Empresários nacionais satisfeitos com investimentos no...

16Jardim Vista quer reforçar posicionamento

Quarta-feira5 Novembro 2008

Balanço da presença destes profissionais no país foi efectuada durante uma conferência organizada pelo PÚBLICO Imobiliário, Vida Imobiliária Brasil e Consultan pág 10

Empresários nacionais satisfeitos com investimentos no Brasil

20Cin e a forma de reinterpretar a cor

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2Imobiliário terciário em perda

18Tomar aposta no imobiliário turístico

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Abertura2 • Público Imobiliário • Quarta-feira 5 Novembro 2008

Investimento em imobiliário terciário caiu 41 por cento no primeiro semestre Perspectivas pouco animadoras para o futuro deste mercado. Imobiliário corporativo apresenta bons resultados

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Rui Pedro Lopes

Os efeitos da crise financeira no merca-do imobiliário são já conhecidos de to-dos os analistas. Todavia, faltava men-surar o peso desses mesmos efeitos nos resultados globais do mercado. A Jones Lang LaSalle fez as contas ao investimento directo em imobiliário terciário (escritórios, retalho, indus-trial), durante o primeiro semestre deste ano, e concluiu que os volumes globais investidos caíram 41 por cento, face ao período homólogo de 2007 (de 398 mil milhões para 233 mil milhões de euros).

O abrandamento da economia glo-bal e as dificuldades em aceder ao crédito são as principais dificuldades apontadas pelos investidores, que não esperam melhorias até ao final do ano e estão apreensivos quanto a 2009. “No último ano, a crise do cré-dito imobiliário causou um ajuste de preços em baixa no imobiliário terci-ário europeu, especialmente no Reino Unido. Esta tendência deverá conti-nuar a registar-se até ao final de 2008 e em 2009”, constata Tony Horrell, Head de European Capital Markets da Jones Lang LaSalle.

Segundo as perspectivas desta con-sultora, apresentadas no último Global Capital Markets Update, o volume de investimento em imobiliário terciário na Europa deverá situar-se, este ano, 50 por cento abaixo dos 759 mil mi-lhões de euros, registados em 2007.

Além disso e “embora tenha sido lançado um número crescente de fun-dos de oportunidades”, Tony Horrell prevê que “as aquisições serão pre-dominantemente marcadas pelo re-curso a capitais próprios. Estando o financiamento disponível apenas para alguns negócios de elevada qualidade, o volume de transacções motivadas pela procura deverá manter-se relati-vamente baixo”.

A queda do investimento estran-geiro no imobiliário terciário foi um dos motivos que contribuiu para este mau resultado. Apesar de continuar a concentrar cerca de 60 por cento

vestidos na Ásia-Pacífico – o Japão foi o principal destino – e mil milhões (mais de 790 milhões euros) no continente americano”, pode ler-se no relatório da Jones Lang LaSalle.

Tony Horrell acrescenta: “Os fundos alemães conquistaram a medalha de ouro no investimento imobiliário ter-ciário internacional no primeiro se-mestre de 2008. Contabilizando cerca de 14 por cento do total das compras estrangeiras, os fundos alemães foram a principal fonte de capital de investi-mento estrangeiro”.

Também os países do Gulf Cooperation Council (GCC), nomeada-mente a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, estão “progressiva-mente a confirmar o seu estatuto de grandes compradores de imobiliário global”, tendo investido, nos primeiros seis meses deste ano, cerca de cinco mil milhões de dólares (mais de 3,95 mil milhões de euros) nos mercados imobiliários internacionais.

Corporativo em altaMas nem tudo foram más notícias nes-te primeiro semestre. “Enquanto que os volumes de transacção desceram em quase todo o mundo, as vendas corporativas foram uma excepção. O crescimento dos custos de financia-mento e uma actividade económica geralmente em abrandamento resul-taram no facto de muitas empresas procurarem reduzir a alavancagem através de operações de sale e lease-back dos seus imóveis”, revela o Global Capital Markets Update.

Esta é uma tendência que tem vin-do a ganhar força ao longo dos últi-mos anos. Se no primeiro semestre de 2005, este tipo de vendas não chegava aos 11 mil milhões de dólares (mais de 8,6 mil milhões de euros), em idêntico período de 2008 já ultrapassava os 33 mil milhões de dólares (mais de 26 mil milhões de euros).

De acordo com o relatório da Jones Lang LaSalle, 56 por cento das vendas de imobiliário corporativo ocorreram na Europa, com especial destaque pa-ra a Alemanha, que absorveu a maioria do volume transaccionado.

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Abrandamento da economia global é uma das principais dificuldades apontadas pelos investidores

da totalidade de investimento no mer-cado europeu, o primeiro semestre produziu quedas homólogas de 46 por cento.

Neste capítulo, os fundos do Médio Oriente e os fundos abertos alemães foram os mais activos fora das su-as regiões. “Apesar de realizarem a maioria das suas compras fora do seu

país noutros mercados europeus, os fundos alemães adquiriram mais de quatro mil milhões de dólares (mais de 3,1 mil milhões de euros) em imó-veis noutras regiões, dos quais três mil milhões (2,37 mil milhões de euros) in-

Número

233 mil milhões de euros foi o volume de investimento directo em imobiliário terciário

Usados com evolução irregularO comportamento dos alojamentos

novos foi marcado por uma evolução positiva, desde Julho deste ano que o seu percurso é de crescimento, com variações de 0,7% em Agosto e 1,3% em Setembro. A taxa de variação anu-al atingida em Setembro foi de 3,9% correspondendo ao valor máximo dos últimos 22 meses.

No segmento dos usados o percurso foi mais irregular, com valores nega-tivos de 0,1% em Agosto e com uma subida de 1,7% em Setembro. As taxas de variação trimestral dão nota do ca-rácter mais irregular deste segmento, no primeiro trimestre do ano a taxa de valorização foi de 2,0%, passando no trimestre seguinte para 0,1%, aca-bando por se fixar em 1,9% no terceiro trimestre de 2008.

AM LisboaA Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa) corresponde ao mercado imo-

biliário onde as valorizações registadas pelo índice no mês de Setembro foram mais intensas. A taxa de valorização nesse mês foi de 2,3%, com os fogos novos a valorizarem 1,9% e os usados 2,4%. Estas variações são intensifica-das pelo facto de no mês de Agosto o índice ter registado variações negati-vas, de 0,3% e 0,2% nos novos e nos usados.

O comportamento do índice no mês de Setembro faz com que a taxa de va-lorização média dos últimos doze me-ses atinja um valor máximo de 2,5%. O valor desta taxa nos alojamentos novos fixou-se em 0,4 pontos percen-tuais acima deste valor, enquanto que nos usados está 0,3 pontos percentuais abaixo.

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MercadoPúblico Imobiliário • Quarta-feira 5 Novembro 2008 • 3

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No início e no fim do primeiro semes-tre de 2008 o Índice Confidencial Imobiliário registou taxas de varia-ção negativas, abrindo o ano com uma variação de -0,3%, retomando o crescimento positivo durante os quatro meses seguintes, voltando em Junho a atingir uma variação negativa, de -0,4%. O Verão voltou a ser um pe-ríodo de crescimento, com o índice a alcançar, em Setembro, uma variação de 1,6%.

A taxa de variação média anual tem crescido desde Junho de 2007, momento no qual atingiu um valor mínimo de 1,0%. Desde Maio de 2008 que essa taxa ultrapassou a fasquia dos 2,0%, atingindo em Setembro último o valor de 3,2%.

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O Parque Empresarial de Torres Vedras, é gerido pela TV PAR S.A, empresa que foi criada em 2001 e tem na sua estrutura accionista a Parque | Invest S.A, Câma-ra Municipal de Torres Vedras, Agência de Desenvolvimento da Região do Oeste (ADRO) e Associação Comercial e In-dustrial da Região do Oeste (ACIRO).Esta entidade tem como principais objec-tivos a construção, promoção, comercia-lização e gestão de parques empresariais no concelho de Torres Vedras, de acordo com um conceito moderno de gestão de condomínio numa óptica de complemen-taridade com as actividades económicas ali desenvolvidas.Por sua vez, a Parque | Invest, como ac-cionista da TV PAR, é uma empresa que pertence à A.E.P- Associação Empresa-rial de Portugal, que detém um portfólio único a nível nacional no domínio da localização empresarial e na gestão de parques empresariais, disponibilizando ainda serviços de valor acrescentando aos seus clientes.Através do estabelecimento de uma rede de parcerias de alto nível com instituições como as câmaras e associações empresariais, a Parque | Invest tem se caracterizado pela capacidade de apresentar soluções inovado-ras na sua áreas de intervenção, ambiental-mente responsáveis e fortemente integradas nas estratégias municipais de planeamento e ordenamento territorial.

Localização estratégicaO Parque Empresarial de Torres Vedras tem como uma das suas principais van-tagens a localização estratégica, onde se destaca a proximidade com Lisboa que é servido pela A8, o que permite às em-presas instaladas o acesso à capital do país em menos trinta minutos e a Leiria em menos de uma hora.

Procura supera expectativasDe acordo Vítor Sérgio, gestor operacional Parque Empresarial de Torres Vedras, a procura do sector empresarial tem su-perado as expectativas. “ A primeira fase do Parque, com 10 hectares, recomenda-se. Isto é, já praticamente todos os lotes estão vendidos a novas empresas que se deslocaram de outros locais para Torres Vedras. É um óptimo início, indicador de um excelente futuro”, afirmou.

Construção de edifício de serviços, ninho de empresas e pavilhões modulares em fase de conclusão

Por outro lado, está em fase muito adiantada a construção do edifício de serviços, ninho de empresas e dos pa-vilhões modulares, tendo estes últimos áreas de 160, 450, 500 e 600 m2 (com

uma previsão de conclusão da obra para final deste mês) encontrando-se inclusi-vamente em fase em comercialização. Esta construção vem dotar o Parque Em-presarial de uma maior capacidade atracti-va, abrangendo um potencial de empresas a quem até à data não tinha capacidade de satisfazer.Por sua vez, englobado na mesma em-preitada, o edifício de serviço tem como propósito disponibilizar um conjunto de valências de valor acrescentado, estando por sua vez o ninho de empresas mais vocacionado para apoiar start ups e em-preendedores no processo de instalação empresarial, que têm necessidades espe-cíficas ao nível do espaço e dos serviços.

Caracterização de Torres VedrasLocalizada na Região Oeste do país,

Torres Vedras e é um dos 16 municípios do distrito de Lisboa. Tem uma área de 407,1 km2 e cerca de 72 mil habitantes. O concelho tem 10.666 empresas, sendo que, das que têm sede na região, 68,4% pertencem ao Sector Terciário (SIII). O número de funcionários ao seu serviço é de 12.133 (ano de 2001).Torres Vedras é o maior e o mais im-portante do Oeste, com cerca de 20% do total das sociedades sedeadas no Oeste, das quais 25% no sector secundário.

Mais informações:Parque Empresarial de Torres Vedras - TVParTelefone 261 313 158 e-mail: [email protected]

Torres Vedras tem Parque Empresarial de referência

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Notícias - Localização Empresarial

Construção de edifício de serviços, ninho de empresas e pavilhões modulares em fase de conclusão.

Parque Invest desenvolve com Apcer, normativo de referência na gestão das áreas de acolhimento empresarial

A Parque | Invest fortemente empenhada num melhor serviço a prestar ao cliente, assim como uma diferenciação do seu produto e serviço, desenvolveu em conjunto com a APCER um con-junto de requisitos e especificações para a gestão de áreas de acolhimento empresarial.Tal traduziu-se na aprovação pela APCER da ERS 3007/1 - Especificação de Requisitos de Serviço de Gestão de Áreas de Acolhimento Empresarial, sendo que este documento se encon-tra protegido por direitos de autor estando já registado na Inspecção Geral das Actividades Culturais e depositado na Biblioteca Nacional.Esta Especificação de Requisitos de Serviço visa criar um modelo normalizado de gestão das áreas de acolhimento empresarial, pretendendo incrementar os níveis de serviço e melhorar a oferta ao Cliente, traduzindo-se num maior valor acrescentado que estas estruturas possuem. Nestes termos, a Parque | Invest antecipou-se às exigências e às políticas delineados pelo QREN para o acolhimento empresarial, fixando um normativo de maior exigência e que cons-titui um novo referencial em Portugal. A elaboração deste instrumento contou, para além da APCER, com a participação de quadros da Parque | Invest e das demais partes interessadas, sociedades gestoras, parceiros, clientes, participadas, peritos e câmaras municipais. Durante um período de três anos, a especificação apenas será utilizada na certificação de áreas de acolhimento empresarial que mereçam a aprovação da Parque | Invest. Findo esse prazo, a APCER poderá certificar outras organizações. O objectivo da Parque | Invest, naturalmente, é que as sociedades gestoras de parques empresariais em que participa reúnam no mais curto prazo possível as condições para o cumprimento da Especificação de Requisitos de Serviço agora aprovada e que, por esse facto, possam distinguir-se das restantes áreas de acolhimento empresarial existentes a nível nacional.

Parque Empresarial de Torres Vedras

Público Imobiliário • Quarta-feira 5 Novembro 2008 • 5

Pedro Farinha

Empreendimento de cinco estrelas esteve em destaque no stand da Sousa Cunhal Turismo, no último Salão Imobiliário de Lisboa

A Sousa Cunhal Turismo aproveitou a última edição do Salão Imobiliário de Lisboa (SIL) para apresentar o seu primeiro projecto imobiliário. O L’and Vineyards, promovido em conjunto com o Grupo Lágrimas, é um “empre-endimento de 5 estrelas onde a cultura vinícola é o vértice principal”, sendo que “cada proprietário terá oportuni-dade de produzir o seu próprio vinho de modo totalmente personalizado”, revela a empresa promotora, que irá também apresentar este projecto, nos próximos meses, no mercado inter-nacional.

Para Laura Weibel, directora de Marketing e Vendas da Sousa Cunhal Turismo, a presença no SIL permitiu “chegar ao público” e apresentar, “de forma pormenorizada, o empreendi-mento L’and Vineyards, a sua filoso-fia e conceito”, além de “ressaltar as características únicas e diferenciado-ras do projecto de forma personali-zada”.

Localizado em Montemor-o-Novo, este projecto imobiliário assume um conceito, que visa “uma integração harmoniosa de experiência rural com sofisticação, envolvendo arquitectura de autor e sustentabilidade ambiental e económica”, pode ler-se num comu-nicado da Sousa Cunhal Turismo, que

resume o espírito deste empreendi-mento na frase: «Land and something more (Terra e algo mais)».

A arquitectura do L’and Vineyards concretiza, por seu lado, o “conceito de integração de unidades sofisticadas num ambiente rural através da reinter-pretação da casa-pátio mediterrânica de tradição romana e árabe”, avança aquele mesmo comunicado.

A equipa de arquitectos inclui a Promontório Arquitectos, que assi-na o masterplan, além da Sergison Bates Architects (Londres), João Luís Carrilho da Graça Arquitectos, Architekturbüro Peter Märkli (Zurique) e José Paulo dos Santos Arquitecto. O paisagismo do empreendimento está a cargo dos lisboetas da PROAP - João Ferreira Nunes.

As questões que se prendem com a sustentabilidade são uma das prin-cipais preocupações deste desenvol-vimento. “O L’and Vineyards é mes-mo o primeiro projecto em Portugal a obter a certificação BREEAM – uma referência internacional no campo da construção sustentável”, revela a Sousa Cunhal Turismo.

Nos próximos meses, o empreendi-mento será promovido um pouco por toda a Europa (Espanha, Reino Unido, Irlanda, Dinamarca, Noruega, Suiça e Alemanha) e em Angola.

A Sousa Cunhal Turismo anunciou, entretanto, que se prepara para lançar mais resorts, nos próximos anos, sob a marca L’and.

L’and Vineyards vai ser apresentado na Europa e em Angola

Resort

Projecto está localizado em Montemor-o-Novo

Opinião6 • Público Imobiliário • Quarta-feira 5 Novembro 2008

Bastaria ter ouvido o primeiro orador do Seminário Nacional da APEMIP, o dr. Mário Januário, um professor do Ensino Superior que é também um dos directores distritais de Finanças, bastaria ter ouvido este excelente comunicador a dar os parabéns à APEMIP pela justa vitória alcançada com a consideração para efeitos das Mais Valias, da remuneração dos serviços de mediação. Uma insistência mais do que justa da nossa associação que finalmente foi alcançada, em nome de uma elementar justiça, acrescente-se.

O orgulho que aqui manifesto não se limita a sublinhar as vitórias que apontam para a defesa dos legítimos interesses corporativos da nossa classe. No Seminário da APEMIP no SIL 08 – marcado também pela assinatura de um protocolo de cooperação entre a APEMIP e a Domus Venda, empresa especializada na recuperação de créditos -, a jurista da APEMIP dra. Rita Azevedo falou do branqueamento de capitais e das obrigações que a mediação tem nesta matéria, o dr. Pedro Almeida e Sousa da prevista normalização europeia da legislação para o sector e o dr. Pedro Megre, director Geral da UCI dos reflexos no sector imobiliário dos ventos que sopram do Mundo Financeiro.

Além destas matérias, é ainda de sublinhar o espaço dedicado à certificação energética dos edifícios, tema desenvolvido pelo director-geral da Agência para a Energia (ADENE), dr. Alexandre Fernandes, e tema

Por um Orçamento de Estado mais “pacífi co”

Mediação volta a marcar o Salão de Lisboa

Amediação imobiliária portuguesa voltou a marcar, pela positiva, a recente edição do Salão Imobili-ário de Lisboa (SIL) quer nos debates realizados no auditório do stand da APEMIP, quer no Semi-

nário Nacional que a APEMIP organizou no decorrer do SIL, ponto alto da feira que contou com a presença, entre outros, do Senhor Secretário de Estado da Justiça, Dr, João Tiago Silveira, do presidente do InCI, engº. Ponce Leão, e do nosso colega brasileiro João Teodoro, presidente da COFECI, entidade da mediação que, em auto-regulação, tutela o sector em Terras de Vera Cruz.

Como presidente do Conselho de Gerência da APEMIP Serviços – empresa criada este ano pela APEMIP que a detém a 100% - fui também chamado a apresentar os projectos estratégicos da APEMIP que a APEMIP Serviços dinamiza e, modéstia à parte, pude testemunhar como a nossa a actividade da mediação imobiliária e a nossa associação são crescentemente respeitadas e ouvidas, na sua qualidade de parceiros privilegiados para todos quantos trabalham neste importante sector da Economia.

José Eduardo Macedo

O Governo aprovou e apresentou, publicamente, no passado dia 15 de Outubro, uma proposta de Orçamento de Estado para 2009, com algumas medidas inovadoras, inevitáveis face à

situação financeira que se vive no Mundo e em Portugal, mas também com alguns agravamentos perfeitamente evitáveis e, como tal, incompreensíveis.

Se a criação de Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional (FIIAH) como expediente para obviar aos incumprimentos relacionados com os encargos com o crédito à habitação pode ser uma medida corajosa e potencialmente positiva para as famílias em apuros financeiros, a eficácia que estas medidas procuram, até para reanimar o mercado de arrendamento, passa mais depressa pelas Sociedades de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional (SIIAH), desde que estas possam abrir-se a entidades que têm um conhecimento próximo das próprias dinâmicas do mercado imobiliário nacional, não lhes sendo exigível capitais sociais elevados, só possíveis de realizar por grandes grupos económicos.

Refiro-me à possibilidade de se alargar o leque das empresas com capacidade para participar activamente neste processo, para além do limitado e constante rol das alíneas a) a f ) do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. O alargamento a outras empresas, médias e até pequenas, potenciaria o grau de exequibilidade pretendido

Acresce que, esta participação poderia, ainda, conduzir à criação de figuras profissionais de gestão do arrendamento, potenciais dinamizadores do mercado, pela segurança legal e pela profissionalização que trariam a este tipo de negócios jurídicos, introduzindo a confiança necessária a um sistema ainda hoje rodeado de muitas desconfianças.

Feito o elogio, com as reservas referidas, dos FIIAH e dos SIIAH, quero sublinhar os agravamentos perfeitamente evitáveis e, como tal, incompreensíveis, que este OE introduz, nomeadamente em sede do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e do Imposto Municipal sobre Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT).

No que respeita à segunda avaliação dos prédios urbanos, para efeitos fiscais, o OE para 2009 fixa taxas de três a treze vezes superior ao valor médio da avaliação bancária, que actualmente ronda os 150 euros, valores fixados entre 480 e 1920 euros, que só contribuem para limitar a acesso a este direito aos contribuintes de maior poder de compra.

muito caro ao desenvolvimento sustentável que todos preconizam, bem como a apresentação, em que estive envolvido, com o Vitor Patacas, do conselho de gerência da Apemip Serviços, e com Francisco Alvernaz, Director-Geral da APEMIP, dos três grandes projectos estratégicos da APEMIP – o portal CasaYes, a Academia APEMIP e a APEMIP TV.

Não é pois de estranhar que o Senhor Secretário de Estado da Justiça tenha, na intervenção que proferiu no nosso seminário, anunciado a novidade, para breve, do acesso, simplificado e via net, da mediação à informação matricial sobre imóveis e que o senhor presidente do InCI tenha reconhecido que chegou o tempo de começar a equacionar o salto qualitativo que corresponde à auto-regulação do sector. Tudo isto, modéstia à parte, numa das tardes mais concorridas e produtivas para quem foi ao Salão de Lisboa e participou no Seminário da APEMIP.Presidente do Conselho de Gerência da APEMIP Serviç[email protected]

pelas partes contraentes e verificar a legitimidade e a capacidade das partes e a existência de ónus e encargos.

Por último uma palavra para o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), filho ilegítimo do imposto mais estúpido do Mundo, o imposto de Sisa. Este OE para 2009 não corrige, nem atenua a injustiça e a inércia veiculadas por este instrumento fiscal – limita-se a actualizar (em cerca de 2,5%) os valores dos respectivos escalões.

Os argumentos para o fim deste imposto são mais do que conhecidos, pelo que me limito a lembrar que, tendo em consideração o arrefecimento que o sector enfrenta, a evolução exponencial que a tributação do património imobiliário registou nos últimos anos (tanto em sede de IMT, como de IMI) e a necessidade de se promover uma maior fluidez nas transacções imobiliárias, a par de uma maior justiça fiscal, não se compreende o investimento político na perpetuação do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis e de tudo o que ele representa.Presidente da Direcção Nacional da [email protected]

Luis Lima

Por outro lado fala-se num “valor normal de mercado” sem identificar a metodologia de cálculo para o obter, ou a entidade responsável por apontá-lo, culminando com uma elevada e incompreensível fixação de um intervalo aceitável de distorção do valor patrimonial tributário (+/- 15%) abaixo do qual o requerente terá de suportar o custo da segunda avaliação.

O agravamento para o dobro e para o triplo do IMI de prédios urbanos que se encontram devolutos há mais de um ano e dos prédios em ruínas também configura situações de relativa injustiça fiscal num quadro ainda muito desfavorável e inseguro para o arrendamento urbano e, consequentemente, para a reabilitação urbana. Enquanto os tribunais não responderem atempadamente aos incumprimentos dos contratos de arrendamento, qualquer punição para os proprietários é injusta.

O OE para 2009 prevê, no âmbito das propostas consagradas a nível do Código do IMI, o alargamento, em termos de acesso à informação matricial dos bens imóveis, por via electrónica, às entidades profissionais que tenham competência para autenticar documentos particulares que titulem actos ou contratos sujeitos a registo predial. Reclamamos que esta prorrogativa seja alargada à mediação que, por lei, deve certificar-se se as características do imóvel correspondem às fornecidas

AmbienteQuarta-feira 5 Novembro 2008 • Público Imobiliário • 7

Pedro Farinha

Iniciativa arranca na Sexta-feira e decorre no Pavilhão de Portugal

A Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos promove, na próxi-ma Sexta-feira e Sábado, um semi-nário comemorativo dos 10 anos da Expo’98. O evento decorre no Pavilhão de Portugal, em Lisboa, e pretende fa-zer o “balanço das expectativas e dos resultados obtidos ao desenhar cida-de com o pretexto de uma exposição mundial”, adianta a organização.

Durante dois dias, vários interve-nientes, que “contribuíram para o ac-

Seminário faz balanço de 10 anos de Expo

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to de fazer cidade e de gerar cultura urbana, designadamente arquitectos, urbanistas e decisores”, problematiza-rão este tema e darão o seu contributo para o debate.

O mote para o primeiro dia é o te-ma “Cidade Imaginada”. Direccionado para o planeamento, este debate abordará, através de uma retrospec-tiva histórica, questões relacionadas com a motivação para a realização da Expo’98, o concurso de ideias para o recinto da exposição, a intervenção da Associação dos Arquitectos, os planos

gerais e a identidade conceptual dos planos de pormenor.

Já no segundo dia, o tema será a “Cidade Concretizada”. As questões da gestão urbana estarão em destaque, sendo a Expo’98 encarada como um laboratório de experiências, ao nível do espaço edificado. Serão focados “temas tão diversos como a habitação, comércio e serviços ou espaço público, arte urbana e sinalética”.

Este seminário será complementa-do, no dia 22 de Novembro, com uma visita guiada pelo arquitecto Rolando Borges Martins, presidente da Parque Expo, a esta área de intervenção.

Ensul Meci integra GIAC

A Ensul Meci foi convidada para o grupo internacional Global Industry Advisory Council (GIAC), criado pela SAP e que visa a partilha de experiên-cias nas diferentes áreas de negócio.

“Esta representação coloca a em-presa nacional entre um lote de em-presas de excelência na sua área de actividade. Neste projecto as parcerias estabelecidas entre as empresas são o principal caminho para apontar ne-cessidades e criar soluções inovadoras orientadas ao sector da engenharia e construção”, indica um comunicado desta empresa.

Além da Ensul Meci, este ‘think tank’ inclui mais 17 empresas, nomeadamen-te, a TIC (Estados Unidos), Bouygues (França), Linde AG (Alemanha), Hatch (Canadá), United Group Limited (Austrália), Royal Bam (Holanda) ou a HCC (Índia).

O modus operandi da GIAC consiste na criação de grupos de trabalho para tópicos específicos, onde são partilha-das experiências e o debate estende-se por todo o ano. A última reunião decorreu entre 14 e 15 de Outubro em Walldorf, na sede da SAP na Alemanha. P.F.

Empreendimento8 • Público Imobiliário • Quarta-feira 5 Novembro 2008

Pedro Farinha

A RAR Imobiliária apresentou recen-temente o novo empreendimento São José de Ribamar, da autoria do arqui-tecto Gonçalo Byrne. Localizado jun-to à marginal em Algés, este conjunto residencial de luxo, ainda em fase de projecto, inclui um palacete datado do século XVI, que será alvo de recu-peração.

O empreendimento São José de Ribamar é composto por 22 fracções, das quais 12 correspondem a uma nova área a edificar e que é composta por dois conjuntos de moradias em banda, todas elas com vista directa para o rio Tejo e com tipologias que variam entre o T4 e o T5 +1. O palacete do século XVI receberá oito fracções, com tipologias entre o T2 e o T5+2, enquanto as duas fracções restantes serão construídas numa moradia do início do século passado, que será também objecto de recuperação, sendo o piso térreo constituído por um T3 e os dois pisos superiores por um T5+2 duplex.

De acordo com a RAR Imobiliária, este projecto será construído num ter-reno com uma área de 16.200 m²: “A localização privilegiada em frente ao rio Tejo, defronte da torre de entrada da barra é uma das características a destacar neste projecto, bem como os jardins (três no total) cuja área ronda os 13.000 m2”.

A mesma promotora espera que o licenciamento do São José de Ribamar possa acontecer durante o primeiro semestre de 2009, o que permitiria o início da sua construção e comercia-lização no segundo semestre desse mesmo ano. Assim, a conclusão estaria agendada para o início de 2012.

Ao nível das infra-estruturas de apoio, o empreendimento deverá inte-grar uma sala para o condomínio com I.S. e um health-club, composto por duas salas polivalentes, balneários e piscina exterior. O acesso às diferentes fracções será assegurado por uma cave comum, onde se situam os lugares de parqueamento.

São José de Ribamar é o novo empreendimento da RAR Imobiliária Projecto situado junto à marginal em Algés compreende 22 fracções

Edemi Gardens revela “interessante oferta de habitação”É um misto de reabilitação de um edi-fício antigo, a que se juntam dois cor-pos de edificação nova. É assim que os responsáveis pelo novo empreendi-mento Edemi Gardens apresentam este projecto, situado na Rua Costa Cabral, no Porto, e desenhado pelo arquitec-to Francesco Cancelliere, com estudo urbanístico do arquitecto Henrique Coelho.

Promovido pela Edemi Gardens - Promoção Imobiliária, este complexo inclui 23 apartamentos, distribuídos pelos três corpos, com tipologias entre

o T0 e o T1+1 Duplex. As áreas de cada apartamento variam entre os 42 e os 185 metros quadrados, com varandas e terraços incluídos.

O novo projecto está “vocacionado para um target mais jovem – univer-sitários, quadros ou casais ainda em princípio de vida”, revelando “uma interessante oferta de habitação não só pela relação qualidade/preço, mas também pela sua centralidade”. Além disso e devido à sua localização, “be-neficia da qualidade e tranquilidade da proximidade às Antas”.

A comercialização deste projecto, a cargo da CB Richard Ellis-Predibisa,

B.I.

São José de Ribamar Promotor: RAR ImobiliáriaLocalização: Junto à marginal em Algés (concelho de Oeiras)Área: 16.200 m2Componente residencial: 22 fracçõesInfra-estruturas de apoio: Sala para o condomínio com I.S. e health-club, com duas salas polivalentes, balneários e piscina exterior Arranque das obras: Está pendente do licenciamento do projecto, que a RAR Imobiliária espera que aconteça durante o primeiro semestre do próximo ano Arquitectura: Projecto desenvolvido pelo gabinete do arquitecto Gonçalo Byrne Fundações, estrutura e instalações especiais: Proafa - Serviços de EngenhariaComercialização: Os preços situam-se entre os 4.000 a 5.000 euros/m2

O Deutsche Bank, em parceria com a RAR Imobiliária, desenvolveu uma linha de crédito habitação, que “apresenta condições únicas no mercado e vantagens competitivas e exclusivas para quem pretender adquirir um apartamento no empreendimento Edifício do Parque”.Esta linha inclui “isenção de custos de avaliação, possibilidade de crédito sinal gratuito (sem lugar a amortizações de capital ou a pagamento de juros até ao momento da escritura – 24 meses) e uma taxa de juro de crédito definitivo (a que resultar da adição da taxa Euribor a seis

Edifício do ParqueRAR Imobiliária e Deutsche Bank estabelecem parceria

meses e um spread entre 0,25 e 0,35 por cento)”, informa um comunicado da RAR Imobiliária José António Teixeira, presidente desta promotora, sublinhou que “a RAR Imobiliária, com o objectivo de promover a comercialização do Edifício do

Apesar das datas para o arranque da comercialização ainda não estarem definidas, este é um projecto que se dirige ao “segmento alto de mercado”, estando “orientado para famílias con-solidadas, daí o elevado número de apartamentos com tipologias acima do T4”. Os valores de comercialização rondarão os 4.000 a 5.000 euros/m².

O São José de Ribamar será ainda ob-jecto de certificação, tanto ao nível da qualidade técnica de construção (certi-ficação Domusqual), como em termos de sustentabilidade (Domusnatura), através da consultora multinacional SGS. “Uma distinção que será atribuída apenas no final da construção, mas que garante, desde a fase de projecto, um elevado controlo da qualidade dos vá-rios níveis do processo construtivo, em conjugação com medidas efectivas de minimização de impacto ambiental, de maior eficiência energética, conforto e menores custos de utilização”, adianta um comunicado da RAR Imobiliária.

Parque, desenvolveu em conjunto com o Deutsche Bank uma linha de crédito habitação que apresenta condições únicas e vantagens exclusivas no mercado. Viver no Edifício do Parque um sonho fácil de concretizar tendo em conta as condições exclusivas e competitivas criadas pelo Deutsche Bank”.O empreendimento Edifício do Parque, da autoria do gabinete do arquitecto Rogério Cavaca, é um projecto residencial localizado na zona de Matosinhos Sul, junto ao Parque da Cidade. Integra 117 habitações, com tipologias que vão desde o T1 ao T6 +1 duplex.

está a “superar as expectativas”, uma vez que, neste momento, estão já co-locados 10 dos 23 apartamentos. Os preços variam entre os 90 mil euros para um T0 e os 196 mil euros para um T1+1 Duplex.

“A qualidade construtiva e de reabi-litação, o nível de acabamentos e ex-tras com que os fogos são comerciali-zados – com destaque para as portas

de segurança, caixilharias de vidros duplos, pavimentos e gama completa de electrodomésticos (frigorífico, pla-ca, forno, máquina de lavar louça, e máquina de lavar e secar roupa – fazem do Edemi Gardens um destino de habi-tação muito apelativo para quem anda à procura de casa para morar na cidade Invicta”, pode ler-se num comunicado da CB Richard Ellis-Predibisa.

Este empreendimento, que repre-senta um investimento de 2,5 milhões de euros, estará pronto a habitar no primeiro trimestre do próximo ano. Pedro Farinha

Tipologias do empreendimento variam entre o T4 e o T5 +1

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Rui Pedro Lopes

Os empresários portugueses, ligados ao mercado imobiliário, estão satisfei-tos com os resultados da sua aposta no Brasil. Isso mesmo ficou patente durante a conferência «Investir em Imobiliário no Brasil», que juntou on-tem, em Lisboa, vários profissionais nacionais e brasileiros, que falaram sobre as oportunidades que se abrem neste mercado.

“Estamos extremamente entusias-mados com as vendas do projecto imo-biliário que estamos a desenvolver no Brasil”, sublinhou Gabriel Bastos, pre-sidente executivo da Bascol, durante a conferência, organizada pelo PÚBLICO Imobiliário, Vida Imobiliária Brasil e Consultan.

Para este responsável, “o mercado imobiliário brasileiro está a apresentar um crescimento muito excitante, mas bastante sustentado”, o que “nos per-mite alguma estabilidade e segurança nos negócios”.

Pedro Viriato, administrador da Imocom, afina pelo mesmo diapa-são do seu colega: “O Brasil tem sido uma excelente aposta para a nossa empresa” e “a ideia é continuar a investir neste mercado”. A Imocom lançou recentemente um empreendi-mento, em Salvador da Bahia, e está a desenvolver, no mesmo local, e em parceria com a Hilton, uma unidade hoteleira.

Na óptica deste profissional, a proxi-midade cultural entre Portugal e Brasil é uma vantagem a explorar pelos em-presários nacionais. “Os portugueses são muito bem recebidos neste mer-cado e o Brasil tem tudo a ver con-nosco”, frisa.

E oportunidades para investir pare-cem não faltar. “O Brasil é um mundo de oportunidades e permite investi-mentos seguros, desde que se saiba escolher bem os parceiros”, afirmou Arnaldo Grossman, presidente da Consultan.

O recurso a empresas parceiras as-sume-se como uma das chaves para o sucesso dos portugueses no Brasil. Reinaldo Teixeira, administrador da Garvetur partilha dessa opinião: “É im-portante associarmo-nos a uma marca brasileira para entrarmos neste país”. Isto porque “o povo brasileiro quando compra, olha e dá muita importância à marca”.

Arnaldo Grossman reforça a ideia: “Os portugueses têm de se aliar aos brasileiros, porque são eles quem co-nhece melhor o mercado e que opor-tunidades estão a surgir”.

Mas há que ter em atenção outras questões para quem pretenda investir naquele país, conforme revela Gabriel Bastos. “Não podemos chegar ao Brasil e desenvolver o mesmo projecto que faríamos aqui em Portugal. É um er-ro tremendo acharmos que podemos impor os nossos produtos aos brasi-leiros”. Contudo, “isso não significa que não possamos fazer um upgrade relativamente a algumas das coisas que já lá existem, introduzindo mais-valias nos projectos”.

“Mercado imobiliário brasileiro apresenta crescimento muito excitante”Conferência organizada pelo PÚBLICO Imobiliário, Vida Imobiliária Brasil e Consultanjuntou empresários portugueses e especialistas brasileiros para reflectir sobre este tema

Actualidade10 • Público Imobiliário • Quarta-feira 5 Novembro 2008

A voz dos especialistas brasileiros no mercado imobiliário fez-se ouvir durante a parte da manhã da conferência. Romeu Chap Chap, presidente do Conselho Consultivo do SECOVI SP, precisou que “a crise do subprime está a passar serenamente pelo Brasil e que os seus efeitos são residuais”. Isto sucede, devido ao facto de “só agora, o país ter começado a crescer economicamente, depois de um longo período de estagnação”. Este cenário transforma o Brasil “num dos destinos mais apetecíveis em termos de imobiliário”, nota este responsável, revelando que o deficit habitacional do país, neste momento, é de quase oito milhões de casas. Chap Chap considera que “estes números representam,

por si só, um volume de construção muito significativo”, sendo que “as oportunidades para empresas estrangeiras apostarem neste segmento são inúmeras”.Octávio de Barros, director de Análise Estatística e Macroeconómica do Banco Bradesco, acredita que a conjuntura actual “não podia ser a melhor para investir no Brasil”. E exemplifica: “A taxa de desemprego do Brasil é a menor dos últimos 16 anos; as taxas de juro estão a um nível baixo; a inflação encontra-se controlada; e o crédito imobiliário permanece activo”. E António Barbosa, Superintendente Executivo de crédito imobiliário do Banco Real (Grupo Santander) diz que as vantagens para os investidores não se ficam por aqui. “Quase

tudo o que é hoje investido no Brasil está a ter um retorno acima do previsto, nomeadamente em áreas com o Rio de Janeiro e São Paulo”. Apesar dos bons retornos destas duas cidades, António Barbosa apelou aos empresários portugueses para apostarem “noutras regiões do Brasil, designadamente Salvador da Bahia, Recife, Fortaleza, Brasília”, onde “as oportunidades de investimento são, actualmente, mais seguras”. O advogado especialista no mercado imobiliário brasileiro Marcelo Terra veio transmitir uma mensagem de confiança a todos os que pretendam apostar neste país. “O investimento imobiliário no Brasil, do ponto de vista jurídico, é hoje muito mais seguro”, defendeu.

BrasilOito milhões de casas por construir

E dá um exemplo: “No projecto que apresentámos na passada sema-na, inserimos algumas novidades. Por exemplo, as paredes duplas em toda a casa não são muito vulgares em empreendimentos brasileiros e, além disso, resolvemos também mobilar as casas de banho”.

O administrador da Garvetur deixa também algumas sugestões. “Para os brasileiros, os equipamentos exterio-res são mais importantes do que os interiores. Isso tem de ser levado em linha de conta, até porque, os brasilei-ros gostam de conceber o interior da casa à sua imagem e medida e prefe-rem que as casas estejam totalmente vazias quando as adquirem”.

Onde e como?Todos os oradores concordaram que o mercado imobiliário brasileiro está a ‘borbulhar’ de novas oportunidades. Mas que oportunidades são essas e onde estão?

Arnaldo Grossman ensaia uma res-posta quanto à localização: “Há ex-celentes oportunidades nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, mas é preciso ver que o Brasil oferece outras localizações que se assumem como im-portantes pólos de desenvolvimento imobiliário, nomeadamente, Curitiba, Recife e outras cidades do país. É um erro olhar só para as cidades mais im-portantes, uma vez que algumas das grandes oportunidades estão noutras localizações de Norte a Sul”.

António Gil Machado, director da revista Vida Imobiliária, não tem dúvi-das de que “há uma grande margem de crescimento no mercado imobiliário residencial, nomeadamente nas zonas periféricas das grandes cidades”. Na sua óptica, “é ai que estão as grandes oportunidades no imobiliário brasi-leiro”.

Estas palavras encontraram eco na intervenção de Reinaldo Teixeira, que identificou já “várias empresas na-cionais a apostarem mais na primeira habitação em detrimento da segunda habitação, ao invés do que vinha su-cedendo até aqui”. Além disso, “já há quem esteja a reformular projectos que eram destinados para segunda habitação, transformando-os em pri-meira habitação”, acrescenta.

Se é quase consensual que a maioria dos projectos atinge patamares de co-mercialização bastante altos, a julgar pelo que foi dito durante esta confe-rência, o administrador da Imocom chamou a atenção para o facto de que este sucesso não é obra do acaso. “O marketing imobiliário no Brasil está extremamente desenvolvido” e “a forma como se processam as vendas imobiliárias neste país é uma verda-deira lição para quem está na área da mediação. São impressionantes as es-tratégias adoptadas para comercializar um imóvel. Neste campo, temos muito a aprender com os brasileiros”.

FOTOS: ANA BRIGIDA

“Empresários nacionais abordaram oportunidades de investimento no Brasil”

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Projecto é o 50.º centro comercial que a promotora inaugura no mundo

A Sonae Sierra inaugurou, no passado dia 29 de Outubro, o seu 50.º centro comercial, a nível mundial. O Gli Orsi, que representa um investimento de 105 milhões de euros, é o mais recente desenvolvimento da promotora nacio-nal e está localizado na cidade italiana de Biella.

“O Gli Orsi assinala um passo decisi-vo no nosso crescimento em Itália, um mercado-chave para a Sonae Sierra com um potencial de crescimento interessante. A abertura do Gli Orsi sucede-se à do Freccia Rossa, inaugu-rado no passado mês de Abril na Baixa de Bréscia, e permite-nos ter quatro centros comerciais em operação em Itália”, afirmou Álvaro Portela, CEO da Soane Sierra.

O novo centro comercial, com uma Área Bruta Locável (ABL) de 41.100 m2, integra 120 lojas, além de 18 res-taurantes e bares. “As lojas de grande dimensão são sete, incluindo um hi-permercado Ipercoop de 13.800 m2, e ainda a Euronics (electrodomésti-cos), Sasch (moda), Upim (moda), Deichmann e Longoni. As lojas satélite são 95, incluindo marcas nacionais e internacionais de prestígio, como a Douglas, Adidas, Swarovski, Tezenis, Calzedonia, Intimissimi e Levi’s”, indi-

ca um comunicado desta empresa.Com “uma localização privilegia-

da a menos de 10 minutos do centro de Biella, no início da avenida Trossi, uma rua famosa na região pela sua oferta comercial”, o Gli Orsi deverá criar cerca de 850 postos de trabalho e terá um parque de estacionamento gratuito com capacidade para mais de 3.500 automóveis.

Este empreendimento faz parte de um projecto mais abrangente, que vi-sa a criação de uma área de entreteni-mento de 265 mil metros quadrados, estando ainda prevista a construção de um pavilhão coberto municipal de basquetebol com capacidade para 5.000 espectadores, onde a equipa de Biella irá actuar na próxima época. A abertura do pavilhão desportivo está marcada para Fevereiro de 2009.

A arquitectura do Gli Orsi, cujo no-me remete para a antiga pedra de ar-mas de Biella e para o seu território, é “um tributo à tradição têxtil local, reconhecida internacionalmente”. “A nossa abordagem ao projecto e ao de-

Sonae Sierra abriu portas do Gli Orsi em Itália


A MPO Portugal tem novas instalações no Lezíria Park, situado na zona de Alverca. O arrendamento de 1.686 m² de armazém foi efectuado pelo Departamento de Indústria da Aguirre Newman.

O Lezíria Park, propriedade da Teixeira Duarte, apresenta “caracte-rísticas de utilização mista – comércio,

A equipa de Corporate Finance da Cushman & Wakefield anunciou re-centemente que representou a Drago Real Estate Partners nas negociações relativas ao financiamento destinado à aquisição do portfólio imobiliário do Grupo Prisa.

De acordo com Edward Daubeney, Associate do Departamento de Corporate Finance da Cushman & Wakefield, “uma transacção financeira deste volume é rara na actual conjun-tura financeira. Foi com grande satis-fação que colaborámos na obtenção de um financiamento desta natureza, que demonstra que ainda se conseguem realizar transacções para os negócios certos e com intervenientes credíveis e experientes”.

A Drago Real Estate Partners, junta-mente com o Royal Bank of Scotland, adquiriu o portfólio imobiliário, de cerca de 70.000 m² pertencentes ao Grupo Prisa, numa operação de sale & leaseback com um valor total de 300

Drago adquire portfólio imobiliário do Grupo Prisa

Aguirre Newman coloca MPO Portugal no Lezíria Park

sign aponta para a integração total do centro comercial no contexto que o rodeia”, constata José Quintela, res-ponsável pela arquitectura e desenvol-vimento conceptual da Sonae Sierra, acrescentando que “o tema que de-cidimos seguir está ligado à natureza e da paisagem de Biella. Além disso, a tradição da cidade na indústria têx-til foi uma importante fonte de ins-piração para o desenvolvimento do centro, como podemos observar nos pavimentos e na fachada, que fazem lembrar a textura dos tecidos”.

O projecto comercial recebeu a cer-tificação ambiental ISO 14001 para a fase de construção. Esta certificação, emitida pela Lloyd’s Register Quality Assurance (LRQA), é o resultado da implementação das “melhores práti-cas durante a fase de construção, defi-nidas no âmbito do Sistema de Gestão Ambiental da Sonae Sierra (SGA), em vigor desde 2005 em todas as suas ac-tividades e em todos os países onde opera”, frisa a empresa.

Álvaro Portela mostrou-se “particu-larmente orgulhoso por mais um dos nossos centros comerciais em Itália ter obtido a certificação ISO 14001 para a fase de construção. A nossa estratégia ambiental representa um contributo significativo para o cresci-mento sustentável da empresa, o que traz sucesso a longo prazo”.

A estratégia de desenvolvimento da Sonae Sierra em Itália não termi-na com este projecto, até porque está previsto, para 2010, a inauguração do centro comercial Le Terrazze, em La Spezia.

Centro comercial tem 120 lojas

serviços e logística, no qual se encon-tram reunidos espaços de armazéns, escritórios e lojas com áreas disponí-veis acima dos 1.000 m². Com uma configuração prática e funcional, o novo empreendimento está implan-tado numa área de 50.000 m², a 10 km de distância da área urbana de Lisboa com proximidade aos principais eixos rodoviários e acessibilidade facilitada à rede de transportes”, pode ler-se num comunicado da Aguirre Newman.

B.I.

Gli OrsiPromotor: Sonae SierraLocalização: BiellaInvestimento: 105 milhões de eurosÁrea Bruta Locável: 41.100 metros quadradosLojas: 120Postos de trabalho: 850Estacionamento: Parque com capacidade para mais de 3.500 automóveis

A Oportunity Leilões organiza hoje, pelas 21 horas, um leilão com cerca de 50 imóveis para licitação a partir de um euro. A iniciativa, com entrada livre, decorre em Odivelas.

Lojas, escritórios, apartamentos, moradias, turismo de habitação, terre-nos ou montes são alguns dos imóveis

Oportunity leiloa imóveis a partir de um euro

que se apresentarão a leilão, cuja lista completa está disponível no website da empresa organizadora.

Segundo a Oportunity Leilões, “os imóveis são leiloados no estado em que se encontram, livres de encargos”.

milhões de euros. O portfólio dos espa-nhóis do Grupo Prisa, que em Portugal detém a Media Capital, proprietária de vários meios de comunicação, é constituído por três edifícios, que es-tão localizados em Madrid, na Gran Via (sede do Grupo Prisa) e na Calle Miguel Yuste (sede do El País) e em Barcelona, na Calle Caspe (sede da Rádio Barcelona).

A equipa de Corporate Finance da Cushman & Wakefield, baseada em Londres, e a Bayern LB aconselharam a Drago Real Estate Partners nas ne-gociações relativas ao financiamento de aquisição. A Bayern LB agiu como banco principal nesta operação, sen-do responsável pelo financiamento necessário para a compra deste port-fólio. P.F.


PÚBLICO Imobiliário – Porque é que resolveu criar a Jardim Vista aqui em Portugal?Richard Westcott – Eu estudei arquitectura paisagista na Universidade de Reading, em Inglaterra. Depois de terminar os estudos, fui trabalhar para a Arábia Saudita, durante quatro anos, para um grande promotor, onde desenhei e construí os espaços verdes dos seus projectos. Em seguida, trabalhei para a família real do Dubai e fiz o primeiro campo de golfe naquele emirado. Também desenhei os jardins de muitos dos seus palácios. Em 1988, passei férias no Algarve e reencontrei dois amigos que tinham trabalhado comigo na Arábia Saudita. Falei com eles e disseram-me que este era um bom sítio para começar uma empresa. A ideia de criar uma empresa já vinha sendo amadurecida na minha cabeça. Passei os dois anos seguintes a fazer várias pesquisas de mercado e, então, tomei a decisão de deixar de trabalhar com a família real do Dubai e lançar a empresa Jardim Vista, em Portugal. Que balanço faz destes 18 anos da Jardim Vista?É um balanço extremamente positivo. Tenho muito orgulho do que a Jardim Vista conseguiu fazer ao longo deste período. Quando olho para trás, nomeadamente para os primeiros tempos, numa altura em que éramos apenas três pessoas, um Opel Corsa e uma bagageira cheia de ferramentas, sinto que valeu a pena o esforço.Que tipo de projectos é que começaram por desenvolver?Lembro-me muito bem do nosso primeiro projecto. Tratava-se de uma casa particular, no campo, a cerca de 30 quilómetros de Lagos. Desenvolvemos um jardim fantástico, com quase dois hectares. Depois disso, continuámos com os jardins particulares e o primeiro empreendimento, de alguma envergadura, que fizemos foi o parque empresarial Quinta da Fonte (concelho de Oeiras), em 1992. E hoje ainda ai estamos a fazer a manutenção dos espaços verdes.Como é que encarou essa viragem na actuação da empresa. Num momento estão a fazer jardins para particulares e depois a desenhar jardins e espaços verdes para grandes empreendimentos?Foi um grande salto, até porque quando aqui cheguei estávamos no meio de uma crise profunda no país. Naquela altura, não existiam desenvolvimentos de novas urbanizações ou empreendimentos. Daí que a nossa empresa tenha acompanhando esta nova atitude de qualidade que se tem vindo a registar em Portugal, com a construção de business parks, urbanizações, campos de golfe, resorts turísticos, empreendimentos habitacionais, entre outros.Como é que se processa o vosso trabalho?

“Todos os trabalhos na Jardim Vista são um desafio”Richard Westcott, responsável pela Jardim Vista, fez um balanço ao PÚBLICO Imobiliário da actividade da empresa

Em Portugal, abriram recentemente um escritório na Madeira. Porquê?Já fizemos alguns projectos de alguma envergadura na Madeira, ao longo dos últimos anos. E, neste momento, temos vários pedidos para outros projectos, pelo que cheguei à conclusão de que não era possível dar resposta a todas as solicitações, sem termos um escritório na Madeira. Também existe a possibilidade de abrirem um escritório no Porto?Sim. No próximo ano. Porquê?Estamos a ter várias solicitações dessa zona do país e há uma necessidade cada vez maior, por parte das pessoas, em ter o seu espaço verde mais criativo e com maior qualidade. Também estamos a falar de uma região onde estão a surgir diversos projectos imobiliários de grande dimensão.Qual é a estrutura actual da empresa?A Jardim Vista tem, neste momento, 320 pessoas a trabalhar.A Jardim Vista cresceu, no último ano, cerca de 74 por cento. Quais são os objectivos para este ano?Pelas minhas contas, penso que, provavelmente, vamos crescer mais 25 por cento. A crise financeira que se vive, neste momento, reflectiu-se na actividade da empresa, nomeadamente ao nível da vossa carteira de clientes?Até agora, não tenho sentido isso. Isto, porque nós temos uma grande variedade de clientes e isso, de certo modo, protege-nos dos efeitos da crise. A Jardim Vista adquiriu recentemente a Aquatics. A que se ficou a dever essa aquisição?A Aquatics trouxe um know-how de uma área muito específica, que era ainda pouco desenvolvida na nossa empresa. E os jardins aquáticos são muito importantes e requerem grande atenção no seu desenho, construção e manutenção.O que é que ainda falta à empresa para poder oferecer um serviço ainda mais integrado?Penso que não falta muito, até porque não subcontratamos nada. É tudo feito com os recursos da nossa empresa. Aquilo que oferecemos é, já de si, um serviço totalmente integrado.Quais são os objectivos futuros da Jardim Vista?Acima de tudo, melhorar sempre os nossos serviços e os nossos projectos. Queremos entrar noutros mercados e reforçar a nossa presença no mercado nacional.Há algum tipo de projecto que ainda não tenha feito e que gostasse de fazer?Gostava de fazer um parque público. Foi uma coisa que nunca fizemos na Jardim Vista.

Depois de o promotor nos contactar, marcamos uma reunião para acertar todos os pormenores que envolvem o projecto. Por exemplo, quando somos nós os responsáveis pelo desenho dos espaços verdes – o que não sucede sempre, uma vez que também construímos espaços desenhados por outras empresas –, temos sempre um briefing com o cliente. Pode ser um briefing mais detalhado ou mais vago. Nesse momento, sentimos logo se o cliente quer gastar muito ou pouco dinheiro com esta parte do projecto ou então se pretende uma coisa de ‘top’ ou apenas algo para embelezar. Há alguma marca distintiva da Jardim Vista nos trabalhos que desenvolvem?Não penso que haja. Os desenhos diferem muito: temos desenhos mais minimalistas, mais contemporâneos ou mais clássicos. Tudo depende da arquitectura, do gosto do cliente, do estilo e da imagem da empresa que promove. Estas componentes têm que ser levadas em consideração no nosso trabalho.Existe a preocupação dos promotores de que a arquitectura paisagista reflicta ou seja uma linha de continuidade com a arquitectura de todo o projecto?

Absolutamente. O vosso trabalho não fica condicionado por aquilo que o arquitecto já desenvolveu no projecto?A ligação da arquitectura dos edifícios com a dos espaços verdes exteriores é fundamental. Isto, porque o projecto só funcionará se for assumido como um espaço integrado. Nós, os ingleses, prezamos muito o ‘outdoor living’. O jardim funciona como a sala exterior de uma casa e isso só começou a ser assimilado muito recentemente.O que é mais difícil: desenvolver espaços verdes para um resort ou para um centro comercial ou edifício de escritórios? São escalas de trabalho diferente, mas não penso que haja um grau de dificuldade tão discrepante entre todos eles. Todos os trabalhos são um desafio. Além disso, os clientes são muito exigentes com os projectos paisagistas que pretendem e, por vezes, o mais pequeno dos trabalhos pode ser o mais desafiante. A mentalidade das pessoas, em relação à arquitectura paisagista, mudou muito ao longo dos 18 anos de vida da Jardim Vista?Mudou bastante. Os espaços verdes são hoje olhados como algo muito importante num projecto. Eles são um factor de qualidade e de diferenciação face a outros projectos.

Na Jardim Vista, privilegiam algum tipo de árvores ou plantas quando fazem os vossos projectos?Temos sempre as nossas plantas ‘favoritas’. Gostamos de plantas que nos dão um rácio valor/qualidade muito grande. Que projectos é que mais o marcaram ao longo do percurso da Jardim Vista?O Herdade do Espinheiro, em Évora, onde fizemos uma reprodução dos jardins monásticos que lá existiam anteriormente e onde continuamos a trabalhar actualmente. Gostei também muito do Quinta da Fonte, por ter sido o primeiro parque empresarial que fizemos em Portugal. O interior do Oceanário também me deu um especial prazer, devido sobretudo ao desafio que nos foi colocado. No Algarve, destacaria o hotel Santa Eulália, por ter sido uma coisa muito diferente daquilo que estávamos habituados a fazer e os projectos que desenvolvemos para a Imocom, nomeadamente o Monte Santo Resort. E ainda um projecto em Gibraltar, onde estamos a terminar um empreendimento de grande envergadura e bastante interessante.Como é que surgiu esse projecto em Gibraltar?Este projecto surgiu através de um cliente que entrou em contacto connosco aqui em Portugal. Viu os nossos trabalhos e decidiu contratar-nos. Neste momento, a Jardim Vista já tem escritórios em Espanha, mais precisamente em Marbelha. Porquê esta aposta no país vizinho?É uma aposta lógica, até porque estamos muito próximos de Espanha. Dos nossos escritórios no Algarve, levo tanto tempo para chegar a Madrid, como para chegar ao Porto. Além disso, o mercado espanhol tem muitas oportunidades que é preciso não perder.O facto de em Espanha a arquitectura paisagista não estar tão desenvolvida como em Portugal é um desafio?Isso é um facto. Por exemplo, há cinco anos atrás não havia cursos de arquitectura paisagista em Espanha e quem fazia o paisagismo eram os arquitectos que também desenhavam o projecto. Por isso, penso que é um verdadeiro desafio a entrada neste mercado.Além de Espanha, ponderam entrar noutros mercados internacionais?Angola é uma grande possibilidade, até porque já estamos a desenhar um projecto nesse país. Existe a hipótese de podermos abrir um escritório em Angola, no próximo ano. Cabo Verde também está dentro das nossas cogitações, mas, para já, vamos aguardar, até porque a crise financeira fez sentir-se muito neste país.

“Tenho muito orgulho do que a Jardim Vista conseguiu fazer ao longo destes 18 anos”, diz Richard Westcott

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Century 21 abriu oito agências em três meses

Rui Pedro Lopes

A Câmara Municipal de Tomar quer afirmar o concelho como um destino de imobiliário turístico, reforçando, ao mesmo tempo, a aposta na pro-moção do seu património histórico e natural.

O primeiro passo nesse sentido foi dado na última semana, com a apro-vação do desenvolvimento de um em-preendimento turístico, com campo de golfe, que ficará situado na zona de Pegões. “Este é um projecto estru-turante e com um peso significativo para a cidade de Tomar”, sublinhou, ao PÚBLICO Imobiliário, Fernando Corvêlo de Sousa, presidente da Câmara de Tomar.

A aposta neste tipo de projectos é justificada pelo autarca com “a falta de camas turísticas no nosso concelho. A oferta actual é reduzida e, por isso, se queremos que as pessoas visitem Tomar e aqui fiquem mais do que um dia, temos de criar as condições neces-sárias para que isso suceda”.

“O património histórico de Tomar é por todos reconhecido como um dos mais ricos do país; o nosso património natural oferece paisagens idílicas e zo-nas de rara beleza. Portanto, só falta potenciar tudo isto com uma oferta de camas turísticas mais alargada”, acrescentou o edil.

O projecto agora aprovado pela autarquia será o primeiro eixo de uma engrenagem que a Câmara es-pera poder dar frutos a curto-prazo. “Esperemos que o Campo de Golfe dos Pegões seja o primeiro de vários em-preendimentos a florescer na região”,

Pedro Farinha

Rede imobiliária quer chegar às 100 agências, nos próximos três anos

A Century 21 Portugal já possui 60 agências em operação no nosso país. A abertura de oito novas agências, nos últimos três meses, contribuiu significativamente para este número, que esta rede imobiliária espera aumentar para 100, nos próximos três anos.

Ricardo Sousa, administrador da Century 21, está muito satisfeito com os resultados alcançados, mas o objectivo é mais ambicioso: “A nossa estratégia de expansão está alicerçada na quali-dade e não na quantidade. Estamos focados em integrar, na rede Century 21 Portugal, apenas os melhores profis-sionais do imobiliário”. E acrescenta: “Estamos agora bastante selectivos na escolha dos franchisados, porque o nosso objectivo não é o crescimento exponencial da rede em quantidade, mas antes o crescimento consolidado, maximizando o apoio que disponibili-zamos na gestão dos negócios de cada um dos nossos franquiados e o aumen-to da criação de oportunidades e mais valias para as operações dos nossos parceiros da rede”.

As oito novas agências que abriram portas neste último trimestre estão situadas em Leiria, Marinha Grande, Samora Correia, Alverca, Alenquer, Amora, Mem Martins e Arruda dos Vinhos. “Estas zonas geográficas

Tomar quer assumir-se como destino turístico e residencial

afirma Corvêlo de Sousa, que fez ainda saber que “o nosso objectivo é alargar a oferta turística e apostar em produ-tos diferenciados”.

O Campo de Golfe dos Pegões, cujo projecto pertence a quatro pro-prietários, está situado a Poente do Convento de Cristo e encontra-se li-gado ao Aqueduto de Pegões. Irá esten-der-se por uma área de 140 hectares e compreende um campo de golfe de 18 buracos e um número ainda não reve-lado de camas.

Para já, o projecto está a seguir os trâmites normais nos serviços da au-tarquia, não sendo ainda possível de-finir quando é o que mesmo poderá entrar em construção.

Além deste empreendimento turís-tico, o presidente da Câmara de Tomar anunciou que já existem interessados no desenvolvimento de um segundo campo de golfe no concelho, apesar de nada ter sido formalizado até ao momento.

Outra das apostas da edilidade passa pela construção de três unidades ho-teleiras no centro histórico da cidade nabantina. Os locais já estão definidos: no antigo Convento de Santa Iria (uni-dade hoteleira que terá cerca de 60 quartos), num edifício junto ao pelou-rinho (projecto também com cerca de 60 quartos) e na parte Sul do centro histórico.

A autarquia espera lançar em breve o concurso público para o desenvolvi-mento e construção de, pelo menos, dois destes projectos.

contam agora com novas equipas de consultores imobiliários dinâmicos, com capacidade para prestar o mais elevado nível de serviço para quem procura vender, comprar ou arrendar um imóvel”, indica um comunicado da Century 21 Portugal.

“Presentes no mercado imobiliário há já vários anos, os responsáveis des-tas agências, optaram por se juntar à rede imobiliária da Century 21 para fazer crescer o seu negócio e torná-lo ainda mais profissional. Estes profis-sionais do imobiliário optaram pela adesão à rede Century 21 acompa-nhando a evolução natural do merca-do imobiliário, cada vez mais exigente e competitivo, e viram nesta rede uma mais valia em termos da força da sua marca, da confiança que transmite ao cliente e, sobretudo, ao nível da gestão da loja, das metodologias de trabalho e da formação das equipas”, adianta o mesmo comunicado.

O administrador da Century 21 Portugal aproveitou a ocasião para fazer um balanço do momento actual da rede. “Apesar do arrefecimento da economia, a Century 21 está a registar um crescimento de negócio superior, quando comparado com o período ho-mólogo do ano passado. Nesta nova fa-se de contra-ciclo económico, o sector imobiliário viu disparar, nos últimos meses, a procura de arrendamento. O arrendamento já representa cerca de 36 por cento do nosso número de transacções”.

Segundo os dados revelados, a Century 21 Portugal registou, no pri-meiro trimestre deste ano, um cres-cimento de 45 por cento. “Neste mo-mento, a rede está com um crescimen-to acumulado de 12,5 por cento em volume de facturação, o que é revela-dor do esforço que tem sido feito para contrariar o actual ciclo económico. A

Century 21 Portugal prevê ainda au-mentar o crescimento do seu volume de facturação para 15 por cento, até ao final do ano de 2008”, pode ler-se no comunicado.

Entre os motivos que explicam este crescimento, Ricardo Sousa destaca: “Em fase de contra-ciclo económico torna-se mais difícil para um proprie-tário, comprador ou arrendatário, concretizar o negócio sozinho, o que leva ao aumento da procura de ser-viços das mediadoras imobiliárias”. Além disso, “o aumento da procura é maior nas mediadoras que trabalham em rede associados a marcas interna-cionais, tendo em conta a sua dimen-são, notoriedade e níveis de serviço. No caso da Century 21 estão imple-mentados instrumentos e sistemas de trabalho desenvolvidos pela Century 21 Internacional, que permitem aos angariadores desta rede qualificarem os seus clientes de acordo com as suas capacidades financeiras e necessida-des familiares e profissionais, garantin-do a concretização de mais negócios. A Century 21 prefere ainda trabalhar em exclusividade e com contratos de seis meses com os proprietários, nu-ma lógica de qualidade de carteira de imóveis”.

Por ultimo, este responsável reve-la ainda que “está a verificar-se uma alteração do paradigma de trabalho dos mediadores, passando do foco na transacção para o foco no cliente e nas suas necessidades e capacidades. Este factor é responsável pelo incremen-to da eficácia no serviço prestado ao cliente”.

F. PIQUEIRO


A IPA aproveitou a última edição do Salão Imobiliário de Lisboa (SIL) para divulgar o seu novo serviço de asses-soria para a certificação da susten-tabilidade na construção, através do Sistema LiderA.

“Este Sistema de Avaliação da Sustentabilidade permite aos empre-endimentos certificados e respectivos promotores, projectistas, empreitei-ros, gestores e clientes das constru-ções uma redução de custos e um de-sempenho ambiental cerca de 50 por cento superior aos valores habituais, evidenciando sempre soluções posi-tivas a nível ambiental, económico e social”, pode ler-se no comunicado enviado à imprensa.

Através da “gestão eficiente dos recursos disponíveis (água, energia e materiais), são obtidas reais poupan-ças, além de uma maior harmonia, acessibilidade e mobilidade. A estas vantagens acresce também uma me-lhoria da qualidade de vida dos espa-

ços habitados, com enfoque ao nível da qualidade do ar interior, redução de ruído e maior conforto”, acrescenta o mesmo documento.

O LiderA é aplicável a qualquer em-preendimento, de qualquer tipologia, nível de investimento, e fase em que se encontre, desde a concepção, projec-to, construção, operação, reabilitação e demolição.

Até ao momento já obtiveram a cer-tificação pelo LiderA a Torre Verde (Parque da Nações, em Lisboa), Parque Oriente (Lisboa), a casa Oásis (Faro), o Hotel Jardim Atlântico (Madeira) e o empreendimento Ponte da Pedra (Matosinhos).

IPA apresentou serviço de assessoria para certificação da sustentabilidade na construção

Actualidade


Pedro Farinha

A Cin apresenta-o como o grande evento de homenagem à cor. O Re-Make’08 revela os trabalhos de seis artistas, de diferentes áreas, que rein-terpretaram a cor e reinventaram os espaços, tendo por base os catálogos da Cin. Os espaços seleccionados fo-ram seis eléctricos, que circularam, na passada semana, pelas ruas da cidade de Lisboa.

“O Re-Make’08 é mais um grande passo da marca rumo à inovação e criatividade no mercado de tintas, reforçando a nossa posição de desta-que no território da cor. É um projecto que visa inspirar o quotidiano de mi-lhares de portugueses e demonstrar como a cor pode ser uma ferramenta poderosa na reinvenção de espaços”, precisou Reinaldo Campos, director de Marketing, Estratégia e Business Development da Cin.

As propostas apresentadas resulta-ram do trabalho de seis artistas. “Dino Alves, estilista, apresenta-nos as suas

Cin mostrou novas propostas no Re-Make’08Evento é “mais um grande passo da marca rumo à inovação e criatividade no mercado de tintas”, diz responsável da empresa nacional

propostas para o tema Schuttlemania; José Adrião, arquitecto, viaja pelo mundo com o tema Exotic City; Pedro Sousa, designer, é extravagante com o tema Kitschnette; Toni Grilo, desig-ner, marca a tendência My Precious; Sofia Areal, pintora, marca presen-ça com a sua Fresh Mind e Tiago Bettencourt, músico, encanta com o tema Enchanted Garden”, revela um comunicado da Cin.

A iniciativa Re-Make será “uma das fortes novidades da Cin para 2009. Antecipada em 2008, tem como ob-jectivo criar apetência para uma in-tervenção, também em torno da cor, que se desenrolará no próximo ano, abrangendo mais espaços e outros in-tervenientes”, acrescenta o mesmo comunicado.


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Mor. T5 – Av.ª da BoavistaCond. Fechado. Com 365 m2, garagem,

aq. central. Wc em mármore comlouças suspensas. Coz. em mármore

negro equipada. € 1.000.000,00(A.6627) Casas Formal -Tel.: 229 399 513

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Garagem c/ 52 m2. € 990.000,00(A.20803) Casas Formal -Tel.: 229 399 513

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Nasc./Poente. Porteiro. Sala c/ 45 m2

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