ENTREVISTA Luciano Galvão Coutinho BNDES: pronto para...

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E N T R E V I S T A 6 por Patrícia Mariuzzo Luciano Galvão Coutinho O economista Luciano Coutinho, pre- sidente do BNDES, concedeu esta entre- vista em outubro, pouco antes de anun- ciar à imprensa desempenho recorde do banco, pelo sexto mês consecutivo. A cifra de desembolsos em setembro atingiu a casa dos R$ 62 bilhões. O orça- mento para este ano é de até R$ 65 bilhões. O BNDES, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indús- tria e Comércio Exterior, é um dos gran- des bancos de desenvolvimento do mun- do hoje: em desembolso, é duas vezes maior do que o BID e o Banco Mundial juntos, somente superado pelo Banco Europeu de Investimento. Este é o maior ciclo de crescimento em mais de uma década, segundo o último boletim tri- mestral da instituição. Ao assumir a presidência, em abril deste ano, Coutinho afirmou ter a responsabilida- de de dar continuidade à trajetória ascendente do banco e também de tor- ná-lo instrumento de apoio ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). À revista Inovação, Coutinho fala sobre inovação, competitividade da indústria brasileira e faz um balanço dos inves- timentos do banco no PAC. Segundo ele, nas aprovações, chama a atenção o gran- de crescimento no segmento de infra- estrutura que atingiu 125% nos últimos 12 meses. Destaca-se a expansão de 38% dos desembolsos e 74% do número de operações para micro e pequenas empre- sas no mesmo período. "Todos estes números indicam que o BNDES deve apresentar desembolsos crescentes no futuro e, apesar do desafio que isto repre- senta para o funding do banco, contare- mos com os recursos necessários para apoiar qualquer projeto que seja impor- tante para o desenvolvimento do país", disse. Formado em economia pela Universidade de São Paulo (USP), em 1968, o ex-professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) já ocu- pou a função de secretário-geral do Ministério da Ciência e Tecnologia de 1985 a 1988, no governo de José Sarney, foi consultor do Sebrae, do Banco do Nordeste e de governos estaduais. Qual o conceito de inovação para o BNDES? Ele dialoga com a concepção de organismos internacionais como o UNCTAD ou OCDE, ou de instituições brasileiras de fomento como a Finep, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia? Luciano Galvão Coutinho No seu apoio à inovação, prioridade na atuação do BNDES, o banco utiliza a definição do Manual de Oslo, a principal fonte inter- nacional de diretrizes para coleta e uso de dados sobre atividades inovadoras. Esse manual foi elaborado e publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em cooperação com a Eurostat (Comu- nidade Européia), e foi traduzido pela Finep. Desta forma, o conceito de ino- vação utilizado pelo BNDES encontra- se em linha com a principal referência internacional e com os conceitos utili- zados pela Finep e pelo IBGE na elabo- ração da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec). Trata-se de um apoio abrangente, que contempla qua- tro tipos de inovação: de produto, de processo, de marketing e organizacio- nal. Para dar conta de uma ampla varie- dade de situações, o BNDES dispõe de um amplo conjunto de instrumentos, envolvendo desde recursos não-reem- bolsáveis, como o Funtec, até instru- mentos de renda variável, passando por linhas de financiamento específi- cas para inovação. BNDES: pronto para alavancar investimentos em inovação no país BANCO É UM INSTRUMENTO FUNDAMENTAL NO APOIO AO PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

Transcript of ENTREVISTA Luciano Galvão Coutinho BNDES: pronto para...

E N T R E V I S T A

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por Patrícia Mariuzzo

L u c i a n o G a l v ã o C o u t i n h o

O economista Luciano Coutinho, pre-sidente do BNDES, concedeu esta entre-vista em outubro, pouco antes de anun-ciar à imprensa desempenho recordedo banco, pelo sexto mês consecutivo.A cifra de desembolsos em setembroatingiu a casa dos R$ 62 bilhões. O orça-mento para este ano é de até R$ 65bilhões. O BNDES, vinculado aoMinistério do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior, é um dos gran-des bancos de desenvolvimento do mun-do hoje: em desembolso, é duas vezesmaior do que o BID e o Banco Mundialjuntos, somente superado pelo BancoEuropeu de Investimento. Este é o maiorciclo de crescimento em mais de umadécada, segundo o último boletim tri-mestral da instituição. Ao assumir apresidência, em abril deste ano,Coutinho afirmou ter a responsabilida-de de dar continuidade à trajetóriaascendente do banco e também de tor-ná-lo instrumento de apoio ao Programade Aceleração do Crescimento (PAC). Àrevista IInnoovvaaççããoo, Coutinho fala sobreinovação, competitividade da indústriabrasileira e faz um balanço dos inves-timentos do banco no PAC. Segundo ele,nas aprovações, chama a atenção o gran-de crescimento no segmento de infra-estrutura que atingiu 125% nos últimos12 meses. Destaca-se a expansão de 38%

dos desembolsos e 74% do número deoperações para micro e pequenas empre-sas no mesmo período. "Todos estesnúmeros indicam que o BNDES deveapresentar desembolsos crescentes nofuturo e, apesar do desafio que isto repre-senta para o funding do banco, contare-mos com os recursos necessários paraapoiar qualquer projeto que seja impor-tante para o desenvolvimento do país",disse. Formado em economia pelaUniversidade de São Paulo (USP), em1968, o ex-professor da UniversidadeEstadual de Campinas (Unicamp) já ocu-pou a função de secretário-geral doMinistério da Ciência e Tecnologia de1985 a 1988, no governo de José Sarney,foi consultor do Sebrae, do Banco doNordeste e de governos estaduais.

Qual o conceito de inovação para o

BNDES? Ele dialoga com a concepção

de organismos internacionais como o

UNCTAD ou OCDE, ou de instituições

brasileiras de fomento como a Finep,

ligada ao Ministério de Ciência e

Tecnologia?

Luciano Galvão Coutinho No seu apoioà inovação, prioridade na atuação doBNDES, o banco utiliza a definição doManual de Oslo, a principal fonte inter-nacional de diretrizes para coleta e usode dados sobre atividades inovadoras.Esse manual foi elaborado e publicadopela Organização para a Cooperação eDesenvolvimento Econômico (OCDE)em cooperação com a Eurostat (Comu-nidade Européia), e foi traduzido pelaFinep. Desta forma, o conceito de ino-vação utilizado pelo BNDES encontra-se em linha com a principal referênciainternacional e com os conceitos utili-zados pela Finep e pelo IBGE na elabo-ração da Pesquisa de InovaçãoTecnológica (Pintec). Trata-se de umapoio abrangente, que contempla qua-tro tipos de inovação: de produto, deprocesso, de marketing e organizacio-nal. Para dar conta de uma ampla varie-dade de situações, o BNDES dispõe deum amplo conjunto de instrumentos,envolvendo desde recursos não-reem-bolsáveis, como o Funtec, até instru-mentos de renda variável, passandopor linhas de financiamento específi-cas para inovação.

BNDES: pronto para alavancar investimentos em inovação no país

BANCO É UM INSTRUMENTOFUNDAMENTAL NO

APOIO AO PROGRAMA DE ACELERAÇÃO

DO CRESCIMENTO

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A Pintec 2005 mostrou que o número de

indústrias com atividades de P&D cres-

ceu apenas 2,1% comparado a 2003 e a

Organização Mundial de Propriedade

Intelectual (Ompi), em seu levantamen-

to anual, apontou que, entre 2004 e 2005,

o número de pedidos de patentes no

Brasil caiu 13,8%, enquanto aumentou

em quase todo o mundo. Os programas

do BNDES de apoio à inovação devem

modificar esse cenário?

Coutinho A Pintec e os levantamentossobre pedidos de registro de patentesreforçam o diagnóstico de que as firmasbrasileiras ainda inovam pouco. Este é umgrande desafio para o país, com impac-tos sobre sua competitividade e sua inser-ção internacional. A construção e firmeaperfeiçoamento do Sistema Nacionalde Inovação, proposto pelo MCT e de acor-do com os planos recentemente aprova-

dos pelo CCT, é fundamental para alteraresse quadro. A prioridade conferida peloBNDES à inovação faz parte desse esfor-ço coordenado. O foco do apoio do ban-co será incentivar atividades inovado-ras nas empresas de forma a contribuirpara mudar a cultura do empresariadono setor. Essa atuação deve se somar aosesforços dos demais atores do SistemaNacional de Inovação a fim de impulsio-nar e tornar sistemáticas as atividadesde P&D nas empresas, resultando naapropriação dos resultados econômicosda inovação também por meio de direi-tos de propriedade intelectual, quandoesta for a alternativa apropriada.

No II Congresso Brasileiro de Inovação

na Indústria, em março deste ano, foi

sugerida a divisão do BNDES em duas

áreas: um banco de infra-estrutura, liga-

do ao Ministério do Planejamento, e outro

voltado para financiar a indústria, liga-

do ao Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio. Qual é sua opi-

nião sobre isso? Essa divisão poderia

enfraquecer o banco e sua capacidade

de fornecer crédito às empresas ou essa

focalização tenderia a dar mais agili-

dade e elevar a especialização da insti-

tuição?

Coutinho Atualmente, o BNDES é um dosgrandes bancos de desenvolvimento domundo. Em termos de desembolso, é duasvezes maior do que o BID e o BancoMundial juntos, superado apenas peloBanco Europeu de Investimento. O seuporte e sua experiência resultam do papelfundamental que tem na promoção dodesenvolvimento brasileiro. Nessa tare-fa, o banco atua de maneira eficiente ecoordenada, em diversos segmentos, afim de apoiar a elevação continuada daformação de capital e promover a com-petitividade da economia brasileira. Essaação coordenada envolve atuação paraacelerar os programas de investimentona indústria de transformação, não ape-nas para ampliar a capacidade produti-va, mas também visando à aceleração deinovações. Ao mesmo tempo, a elevaçãoda produtividade e da competitividadeda indústria depende também da eficiên-cia econômica em geral. Isto significaque investimentos em infra-estruturasão imprescindíveis para o crescimentoe desenvolvimento da indústria e do país,como foi reconhecido no PAC. A atuaçãodo BNDES em indústria e infra-estrutu-ra permite coordenar tais esforços e con-tribuir para que o processo de desenvol-vimento ocorra de maneira articulada,garantindo que o apoio do banco dê sus-tentação aos ciclos de crescimento e inves-

Agência Brasil

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timento. Portanto, uma divisão do BNDESseria totalmente contraproducente emtermos de eficiência, de capacidade ope-racional, de funding e de resultados parao processo de fomento à inovação.

No Brasil, há pouca oferta de progra-

mas ou linhas de capital de risco, um

tipo de financiamento importante para

empresas inovadoras. Existe o plano de

criação, no Banco, de programas para

suprir essa demanda? Como funciona-

riam?

Coutinho A área de mercado de capitaisdo BNDES vem se dedicando ao apoiode empresas inovadoras, especialmen-te pequenas e médias, consideradas prio-ritárias na ação de capitalização da ins-tituição. Esse apoio pode ocorrer pormeio de participação direta, combina-da ou não com operações de financia-mento convencionais, mas também atra-vés de fundos de investimentos fechados.Somente em participação direta, oBNDES já possui cerca de 40 empresasaprovadas. Ao longo dos anos, diversasoperações obtiveram grande sucesso,seja pelo ponto de vista de desenvolvi-mento setorial ou regional, seja sob oponto de vista de retorno financeiro.Nessa esteira, destacam-se a aberturade capital da TOTVS, Lupatech e Bema-tech, ocorridas ao longo de 2006 e 2007. Por outro lado, o desenvolvimento defundos fechados permite uma atuaçãomais focada regional e setorialmente,oferecendo maior capilaridade. Soma-se a isso a possibilidade de alavanca-gem de recursos privados para o capitaldas empresas inovadoras, ampliandosignificativamente o número de empre-sas atendidas. Os R$ 140 milhões desti-

nados aos fundos de venture capital

resultaram em uma captação final deR$ 753 milhões. O BNDES já estruturoumais de 17 fundos de venture capital,sendo que atualmente seis deles encon-tram-se no período de investimento eoutros dois têm previsão de início defuncionamento em 2008. No Programade Fundos de 2005 foram aprovados tam-bém dois fundos de private equity, vol-tados para empresas mais maduras. Em 2006, o BNDES estruturou o Criatec.Trata-se de um fundo para empresas emestágio nascente voltadas para inova-ção, que completa o conjunto de instru-mentos disponibilizados para atenderas empresas inovadoras. O banco iden-tificou que havia uma lacuna, visto queas empresas nascentes não estavam sen-do atendidas pelos fundos de venture

capital. O Criatec é um fundo nacionalcom mais seis gestores regionais loca-lizadas em regiões com grande poten-

cial de inovação no país: Rio de Janeiro,Campinas (que abrange São Paulo e SãoCarlos), Belo Horizonte, Florianópolis,Fortaleza e Belém. O gestor do fundonacional já foi escolhido e a dotação ini-cial é de R$ 80 milhões. A expectativa éque até 60 empresas sejam apoiadasnos próximos quatro anos. Em suma, oBNDES está atuando firmemente como objetivo de oferecer programas de capi-tal de risco para a promoção da capita-lização das pequenas e médias empre-sas inovadoras.

Quando anunciou o Programa de Acele-

ração do Crescimento (PAC), o presiden-

te Lula declarou que queria que o BNDES

fosse o seu carro-chefe. A estimativa

para 2007 era de desembolso entre R$

58 bilhões e R$ 61 bilhões. Essa previ-

são será atingida? Os recursos serão

destinados a que áreas/setores e a que

porte de empresas?

Coutinho Os últimos dados disponíveismostram que os desembolsos nos últi-mos 12 meses já atingiram R$ 61,7bilhões, entre setembro de 2006 e agos-to de 2007. Adicionalmente, o enquadra-mento de novas operações e as aprova-ções vêm crescendo em ritmo acelera-do na comparação com os 12 meses ante-riores — 24% e 40% respectivamente. Naverdade, trabalhamos com uma expec-tativa de um teto de desembolso de R$65 bilhões em 2007. As áreas que maiscontribuem para a expansão recente dosdesembolsos são indústria e infra-estru-tura. Nas aprovações, chama a atençãoo grande crescimento no segmento deinfra-estrutura, atingindo 125% nos últi-mos 12 meses. Quanto ao porte de empresas, ainda que

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as grandes empresas respondam porparte expressiva do volume de desem-bolsos, destaca-se a expansão de 38%dos desembolsos e 74% do número deoperações para micro e pequenas empre-sas nos últimos 12 meses. Esses núme-ros indicam que o BNDES deve apresen-tar desembolsos crescentes no futuro e,apesar do desafio que isto representapara o funding do banco, contaremoscom os recursos necessários para apoiarqualquer projeto que seja importantepara o desenvolvimento do país.

A despeito da existência de programas

voltados a setores prioritários, como o

Prosoft e o Profarma, os desembolsos do

BNDES continuam fortemente associa-

dos a setores tradicionais e consolida-

dos, como automóveis, siderurgia, papel

e celulose, entre outros. Esse perfil não

representa uma incongruência entre os

objetivos do banco e sua operação?

Coutinho Ao longo de seus 55 anos deexistência, o BNDES vem contribuin-do para a consolidação e expansão dediferentes setores da economia brasi-leira, visando à construção e manuten-ção de uma economia diversificada ecada vez mais competitiva. Esses seto-res são naturalmente diversos, em par-ticular no que diz respeito à sua matu-ridade e sua intensidade de capital.Essas características são fundamen-tais para compreender o papel doBNDES em cada setor e para compreen-der o perfil de desembolso do banco. Os setores farmacêutico e de softwaresão intensivos em ciência e tecnologia,nos quais ativos intangíveis são funda-mentais. Mesmo quando estes setoresestiverem maduros, não é de se esperar

que suas necessidades de capital, e con-seqüentemente de financiamento, sejamcomparáveis a setores intensivos emescala e intensivos em capital, como side-rurgia e papel e celulose. Mas temos cons-ciência da importância destes setores eestamos trabalhando para que os inves-timentos, que ainda são relativamentebaixos, aumentem. O Profarma e o Prosoftsão programas que foram recentemen-te reformulados e contam com condiçõesespeciais (prazos e níveis de participação)e com taxas de juros que são as mais bai-xas praticadas pelo BNDES.

O Programa para o Desenvolvimento da

Indústria Nacional de Software e

Serviços da Tecnologia da Informação,

antigo Prosoft, foi reformulado nova-

mente este ano, agora tem dotação orça-

mentária de R$ 1 bilhão. Que falhas ele

busca sanar em relação ao modelo ante-

rior e que melhorias o senhor destaca

nesse novo projeto de financiamento

para a indústria de TIC?

Coutinho O novo prazo de vigência, até31 de julho de 2012, e a dotação orçamen-tária de R$ 1 bilhão permitem que o pro-

grama opere com um horizonte de maislongo prazo. Houve melhora nas condi-ções de financiamento, com redução decustos e maior acesso ao crédito, sobre-tudo às pequenas e médias empresas. Olimite de participação do Banco no inves-timento total pode chegar a 85% e a áreapassa a receber um tratamento diferen-ciado, com a realização de operações deexportação na modalidade direta. Outramudança importante é que o teto de finan-ciamento sem a apresentação de garan-tia real foi ampliado de R$ 6 milhões paraR$ 10 milhões. O Prosoft também passaa apoiar o setor de maneira mais abran-gente, compreendendo não apenas asempresas de software produto, mas todosos segmentos de serviços de TI.

Especificamente sobre a área de TIC

(Tecnologias de Informação e Comunica-

ção) como o senhor vê o papel do BNDES

no fortalecimento dessa indústria no

Brasil em face da política cambial de des-

valorização das moedas nacionais pra-

ticada pelos principais concorrentes inter-

nacionais?

Coutinho O BNDES tem uma atuaçãorelevante no impulso à tecnologia dasempresas nacionais e o objetivo do Bancotem sido permitir que essas companhiasagreguem valor aos seus produtos comconhecimento e inovação. Com essemovimento, nosso objetivo é que hajaum adensamento da cadeia produtiva euma maior diferenciação dos produtos,permitindo que o Brasil possa concorrera despeito do câmbio desfavorável, semque o custo e, sim, a diferenciação deprodutos se torne o fator primordial nacompetição com os concorrentes inter-nacionais.

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O BNDES TEM UMA ATUAÇÃO RELEVANTE NO IMPULSO À TECNOLOGIA

DAS EMPRESAS NACIONAIS E SEU OBJETIVO É PERMITIR

QUE ESSAS COMPANHIAS AGREGUEM VALOR AOS SEUS

PRODUTOS COM CONHECIMENTO E INOVAÇÃO

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