais?

    O erro laboratorial pode ser definidocomo um defeito ocorrido em qualquerparte do processo laboratorial, desdeo pedido do exame at o reporte deresultados, incluindo a apropriadainterpretao e reao ao mesmo.

    Alm dos riscos sade, mais de 30%dos erros laboratoriais esto associados adesconforto adicional para os pacientes,aumento dos custos e realizao de pro-

    cedimentos invasivos desnecessrios.

    Os erros laboratoriais j vm sendo es-tudados h muitos anos. Sabemos queas principais causas ocorrem na fasepr-analtica, sobre a qual os laboratriosdetm menor controle. O nmero de errosobservados na fase analtica foram bemreduzidos ao longo da ltima dcada,como mostram algumas publicaes. Istose deveu a avanos cientcos e tecnolgi-cos, embora ainda tenhamos problemasa serem resolvidos. Felizmente o nmero

    de eventos adversos causados por erroslaboratoriais pequeno, como j mencio-nado. Isto ocorre por conta de barreirasexistentes (dentro e fora do laboratrio),que permitem que o erro seja detectadoantes de causar um dano. Ele no pode,no entanto, ser subestimado, pois o labo-ratrio no um organismo isolado, tendoum papel a cumprir dentro da cadeia deassistncia sade.

    Al guns fa to res qu e podem aumen-tar o ri sco de oc or r nc ia de er rosso: no familiaridade com a tarefaexecutada; inexperincia; falta de tempo;no vericao/checagem; procedimentosmal descritos; interface humana/equipa-mento inadequada.

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    O aprimoramento da tecnologia reduz outraz novas possibilidades de erros?

    A tecnologia pode ajudar a reduzir os erros,mas h uma citao famosa de Leape. LL &

    Berwick, em publicao do ano 2000, quenos lembra que as novas tecnologias podemtambm trazer consigo novas formas deerros. Portanto, os prossionais que traba-lham em laboratrios precisam estar atentosaos pontos frgeis existentes no funciona-mento de novos equipamentos e ao fatorhumano, pois a inter-relao ser humano/instrumento fator de grande importncia,sobretudo pelo alto nvel de automaoobservado em laboratrios atualmente.

    Controlar a qualidade contribui para areduo de erros?

    Sim, tanto que atualmente as boas prticase os requisitos de acreditaco j auxiliammuito na preveno de erros. Atualmentej podemos observar padres e requisitosrelacionados a este tema nas normas maisutilizadas em acreditaco de servios desade. A norma PALC, seguindo umatendncia mundial, neste momento estsendo revista no que diz respeito introduode requisitos de segurana dos pacientes.

    No podemos deixar de lembrar que existem

    duas ferramentas de uso bastante antigo quecontinuam sendo de fundamental importn-cia para a reduo de erros na fase analticado processo laboratorial: os controles internoe externo da qualidade.

    Por que os erros acontecem?

    Os erros ocorrem em consequncia defalhas no detectadas em processos, equi-pamentos, falhas humanas e no detecopelas barreiras sistmicas. Os erros podemocorrer, ainda, por transgresso de regula-

    mentos existentes.Na rea da sade o fator humano temgrande relevncia. Est demonstrado quea maioria dos erros que podem afetar ospacientes so cometidos por pessoas capazesde realizar as tarefas com segurana, quej as realizaram vrias vezes no passado eenfrentaram consequncias pessoais signi-cativas em funo de erros cometidos.

    Na rea laboratorial alguns fatores e tendn-cias vm sendo apontados como inuencia-dores dos erros, como por exemplo:

    As consolidaes entre laboratrios ecentralizaes de realizao de exames,por dificultar o gerenciamento da fasepr-analtica.

    A descent ralizao da real izaode exames.

    Testes remotos ou de beira de leito(POCT) por tornarem mais difcil o geren-

    ciamento da fase analtica. O downsizing, pelo potencial que areduo de quadros de pessoal tem emdeteriorar a qualidade dos servios.

    Implantao de prticas baseadasem evidncias para atender as espe-cificaes de qualidade. Caso norespeitadas, deterioram a qualidade dainformao laboratorial.

    A integrao efetiva entre automao etecnologia da informao pode contribuirpara a reduo na ocorrncia de erros.

    Na fase analtica preciso lembrar queainda temos problemas ocasionados porinterferentes em ensaios imunomtricos,anticorpos heterlos, anticorpos idiotpi-cos e outras protenas.

    Qual o impacto dos erros laboratoriais nasade e/ou tratamento do paciente?

    Os erros laboratoriais podem ter diferentesimpactos sobre a sade dos pacientes.Segundo dados encontrados em diferentespublicaes, estes erros variam de acordo

    com o tipo de laboratrio, os tipos deexames realizados e a clientela atendida.

    Segundo a literatura, mais de 75% doserros produzem resultados ainda dentrodos intervalos de referncia; 12.5% levama resultados errados to absurdos queestes no so considerados clinicamentepelos mdicos assistentes; e os 12.5% doserros laboratoriais restantes podem terefeitos sobre a sade dos pacientes, sendoestes raramente de grande gravidade.

    Segundo documento da ISO (ISO/TS22367:2008), as consequncias do erro

    podem ser:No Houve Dano - sem consequnciaspara o paciente

    Dano Mnimo - a nica consequncia parao paciente repetir o exame

    Dano Mdio - resulta em demora paradiagnstico ou tratamento

    Alto Dano - resulta em diagnstico outratamento imprprios

    Quais os principais erros em laboratrios

    no Brasil e no mundo?Sem dvida, as causas mais fre-quentes de erros ocorrem na fasepr-analtica do processo laboratorial. Wilson Shcolnik

    Plebani cita em artigo publicado em 2006(Plebani M. Errors in clinical laboratories or

    errors in laboratory medicine. Clin Chem

    Lab Med, 2006. 44(6): 750-59.), que cerca

    de 46-68% dos erros ocorrem nesta fase, oque envolve desde o pedido mdico, preparorealizado pelos pacientes, coleta de material,transporte e preparo.

    O medo da punio contribui para osurgimento ou piora dos erros?

    O medo da punio um problema gravea ser solucionado e pode contribuir paraa reincidncia dos erros. A mudana decultura fundamental para que se consiga,em primeiro lugar, a noticao dos erros

    e eventos adversos. Em segundo lugar,estudar as causas dos erros e seus impactos,identicando os pontos frgeis dos processose corrigindo-os. Hoje tendncia mundialestimular a comunicao dos erros.

    possvel prevenir os erros?

    Os erros so, na maioria dos casos, decor-rentes de falhas sistmicas e no de falhasindividuais. Elas podem ocorrer em funode fragilidades no design de processos oumesmo de equipamentos. Os erros podemser prevenidos pela identicao das suascausas e pela compreenso de seus im-pactos, de modo que possam ser construdossistemas de trabalho mais seguros, quecontemplem barreiras para evitar danosaos pacientes.

    Errar humano, mas est provado queningum erra intencionalmente, sobretudona rea da sade, com a cultura existentedo cuidar.

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    expediente

    Qualique uma publicao trimestral da ControlLab destinada a laboratrios clnicos, veterinrios e de hemoterapia

    Conselho Editorial: Carla Albuquerque, Eduardo Ferraz, Paula Tvora e Vincius Biasoli

    Produo Editorial: ControlLab - tel.: (21) 3891-9900Textos: Olenka Lasevitch Design: Raquel Luterman Diagramao: Felipe Vasconcellos e Marcelle Sampaio

    Cartoon: Tiburcio

    Acesse a verso online do Qualique e cadastre-se para receber o resumo de cada edio por e-mail:www.controllab.com.br/qualique

    fale conosco: [email protected]

    www.controllab.com.br

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    Como, ento, gerenciar riscos, se errar humano?

    O gerenciamento de riscos em laboratrios pode ser feitoatravs do planejamento; da identicao dos riscos e im-pactos; do desenvolvimento de estratgias para lidar com osriscos e do monitoramento para controle dos riscos.A utilizao de indicadores pode auxiliar e contr ibuir paraaumentar a segurana dos pacientes. Atualmente j estodescritos vrios destes. O Programa de Indicadores Labora-toriais da SBPC/ML/ControlLab j permite comparaes entremuitos dos indicadores colhidos por cerca de 170 laboratriosbrasileiros. Muitos indicadores relacionados segurana dospacientes foram propostos, como:

    Taxa de requisies de exames com erros de identicaode pacientes.

    Taxa de amostras no recebidas no laboratrio.

    Taxa de amostras rejeitadas pelo setor tcnico dolaboratrio.

    Taxa de amostras coaguladas, hemolisadas ou acidentadasdurante o transporte.

    Taxa de amostras colhidas em recipiente inadequado

    Taxa de amostras colhidas com volume insuficientepara anlise.

    Taxa de amostras colhidas com anticoagulante imprprio.

    Taxa de amostras recoletadas.

    Taxa de resultados inadequados em programas de controleexterno de qualidade (ensaios de procincia).

    Taxa de paralisaes de equipamentos causando retardona liberao de resultados.

    Taxa de contaminaes em hemo e uroculturas.

    Sucesso nas comunicaes de resultados crticos.

    Taxa de reportes atrasados de resultados.

    Como lidar com os erros quando eles acontecem?

    preciso notic-los e analis-los, buscando identicar cau-sas e consequncias (impactos) e modicar os sistemas detrabalho, reeducando os prossionais envolv idos.

    Quais as principais iniciativas para aumentar a seguranado paciente?

    Muitas instituies tm se dedicado a este tema. Entreelas podemos citar a Organizao Mundial da Sade

    (www.who.com) que em 2002 aprovou em sua assembliaresoluo no sentido de empreendimento de aes quecontribussem para aumentar a segurana dos pacientes.Foi a primeira vez que lderes de agncias, representantesde pacientes e a OMS se juntaram para prevenir eventosadversos, criando a Aliana para Segurana dos Pacientes.A pr imei ra campanha chamou-se: 1 No cause dano(First do no Harm).

    O Colgio Americano de Patologistas (CAP), o Institute ofHealth Improvement (IHI), o Center of Diseases Control(CDC), aAgency for Healthcare Research and Quality(AHRQ)e o Inst i tute of Medic ine al inharam-se OMS em

    iniciativas semelhantes.

    Algumas Leituras Recomendadas:

    1) To Err Is Human. Report from the Institute of Medicine(IOM). Washington, DC: National Academy Press; 2000

    2)Leape, LL & Berwick, DM. Safe Health Care: Are we up it?BMJ 2000;320:725-726.

    3) ISO/TS 22367:2008. Medical laboratories - Reducingerror through risk management and continual improvement -

    Complementary element.

    4) Plebani M at al. Laboratory network of excellence:enhancing pacient safety and service effectiveness. Clin Chem

    Lab Med 2006; 44(2):150-160.

    [email protected]

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    ControlLab e SBMV:

    uma parceria de Qualidade no setor veterinrio

    Em agosto de 2009, a ControlLab e a Sociedade Brasileira deMedicina Veterinria (SBMV) passaram a ser parceiras. Desde oCongresso Brasileiro de Medicina Veterinria de 2008, as duas insti-tuies j vinham estudando esta possibilidade. A nova parceria trarbenefcios principalmente para os associados da SBMV no que dizrespeito crescente necessidade de controle de qualidade laborato-rial. Por se tratar de uma sociedade cientca que agrega mdicosveterinrios, a instituio conhece as necessidades do setor, oferecesolues e orienta quanto a novos exames e ensaios importantespara a evoluo do segmento.

    Segundo o Presidente da SBMV, Dr. Joslio Moura, a MedicinaVeterinria, como todas as cincias, tem crescido de forma sur-preendente nesta virada de milnio. O cliente tem exigido servios dequalidade superior. Por esta razo, a SBMV optou pela parceria coma ControlLab, que ir assegurar para os laboratrios que a metodo-logia, os equipamentos e o processo de anlise estejam de acordocom a qualidade recomendada para um diagnstico preciso.

    A ControlLab, com sua viso de qualidade, tem a oferecer o progra-ma de controle. Trata-se de uma garantia a mais para quem realiza epara quem precisa do laudo. Da mesma forma, o selo confere maiorcredibilidade para a exportao de alimentos que passa a contar comlaboratrios com processos melhores controlados para a liberaodos laudos de anlises. O apoio laboratorial fundamental para aprestao de alguns servios. Laboratrios que utilizam o controle dequalidade oferecem maior segurana para o diagnstico do mdicoveterinrio, por exemplo, arma Dr. Joslio.

    Para Vincius Biasoli, Diretor da ControlLab, trata-se de um mercadocom grande potencial para o qual a empresa pioneira em oferecerprogramas de controle de qualidade. Tivemos nosso lanamentona rea veterinria h quatro anos. A parceria com a SBMV vempara prestigiar o que j tem sido feito. Alm disso, com a Sociedadejunto, o programa passa a ter um suporte cientco maior.

    A Medicina Veterinria tem crescido de forma qualitativa equantitativa, explica Dr. Joslio, lembrando que ao nal destadcada o nmero de prossionais no pas chega a mais de cemmil. Contribumos com a pesquisa cientca e tecnolgica parao Brasil alcanar o patamar de maior supridor mundial de ali-mentos nobres de origem animal: carne bovina, aves e sunos.Caminhamos para o desenvolvimento da aqicultura de elevado

    padro. Alm disso, as clnicas de animais de companhia e guardacrescem com elevado padro e cada vez mais especializadas.Os hospitais veterinrios hoje dispem de equipamentos de ltimagerao. Este fato faz com que a comunidade possa dispor dealto nvel de assistncia veterinria para um pblico cada vezmais exigente, naliza.

    A Sociedade Brasileira de Medicina Veterinria foi criada em 1920e mantm associados em todo o Brasil. Tem por nalidade, entreoutros, organizar congressos; desenvolver atividades cientcase promover a modernizao das instituies. Mais informaespodem ser obtidas no site www.sbmv.org.br.

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    ControlLab participado 43 CBPC/ML

    Entre os dias 15 e 18de agosto, Belo Hori-zonte (MG) sediou o 43Congresso Brasileiro dePatologia Clnica/Me-

    dicina Laboratorial, quefoi realizado no Centrode Convenes Expomi-nas. O tema central do congresso foi Medicina Laboratoriale Segurana do Paciente, uma discusso sobre a melhoria daqualidade em sade. Na opinio de alguns participantes, aprogramao cientca abrangeu intensamente o tema centrale manteve-se el ao compromisso de abordar temas tcnicos ede gesto, que foram apresentados por palestrantes experientesde todo o pas.

    A ControlLab esteve presente ao evento com um estande noqual teve a oportunidade de atender clientes e tirar dvidassobre os controles de qualidade e indicadores laboratoriais.

    Os visitantes do estande foram presenteados com as tradicionaisplantas miniaturas e tambm mudas de Ip Roxo, distribudosaps participao no Jogo da Qualidade, junto ao Gibi doControle de Qualidade.

    4Forum de Indica-dores Laboratoriais -ControlLab e SBPC/ML

    O 4 Frum de Indi-cadores Laborato-riais, organizado pelaControlLab e a SBPC/ML, foi realizado nodia 14 de agosto emBelo Horizonte/MG.Durante o evento, osparticipantes tiveram aoportunidade de trocarexperincias ao longo deoito horas, baseados em

    casos apresentados pornove prossionais de laboratrios de diferentes portes e estados.Os prossionais mostraram dados e compartilharam iniciativaspara melhorar processos e alcanar bons desempenhos.

    Foram discutidos indicadores relacionados contaminaode urocultura, hemlise de amostra e atraso de resultados.Para encerrar, uma ampla discusso sobre indicadores rela-cionados segurana do paciente, tema central do congressoda SBPC/ML.

    Segundo Carla Albuquerque, Gestora de Negcios daControlLab: camos muito satisfeitos com a avaliao dopblico. Mesmo antes de compilar a pesquisa de satisfaotivemos a oportunidade de receber pessoalmente muitoscomentrios positivos e sugestes interessantes para osprximos anos.Entre os participantes deste evento, cerca de dois teros jhaviam participado do frum em anos anteriores.

    Rolou!

    3 Curso de controle de qualidade para profissionaisde Moambique

    Nos dias 1 e 2 de setembro, a ControlLab ministrou pela terceiravez o curso Controle de Qualidade conceitos e aplicao, paraprossionais de Moambique, que vieram ao Brasil para quali-cao prossional em convnio rmado entre UFRJ, Ministrioda Sade de Moambique e CDC (Centers for Disease Controland Prevention). Desta vez 11 pessoas participaram, totalizando29 prossionais que j assistiram ao curso.

    Segundo Carla Albu-querque, Gestora deNegcios da ControlLab,os frutos deste trabalhoj podem ser percebidosa cada curso. Vemosisso pela desenvolturados prossionais, que saumenta, o que muitograticante para ns.

    Anlise e Interpretao de Citometria de Fluxo

    O I Curso Prtico para Qualicao em Anlise e Interpre -tao de Citometria de Fluxo aconteceu nos dias 12 e 13 desetembro, em So Paulo e teve o apoio da ControlLab, comouma das patrocinadoras. Foi desenvolvido para a qualicaode prossionais em anlise e interpretao de resultados obti-dos por citometria de uxo, como mdicos, farmacuticos,bilogos e biomdicos que trabalham com imunofenotipagem.O objetivo foi atender a demanda brasileira por qualicaoneste segmento, preparando prossionais para contribuir comdiagnsticos mais precisos.

    No total, participaram 62 especialistas de instituies de diag-

    nstico e universitrias de dez estados brasileiros.Para Rafael Lopes, que participou do curso junto com AdrianaS, ambos da Gesto de Servios da ControlLab, a infra-estru-tura e o conhecimento dos instrutores foram muito importantes:a participao ativa de todos durante o curso foi o fundamentalpara um melhor aprendizado de um tema to tcnico. O softwareusado para as anlises foi um dos destaques, por permitir umaaplicao mais prtica.

    Segundo Vincius Biasoli, Diretor Executivo da ControlLab: esteevento demonstrou o quanto os prossionais de laboratrio tmse voltado para a Gesto do Negcio e no mais apenas para aexecuo do servio em si. Isso muito importante, visto que asobrevivncia da empresa nos tempos de hoje depende de umaboa gesto da qualidade, dos riscos, do cliente e nanceira,entre outros.

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    Cresce a procura por especializao emSade Pblica e Vigilncia SanitriaCada vez mais profissionais que atuam em laboratriosvm buscando a especializao em sade pblica e maiorconhecimento em temas relacionados Vigilncia Sanitria.Para isso, instituies universitrias tm oferecido o cursode ps-graduao latu sensu, com o objetivo de aprimorare capacitar profissionais que querem atuar ou que j a tuamno sistema de vigilncia sanitria (gestores de prefeituras,dos estados e do governo federal) e profissionais do setorregulado (indstrias e prestadores de servio).

    No estado do Rio de Janeiro, a Universidade Estcio deS oferece cursos nos quais discutem-se temas referentes legislao dos SUS e direito sanitrio; epidemiologia;

    planejamento estratgico; vigilncia sanitria de produtose vigilncia sanitria de servios, entre outros. So cursosque abordam temas e questes da prtica e do cotidiano doSistema nico de Sade e da Vigilncia sanitria. Os cursostambm so oferecidos na Bahia e em Braslia.

    Para Alex Sander da Matta, Qumico Industrial especializadoem Vigilncia Sanitria, trata-se de uma oportunidade ofe-recida a todos os profissionais de nvel superior que querematuar no segmento. Atualmente, Alex Sander responsvelpelo Setor de Correlatos da DFM/SUVISA/SESDEC/RJ, queresponde por quase 400 estabelecimentos que possuematividades de produtos para sade (correlatos) cadastradosno Estado do Rio de Janeiro. Em 2006 foi convidado pela

    Universidade Estcio de S para fazer parte do corpo docentena rea de sade, ministrando aulas na primeira turma deps-graduao em Vigilncia Sanitria e hoje o professorresponsvel pelo curso.

    Como professor responsvel, busco profissionais comgrande experincia em vigilncia sanitria. Assim, conta-mos com a vivncia e a experincia do corpo docente paraaprimorar os temas abordados. Segundo ele, com os novoscursos os profissionais que querem atuar na vigilncia sa-nitria estaro preparados e tero conhecimento das reasde atuao, procedimentos, exigncias legais e tcnicas. uma vantagem para empresas, profissionais e populaoem geral.

    Para as empresas, a vantagem contar com profissionaisque tenham conhecimento aprimorado nas aes e prticasda vigilncia sanitria, de modo a oferecerem produtos e

    servios de melhor qualidade e seguros para a populao.Estes profissionais agregam conhecimento e experincia,maior qualificao dos recursos humanos e motivao.

    Um dos objetivos do Sistema nico da Sade a promooda educao, formao e capacitao de profissionaisque atuaro no sistema de sade. Portanto, a vigilnciasanitria como parte integrante do SUS tende a se beneficiarcom a presena e atuao de profissionais melhores, ass imcomo a populao, que ter melhores produtos e serviose melhor qualidade de vida. Alm disso, se valorizarmos osprofissionais que atuam no sistema de sade e divulgarmosconhecimento e prticas de vigilncia sanitria, estaremos

    melhorando a qualidade de vida de todos, com oferta deprodutos e servios seguros, eficientes e de qualidade,diminuindo os agravos sade da populao e ao meioambiente, finaliza A lex Sander.

    participao ControlLab

    Vai Rolar!XXVII Congresso de Patologia

    Bzios / RJ, em 28/10/2009www.congressodepatologia.com.br

    Congresso da Sociedade Latinoamericana de PatologiaAntgua / Guatemala, em 02/11/2009www.congresoslap2009.com

    25 CBM - Congresso Brasileiro de MicrobiologiaPorto de Galinhas / PE, em 08/11/2009www.sbmicrobiologia.org.br

    CONBRAVET 2009

    Porto Seguro / BA, em 08/11/2009www.conbravet.com.br

    HEMO 2009Florianpolis / SC, em 11/11/2009www.hemo2009.org.br

    XII Congresso Paulista de Pneumologia e TisiologiaSo Paulo / SP, em 18/11/[email protected]

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    A anlise seminal fornece uma fotograa instantnea do po-

    tencial de fertilidade masculina e uma triagem inicial para a

    avaliao da fertilidade do casal. Por ter relativamente baixos

    custos e ser no-invasivo, em geral o primeiro teste solicitado

    na avaliao do casal infrtil.

    A anlise seminal no , isoladamente, um teste de fertilidade,

    consiste em um painel de testes para a avaliao da funo

    testicular, de propriedades funcionais dos espermatozides,

    maturao epididimria e da funo secretora das glndulasacessrias e, cada uma destas anlises requer tcnicas e habi-

    lidades distintas.

    A realizao do espermograma em laboratrios clnicos tem sido

    um problema, pois h grande diculdade de padronizao na

    tcnica de anlise, escolha de tcnicas acessrias e realizao

    de controle de qualidade.

    Para resolver esta questo, o Laboratrio Cemise optou pela

    utilizao da Cmara de Makler (CM), que uma alternativa

    vivel de padronizao nos parmetros de concentrao, mo -

    tilidade, contagem de clulas no espermticas no espermo-

    grama manual, com custo acessvel, de fcil e rpida utilizao.

    As cmaras especcas no necessitam que a amostra seja

    diluda e tem uma profundidade de campo adequada, o quepermite a visualizao de espermatozides imveis e mveis

    no mesmo plano focal, facilitando a contagem e diminuindo a

    margem de erro devido sobreposio.

    A CM a mais indicada para contagem de espermatozides,

    constituda de duas partes: uma circular, que a base da cmera,

    onde quatro pinos elevam-se na parte central, em 10 m acima

    da superfcie e uma lamnula especial redonda, onde se encon-

    tra impresso, na sua superfcie inferior, um retculo de 1mm2

    dividido em 100 quadrantes de 0,1x 0,1mm.

    Para a contagem deve-se focalizar o retculo, escolher 10

    quadrantes e contar todos os espermatozides que estiverem nos

    08

    Utilizao da Cmara de Maklerpara

    realizao doEspermograma Manual

    Prof. Biasoli e segurana do paciente

    Erika Caldas Razuk Ruiz - Laboratrio Cemise Vida / Clifert

    quadrantes escolhidos no momento da contagem, multiplica-se

    por 106, tendo o resultado em milhes por ml. Em pacientes com

    menos de um espermatozide a cada 10 quadrantes, contam-se

    os 100 quadrantes e multiplica-se por 105tendo-se o resultado

    em mil por ml. O mesmo deve ser feito na visualizao de clulas

    no espermticas.

    Para a vericao da motilidade, a contagem nos 10 quadrantes

    deve ser feita em quatro nveis: (A) lineares rpidos, (B) no

    lineares e lentos, (C) no progressivos e (D) imveis; para a

    concentrao de espermatozides, estes devem ser imobilizados

    a uma temperatura de 56C.

    A CM foi para o laboratrio uma excelente alternativa para

    otimizar a anlise de smen. Entretanto, por razes de padroni-

    zao e para que resultados obtidos em locais diferentes sejam

    comparveis e conveis, os testes que envolvem smen devem

    ser realizados de acordo com diretrizes pblicas, como as esta-

    belecidas pela Organizao Mundial de Sade.

    [email protected]