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Em que medida a sustentabilidade está integrada ao seu negócio?

Quanto melhor a pergunta, melhor a resposta. E melhor se torna o mundo de negócios.

Janeiro 2019

Em que medida a sustentabilidade está integrada ao seu negócio?02

A EY tem como propósito construir um mundo de negócios melhor, o que se traduz em ser uma organização de serviços profissionais diferenciados que contribui para o fortalecimento da confiança no ambiente de negócios e o crescimento sustentável. Favorecer o diálogo transparente entre nossos clientes e a comunidade na qual estamos inseridos faz parte dessa estratégia e desse propósito.

Há uma crescente atenção das partes interessadas sobre sustentabilidade, transparência e como as empresas vêm endereçando tais desafios.

Com objetivo de entender melhor as principais práticas de Governança em Sustentabilidade de nossos clientes, parceiros e comunidade de negócios, a EY desenvolveu uma pesquisa com esta finalidade. A pesquisa foi estruturada em três categorias, “Visão e direcionamentos estratégicos”, “Execução e operação” e “Gestão de desempenho e reporte”.

Convidamos a participar da pesquisa mais de 260 companhias dos mais diversos setores. E agradecemos a participação de todas.

Entender qual a visão de nossos clientes quando o assunto é sustentabilidade, a relevância dada ao tema bem como a estruturação interna, é primordial para que possamos ter um diagnóstico de nossa comunidade de negócios.

Para nós esta pesquisa oferece respostas de como podemos fazer a nossa parte em atingir o nosso propósito de construir um mundo de negócios melhor. Podemos contribuir com práticas que levem não somente a melhor transparência e geração de valor a longo prazo, mas também apoiar no entendimento de que meio ambiente, recursos naturais e pessoas serão temas centrais de como negócios e o nosso mundo funcionará no futuro.

Boa leitura!

EY Brasil

Leonardo Dutra

Diretor Executivo de Riscos EY Brasil

Climate Change & Sustainability Services

Highlights da pesquisa 04

Principais resultados 05

Próximos passos 21

Contatos EY 24

Quanto melhor a pergunta.

Conteúdo

Melhor a resposta.

Melhor se torna o mundo de negócios.


A sustentabilidade é algo que deve permear todas as camadas da organização. A sustentabilidade precisa estar alinhada ao desenvolvimento interno de uma organização, caso contrário, todos os esforços que a companhia faz acerca do tema poderão estar sendo em vão.

As organizações modernas percebem que aplicar esses conceitos na cultura da empresa não servem apenas como diferencial, mas sim como um fator determinante para sua sobrevivência num mercado que a cada dia cobra mais o papel socioambiental das organizações.


4 Em que medida a sustentabilidade está integrada ao seu negócio?

Highlightsda pesquisa

Cultura e conhecimentoGovernança e gestão de riscos

Estratégia, metas e objetivos

Compras, logística e cadeia de suprimentos

Estrutura e capacidadesDesempenho em sustentabilidade e reporte

A pesquisa foi estruturada em três macro categorias, “Visão e direcionamentos estratégicos”, “Execução e operação” e “Gestão de desempenho e reporte”. Essas categorias foram endereçadas pelos temas listados abaixo, os quais abordaremos com mais detalhes ao longo da pesquisa.


2.1 Relevância da sustentabilidade

Sustentabilidade, gestão transparente, respeito ao meio ambiente, responsabilidade social e outros termos como esses, são conceitos que cada dia ganham mais importância no cenário empresarial, antes voltado muito mais ao aspecto financeiro.

As organizações modernas percebem que aplicar esses conceitos na filosofia da empresa não servem apenas como diferencial, mas sim como um fator determinante para sua sobrevivência em um mercado que a cada dia cobra mais o papel socioambiental das organizações.

5

Percepção próxima ou muito próxima da relação entre sustentabilidade e a geração de receita da empresa e o valor de mercado da empresa.

Pesquisa de Governança em Sustentabilidade

58%

Percepção próxima ou muito próxima da relação entre sustentabilidade e a reputação da empresa.


84%


Principais resultados da pesquisa

2.2 Governança e gestão de riscos

Das empresas respondentes, 48% afirmam ter alto nível de incorporação da sustentabilidade nas práticas de governança corporativa da empresa. Isso significa que os princípios da sustentabilidade estão inseridos no propósito, valores, práticas de gestão da empresa e estratégias de negócio.

Considerando que sustentabilidade é algo que deve permear todas as camadas da empresa para que as suas ações sejam efetivas, a participação e engajamento de todos os seus funcionários, inclusive a liderança é de extrema importância. Ou seja, a sustentabilidade precisa estar alinhada ao desenvolvimento interno de uma organização, caso contrário, todos os esforços que a companhia faz acerca do tema poderão estar sendo em vão.

Entretanto, para garantir que a sustentabilidade faça parte, efetivamente, da cultura organizacional da empresa e, consequentemente, do dia a dia de todos os colaboradores, a companhia precisa eleger pessoas que ficarão responsáveis pela implementação de práticas sustentáveis em sua operação e atuação. Criar um comitê pode ser a solução.

De acordo com a pesquisa, 66% dos respondentes possuem comitê de sustentabilidade ou algum outro comitê que trate do tema seja estatutários ou com pautas definidas.

6

Alto nível de incorporação da sustentabilidade nas práticas de governança corporativa da empresa

Pesquisa de Governança em sustentabilidade

48%


Possuem comitê de sustentabilidade ou algum outro comitê que trate do tema seja estatutários ou com pautas definidas


66%

O grupo precisa ser diverso, ou seja, contar tanto com profissionais da área, como com lideranças, inclusive os mais altos níveis, e demais funcionários e terá como responsabilidade colocar a sustentabilidade como tema prioritário na organização.

As principais atribuições do comitê de sustentabilidade (ou que trate do tema) são: analisar e acompanhar os impactos das ações da empresa no que se refere à sustentabilidade (62,5%), seguido de avaliar o desempenho das iniciativas de sustentabilidade (54,2%), e aprovar normas e procedimentos relacionados à sustentabilidade (41,7%).


Avaliar o desempenho das iniciativas de sustentabilidade.


54,2%

O comitê de sustentabilidade é composto por membro s da diretoria executiva, conselho de administração e gestores de sustentabilidade.


66%

Analisar e acompanhar os impactos das ações da empresa no que se refere à sustentabilidade.


62,5%

Possuem comitê de sustentabilidade ou algum outro comitê que trate do tema seja estatutários ou com pautas definidas


41,7%

Com objetivo de garantir a efetividade de implementação de ações e práticas de sustentabilidade, 50% das empresas respondentes afirmam possuir controles internos e auditorias internas relacionadas às atividades de sustentabilidade, monitoradas pelo comitê de sustentabilidade (ou que trate do tema).

Forças internas e externas impactam a estratégia, o contexto e os objetivos de negócios de uma organização. A função de gestão de riscos empresariais (ERM) de uma empresa é identificar, priorizar e responder a riscos, à medida que estes surgem no ambiente externo. Estes riscos emergentes estão se expandindo para a área da sustentabilidade.

Ao longo da última década, os riscos ambientais e sociais surgiram como desafios globais, respondendo por 70% dos principais riscos no Relatório de 2017 do Fórum Econômico Mundial1. Porém, a função de ERM pode não entender completamente os riscos de sustentabilidade emergentes e o impacto em seus negócios.

Apenas 4% das empresas respondentes apresentam integração total entre sustentabilidade e Gestão de Riscos Corporativos (ERM) e 60% apresenta integração colaborativa, ou seja, os times de sustentabilidade e de gestão de riscos interagem e trocam informações.

1 Relatório de Riscos Globais de 2017, 12ª Edição, Fórum Econômico Mundial, 2017.

8

Possuem controles internos e auditorias internas relacionadas às atividades de sustentabilidade, monitoradas pelo comitê de sustentabilidade (ou que trate do tema).


50%


Apresenta integração entre sustentabilidade e Gestão de Riscos Corporativos (ERM) na empresa.


4%

Um estudo2 da EY apontou que empresas com práticas maduras de gestão de riscos têm uma vantagem competitiva, ganhando três vezes mais do que empresas com práticas menos maduras.

Identificar e responder a riscos emergentes de sustentabilidade é crucial para alcançar ou manter uma prática madura de ERM. As funções de sustentabilidade podem desempenhar um papel na ERM, tirando proveito de sua experiência e ferramentas a fim de reagir de maneira mais embasada a riscos de sustentabilidade.

Para 30% das empresas respondentes, os riscos identificados de sustentabilidade através da matriz de gestão de riscos corporativos (ERM) influenciam diretamente a estratégia da empresa. Para 46%, existe a prática mais poderia ser melhor.

2 Turning risk into results: how leading companies use risk management to fuel better performance, EY, 2013.


Apresenta integração colaborativa, os times de sustentabilidade e de gestão de riscos interagem e trocam informações.

.


60%

Os riscos identificados de sustentabilidade através da matriz de gestão de riscos corporativos (ERM) influenciam parcialmente a estratégia da empresa.


46%

Os riscos identificados de sustentabilidade através da matriz de gestão de riscos corporativos (ERM) influenciam diretamente a estratégia da empresa.


30%

Governos, empresas e investidores em todo o mundo estão cada vez mais enfocando os impactos financeiros das mudanças climáticas.

As empresas podem enfrentar novos requisitos regulatórios e preocupações crescentes das partes interessadas, bem como os riscos relacionados ao preço e disponibilidade de commodities.

Pode haver oportunidades para geração de novas receitas a partir de produtos de baixo carbono, energia renovável e serviços adicionais. Também pode haver oportunidades de redução de custos e dependência de recursos. Incorporar uma abordagem sustentável às principais atividades empresariais é uma transformação complexa que pode criar valor para o acionista a longo prazo e liberar uma série de novas e emergentes fontes de capital financeiro verde, como títulos verdes.

Em dezembro de 2015, em conferência realizada pela ONU, foi assinado o acordo de Paris. Esse tratado rege medidas de redução de emissão de dióxido de carbono e visa “assegurar que o aumento da temperatura média global fique abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais e prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, reconhecendo que isto vai reduzir significativamente os riscos e impactos das alterações climáticas”.

O acordo de Paris sugere que os governos em todo o mundo estão começando a desempenhar seu papel na transição para um mundo de baixo carbono. Ao mesmo tempo, a implementação de tecnologias de baixo carbono não subsidiadas está se tornando competitiva em comparação com tecnologias mais tradicionais.

Seja um investidor ou um gestor de ativos, as empresas devem desenvolver e executar estratégias que considerem um mundo de 2°C, pois os riscos de diversificar portfólios em tecnologias emergentes provavelmente superam os riscos de não responder a esses sinais e continuar investindo em empresas que operam nos negócios. como modo usual.


No entanto, o direcionamento das práticas adotadas pelas empresas nos mostram que políticas que visam minimizar os efeitos das mudanças climáticas são consideradas apenas por 13% das empresas respondentes.

2.3 Estratégia, metas e objetivos

O conceito de sustentabilidade surgiu em 1972 durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, na Suécia.

A Declaração de Estocolmo, que se traduziu em um Plano de Ação, define princípios de preservação e melhoria do ambiente natural, destacando a necessidade de apoio financeiro e assistência técnica a comunidades e países mais pobres.

Em 1987, o Relatório de Brundtland, trouxe a expressão "desenvolvimento sustentável" abordando a necessidade imperiosa de "defender e melhorar o ambiente humano para as atuais e futuras gerações" - um objetivo a ser alcançado juntamente com a paz e o desenvolvimento econômico e social.

Desde então, observamos que o caminho para a sustentabilidade é longo e necessita de esforços conjuntos para que seja incorporado de fato pelas empresas.

Muitos são os aspectos que dificultam este desenvolvimento. As barreiras englobam questões sociais, políticas, econômicas, interesses privados, conflitos entre países e uma série de outros pontos. De acordo com as empresas respondentes, asprincipais barreiras encontradas em ações de sustentabilidade são os custos associados (46%), seguida da não relevância do tema (42%).


Adoção de política relacionada a mudanças climáticas.


13%

Uma das formas mais utilizadas para a incorporação de novas culturas e atividades nas companhias é a implantação de remuneração variável.

Uma política de bônus salarial bem estruturada estimula os funcionários a se engajarem nas atividades do programa melhorando seus resultados, retendo e atraindo novos talentos para a companhia. Medidas que visam a aceleração de resultados dentro das organizações são interessantes principalmente quando há a necessidade de implantação de uma nova cultura organizacional.

No entanto, para 58% das empresas respondentes, os fatores de sustentabilidade não são incorporados como critérios de avaliação de desempenho e remuneração.

A fim de desenvolver um ambiente organizacional favorável à sustentabilidade, uma medida eficiente é a integração do conceito a um plano de incentivos, visando recompensar os colaboradores, via condicionamento de remuneração variável baseada em desempenho em sustentabilidade.

12

Os fatores de sustentabilidade não são incorporados como critérios de avaliação de desempenho e remuneração.


58%


A principal barreira encontrada em ações de sustentabilidade são os custos associados.


46%

Tema não relevante como barreira encontrada em ações de sustentabilidade.


42%

2.4 Compras, logística e cadeia de suprimentos

De acordo com o Manual de Compras Sustentáveis, elaborado pelo CEBDS em parceria com a EY e outras empresas em 20143, as motivações que levam a incorporação de critérios de sustentabilidade, voltados a cadeia de suprimentos, variam desde um posicionamento de marca e engajamento dos fornecedores à própria estratégia de sustentabilidade, até, e mais comumente, uma clara preocupação quanto à gestão de riscos operacionais e reputacionais potenciais ante sua cadeia.

Para as empresas respondentes, os principais temas de sustentabilidade considerados na avaliação de fornecedores são: meio ambiente (54%), práticas trabalhistas e de saúde e segurança (67%) e direitos humano juntamente com responsabilidade social (58%).

3 Manual de Compras Sustentáveis, CEBDS, 2014.


Adoção de critérios de meio ambiente na avaliação de fornecedores.


54%

Adoção de critérios de práticas trabalhistas e saúde e segurança na avaliação de fornecedores.


67%

Adoção de critérios de direito humanos e responsabilidade social na avaliação de fornecedores.


58%

2.5 Desempenho em sustentabilidade e reporte

As empresas têm mostrando crescente interesse na adoção de práticas relacionadas à sustentabilidade para mitigar riscos e aumentar suas chances de sobrevivência.

A pesquisa nos mostrou que 33% das empresas classificam seu grau de maturidade no tema sustentabilidade com Básico e outras 33% como Estabelecido. Básico, entende-se que existem iniciativas com foco nas operações e/ou em relações públicas. Já a classificação Estabelecido, entende-se que já existe também uma relação proativa com stakeholders e a existência de metas.

Das empresas respondentes, 17% responderam possuir um grau de maturidade Avançado, ou seja, metas alinhadas à estratégia, tecnologia de suporte na gestão e métricas de desempenho divulgadas externamente. Outras 17% afirmam estar com um nível de Liderança, ou seja, a sustentabilidade é parte da estratégia e da tomada de decisão, há engajamento permanente, métricas holísticas e reportes externos auditados por terceira parte.

Como ponto positivo, verificou-se que nenhuma empresa declarou ter um nível de maturidade ausente, quando não há ação ou percepção de ações no tema sustentabilidade.


Classificação do grau de maturidade no tema sustentabilidade como Básico e Estabelecido.


33%

Classificação do grau de maturidade no tema sustentabilidade como Avançado e Liderança.


17%

Os indicadores de desempenho alinhados ao desenvolvimento sustentável são fundamentais para apoiar decisões gerenciais e operacionais bem como avaliar o desempenho em sustentabilidade das empresas.

De acordo com a pesquisa, fica evidente a importância dos indicadores de desempenho para mensuração da performance. 83% das empresas afirmam ter indicadores de sustentabilidade publicados, seja com metas ou verificação externa. Outra parcela de 12% das empresas também possuem indicadores pelo qual fazem a gestão de desempenho de sustentabilidade, no entanto, não são informações disponibilizadas publicamente. Apenas 4% das empresas respondentes não adotam indicadores.

Tratando-se da publicação dos indicadores de desempenho, pode-se observar grande domínio da aplicação da metodologia GRI (Global Reporting Initiative), 83% das empresas afirmam utilizá-la. Este fato já é esperado, tratando-se de uma metodologia conhecida e pioneira no tema. Por outro lado, verificou-se baixa aderência ao modelo de Relato Integrado (RI), apenas 20% das empresas afirmam utilizá-lo. O RI é uma diretriz do IIRC (International Integrated Reporting Council), ou em português Conselho Internacional para Relato Integrado).


Adoção de indicadores de desempenho em sustentabilidade publicados.


83%

Aderência ao modelo de relato integrado (IIRC).


20%

Relato Integrado é a maneira de empresas apresentarem seus relatórios, acrescentando informações que vão além das contábeis e financeiras, com objetivo de dar mais transparência para as organizações.

A estrutura internacional do Relato Integrado utiliza uma abordagem baseada em capitais (natural, humano, financeiro, manufatura, social e de relacionamento) e também inclui elementos de governança, modelo de negócio, riscos e oportunidades, estratégia e alocação de recursos, perspectiva, entre outros.

O Relato Integrado não é mais um relatório ou o substituto dos relatórios que a empresa já prepara, mas uma metodologia para tratar do processo de elaborar a informação a ser transmitida, dando ênfase tanto à informação chamada "não financeira" (responsabilidade social, governança, meio ambiente etc.) quanto à "financeira". O que o relato integrado pretende é que informações financeiras e de sustentabilidade estejam alinhadas.

Por ser uma metodologia em que seus resultados são divididos em grandes pilares, e não por indicadores, essa diretriz vem sendo avaliada dentro das empresas mas sua implantação ainda é discreta quando comparado com outras metodologias.

De acordo com Vania Borgerth4, coordenadora da Comissão Brasileira de Acompanhamento do Relato Integrado, “Como o Relato Integrado mexe com o processo (cultura) muito mais do que com o relatório, a questão da adesão é um pouco mais sensível. Ninguém consegue mudar a cultura de uma organização com o apertar de um botão, logo, ainda não podemos dizer que alguma empresa já produz relatórios perfeitamente integrados.”

4 Relato integrado: quais as vantagens? | Entrevista, BNDES, 2017 <https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/conhecimento/noticias/noticia/relato-integrado>.


Os ODSs oferecem uma lente às empresas para endereçar estes desafios enquanto trabalham de forma proativa com seus stakeholders para atingirem os ODSs também.

As empresas estão enfrentando desafios complexos de sustentabilidade, como exemplo escassez de recursos, oposição de comunidades locais, questões de direitos humanos, falta de transparência na cadeia de fornecimento e falta de confiança nos negócios.

Em 2015, os 193 estados membros das Nações Unidas adotaram 17 objetivos globais de desenvolvimento sustentável (ODS)5. Os ODSs cobrem um amplo conjunto de desafios como inclusão econômica, redução do consumo de recursos naturais, instabilidade política, degradação ambiental e diversos impactos relacionados a mudanças climáticas.

Eles definem a agenda de inclusão econômica até 2030 e foram desenvolvidos com contribuição da indústria, meio acadêmico e organizações não governamentais a nível global.

Os ODSs fornecem um framework universal e visionário para endereçar os desafios de cooperação e ação global, trazendo os stakeholders juntos para proativamente endereçar esses objetivos.

De acordo com a pesquisa, verificou-se que a adesão aos ODSs ainda não é uma prática unânime entre as empresas. Das empresas respondentes, 46% delas afirmam adotar os objetivos.

5 “Sustainable development goals,” United Nations,

<http://www.un.org/sustainabledevelopment/>


As empresas terão um papel fundamental no atingimento dos ODSs. Muitas empresas têm trabalhado para tratar de questões ambientais, sociais e econômicas e as empresas líderes começaram a reconhecer que podem enfrentar melhor os complexos desafios de sustentabilidade aumentando seus esforços por meio da colaboração com colegas, organizações do setor, clientes, governos, organizações sem fins lucrativos e sociedade.

2.6 Estrutura e capacidades

De acordo com a pesquisa, 67% das empresas afirmam ter uma área de sustentabilidade. Na sequência apresentamos uma caracterização das áreas de acordo com as respondentes.


Adesão aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU


46%

Menos de 5 anos

Entre 5 e 10 anos

Mais de 10 anos

Área não existente

Quanto tempo a área de sustentabilidade existe na empresa formalmente?

21%

33%

29%

17%

Meio Ambiente

Comunicação

Relações Institucionais

RH

Outros*

A qual estrutura pertence a área de sustentabilidade?

14%

5%

29%

29%

24%

* Estratégia, Marketing, governança, Excelência Operacional, Marketing, Planejamento Estratégico


Coleta de informações e preenchimento de relatórios / índices (GRI, CDP,

DJSI, ISE, Guia EXAME de Sustentabilidade, outros)

Suporte a outras áreas na gestão de iniciativas de sustentabilidade

Suporte a outras áreas na integração de práticas de sustentabilidade

alinhadas à estratégia do negócio

Condução de projetos sociais de incentivo fiscal / incentivo próprio

Outras*

Quais as principais atribuições da área de sustentabilidade?

81%

Qual o nível de dedicação da área de sustentabilidade a tarefas relacionadas a este tema?

81%

67%

62%

38%

* Suporte ao comitê de sustentabilidade, acompanhamento das metas, treinamentos, comunicação, execução de projetos próprios de sustentabilidade (ex.: carbono e mudanças climáticas), representação em grupos de trabalhos e iniciativas empresariais, etc.

78%

14%

0%

10%

100% (totalmente dedicada)

75% (maior parte do tempo dedicada)

50% (igualmente dedicada a outras atividades)

25% (exerce funções em outras áreas)


Possui influência na tomada de decisões

Tem autonomia para definir diretrizes e ações

Encontra dificuldade em implementar iniciativas de sustentabilidade

Indiferente e não é do conhecimento das demais áreas da empresa

Como a área de sustentabilidade transita entre as demais áreas / departamentos da empresa?

38%

14%

38%

10%

De acordo com as respostas fornecidas pelas empresas respondentes, é possível observar que a área de sustentabilidade está formalmente presente nas empresas por um período relativamente curto e pertencente, na maioria das vezes, das áreas de relações institucionais (29%) e RH (29%).

Considerando que o tema sustentabilidade seja um tema transversal dentro de uma empresa, é fundamental interagir com todas as áreas, desta forma, é importante o conceito estar bem difundido nas áreas e departamentos das empresas.

Quando atrelado ao planejamento estratégico, ou seja, com a maturidade elevada, o conceito já vai estar naturalmente presente na forma de se conduzir os negócios. Nesse cenário, a área de sustentabilidade atuaria como um “suporte” aos processos.


Levando a sustentabilidade à frente

Sustentabilidade é um tema relativamente novo para maioria das organizações ou, ainda, não devidamente enraizado nos direcionadores estratégicos da empresa, neste sentido, como fazer para obter o maior benefício decorrentes de seus esforços?

Existem alguns questionamentos que podem ser feitos e nos apoia a entender este cenário.

1. Estamos tomando decisões de negócios sem entender nosso impacto e o que impacta as nossas operações – tendências globais, preocupações decorrentes de stakeholders, questões ambientais e sociais?

2. Como nossos programas de sustentabilidade suportam a nossa estratégia e habilitam o nosso propósito?

3. Quais riscos de sustentabilidade devemos endereçar e converter em oportunidades de inovação?

4. Estamos promovendo e executando as corretas iniciativas (programas e projetos) e estamos atingindo os objetivos esperados? Quais iniciativas devemos priorizar?

5. Como medimos nossos impactos ambientais e sociais (internos e externos)? Como utilizamos essa informação para tomar boas decisões de negócios?

6. Estamos gerando valor aos nossos funcionários, clientes e acionistas? Como?

Próximos passos


Leonardo DutraDiretor de Sustentabilidade

[email protected]

+ 55 11 2573 3661

Kin HondaGerente Sênior de Sustentabilidade

[email protected]

+ 55 11 2573 5469

Cyntia WatanabeGerente Sênior de Sustentabilidade

[email protected]

+ 55 11 2573 4195

Bruno LopesGerente de Sustentabilidade

[email protected]

+ 55 11 2573 4152

Mariana FariaGerente de Sustentabilidade

[email protected]

+ 55 21 3263 7671

Marcia BorgesGerente de Sustentabilidade

[email protected]

+ 55 11 2573 4144

ContatoEY

mailto:[email protected]






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