EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

48
EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005

Transcript of EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

Page 1: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES

Turma: A Sala: CB-16

Campinas, 18 de Novembro de 2005

Page 2: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

BIB

LIO

GR

AFI

AB

IBLI

OG

RA

FIA

-Aços Inoxidáveis Austeníticos – A. F. Padilha & L. C. Guedes – Ed. Hemus

-Aços e Ferros Fundidos – Vicente Chiaverini – Ed. ABM

-Materiais para Equipamentos e Processos – Pedro C. Da Silva Telles – Ed. Interciência

-Apresentação.

Page 3: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

1. IN

TRO

DU

ÇÃ

O1.

INTR

OD

ÃO

1. Introdução;

2. Constituição e Diagrama de Equilíbrio;

3. Aços Inoxidáveis Martensíticos;

4. Aços Inoxidáveis Ferríticos;

5. Aços Inoxidáveis Austeníticos;

6. Aços Inoxidáveis Duplex;

7. Aços Inoxidáveis Endurecíveis por

Precipitação;

8. Aplicações e Resumos

Page 4: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

1. IN

TRO

DU

ÇÃ

O1.

INTR

OD

ÃO

1.a) Definição1.a) DefiniçãoOs aços inoxidáveis são ligas ferro-cromo que contém, tipicamente, um teor acima de 12% de cromo. A partir desse teor e em contato com oxigênio ocorre a formação de uma fina película de óxido de cromo sobre a superfície do aço, que é impermeável e insolúvel nos meios corrosivos usuais. Apresenta, em geral, maior resistência à oxidação a alta temperatura em relação a outras classes de aços.

Aços Inoxidáveis são ligas a base de ferro com, no mínimo 10,5%Cr. Eles alcançam esta característica em função da formação de um filme superficial transparente e aderente de óxido rico em cromo. Este óxido se forma e se mantém na presença de oxigênio.

Ni, Mo, Cu, Ti, Al, Si, Ni, N, S e SeC < 0,03%p (máx. ~1%p)

Page 5: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

1. IN

TRO

DU

ÇÃ

O1.

INTR

OD

ÃO

1.b) Classificação1.b) Classificação

• Aços Inoxidáveis Martensíticos;

• Aços Inoxidáveis Ferríticos;

• Aços Inoxidáveis Austeníticos;

•Aços Inoxidáveis Duplex (ferrítico-austenítico);

• Aços Inoxidáveis Endurecidos por Precipitação.

Page 6: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

1. IN

TRO

DU

ÇÃ

O1.

INTR

OD

ÃO

1.c) Histórico1.c) Histórico

•1912 - Alemanha (20%Cr 7%Ni) - Aço Inoxidável Austenítico;•1912 - Inglaterra (12,8%Cr 0,24%C) – Aço Inoxidável Martensítico;

•1913 – (16%Cr 0,015%C) – Ferrítico;•1945 – EUA – (U.S. Steel) – Aço Inoxidável Endurecido por

Precipitação;•1950 – EUA – Escasses de Ni – Aços Inoxidáveis com Mg e N em

substituição parcial de Ni (AISI 200);•1970 – EUA – (Processo OAD) – Permitiu a redução drástica de C sem

perda acentuada de Cr para escória – Carga menos cara;• ~1970 – LC – Custo e Homogenidade Química;

•2005 – Aço Inoxidável de Alto Desempenho.

Page 7: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

1. IN

TRO

DU

ÇÃ

O1.

INTR

OD

ÃO

1.d) Importância1.d) Importância

Resistência dos Aços Inoxidáveis em Função da Temperatura

Page 8: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

1. IN

TRO

DU

ÇÃ

O1.

INTR

OD

ÃO

1.d) Importância1.d) Importância Fenômeno da Passivação

• película estável• impermeável• aderente• alta veloc. formação

Page 9: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

1. IN

TRO

DU

ÇÃ

O1.

INTR

OD

ÃO

1.d) Importância1.d) Importância

Tipos de Corrosão• corrosão intergranular - sensitização• corrosão sob tensão - meios agressivos (soluções de Cl)• corrosão por pites - meios com solução aquosa de Cl e Br• condições da superfície - grosseira, fissuras

Sensitização - corrosão intercristalina• diminuição teor de Cr - corrosão intergranular• solução: C em baixos teores < 0,1%

uso de elementos de liga - Ti, V, Nb teor de Cr acima de 12% tratamento térmico - solubilização e resfr.

rápido

Page 10: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

1. IN

TRO

DU

ÇÃ

O1.

INTR

OD

ÃO

1.e) Produção1.e) ProduçãoKrupp (Alemanha)1918 - 18 ton BASF1934 - 56.000 ton

1953 – 1.000.000 ton1995 – 10.000.000 ton (2/3 austenítico)

Page 11: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

2.

2. C

ON

STIT

UIÇ

ÃO

&

CO

NST

ITU

IÇÃ

O &

D

IAG

RA

MA

S D

E EQ

UIL

ÍBR

IOD

IAG

RA

MA

S D

E EQ

UIL

ÍBR

IO

SISTEMAS A SEREM ANALISADOS

C-Cr

Fe-Cr

Fe-Cr-C

Fe-Cr-Ni

Fe-Cr-Ni-Mo

LIMITAÇÕES DOS DIAGRAMAS DE FASES

-Equlíbrio dificilmente é atingidoEqulíbrio dificilmente é atingido

Ex.1: Precipitação de fase sigma () em AISI 316;

Ex. 2: Não mostram as fases metaestáveis;

-Limitações Geométricas (n° de componentes relevantes)Limitações Geométricas (n° de componentes relevantes)

Ex.1: INOX mais simples tem 6 elementos;

Page 12: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

2. C

ON

ST. E

DIA

G. E

QU

IL.

2. C

ON

ST. E

DIA

G. E

QU

IL. 2.a) Sistema C-Cr2.a) Sistema C-Cr

Efeito de Cr no campo austenítico

Cr Vs. C

Page 13: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

2. C

ON

ST. E

DIA

G. E

QU

IL.

2. C

ON

ST. E

DIA

G. E

QU

IL. 2.b) Sistema Fe-Cr2.b) Sistema Fe-Cr

-Para qualquer [Cr ] se forma primeiramente ferrita δ (CCC);

-Cr é ferritizante;

-Em ligas comercias normalmente encontramos ainda N e C (austenitizantes);

Page 14: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

2. C

ON

ST. E

DIA

G. E

QU

IL.

2. C

ON

ST. E

DIA

G. E

QU

IL.

-pequenos teores ampliam muito γ (26%Cr em 0,19%C e 0,02%N);

-aumento da T de trasnformação α/γ (1250°C para 26%Cr)

Page 15: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

2. C

ON

ST. E

DIA

G. E

QU

IL.

2. C

ON

ST. E

DIA

G. E

QU

IL. -fase (sigma 44-50%Cr) p/ ligas 20 a

70%Cr;

-precipitado α’ não magnético, ccc, 61~83%Cr;

-proposta de um gap de miscibilidade abaixo da estabilidade de ;

-decomposição eutetóide p/ligas 15~70%Cr em T 400~550°C e inicia em

440±20°C;

- Tenacidade e dutilidade diminuem +

-fragilização e redução de resistência a corrosão em ligas a 475°C (reversível);

Page 16: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

2.c) Sistema Fe-Cr-C2.c) Sistema Fe-Cr-C2.

CO

NST

. E D

IAG

. EQ

UIL

.2.

CO

NST

. E D

IAG

. EQ

UIL

.

6%Cr

12%Cr

18%Cr

Page 17: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

2.d) Sistema Fe-Cr-Ni2.d) Sistema Fe-Cr-Ni2.

CO

NST

. E D

IAG

. EQ

UIL

.2.

CO

NST

. E D

IAG

. EQ

UIL

.

1300°C 1200°C 1100°C

900°C 800°C 650°C

Aços Inoxidáveis e Resistentes ao Calor – parcialmente ferritica ou totalmente austenitica e ainda sigma.

Page 18: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

2.d) Sistema Fe-Cr-Ni2.d) Sistema Fe-Cr-Ni

DIAGRAMA DE SCHAEFFLER

5 10 15 20 25 30 35

5

10

15

20

25

30

40

M

A+M A+FA+M+F

A

0

% Equivalente de Cr

% E

quiv

alen

te d

e N

i

Cr equival. = Cr + Mo + 1,5x%Si + 0,5x%Nb

Ni equival. = Ni + 30x%C + 0,5x%Mn

FM+F

Page 19: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

2.d) Sistema Fe-Cr-Ni-Mo2.d) Sistema Fe-Cr-Ni-Mo2.

CO

NST

. E D

IAG

. EQ

UIL

.2.

CO

NST

. E D

IAG

. EQ

UIL

.Molibdênio: alfagênico e provoca fases intermediárias (fase de Laves Fe2Mo (η) fase Fe36Cr12Mo10 (χ) e estabiliza o carboneto M6C).

Page 20: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

3. M

AR

TEN

SÍTI

CO

3. M

AR

TEN

SÍTI

CO

• Essencialmente ligas de Cr (10,5~18%) e C (~1,2%) com estrutura martensítica (ambos são balanceados) com carbeto disperso;•C aumenta dureza mas favorece sensitização;•Trabalhável a frio e a quente, pcp quando C é baixo;•Pouco carboneto no CG;•Ferromagnético;•Endurecível por tratamento térmico;•Relativamente POUCO resistente a corrosão;•Tempera pode melhorar a resistência a corrosão;•Nb, Si, W e V modificam a resposta de revenido após o endurecimento;•Excesso de Carboneto pode estar presente para aumentar a resistencia ao desgaste ou manter o poder de corte;•Pouco de Ni pode elevar a resistência corrosão e a tenacidade;•S e/ou Se aumenta a usinabilidade;•Revenido a baixa T (150°C a 400°C);

Page 21: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

3. M

AR

TEN

SÍTI

CO

3. M

AR

TEN

SÍTI

CO3.a) Composição Química3.a) Composição Química

LIGA Cr C Ni Mo Va W Aplicações típicas

403 12,2 0,15 --- --- --- --- Peças sujeitas a altas tensões: anéis de motores a jato...

410 12,5 0,15 --- --- --- --- Eixos de bomba, hardware, porcas, válvulas... 414 12,5 0,15 1,8 --- --- --- Instrumentos cirúrgicos, ferramentas, válvulas... 420 13,0 0,15 --- --- --- --- Aços para alta temperabilidade, tesouras... 422 12,0 0,22 --- 1,0 0,25 1,0 Aços com resistência e tenacidade acima de 650ºC... 431 16,0 0,20 1,8 --- --- --- Estruturas aeronáuticas, parafusos...

440A 17,0 0,72 --- --- --- --- Mais duro que o 420: boa resist. a corrosão; inst. cirúrgicos....

440B 17,0 0,35 --- --- --- --- Elevada dureza: Cutelaria, eixos...

440C 17,0 1,70 --- --- --- --- Mais duro inox martensítico, peças de válvulas, eixos...

Page 22: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

3.b) Propriedades3.b) Propriedades3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O

TIPO REVEN. Esc (MN/m2)

máx (MN/m2) (%)

403 , 410 recozidas 275,8 517,1 30 416 , 416Se 204 999,8 1310,1 15 426 1034,3 1344,5 17 648 586,1 758,5 23

414 recozida 665 827,4 17 204 1034,3 1379 15 648 724 827,4 20 420 recozida 344,8 655 25 204 1379 1758 10 648 586 792 20

431 recozida 655 861,9 20 204 1068,7 1413,5 15 648 655 861,9 20

440 A recozida 413,7 724 20 315 1689,3 1827 5

440 B recozida 427,5 737,8 18 315 1861,7 1930,6 3

440 C recozida 482,7 758,5 13 315 1896,1 1965,1 2

Page 23: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

3.c) Microestrutura3.c) Microestrutura3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O

Microestrutura: Martensita Fina com dispersão de Carbonetos de Cromo.

Aumento: 100 x

Ataque: Marble (tempo: 10 s)

Dureza: 53HRc

Material: AISI / SAE 440 CDIN x105CrMo17

Aplicação: Facas, canivetes, rolamentos.

Composição Química:

Elemento Percentual (%)Carbono 0,95 - 1,20

Silício máx 1,00Manganês máx 1,00Fósforo máx 0,04Enxofre máx 0,03Cromo 16,00 - 18,00

Molibdênio máx 0,75Ferro Balanço

Fonte: ABNT NBR 5601/1981

Page 24: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

3.c) Microestrutura3.c) Microestrutura3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O

Aplicação: Instrumentos cirúrgicos e dentários, eixos, peças de bombas e válvulas, pás, moldes para plásticos e ind. de vidros.

Composição Química:

Microestrutura: Grãos de Ferrita com dispersão homogênea de Carbonetos Complexos de Ferro / Cromo. Material sofreu Tratamento de Recozimento de Coalescimento.

Aumento: 400 x.

Ataque: Reagente Marble (tempo: 10 a 15 s)

Dureza: 186 HB

Material: AISI / SAE 420 Modificado DIN x20Cr13

Elemento Percentual (%)Carbono 0,36 - 0,45

Silício máx 1,00Manganês máx 1,00Fósforo máx 0,04Enxofre máx 0,03Cromo 12,50 - 14,50Níquel máx 1,00Ferro Balanço

Fonte: ABNT NBR 5601/1981

Page 25: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

3.c) Microestrutura3.c) Microestrutura3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O

Microestrutura: matriz formada por grandes quantidade de carbonetos de cromo coalescidos em um fundo de ferrita.

Aumento: 800 x

Ataque: Reagente Marble (tempo: 10 a 15 s)

Material: AISI / SAE 420 Modificado IDIN x20Cr13

Page 26: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

3.c) Microestrutura3.c) Microestrutura3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O

Microestrutura: Matriz ferrítica com presença de inclusões de Sulfeto de Manganês (MnS) e precipitação de pequenos Carbonetos de Cromo esferoidizados. Material no estado Recozido e Coalescido.

Aumento: 400 x

Ataque: Marble (tempo: 10 s)

Material: AISI / SAE 420F

Composição Química:

Elemento Percentual (%)Carbono mín 0,15

Silício máx 1,00Manganês máx 1,25Fósforo máx 0,06Enxofre mín 0,15Cromo 12,00 - 14,00

Molibdênio máx 0,60Ferro Balanço

Fonte: ABNT NBR 5601/1981

Aplicação: Instrumentos cirúrgicos e dentários, eixos, peças de bombas e válvulas, pás, moldes para plásticos e ind. de vidros.

Page 27: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

3.c) Microestrutura3.c) Microestrutura3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O3.

MA

RTE

NSÍ

TIC

O

Material: AISI / SAE 410

Composição Química:

Fonte: ABNT NBR 5601/1981

Microestrutura: Matriz formada por Martensita Revenida, com presença de pequenos Carbonetos Coalescidos (3%). Microestrutura típica do Tratamento Térmico de Têmpera e Revenimento.

Aumento: 200 x

Ataque: Marble (tempo: 10 s).

Dureza: 46,5 HRc

Aplicação: Utilizado em ambientes onde a corrosão não é muito severa, como ar, água.

Elemento Percentual (%)Carbono máx 0,15

Silício máx 1,00Manganês máx 1,00Fósforo máx 0,04Enxofre máx 0,03Cromo 11,50 - 13,50Ferro Balanço

Page 28: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

4. F

ERR

ÍTIC

O4.

FER

RÍT

ICO

• Essencialmente ligas de Cr (10,5~30%) e C (~1,2MAX%) com estrutura

cristalina CCC (ferrítica) e carbonetos dispersos;

•Não são endurecíveis por solubilização e têmpera então são utilizadas no

estado recozido;

•Ferromagnético;

•Mo, Si, Al, Ti, Nb para caraterística específicas;

•S e/ou Se aumenta a usinabilidade;

•Baixa Ductilidade;

•Baixa Formabilidade;

•Relativamente Pobre Resistencia a tensões em altas temperaturas;

•Tenacidade limitada em baixas temperaturas e seções grossas;

•Susbtitui Fe-Cr-Ni-C em aplicações de resistência a corrosão com menos

custo.

Page 29: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

4. F

ERR

ÍTIC

O4.

FER

RÍT

ICO

4.a) Composição Química4.a) Composição Química

AISI C Cr Outros405 0,08 11,5 - 13,5 Al (0,1 – 0,3)

406 0,15 12 – 14 Al (3,5 – 4,5)

430 0,12 14 – 18 -

430 F 0,12 14 – 18 Pou S ou Se (0,07)Mo ou Zr (0,6)

442 0,2 18 – 23 -

443 0,2 18 – 23 Cu (0,9 – 1,25)Si (0,75)Ni (0,5)

446 0,35 23 - 27 N (0,25)

Page 30: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

4.b) Propriedades4.b) Propriedades4.

FER

RÍT

ICO

4. F

ERR

ÍTIC

O

AISI LRTkg/mm²

LE kg/mm²

Along. %

DurezaBrinell

RChoquekgm

405 42 24,5 20 160-180 2,8-4,8

406 59,5 - 25 - -

430 45,5 24,5 20 – 35 130-165 2,1-4,8

430 temp. 105 77 3 255-300 2,1-4,8

430 F 49 31,5 15 – 30 150-190 2,1-4,8

442 52,5 31,5 30 – 35 150-175 0,7-2,1

446 56 35 25 - 30 160-185 0,1-1,4

Page 31: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

4.c) Microestrutura4.c) Microestrutura4.

FER

RÍT

ICO

4. F

ERR

ÍTIC

O

Aplicação: Estufas, churrasqueiras em geral, bandejas, revestimentos, tampo de mesas, grelhas.

Fonte: ABNT NBR 5601/1981Microestrutura: Grãos de Ferrita Encruados provenientes de sua conformação (Laminação a frio). Observa-se a presença de Maclas.

Aumento: 100 x

Ataque: Marble (tempo: 10s)

Dureza: 255 mHV (max 190HB)

Material: AISI / SAE 430 DIN x8Cr17

Composição Química:

Elemento Percentual (%)Carbono 0,12Manganês 1,00

Silício 1,00Fósforo 0,04Enxofre 0,03Cromo 16,00 - 18,00Ferro Balanço

Page 32: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

4.c) Microestrutura4.c) Microestrutura4.

FER

RÍT

ICO

4. F

ERR

ÍTIC

O

Microestrutura: Grãos de Ferrita Encruados provenientes de sua conformação (Laminação a frio). Observa-se a presença de Maclas.

Aumento: 400 x

Ataque: Marble (tempo: 10 s).

Material: AISI / SAE 430 DIN x8Cr17

Page 33: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

4.c) Microestrutura4.c) Microestrutura4.

FER

RÍT

ICO

4. F

ERR

ÍTIC

O

Recozido a 788 C - estrutura ferrítica com grãos equiaxiais e partículas de carbetos (100X)

Temperado a partir de 1200 C -Matriz ferrítica com ilhas de martensita (500x)

Aço Inox 430C=0,15%Cr=16,5%

Page 34: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

5. A

UST

ENÍT

ICO

5. A

UST

ENÍT

ICO

•Cr (16~26%), Ni (>35%) Mg (>15%)com estrutura cristalina CFC;

•Atingida através de elementos austenitizantes (ex.: Ni, Mn, N);

•Não magnético na condição recozido;

•Melhor resistência a corrosão;

•Endurecível apenas por trabalho a frio;

•Exelentes propriedades criogênicas;

•Boa Resistência em altas temperaturas;

•Série 2xx (Ni e Mn);

•Mo, Cu, Si, Al, Ti e Nb melhoram certas características;

•S e/ou Se aumenta a usinabilidade;

Page 35: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

5. A

UST

ENÍT

ICO

5. A

UST

ENÍT

ICO

5.a) Composição Química5.a) Composição Química

AISI C Cr Ni Mo Outros

302 0,15 17,5 8,3

303 0,15 17,5 8,5 0,15 min S

304 0,08 18,3 8,5

304 L 0,03 19 10

310 0,25 25 20

316 0,08 17 12 2,5

316 L 0,03 17 12 2,5

Page 36: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

5. A

UST

ENÍT

ICO

5. A

UST

ENÍT

ICO

5.b) Propriedades5.b) Propriedades

AISI LRTkg/mm²

LE kg/mm² Along. %

DurezaBrinell

RChoquekgm

302 59,5 24,5 50-60 140-160 9,7-15,2

303 59,5 24,5 30-55 155-175 9,7-15,2

304 59,5 21 50-60 140-160 9,7-15,2

310 63 28 45-50 165-185 6,9-13,8

316 56 24,5 50-60 140-160 9,7-15,2

Page 37: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

5.c) Microestrutura5.c) Microestrutura5.

AU

STEN

ÍTIC

O5.

AU

STEN

ÍTIC

O

Aplicação: Ind. química, farmacêutica e têxtil, do petróleo e do papel, instalações criogênicas em geral, pistões, parafusos.

Composição Química:

Microestrutura: Matriz Austenítica.

Aumento: 200 x

Ataque: Marble (tempo: 10 s)

Dureza: 282 HB

Material: SAE / AISI 304 DIN x5CrNi189

Elemento Percentual (%)Carbono máx 0,08

Manganês máx 2,00Silício máx 1,00

Fósforo máx 0,045Níquel 8,00 - 10,50Enxofre máx 0,03Cromo 18,00 - 20,00Ferro Balanço

Fonte: ABNT NBR 5601/1981

Page 38: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

5.c) Microestrutura5.c) Microestrutura5.

AU

STEN

ÍTIC

O5.

AU

STEN

ÍTIC

O

Microestrutura: 95% de Austenita e 5% de Ferrita residual no sentido da conformação do material. Matriz proveniente de Recozimento.

Aumento: 100 x

Ataque: Marble (tempo: 10 s)

Material: AISI / SAE 316 DIN x5CrNiMo1810

Composição Química:

Dureza: 156 HB

Elemento Percentual (%)Carbono mín 0,08

Silício máx 1,00Manganês máx 2,00Fósforo máx 0,045Enxofre máx 0,03Níquel 10,00 - 14,00Cromo 16,00 - 18,00

Molibdênio 2,00 - 3,00Ferro Balanço

Fonte: ABNT NBR 5601/1981

Aplicação: Ind. química, farmacêutica e têxtil, do petróleo e do papel, peças utilizadas na construção naval e aplicações criogênicas em geral, utilizado nos meios mais corrosivos.

Page 39: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

5.c) Microestrutura5.c) Microestrutura5.

AU

STEN

ÍTIC

O5.

AU

STEN

ÍTIC

O

Material: AISI / SAE 302

Composição Química:

Dureza: 52,5 HBFonte: ABNT NBR 5601/1981

Microestrutura: Apresenta microestrutura formada por Grãos Encruados de Austenita e Ferrita, resultante do Processo de Trefilação a Frio do Arame. Material no estado Encruado.

Aumento: 100 x

Ataque: Marble

Aplicação: Elementos arquitetônicos, equipamentos hospitalares e farmacêuticos, de ind. alimentícia e de bebidas, máquinas de embalagens, molas, peças de tubulações, utensílios domésticos, artigos esportivos.

Elemento Percentual (%)Carbono máx 0,15

Silício máx 1,00Manganês máx 2,00Fósforo máx 0,045Enxofre máx 0,03Cromo 17,00 - 19,00Níquel 8,00 - 10,00Ferro Balanço

Page 40: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

6. D

UPL

EX6.

DU

PLEX

•Cr e Ni com estrutura cristalina misturada de ferrita (ccc) e austenita

(cfc);

• ccc/cfc é função da composição e do tratamento térmico;

•Maior parte das ligas contém iguais quantidades de fases quando

recozido;

•Ni, Mo, Cu, Si, W balanço estrutural ou características de resistencia

a corrosão;

•Resistência a corrosão igual ao Aço Inox Austenítico com liga similar;

•Resistência Mecãnica superior ao Aço Inox Austenítico com liga

similar;

•Tenacidade intermediária entre ferrítico e ustenítico.

Page 41: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

6. D

UPL

EX6.

DU

PLEX

6.a) Composição Química6.a) Composição QuímicaLIGA Cr Ni Mo Mn Si C Outros

329 26,0 5,0 1,5 ------ ------- 0,08 Ferralium 255 25,5 5,5 3,0 2,0 2,0 0,08 0,1N;1,75Cu

7 Mo 25,5 3,7 0,5 1,0 0,75 0,08 U 50 21,0 7,0 2,5 2,0 1,0 0,03 0,2N;0,5Cu AF 22 22,5 5,5 3,0 2,0 1,0 0,03 3 RE 60 18,5 4,7 2,7 1,5 1,7 0,03 SAF 2205 22,0 5,5 3,0 < 2,0 < 0,8 0,03

Ni – aumento da tenacidade e usinabilidade;Cr – resistência a corrosão;

Mo – aumenta a resistência de corrosão por pitting;C – em baixos teores diminuem a corrosão intergranular

Page 42: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

6. D

UPL

EX6.

DU

PLEX

6.b) Propriedades6.b) Propriedades

LIGA Cr Ni Mo Mn Si C Outros e(MPa)

máx(MPa) (%)

329 26,0 5,0 1,5 ------ ------- 0,08 Ferralium 255 25,5 5,5 3,0 2,0 2,0 0,08 0,1N;1,75Cu 480 mín 740 mín 20mín 7 Mo 25,5 3,7 0,5 1,0 0,75 0,08 565 683 31 U 50 21,0 7,0 2,5 2,0 1,0 0,03 0,2N;0,5Cu 315-440 590-800 20-25 AF 22 22,5 5,5 3,0 2,0 1,0 0,03 3 RE 60 18,5 4,7 2,7 1,5 1,7 0,03 450 700-900 30 SAF 2205 22,0 5,5 3,0 < 2,0 < 0,8 0,03 410-450 680-900 25

•Tensão de escoamento elevada: vantagem nos projetos de engenharia;•Ductilidade menor que os austeníticos mas adequados às exigências de mercado;

•A resistência à corrosão depende principalmente dos teores de Cr e Mo;•Em geral a grande quantidade de ferrita melhora a resistência à corrosão sob tensão;

Page 43: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

6. D

UPL

EX6.

DU

PLEX

6.c) Microestrutura6.c) Microestrutura

Page 44: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

7. E

ND

. PO

R P

REC

IPIT

ÃO

7. E

ND

. PO

R P

REC

IPIT

ÃO

•Ligas Cr-Ni contendo elementos precipitantes (Cu, Al, Ti)

•Pode ser tanto austenítico quanto martensítico quando no estado

recozido;

•O austenítico frequentemente é transformado em martensítico em

determinadas condições de tratamento térmico, inclusive com

tratamento sub-zero e atingem alta resistência pela formação da

martensita.

Page 45: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

7. E

ND

. PO

R P

REC

IPIT

ÃO

7. E

ND

. PO

R P

REC

IPIT

ÃO 7.a) Composição Química7.a) Composição Química

AISI C Mn Si Cr Ni Mo Outros

W Inoxidável

0,07 0,5 0,5 16,75 6,75 - 0,8 Ti 0,2Al

17-4 PH 0,04 0,4 0,5 15,50 4,25 - 0,25 Nb 3,6 Cu

17-7 PH 0,07 0,7 0,4 17 7 - 1,15 Al

PH 15-7 Mo 0,07 0,7 0,4 15 7 2,25 1,15 Al

AM 350 0,1 0,75 0,35 16,5 4,25 2,25 0,1 N

Page 46: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

7.b) Propriedades7.b) Propriedades7.

EN

D. P

OR

PR

ECIP

ITA

ÇÃ

O7.

EN

D. P

OR

PR

ECIP

ITA

ÇÃ

O

Page 47: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

FATORES DE SELEÇÃO:•Resistência a Corrosão;•Características de Fabricação;•Disponibilidade;•Propriedades Mecânicas em variaçõesátípicas de temperaturas;•Custo do produto.

ABNT / AISI Classificação Resistência àTração (MPa)

Limite deEscoamento (MPa)

Alongamento(%)

316 Austenítico mín 517 mín 206 40

304 Austenítico mín 517 mín 206 40

420 Martensítico mín 655 mín 413 20 – 25

430 Ferrítico mín 448 mín 206 22

8. A

PLIC

ÕES

e R

ESU

MO

S8.

APL

ICA

ÇÕ

ES e

RES

UM

OS

Page 48: EM 440 - TRANSFORMAÇÃO DE FASES Turma: A Sala: CB-16 Campinas, 18 de Novembro de 2005.

8. A

PLIC

ÕES

e R

ESU

MO

S8.

APL

ICA

ÇÕ

ES e

RES

UM

OS Martensíticos

• são magnéticos, • elevada resistência mecânica / dureza• aplicáveis até 550oC • lâminas turbinas, peças estruturais para aviões, engrenagens, esferas p/ rolamentos, instrumentos cirúrgicos, lâminas p/ navalhas

Ferríticos

Austeníticos

• são magnéticos, mais baratos que os austeníticos• baixas propriedades mecânicas (são moles), baixa resistência a fluência, • boa trabalhabilidade, mas sem estampagem profunda como nos austeníticos• só resistem a corr. atmosférica se houver lavagem frequente concent. sais• adornos de automóveis, apar. eletrodomésticos, pias comuns.

• não são magnéticos• elevada resistência à corrosão / alta res. a fluência• aplicáveis em alta temperatura (até 1200oC) • aceitam grandes deformações (endurecem muito)• difícil usinagem (devido ao encruamento) • peças para fornos, parafusos, pias, tubos resistentes a meios agressivos, tanques para indústrias químicas, aplicações arquitetônicas (resistem a corrosão marinha ou urbana)