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de Cirurgias Minimamente Invasivas ANO 4 ED 18

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de Cirurgias Minimamente

Invasivas

Ano 4

ED 18

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Dr. Cláudio Crispie equipe

Junho foi mês de estreia dos “Mutirões 2016”

Viajamos à Vitória onde em parceria com a Dra. Karin Rossi, responsável pelo núcleo do Instituto Crispi na ci-dade, demos início ao MEES – 1º Mutirão de Endome-triose do Espírito Santo. O evento, além de contar com uma excelente programação científica também foi re-sponsável por realizar o tratamento cirúrgico, sem cus-to, de portadoras de endometriose que já estavam na fila do SUS há pelo menos 10 anos.

Aproveito a oportunidade para agradecer a todos aque-les que foram fundamentais em tornar este sonho pos-sível, aos amigos da Endovídeo Mulher, aos alunos e ex-alunos que estiveram envolvidos na organização, que participaram, aos nossos patrocinadores, enfim... A todos que nos deram seus votos de confiança e con-tribuíram para o sucesso alcançado. Nas páginas 4 a 13, você acompanha a cobertura completa do evento nas palavras do Dr. Cláudio Crispi Junior e o calendário de datas e locais das próximas ações sociais.

Ainda nesta edição, você acompanha os novos filmes de cirurgia em nosso site, um artigo científico publicado por nossa equipe sobre a evolução urodinâmica de paci-entes com endometriose infiltrativa profunda e os des-dobramentos de nossas discussões sobre a importância da equipe multidisciplinar no tratamento da endometri-ose, um dos temas discutidos durante o mutirão.

Boa leitura!

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DIREtOR

• Dr. Cláudio Crispi

JORNAlIStA RESpONSáVEl

• Juliana Dias

institutocrispi

www.institutocrispi.com.br

(21) 3431-3493

E x p E d i E n t E

COlABORADORES

• Cláudio Crispi Jr.• Gisele torres • luiz Fernando Salzano • Stylo Comunicação

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“Sempre é muito válida essa troca de conhecimentos, esses

eventos fazem toda a comunidade ginecológica crescer em

aprendizado, porém, o mais gratificante é ajudar pessoas

com doenças extremamente extensas e péssima qualidade

de vida, pela endometriose, por tanto tempo”

Por Dr. Cláudio Crispi Jr.

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A ideia de juntar especialistas renomados em endometriose para realização de cirurgias complexas já existe há algum tempo, contudo, os modelos atu-ais de “mutirões”, que envolvem um evento científico e a transmissão das cirurgias ao vivo têm ganhado muito espaço.

Esse evento em Vitória teve formato de um dia inteiro de aulas, em formato de congresso, com presença de grandes nomes da endometriose no cenário mundial de diversos estados e, no segundo dia, foram realizadas cirurgias ao vivo com transmissão para o auditório.

As aulas foram todas focadas em endometriose, com grande direcionamento para o tratamento cirúrgico laparoscópico. As discussões foram de alto nível teórico e todas as mesas muito bem moderadas. O número de participantes foi muito expressivo, ainda mais se tratando de um evento científico muito específico em um tema.

Muito importante essa parte do mutirão ser realizada com aulas, grande parte dos ginecologistas ainda desconhecem essa patologia a fundo, o que causa grande demora no diagnóstico e no seu tratamento adequado.

Na parte cirúrgica do mutirão a primeira grande conquista é poder ajudar pacien-tes que estavam esperando cirurgia há muito tempo, com acometimento gravíssimo; algumas esperando há mais de 10 anos. Outra conquista é poder transmitir para o público participante do evento a sistematização cirúrgica das equipes com experiência de mais de 15 anos neste tipo de cirurgia.

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Dra. Alice Brandão

“Eu acho incrível esse encontro, é um momento de desprendi-mento dos médicos que saem dos seus consultórios, deixam de atender seus pacientes e estão aqui doando seu tempo para ensinar, aprender e formar novas pessoas para o diagnóstico e tratamento da endometriose, isso é importante, pois não há um número suficiente de pessoas aptas”.

Dra. Jaqueline AlvarengaGinecologista e organizadora do evento

“Era um desejo da Endovídeo fazer com que a endometriose fosse melhor discutida, conhecida... E o mutirão deu essa opor-tunidade e, ao mesmo tempo vamos conseguir ajudar algumas pessoas da população, muitas mulheres que estão esperando esse tratamento há vários anos e que tem dificuldade em con-segui-lo.

Dra. Thaissa TinocoAluna do Instituto Crispi e organizadora do evento

O mutirão está tendo um retorno muito importante dos gineco-logistas que estão vindo, assistindo as aulas e estão gostando. Acho que vai ser bem positivo, vai crescer muito a questão da endometriose no estado, o tratamento, diagnóstico...

Dr. Cláudio CrispiGinecologista e idealizador do projeto Mutirões

“A ideia é poder treinar as pessoas de forma que elas consigam em uma cirurgia tratar, com eficiência, pacientes com endome-triose. Como é uma doença progressiva, pode levar de 7 a 10 anos, você entende que a paciente fica muito grave e as cirurgias podem se tornar mutiladoras. O mutirão quer levantar essa pre-ocupação, dizendo que a doença é grave, tem tratamento, trazer a boa nova à paciente, porque elas ficam desesperadas em pen-sar que não terão como recuperar a qualidade de vida e tem, isso é possível.”

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Dr. Yulo CésareGinecologista, professor do Instituto Crispi

A endometriose é uma doença muito prevalente, incapacitante, que causa dor e um quadro de infertilidade muito importante. As pessoas, instituições e médicos, não estão muito voltados para esse tipo de informação e essas pacientes sofrem porque existe uma demora até que se tenha o diagnóstico.

Dra. Karin RossiGinecologista, membro do Instituto Crispi e organizadora do evento

Balanço super produtivo, atendendo à todas as nossas expectati-vas. A primeira expectativa é que as pessoas consigam entender a importância do diagnóstico precoce da endometriose. Foram apresentadas diversas formas de diagnóstico, métodos de utili-zação das ressonâncias, das ultrassonografias, métodos padro-nizados de investigação de mulheres mais jovens, adolescentes que sofrem com as cólicas, então nós conseguimos atingir essa questão da sistematização do diagnóstico. Então você vê que as pessoas já estão se preocupando com números e já estão se unindo em prol de atender a demanda que tem em nosso estado.

Ana Paula Siqueira39 anos, portadora de endometriose que recebeu tratamento

“Sinto dores tão fortes que não fico em pé, fico trêmula, tenho dor de cabeça, fraqueza e te-nho uns 15 dias comprometi-dos no mês. Ela limita a vida da gente, tanto social como dentro de casa, para traba-lhar... É tudo muito difícil”.

Vanessa Lima Guerra41 anos, portadora de endometriose que recebeu tratamento

“Você não vive com a endometriose, sobrevi-ve. A dor é tão forte que as pessoas muitas vezes julgam, achando que é loucura”.

Thais oliveira28 anos, portadora de endometriose que recebeu tratamento

“Há cinco anos sofro de dores muitos fortes na região pélvica, passei por vários médicos e ninguém descobria”.

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Dr. Thiago DantasGinecologista, membro do Instituto Crispi

Momento único para divulgar e difundir a endometriose, divulgar mais sobre os tratamentos, sobre as modalidades de diagnóstico.

Gabriele LomonteGinecologista e aluna de Endoscopia Ginecológica do Instituto Crispi

“A endometriose é um paradigma para todo ginecologista, prin-cipalmente para a gente que está começando agora. O dignós-tico é muito difícil, poucas pessoas fazem endometriose aqui no estado, acho que esse conhecimento vai ser importante para todo mundo”.

Dr. Paulo ReisColoproctologista, membro do Instituto Crispi

“A gente vive em um país subdesenvolvido, é uma doença cara, o Sistema Único de Saúde não cobre, os hospitais que cobrem não conseguem absorver a população”.

Ana Roberta Freire28 anos, portadora da doença que recebeu o tratamento

“Em 2011 comecei a ter fortes dores no período menstrual que me atrapalhavam na ro-tina diária, para trabalhar, es-tudar... Como era só no perío-do menstrual, achava normal. Em 2014 comecei a ter essas crises de dor fora do período, não conseguia ficar de pé”.

Cedirlene Cardoso35 anos, portadora da doença que recebeu o tratamento

“A população ainda não sabe o que é endo-metriose aqui em Vitória. As pessoas nos chamam de útero seco, acham que temos inveja, porque quando alguém engravida fi-camos emocionadas (chora). Quando nascia uma criança eles falavam assim: nossa, ela vai vir cheia de inveja e não é inveja, é vonta-de de ser mãe e não conseguir por causa da doença”.

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Fala Espírito Santo

Foi notícia...

A apresentadora Juliana lyra recebeu a Dra. Kárin Rossi e a portadora de endometriose thaís Oliveira que teve seu tratamento cirúrgico realizado durante o mutirão.

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G1 - TV Gazeta (globo ES) A tV Gazeta fez uma reportagem sobre o evento com participação do Dr. Cláudio Crispi, da Dra. Jaqueline Alvarenga e da portadora de endometriose Ana paula Siqueira que sofria, desde os 12 anos, com os sintomas da doença.

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Dra. Lilian Aragão

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O tratamento de doenças complexas e multisetorial, como é o caso da endome-triose, exige uma abordagem multidisciplinar, segundo as sociedades médicas nacionais (ex.: SBE e Sobracil) e internacionais (Ex.: AAGl, BSE e WCE), para uma abordagem mais apropriada da doença e diminuição dos riscos.

EquipE MultiDiSCiplinar

Esta necessidade acontece pois a doen-ça atinge órgãos ginecológicos, como útero, ovários e trompas, mas também outros órgãos como ureteres, bexiga,

retossigmóide, apêndice e até mesmo diafrag-ma, exigindo durante o acompanhamento pré, per e pós operatório da paciente a presença de outros especialistas como coloproctologis-tas, urologistas, cirurgiões toráricos, e talvez alguns especialistas mais específicos depen-dendo da raridade da localização da doença. Igualmente importante, são os anestesistas, que são os médicos que estarão durante o pro-cedimento cirúrgico, cuidando do monitora-mento dos sinais vitais da paciente, do confor-to, da sensação da dor e segurança para que o procedimento operatório ocorra da melhor maneira possível.

Além das especialidades cirúrgicas, a en-dometriose acomete a qualidade de vida da paciente em outros aspectos, como a questão psíquica e física, como os sintomas de infer-

tilidade e dor que podem apresentar. Então, igualmente importante para o acompanha-mento e melhora da saúde da paciente é a abordagem de profissionais como psicóloga, fertileuta, fisioterapeuta, clínicos (clinico da dor), nutricionista e terapias alternativas (quando indicadas).

Um estudo brasileiro publicado por um cli-nica de fertilização, com pacientes acometidas pelas endometriose que haviam sido submeti-das a procedimento cirúrgico previo, mostrou que os resultados de gestação após fertiliza-ção in vitro (FIV) foram maiores quando as pa-cientes eram operadas por equipes especiali-zadas multidisciplinar do que aquelas que não haviam, respectivamente, 53,8% e 25,8%.

portanto, não há duvidas dos benefícios que uma equipe repleta de profissionais competentes e especializados para o tratamento da endometriose pode trazer: segurança do procedimento cirúrgi-co, o tratamento completo, eficácia do tratamento e melhora das taxas de fertilidade.

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• Laparoscopialigamentarcomretossigmoidectomiaporgrampeamento circular

• Histerectomialaparoscópicacomretossigmoidectomiasegmentar e colecistectomia

• Histerectomialaparoscópicarobótica

• RobóticaEndometrioseligamentarcomapendicectomia

• Endometrioseprofundacomressecçãointestinalsegmentar e histerectomia

• Endometrioseprofundacomapendicectomia

• Endometrioseprofundacomcistectomia

• Reanastomosedeuretereintestinonaendometrioseprofunda

Filmesnovosdecirurgiaemnossosite.Vejaenãoesqueçadedeixarsuaavaliaçãoaofinaldovídeo.

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A endometriose profunda pode atingir diversos órgãos pélvicos, incluindo os nervos pélvicos. O plexo hipogástrico é a principal origem de inervação dos órgãos pélvicos, incluindo a bexiga e uretra, responsáveis pela micção e armazenamento da urina.

Um estudo prospectivo realizado pelo nosso grupo com 11 pacientes que seriam submetidas a laparoscopia para tratamento de endometriose, comparou os resultados do estudo urodinâmico pré e pós cirurgia. O estudo urodinâmico inclui a fluxometria, a cistometria e o estudo fluxo/pressão.

O resultado do estudo urodinâmico era normal em 91% das pacientes no pré-operatório e todas as pacientes tiveram o estudo urodinâmico nor-mal no pós-operatório. Somente 45,5% das pacientes foram submetidas a técnica de nerve sparing, ou seja, a dissecção dos nervos pélvicos.

Apesar da pequena amostra de pacientes deste estudo, vimos que a téc-nica de nerve sparing não causou alterações urodinâmicas nas pacientes com endometriose profunda, assim como a maioria desta população não apresentou alterações nas funções miccionais.

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