EM TEMPO - 5 de maio de 2013

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MÁX.: 33 MÍN.: 23 TEMPO EM MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CONCURSOS. ANO XXV – N.º 7.990 – DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00 O JORNAL QUE VOCÊ LÊ O ilustre Biblioteca nova-iorquina de Paulo Francis aguarda destino no Brasil e oferece uma visão de sua irrequieta cabeça. Última Hora A2 D O M I N G O Construção civil abre 2,5 mil vagas COBERTURA DA ARENA Com 58% das obras concluídas, a Arena da Amazônia vai receber a cobertura metálica que veio de Portugal e já está no Porto de Manaus, onde será descarregada na terça-feira e transportada para o novo estádio na quarta. Pódio E4 e E5 JÁ ESTÁ NO PORTO DE MANAUS KENEL BARBOSA/AGECOM Ocupação desordenada de espaços públi- cos, poluição sonora, lixo nas ruas e vanda- lismo em parques são alguns dos problemas da capital. Dia a dia C1 a C6 É massa! Pesquisa afirma que consumir massas à noite, em quantidade adequada, pode ser benéfico para o organismo. Saúde F3 HUDSON FONSECA FOTOS: DIVULGAÇÃO Presentes Revista Elenco apresenta sugestões variadas de pre- sentes que a sua mãe merece ganhar no domingo, 12 de maio. Elenco 18 e 19 Na próxima quarta-feira, a cobertura da Arena da Amazônia será transportada para o canteiro de obras, que já está preparado para receber a estrutura metálica CIDADE DO CAOS Ocupação de espaços públicos, como calçadas, “fomentam” o comércio irregular na cidade Vencedor da Taça Guana- bara, o Botafogo busca o título estadual por anteci- pação neste domingo, con- tra o Fluminense, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Pódio E7 Hoje é dia de decisão

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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MÁX.: 33 MÍN.: 23TEMPO EM MANAUSFALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700

ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ILUSTRÍSSIMA, ELENCO E CONCURSOS.

ANO XXV – N.º 7.990 – DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO - PREÇO DESTA EDIÇÃO: R$ 2,00

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

Cidades B1

O ilustreBiblioteca nova-iorquina

de Paulo Francis aguarda destino no Brasil e oferece uma visão de sua irrequieta cabeça. Última Hora A2

D O M I N G O

Construção civil abre 2,5 mil vagas

COBERTURA DA ARENACom 58% das obras concluídas, a Arena da Amazônia vai

receber a cobertura metálica que veio de Portugal e já está no Porto de Manaus, onde será descarregada na terça-feira e transportada para o novo estádio na quarta. Pódio E4 e E5

JÁ ESTÁ NO PORTO DE MANAUS

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Ocupação desordenada de espaços públi-cos, poluição sonora, lixo nas ruas e vanda-lismo em parques são alguns dos problemas da capital. Dia a dia C1 a C6

É massa!Pesquisa afi rma que

consumir massas à noite, em quantidade adequada, pode ser benéfi co para o organismo. Saúde F3

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PresentesRevista Elenco apresenta

sugestões variadas de pre-sentes que a sua mãe merece ganhar no domingo, 12 de maio. Elenco 18 e 19

Na próxima quarta-feira, a cobertura da Arena da Amazônia será transportada para o canteiro de obras, que já está preparado para receber a estrutura metálica

CIDADE DO CAOSOcupação de espaços públicos, como calçadas, “fomentam” o comércio irregular na cidade

Vencedor da Taça Guana-bara, o Botafogo busca o título estadual por anteci-pação neste domingo, con-tra o Fluminense, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Pódio E7

Hoje é dia de decisão

Vencedor da Taça Guana-bara, otítulo estadual por anteci-pação neste domingo, con-tra o Fluminense, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

Hoje é dia de decisão

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A2 Última Hora MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

‘Maníaco do T4’ em prisão preventiva

O delegado plantonista do 30º DIP, localizado no bairro João Paulo, Zona Leste, Rafael Costa e Silva, apresentou on-tem à imprensa o “maníaco do T4”, o desocupado Livanildo Pereira, 26. Natural de Óbidos, no Pará, Livanildo é acusado de estuprar pelo menos seis mulheres entre os anos de 2010 e 2013. Ele foi preso na última quinta-feira, após de várias denúncias anônimas.

O “maníaco” atraía suas vítimas dentro do terminal de passageiros do bairro Jorge Teixeira, Zona Leste, mais conhecido como “T4”. De acordo com relatos das vítimas e a própria confissão do suspeito, ele as abordava no terminal, entravam no ôni-bus e as levada para o ramal do Brasileirinho, na mesma zona geográfica, onde come-tia o crime.

Durante a apresentação, on-tem, ele chegou a dizer que estava “arrependido” de seus crimes, mas não disse o que o motivou a cometê-los. De acordo com o delegado Rafael Costa e Silva, o acusado ficará ainda alguns dias preso (foi decretada a prisão preventiva) no 30º DIP à espera de novas vítimas para reconhecê-lo e, só depois é que será enca-minhado à Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, na avenida Sete de Setembro, Zona Sul. No momento da sua prisão, dentro do T4, Livanildo foi encontrado portando um canivete. O delegado descar-tou qualquer relação entre o acusado e o “maníaco do Mauazinho”, Zona Leste, que também vem aterrorizando as mulheres daquela localidade e que ainda não foi preso.

30º DIP

O desocupado Livanildo Pereira é acusado de seis estupros

DIEGO JANATÃ

Cachoeira do Tarumã será transformada em parqueAnúncio foi feito ontem pela manhã pelo prefeito Arthur Neto, durante visita técnica ao local. O espaço será, no futuro, o Corredor Ecológico do Tarumã

Durante uma visita técnica, ontem pela manhã, à Cachoei-ra Alta do Tarumã,

o prefeito de Manaus Arthur Neto anunciou a construção de um parque ecológico no local, que deverá se chamar Corredor Ecológico do Tarumã. Em sua companhia, estavam a secretaria municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Kátia Schweickardt, e o dire-tor-presidente da Manaus Am-biental, Alexandre Bianchini.

O projeto executivo para a obra ainda está em fase de elaboração e a proposta, expli-cou o prefeito, é transformar o local num ambiente de lazer e entretenimento.

Entidades como Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), a concessionária Manaus Am-biental e empresas imobiliárias responsáveis pelos terrenos nos arredores entrarão em parceria para desenvolver um parque de mais de 490 mil metros quadra-dos, que será área de extensão da Cachoeira Alta. No parque, serão construídas ciclofaixas, áreas para banhistas, trilha de caminhada entre outras ativi-dades esportivas. O valor do investimento não foi revelado.

O prefeito Arthur Neto esteve ontem pela manhã no local, numa visita técnica à cachoeira

RENATA PAULAEquipe EM TEMPO

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A biblioteca de Francis repousa intacta em NY

No 21º andar de um pré-dio na esquina da rua 47 com a segunda avenida, em Manhattan, há uma biblio-teca formada sobretudo por títulos de política e história americanas que, há 16 anos, repousa à espera de um des-tino no Brasil. Desde a morte do jornalista e escritor Paulo Francis, em 4 de fevereiro de 1997, quase 5 mil livros se-guem praticamente intoca-dos em seu escritório. A viúva, a jornalista Sonia Nolasco, ainda mora no apartamento, mas se limitou a guardar alguns de seus próprios li-vros nas estantes e retirou outros, que distribuiu entre amigos dele.

Após uma tentativa fracas-sada, Sonia agora quer selar o envio do material para o país. Seu desejo, disse à “Fo-lha”, é que o destinatário seja o Instituto Moreira Salles (IMS), instituição privada que se especializou na compra e na conservação de acervos literários e é o destino dos sonhos de nove entre dez famílias de escritores bra-sileiros. Embora se fale em “doações”, as negociações para cuidar de tais papela-das quase sempre envolvem somas consideráveis.

Francis viveu mais da me-tade de seus 66 anos em Nova York - sua segunda cidade, depois do Rio, onde nasceu em 1930. Na primeira vez, nos anos 1950, ainda era o adolescente Franz Paulo Trannin da Matta Heilborn,

que acompanhava o pai, fun-cionário da Esso em Nova York. Na segunda, em 1971, já era Paulo Francis, o editor da “Senhor”, do “Pasquim” e da área cultural do “Cor-reio da Manhã”, entre outros feitos. É a essa época que remonta a formação da bi-blioteca da rua 47.

Houve uma tentativa de le-var os livros para o Brasil logo após a sua morte, por infarto fulminante. O acervo seria doado ao empresário Ronald

Levinsohn, amigo de Francis e então dono da UniverCida-de (Centro Universitário da Cidade), no Rio. Sonia e o próprio Francis prometeram a ele a doação da biblioteca. Algo como uma antiga dívida de gratidão unia o jornalista ao empresário. Com a morte de Francis, porém, a rela-ção entre Sonia e Levinsohn desandou. A doação melou. “Imagino que deve ter mui-ta coisa legal na biblioteca”, comentou o empresário, em dezembro passado.

ESCRITOR

INQUIETUDEA partir de seu escri-tório em Nova York, Paulo Francis agitava a cultura brasileira com opiniões contro-versas, novidades in-telectuais e diatribes disparadas para todos os lados

Com as lembranças do passado em que a cachoeira ainda servia de balneário para os moradores da cidade, o prefeito Arthur Neto se mos-trou ansioso para o início da construção do parque. “Minha infância eu passei tomando banho nesse igarapé, quando fui prefeito da última vez fiz obras para voltar a correr água e agora preciso de ajuda para resgatar esse ambiente

e, antes da Copa, transformá-lo numa área de lazer”, disse. Uma das responsáveis pela apresentação dos estudos de impacto ambiental da área é a secretária da Semmas, Kátia Schweickardt. Ela ex-plicou que há muito trabalho a ser feito, e a parceria com a população deve ser inten-sificada. “Além de muito lixo, aqui encontramos vestígios de ‘trabalhos’ de membros de

religiões afrodescendentes, será preciso uma reestrutu-ração dessas atividades para poder dar início à construção do parque ecológico”, disse.

Com cerca de 3,5 quilo-metros de extensão e uma queda d’água de aproxima-damente 16 metros de altura, a Cachoeira Alta do Tarumã serviu de balneário a muitos amazonenses nas décadas passadas.

Prefeito está ‘ansioso’ por obra

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MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013 A3Opinião

Tanto quanto a perseguição sofrida, também, por militares que se opuseram ao golpe de 1964 (con-tam-se mais de sete mil, mortos desonrados, desaparecidos), a participação de segmentos infl uentes da sociedade civil na construção de um Estado de exceção tem sido pouco debatida. Parece mesmo que o assunto tem sido evitado, priorizando o inimigo mais visível, porque armados e mais discipli-nados e, também, por assumirem o que estavam fazendo, sem precisar de elementos “laranjas”; ao contrário, cada vez fi ca mais parecendo que os militares das três armas foram os testas de ferro de uma quadrilha de malfeitores civis, de que até hoje o país não conseguiu se livrar.

O projeto “Brasil: Nunca Mais” sistematizou informações de processos do Superior Tribunal Militar e constatou 6.500 militares foram perseguidos. A Comissão Nacional da Verdade (CNV) não descarta a dissertação de mestrado, defendida na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em que a pesquisa-dora Flavia Burlamaqui Machado fala em 7.488 militares. “Os dados ainda são imprecisos, porque os nomes começam a aparecer, mas os militares são o grupo proporcionalmente mais atingido. A cirurgia expurgatória foi praticamente completa”, pondera afi rmou o consultor da CNV e professor de teoria política da Universidade Estadual Paulista (Unesp), historiador Paulo Cunha.

E quanto à responsabilidade dos civis? Não se trata de quem pegou em armas nem do enfrentamen-to dos grupos inimigos. É preciso saber quem – industriais, comerciantes, latifundiários, religiosos de várias denominações, acadêmicos, funcionários públicos e profi ssionais liberais, oportunistas de todos os matizes – arquitetou a tragédia que se abateu sobre o Brasil. A comissão não será da verdade se não esclarecer esse descaminho.

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para o prefeito Arthur Neto, que deu o bom exemplo e não parou de trabalhar nem no feriado de 1º de maio.

Arthur em ação

APLAUSOS VAIAS

ReaçãoDe antemão, é bom avisar

que membros da comunidade LGBT no Amazonas está se organizando para fazer um protesto contra a presença do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câ-mara, devido às suas frases polêmicas, consideradas ho-mofóbicas e racistas.

Fora de áreaOs vereadores levaram a

sério a folga do feriado.Na sexta-feira, o prefeito

Arthur Neto (PSDB) percor-reu pontos da cidade em que a prefeitura está reali-zando obras nas zonas Nor-te e Leste e não apareceu um vereador sequer para acompanhar o prefeito nas principais bases eleitorais da cidade.

Só no FacebookMas, não sejamos injustos.Nos minutos fi nais da visi-

ta ao bairro Parque das Na-ções, seu vice-líder, Rozenha (PSDB), apareceu para fazer uma foto e postar em seu perfi l na rede social Facebook.

Força militarO Ministério da Defesa

deve enviar até 25 mil mi-litares para patrulhar toda a fronteira terrestre do país simultaneamente, em uma operação inédita relacio-nada à segurança da Copa das Confederações.

Operação ÁgataTrata-se da operação

“Ágata 7”.E será a maior ação militar

voltada à segurança pública realizada no governo Dilma Rousseff em número de par-ticipantes, equipamentos e abrangência.

Sigilo militarOs locais específicos da

operação “Ágata 7” não foram revelados.

Mas a CONTEXTO con-seguiu informações de que as maiores concentrações de tropas devem acontecer nas regiões de Tabatinga (AM), Assis Brasil (AC), Pon-ta Porã (MS) e Foz do Iguaçu (PR), entre outras.

6 milhõesA ação deve afetar direta-

mente cerca de 6 milhões de brasileiros que vivem próxi-mos às fronteiras.

Chegou Galaxy S4, celular de topo

de linha da Samsung, aca-ba de chegar às lojas de Manaus.

Algumas delas já estão preparando o lançamento, esperando a invasão de consumidores.

Quanto custa Inicialmente, o Galaxy

S4 deverá ser vendido a R$ 2.399 (versão 3G) e R$ 2.499 (versão 4G), anunciou a Samsung.

GbytesNo país, a Samsung só

venderá o modelo com 16 Gbytes.

Em outros mercados, a empresa oferece ainda 32 Gbytes e 64 Gbytes de ar-

mazenamento.

Manaus na lanternaDas 12 cidades-sede da

Copa do Mundo 2014, ape-nas uma não recebeu a co-nexão de fibra óptica.

Adivinhe qual foi? Isso mesmo, Manaus. Mas não desanime, de acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a instalação na nossa região deve ser fi nalizada em junho.

50 MegaAs cidades-sede da Copa

do Mundo 2014 são Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA).

Cada uma dessas redes terá a capacidade de trans-missão de 50 Megabits por segundo, uma velocidade muito maior do que a neces-sária para realizar apenas campeonatos regionais.

LegadoO governo brasileiro tem

planos para aproveitar o in-vestimento que está sendo direcionado à internet de alta velocidade no país.

De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, as redes de inter-net instaladas nos estádios de futebol serão distribuídas para seus arredores após o término das competições.

Para as equipes que estavam de prontidão na Ponta Negra, na sexta-feira, e não conse-guiram capturar o jacaré, apesar de o bicho ter dado o ar de sua graça na beira-rio.

Caçador de jacaré

O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) estará no dia 26 de junho em Manaus, onde irá participar do 3º Culto da Vitória, no Planeta Talismã, a convite da Comunidade da Igreja Internacional de Cristo do Amazonas (Ciicam).

Feliciano em Manaus. A LGBT reage!

[email protected]

A responsabilidade dos civis

A liberdade de expressão, mais a velocidade da comunicação assegurada pela tecnologia que invadiu os instrumentos midiáti-cos, contribuíram para fazer do mundo uma aldeia global, como bem conceituou McLuhan.

Só mesmo quem não tem inte-resse pela informação, ou insiste em se manter desligado e alheio ao mundo em que vive, deixa de saber com instantaneidade pra-ticamente tudo o que acontece no planeta, à exceção apenas do absolutamente trivial e de-simportante.

Coisas lindas e maravilhosas acontecem à nossa volta, dão alegria ao nosso espírito e en-riquecem nossa sensibilidade. Como o tempo é a espinha da existência, menciono o bem re-cente lançamento do belíssimo, rico e comovente livro do artista plástico, agora talentoso escri-tor revelado, Óscar Ramos.

Ainda bem que dessas e outras ocorrem e servem para contraba-lançar os dramas e as tragédias que constituem a ordem geral predominante dos acontecimen-tos mundanos.

São filhos que matam os pais, mães que descartam filhos nas lixeiras, jovens que invadem escolas e massacram crianças, outros, em nome de Deus, às ve-zes chamado por outros nomes, lançam aviões contra prédios, explodem bombas contra pesso-as que sequer conhecem e por aí vai, numa infindável lista.

Não vale pensar nem arguir que são sinais dos tempos, a anunciar uma humanidade que viria progressivamente apresen-tando sintomas de distorções e aberrações, como prenúncio de um fim que se estaria aproxi-mando inexoravelmente.

Nada mudou na natureza hu-

mana nesses séculos todos em que a espécie assumiu o topo da escala alimentar, como supremo predador planetário.

Modelos do comportamento humano já estavam disponíveis nos mitos que povoavam as tra-gédias gregas, em paradigmas como Édipo e Medeia, um pos-suindo sexualmente a própria mãe e se tornando o assassino do pai, a outra matando os filhos a fim de vingar-se do marido infiel; em Shakespea-re, Hamlet se empenhando em vingar a morte do pai, de cujo assassinato a própria mãe par-ticipara, enquanto o rei Lear se revelava uma vítima trágica de duas filhas e herdeiras. E, fora da literatura, irmãos mataram irmãos e filhos assassinaram pais, por um trono.

Na história da humanidade, onde são mais lembrados os que detiveram o poder e a riqueza, são incontáveis os casos para atestar o quanto são iníquos, e desde sempre, os seres humanos.

São reis, faraós, papas, gene-rais, líderes de religiões, minis-tros e nobres em geral que, co-nhecidos minimamente, apenas podem nos trazer a vergonha de pertencer à espécie. E os menores, que nem nomes nos transmitiram, não são exceções. Apenas escaparam ao registro.

Alguns, visionários, vislumbra-ram essa realidade e lograram expressá-la com máxima pro-priedade e mínima prolixidade em frases indeléveis. Assim, Plauto, o latino, intuiu e lavrou a sentença que Thomas Hobbes di-vulgou modernamente de que “o homem é o lobo do homem”.

Mais sutil e penetrante foi o existencialista Jean Paul Sartre quando, irretocável, expressou que “o inferno são os outros”.

João Bosco Araú[email protected]

João Bosco Araújo

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas EM

TEMPO

Mal, bem e a liberdade de fazer

[email protected]

Charge

São incontá-veis os casos para atestar o quanto são iníquos, e desde sem-pre, os seres humanos. São reis, faraós, papas, gene-rais, líderes de religiões, ministros e nobres em geral que, conhecidos minimamen-te, apenas podem nos trazer a vergonha de pertencer à espécie”.

JOEL ROSA ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

FrasePainelVERA MAGALHÃES

Absolvido no mensalão, Duda Mendonça comemora o fato de o Ministério Público não ter recorrido: “É como se estivesse acordando de um pesadelo”. Cotado para a eventual campanha de Eduardo Campos (PSB), o marqueteiro de Lula em 2002 diz não haver nada fechado, mas vê no governador de Pernambuco “uma mistura” do ex-presidente e Dilma Rousseff : “É um líder carismático e, ao mesmo tempo, administrador sério. Saberá tocar projetos de ambos se chegar a presidente”.

Comichão O marqueteiro diz que chegou a prometer à família durante o processo que não par-ticiparia mais de campanhas políticas, mas confessa que gosta de desafi os: “Transformar conceitos em mensagens de TV que arrepiam as pessoas”.

Para depois Antes de fechar com campanhas políticas, porém, Duda quer aproveitar os próximos três meses para organizar a vida e pagar as dí-vidas que acumulou enquanto teve seus bens indisponíveis pela Justiça.

Contra... Enquanto não anuncia ofi cialmente se será ou não candidato a presidente nem defi ne a saída de seus indicados de cargos do gover-no federal, Eduardo Campos corre para entregar obras em parceria com a União.

...o relógio No giro que fez por municípios do sertão atin-gidos pela seca, o governador assinou convênio com o Minis-tério da Integração, comanda-do por seu afi lhado Fernando Bezerra, para a construção de mil barragens.

Assim, não A ministra Glei-si Hoffmann (Casa Civil) vai

aproveitar depoimento que dará na Comissão de Agricul-tura da Câmara, quarta-feira, para criticar a postura da Funai na questão da demarcação de terras indígenas.

Tribos Gleisi dirá que a posi-ção do órgão não é majoritária no governo. Deve aproveitar para explicitar qual será a diretriz depois da troca no comando da Funai.

Mapa O PSD, de Gilberto Kassab, deve lançar candidato próprio em oito Estados. Nos demais, a tendência é de apoio majoritário ao PT.

Prioridade Um dos palan-ques nos quais Kassab e Dilma Rousseff estão pessoalmente empenhados num acordo é o de Santa Catarina. Ambos trabalham para composição entre o governador Raimundo Colombo (PSD) e a ministra Ideli Salvatti (Relações Insti-tucionais).

Histórico O problema é que Colombo foi lançado na polí-tica por Jorge Bornhausen, adversário do PT. O fi lho do ex-senador, Paulo Bornhausen, é secretário de Desenvolvi-mento Econômico do Estado

e já avisou que não dividirá palanque com petistas.

Gerais Kassab foi avisado, durante sua passagem pela Expozebu, na quinta-feira, de que haverá resistência no partido caso tente repetir a intervenção de 2012 para dar o tempo de TV ao candidato do PT, Fernando Pimentel.

Gerais 2 A tendência da maioria do PSD mineiro é apoiar Aécio Neves para pre-sidente e compor a chapa com o PSDB ao governo. Em troca, os tucanos acenam com uma das três vagas majoritárias na chapa para o partido.

Enfi m Guilherme Afi f deve receber convite formal de Dil-ma para assumir o Ministério da Micro e Pequena Empresa amanhã, na posse de Rogério Amato para novo mandato à frente da Associação Comercial de São Paulo.

Quebra-cabeças Para a composição da nova executi-va tucana em São Paulo, a ser eleita hoje, só faltava acertar o secretário-geral, braço ope-racional do partido. O mais cotado até a noite de sexta-feira era o secretário Bruno Covas (Meio Ambiente).

De volta à ribalta

Contraponto

Durante debate após a pré-estreia do fi lme “O Brasil deu certo - e agora?” na quinta-feira, no Itaú Cultural, em São Paulo, o ex-ministro Maílson da Nóbrega disse que Dilma Rousseff deveria ter ouvido mais Antonio Palocci, ex-titular da Fazenda e da Casa Civil, quanto à con-dução da política econômica no combate à infl ação:Ele disse: “Queremos cometer erros novos, não os mesmos”. Mas eles estão repetindo os erros de antes.Antes de encerrar, Maílson pegou o microfone de volta e fez um adendo, que provocou risadas na plateia:— Eu sei porque alguns deles fui eu mesmo que cometi.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

De cátedra

Tiroteio

DE EDUARDO BRAGA (PMDB-AM), relator da medida provisória dos portos, rechaçando que seja responsável por uma eventual derrota do projeto.

Essa análise é atrofi ada. Não sou deputado. A bola está com a Câmara, e eu não posso passar por cima do Arlindo Chinaglia.

Francisca de Paula de Jesus, conhecida como Nhá Chica, nas-ceu em 26 de abril de 1810, na cidade de Santo Antônio do Rio das Mortes, distrito de São João del Rey (MG). Era filha da escra-va Izabel Maria. Solteira, tinha um irmão, Teotônio Pereira do Amaral, que se tornou muito rico. Tendo herdado dele a herança, distribuiu tudo entre os pobres e construiu uma capela dedi-cada a Imaculada Conceição. Decidida a não se casar, levou uma vida dedicada a caridade e a oração, como a mãe lhe havia aconselhado antes de morrer. Não entrou em um convento e nem se tornou religiosa, mas fez a escolha de viver como as mu-lheres beatas que consagravam a vida ao Senhor, permanecendo em suas casas e fazendo cari-dade aos necessitados. Morreu em 14 de junho de 1895 com fama de santidade.

Nhá Chica foi beatificada, ontem, na cidade de Baepen-di, MG, pelo cardeal Ângelo Amato por delegação do papa Francisco, que na carta de be-atificação afirma que ela era uma mulher de oração assídua e uma fiel testemunha da mi-sericórdia de Cristo para com os necessitados no corpo e no espírito. Tinha sempre o rosário na mão, era incansável adora-dora do Santíssimo Sacramento e contempladora da Paixão de Cristo, tinha uma profunda de-voção a Nossa Senhora a quem chamava de Minha Sinhá. Sua fama de santidade foi sempre consistente e persiste até os nossos dias. Mesmo antes do reconhecimento oficial da Igreja que demorou mais de um século, ela viveu como beata. Sobretudo no nordeste os beatos e as be-atas foram muito importantes

tanto na vida da igreja como na sociedade em geral. Basta lembrar a figura de Antônio Conselheiro

Quando a igreja depois de um longo processo declara alguém beato diz basicamente duas coi-sas. A primeira é que a pessoa beatificada viveu de maneira heroica as virtudes cristãs e, por isso, pode ser vista como exemplo de seguimento de Je-sus Cristo e de realização do Evangelho. A segunda é de que acredita que essa pessoa está junto de Deus e intercede por nós. No mistério da comunhão dos santos estamos unidos. O processo exige ao menos um milagre acontecido por inter-cessão do beato.

A figura desta mulher, beati-ficada neste inicio do mês de maio faz um resgate histórico no nosso país e na nossa Igreja de todas as mulheres que vive-ram e que vivem para o outro e para os outros. Na história oficial registram-se os feitos dos vencedores e em geral dos poderosos. Nossa nação tam-bém foi construída por gente como Nhá Chica. Mulher, filha de uma escrava, humilde, religiosa, influenciou a vida de muita gen-te, e ultrapassou os seus limites e os limites de seu tempo.

Sua história também nos faz refletir sobre o significado da fé em Jesus Cristo e da devo-ção mariana. Na vida dela a fé significou compromisso com os pobres, partilha de bens, vida de adoração. No mês das mães, no mês de Maria, nada melhor do que esta beatificação para prestarmos nossa homenagem às beatas de todos os tempos, mulheres que ainda hoje fazem a diferença. Quem de nós não as conhece?

Dom Sérgio E. [email protected]

Dom Sérgio E. Castriani

Dom Sérgio Eduardo

CastrianiArcebispo Metropo-

litano de Manaus

E essa mu-lher beatifi -cada faz um resgate histó-rico no nosso país e na nossa igreja de todas as mulheres que viveram e que vivem para o outro e para os ou-tros. Na his-tória ofi cial registram-se os feitos dos vencedores. Nossa nação também foi construída por gente como Nhá Chica”.

Nhá Chica

Olho da [email protected]

Esta seção viaja no monotrilho do tempo e fl agra a praia da Ponta Negra, anos antes da construção do Tropical Hotel, dos espigões de luxo e do sarapatel da Charufe Nas-ser; tempo sem ciclovia; tempo em que sapo não era jacaré e tomar banho em água limpa não era proibido. Os banhistas de Manaus eram felizes e não sabiam.

REPRODUÇÃO/RICARDO OLIVEIRA

Então, um padre pode ser pedófi lo que ele não será excomungado só porque obedece aos seus superiores? É uma artimanha para tirar o foco da questão, pois hoje, em pleno século 21, a sociedade não tolera mais isso, não tolera mais inquisições. Não me arrependeria dos

meus atos nem que ainda existisse fogueira

Roberto Daniel, o padre Beto, excomungado por de-fender, na internet e nos sermões, os direitos civis que as igrejas negam aos homossexuais, contesta a versão dada pela igreja de que a excomunhão não tem relação com

as declarações em defesa dos gays.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013 A5Política

Semana de tensão em Brasília na defesa da ZFMPrefeito Arthur Neto, governador Omar Aziz, a bancada federal e líderes empresariais se unem pelo modelo econômico

A manutenção de in-centivos à economia amazonense, uma vez mais, terá um dia “D”

no Congresso Nacional nesta semana que se inicia. Tudo por conta da votação de 14 destaques ao projeto de reso-lução 1/2013, depois de ama-nhã, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que pretende unificar gradual-mente a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercado-rias e Serviços (ICMS) em 4% para operações interestaduais até 2025. O prefeito de Ma-naus, Arthur Neto (PSDB), e o governador Omar Aziz (PSD), viajarão amanhã a Brasília, onde têm planos de ficar até a próxima terça-feira, fazendo gestões junto aos parlamen-tares de outros Estados para sensibilizá-los sobre o ICMS diferenciado para cá.

Para reforçar o time, o se-cretário de Estado da Fazen-da, Afonso Lobo e o supe-rintendente da Zona Franca de Manaus, Thomaz Noguei-ra, também irão a Brasília. A atitude foi bem recebida pelas lideranças empresariais locais, a exemplo do presiden-te do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, e o presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Antônio Silva. O líder da bancada fe-deral, senador Eduardo Braga (PMDB), e o relator da Comis-são da PEC da Zona Franca de Manaus (ZFM) na Câmara dos Deputados, deputado federal Átila Lins (PSD), também con-sideram positiva a união dos dois dirigentes do Estado.

“Precisamos ter consciência da mobilização e os benefícios que ela trará. A atitude do Arthur e do Omar ajuda muito, pois até o Alckmin (governador de São Paulo) foi até a Dilma pedir pelo Estado dele e o líder do PSDB no Senado é contra a ZFM. Acredito que Arthur, como correligionário,possa ajudar nessa questão”, opi-nou Braga.

Na opinião de Wilson Périco, a união de forças do Estado em defesa dos interesses da ZFM no Congresso Nacional, é uma questão de sobrevivência para a economia do Amazonas. Périco avalia que as discussões em torno da questão da ma-nutenção da alíquota de ICMS para a ZFM dependerão da habilidade política dos nossos representantes.

O líder do Cieam também analisa que, com o acirramen-to da guerra fiscal entre os Estados brasileiros, a situação

para o Amazonas fica mais crítica. “As coisas estão mais difíceis porque no passado estávamos irmanados com nossos vizinhos do Norte e Nordeste e hoje a situação é diferente”, analisou. Indagado sobre o desempenho da banca-da no Congresso Nacional, Wil-son preferiu não comentar.

Para Antônio Silva, a pre-sença de Arthur e Omar em Brasília é uma demonstração de força política, cujo úni-co objetivo é o bem-estar da ZFM. Silva também defen-deu a presença de sindicatos obreiros, da Federação dos Trabalhadores da Indústria e os parlamentares estaduais e federais. “Na última reunião da CAE, o Estado de São Paulo compareceu com os secretá-rios de Estado de Fazenda e de Planejamento”, alertou. Silva e Périco informaram que estarão presentes na reunião da comissão.

O deputado estadual Átila Lins reconhece que na última reunião da CAE nem ele nem os

demais deputados amazonen-ses estiveram presentes, mas justifica dizendo que mesmo que lá estivessem não pode-riam intervir nas discussões. “Não estivemos presentes, mas estamos à disposição para acompanhar e dar apoio à luta. Tenho muitos senado-res amigos e posso conversar com eles. Pedi uma cópia do documento que a Sefaz está elaborando ao secretário para poder ajudar”, afiançou.

A dobradinha Arthur Neto e Omar Aziz ultrapassa as barreiras do Amazonas e vai a Brasília lutar pelos interesses do Estado

1 Flexa R. (PSDB – PA)2 Ricardo F. (PMDB-ES)1 Sérgio (PMDB-RR)1 Ana Amélia (PP-RS)1 Luiz H. (PMDB-SC)1 José A. (DEM-RN)1 Inácio A. (PCdoB-CE)1 Cyro M. (PSDB-GO)1 Lúcia V. (PSDB-GO)2 Francisco D. (PP-RJ)2 Eduardo S. (PT-SP)

EmendasDestaque

Parlamentar

PRESSÃOA votação dos 14 des-taques ao projeto de resolução 1/2013 será somente na terça-fei-ra, mas a pressão pela manutenção da alíquo-ta de 12% do ICMS aos produtos do Amazonas começa amanhã

O Projeto de Resolução 1/2013 recebeu 42 emendas e a relatoria ficou a cargo do senador Delcídio Amaral (PT-MS), que sugeriu exceções na aplicação da redução da alíquota. A proposta do re-lator é de que a alíquota de 12% nas operações interesta-duais de produtos oriundos da Zona Franca de Manaus (ZFM), praticadas atualmen-te sejam mantidas, além das operações com gás natural do estado do Mato Grosso. O relatório foi votado na sema-na passada e os destaques entram na pauta da CAE na próxima terça-feira.

Para os demais Estados do Norte, Nordeste, Cen-

tro-Oeste e Espírito Santo, a alíquota será reduzida gradativamente para 7% e nas demais localidades do país será reduzida até 4%, com o objetivo de acabar com a guerra fiscal entre os Estados.

Parlamentares amazonen-ses e o secretário Afonso Lobo consideraram o rela-tório positivo para a ZFM. O prefeito Arthur Neto o anali-sa como um dos cenários me-nos negativos para o modelo econômico de Manaus. Já o economista e ex-prefeito da capital, Serafim Corrêa (PSB), alerta que é amea-çador para a ZFM conceder benefícios ainda que inferio-

res aos 12% previstos para o Amazonas a Estados como Pernambuco, que é dotado de infraestrutura superior à daqui e concorrente direto do polo de Duas Rodas.

Em linhas gerais, Serafim analisa que Pernambuco é um Estado vascularizado, pois tem estradas que o li-gam à Região Sudeste; tem porto e aeroporto adequa-dos à atividade industrial; internet de banda larga; e fornecimento de energia es-tável. “Empresas chinesas já optaram por ficar lá, mesmo com os benefícios que a ZFM concede hoje”, disse.

Ele também alerta para a emenda de autoria do sena-

dor Eduardo Suplicy (PT-SP) que, segundo Serafim, afeta exatamente o artigo do pro-jeto que garante a isenção de 12% para a Zona Franca de Manaus. “Se o destaque não for retirado, teremos dificuldades em que ele não seja aprovado. E aí, cairemos de 12% para 7%. Esse é o perigo”, analisou.

O EM TEMPO procurou o secretário Afonso Lobo para saber o conteúdo do relatório que a Sefaz está elaborando, mas ele preferiu não se pro-nunciar sobre o assunto. A reportagem também tentou falar com Thomaz Nogueira e o governador Omar Aziz, sem sucesso.

Serafim Corrêa alerta para perigo camufladoJO

EL R

OSA

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A6 Política MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

RN: ação popular denuncia farsa em aeroporto

Planejado para ser o maior centro de conexão da América Latina, o aeroporto Internacional São Gonçalo do Amarante, cuja concessão foi inaugurada em no-vembro de 2011 pela presidente Dilma, é alvo de ação popular na 4ª. Vara da Justiça Federal do Rio Grande do Norte. Segundo denún-cia, o terreno foi desapropriado de forma irregular, sem respeito a regras ambientais e o projeto sofre desvio de fi nalidade.

Propaganda enganosaConforme ação, o aeroporto que

seria um hub de cargas e pas-sageiros está mais para “réplica empobrecida do já insufi ciente Augusto Severo”.

Sem estruturaLonge da zona urbana e sem

obras de acesso, o aeroporto terá pista de 3 quilômetros, o que impede a decolagem de aeronaves maiores.

Para tudoO processo pede a suspen-

çãodo contrato e dos repasses do BNDES, que já chegam a R$ 71 milhões, além da paralisa-ção das obras.

Réus nominaisNa ação, o autor Paulo Sérgio

Oliveira de Araújo processa a pre-sidente Dilma, a União, ANAC, BNDES e as empresas Infravix e Engevix.

Eduardo evita atos onde go-verno Dilma é criticado

O presidenciável Eduardo Cam-pos (PSB) tem evitado eventos políticos com receio de ser asso-ciado às críticas de atores opo-sicionistas ao governo Dilma. Foi assim quando “furou” a Confe-rência Nacional do PPS e a festa de 1º de Maio da central Força Sindical. Na quinta (2), abortou sua

ida, em Uberaba, ao tradicional jantar promovido pelo deputado Marcos Montes (PSD-MG) com líderes presentes na Expozebu, talvez o maior evento de produ-tores rurais brasileiros.

Todo mundo láAo jantar em Uberaba, foram

líderes como o presidenciável Aécio Neves (PSDB) e empre-sários como Murilo Ferreira, presidente da Vale.

Contra, pero no muchoA ausência de Eduardo Campos

em eventos políticos foi ironiza-da pelo deputado tucano Marcos Pestana (MG): “É o preço da am-biguidade...”

Tem que encararPara Marcos Pestana, Eduardo

Campos não pode fugir da ne-cessidade de assumir seu papel de oposição, se quiser viabilizar o projeto político.

Bolso do contribuinteEnquanto a maioria da popula-

ção sofre com os serviços no se-tor aéreo, a AGU contratou, sem licitação, comissária aérea para o ministro Luís Inácio Adams. Desgastado após a Operação Porto Seguro, ele busca apoios promovendo reuniões políticas em vários Estados.

Surto honorífi coHonoris causa emérito, Lula

mostrou seu poder de síntese enquanto tomava vacina num posto de saúde: “Cada macaco no seu galho”, disse resumindo o que pensa do confl ito do Supremo com o Congresso.

Com jeito, vaiO ministro Joaquim Barbosa

nem disfarça mais seu discurso cada vez mais político – mani-festação inusual em cortes in-ternacionas, como a americana – confi rmando a suspeita de futura

candidatura presidencial.

Agenda tucanaDiretórios do PSDB realizam

convenções neste domingo. No Rio, serão eleitas comissões exe-cutivas estaduais e municipais, além do Conselho Fiscal. Já em SP, defi nir-se-ão dirigentes para os próximos 2 anos.

Promessa é recursoO advogado de Roberto Jef-

ferson, Luiz Francisco Barbosa, cumpriu com o recurso, no Su-premo, o que antecipou à coluna em julho: “bater bastante” em Lula, reafi rmando o papel dele no escândalo do mensalão.

In MemoriamO escritório de arquitetura que

leva o nome Oscar Niemeyer re-cebe verba federal, mesmo após sua morte. No dia 9 de abril, foram emitidos dois empenhos para a empresa “Arquitetura e Urbanismo Oscar Niemeyer”, no valor total de R$ 77 mil, segundo o Contas Abertas.

Menos um...Já é dada como certa cassa-

ção do deputado Raad Massouh (PPL) na Câmara do DF. Ele responde a processos por ter liderado suposto esquema de desvio de emendas parlamen-tares em benefício próprio.

... Dois e trêsAlém de Raad Massouh, pelo

menos outros dois deputados de Brasília podem se compli-car em processos, por suposta quebra de decoro parlamentar: Benedito Domingos (PP) e Ayl-ton Gomes (PR).

Bye, bye BrazilUm astrofísico brasileiro foi

um dos primeiros inscritos na viagem sem volta para colonizar Marte, promovida pela empresa holandesa MarsOne.

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Estão crescendo menos que o previsto”

ECONOMISTA JIM O`NEIL, criador do termo ‘Bric’, decepcionado com Brasil e Rússia

PODER SEM PUDOR

Tancredo e FafáNa campanha das diretas, em 1984, o governador

mineiro Tancredo Neves comparecia aos comícios sempre acompanhado do chefe do Gabinete Militar, o coronel PM, Paulo Duarte. Certa vez, em Fortale-za, na saída do palanque, o cuidadoso coronel meteu Tancredo dentro do carro e, ao perceber que, perto, a cantora Fafá de Belém tentava se livrar do assédio dos fãs, empurrou-a também para o interior do automóvel e mandou o motorista partir em disparada. Encontraria o carro adiante, estacionado. Tancredo e Fafá conversavam, às gargalhadas. Tancredo abriu o vidro:

– Coronel, se o senhor não fosse da PM, eu lhe promovia a general!

Legenda tem um repasse mensal entre R$ 22 mil e R$ 27 mil. O PT estadual vem em segundo lugar, com R$ 20 mil

PMDB-AM é o que mais recebe fundo partidário

O diretório do PMDB é o partido que mais recebe recursos do fundo partidário no Amazonas

O PMDB do Amazo-nas, partido dirigido pelo senador Eduar-do Braga e um dos

maiores em número de fi lia-dos, é o que recebe o maior valor de fundo partidário do Estado: entre R$ 22 mil a R$ 27 mil por mês. O PT, legenda da presidente da República, Dilma Rousseff , aparece em segundo lugar no Amazonas, com repasses mensais em torno de R$ 20 mil.

Já o PSB, do ex-prefeito Serafi m Corrêa recebe R$ 13 mil mensais do Fundo Par-tidário, enquanto o PDT que abriga o ex-prefeito Amazo-nino Mendes tem um repas-se de R$ 4,5 mil. O Partido Socialista dos Trabalhadores Unifi cado (PSTU) no Amazo-nas não recebe o recurso, de acordo com o vice-presidente da legenda, Gilberto Vascon-celos. Os valores dos fundos

partidários foram repassados pelos dirigentes de cada um das legendas citadas.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os partidos políticos, no Brasil, têm direito em receber o re-curso denominado de Fundo Especial de Assistência Finan-ceira, que também é chama-do de fundo partidário. Este recurso constituído por dota-ções orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos fi nanceiros que lhes forem atribuídos por lei. Os valores do benefício não são os mesmos para todos os partidos e são defi nidos pela representatividade que cada um tem na Câmara Federal.

As legendas podem ter o repasse da cota do Fundo sus-pensa, quando não prestam contas junto à Justiça Eleitoral ou se irregularidades forem encontradas nas prestações de contas.

Com a tramitação do projeto de lei 4470/12 do deputado

federal Edinho Araújo (PMDB-SP), que impede a transferên-cia do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e dos recursos do fundo parti-dário relativos aos deputados que mudam de partido duran-te a legislatura, as discussões têm se acirrado.

O presidente municipal do PMDB, vereador Marcel Ale-xandre, defende a proposta e argumenta que a legislação tem que ser mais rigorosa quanto à questão. Na sua ava-liação, tanto a cota do repasse quanto o tempo de propa-ganda é de propriedade do partido. “A legenda empresta apenas o seu nome para o par-lamentar eleito naquela sigla”, frisou. O presidente do PT-AM, João Pedro, também é contra ao que chamou de “infi deli-dade partidária”. Ele afi rmou que o mandato pertence ao partido e não ao parlamentar. “Eu não vejo o porquê de levar o fundo partidário e o tempo de propaganda”, criticou.

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O Mobilização Democrá-tica (MD) partido que nas-ceu da fusão do PPS e do PMN, no mês passado, foi criado antes da tramitação do projeto de lei que impede que o parlamentar leve a cota do fundo e o tempo de propaganda para o partido que migrar.

Segundo o presidente es-tadual da nova legenda, o ex-presidente regional do PPS, Guto Rodrigues. o MD não receberá transferência do Fundo Partidário do ex-tinto partido, já que não possui representante na bancada federal.

“O partido estadual recebe de acordo com a represen-tatividade de um deputado federal e nós não elegemos, pois preferimos investir na

eleição do deputado estadu-al Luiz Castro”, explicou.

O extinto PMN, segundo o ex-presidente da executiva regional, o engenheiro Je-rônimo Maranhão, também não recebia o repasse do Fundo Partidário pela dire-toria nacional.

Tempo de TVJá o tempo de propaganda

da TV e rádio que o PPS e o PMN possuía passarão para o MD. O tempo de propa-ganda para cada partido é de 30 minutos e é dividido pelo número de deputados federais que possui.

O PPS possuía dez depu-tados federais e o PMN, 3 representantes na Câmara Federal. Agora, o novo parti-do, o Mobilização Democrá-

tica, vai somar uma bancada de 13 deputados federais.

FidelidadePara o professor universi-

tário e coordenador do Nú-cleo de Política e Cultura da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ademir Ramos, a discussão em tor-no do projeto de lei está ligada à fi delidade partidá-ria, mas que tem se tornado interesse eleitoreiro.

“Essa discussão é uma oportunidade de fortale-cimento dos partidos, um entendimento de que o par-tido é o senhor do próprio recurso. Mas infelizmente tem se tornado oportunis-mo para aqueles que só pensam em se benefi ciar”, criticou o especialista.

MD sem transferência de recursoNo mês passado, o extinto PPS ofi cializou a fusão com o PMN, originando uma nova sigla

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AÇÃO

SARA MATOSEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013 A7Com a palavra

Esse episódio aconteceu em 2005 (...). O PT já fez a autocríti-ca dele. Já reconheceu a existência de um erro. De lá para cá, o partido se revigorou e fortaleceu, além de ter aprendido com isso”

O secretário-geral do Partido dos Trabalhadores (PT), Paulo Tei-xeira, esteve em Manaus na semana passada para lançar

seu nome na disputa à presidência na-cional do partido. Deputado federal por São Paulo, Teixeira está no partido há 30 anos e diz que durante esse período ganhou experiência e preparo para assu-mir uma das cadeiras mais importantes do clã petista.

Teixeira foi subprefeito de São Miguel Paulista no governo de Luiza Erundina. Foi deputado estadual por dois manda-tos, nos quais regulamentou os planos de saúde para atender aos portadores do vírus HIV e foi considerado um dos cem nomes que fizeram a luta contra a Aids no Brasil. Também foi secretário da Habitação em São Paulo, e está no seu segundo mandato como deputado federal, onde foi líder da bancada na Câmara em 2011.

Em sua passagem por Manaus, o candidato a presidente nacional do PT conversou com o EM TEMPO, onde falou sobre sua pretensão dentro da sigla, dos desafios de comandar 1,2 milhão de filiados, das articulações políticas para reeleger a presidente Dilma Rous-seff e os desgastes do escândalo do mensalão dentro do partido.

O processo de eleição direta (PED) está sendo previsto para acontecer no mês de novembro em todo Brasil. Nesse processo, os filiados PT elegem diretamente seus presidentes, vices e também os diretorianos. Teixeira dis-puta a vaga com os ativistas Walter Pomar e Rui Falcão, atual presidente da sigla.

EM TEMPO – O senhor é o atual secretário-geral do PT e está no partido há 30 anos. Como surgiu esse desejo de se candidatar a presidente?

Paulo Teixeira – Temos um campo político dentro do PT, que representa 20% dos filiados. Entre os nomes de apoio, temos os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Desen-volvimento Agrário, Pepe Vargas; o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro; e no Amazonas, o deputado es-tadual José Ricardo, deputado federal Praciano e vereadores Bibiano Garcia e Waldemir José. Esse grupo tem a preocupação de revigorar o partido.

Meu nome surgiu desse eixo. Achamos que o PT precisa se dedicar a grandes reformas e me coloquei à disposição para fazer essa mudança.

EM TEMPO – Como o senhor co-nhece bem a sigla, quais seriam as mudanças a ser feitas no partido?

PT – O PT precisa se jogar em refor-mar a política. Achamos que existe uma categoria muito dominada pelo poder econômico, que na verdade deveria ser dominada pela soberania popular. Hoje, estamos pulverizados na criação de partidos. É preciso reduzir o número de partidos. Isso não fortalece o pro-grama partidário. Defendemos o fim das coligações proporcionais. Também achamos necessária uma legislação nacional que garanta a participação feminina nos parlamentos. E em todos esses debates pretendo levar adian-te, caso vença as eleições. No nosso entendimento precisamos fazer uma campanha de combate à corrupção e criar um ciclo em toda sociedade bra-sileira para que se consiga aprofundar as mudanças que o país requer.

EM TEMPO – Hoje, qual é o maior desafio da legenda?

PT – Precisamos retomar o caráter pedagógico, de formação e organiza-

ção do povo. Essa é uma das maiores preocupações que o campo político tem no momento.

EM TEMPO – O senhor declarou que é contra a criação de partidos. Como avalia a discussão do projeto que restringe a criação de novas siglas?

PT – Defendemos uma reforma po-lítica. Criar partido não pode ser de qualquer forma. Hoje, os partidos se tornaram uma franquia, onde é muito fácil se fundar um. Queremos sim, uma mudança política que possa mudar essa racionalidade para que os partidos se-jam fundados de forma correta e com responsabilidade.

EM TEMPO – A candidatura à ree-leição da presidente Dilma Rousseff não é mais segredo para ninguém. Caso o senhor vença a eleição in-terna do PT, como a sigla vai se comportar?

PT – Em primeiro lugar vamos va-lorizar o partido. Vamos ouvir nossos companheiros e fortalecer a executiva do partido e não dar nenhum passo sem ouvir a executiva do PT. Evidentemente, vamos ter que conversar muito com a Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eles são fundamentais nesse processo. Também precisamos conversar com as legendas da base do governo. É ideal que estejamos próximos a eles para conseguir o maior número de palanques no país em apoio à nossa chapa.

EM TEMPO – Um dos maiores es-cândalos políticos da última década foi o mensalão e grande parte dos envolvidos são nomes da sigla. Como o partido está trabalhando isso?

PT – Esse episódio foi um caso que aconteceu em 2005, cujo julgamento aconteceu em parte no ano passado e terá prosseguimento esse ano. O PT já fez a autocrítica dele, já reconheceu a existência de um erro. De lá pra cá, o partido se revigorou e fortaleceu, além de ter aprendido com isso. Queremos agora que esse novo julgamento seja justo, o que não aconteceu no primeiro episódio. O que nos pareceu foi que ocorreu um julgamento pautado pela mídia e deixou de ser equilibrado. To-dos aqueles que estavam no banco dos réus não mereciam estar ali. Muitos foram condenados com inexistência total de provas.

O PT precisa se jogar em reformar a política. Achamos que existe uma categoria muito dominada pelo poder econômico, que na ver-dade deveria ser do-minada pela soberania popular. Hoje, estamos pulverizados na criação de partidos”

ISABELLA SIQUEIRAEquipe EM TEMPO

FOTOS: RICARDO OLIVEIRA

Defendemos uma refor-ma política. Criar partido não pode ser de qualquer forma. Hoje, os partidos se tornaram uma fran-quia, onde é muito fácil se fundar um. Queremos uma mudan-ça política”

Paulo TEIXEIRA

“Os partidos SE TORNARAM uma franquia”

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A8 Política MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

‘Parlamento Jovem’ vai empossar 24 deputadosOriundos de escolas públicas, esses alunos foram eleitos em sala para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa

No próximo mês, 24 jovens - eleitos em escolas da rede estadual de ensino

- serão empossados como deputados estaduais. A ação faz parte do programa “Par-lamento Jovem” realizado pela Assembleia Legislativa do Es-tado (Aleam), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Os jovens atuarão uma semana como deputados estaduais, viven-ciando a rotina de estudo em contato com os parlamenta-res da casa.

As eleições para a escolha dos jovens deputados estão sendo realizadas desde o mês passado e acontecem em es-colas da rede estadual de ensino, onde passam por uma palestra de educação cidadã em que são estimulados a despertar uma consciência crítica sobre o papel do jo-vem na política local.

De acordo com a gerente de Educação Cidadã da Es-cola do Legislativo da Aleam, Cassandra Serejo Cabral dos Anjos, esse programa nasceu da necessidade de fortalecer

o poder que representa a de-mocracia. “Após as palestras os alunos se sentem sujeitos históricos. O pensamento pe-jorativo, que a maioria tem, muda, pois percebem suas responsabilidades através de escolhas pessoais e coleti-vas”, explicou.

Cassandra disse ainda que os jovens que passam pela experiência desenvolvem um sentimento de “pertencimen-to e compromisso” com o Estado. “Nós mostramos que eles fazem parte do Poder, porque elegem seus repre-sentantes. O objetivo não é só que eles elaborem um projeto de lei, mas que saiam com todas as informações sobre qual o papel de um vere-ador, deputado e todos seus representantes”, contou.

O “Parlamento Jovem” tam-bém foi estendido para outros municípios. No primeiro tri-mestre deste ano as palestras foram feitas em Manacapuru, Maués e Itacoatiara. Os jovens de Careiro da Várzea, Pre-sidente Figueiredo, Codajás, Anamã, Barcelos, Urucurituba e Nova Olinda do Norte tam-bém receberão o projeto ainda este ano, pela comissão da Escola do Legislativo.

O programa existe no Amazonas há 6 anos e na-cionalmente há 10 anos. Em setembro, a Câmara dos Deputados realizará uma comemoração pela primei-ra década do Parlamento Jovem e, na ocasião, um projeto de cada Estado será premiado. Segundo Cassan-dra, a Seduc e a Aleam são

responsáveis por selecionar os quatro melhores projetos de todo o Amazonas, para concorrer em Brasília com os dos outros Estados.

O amazonense Denis Araú-jo Neto, 21, foi um dos jovens que já participou do progra-ma e, chegou, inclusive, a ser presidente da Câmara dos Deputados na edição

nacional de 2008. Natural do município de Manaqui-ri, para ele a experiência foi única e o ajudou a ter uma visão diferenciada do Poder Legislativo. Inclusive, naquele ano, seu projeto de lei foi o escolhido pela Câma-ra Federal. Ele foi candidato a vereador em Manaquiri, mas não se elegeu.

Programa tem 6 anos no AM

Neste primeiro trimestre, o Parlamento Jovem realizou palestras para os alunos da rede pública

O EM TEMPO foi às ruas ouvir os jovens sobre a iniciativa e a conclusão é que a política ainda é um “bicho de sete cabe-ças” para eles, apesar de alguns já começarem a tomar conhecimento da importância do fato na sociedade.

O estudante Alan Ananias, 16, disse que não gosta de política e que não se inscreveria neste programa. Re-nata Oliveira,16, disse que “acha legal” um jo-vem se envolver na po-lítica, mas que não tem paciência. Mas, para os estudantes universitá-rios Adria Nascimento, 18, Raquel Magalhães, 19, e Henrique Costa, 20, a participação mais firme do jovem na po-lítica é salutar.

Política ainda é vista com restrição

SARA MATOSEquipe EM TEMPO

DIVULGAÇÃO

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EconomiaCa

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[email protected], DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013 (92) 3090-1045

Espiridião Gomes, que também é proprietário da 3D alarmes, loja especializada em equipamentos de segu-rança em Manaus, explica que entre os itens mais pro-curados em seu estabeleci-

mento estão os chamados sistemas de intrusão, os

populares alarmes. A compra do equi-

pamento, se-gundo ele, varia entre R$ 1,2 mil

e R$ 1,5 mil e o custo para

monitoramento 24 horas do ser-viço é de R$ 250 por mês.

A cerca elétri-ca, segundo ele, continua tam-bém sendo um dos equipa-mentos de segurança mais popu-lares entre os clientes. Ela custa em torno

de R$ 2,5 mil para co-

brir 100 metros de extensão (ou

R$ 25 por metro linear).

O item não exige contrato de manutenção,

apenas eventuais visitas técnicas que saem por uma média de R$ 80 para resi-dências. “Geralmente insta-lamos de 20 a 30 cercas elétricas por mês e ocorreu de instalarmos até quatro cercas por dia. Estimamos que 80% de todas as cercas que vendemos sejam para casas, e o motivo principal é sempre corretivo, ou seja, os clientes procuram evitar novos assaltos”, revela.

O empresário informa que após uma “febre” de com-pra de cercas elétricas o carro-chefe, hoje, é o CFTV, cujo kit com quatro câmeras custa aproximadamente R$ 2,5 mil. “Em geral, o clien-te instala duas câmeras na frente da residência, uma em alguma área comum da casa, como sala ou corredor, e uma no fundo da residên-cia”, ressalta ao frisar que possui mais de mil clientes apenas nessa modalidade.

O lojista acrescenta que a tendência que se confi rma não apenas em seu estabe-lecimento, mas no mercado local, é do mix entre os equi-pamentos. “O consumidor não se satisfaz mais apenas com um dos itens. Agora ele busca unir todas as formas possíveis para se sentir se-guro, investindo o que for necessário”, completa.

Alarmes são os preferidos

Economia B4

Dimpe prevê aumento de 30% em 2013

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AÇÃO

em equipamentos de segu-rança em Manaus, explica que entre os itens mais pro-curados em seu estabeleci-

mento estão os chamados sistemas de intrusão, os

populares alarmes. A compra do equi-

pamento, se-

e R$ 1,5 mil e o custo para

monitoramento 24 horas do ser-viço é de R$ 250 por mês.

A cerca elétri-ca, segundo ele, continua tam-bém sendo um dos equipa-

mil para co-brir 100 metros

de extensão (ou R$ 25 por metro

linear). O item não exige

contrato de manutenção,

O preço dasegurança

População de Manaus amplia gastos para proteger as casas

da violência que atinge a cidade

Nos últimos 15 anos, o número de lojas que comercializam equipamentos de se-

gurança em Manaus cresceu quase 2.000%, ao passar de dez para quase 200 empre-sas. Conforme empresários do setor, o incremento da con-corrência foi estimulado pela preocupação com o conforto e a segurança residencial na capital amazonense.

Devido ao medo de assaltos e da violência, os manauen-ses aumentaram o consumo de produtos como cercas elé-tricas, sistema de alarmes e circuitos fechados de TV, ajudando a expandir o mer-cado de segurança eletrônica na cidade.

O consultor na área de segurança e empresário do ramo, Edson Araújo, que pos-sui 10 anos de atuação na área, afirma que para enten-der esse “boom” de empresas é preciso levar em conside-ração o aumento da procura por equipamentos para os chamados circuitos fecha-dos de TV (CFTV). “A nova mania é instalar sistemas de segurança que possam ser acessados de qualquer lugar por meio de tablets ou smartphones, desde que haja internet disponível”, conta.

Outro fator que, segundo ele, incrementou o mercado local foi a substituição do tipo de segurança contratado pelos moradores da cidade. “A se-

gurança patrimonial, ou seja, aquela feitas pelos chamados vigias, aos poucos foi sendo substituída pela eletrônica, porque as pessoas que contra-tavam os serviços foram tendo problemas de confi ança com os funcionários. A segurança inteligente dos equipamentos eletrônicos resolveu esse pro-blema”, destaca.

Além desse motivo, para o presidente do Sindicato das Empresas de Sis-temas Eletrônicos de Segurança do Estado do A m a z o n a s (Siese-AM), Espiridião Go-mes, a própria cultura do ama-zonense mudou, o que possibilitou a expansão do se-tor. “Houve uma mudança no ní-vel de violência na cidade, o que deixou as pessoas em alerta para a segurança de seus patri-mônios. Fora esse aspec-to, soma-se um retorno p e r c e p t í v e l dos moradores de apartamen-tos para as casas”, esclarece o dirigente que estima um cresci-mento de 9% a 11% ao ano no volume de vendas do segmento em Manaus.

JULIANA GERALDOEquipe EM TEMPO

O consultor em segu-rança Edson Araújo res-salta alguns cuidados que devem ser tomados pelo consumidor no mo-mento de comprar os equipamentos e contra-tar os serviços, indepen-dentemente da empresa escolhida. “Apesar da popularização do serviço ainda há uma tendência em Manaus da compra do equipamento, mas da resistência à ins-talação e manutenção por profissionais lega-lizados, o que deve ser evitado”, destaca.

De acordo com o es-pecialista, a empresa escolhida precisa ter personalidade jurídica e registro o Conselho Re-gional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM). “É bom que haja esse cuidado por parte do consumidor, porque a empresa pre-cisa estar credenciada para fazer manutenção quando necessário ou acompanhamento técni-co de 15 em 15 dias. Se o profi ssional for avulso, não há esse comprome-timento e o cliente pode acabar fi cando com equi-pamentos sem utilidade real”, alerta.

Ainda segundo o con-sultor, um número ex-pressivo de empresas não autorizadas atua na cidade, o que constitui mais um motivo para o cliente fi car atento.

Leia mais na B2

Cliente deve tomar alguns cuidados

Conforme o Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Estado do Amazonas (Siese-AM), Manaus possui apenas 12 empresas registradas

JOEL

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

A nova ameaça à sobrevivência da Zona Franca de Manaus tem provocado reações desencontra-das, mobilizações extemporâneas, e saídas improvisadas que sugerem que chegaremos a lugar algum. Ninguém precisava nos dizer que é hora de repensar a zona franca, nem desferir golpe de intimidação e de distorção como se aqui es-tivessem instalados oportunistas de ocasião. São mais de quatro décadas de luta para manter pra-ticamente intacto um patrimônio genético que qualquer país desen-volvido já teria transformado em almoxarifado vivo e dinâmico de respostas às demandas da humani-dade de alimento, energia, fárma-cos e cosméticos, com inteligência e responsabilidade ambiental. Os empreendedores aqui instalados têm feito sua parte, não apenas com a contrapartida fi nanceira das compensações fi scais para os programas de pesquisa e desen-volvimento, de turismo e custeio das cadeias produtivas através da Agência de Fomento do Amazonas, Afeam, cujo relatório de 2012 traz

avanços substantivos e convites explícitos de continuar investindo nesse caminho promissor os divi-dendos do modelo Zona Franca de Manaus. A decisão, porém, é polí-tica, escapa às funções e respon-sabilidades dos empreendedores, a quem cabe se manifestar apenas e sempre quando as decisões en-volverem seus empreendimentos e compromissos daí decorrentes.

É o caso da proposta política de ampliar áreas de livre comércio - ALC - pelos Estados da Ama-zônia, uma estratégia de ampliar o leque de apoio à ZFM que, a rigor é uma ALC, e que está es-truturada dentro de um projeto estratégico de ocupação, zelo e guarda do patrimônio amazônico. Partilhar esse mecanismo merece atenção e prudência, posto que assim colocado pode fragmentar as premissas que dão sustento ao modelo original. Qualquer outra iniciativa precisa ser seguida de planejamento estratégico e custeio da infraestrutura, e só faz sentido promover novos mecanismos de isenção fi scal dentro de uma arti-

culação técnica e política que leve em conta a vocação de negócios de cada micro ou sub-região. Na região de Benevides, no Pará, para dar um exemplo, uma empresa de cosméticos emprega 2500 famílias para coleta e benefi ciamento de espécies oleícolas para substituir a soda por óleos vegetais. O Pará é pioneiro, diga-se de passagem, em refi naria de óleo vegetal, de palma, e decolaria defi nitivamente sua vocação bioindustrial no setor se contasse com benefícios fi scais similares à ZFM. Complicado é fomentar concorrência regional no modelo de isenção fi scal.

A integração estratégica da re-gião era a premissa sagrada da BioAmazônia, uma empresa mista criada simultaneamente ao Centro de Biotecnologia da Amazônia, na virada do século, que integraria em rede os laboratórios de pesquisa em biodiversidade de todo o país, da Mata Atlântica, passando pelo Cerrado, incluindo o Pantanal e integrando tudo ao bioma ama-zônico. Um nacionalismo vesgo, à época, tratou os primeiros pro-

jetos em parceria com empresas estrangeiras – para a produção de fármacos para enfrentar as mazelas tropicais: malária, hepa-tites, dengue, entre outras – como biopirataria explícita, pela entrega aos laboratórios estrangeiros dos princípios ativos da fl oresta. A gri-taria foi competente e efi caz para abortar tais projetos. Expulsos do país acabaram por instalarem-se em Singapura, onde foi criada uma Biopolis, que produz alguns dos medicamentos que o Ministério da Saúde compra para atenuar algumas doenças da região, as mesmas aqui referidas. Uma agên-cia público-privada foi criada e desde então organiza e coorde-na pesquisas e negócios do setor http://www.a-star.edu.sg/, com a participação e captura permanente dos grandes talentos em biotecno-logia do planeta.

Os Estados vizinhos que come-çam a levantar-se contra a Zona Franca de Manaus são os mesmos que recebiam parte dos recursos da Suframa, as taxas pagas pelas empresas aos serviços prestados

pela autarquia. Esses recursos eram destinados às atividades geradoras de emprego, frequente-mente fi nanciavam infraestrutura e serviam para manter as banca-das minimamente articuladas em torno da ZFM. Faltou dizer a elas que a maior parte (quase 55%) dos resultados alcançados pelos benefícios fi scais, ou seja, a riqueza produzida por empresas industriais na Zona Franca de Manaus (ZFM), são destinados ao governo central. Quem demonstrou isso, Faculdade de Economia e Administração e Economia da Universidade de São Paulo, nada tem a ver com a ZFM ao demonstrar que da riqueza aqui produzida 54,42% vão para o governo, 27,28% são distribuídas entre os empregados e apenas 1,82% fi cam com os proprietários das empresas. Em compensação, no restante do país o governo recebe 41,54% de toda a riqueza produzida, os empregados fi cam com 36,31% e os empresários com 6,44%.

Em 2009, empresas e academia promoveram a publicação/divulga-

ção de um precioso estudo sobre “Os Instrumentos Econômicos para a Proteção da Amazônia – A Experi-ência do Polo Industrial de Manaus”, onde fi cou demonstrado que a ZFM conseguiu gerar riqueza econô-mica, produzir melhoria social e gerar externalidades ambientais signifi cativas. São resultados com alcance e benefícios nacionais e mundiais, tanto pela redução dos gases do efeito estufa, como pela manutenção do banco genético onde um dia, o governo brasileiro vai descobrir pra valer aquilo que os países centrais, desde o Tratado de Tordesilhas já sabiam: o Eldo-rado é verde, é genético e habita a Amazônia! Evitar a destruição da cobertura vegetal amazônica, benefício maior da Zona Franca de Manaus, é muito mais do que gerar bilhões e bilhões de dólares em crédito de carbono, que o país ainda não soube faturar. É asse-gurar zelo e guarda deste monu-mental almoxarifado genético que a humanidade cobiça pelo poder e riqueza que representa. Nosso poder e riqueza.

Alfredo MR Lopes [email protected]

ZFM - a economia da proteção ambiental

Alfredo MR Lopes Filósofo e ensaísta

Gastos de R$ 10 mil para blindar a casa em ManausMesmos com custos elevados, moradores da capital não pensam duas vezes para manter segurança de sua residência

Com medo de assal-tos em suas resi-dências, moradores de Manaus “abrem

a mão” para gastar quan-do o assunto é segurança doméstica. Para proteger sua casa, o manauense não pensa duas vezes para de-sembolsar, hoje, em média, R$ 5 mil em equipamentos como cercas elétricas e câ-meras de segurança, além da instalação e dos serviços de manutenção.

Entretanto, segundo o em-presário do setor, Espiridião Gomes, o gasto pode ultra-passar esse valor. “Existem proprietários que chegam a instalar até 16 câmeras na casa. Como um kit de circuito interno de quatro câmeras custa em média R$ 2,5 mil, o manauense está disposto a pagar, em alguns casos, até R$ 10 mil apenas com a instalação dos 16 equipa-mentos”, calcula.

A empresária do ramo de confecções, Clívia Lopes, há dois meses resolveu instalar uma câmera de circuito inter-no em seu quarto, após ser

assaltada três vezes dentro da própria casa, situada no bairro Cidade Nova, Zona Norte da cidade. Ela já uti-lizava o sistema de seguran-ça em suas lojas e resolveu experimentar dentro da re-sidência. “No começo eu me

senti incomodada porque a câmera tira a privacidade, mas ela resolveu o meu pro-blema com os assaltos e hoje tenho a sensação de estar mais protegida”, detalha.

A lojista conta que investiu R$ 3 mil na instalação do equipamento e se prepara

para colocar mais uma câ-mera na residência. “Preten-do instalar uma câmera que mostre o corredor central da casa e entrada dos quartos, assim posso monitorar a mo-vimentação. Dessa forma, eu me sinto melhor, mesmo morando em condomínio fe-chado e acho que os custos compensam”, relata.

ProteçãoA gerente comercial Susy

Azevedo também não econo-mizou para investir na segu-rança do lar, no bairro Flores, Zona Centro-Sul. Ela conta que ao mudar de aparta-mento para uma casa sentiu necessidade de reforçar a proteção, mesmo conside-rando os valores bastantes elevados. “Gastei em torno de R$ 7 mil para a instalação de oito câmeras espalhadas pela casa e mais serviços de instalação de cerca elétrica e sistema de sensores nas portas de entrada da casa”, enfatiza ao ressaltar que mesmo nunca tendo sofrido assalto, acha mais prudente prevenir do que remediar. Muros altos, cacos de vidro e cercas elétricas são usados pela população para evitar assaltos

JOEL ROSA

Dessa forma (mo-nitorada em casa), eu me sinto melhor, mesmo morando em condomínio fechado e acho que os cus-

tos compensam

Clívia Lopes, empresária

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B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Agroindústria em Rio Preto da Eva fomenta economiaEmpreendimento beneficia produtores da comunidade Iporá, que fabricarão geleias e doces para serem vendidos na capital

Conhecido pelo plantio de culturas como a da laranja e a do abacaxi, Rio Preto da Eva (a 57

quilômetros de Manaus) quer abastecer a capital amazonen-se com produtos beneficiados a partir das frutas cultivadas no município. Com investi-mentos de R$ 200 mil, uma agroindústria foi implantada para produzir doces, geleias e compotas. O local vai gerar seis empregos diretos e 50 indiretos, além de beneficiar 300 famílias.

Os investimentos são prove-nientes do governo do Estado do Amazonas, por meio da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), Banco da Amazônia, Instituto Nacio-nal de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e apoio técnico do Instituto de Desenvolvi-mento Agropecuário e Flores-tal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).

O engenheiro agrônomo do Idam, José Frade Jr., destaca que a agroindústria deverá atender à demanda das es-colas públicas do próprio muni-cípio e da capital amazonense, além de abastecer estabeleci-

mentos do Rio Preto da Eva, em particular os que vendem café da manhã. “O município foi contemplado com essa agroin-dústria por ter esse projeto de assentamento, onde a deman-da apresentada sempre dizia respeito ao aproveitamento dos excedentes de produção de frutas que poderiam ser transformadas em doces, ge-leias e compotas, agregando

valor à produção e proporcio-nando mais uma alternativa de renda aos assentados e moradores das proximidades do assentamento”, salienta.

AbastecimentoQuando funcionar a plena

capacidade, a agroindústria vai permitir que os produtores de Iporá (no quilômetro 129 da

AM-010), onde foi instalado o empreendimento, abasteçam diariamente as seis feiras de comercialização direta em Manaus. Possibilitará também o abastecimento dos feirões da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), do Cassino de Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica de Manaus (As-sam) e da feira de artesanato da avenida Eduardo Ribeiro, onde os agricultores apresen-tam seus produtos aos grande público.

DiversificaçãoPara a presidente da Coope-

rativa dos Produtores Rurais Novo Horizonte, em Rio Preto da Eva, Maria das Graças da Silva, que tem 47 mil pés de abacaxi, os investimentos devem despertar os interes-ses dos agricultores que estão mais acomodados. Na avalia-ção dela, os produtores vão querer variar suas produções para correr atrás dos prejuízos. “Quem antes só produzia uma ou duas culturas, por não ter como escoar sua produção, agora poderá entregar suas colheitas diretamente na por-ta dessa agroindústria”, expli-ca a dirigente. Renda de cerca de 300 famílias será impactada de forma positiva pela nova agroindústria

DIVULGAÇÃO

TRANSPORTEPonto positivo será a redução dos custos com logística. “Hoje é pago R$ 0,50 por quilo de abacaxi transporta-do. Cooperativa ficará livre dos gastos com logística da produção”, diz Maria das Graças

BRUNO MARZZOEquipe EM TEMPO

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Distrito Industrial das Micro e Pequenas Empresas projeta expansão este ano

Dimpe prevê alta de 30% em 2013

Conforme estimativa da Adimpe, empresas que compõem o Dimpe esperam faturamento de R$ 40 milhões até final deste ano

Na contramão do “pri-mo rico” do Polo Indus-trial de Manaus (PIM), que reclama das amea-

ças e crises, o Distrito Industrial das Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Dimpe) vai bem e espera fechar o ano com fatu-ramento de R$ 40 milhões. Este montante é 30% superior ao de 2012, quando foram faturados R$ 30,3 milhões.

Conforme a Associação das Micro e Pequenas Indústrias do Dimpe (Adimpe), ano pas-sado foi o melhor resultado dos negócios feitos pelos 24 em-preendimentos desde o início das operações em dezembro de 2008, quando o complexo indus-trial foi inaugurado. A entidade frisa que o aumento representa busca constante da qualidade na gestão da instituição e seu perfil inovador, focado no aper-feiçoamento de mecanismos e implantação de tecnologias que facilitaram a aceitação dos produtos ‘made in Amazonas’ fabricados no local.

A realidade do setor fabril do Dimpe vai na contramão da sazonalidade cíclica que passa o mercado interno. Enquanto a maioria dos setores econômi-cos reclama do desaquecimento nos negócios em virtude da redução nas vendas, pelo menos 80% das microindústrias locais viram ampliadas suas respecti-vas carteiras de clientes, com

saldo positivo de 450 empregos diretos no setor.

Segundo o presidente da Adimpe, Gilberto Tavares, gra-ças à demanda do mercado local, em quatro anos, as peque-nas e microempresas tiveram capacidade industrial ampliada em 42%, que possibilitou aden-samento da cadeia produtiva dos segmentos de madeira/mó-veis, fitofármacos e fitocosmé-ticos e novos negócios em re-

giões do Pará e Roraima, além de 26 municípios do interior.

Tavares explica ainda que o resultado se torna mais rele-vante se levado em conta que os negócios atendem o setor do alto varejo local. “Na concor-rência com o mercado do Sul e o Sudeste, nosso diferencial é a oferta de produtos em lotes menores, sem a necessidade de apelar para uma compra de grandes volumes, como acon-tece para quem compra, por exemplo, móveis da indústria paulista ou mineira”, afirma.

INVESTIMENTOEmpresas de grande porte são exemplo para aquelas que desejam apostar na aquisição de produtos dos pequenos e mi-croempreendimentos amazonenses e criação de empregos no Estado

DIVULGAÇÃO

Segundo a diretora do Departamento de Micro e Pequenas Empresas (Dempe) da Seplan, Judith Sanches, o Dimpe passará por uma reestruturação, quando vão ser avaliadas propostas para tornar o processo fabril instalado no local mais dinâmico.

Ela explicou também que as empresas insta-ladas foram selecionadas a partir de três editais de seleção, que prevê o prazo para permanência de cinco anos renováveis por mais cinco anos, tem-po suficiente para que as empresas possam crescer e se firmar no mercado. “A missão do Dimpe é esti-mular o desenvolvimento das empresas do Estado com foco na inovação, qualidade do processo industrial e responsabi-lidade socioambiental. É

neste ponto que reside o papel primordial que ele exerce como facilitador para a atualização tec-nológica, gerencial e a inserção mercadológica das pequenas e micro-empresas”, enfatiza.

HistóriaInaugurado em dezem-

bro de 2008, o Dimpe re-cebeu investimentos de R$ 14,85 milhões para concentrar em um con-domínio industrial os segmentos moveleiro e a produção de fármacos e cosméticos de origem natural. O projeto foi implantado sob a co-ordenação da Secreta-ria de Planejamento e Desenvolvimento Eco-nômico (Seplan) e da Companhia de Desen-volvimento do Estado do Amazonas (Ciama).

Projeto será reestruturado

DIVULGAÇÃO

Seplan avaliará propostas que tornem processo fabril dinâmico

HENRIQUE XAVIEREquipe EM TEMPO Online

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B5EconomiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

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B6 País MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Abastecimento de água no Nordeste entra em colapsoMais de 300 municípios enfrentam problemas por conta da estiagem prolongada, afetando cerca de 5 milhões de pessoas

Depois de um verão com chuvas abaixo da média, os sistemas de abaste-cimento de água das

cidades nordestinas estão en-trando em colapso, por conta daquela que já é considerada, pelo governo federal, a maior seca dos últimos 50 anos na região. Levantamento feito por um site brasileiro, na última semana, com todas as novas companhias de saneamento do Nordeste, aponta que 314 municípios enfrentam problemas no abastecimento de água por conta da estiagem prolongada, afetando cerca de 5 milhões de pessoas.

Desses municípios, pelo menos 55 estão em colapso total e não têm mais água nas torneiras e são abastecidos por carros-pipa ou outros meios emergenciais, um aumento de 450% em relação a novembro do ano passado. Duas capitais já enfrentam raciona-mento: Recife e Maceió.

Apenas o Maranhão, que não possui cidades no semiárido, não tem município em racionamento. Além dos municípios do semiári-do, os problemas chegam a cida-des do agreste, zona da mata e até litoral. Apesar das chuvas dos últimos dias em muitas cidades da região, as companhias infor-maram que o volume foi incapaz de alterar significativamente o

nível dos mananciais.Pernambuco é o Estado com

maior número de municípios atingidos. Segundo a Compe-sa (Companhia Pernambuca-na de Saneamento), dos 185 municípios do Estado, 151 estão com algum tipo de défi-cit no abastecimento. Desses, 16 estão em colapso, sendo

abastecidas por carros-pipa.O prolongamento da estiagem

fez com que Recife e Jaboatão dos Guararapes (região metropo-litana da capital) entrassem em sistema de racionamento desde o dia 1º de março. Na capital pernambucana, os moradores recebem água por 20 horas e ficam 28 hora sem. Olinda e Cabo de Santo Agostinho também, na Grande Recife, estão em sistema de rodízio há mais tempo.

A falta de abastecimento de água não afeta apenas as populações nordestinas; os rebanhos de gado também são atingidos

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CALAMIDADEPelo menos 55 municí-pios estão em colapso total e não têm mais água nas torneiras e são abastecidos por carros-pipa, um au-mento de 450% em relação a novembro do ano passado

A Bahia enfrenta uma grande diminuição do nível dos ma-nanciais utilizados para abas-tecimento, o que fez a Embasa adotar um racionamento em 53 municípios. A empresa lan-çou campanha recomendando

que sejam instaladas caixas d’água com capacidade sufi-cientes para atender às neces-sidades diárias de consumo. Para evitar mais problemas, a Embasa pediu que a população adote o “consumo racional” da

água. A empresa pede ainda que a água não seja usada em irrigação de jardins ou la-vagem de carros, calçadas e áreas externas. Em Alagoas, 30 dos 102 municípios estão enfrentando rodízio por conta

da seca, entre elas Maceió. O Estado é o único do Nordeste a ter adotado racionamento na capital e região metropolitana. Na capital, cinco bairros da parte alta enfrentam rodízio desde novembro de 2012.

Bahia e Alagoas também sofrem racionamento

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B7PaísMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Para fazer frente às organizações criminosas, governo lança cartilha de inteligência para ser adotada em presídios do país

Manual ensina técnicas para infiltrar agentes em cadeiasConfrontado com o

fortalecimento do narcotráfico e orga-nizações criminosas

mais complexas, o governo federal criou um manual de inteligência para ser ado-tado em presídios de todo o país. Intitulado Doutrina Nacional de Inteligência Pe-nitenciária, o documento - classificado como reservado, o que o deixará escondido por 5 anos - prevê técnicas de disfarce para agentes e medidas como a intercepção postal de correspondências.

O objetivo da Doutrina é subsidiar o planejamento de políticas públicas, difun-dir procedimentos e tornar a inteligência penitenciária um instrumento de combate ao crime organizado dentro e fora dos presídios. “Torna-se imprescindível como arcabou-ço para o mapeamento dos líderes e facções criminosas que, a partir dos estabeleci-mentos penais, tecem suas co-nexões e orquestrações ilíci-tas extra muros, colocando em risco a segurança e a ordem pública”, diz o documento, ao qual o jornal “O Estado de S. Paulo” teve acesso.

A Doutrina lista uma série de “ações de busca” que podem

ser executadas - que “deverão ser sigilosas, independente-mente de estarem os dados (buscados) protegidos ou não”, afirma o documento.

Entre as “ações de busca” citadas estão interceptação postal de correspondências, interceptação de sinais e da-dos, infiltração de agentes e desinformação, que consiste em “induzir alvos a erros de

apreciação”, levando-os a executar um comportamen-to determinado. Outra ação destacada é a provocação, “realizada com alto nível de especialização para fazer com que uma pessoa ou alvo modifique seus procedimen-tos e execute algo desejado”, sem desconfianças.

Observação, memorização,

foto interpretação, disfarce, análise comportamental e leitura da fala a distância são algumas das principais técnicas operacionais de in-teligência mencionadas na Doutrina. O disfarce prevê o uso de recursos naturais ou artificiais para evitar o reco-nhecimento dos agentes. Já a foto interpretação é definida como a técnica que capacita os agentes a “interpretarem corretamente os significados das imagens obtidas”.

As operações de inteligên-cia, segundo a Doutrina, “es-tão sempre sujeitas ao dilema efetividade versus segurança”. “Ainda que a segurança seja ine-rente e indispensável a qualquer ação ou operação, a primazia da segurança sobre a efetividade, ou vice-versa, será determina-da pelos aspectos conjunturais”, sustenta o documento.

Também está prevista a uti-lização de “verba secreta”, que deverá ser destinada para o desenvolvimento de ações de caráter sigiloso.

A Doutrina Nacional de In-teligência Penitenciária traz conceitos e valores para ser difundidos entre as agências de inteligência de todo o país, como moralidade, eficiência, legalidade e impessoalidade. Dentre as atribuições do manual está a interceptação de correspondências dentro de presídios

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DOUTRINAA cartilha lista uma sé-rie de “ações de busca” que podem ser execu-tadas - que “deverão ser sigilosas, indepen-dentemente de estarem os dados (buscados) protegidos ou não”, afirma o documento

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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Pesquisa aponta que 36% consideram que o ataque em Boston deveria ser considerado um “fator importante” no debate

Maioria nos EUA não vê elo entre atentado e imigração

A maioria dos norte-ame-ricanos não vê o atenta-do em Boston como um problema de imigração,

de acordo com uma pesquisa divulgada nesta semana. Le-vantamento do Pew Research Center mostra que apenas 36% dos entrevistados disseram que o ataque, na Maratona de Bos-ton, deveria ser considerado um “fator importante” no debate sobre como reformular a lei de imigração dos Estados Unidos, enquanto 58% disseram se tra-tar “majoritariamente de um as-sunto separado”.

Além disso, 57% dos entrevis-tados disseram que mudanças na imigração “não fariam dife-rença” no que diz respeito a evitar ataques similares no futuro. O FBI apontou os irmãos Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev, de origem

chechena, como responsáveis pelas explosões. Tamerlan foi morto em uma troca de tiros com a polícia, dias depois do ataque. Dzhokhar foi capturado.

Em pronunciamento logo após a captura, o presidente Barack Obama defendeu que os ame-ricanos mantenham o “espírito de diversidade” que caracteriza os Estados Unidos e pediu que a população não faça pré-julga-mentos sobre os estrangeiros que chegam ao país. “É impor-tante que sigamos acolhendo as pessoas de todo o mundo. O espírito americano inclui man-ter-se fiel à diversidade que nos faz fortes. Temos de manter esse espírito”. A discussão sobre a lei de imigração nos EUA ainda está no início, mas o atentado já foi citado por alguns republi-canos como razão para ir mais

devagar com as mudanças na legislação. A pesquisa mostra que o público americano ainda está relativamente desinteres-sado no debate sobre a revisão das leis de imigração.

Os pesquisadores apontaram que “o debate sobre políticas de imigração tem recebido pou-ca atenção do público.” Apenas 19% dos entrevistados disseram estar acompanhando de perto o debate sobre uma legislação abrangente sobre imigração.

ReformasAo considerar o sistema de

imigração dos Estados Uni-dos “ultrapassado e falido”, o presidente Barack Obama defende uma reforma na le-gislação que resolva a situação dos 11 milhões de imigrantes ilegais do país. Em um discurso

realizado em uma escola em Las Vegas onde a maioria dos estudantes tem origem latina, Obama afirmou que “um amplo consenso está surgindo” sobre a questão e repetiu várias ve-zes que “agora é a hora” de aprovar as mudanças.

“A boa notícia é que, pela primeira vez em muitos anos, republicanos e democratas pa-recem prontos para enfrentar esse problema juntos”, ressaltou Obama. “Membros dos dois par-tidos, nas duas casas, estão tra-balhando ativamente em busca de uma solução. Inclusive um grupo bipartidário de senadores anunciou sua proposta para uma ampla reforma na imigração, que está de acordo com os princípios que eu propus e a favor dos quais fiz campanha nos últimos anos”.

Atentados na Maratona de Boston deixaram 3 mortos e pelo menos 200 feridos

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Maduro e seu amigo Bashar al-AssadEm sua entrevista ao jornal

francês “Le Monde”, a primeira desde que foi eleito no dia 14 de abril, o novo presidente deu vazão à retórica chavista e não economizou críticas aos EUA e à Europa. Ele também negou uma polarização das forças políticas no país, apesar dos 49% dos votos atribuídos ao candidato da oposição, Henrique Capriles, nas eleições presidenciais.

Maduro também enviou um recado aos europeus: existe uma percepção caricatural da política do país que não cor-responde à realidade, na sua opinião. “As pessoas pensam que na Venezuela existe uma

ditadura”, disse. Ele também afirma defender o diálogo com a oposição, mas declara que ela é dirigida por um grupo ‘extremista’ de direita, que estaria pronto para tomar o poder nos moldes do general Pinochet, no Chile.

Ao ser perguntado sobre uma possível “normalização” as relações com os Estados Unidos, Maduro ampliou os ataques. Para ele, os Estados Unidos não respeitam a Amé-rica Latina e são governados por um aparelho militar, indus-trial, midiático e financeiro.

O novo presidente venezue-lano também afirmou ter uma

boa cooperação com o líder sírio, Bachar al-Assad, que se justificaria pelas oportuni-dades de negócios. Segundo ele, é preciso entender “que a América Latina busca um modelo econômico depois do desastre dos anos 90, marca-dos pelo neoliberalismo”, que levaram às revoluções sociais, e explicam, em sua opinião o surgimento de líderes como o ex-presidente Lula, ou ainda Rafael Correa, no Equador.

Segundo ele, o Brics, gru-po formado Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, também deve servir de exemplo para o mundo.

VENEZUELA

O presidente citou a Intel e o Instagram como exemplos de empreendimentos bem-suce-didos que foram iniciativas de imigrantes, destacando que não há motivo para dizer aos imigrantes, graduados em universidades americanas, que eles devem iniciar seus negócios em outro lugar.

Para atrair profissionais qualificados, a proposta do governo deverá oferecer green cards para pessoas que tenham concluído mes-trado ou doutorado em uni-versidades americanas nas áreas de ciência, tecnologia,

engenharia e matemática e que tenham conseguido emprego no país.

A reforma da legislação de imigração tornou-se uma prioridade para Obama, no segundo mandato, depois da tentativa frustrada no primeiro. Seu antecessor, o republicano George W. Bush, também tentou aprovar uma política de imigração no se-gundo mandato – sem su-cesso. Para o democrata, a questão ganha ainda mais importância com o peso que o voto do eleitorado latino teve para sua reeleição.

Intel e Instagram inovaram

Presidente venezuelano disparou críticas contra o governo americano e elogiou Brasil e Síria

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Dia a diaCade

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[email protected], DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013 (92) 3090-1041

A novela do desperdício de pescado

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A RESPONSABILIDADE e a CULPA de cada um

Exercer a cidadania não é apenas cobrar ações das autoridades, mas também colaborar para isso

Na semana que passou, o panorama mudou na avenida J, principal artéria do bairro Al-

vorada, Zona Centro-Oeste de Manaus. O cenário de tumulto no tráfego mudou com uma ação da prefeitura que tentou – e conseguiu com sucesso, até agora – colocar fi m na baderna. Na praça da rua Altair Severiano Nunes, no conjunto Eldorado – ponto para encontro entre amigos nos bares dos arredores – a escuridão que amedrontava foi dissipada pela nova iluminação, que deu um ar de renovação ao lugar.

Assim, de pouco em pouco, a cidade parece fi nalmente tomar rumo na organização. Não é mais do que a obrigação da administração municipal, cla-ro, independente do seu gestor. Mas a pergunta que fi ca é: onde termina a responsabilidade da prefeitura e começa a do cida-dão manauense?

Os diversos logradouros pú-blicos de Manaus dão uma ideia da dimensão dessa responsa-bilidade de muitos, tão pouco assumida, em colaborar para que exista de fato uma capital que dê orgulho ao morador. Ações que podem render muito mais além de fi car simples-mente criticando e esperando a prefeitura providenciar. O que está providenciado acaba precisando o tempo todo ser “reprovidenciado”. Segundo cál-culos da Gerência de Parques da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), mais de R$ 250 são gastos, por semana, em cada um dos três parques que mais sofrem com ações de vândalos: o Ponte dos Bilhares, Lagoa do Japiim e a praça da Saudade. São pichações, torneiras que-bradas, furto de lâmpadas e quebra de bancos de madeira... danos causados pelos próprios frequentadores que preferem não ter deveres de zelar pelo pa-

trimônio – apenas cobrar para repararem o que eles destroem. Nessa cifra média semanal, não está inclusa a mão-de-obra que trabalha na manutenção.

Outro drama diário é o lixo. De acordo com estimativa da Se-cretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), os detritos recolhidos diaria-mente chegam em média a 2,9 mil toneladas. Mesmo com seis pontos de entregas voluntárias (os PEVs) em diversas zonas da cidade e 11 de coleta seletiva em ruas do Centro, o lixo é encontrado nos igarapés, nas praças, nas áreas verdes e pon-tos de ônibus. Para determina-das áreas de difícil acesso dos carros coletores (como becos), a Comissão Especial de Divulga-

ção e Orientação da Política de Limpeza Pública (Cedolp) tenta sensibilizar os moradores para que o descarte seja realizado em horário próximo da passagem do carro coletor para evitar o acúmulo. Infelizmente, nem sempre isso é obedecido e o resultado é sujeira espalhada por todos os lados.

A falta de noção do signifi cado de “público” parece ser evidente quando o assunto chega aos logradouros, cuja obstrução re-presenta o maior índice de irre-gularidades identifi cadas pelo Instituto Municipal de Plane-jamento Urbano (Implurb), ha-vendo casos mais graves como ocupação de mobiliário urbano do patrimônio municipal, como paradas de ônibus. Há cerca de duas semanas, na Vila Amazo-

nas, bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul, uma empresa de radiotáxi graciosa-mente começou a contruir suas instalações em um ponto de ôni-bus nas proximidades. Graças a uma denúncia, o empresário foi obrigado a demolir o que já estava construído e desocupar o espaço público.

Há, ainda, as (poucas) calça-das, pelas quais nossa capital recebeu o triste título de cidade com as piores calçadas do país, ano passado. Quando não são quebradas, são indiscrinada-mente ocupadas por barracos. “A calçada é pública ou privada? Está claro que ela é pública, só que está numa fronteira entre o privado, entre lotes, casas, prédios, fábricas, lojas e a rua. As calçadas são uma grande confusão de não conformidade, mas existem normas técnicas para se fazer passeios. É pre-ciso usar as normas existentes, técnicas, para se fazer passeios contínuos, livres e uniformes para todos”, diz o presidente do Implurb, Roberto Moita.

Tantos problemas são sem-pre jogados nas costas da administração pública, no en-tanto, o difícil é reconhecer boas iniciativas e fazer sua parte para que haja de fato a gestão participativa.

Nas próximas páginas mos-tramos alguns aspectos da cidade que podem mudar e melhorar a partir da atitude de cada manauense – onde está a culpa (do pai que deixa o fi lho pisar na grama, do motorista que entra pela contramão por preguiça de pegar o caminho correto, do que coloca música em volume exagerado e aquele que não dá a mínima para as placas de proibição) e a responsabilidade (o que faz valer seu direito de cidadão, denuncia o que está errado e não transforma o patrimônio público em seu chiqueiro par-ticular) de cada um. Manaus não é da prefeitura nem do go-verno, muito menos da União. A cidade é nossa.

REALIDADEOs diversos logradouros públicos de Manaus dão uma ideia da dimensão dessa responsabilidade de muitos, tão pouco assumida, em colaborar para que exista de fato uma capital que dê or-gulho ao seu morador

CÉSAR AUGUSTOEquipe EM TEMPO

Pichações em monumento da praça da Saudade: falta mais segurança para os logradouros

Lixo acumulado em igarapé de Manaus: completa ignorância dos programas de conscientização

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Chafariz do complexo de lazer da Ponta Negra, após a última recuperação: apesar da beleza, mau comportamento do público ameaça a integridade do lugar, atitude que merece maior atenção

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Desordem começa a fi car sem espaçoAções nas principais vias da cidade buscam apelar para o bom senso dos motoristas

Em uma capital do ta-manho de Manaus e com o ritmo diário da metrópole do Norte,

um tráfego efi caz e equilibra-do é fundamental. Atualmente, os famosos gargalos forma-dos nas principais avenidas da cidade em horas de pico estão refl etindo diretamente em ruas e pequenas avenidas em diversos bairros.

Infrações como estacionar em locais proibidos e formar fi la dupla no acostamento, tem sido um dos principais problemas em locais de tráfego abundante de diversos bairros na cidade.

No bairro Alvorada (Zona Centro-Oeste), especifi camen-te na avenida J, parte de proble-mas que perduraram por anos foram resolvidos com a implan-tação de novas sinalizações por meio do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) e Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU).

De acordo com o Manaus-trans, antes das medidas no lo-cal, a via fi cava constantemen-te comprometida por conta do estacionamento irregular de veículos nas duas mãos, o que

difi cultava a passa-gem das diver-sas linhas de transportes co le t i vos que fazem o itinerá-rio tan-to para o bairro q u a n t o para o Centro.

O técnico em automa-ção, Natanael Silva, 43, falou que a sinalização visível na avenida desafogou mais o engarrafamento que forma-va em horários específi cos.

“Ficou muito melhor, mesmo sendo uma medida básica já deveria ter sido pensada para o bairro há mais tempo. Passo diariamente por aqui e já sinto a diferença com as calçadas mais livres de carros estacio-nados”, pontuou.

Ainda de acordo com o Ma-naustrans, diversos bairros em outras zonas da capital terão as sinalizações recons-tituídas desde a recolocação das placas de pontos de ôni-bus até auxílio profi ssional com a presença de agentes de trânsito.

LUCIANO LIMAEquipe EM TEMPO

Cenário da avenida J, no bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste de Manaus: determinação de estacionamento em somente um lado da via auxilia reorganização

Cena comum na capital amazonense: motoristas param sem obedecer sinalização

A ordenação no trânsito de Manaus começa pela atitude de motoristas e pedestres

difi cultava a passa-gem das diver-sas linhas de transportes co le t i vos que fazem o itinerá-

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O técnico em automa-ção, Natanael Silva, 43, falou que a sinalização visível na

Cenário da avenida J, no bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste de Manaus: determinação de estacionamento em somente um lado da via auxilia reorganização

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Arborização ainda sofre com falta de valorizaçãoRetrato do descaso está na destruição e roubo de mudas de árvores, que custam ao contribuinte, por unidade, R$ 40

Residência arborizada em conjunto habitacional da Zona Centro-Oeste de Manaus: enquanto mudas são roubadas e destruídas por vândalos, outros cidadãos valorizam a existência de áreas verdes

Que a cidade de Manaus é linda e acolhedora qual-quer amazonense

sabe, mas topar com ela na 14ª posição no ranking das metrópoles menos arboriza-das do país, não é nem um pouco bonito! Será que isso é culpa do poder público ou da população que está cada vez menos preocupada em fa-zer a sua parte colaborando com a natureza?

A grande “explosão” da construção civil e o cresci-mento desordenado na capi-tal amazonense são alguns dos diversos fatores que con-tribuem para a ausência de espaços verdes na capital. O problema com a falta de arborização vai muito além da carência de cobertura vege-tal: chega às tão praticadas queimadas urbanas pela po-pulação e a minúscula parti-cipação da sociedade no que-sito educação ambiental.

Segundo a Secretaria Mu-nicipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) a prática ainda é um problema cultural na região. O hábito de queimar resíduos domésticos e vegetação morta é um traço ainda bastante disseminado, principalmente nas zonas Nor-te e Leste de Manaus.

A lei nº 605/2001, que instituiu o Código Ambiental do Municí-pio de Manaus prevê algumas

penalidades. O artigo 136, in-ciso 5, considera penas leves para quem efetuar queima, ao ar livre, de materiais que compro-metam de alguma forma o meio ambiente ou a sadia qualidade de vida, bem como também riscar, colar papéis, pintar, fi -xar cartazes ou anúncios em arborização urbana.

Em casos mais graves de depredação, os artigos 137, 138 e 139 preveem multas para o cidadão que variam entre 10 a 100 mil unidades fi scais do

município (UFMs), consideran-do que o valor é de R$ 74,59.

Apaixonada pela natureza, a comerciante Cleide Tavei-ra de Lima, 60, faz questão de cultivar em sua residência diversos tipos de plantas, in-clusive as medicinais. “Eu sem-pre gostei muito de plantas e acredito que cultivando estou produzindo sem qualquer tipo de agrotóxicos ou fertilizante industrial. É uma forma de consumir o que eu mesmo planto, sabendo da qualidade”,

disse.“Na minha casa eu tenho

limão, manga-rosa, capim-santo e canela, pois eu acho importante ter ervas medici-nais, e na hora que eu precisar eu sei utilizar e também sei das propriedades de cada uma”, explicou a comerciante.

Mais verdeNa contramão dos hábitos

ainda recorrentes da popu-lação, a Semmas priorizou o Programa Manaus Verde e Viva, que além de fazer a produção e o plantio, distri-bui gratuitamente as mu-das arbóreas e frutíferas para a população.

Com o programa em ati-vidade é possível mapear as áreas cuja cobertura vegetal é carente, além da realização de manutenção em árvores adultas existentes na cidade e a retirada de erva-de-passa-rinho e avaliação de risco de queda que evitam principal-mente os acidentes durante fortes chuvas.

Porém não só de “fl ores’’ vive a Semmas. Segundo o órgão, as perdas de mudas por vandalismo somam 15,6%, o equivalente a 288 das 1.835 mudas de árvores plantadas do início do ano até agora. A perda não é apenas vegetal, mas também para o bolso do contribuinte que, em cálculos perde R$ 40 por uma unidade de muda de 1,5 metro, ou seja, boicote à natureza e aos cofres públicos.

TRISTEZASegundo dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), as perdas de mudas por vanda-lismo somam 15,6%, o equivalente a 288 das 1.835 mudas plantadas

Você já dormiu com o tra-vesseiro dobrado na cabeça por conta do alto volume no aparelho de som do vizinho? Ou então mora ao lado da-quele bar que também abusa do som ultrapassando o limite de decibéis (medida física do som) e inclusive fora do ho-rário permitido? Então saiba que o Código Ambiental tam-bém apena essas práticas tão comuns na capital.

O artigo 137, inciso VIII do código considera infra-

ção grave emitir ruídos em áreas externas que possam causar perturbações ao sos-sego público e que produzam efeitos psicológicos ou fi sio-lógicos negativos.

O analista de informa-ção, Cleiton da Mota, 28, espera chegar em casa e conseguir dormir após um dia cansativo. “Existem dois tipos de problemas onde eu moro: som alto e barulho de constru-

ção. Quanto ao som, uma conversa com os vizinhos solucionou o problema”, con-tou. “Quanto ao segundo problema é mais complicado, pois existe uma ofi cina ao lado, no quarteirão, e eles es-tão construindo um galpão, com obras que começam antes das 7h com barulho de maquinário pesado. Esta semana eles colocaram uma sirene para controlar o ho-rário dos trabalhadores”,

desabafou Mota.

Poluição sonora e desrespeitoLUCIANO LIMAEquipe EM TEMPO

Apesar do descaso de parte da população, há quem leve a sério a questão do meio ambiente

FOTOS: JOEL ROSA

C3Dia a diaa diaaMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

FOTOS: JOEL ROSA

tipos de problemas onde eu moro: som alto e barulho de constru-

sirene para controlar o ho-rário dos trabalhadores”,

desabafou Mota.

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013 C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Um espaço desrespeitado em cada canto da cidadeÉ com base na esperteza que muita gente quer ter seus lucros usando espaços públicos para negócios particulares

Um dos grandes proble-mas enfrentados por qualquer que seja o prefeito de Manaus é

em relação à ocupação desor-denada dos espaços públicos, onde cada um se acha o dono da calçada, da rua e, onde mais tiver um “buraco” para se encaixar, com seus bares, lan-ches, bancas e afins. O Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb) confirma que uma das maiores dificuldade enfrentadas pelo setor de controle e fiscalização do órgão é a ocupação de cal-çadas e logradouros públicos, o que corresponde a mais de 50% das denúncias recebidas.

Essa situação advém de uma grande disfunção percebida na cidade, que é uma relação com-plexa e muito mal resolvida en-tre o público e o privado, como acontece com as calçadas, se-gundo Cristiane Soutto Maior, vice-presidente do instituto.

“A calçada é pública, só que ela está numa interface, numa fronteira entre o universo pri-vado, de lotes, casas, prédios, fábricas, lojas, escritórios e a rua, que essa - ninguém tem dúvida - é pública. É preciso que o cidadão entenda que a calçada é um bem de todos, não privado, e que precisa cuidar dela, mas sem se apossar do logradouro”, sustenta.

Passeio públicoComo exemplo, o músico

Pablo Santa Rosa, 27, aponta a situação de um “empreen-dimento comercial”, que fica no passeio público da avenida Senador Álvaro Maia (antigo Boulevard), entre as zonas Sul e Centro-Sul, que transformou a calçada num “restaurante”. “Ele montou uma estrutura com tenda, churrasqueira, gás de cozinha e vende peixe e carne durante os finais de semana e ninguém faz nada. Não proíbem ou multam e nem tem como dizer que não veem, pois é em pleno Boulevard. É um absur-do”, diz, completando que em Manaus é comum o cidadão se deparar com os abusos por parte de quem insiste em usar o passeio público como extensão dos seus negócios. “Um exem-plo é esse lugar, que ocupa uma parte da calçada do Boulevard, em frente a uma agência ban-cária e uma drogaria, onde a churrasqueira exala fumaça e trabalha a pleno vapor para servir no meio da rua um petisco que, no mínimo, deveria seguir um bom padrão de qualidade, e não é ali, absorvendo a po-eira e o monóxido de carbono dos carros que isso deve ser encontrado. Um total exagero no quesito urbanidade e lugar adequado para servir alimen-tos”, completa.

Moradora da rua Padre Agos-tinho Cabalero, na Compensa, Zona Oeste, a dona de casa Nilce dos Santos, 43, reclama que a rua toda é um verdadeiro amontoado de ferro-velho. “As oficinas e lojas de peças ocu-pam as calçadas e nós, pedes-tres, temos que ir para a rua, correndo o risco de sermos atro-pelados. “Os moradores sempre reclamam, mas isso não muda há anos. E olha que é ao lado da prefeitura. Então, o que falta para resolverem e tirar todo mundo daqui?”, questiona.

CHRIS REISEquipe EM TEMPO

Ainda segundo Cristiane Soutto Maior, o trabalho de conscientização da popula-ção sobre os espaços pú-blicos é permanente, e vai desde a orientação feita na fiscalização, no dia a dia nas ruas, nas rotas, até o caso das audiências públicas que vão acontecer sobre a revisão do Plano Diretor e que ajudarão a repercutir positivamente que existem leis de controle e ajudam a conscientizar o cidadão do uso da cidade.

A vice-presidente aponta um caso especial que o órgão teve que recorrer à Justiça: é o de uma obstru-ção de logradouro público, na avenida Carvalho Leal, 1.171, Cachoeirinha, Zona Sul. Foi um lanche de-nunciado ao Disque Ordem (161). Ela lembra que o proprietário foi notificado no dia 11 de março por exercer atividade econômi-ca em logradouro público sem autorização, inclusive do dono do lote do qual ocupa a frente. Segundo Cristiane, a edificação no lugar é mista, parte de al-venaria, com cobertura de ferro, totalizando uma área de 6 x 6 metros. Apesar de ter entrado com um pe-dido de regularização do lanche junto à Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab), o dono o teve indeferido no dia 13 de março, por não atender as condições de cadastramento e exigên-cias da secretaria, exceden-do a área permitida para estes casos, de 2 metros quadrados (ambulantes), prevista no art. 128, da lei

674/02. No dia 9 de abril, o Implurb

fez nova notificação para o lanche, para que o proprie-tário fizesse a demolição voluntária do mobiliário, sob pena de demolição administrativa, conforme prevê a lei 673 (art. 41, inciso I). “No dia 16 de abril, após análise do caso pela assessoria jurídica do Implurb, foi autorizada a demolição administrativa da lanchonete irregular, o que acabou não acontecen-

do em razão de se atender um último pedido de prazo, de 48 horas, para que o dono fizesse, enfim, a de-molição por conta própria. Mas nesse período o mes-mo entrou com liminar na Justiça, impedindo a ação do órgão. Agora, aguarda-se a decisão da Justiça, uma vez que o instituto recorreu da liminar”, conclui.

O Código de Postura (acessível pelo site implurb.manaus.am.gov.br), que traz uma série de diretrizes de or-denamento e regras sobre o assunto, como a calçada livre com pelo menos 1,5 metro, o que varia conforme a caixa viária (ruas ou avenidas).

Trabalhos de conscientização

De acordo com infor-mações da assessoria de imprensa do órgão, do dia 1 de janeiro a 30 de abril foram feitas 390 notificações e 460 produções extras (quando o fiscal, em rota, identifica uma irregula-ridade) só de obstrução de logradouro público. Foram detectadas 38 infrações neste perío-do. Em abril deste ano, a mesma irregularidade gerou 89 notificações e 132 produções extras. Além disso, o Disk-Or-dem 161, no mês de abril recebeu 158 denúncias do tipo, o que só perde para obra irregular, com 119 ocorrências.

Dentre os problemas priorizados serão ataca-dos, fortemente, os pro-cessos de desocupação dos passeios públicos e áreas públicas. Serão desenvolvidos proje-tos-pilotos, que depois serão espalhados pela capital. “Nas calçadas, Manaus talvez reúna o maior número de não conformidade que é possível se imaginar para um único espaço”, diz o presidente do Im-plurb, Roberto Moita.

A obstrução de logra-douro público pode gerar infração (multa) ao cida-dão irregular, que varia de R$ 101 a R$ 608. As multas são aplicadas de acordo com a regulariza-ção do caso.

Obstruções têm 390 notificações

INFORMAÇÃOO Código de Postu-ra pode ser obtido no site do Implurb e traz uma série de diretrizes de ordena-mento e regras sobre o assunto, como cal-çada livre com pelo menos 1,5 metro

Lanchonete construída em calçada no bairro Cachoeirinha

Calçadas são os maiores demonstrativos da desorganização

No centro de Manaus, outro exemplo da falta de organização

Preparação e venda de churrasco em plena calçada na avenida Dom Pedro, Zona Centro-Oeste: uso de espaços públicos para lucro pessoal é frequente

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Patrimônio sob ameaça da falta de consciênciaSegurança que falta deixa registros de vandalismo em logradouros públicos populares da cidade, principalmente praças

Mesmo com as ações de vigilância, o pa-trimônio público de Manaus ainda é

alvo constante de vândalos que não hesitam em deixar rastros por onde passam. Pichações e rabiscos são marcas registra-das em logradouros públicos, principalmente na composição de praças e no transporte cole-tivo. Estátuas, bancos e paredes são os alvos favoritos.

O Parque dos Bilhares, na Zona Centro-Sul, é um dos lu-gares escolhidos pelos ama-zonenses para caminhada e o principal ponto de encontro dos skatistas na cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilida-de (Semmas), em média 850 pessoas passam por dia pelas duas etapas do complexo, dei-xando quase sempre um dano. Apesar do bebedouro gratuito, instalado recentemente, que tem ajudado a aliviar o calor na capital, faltam opções para a compra de refeições.

O estudante Nixson Pinto Marques, 16, usa a praça para praticar manobras de skate e diz que o lugar ainda é peque-no para o esporte. “A gente se reúne aqui porque é um lugar seguro, mas não é adequado para o skate. Ainda sofremos com o preconceito de que o skatista é maconheiro, infe-lizmente. E as pessoas olham para gente de ‘olho torto’. O que nos salva são as pes-soas que vendem alimenta-ção nos carrinhos, porque os quiosques não funcionam,” afirma o skatista.

A praça Heliodoro Balbi, a popular Praça da Polícia, no Centro, também é um dos

locais preferidos dos amazo-nenses. O ambiente é orga-nizado e não tem sinais de vandalismo. Lugar propício para passear e registrar o momento ao lado da família.

“O lugar é muito aconche-gante. A arborização e a ins-talação desses chafarizes nos ligam à natureza. Sem falar da limpeza e da sombra pre-sentes”, diz Verônica Machado Maciel, que frequenta a praça para descansar e conversar com os amigos.

InsegurançaHá mais de nove anos traba-

lhando na Praça da Saudade, localizada na Zona Sul, o au-tônomo João Batista Sena, 53, contou que o logradouro não tem segurança suficiente e que presencia, com frequência, atos de violência. “A praça está aban-donada. Não se tem segurança aqui, o que causa insegurança nos visitantes. Um lugar que era para ter muita gente, porque se trata de um local de lazer, tem diminuído bastante. E au-tomaticamente o comércio cai”, desabafa o comerciante. “As lâmpadas, pouco mais de um mês atrás estavam apagadas, o que atrai a criminalidade. Eu mesmo já presenciei cenas de violência, afirma”.

ENTENDASegundo a Secreta-ria Municipal de Meio Ambiente e Susten-tabilidade (Semmas), em média 850 pessoas passam por dia pelas duas etapas do Parque dos Bilhares, deixando quase sempre danos

O transporte coletivo tam-bém não escapa dos vân-dalos. A estrutura interna desses veículos tem grande parte comprometida, com bancos e janelas quebrados pela “arte da pichação”. Os autores desses estragos, na maioria das vezes, são os próprios usuários.

Esse problema reflete de imediato no bolso dos ama-zonenses. Aí está o “mistério” do aumento na tarifa de ôni-bus, ajustada para a manu-tenção, reforma, reposição

e aumento da frota.“Eles aumentam a passa-

gem para R$ 3, os ônibus ainda continuam lotados e só faltam cair na cabeça da gente. Falta fiscalização, fal-ta punição para quem ajuda a destruir um espaço que é nosso. Quando a parte de trás, de apoio, de um veículo desses está quebrada, quem está em pé corre o risco de se machucar durante o percurso, como já aconteceu comigo”, diz a estudante Tai-nara Rocha.

Ônibus marcados por estragosLocalizada na Zona Oeste

e reformada recentemente, a Ponta Negra ainda é ponto de insatisfação dos ama-zonenses e de turistas que reclamam dos serviços e da nova estrutura oferecida.

A agente de viagens mato-grossense Thaís Santos, 35, que pedala naquela área, diz que na orla falta estrutura para receber a população. Ela destaca a necessida-de do aumento de locais para descanso e ausência de bebedouros gratuitos para os visitantes.

“Se é uma área de lazer e descontração em que as pessoas vêm também para descansar, porque não têm locais suficientes para sen-tar? Estamos na Amazônia. Por que não pegar essas toras de madeira e deco-rar o ambiente, unindo o útil ao agradável?”, sugere Thaís. “Falta água para o povo beber. Nem todo mun-do têm condições de pagar pela água vendida nos quios-ques, que custa os ‘olhos da cara’”, acrescenta.

A ciclista ainda fala das restrições que os ciclistas enfrentam para pedalar durante a semana por fal-

ta de ciclovias no local. “Nós só temos o direito de pedalar nos finais de semana, que é quando eles bloqueiam as vias para que possamos trafegar. Du-rante a semana, como não temos ciclovias, ficamos sem pedalar,” reclama.

Segundo o gari Alexandre Pereira Lopes, 35, um dos responsáveis pela limpeza do balneário há sete meses, a implantação de placas de advertência têm educado os visitantes a ter um cuidado maior com o local, o que inibiu os atos de vandalismo. “Ago-ra parece que as pessoas respeitam mais o patrimônio público. Placas como ‘Não pise na grama’, ‘Não jogue o lixo’, por exemplo, têm alertado mais”, diz. No en-tanto, várias dessas placas estavam derrubadas sobre o gramado do parque.

De acordo com a Guarda Municipal, muitos banhistas, mesmo com os afogamentos registrados no ano passado e o aparecimento de animais que causam ameaças, como os jacarés encontrados no último domingo (28), não respeitam os horários de entrada e saída no rio.

Um panorama que se modifica

Bancos danificados em interior de ônibus: culpa dos usuáriosPlaca derrubada na Ponta Negra indica situação de descaso

No Parque dos Bilhares, Zona Centro-Oeste, a presença dos guardas é insuficiente, ainda, para deter as ações de usuários vândalos

IONE MORENO

IONE MORENO

DIEGO CAJÁ

LUANA DÁVILAEM TEMPO ONLINE

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Um espaço desrespeitado em cada canto da cidadeÉ com base na esperteza que muita gente quer ter seus lucros usando espaços públicos para negócios particulares

Um dos grandes proble-mas enfrentados por qualquer que seja o prefeito de Manaus é

em relação à ocupação desor-denada dos espaços públicos, onde cada um se acha o dono da calçada, da rua e, onde mais tiver um “buraco” para se encaixar, com seus bares, lan-ches, bancas e afins. O Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb) confirma que uma das maiores dificuldade enfrentadas pelo setor de controle e fiscalização do órgão é a ocupação de cal-çadas e logradouros públicos, o que corresponde a mais de 50% das denúncias recebidas.

Essa situação advém de uma grande disfunção percebida na cidade, que é uma relação com-plexa e muito mal resolvida en-tre o público e o privado, como acontece com as calçadas, se-gundo Cristiane Soutto Maior, vice-presidente do instituto.

“A calçada é pública, só que ela está numa interface, numa fronteira entre o universo pri-vado, de lotes, casas, prédios, fábricas, lojas, escritórios e a rua, que essa - ninguém tem dúvida - é pública. É preciso que o cidadão entenda que a calçada é um bem de todos, não privado, e que precisa cuidar dela, mas sem se apossar do logradouro”, sustenta.

Passeio públicoComo exemplo, o músico

Pablo Santa Rosa, 27, aponta a situação de um “empreen-dimento comercial”, que fica no passeio público da avenida Senador Álvaro Maia (antigo Boulevard), entre as zonas Sul e Centro-Sul, que transformou a calçada num “restaurante”. “Ele montou uma estrutura com tenda, churrasqueira, gás de cozinha e vende peixe e carne durante os finais de semana e ninguém faz nada. Não proíbem ou multam e nem tem como dizer que não veem, pois é em pleno Boulevard. É um absur-do”, diz, completando que em Manaus é comum o cidadão se deparar com os abusos por parte de quem insiste em usar o passeio público como extensão dos seus negócios. “Um exem-plo é esse lugar, que ocupa uma parte da calçada do Boulevard, em frente a uma agência ban-cária e uma drogaria, onde a churrasqueira exala fumaça e trabalha a pleno vapor para servir no meio da rua um petisco que, no mínimo, deveria seguir um bom padrão de qualidade, e não é ali, absorvendo a po-eira e o monóxido de carbono dos carros que isso deve ser encontrado. Um total exagero no quesito urbanidade e lugar adequado para servir alimen-tos”, completa.

Moradora da rua Padre Agos-tinho Cabalero, na Compensa, Zona Oeste, a dona de casa Nilce dos Santos, 43, reclama que a rua toda é um verdadeiro amontoado de ferro-velho. “As oficinas e lojas de peças ocu-pam as calçadas e nós, pedes-tres, temos que ir para a rua, correndo o risco de sermos atro-pelados. “Os moradores sempre reclamam, mas isso não muda há anos. E olha que é ao lado da prefeitura. Então, o que falta para resolverem e tirar todo mundo daqui?”, questiona.

CHRIS REISEquipe EM TEMPO

Ainda segundo Cristiane Soutto Maior, o trabalho de conscientização da popula-ção sobre os espaços pú-blicos é permanente, e vai desde a orientação feita na fiscalização, no dia a dia nas ruas, nas rotas, até o caso das audiências públicas que vão acontecer sobre a revisão do Plano Diretor e que ajudarão a repercutir positivamente que existem leis de controle e ajudam a conscientizar o cidadão do uso da cidade.

A vice-presidente aponta um caso especial que o órgão teve que recorrer à Justiça: é o de uma obstru-ção de logradouro público, na avenida Carvalho Leal, 1.171, Cachoeirinha, Zona Sul. Foi um lanche de-nunciado ao Disque Ordem (161). Ela lembra que o proprietário foi notificado no dia 11 de março por exercer atividade econômi-ca em logradouro público sem autorização, inclusive do dono do lote do qual ocupa a frente. Segundo Cristiane, a edificação no lugar é mista, parte de al-venaria, com cobertura de ferro, totalizando uma área de 6 x 6 metros. Apesar de ter entrado com um pe-dido de regularização do lanche junto à Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab), o dono o teve indeferido no dia 13 de março, por não atender as condições de cadastramento e exigên-cias da secretaria, exceden-do a área permitida para estes casos, de 2 metros quadrados (ambulantes), prevista no art. 128, da lei

674/02. No dia 9 de abril, o Implurb

fez nova notificação para o lanche, para que o proprie-tário fizesse a demolição voluntária do mobiliário, sob pena de demolição administrativa, conforme prevê a lei 673 (art. 41, inciso I). “No dia 16 de abril, após análise do caso pela assessoria jurídica do Implurb, foi autorizada a demolição administrativa da lanchonete irregular, o que acabou não acontecen-

do em razão de se atender um último pedido de prazo, de 48 horas, para que o dono fizesse, enfim, a de-molição por conta própria. Mas nesse período o mes-mo entrou com liminar na Justiça, impedindo a ação do órgão. Agora, aguarda-se a decisão da Justiça, uma vez que o instituto recorreu da liminar”, conclui.

O Código de Postura (acessível pelo site implurb.manaus.am.gov.br), que traz uma série de diretrizes de or-denamento e regras sobre o assunto, como a calçada livre com pelo menos 1,5 metro, o que varia conforme a caixa viária (ruas ou avenidas).

Trabalhos de conscientização

De acordo com infor-mações da assessoria de imprensa do órgão, do dia 1 de janeiro a 30 de abril foram feitas 390 notificações e 460 produções extras (quando o fiscal, em rota, identifica uma irregula-ridade) só de obstrução de logradouro público. Foram detectadas 38 infrações neste perío-do. Em abril deste ano, a mesma irregularidade gerou 89 notificações e 132 produções extras. Além disso, o Disk-Or-dem 161, no mês de abril recebeu 158 denúncias do tipo, o que só perde para obra irregular, com 119 ocorrências.

Dentre os problemas priorizados serão ataca-dos, fortemente, os pro-cessos de desocupação dos passeios públicos e áreas públicas. Serão desenvolvidos proje-tos-pilotos, que depois serão espalhados pela capital. “Nas calçadas, Manaus talvez reúna o maior número de não conformidade que é possível se imaginar para um único espaço”, diz o presidente do Im-plurb, Roberto Moita.

A obstrução de logra-douro público pode gerar infração (multa) ao cida-dão irregular, que varia de R$ 101 a R$ 608. As multas são aplicadas de acordo com a regulariza-ção do caso.

Obstruções têm 390 notificações

INFORMAÇÃOO Código de Postu-ra pode ser obtido no site do Implurb e traz uma série de diretrizes de ordena-mento e regras sobre o assunto, como cal-çada livre com pelo menos 1,5 metro

Lanchonete construída em calçada no bairro Cachoeirinha

Calçadas são os maiores demonstrativos da desorganização

No centro de Manaus, outro exemplo da falta de organização

Preparação e venda de churrasco em plena calçada na avenida Dom Pedro, Zona Centro-Oeste: uso de espaços públicos para lucro pessoal é frequente

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Patrimônio sob ameaça da falta de consciênciaSegurança que falta deixa registros de vandalismo em logradouros públicos populares da cidade, principalmente praças

Mesmo com as ações de vigilância, o pa-trimônio público de Manaus ainda é

alvo constante de vândalos que não hesitam em deixar rastros por onde passam. Pichações e rabiscos são marcas registra-das em logradouros públicos, principalmente na composição de praças e no transporte cole-tivo. Estátuas, bancos e paredes são os alvos favoritos.

O Parque dos Bilhares, na Zona Centro-Sul, é um dos lu-gares escolhidos pelos ama-zonenses para caminhada e o principal ponto de encontro dos skatistas na cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilida-de (Semmas), em média 850 pessoas passam por dia pelas duas etapas do complexo, dei-xando quase sempre um dano. Apesar do bebedouro gratuito, instalado recentemente, que tem ajudado a aliviar o calor na capital, faltam opções para a compra de refeições.

O estudante Nixson Pinto Marques, 16, usa a praça para praticar manobras de skate e diz que o lugar ainda é peque-no para o esporte. “A gente se reúne aqui porque é um lugar seguro, mas não é adequado para o skate. Ainda sofremos com o preconceito de que o skatista é maconheiro, infe-lizmente. E as pessoas olham para gente de ‘olho torto’. O que nos salva são as pes-soas que vendem alimenta-ção nos carrinhos, porque os quiosques não funcionam,” afirma o skatista.

A praça Heliodoro Balbi, a popular Praça da Polícia, no Centro, também é um dos

locais preferidos dos amazo-nenses. O ambiente é orga-nizado e não tem sinais de vandalismo. Lugar propício para passear e registrar o momento ao lado da família.

“O lugar é muito aconche-gante. A arborização e a ins-talação desses chafarizes nos ligam à natureza. Sem falar da limpeza e da sombra pre-sentes”, diz Verônica Machado Maciel, que frequenta a praça para descansar e conversar com os amigos.

InsegurançaHá mais de nove anos traba-

lhando na Praça da Saudade, localizada na Zona Sul, o au-tônomo João Batista Sena, 53, contou que o logradouro não tem segurança suficiente e que presencia, com frequência, atos de violência. “A praça está aban-donada. Não se tem segurança aqui, o que causa insegurança nos visitantes. Um lugar que era para ter muita gente, porque se trata de um local de lazer, tem diminuído bastante. E au-tomaticamente o comércio cai”, desabafa o comerciante. “As lâmpadas, pouco mais de um mês atrás estavam apagadas, o que atrai a criminalidade. Eu mesmo já presenciei cenas de violência, afirma”.

ENTENDASegundo a Secreta-ria Municipal de Meio Ambiente e Susten-tabilidade (Semmas), em média 850 pessoas passam por dia pelas duas etapas do Parque dos Bilhares, deixando quase sempre danos

O transporte coletivo tam-bém não escapa dos vân-dalos. A estrutura interna desses veículos tem grande parte comprometida, com bancos e janelas quebrados pela “arte da pichação”. Os autores desses estragos, na maioria das vezes, são os próprios usuários.

Esse problema reflete de imediato no bolso dos ama-zonenses. Aí está o “mistério” do aumento na tarifa de ôni-bus, ajustada para a manu-tenção, reforma, reposição

e aumento da frota.“Eles aumentam a passa-

gem para R$ 3, os ônibus ainda continuam lotados e só faltam cair na cabeça da gente. Falta fiscalização, fal-ta punição para quem ajuda a destruir um espaço que é nosso. Quando a parte de trás, de apoio, de um veículo desses está quebrada, quem está em pé corre o risco de se machucar durante o percurso, como já aconteceu comigo”, diz a estudante Tai-nara Rocha.

Ônibus marcados por estragosLocalizada na Zona Oeste

e reformada recentemente, a Ponta Negra ainda é ponto de insatisfação dos ama-zonenses e de turistas que reclamam dos serviços e da nova estrutura oferecida.

A agente de viagens mato-grossense Thaís Santos, 35, que pedala naquela área, diz que na orla falta estrutura para receber a população. Ela destaca a necessida-de do aumento de locais para descanso e ausência de bebedouros gratuitos para os visitantes.

“Se é uma área de lazer e descontração em que as pessoas vêm também para descansar, porque não têm locais suficientes para sen-tar? Estamos na Amazônia. Por que não pegar essas toras de madeira e deco-rar o ambiente, unindo o útil ao agradável?”, sugere Thaís. “Falta água para o povo beber. Nem todo mun-do têm condições de pagar pela água vendida nos quios-ques, que custa os ‘olhos da cara’”, acrescenta.

A ciclista ainda fala das restrições que os ciclistas enfrentam para pedalar durante a semana por fal-

ta de ciclovias no local. “Nós só temos o direito de pedalar nos finais de semana, que é quando eles bloqueiam as vias para que possamos trafegar. Du-rante a semana, como não temos ciclovias, ficamos sem pedalar,” reclama.

Segundo o gari Alexandre Pereira Lopes, 35, um dos responsáveis pela limpeza do balneário há sete meses, a implantação de placas de advertência têm educado os visitantes a ter um cuidado maior com o local, o que inibiu os atos de vandalismo. “Ago-ra parece que as pessoas respeitam mais o patrimônio público. Placas como ‘Não pise na grama’, ‘Não jogue o lixo’, por exemplo, têm alertado mais”, diz. No en-tanto, várias dessas placas estavam derrubadas sobre o gramado do parque.

De acordo com a Guarda Municipal, muitos banhistas, mesmo com os afogamentos registrados no ano passado e o aparecimento de animais que causam ameaças, como os jacarés encontrados no último domingo (28), não respeitam os horários de entrada e saída no rio.

Um panorama que se modifica

Bancos danificados em interior de ônibus: culpa dos usuáriosPlaca derrubada na Ponta Negra indica situação de descaso

No Parque dos Bilhares, Zona Centro-Oeste, a presença dos guardas é insuficiente, ainda, para deter as ações de usuários vândalos

IONE MORENO

IONE MORENO

DIEGO CAJÁ

LUANA DÁVILAEM TEMPO ONLINE

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C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

A ‘luta armada’ contra a ‘gente porca’ do cotidianoComportamento sujo independe de classes sociais. É uma questão de simples educação em um quadro que começa a mudar

“Tem pessoas que não pensam na cidade, em ajudar a manter limpa.

Parece que não têm educação”. O desabafo é da gari Maria do Rosário, 54, que trabalha há 20 anos na limpeza pública. De acordo com ela, em algumas situações, o lixeiro está ao lado e as pessoas jogam no chão os restos. Na maioria das ve-zes, segundo a profissional, as pessoas nem notam a presença dos garis nas ruas. “É como se a gente não existisse, mas sei bem que nosso trabalho é muito importante para Ma-naus”, avalia. Mas, nem tudo é motivo para indignação. Maria também observa que tem gente que não joga nada no chão e, ainda, dá exemplo aos filhos. “É tão bonito observar uma mãe ou pai dando exemplo”, conclui.

Para Ivanilse Pontes, 38, “gen-te porca”, como ela define, tem em todo lugar, mas adianta que fica (ainda) surpresa quando vê alguém jogando lixo de dentro do carro. “Todo mundo acha que gente pobre é que não tem edu-cação, mas o que tem de gente jogando um monte de coisa que não presta de dentro de carro grande e bonito...”, diz.

Segundo a Secretaria Mu-nicipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), as áreas mais problemáticas para o tra-

balho de limpeza são as saídas de becos. Como os carros co-letores não podem acessá-los, os moradores colocam sacos de lixo nas saídas de becos, acumulando grande quanti-dade de resíduos. A Semulsp, através da Comissão Especial de Divulgação e Orientação da Política de Limpeza Pública (Cedolp), realiza trabalho de sensibilização dos moradores para que o descarte do lixo seja realizado em horário próximo

da passagem do carro coletor, evitando-se assim o acúmulo de lixo nestes locais.

Outra área problemática para a coleta de lixo são os igarapés canalizados que não permitem acesso para máquinas e cami-nhões, como os igarapés do 40 e do Franco. Segundo informa-ções do setor de Estatísticas da Semulsp, a média de lixo coletado na capital é de 87 mil toneladas mensais – por dia, são 2,9 mil toneladas.

PROBLEMASSegundo a Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), as áreas mais problemáticas para o trabalho de limpeza na capital amazonense são as saídas de becos

Nos primeiros quatro me-ses de 2013, a Ouvidoria Geral do Município (OGM) recebeu 40,6% a mais de manifestações em relação ao mesmo período do ano passado. São 294 registros de janeiro a abril, contra 209 de 2012, que fechou o ano com um total de 483 manifestações. Ou seja, em apenas 120 dias, a Ouvidoria já recebeu mais da metade do total de registros feitos em 365 dias de 2012. Os números comprovam que a população voltou a acreditar que os compromissos assu-midos pela nova gestão mu-nicipal serão executados.

“A sociedade está uti-lizando a Ouvidoria como instrumento de uma gestão compartilhada, empregada pelo prefeito Arthur Virgílio

Neto. Aponta onde está o problema e muitas vezes, também sugere soluções. Faz isso porque acredita que haverá esforços na busca de um desfecho positivo. Ou seja, a sociedade assumiu o papel de parceira na admi-nistração municipal”, explica o ouvidor geral do município, Alessandro Cohen.

Outro dado positivo é o percentual de solução que a OGM está conseguindo ob-ter. Conforme Cohen, das manifestações que recebe, o órgão consegue resolver 72% delas. Os demais 28% referem-se a questões das esferas estadual e federal, ou relacionadas a manifesta-ções anteriores a 2013, e que estão extintos ou arquivados nas secretarias para os quais foram enviados.

Ouvidoria é uma arma a favorHoje, além de oferecer sete

meios contínuos de acesso à Ouvidoria (carta, atendi-mento presencial, internet, facebook, e-mail, atendi-mento telefônico e caixas de coleta), ainda vai, espora-dicamente, ao encontro das comunidades com o progra-ma Ouvidoria Itinerante, fa-cilitando a aproximação da coletividade. Em breve, será implantado o número 162, numa ação compartilhada com a Ouvidoria Geral do Estado. O 162 foi designado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como contato único das ouvidorias do Brasil. O có-digo de três dígitos facilita a memorização pelos usu-ários. São reservados aos serviços de utilidade pública e suas chamadas são gra-

tuitas. Conforme Cohen, o cidadão que discar 162-1 será atendido pela Prefeitu-ra, enquanto o número 162-2 será destinado ao Estado. “Foi o que as duas Ouvido-rias pensaram para utilizar o mesmo número, numa par-ceria em que só quem ganha é a população”.

Além destes mecanismos de acesso, o próprio ouvidor, diariamente, está nas comu-nidades para ouvir as solici-tações e constatar, in loco, as necessidades e gravidades dos problemas apresenta-dos, orientando às secre-tarias executoras sobre as prioridades na execução dos trabalhos. “Ressalte-se que isso é possível pelo empenho de todas as secretarias, que sempre atendem aos nossos pedidos”, lembra Cohen.

Ao encontro das comunidadesBalcão da Cidadania Atendimento presencial na sede da Ouvidoria, localizada na rua São Luís, nº 416 – 2º andar – Adrianópolis, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Carta Endereçada para a rua São Luís, nº 416, 2º andar – Adria-nópolis. CEP: 69057-250

Atendimento telefônico gratuito0800 092 0111 (das 8h às 17h, de segunda a sexta-fei-ra)

Facebookhttp://www.fecebook.com/pages/Ouvidoria-Municipal-De-Manaus

Endereço eletrônico (E-mail)[email protected]

Internethttp://www.manaus.am.gov.br/ Caixas coletoras de sugestões distribuídas em todos os órgãos da Prefeitura de Manaus, além de uma disponível na Câmara Municipal de Manaus.

Acesso à cidadania

Gari limpa sujeira em avenida de Manaus: falta de educação é observada também entre os manauenses mais “abastados”

DIEGO CAJÁ

CHRIS REISEquipe EM TEMPO

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C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Desperdício de pescado é questão cultural no AMDeterioração do peixe se deve à atitude dos pescadores que enchem seus barcos do produto, que chega estragado

O desperdício de pesca-do não será resolvido com a entrega do ter-minal pesqueiro. A ob-

servação é do superintendente da Pesca no Amazonas, Raimun-do Nonato Sousa Pereira Costa, que acha que essa situação está ligada a uma questão cultural dos pescadores, que lotam o barco de peixe e, quando che-gam a Manaus, a maior parte do produto está estragada.

Nonato aponta que existem dois “gargalos” que contribuem signifi cativamente para o des-perdício: a frota pesqueira que está ultrapassada e sucateada e a forma de armazenamento do pescado. Além disso, ele acen-tua que no Brasil não existe es-tatística da produção pesqueira, mas estimativa. Ele explicou que atualmente existem apenas 1.020 barcos registrados, o que não corresponde a 20% dos que atuam. Outro ponto que mere-ce estudo também é quanto ao armazenamento, pois cada barco tem, por exemplo, três caixas para colocar os peixes, sendo que algumas recebem até 2,5 quilos do pescado em seu interior.

“Em várias situações a aco-modação do barco é arcaica. Além disso, os pescadores es-peram encher todas as caixas, o que leva em média 30 dias. Quando chegam a Manaus, uma parte (do pescado) já está estra-gada. Para reverter isso, temos que fazer campanhas direciona-das, mas é complicado mudar a cultura de alguém que faz isso há várias décadas”, acentua, completando que o preço em que o produto é vendido pode subir em até 200% ao passar para o atravessador. “Se chegar à feira da Panair, no Educandos, às 3h, é muito peixe que está com um valor muito bom, pois são comprados diretamente dos donos de embarcações, entretanto, ao chegar à Ma-naus Moderna, o valor é muito maior”, constata.

Para ele, o número de barcos cadastrados vai numa propor-ção inversa ao volume de peixe consumido pelos amazonenses. Somente em Manaus, por exem-plo, 14 mil toneladas de tamba-qui são consumidas por ano. O consumo médio, por habitante, é de 40 a 60 quilos.

CHRIS REIS Equipe EM TEMPO

O presidente da Fede-ração dos Pescadores do Estado do Amazonas (Fepesca), Walzenir Fal-cão, concorda com o su-perintendente regional, quanto à questão do ter-minal pesqueiro. “Mesmo construindo um terminal pesqueiro, ele somente terá capacidade para ar-mazenar 200 toneladas. Porém, Manaus precisa de um espaço para armaze-nar algo em torno de 4 mil toneladas. A federação construiu um complexo frigorífi co, no bairro da Betânia, Zona Sul, com capacidade para 600 to-neladas e estamos con-versando com o Ministério

da Pesca e a prefeitura para fazer obras conclusi-vas do terminal pesquei-ro”, completa.

Além disso, ele adian-ta que a federação está fazendo um trabalho de orientação em todas as colônias de pescadores e, com isso, segundo ele, não existem mais peixes estragando em cima de balsas. “Hoje, temos uma nova dinâmica para evi-tar grandes desperdícios. O peixe pequeno, que é proibido, tem legislação federal que proíbe cap-tura, e o peixe em ta-manho permitido, que é liberado, é comercializado totalmente”, conclui.

Fepesca aponta insufi ciências

Terminal pesqueiro seria insufi ciente para resolver desperdício enquanto houver problema cultural

Outra saída apontada pela superintendência é o manejo do pirarucu - rea-lizado em algumas comu-nidades do Estado - que incentiva o ordenamento dos recursos pesqueiros de forma responsável, incluindo as pessoas em um processo participati-vo, resultando na geração de renda de quem vive nas áreas protegidas. “O manejo de pirarucus, que existe em sete municí-pios, é um exemplo a ser seguido, onde a comuni-dade tira o seu sustento dos lagos, assim como usa o pescado para con-sumo”, diz.

Nonato também destaca o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do go-verno do Estado, onde os produtos são comprados por meio da Secretaria de Produção Rural (Sepror), que faz parte do Programa Brasil Sem Miséria do go-verno federal. Com o PAA , a Sepror compra alimentos de agricultores familiares que tiveram excedente em sua produção. Os alimentos

são destinados a pessoas que se encontram em risco social ou em estado de in-segurança alimentar e nu-tricional, cadastradas em programas sociais locais.

Com toda a sua fartura hídrica, o potencial do Esta-do para a produção de pes-cado é enorme. Além disso,

existem na bacia do Amazo-nas espécies promissoras para a aquicultura, como o pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, e o tambaqui, que já é muito cultivado, pela sua carne saborosa e por aceitar ração de origem vegetal, mais econômica.

Manejo é o exemplo perfeito

FARTURACom toda a sua fartura hídrica, o potencial do Estado para a produção de pescado é enorme. Além disso, existem espécies promisso-ras para a aquicultu-ra, como o pirarucu

Uma das formas para ten-tar reverter, pelo menos em parte, essa situação, é a inclusão dos proprietários de barcos no Plano Safra da Pesca e Aquicultura, um programa do governo fe-deral que visa estimular o desenvolvimento do setor por meio de linhas de cré-dito e, com isso, aumentar a produção e a geração de emprego e renda. Nonato esclareceu que devem ser disponibilizados mais de R$ 4 bilhões em crédito e inves-timentos para fortalecer o setor pesqueiro e torná-lo mais produtivo, competiti-vo, inclusivo e sustentável. A carência para começar o

pagamento é de dois anos, com valor máximo de R$ 130 mil, mas está em estudo para chegar a R$180 mil. “ A inten-ção é aprimorar técnicas de cultivo e manuseio, além de ampliar a assistência técni-ca, modernizar equipamen-tos, investir em pesquisa e garantir mais estrutura à cadeia produtiva”, diz.

CréditoEle também antecipa que

o plano propõe ampliação do volume de crédito, com juros menores e prazos es-tendidos, e os benefi ciados contarão com assistência técnica para melhor aplica-ção dos recursos em seus

projetos. O crédito, segun-do ele, será concedido pelo Banco Nacional do Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal (CEF).

De acordo com o superin-tendente regional, o órgão já está entrando em contato com a associação dos ar-madores para fornecer aos donos das embarcações o documento de anuência, que informa que estão aptos a contratar o fi nanciamento. Os barcos que serão habi-litados devem ter até 20 AB (20 toneladas brutas), informa Nonato.

Uma alternativa para reversão

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Peixe é jogado no lixo na feira da Panair: atitudes sem planejamento dos pescadores contribui para cenas de desperdício, segundo o superintendente Raimundo Nonato Sousa Pereira Costa

C7Dia a diaa diaaMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

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C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Projeto oferece opção de realização para juventude “Tocando em Frente” completa 10 anos como exemplo de atividade para eliminar risco de criminalidade entre menores

Os últimos casos rela-cionando adolescen-te e jovens a atos criminosos acirra-

ram o debate sobre redução da maioridade penal para 16 anos – objeto de projetos que tramitam na Câmara dos Depu-tados. Manifestações nas ruas, movimentos em mídias sociais e discussões acaloradas acerca do assunto estão cada vez mais frequentes em todo o país.

Os que são contra a redução acreditam que o jovem infrator ainda pode ser transformado caso seja assistido de uma forma diferente. Foi com este pensamento que idealizadores do projeto “Tocando em frente”, em Manaus, resolveram traba-lhar pela causa. E assim lá se vão dez anos de uma luta de forma preventiva e educativa com os jovens - infratores ou não -, com idades que variam entre 12 e 21 anos.

A equipe vem de várias áreas. Profissionais de serviço social, pedagogos, Polícia Civil, Secre-taria do Estado de Assistência Social (Seas), Vara de Execuções de Medidas e Penas Alternativas (Vemepa), iniciativa privada e demais voluntários.

De seis em seis meses, cer-ca de 200 jovens participam de atividades promovidas pelo “Tocando em frente”, que se encontram a cada 15 dias para participar de encontros que vão desde a promoção de esportes até palestras trabalhistas, edu-cacionais e motivacionais.

Segundo a idealizadora do projeto, a pedagoga Janete

Canto, o trabalho já mudou a vida de muitos adolescentes que, em sua maioria, só preci-sam de oportunidades. “Nossos meninos na maioria das vezes não voltam a cometer atos in-fracionais. Esse jovens não têm sonhos, envolvem-se cedo com o uso ou tráfico de drogas. Basta mostrar que a vida deles pode ter outro rumo e quando eles enxergam isso ficam dispostos

a mudar”, explicou.A equipe também trabalha

com visita às casas para rea-lizar o atendimento e acompa-nhamento familiar. O trabalho de “formiguinha”, como é visto pelos membros do projeto, deve iniciar com a conscientização dos pais, com a educação e o apoio dos familiares. “Tudo o que eu já vivi me permite afirmar que, se trabalharmos o aspecto familiar, essa realidade pode ser diferente”, afirmou Janete.

No primeiro semestre deste ano, 210 jovens são atendidos e apenas um deles apresentou retorno à prática de ato in-fracional. Os que passam pelo projeto acabam se tornando exemplos. Alguns largaram o crime e atualmente fazem facul-dades, ajudam no projeto e dão palestras motivacionais.

Criado para atender apenas o bairro do Coroado, Zona Leste da cidade, o projeto atualmen-te atende também Zumbi dos Palmares, São José Operário, Grande Vitória, Nova Vitória, Armando Mendes, Ouro Verde, Aleixo, São José dos Campos e Novo Reino. O reconhecimento do trabalho com os jovens é bem visto por várias empresas que enviam e-mails para dar oportunidade aos que possuem idade para trabalhar.

SUCESSONo primeiro semestre deste ano, 210 jovens estão sendo atendidos pelo projeto “Tocando em frente”, e apenas um apresentou retor-no à prática de ato infracional. Alguns se tornam exemplos

Janete Canto afirma que grande parte da sociedade acredita que os jovens me-nores de 18 anos não sofrem sanções, porém, segundo ela, a prisão não faz com que o in-frator mude ou se arrependa de algo. “O menino que recebe como punição um serviço à comunidade sofre bastante,

pois ele precisa passar por vários preconceitos. As pes-soas o veem prestando o serviço e o olham diferente. A partir daí, o adolescente começa a refletir no que fez e se realmente deseja cometer outro delito”, disse.

Uma das alternativas pro-postas pela equipe do “Tocan-

do em frente” para que não se diminua a maioridade penal e puna casos extremos e he-diondos seria uma alteração no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo Janete, uma punição mais se-vera podia ser estudada como alternativa à prisão, que seria a pior decisão.

Sanções existem para menores

Janete Canto (no centro) e duas colaboradoras do projeto: alcance em outros bairros da cidade

GUILHERME ALVESEquipe EM TEMPO

DIEGO CAJÁ

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David Lucas fala sobre espetáculo

REPRODUÇÃO

Uma das vozes mais marcantes da Música Popular Brasileira fi cou em silêncio absoluto em abril de 1983Uma das vozes mais marcantes da Música Popular Brasileira fi cou em silêncio absoluto em abril de 1983

Clara Nunes, 30 anos de adeus

Natural da cidade de Caetanópolis, no Es-tado de Minas Gerais, a cantora Clara Nunes

completou 30 anos de morte em abril deste ano. Para algumas personalidades da música local, como o professor e maestro Adelson Santos, a artista brasi-leira ainda é um grande símbolo de qualidade vocal e desempe-nho nos palcos, embora admita que sua marca não seja tão popular para as gerações mais novas quanto o é Elis Regina, por exemplo.

Considerada um ícone no samba, Clara Nunes começou a carreira proeminente nos anos 1950. Segundo o ma-estro Adelson Santos, houve um momento certo para que isso acontecesse na história da artista. “Durante minha per-manência na cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1979 e 1985, ao conversar com um produtor musical de lá, de muito prestígio na época (Jorge Santos, que gravava e promovia entre tantos nomes o cantor Ataulfo Alves), o ouvi dizer que Clara Nunes começou no caminho equivocado para sua projeção no mercado e que era preciso mudar”, lembra.

Na ocasião, o então produtor teria dito que Clara Nunes era excelente no domínio técnico, tinha boas harmonias musi-cais, mas que ela precisaria começar a gravar música ne-gra, sobretudo o samba, pois seria ali que ela faria sucesso. “E fez”, diz Adelson Santos.

“Clara Nunes foi uma grande artista, com performance de

palco inconfundível, mas in-felizmente hoje parece mais uma ilustre desconhecida. De fato, a consequência da gra-vação de um disco é um jogo de loteria. Não tem e x p l i c a -ção lógica para o p o r -q u ê de al-guns artistas se sobreporem a ou-tros, mesmo sendo tão talen-tosos quanto. Para cada Elvis, Michael (Jackson) e Beatles,

por exemplo, devem ter apa-recido outros mil na história, que poderiam assumir o posto de lenda”, declara o maestro, fundador e primeiro regente da Orquestra de Violões do Amazonas (Ovam), atualmen-te à frente da Orquestra de Vozes da Ufam – Universidade Federal do Amazonas.

Para o cantor e compositor Cileno, a ausência de Clara Nu-nes ainda é lamentável para o cenário musical brasileiro con-temporâneo. “Clara Nunes, as-sim como Elis Regina, deixou uma lacuna enorme na música

popular brasileira. Até os dias de hoje não apare-ceu uma cantora com o potencial vocal e a beleza cênica semelhante. Ela era de uma

naturalidade e domínio de palco invejáveis. Podemos di-zer que ela cantava com a alma e com um sorriso verdadeiro estampado no rosto que tra-duzia o prazer de cantar”, diz o artista local.

Infl uenciada por nomes como Carmem Costa, Ân-gela Maria e, principalmen-te, Elizeth Cardoso e Dalva de Oliveira, Clara Nunes gravou o primeiro disco (LP) em 1965, pelo selo Odeon, chamado “A voz adorável de Clara Nunes”, nitidamente simbolizando um “cartão de visitas”, o que hoje virou clichê entre os músicos.

A primeira faixa de su-cesso veio 3 anos depois, com “Você Passa e Eu Acho Graça”, composta por Ataulfo Alves e Carlos Imperial, cujo título ba-tizava o próprio disco, o segundo da carreira dela. Clara Nunes morreu 2 de abril de 1983, depois de quase um mês internada em decorrência de com-plicações durante uma cirurgia de varizes, ao sofrer uma reação alér-gica à anestesia do procedimento.

PERDAA cantora Clara Nunes, nascida em Minas Ge-rais, é considerada um dos grandes nomes da Música Popular Brasi-leira. Sua morte pre-coce, em 1983, chocou os brasileiros e deixou milhares de fãs órfãos

GUSTAV CERVINKAEquipe EM TEMPO

Parte da história da vida pessoal e artística de Clara Nunes pode ser compreen-dida por meio do livro do jornalista Vagner Fernan-des, intitulado “Clara Nunes – Guerreira da Utopia”, que narra os primeiros anos da vida da cantora com riqueza de detalhes, ora se aproprian-do de linguagem literária, ora jornalística. A publicação é da editora Ediouro.

Outro produto que faz ho-menagem a Clara Nunes é o CD e DVD lançado pela cantora baiana Mariene de Castro. Os álbuns “Ser de Luz — Uma homenagem a Clara Nunes”, editados pela

Universal Music, em parceria com o Canal Brasil, estão no mercado desde fevereiro deste ano e foram gravados no chamado Espaço Tom Jo-bim, no Rio de Janeiro, em outubro de 2012.

O repertório traz 16 mú-sicas que originalmente fo-ram interpretadas por Clara Nunes, incluindo “Guerreira”, “Feira de Mangaio”, “A Deusa dos Orixás”, “O Mar Sere-nou”, “Ijexá”, “Conto de Areia” e “À Baiana”, além de “Coisa da Antiga” e “Juízo Final”, que contam com as parti-cipações especiais de Zeca Pagodinho e Diogo Noguei-ra, respectivamente.

Para saber mais sobre a artista

FOTOS: REPRODUÇÃO

Clara Nunes é sinônimo de samba e deixou uma lacuna no estilo mu-sical desde sua morte em 1983

A cantora baiana Mariene de Castro lançou recentemente um CD e um DVD com diversas músicas interpretadas por Clara Nunes

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D2 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

>> A partir da próxima segunda-feira, estarão aber-tas as inscrições para a audição externa de crianças com idade de sete a onze anos para integrar o Coral Infantil do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro (LAOCS). Info-line: 3232-2440.

>>Na quinta-feira, no Le Rêve, chá do Dia das Mães do Conselho Permanente da Mulher Executiva, que acontece em sua segunda edição anual.

>>Na lista de aniversariantes de hoje, nomes espe-ciais, entre eles, Lucilene Pizzonia, Themis Catunda Lourenço, Maria José Chaves e Verinha Simões.

>>Quem está circulando na cidade é a empresária carioca Claudia Bertinni.

>> Amanhã é a vez de cumprimentar a querida Aparecida Pinheiro, aniversariando. É amiga especial da coluna.

>> Com o DJ residente da The Week, Vlad, acontece a festa de dois anos da label ‘Revolution Experience’ no República Real, no dia 11, sob a coordenação do promoter Léo Vasconcellos.

>>A querida Geovanna Deodato, amiga deste colu-nista de longas datas, arma um festão em sua cober-tura de Roma, comemorando seu aniversário, no dia 16, com amigos de vários lugares do mundo. Entre tantos nomes estrelados na lista de convidados, as irmãs Fendi, o estilista Dino Trapetti, Helcius Pitanguy, Ricardo Rique, Mônica Belucci e Vicent Cassel.

>> Vitrine

. A dica é para os viajantes de plantão. O The Guardian oferece uma proteção única para transportar relógios, jóias, dinheiro ou documen-tos importantes. O cofre, que mais se assemelha a um case de mão, é composto por dois tubos de po-licarbonato revestidos com couro. A empresa Döttling garante que o material utilizado é tão poderoso,

que qualquer ferramenta como bro-cas, serras e até marretas, não são capazes de romper o The Guardian.

. Mas, como todo cofre precisa de uma porta, o acessório traz um siste-ma onde o case só é aberto depois de seu proprietário digitar um código de três dígitos. Que abre o mecanismo de travamento, composto por quatro

parafusos de fi xação de aço polido de alto carbono.

. O The Gardian ainda reserva outra surpresa. O cofre vem equipado com um transmissor de GPS para que possa ser localizado com precisão por seu proprietário.

>> Objeto de desejoparafusos de fi xação de aço polido

. O The Gardian ainda

. Viviane e Denes Raid fo-ram anfi triões de uma festa animada e superproduzida comemorando o aniversário da fi lha Lavínia.

. O local escolhido para o evento? O clube do Condo-mínio Ephigênio Salles, que recebeu ambientação espe-cial e cheia de charme. Festa sensacional.

>> Brigadeiro

Viviane e Denes Raid com a aniversariante Lavínia, na bonita festa no clube do Condo-mínio Ephigênio Salles

Telma Castelo Branco, Dulce Pinto da Costa e Laís Araújo

O casal Wilson Cas-telo Branco Filho

Helen Benzecry e Fares Dib

As avós da aniversariante, Vilma Castelo Branco e Manoela Raid

Fernando Falabella, Lafayette Vieira Jr. e Wilson Castelo Branco

Wilson e Vilma Castelo Branco

. A Diretoria da Sociedade Brasileira de História da Medicina/ Capítulo do Esta-do do Amazonas está convi-dando para a instalação da Sociedade, com a palestra importante do Professor Júlio César Schweickardt.

. O tema será “Ciência,

Nação e Região: as doenças tropicais e saneamento no Estado do Amazonas, 1890 - 1930”, no próximo dia 11, no Instituto Geográfi co e Histórico do Amazonas. O professor doutor João Bosco Lopes Botelho, pre-sidente da entidade, estará de anfi trião.

>> Sociedade

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D3PlateiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Conhecido na tele-dramaturgia bra-sileira desde os 7 anos, o ator global

David Lucas desembarca na capital amazonense pela primeira vez junta-mente com o elenco do espetáculo musical “Três Marias”. A montagem che-ga a Manaus após quatro temporadas no Rio de Ja-neiro. Em uma conversa, por telefone, com o EM TEMPO, o jovem comen-tou sobre suas expecta-tivas para conhecer a ci-dade, de seu personagem no espetáculo, intitulado Regente, e também da ex-periência de ingressar no campo das artes cênicas ainda na infância.

EM TEMPO – Qual a sua expectativa quanto a estreia em Manaus?

David Lucas – Ainda não conheço o público, mas pelo contato que te-nho tido com as pessoas, pelo Twitter, pude sentir que a cidade é calorosa. Recebo mensagens diárias de manauenses que acom-

panham o nosso trabalho. Acredito que teremos noi-tes alegres.

EM TEMPO – Fale um pouco sobre seu personagem.

DL – Regente é um boneco que auxilia os três menestréis, Antônio Maria, Zé Maria e Maria Aparecida, durante a nar-ração da trama. A história fala de um amor proibido entre um anjo da guarda e sua protegida.

EM TEMPO – Há quan-to tempo você está em preparação para esse espetáculo?

DL – O elenco atuou jun-to em todas as atividades. Fizemos pesquisas duran-te 3 anos. Mas para essa nova etapa começamos a trabalhar em junho de 2012. Não precisei fazer nenhum tipo de laborató-rio mais específi co. Não houve necessidade.

EM TEMPO – O que o público pode esperar das exibições de “Três Marias”?

DL – Sem dúvida alguma, pessoas com idade entre

zero e 60 anos terão mo-mentos de muita diversão. A alegria é certa porque a história é encantadora. Temos visto casos de pais que levam os fi lhos e ao tér-mino do espetáculo, saem com outra visão, porque a história, apesar de ter conteúdo infantil, é feita para todos os públicos.

EM TEMPO – Você começou a atuar aos 7 anos. Teve alguma dificuldade para con-ciliar os estudos com o trabalho?

DL – Não. Sempre es-tudei pela manhã e as gravações aconteciam à tarde. Os fi nais de semana também eram dedicados ao trabalho, mas nada que pudesse me prejudi-car quanto ao conteúdo escolar. A Globo sempre foi bem fl exível quanto a essas situações.

EM TEMPO – Nas ce-nas da novela “Caras e Bocas” você sempre aparecia na companhia de um macaco. Como foi essa experiência?

DL – Na verdade, as cenas entre meu persona-

David LUCAS

Recebo MENSAGENS de MANAUENSE no TWITTER

O elenco do espetáculo atuou junto em todas as atividades. Fizemos pesquisa durante 3 anos. Mas para essa nova eta-pa, começamos a traba-lhar em junho de 2012. Não precisei fazer ne-nhum tipo de laboratório”

PRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO

FOTOS: REPRODUÇÃO

Regente é um boneco que auxi-lia os três menestréis durante a narração da trama. A história fala de um amor proibido en-tre um anjo da guarda e sua protegi-da”

Todo mundo espera a che-gada do Outlet da Manazinha, e no período do Dia das Mães então, mais ainda. A boa notí-cia é que sexta-feira e sábado, de 10h às 22h, o Centro de Convenções do Manaus Plaza Shopping vai estar recheado de produtos com até 70% de desconto, das melhores grifes dos seguimentos infantil, luxo, jovem, praia, entre outros.

Imagina só essa mamata, em plena véspera do Dia das Mães o evento vai oferecer a melhor qualidade de gri-pes e franquias tanto para crianças quanto para adultos. São produtos de excelente qualidade com descontos de 70%, impossível perder uma dessas, principalmente por-que durante os dois dias de evento estarão lojas como Di Bambi, Richards, Lilica

& Tigor, Capodarte, Flor de Lotus, Offi cina, Zen Maison, Imaginaum, Arenito, entre outras lojas.

Sob o comando da apresen-tadora de TV Norma Araújo,

o evento também vai contar com uma praça de alimenta-ção especial em todo o horário de funcionamento para não deixar ninguém de estômago vazio. Uma vantagem do Ou-tlet da Manazinha é a opção

que nas lojas vão oferecer em cartões de crédito e débito.

Que no evento haverá os descontos es-p e c i a i s que serão oferecidos isso todo mundo já sabe. Mas precisa sa-ber que ha-verá também sorteio de um cruzeiro para duas pessoas em algum lugar do Brasil, duas joias, um televi-sor, dois fornos de microondas, cestas, perfumes, bolsas de estudos em escolas de inglês e outros brindes. Para concor-rer, basta comprar em alguma loja que estará participando.

MODA

SERVIÇOESPETÁCULO “TRÊS MARIAS”

Quando:

Onde:

Ingressos:

Sábado e domin-go, às 17hTeatro Direcional (avenida Mário Ypiranga Mon-teiro, Manauara Shopping, Adria-nópolis)R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)

RENATA PAULAEquipe EM TEMPO

gem e o animal sempre eram gravadas por um dublê. Isso, porque havia burocracias de-vido a idade que tinha na épo-ca. Mas fi cava impressionado ao ver os movimentos precisos do macaco, que pintava e fazia tudo direitinho.

EM TEMPO – Atualmente você integra o elenco da novela “Malhação”. Além desse trabalho e a circula-ção com a peça, você tem novos projetos?

DL – No momento não. Vou dar continuidade a essas ati-vidades e ver o que acontece posteriormente.

DIV

ULG

AÇÃONovo outlet da Norma Manazinha

que nas lojas vão oferecer em cartões de crédito e débito.

Que no evento haverá os descontos es-

verá também sorteio de um cruzeiro para duas pessoas em algum lugar do Brasil, duas joias, um televi-sor, dois fornos de microondas, cestas, perfumes, bolsas de estudos em escolas de inglês e outros brindes. Para concor-rer, basta comprar em alguma loja que estará

Novo outlet da Norma Manazinha

EVENTOO já tradicional Outlet da Manazinha ganha nova edição neste fi m de semana. As lojas participantes darão até 70% de desconto nas mais variadas peças. A entrada no evento é gratuita

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D4 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Ghost: a banda diferente e interessante do Rock in Rio

RESENHA

PERFIL

Augusto Severo, músico

Quando estreou, em 1985, o Rock in Rio reuniu dezenas de artistas nacionais e

internacionais que enlouque-ceriam 1,5 milhão de pessoas em nove dias de festival, sen-do relembrado pelos shows inesquecíveis que marcaram toda uma geração.

Em 2013, mesmo abrindo cada vez mais suas portas para atrações que não são “rock”, o Rock in Rio tenta ba-lancear os contragostos dan-do oportunidade para grandes destaques da atualidade no mundo do rock. Mesmo entre clássicos que ainda estão na ativa (e cada vez melhores) como Bruce Springsteen, Iron Maiden e Metallica, o que se destacam são as bandas de uma nova geração da música, e em especial, a Ghost.

Diretamente da Suécia, a Ghost (ou Ghost B.C., como são referidos nos EUA), já possui dois discos de estúdio (“Opus Eponymous”, de 2010 e “Infestissumam”, de 2013), e também já participou do Hammer Of Doom, em Wurt-zburgo, e do conceituadíssi-mo Download Festival, um dos maiores festivais de metal do mundo. A banda destacou-se

rapidamente no cenário do rock europeu em poucos anos, seja pela estética indiscu-tivelmente interessante da banda (o vocalista, chama-do “Papa Emeritus 2” canta mascarado e vestido de pon-tífi ce), seja por um apurado referencial sonoro, que mistu-ra poderosas infl uências dos anos 70 e 80, como Mercyful Fate e Blue Öyster Cult.

O instrumental da Ghost é tão simples, e ao mesmo tempo tão melodioso, que é difícil não se prender a at-mosfera musical da banda, mesmo polemizada pelas le-tras claramente satanistas. Tal característica pode ser percebida em todo o decor-rer tanto dos trabalhos em estúdio, quanto nas apresen-tações ao vivo, fazendo com que a Ghost seja a típica banda “que você não pula uma faixa sequer do disco”.

ReferênciaA Ghost lembra inclusive

outra atração do Rock in Rio 2013, o Muse, onde a utiliza-ção da melodia beira o opera rock, justamente pelos vocais limpos grandiosos, mas a pró-pria banda não reconhece o Muse como uma infl uência

direta do seu

trabalho. Para aqueles que viveram nos anos de amadurecimento do doom metal e do alternativo, a Ghost é claramente um “retorno às origens” que podemos teste-munhar em pleno século 21.

É importante destacar a Ghost no Rock in Rio 2013 porque ela atinge a principal meta de um festival dessas proporções: é uma banda ino-vadora, intrigante, com gran-de apelo carismático tanto entre os jovens quanto ao público mais erudito do rock. O Rock in Rio vive uma crise de identidade com seu público mais tradicionalista, que vê na inclusão de artistas pops no evento como quebra de

“ u m a lei não escrita” da

exaltação do rock acima de todos os estilos. A inclusão de uma banda alternativa como a Ghost é um argumento a favor da diversidade, princi-palmente dentro do próprio rock, que também possui suas já estabelecidas disputas in-ternas, tanto entre os estilos quanto à nacionalidade. Mes-mo sendo uma atração in-ternacional, inovadora e po-lêmica, a presença da Ghost é mais do que oportuna: é o reconhecimento merecido ao talento não só de uma banda que está no momento certo e no lugar certo, quanto de uma banda que acredita poder fazer melhor simples-mente por ter coragem de fazer diferente.

A Ghost lembra in-clusive outra atração do Rock in Rio 2013, o Muse, onde a utilização da melo-dia beira o ópera rock, justamente pelo vocais limpos gran-diosos, mas a banda não reconhece o Muse como infl uência”

rapidamente no cenário do rock europeu em poucos anos,

tífi ce), seja por um apurado referencial sonoro, que mistu-ra poderosas infl uências dos anos 70 e 80, como Mercyful

O instrumental da Ghost é tão simples, e ao mesmo tempo tão melodioso, que é difícil não se prender a at-

direta do seu

“ u m a lei não escrita” da

exaltação do rock acima de

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D5PlateiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV Tudo Rede TV! usa técnica antiga

A Rede TV! parece que engatou um começar de novo. Desde lá de trás se determinou como linha de cresci-mento, uma escala de conduta que tem início com farto oferecimento de programas populares. A Globo bem no seu início foi assim, começando com o programa da Dercy Gonçalves e novelas da Glória Magadan, para depois subir com Chacrinha e se estabilizar com Janete Clair. Conhe-cendo ou não esta técnica, existem indicativos que é bem isso que a Rede TV! está pensando.

A Globo tem escalado diver-sas novelas ou séries e a Priscila Fantin, que tem contrato com a casa, continua fi cando de fora. Há muito tempo não é lembrada para nada. O que será que está pegando?

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

Bate–Rebate. A imagem da Rede Vida na

Claro TV está muito ruim. Algo que só tem acontecido no caso dessa operadora.

• Com Denise Fraga, Cláudia Mello e Manoela Aliperti como protagonistas, a série “Três Te-rezas” estreia dia quarta-feira, às 22h30, no GNT.

• Entrará sempre às quar-tas, em um total de 13 pro-gramas.

• O São João da Tradição já faz parte do calendário de projetos do SBT Nordeste, com programas especiais sobre a música, os costumes e as tradições da região.

• Estreia em 8 de junho nas dez emissoras afi liadas da região.

• A Bandeirantes ainda não se manifesta sobre a sequência de “24 Horas” na sua programação. Se irá acontecer ou não.

• O canal iniciou a exibição da série, estrelada por Kiefer Su-therland, e depois simplesmen-te não deu mais continuidade.

• Por outro lado, o mesmo ator continua informando que vai sair o filme “24 Ho-ras”. Algo, aliás, que já está virando novela.

Luz apagadaA direção da Bandeiran-

tes tem lá os motivos dela para priorizar o seu olhar em São Paulo. É inegável o peso da cidade no contexto de tudo, daí os investimen-tos sempre mais fortes na sua base. Só que é ne-cessário também colocar em foco, e oferecer maior apoio, às suas emissoras de outros centros também im-portantes. O Rio, por exem-plo, e ainda mais agora, com Copa das Confedera-ções, Mundo e Olimpíada pela frente.

Prazo limiteA quem interessar possa,

o prazo para registro de candidaturas para concor-rer à presidência Funda-ção Padre Anchieta termina amanhã, 18h. Cada uma com a assinatura de - no mínimo - oito conselheiros. A eleição será no dia 14 deste mês.

Tudo na mesmaA Globo, mesmo conside-

rando tudo o que a partir de agora poderá surgir com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, em nada pretende alterar a sua conduta comercial. Todas as mensagens durante a realização das partidas serão veiculadas em “off ”,

depois da deixa dos seus narradores.

CinemaPriscila Fantin promove no

segundo semestre o lança-mento do fi lme “Sem Li-mite”, de suspense e ação, em que uma secretária é presa injustamente devido às armações de um senador. Carla Marins, Antonio Calloni e Tuca Andrada também es-tão no elenco do longa que tem roteiro e direção de Luis

Antonio Pereira. Quase parandoNa Bandeirantes se recla-

ma demais da demora na liberação de orçamentos, para investimentos em no-vos cenários, produções e contratações, entre outras necessidades. Tal lentidão, na maioria dos casos, acaba no esquecimento. Toda essa falta de agilidade tem levado a emissora a perder profi s-sionais importantes.

Gente nova“Sangue Bom”, nova novela das 19h, com Mayana

Neiva, intérprete de Charlene, vai entrar em sua se-gunda semana de exibição na Globo.

TV GLOBO/ MATHEUS CABRAL

Milton Hatoum na TV BrasilO escritor amazonense Mil-

ton Hatoum é o convidado desta quarta-feira do pro-grama “Impressões do Brasil” exibido às 23h na TV Brasil. Ao analisar a vida e obra de Milton, a atração lembra que o romancista já foi chamado de “o escritor que coleciona prêmios”, mas o autor asse-gura que não escreve para ganhá-los e sim por prazer.

O programa da emissora pública faz uma releitura da importante trajetória do ro-mancista Milton Hatoum que está com 60 anos. Ele cursou arquitetura na Universidade de São Paulo, ministrou aulas de literatura brasileira e fran-cesa na Universidade Federal do Amazonas e também foi professor residente na Uni-versidade da Califórnia, em Berkeley (EUA).

Esta semana, em “Impres-sões do Brasil”, Milton co-menta sua obra que já foi traduzida em 12 línguas e publicada em 14 países. Nas-

cido em Manaus, fi lho de um imigrante do Líbano com uma brasileira descendente de li-baneses, Milton sintetiza em sua literatura a exuberância da região amazônica com a cultura libanesa milenar, fazendo disso um painel que o leva a ser considerado um dos grandes escritores em atividade no Brasil. Em sua produção literária, o escritor amazonense mergulha em suas lembranças pessoais ao mesclar essas experiências com o contexto sociocultural da Amazônia e do Oriente.

Em 1989, quando tinha 37 anos, Milton lançou seu primeiro livro “Relato de um Certo Oriente”, que lhe assegurou o prêmio Jabuti de melhor romance. Após a obra de estreia, o escritor do Estado do Amazonas re-digiu diversos contos para jornais e revistas do país e do exterior. O romancis-ta ainda conquistou outros dois prêmios Jabuti, com os

livros “Dois irmãos” (2000) e “Cinzas do Norte” (2005). A obra mais recente de Milton é “Órfãos do Eldorado”, livro publicado em 2008.

HistóricoFormado por 30 episódios

que apresentam a obra de re-nomados autores nacionais, o programa “Impressões do Brasil” busca aprofundar, no decorrer de seus capítulos, o conhecimento sobre cada escritor. A atração utiliza de-poimentos do próprio escritor, bem como relatos de leito-res, críticos, conhecedores ou especialistas, para tratar de aspectos relacionados às principais obras dos autores.

O programa também pre-tende revelar o processo criativo, a formação inte-lectual, as infl uências lite-rárias e as ideias gerais de cada escritor sobre o tempo e a sociedade em que vive, especialmente no que diz respeito à literatura

NACIONAL Márcio BrazE-mail: [email protected]

Márcio Brazator, diretor e

membro do Navi – Núcleo de Antro-

pologia Visual da Ufam

Os jornalis-tas viram reféns de acordos entre a empresa jornalística, os políticos, os partidos, fi rmas de todo tipo (ne-gócios, diver-são, eventos) e condutas de benefi cia-mento pes-soal”

De como o jornalismo reproduz a dominação

O escritor amazonense Hatoum participa do programa “Impressões do Brasil”, da TV Brasil

Ano passado fomos surpreendi-dos por uma notícia cotejada em duas e que atesta a condição do jornalismo produzido atualmente no Brasil, em particular, mas no mundo inteiro conforme pesqui-sas sobre o assunto. Ao mesmo tempo em que a revista “Veja” foi desmascarada por conta do envolvimento de Policarpo Júnior, diretor da sucursal da revista, com Carlinhos Cachoeira – o bi-cheiro fornecia alguns “furos” à revista e, ainda, pautava algumas matérias em detrimento de seus inimigos -, a “Carta Capital”, por sua vez, ficou atônita com o su-miço em Goiânia da edição de número 691 em que tratava das ligações do dito bicheiro com o governador de Goiás, Marco-ni Perillo, uma prática obsoleta e nefasta.

No primeiro caso estamos diante de um ato contrário ao que se convencionou chamar de ética jornalística. A má notícia é que as práticas levadas a cabo pela “Veja” são a mainstream do jornalismo nacional, o que não poderia deixar de ser: jornais, rádios e televisão são uma em-presa com patrões e empregados antes mesmo de pretender ser um veículo de comunicação. Logo, estamos falando de lucro e, mais ainda, de mais-valia e, ainda, de capitalismo. O que se aprende nos cursos de jornalismo nas au-las de sociologia e antropologia na verdade servem apenas para cumprir tabela, pois na prática, na esmagadora maioria dos casos, não se escreve o que quer e, muito menos, sobre o que se quer.

Os jornalistas viram reféns de acordos entre a empresa jorna-lística, os políticos, os partidos, firmas de todo tipo (negócios,

diversão, eventos etc) e condu-tas de beneficiamento pesso-al (nome na mídia, citação em colunas sociais etc), panelists na definição de Pierre Bourdieu, sociólogo francês odiado por uma geração de articulistas de seu país. Uma cadeia de dependên-cia, um sistema, que se esten-de para a sua estrutura interna de organização, uma espécie de “censura” a que Marx se refe-re em “Liberdade de Imprensa”. Nos noticiários televisivos o tema subjugou a notícia: a Amazônia só interessa se for primitiva e exótica, o Oriente Médio uma região em constante estado de beligerância e o nordeste bra-sileiro uma área miserável, de gente desgraçada e escrava de um ritmo musical: o axé.

A televisão se constitui num caso grave. Ainda conversando com Bourdieu, o medo de ser ente-diante e preocupados em divertir a qualquer custo levou a televisão a sacrificar “ o editorialista e o repórter-investigador em favor do animador-comediante” em benefício do puro divertimento a ponto de vermos cenas patéti-cas como a técnica televisiva de transformar um animal (qualquer um) em ser humano - “olha como o Panda está chateado porque deixaram-no na chuva sozinho!!!” - a despeito dos estudos em torno do Perspectivismo, o que não é o caso.

Autores importantes como os já citados Karl Marx e Pierre Bour-dieu se somam a outros como o dramaturgo inglês Oscar Wilde na dedicação à reflexão sobre a conduta da imprensa e de como o jornal se transformou na principal técnica de dominação capitalista no mundo contemporâneo.

DIVULGAÇÃO

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D6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

BAND

5:00 Igreja Mundial

5:50 Popcorn TV

6:30 Santa Missa no Seu Lar

7:30 Fé na Verdade

8:30 Desenho

9:00 Expressão Esportes

9:30 Mackenzie em Movimento

9:45 Infomercial

10:30 Campeonato Brasileiro de Marcas

11:30 Gol, O Grande Momento do

Futebol

12:00 Fórmula Truck

13:30 Terceiro Tempo

14:30 Futebol 2013

16:50 Terceiro Tempo

18:20 Polícia 24h

19:10 As Detetives

20:10 Os Simpsons

21:00 Pânico na Band

0:15 Canal Livre

1:15 Las Vegas

1:35 Show Business

3:00 Igreja Mundial

Programação da TV

5:30 Jornal da Semana6:00 Arnold6:30 Pesca Alternativa7:30 Brasil Caminhoneiro8:00 Aventura Selvagem8:30 Vrum9:00 Amazonas da Sorte10:00 Domingo Legal14:00 Eliana18:00 Vamos Brincar de Forca18:45 Sorteio da Telesena19:00 Programa Sílvio Santos23:00 De Frente com Gabi0:00 True Blood1:00 O Mentalista2:00 Rizzoli & Isles4:30 Igreja Universal

SBT

GLOBO

REDE TV

4:40 Sagrado4:55 Santa Missa em Seu Lar5:55 Amazônia Rural6:25 Pequenas Empresas, Grandes Negócios7:00 Globo Rural7:55 Auto Esporte8:30 Esporte Espetacular11:30 Esquenta!12:50 Temperatura Máxima15:00 Futebol 201317:00 Domingão do Faustão19:45 Fantástico22:05 Revenge22:50 TUF - Em Busca de Cam-peões23:45 Domingo Maior1:10 Sessão de Gala 2:45 Corujão4:20 Festival de Desenhos

4:45 Bíblia em Foco5:00 Santo Culto em Seu Lar5:30 Desenhos Bíblicos8:00 Record Kids

RECORD

6:30 Igreja Internacional da Graça

7:30 Igreja Internacional da Graça

8:30 TV Kids

9:00 TV Shopping Manaus

10:00 Super Oferta

10:30 A Questão É

11:00 Igreja Internacional da Graça

12:00 Fique Ligado

13:00 Esporte Performance

14:00 Encircuito

15:30 A Questão É

16:00 TV Kids

16:45 Video Mania

17:30 Ritmo Brasil

18:10 O Último Passageiro

19:30 Te Peguei

20:30 Teste de Fidelidade

22:30 TV Shopping Manaus

23:30 Dr. Hollywood

0:30 É Notícia

1:30 Bola na Rede

2:30 Igreja Internacional da Graça

9:00 Amazonas da Sorte10:00 Record Kids12:00 Tudo a Ver14:00 Programa do Gugu18:30 Domingo Espetacular22:15 Tela Máxima0:15 Programação IURD

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4 Você hoje tem mais força e vigor confi ante para lidar com a atividade profi ssional e a re-alidade material. Poderá alcançar importantes conquistas materiais usando essa força.

TOURO - 20/4 a 20/5 Momento para você renascer em seu melhor. Os ideais e aspirações transmutam-se para dentro de sua pessoa e comportamento. Por-tas lhe são abertas em direção à renovação.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Momento para canalizar sua melhor cora-gem em ações positivas. É hora para superar difi culdades e vencer batalhas. Mantenha-se fi rme em seus propósitos de vida.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 É preciso escolher estar ao lado das pessoas certas. Forças poderosas estão em ação no relacionamento humano. Os sentimentos ten-de a ser defi nitivos, em relação às pessoas.

LEÃO - 23/7 a 22/8 O momento é positivo, mesmo que você não esteja no inteiro controle da situação que lhe favorece. Um forte impulso à carreira está sendo dado por forças maiores que você.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Os sentimentos amorosos estão em alta, impulsionando grandes projetos, amores e paixões. Tais paixões precisam se conectar a valores elevados, para terem sucesso.

LIBRA - 23/9 a 22/10 A reforma no ambiente doméstico está bas-tante favorecida. Forças emocionais surgem de seu íntimo e causam transformações ne-cessárias, embora possam ser perturbadoras.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 As relações humanas estão incendiadas pelos desejos e por uma forte instintividade. É tem-po de se colocar com clareza nas relações. A criatividade intelectual é estimulada.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Marte e Plutão em bom aspecto indicam um grande impulso para a realização no trabalho e na vida material. Você pode vir a realizar conquistas importantes por estes tempos.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 A expressão emocional, amorosa, física e instintiva tende a ser forte e poderosa. Há um caminho certo para percorrer com todo esse ímpeto - e você sabe muito bem qual é.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 As grandes forças do momento favorecem libertar-se de estorvos e problemas. Momen-to de gestos fi rmes e vigorosos na lida com questões familiares e vinculadas ao passado.

PEIXES - 19/2 a 20/3 Maior capacidade para infl uenciar as pessoas e os grupos dos quais participa. Procure dar uma direção positiva e construtiva ao poder de infl uir sobre a mente das pessoas.

CruzadinhasCinema

ESTREIA

Somos Tão Jovens: BRA. 14 anos. O filme conta a emocionante e desafiadora história da transformação de Renato Manfredini Jr. no mito Renato Russo, revelando como um rapaz de Brasília, no final da ditadura, criou canções como “Que País é Este”, “Música Urbana”, “Geração Coca-Cola”, “Eduardo e Mônica” e “Faroeste Caboclo”, ver-dadeiros hinos da juventude urbana dos anos 1980 que continuam a ser cultuadas geração após geração por uma crescente legião de jovens fãs. Cinemark 5 – 13h, 15h20, 17h50, 20h20 (diariamente), 23h (somente sexta-feira e sábado); Cinemark 7 – 11h20 (somen-te sábado e domingo), 13h50, 16h30, 19h, 21h50 (diariamente); Playarte 3 – 12h50, 15h, 17h10, 19h20, 21h30 (diariamente), 23h40 (somente sexta-feira e sábado); Playarte 4 – 12h51, 15h01, 17h11, 19h21, 21h31 (diariamente), 23h41 (somente sexta-feira e sába-do); Playarte 9 – 14h, 16h10, 18h20, 20h30 (diariamente), 22h40 (somente sexta-feira e sábado); Cinemais Plaza – 15h20, 17h30, 19h40 e 21h50 (diariamente); Cinemais Plaza – 14h30, 16h45, 18h50 e 21h (diariamente); Cinemais Millennium – 15h, 17h10, 19h20 e 21h30 (diariamente).

Homem de Ferro - 12 anos. Cinemark 1 – 12h10 (dub/somente sábado e domingo), 15h10, 18h10, 21h10 (dub/diariamente); Cinemark 4 – 22h20 (3D/leg/diariamente), 13h10, 16h20, 19h20 (3D/dub/diariamen-te); Cinemark 6 – 12h40, 15h30, 18h30, 21h30 (3D/dub/diariamente); Cinemark 8 – 11h10 (dub/somente sábado e domin-go), 14h10, 17h10, 20h (dub/diariamente), 23h10 (somente sexta-feira e sábado); Playarte 1 – 12h20, 15h (3D/dub/diariamen-te), 17h40, 20h20 (3D/leg/diariamente), 23h (3D/leg/somente sexta-feira e sábado); Playarte 5 – 12h50, 15h30, 18h10, 20h50 (dub/diariamente), 23h30 (dub/somente sexta-feira e sábado); Playarte 6 – 12h51, 15h31, 18h11, 20h51 (dub/diariamente), 23h31 (somente sexta-feira e sábado); Playarte 7 – 12h52, 15h32, 18h12, 20h52

(dub/diariamente), 23h32 (dub/somente sexta-feira e sábado); Playarte 10 – 13h20, 16h, 18h40, 21h20 (leg/diariamente), 23h58 (somente sexta-feira e sábado); Cinemais Plaza – 14h, 16h40, 19h20 e 22h (dub/diariamente); Cinemais Plaza – 13h40, 16h20, 19h e 21h40 (3D/dub/diariamente); Cinemais Plaza – 13h20, 16h, 18h40 e 21h20 (dub/diariamente); Cinemais Plaza – 14h20 e 20h50 (dub/diariamente); Ci-nemais Millennium – 13h20, 16h, 18h40 e 21h20 (3D/dub/diariamente); Cinemais Millennium – 14h, 16h40, 19h25 e 22h (3D/leg/diariamente); Cinemais Millennium – 13h40, 16h20, 19h e 21h40 (leg/dia-riamente).

O Acordo - 14 anos: Playarte 8 – 21h45 (leg/diariamente), 23h59 (leg/somente sex-

ta-feira e sábado).

A Morte do Demônio - 18 anos: Cinemark 3 – 19h50, 22h10 (dub/diaria-mente).

Os Croods – Livre: Cinemark 3 – 12h50, 15h, 17h30 (dub/diariamente); Playarte 8 – 13h, 15h10, 17h20, 19h30 (dub/diaria-mente).

Vai Que Dá Certo – 12 anos: Playarte 10 – 13h55, 15h55, 17h55, 19h55, 21h55 (diariamente) e 23h55 (somente sexta-feira e sábado); Cinemais Plaza – 15h10, 17h20, 19h15, 21h15 (diariamente); Cine-mais Millennium – 14h50, 17h, 18h50, 21h (diariamente); Playarte 2 – 13h55, 15h55, 17h55, 19h55, 21h55 (diariamente), 23h55

(somente sexta-feira e sábado); Cinemais Plaza – 15h10, 17h20, 19h15 e 21h15 (dia-riamente); Cinemais Millennium – 14h40, 16h50, 18h50 e 21h (diariamente).

G.I Joe: Retaliação – 12 anos: Cinemais Plaza – 16h50 e 18h50 (dub/diariamen-te).

Mama – 14 anos: Cinemais Plaza – 15h, 17h10, 19h30 e 21h30 (dub/diariamente).

A Morte do Demônio – 18 anos: Cinemais Millennium – 14h50, 17h, 19h10 e 21h10 (leg/diariamente).

Um Bom Partido – 12 anos: Cinemais Millennium – 15h10, 17h20, 19h30 e 21h45 (leg/diariamente).

CONTINUAÇÕES

Em Transe: EUA. 16 anos. Simon (James McAvoy), um leilo-eiro de arte, se une a uma quadrilha para roubar uma obra de arte no valor de milhões de dólares, mas, depois de sofrer uma pancada na cabeça durante o assalto, ele acorda para descobrir que não tem nenhuma lembrança de onde escondeu a pintura. Quando as ameaças físicas e tortura não produzem respostas, o líder da gangue (Vincent Cassel) contrata uma hipnoterapeuta (Rosario Dawson) para aprofundar os recessos mais sombrios da psique de Simon. Cinemark 2 – 13h20, 16h, 18h20, 20h50 (leg/diariamente), 23h20 (somente sexta-feira e sábado); Cinemais Millennium – 15h20, 17h30, 19h40 e 21h50 (leg/diariamente).

REPRODUÇÃO

Marília Gabriela apresenta programa aos domingos no SBT

REPRODUÇÃO

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D7PlateiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Mazé Chaves, o senador Alfre-do Nascimento, Patrícia Benayon, José Maria Muniz, Joanna Angélica Vieira, Valéria Villela e Rosina Limongi Marques estão aniver-sariando hoje.

O presidente da Aleam, deputado Josué Neto, é quem convida para conferir a sessão especial em ho-menagem ao centenário dos bois Caprichoso e Garantido. Quando? No próximo dia 9, às 16h, no plenário Ruy Araújo.

O hotel Go Inn Manaus promove-rá um café da manhã benefi cente, no Dia das Mães, com um cardá-pio completo com sucos e pratos regionais. O dinheiro arrecadado com o evento será revertido para o “Projeto ABC”, que oferece aulas de reforço para crianças carentes do bairro Japiim. Mais informa-ções: 3306-2600.

A Fieam premia neste mês grandes nomes da indústria na solenidade “Industrial do Ano”. Nesta edição, agendada para o próximo dia 24, no Clube do Trabalhador, o principal homenageado será o presidente da Recofarma Indústria do Amazonas e da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa. O presidente Antônio Silva será o anfi trião.

Depois da novela chilena, o aeroporto Júlio Belém, de Pa-

rintins, voltou a funcionar 24 horas por dia. A autoriza-ção, por decisão judicial, foi anunciada pelo secretário de Cultura, Robério Braga. Para a alegria dos amantes do boi-bumbá, a pista fun-cionará 24 horas durante e após o Festival Folclórico

de Parintins. Viva!

::::: Sala de Espera

Jander [email protected] - www.jandervieira.com.br

Conhecida por pilotar fes-tas inesquecíveis no Saint Moritz, Eliane Schneider abriu seu duplex para fes-tejar a troca de idade da querida Thais Laray. Não poderia ser diferente, fartu-ra total, bom papo e muito alto astral pontuou a sessão parabéns como a mais con-corrida da temporada.

::::: Viva, Thais!

Em Fortaleza, durante a concorrida 4ª Reunião Deliberativa do Conselho Nacional de Gestores Estaduais de Proteção e Defesa Civil de todo país: o atuante secretário executivo de Proteção e Defesa Civil do Amazonas, Roberto Rocha, com o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Humberto Viana, mais o deputado federal do Rio de Janeiro, Glauber de Medeiros Braga

Marilza Lauer, Marlene Dinelly e Zélia Laray

Que as obras do terminal aeroviário de Manaus estão andando isso todo mundo sabe. Mas, o curioso é que mesmo em ampliação, a Infraero não toca na falta de arborização e na péssima sinaliza-ção do Eduardo Gomes. Deveria, já que as obras estão ocorrendo internamente e nada impede de se começar a plantar árvores e sinalizar o entorno do aeroporto internacional.

::::: Aeroporto

Antes era algo que não se nota-va porque a frota de veículos em Manaus era pequena ou adequa-da ao tamanho da cidade, mas foi só a economia nacional dar um “boom” que centenas de carros invadiram as ruas da capital amazonense. Com isso, o asfalto que por essas bandas é bem mirradinho, vai para o espa-ço rapidinho. Já está na hora da prefeitura procurar uma nova fórmula para recapear as tétricas ruas, com esse asfalto fraquinho defi niti-vamente não dá!

::::: Já é hora

Uma solução interessante e culturalmente correta está sendo adotada em algumas capitais brasileiras. Gestões sensíveis a história de suas cidades estão devolvendo ao centro das mesmas, as ruas e vielas pavimentadas com paralelepípedo. A ideia é resgatar a memória e a estética das vias. Em Manaus experiência semelhante foi feita no Largo de São Sebastião e bem que poderia se espalhar por mais ruas do Centro.

::::: Paralelo

E já que o jacaré é o assunto da semana na capital da “bare-lândia”, por que a ideia de se resgatar o aviaquário da Praça da Matriz não vai para frente? Aquele pequeno zoológico localizado no centro antigo abrigava dois enormes jacarés-açus que eram a atração do local. Hoje só camelôs, fazer o que...

::::: Aligátor

Celina Andrade e Jessé Mc CombA aniversariante com Creuza Cohen

homenageado será o presidente da Recofarma Indústria do Amazonas e da Coca-Cola Brasil, Xiemar Zarazúa. O presidente Antônio Silva será o anfi trião.

Depois da novela chilena, o aeroporto Júlio Belém, de Pa-

rintins, voltou a funcionar 24 horas por dia. A autoriza-ção, por decisão judicial, foi anunciada pelo secretário de Cultura, Robério Braga. Para a alegria dos amantes do boi-bumbá, a pista fun-cionará 24 e após o Festival Folclórico

de Parintins. Viva!

Antes era algo que não se nota-va porque a frota de veículos em Manaus era pequena ou adequa-da ao tamanho da cidade, mas foi só a economia nacional dar um “boom” que centenas de carros invadiram as ruas da capital amazonense. Com isso, o asfalto que por essas bandas é bem mirradinho, vai para o espa-ço rapidinho. Já está na hora da prefeitura procurar uma nova fórmula para recapear as tétricas ruas, com esse asfalto fraquinho defi niti-

Já é hora

A bela Giovan-na Corrêa, fi lha dos competen-tes médicos Kátia e Gilson Corrêa, vai ganhar sessão parabéns hoje. Ela está completando 15 aninhos. Os cumprimentos da coluna

FOTOS: JANDER VIEIRA

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D8 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE MAIO DE 2013

Modama abre inscriçõesA mostra deste ano contará com a presença dos bailarinos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Ronaldo Martins e Giovanna Lamboglia, além de disponibilizar vagas de forma gratuita para as categorias de dupla, trio e grupo

DIEGO JANATÃ

As inscrições para a 17ª edição da Mostra de Dança de Manaus (Modama) iniciam

amanhã. Duplas, trios e grupos podem participar da progra-mação, que não tem caráter competitivo. Uma das novida-des deste ano é a participa-ção dos bailarinos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Ronaldo Martins e Giovanna Lamboglia. O festival acontece no período de 31 de maio a 2 de junho no Serviço Social da Indústria (Sesi-AM).

A diretora da companhia de dança Corpo em Movimento, Ana Mendes, é a idealizadora do projeto, juntamente com o jornalista Eduardo Monteiro

de Paula. Ela informa que os participantes terão até o dia 17 para efetuar as inscrições. O cadastro será feito mediante a entrega de um vídeo com a exibição de uma coreografia, que deve ter duração máxima de cinco minutos. Trabalhos solos não podem fazer parte da atividade. “Só poderemos prever uma quantidade de par-ticipantes após o início dessa primeira etapa”, argumenta.

Ana ainda informou que a mostra vai contar com a atu-ação de dois grupos de dança vindos do município de Itacoa-tiara (distante 177 quilômetros de Manaus). “Até o momento confirmamos somente essa participação externa”, disse.

De acordo com a organi-zadora, a noite de abertura conta com a exibição de uma

coreografia desenvolvida por Giovanna Lamboglia, que vem acompanhada pelo coreógrafo Ronaldo Martins. Ela também adiantou que diferentemente dos anos anteriores os grupos subirão ao palco conforme a ordem de chegada, e não mais por meio de sorteio. “Chega-mos à conclusão que seria mais fácil organizarmos conforme a chegada dos bailarinos. Eles receberão fichas devidamente numeradas”, informa.

As danças serão desenvol-vidas nas modalidades clás-sica, neoclássica, moderna, contemporânea, jazz, de rua, salão, folclórica, livre, que in-clui os ritmos de axé e forró; e por fim, dança da terceira idade. Os inscritos poderão exibir montagens em mais de uma categoria.

Segundo a diretora, a Modama foi criada com o intuito de oportunizar a divulgação dos trabalhos regionais, daí a justifica-tiva para o evento não ter etapas eliminatórias. “É um espaço destinado à exposição de coreografias

montadas pelo nosso povo. Alguns grupos não têm a oportunidade de chegar a um outro evento e nessa mostra estão livres para trabalhar da maneira que sabem e sem impor li-mites ou tantas regras”, expressa. Todo o processo

é gratuito.O programa é realizado

em parceria com o Sesi, o Serviço Social do Comércio (Sesc-AM), com o apoio da Associação dos Profissio-nais de Dança do Amazonas (Aprodam) e a Secretaria de Estado de Cultura (SEC).

Divulgação dos trabalhos locaisPRISCILA CALDASEquipe EM TEMPO

SERVIÇOINSCRIÇÕES PARA A MODAMA

Quando:

Onde:

Quanto:

De 6 até o dia 17, de 8h às 17hCoordenação de Cultura do Serviço Social do Comércio (rua Henrique Martins, Centro)Gratuito

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