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ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS DE Hemileia va�tat�ix BERK. ET BR, SYLVIA DIAS GUZZO Química Orientador: Dr� WALKYRIA BNO DE RGO MOES PIꜲCIÊBA Dissertação apresentada à Escola Serior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Agronomia, Área de Concentração: Fitopatologia. Estado de São Paulo - Brasil Jo - 1989

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ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES

DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS DE

Hemileia va�tat�ix BERK. ET BR,

SYLVIA DIAS GUZZO Química

Orientador: Dr� WALKYRIA BUENO DE Ck\1ARGO MORAES

PIAACICABA

Dissertação apresentada à Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Agronomia, Área de Concentração: Fitopatologia.

Estado de São Paulo - Brasil Junho - 1989

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G993e

Guzzo, Sylvia Dias

Elicitação da fitoalexina gliceolina em coti

lédones de soja (Glycine max (L.) Merrill) por

polissacarÍdeos extracelulares de urediniospo­

ros de Hemileia vastatrix Berk. et Br. Piraci

caba, 1989.

152p. ilus.

Diss.(Mestre) - ESALQ

Bibliografia.

1. F.itoalexina - Eliç.itaç�o 2:. Fungo fitopatogê n�.c� .<� :.�i:������:��: }:;:!;:�!i �8-5�:ª�'���� ;.��t.t?�·.�·�l;�(�. �fu:ng1,co At:,11v:1d•,ade ;:él:tc1•tera .4 .• ••S'O,Ja .. ,•<lot1l:e.d1t>.:. ....

��:• -: :Al:1éxi'.ne:1 5,,.:'1Shifà':/:;., 'Resi�'!f:�n:dla à,1119bêrt�a 16 �',:tJ:ri

dtri:iós.p:oro !Êl.icitor extracel:u1a.r· I ... Es.col:a Supei. rior de Agricultura Luiz .de Queiroz, Pi'racicabà :, · .. . ·

CDD 633.34

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ELICITAÇÃO DA FITOALEXINA GLICEOLINA EM COTILgDONES

DE SOJA (Glyeine max (L.) MERRILL) POR POLISSACAR!DEOS

EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS DE

Hemileia va6tat�ix BERK. ET BR.

Sylvia Dia s Guzzo

Aprovada em: 30/08/89

Comis são jul gadora:

Prof. Dr. Darcy Martins da Silva

Prof. Dr. Sérgio Florentino P ascholati

Dr� Walkyria Bueno de Camargo Moraes

ESALQ/USP

ESALQ/USP

Inst. Biol./São Paulo

Dra. Walkyria Bu eno de Camargo Moraes

Ori entadora

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11.

Ao~ meu~ quen~do~ pa~~,

ded~c.o.

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iii.

AGRADECIMENTOS

Nossos sinceros agradecimentos

A Dr~ WALKYRIA BUENO DE CAMARGO MORAES, Chefe

da Seção de Bioquímica Fitopatológica do Instituto Biológi­

co, pela orientação, sugestões, apoio e incentivo dispensados

à realização deste trabalho.

Ao Dr. MÁRIO BARRETO FIGUEIREDO, Diretor da

Divisão de Patologia Vegetal do Instituto Biológico e ao Pro

fessor Dr. DARCY ~ffiRTINS DA SILVA, do Departamento de Quími­

ca da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", pela

revisão dos originais.

Ao Dr. MANOEL MIRANDA, Chefe da Seção de Legu

minosas do Instituto Agronômico, pelo fornecimento de semen

tes de variedades de soja.

À ANA REGINA ROCHA TEIXEIRA, ao CELSO BEZ.ERRA DE JESUS e ao MARCELO DE LUCCA FIGUEIREDO, funcionários da

Seção de Bioquímica Fitopatológica, pelo a~~ílio na

de urediniosporos da ferrugem do cafeeiro.

coleta

À Srta. FLORINDA NAIDE MAGLIO e a Srta. SILVA

NA D'AGOSTINI, da Seção de Desenho do Instituto Biológico,

pela confecção dos gráficos.

A Sra. CECILIA ABEID TEIXEIRA, funcionária da

Seção de Bioquímica Fitopatológica do Instituto

pelos trabalhos de datilografia.

Biológico,

Ao SERGIO VIANNA, da Secão de Fotomicrografia

do Instituto Biológico pelo auxílio prestado na confecção das

fotos.

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iv.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien­

tífico e Tecnológico (CNPq) e a ffGesellschaft für Technische

Zusammenarbei til, GmbH (GTZ) pelo auxílio financeiro prestado.

Aos demais colegas e funcionários da Seção de

Bioquímica Fitopatolôgica do Instituto Biológico e a todos

que, direta ou indiretamente, colaboraram para a execuçãode~

te trabalho.

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v.

SUMÁRIO

Página

LI STA DE FI GURAS

LISTA DE TABELAS

................. ,. ......................................... .. x

xi

LISTA DE ABREVIATURAS E S!MBOLOS ... ....... .... .... xiv

LISTA DE PLANTAS E MICROORGANISMOS CITADOS ........ xv

RE S U:rvIO ........................................................................................ xvii

SU~11v1ARY ...................................... """ ...... " .... " .. "" .. " ........ " .... ".. xx

1. INTRODUÇÃO .... " ...... " .. " " ........ " .. " .................... " .. " .... " .. " .. .. 01

2. REVISÃO DE LITERATURA .......................... 06

2.1. Considerações gerais sobre fi toalexinas ... 06

2.2. Considerações sobre a natureza química e a

especificidade dos elicitores de fitoalexi-.

nas ....................................... 13 2.3. Mecanismo de ação dos elicitores e seu pa-

pel nos mecanismos de resistência. ........ 24

3. MATERIAIS E M:ETODOS ............................ 30

3.1. Fonte de material •.. , I •••••••••• ,. , •• ,.,.. 30

3 .. 1 " 1" F un g os ......".."...................."..............""...... 30

3.1.2. Planta ...................... " .. " .............. " .......... ".. 31

3.2. Obtenção dos elicitores .................. " 32

3.2.1. S. c.e.f1..e.v.-0oS;'a.e. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 32

3.2.2. H. va.~~a.~f1..~X 33

3.3. Bioensaio e seleção da variedade de soja em

pregada para o ffiesmo ........... ........... 34

3.4. Determinação da atividade elicitora da sín-

tese de gliceolina das frações provenientes

de H.. v a.6 :ta:tfL~ x .. " ................ " .............. " ...... "........ 36

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Vl.

Página

3.5. Purificação do elicitor de H. va~~a~~ix ... 38

3.5.1. Precipitação etanólica fracionada .. 38

3.5.2. Cromatografia de afinidade em Conca-

navalina-A Sepharose 4B ..... ....... 40 3.5.3. Cromatografia de troca i~nica em

DEAE-celulose . ...... ......... ...... 43

3.5.4. Filtração em Bio-Gel P-60 .... ,...... 45

3.6. Comparação da atividade elicitora da sínte-

se de gliceolina das frações provenienres de

H.. v a...6 :ta.;tnix . I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- 111 I- I- I- I- I- I- I- 48

3.7. Efeito da variação da concentração do elici

tor de H. va~~a~~ix na atividade elicitora 49

3.8. Estudos sobre a natureza química do elici-

tor de H. va~~a~~ix ......... ............. 50

3.8.1. Testes químicos ...........•........ 50

3.8.2. Cromatografia em fase gasosa. ...... 52

3.8.2.1. Preparação das amostras pa-

ra análise ................ - 52

3.8.2.1.1. Hidrólise dos polissacari

deos I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- .. I- I- I- I- I- I- I- I- I- S2

3.8.2.1.2. Redução dos ..

monossacarl-

deos liberados .......... 53

3.8.2.1.3. Separação dos alditóis e

ácidos ald~nicos 3.8.2.1.4. Lactonização dos

a1d~nicos

ácidos

3.8.2.1.5. Redução das a1donolacto

54

55

nas a a1di tóis .......... 56

3.8.2.1.6. Aceti1ação das amostras. 57

3.8.2.2. Preparo das colunas cromato

gráfIcas I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- I- •• I- 58

3.8.2 .3. Separação e análise das amo~

t r as I- I- I- I- I- I- I- I- • fi I- .. I- I- I- I- .... I- .... I- 60

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vii.

Página

3.8.3. Tratamentos efetuados com o elicitor -

de H. va~tat~ix .... ..... .... ....... 62

3.8.3.1. Tratamento com metaperioda-

to de s6dio ... ..... ....... 62

3.8.3.2. Tratamento com pronase . ... 64

3.8.3.3. Tratãmentos com glicosidases 66

3.8.3.3.1. Tratamento com a-manosida

5 e ........................................ 66

3.8.3.3.2. Tratamento com B-galacto-

5 idade ............. I- • • • .. .. .. .. .. • 67

3.8.3.3.3. Tratamento com B-glucosi-

dase ....•............... 68

3.9. Análise estatistica .. .... .•............... 70

4. RESULTADOS ......... 'J............................ 71

4.1. Seleção da variedade de soja empregada para

os bioensaios ..................................................... 71

4.2. Testes quimicos efetuados com a preparação-

bruta de H. va~tat~ix ..... .... ...... ...... 73

4.3. Determinação da atividade elicitora da sin-

tese de gliceolina da preparação bruta de

H.. v a..6 :tatJt"tx ..................................................... 76

4.4. Purificação do elicitor de H. va~tat~ix .. 76

4.4.1. Testes quimicos efetuados com as fra

ções resultantes da precipitação fra

cionada da preparação bruta de H. va~ tat~ix com etanol ... .... ..........• 76

4.4.2. Determinação da atividade elicito­

ra da sintese de gliceolina das fra­

ções provenientes da precipi tação et.§!:

n6lica fracionada... .... ........... 78

4.4.3. Cromatografia de afinidade em Conca-

navalina-A Sepharose 4B .................... 81

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4.4.4. Testes químicos efetuados com as fra­

ções provenientes da cromatografia em

viii.

Página

Concanavalina-A Sepharose 4B ....... 83

4.4.5. Determinação da atividade elicit~a da

síntese de gliceolina das frações pr~

venientes da cromatografia em Concana

valina-A Sepharos e 4B ... . . . . . . . . . . . 85

4.4.6. Cromatografia de troca iônica emDEAE-

celulose ............................................ 87

4.4.7. Testes químicos efetuados com as fra­

ções provenientes da cromatografia em

DEAE-celulose ..... .•........ ....•... 89

4.4.8. Determinação da atividade elicitora da

síntese de gliceolina das frações pro

venientes da cromatografia em DEAE -

celulose ............................ 91

4.4.9. Filtração em Bio-Gel P-60 ........... 93

4.4.l0.Testes químicos efetuados com as fra~

ções provenientes da fil tração em Bio-

Ge 1 P - 6 O ................................................... 96

4.4.11. Determinação da atividade elicitora da

síntese de gliceolina das frações pr~

venientes da filtração em Bio-GelP-60 98

4.5. Comparação da atividade elicitora da síntese

de gliceolina das frações provenientes de H.

4.6. Efeito da variação da concentração do elicí­

tor de H. va~tat~ix na atividade elicitora .

4.7. Estudos sobre a natureza química do elici-

tor de H.. va...6ta:tJt~x .......................................... ..

4.7.1. Cromatografia em fase gasosa

4.7.2. Tratamentos efetuados com o elici­

tor de H. va~tat~ix •................

98

101

103

103

106

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ix.

Página

4.7.2.1. Tratamento com metaperioda-

to de s6dio .... ..... ...... 106

4.7.2.2. Tratamento com pronase .... 108

4.7.2.3. Tratamento com a-manosidase 108

4.7.2.4. Tratamento com S-ga1actosi-

dase ................... , .. 111

4.7.2.5. Tratamento com S-glucosida-

se .......................... 111

5.. DISCUSSÃO .""" .. " .. "" to " " " " " " " " " ........ " " .. to " " .... " .... " " " .. 114 5.1. Purificação do e1icitor extrace1u1ar de H.

va~~a~~~x e considerações sobre a sua natu-., .

reza qUIIDlca .. "" .. """ .... """ .. " ....... """""." .. " .. ".. 114 5.2. Inespecificidade do e1icitor extrace1u1ar

de H. va.éJ~a;t~~x .......................... 129

6. CONCLUSOES .......... " ...... " .. " ...... " ...... " " .... " .. " .. " .... " .. " " .. " .. 133

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................ 137

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FIGURA N9

1

2

3

4

5

6

7

LISTA DE FIGURAS

Bioensaio com cotilédones de soja empre­

gando-se a variedade IAC-8 e como elici­

tor a fração LEV-SD na preparaçã~ de S.

Croma tografia de afinidade da fração FEA-

80 em coluna de Concanavalina-A Sepharo-

se 4B

Cromatografia de troca aniônica da fra­

ção FEA-EI em coluna de DEAE-celulose ..

Determinação experimental dos volumes

externo (Vo} e interno (.'li) eluídos da coluna de Bio-Gel P-60 ................ .

Filtração da fração FEA-A em coluna de

Bio-Gel P-60 .................................................. ..

Bioensaios com cotilédones de soja efe­

tuados com a variedade IAC-8 e diferen­

tes concentrações da fração elicitora~

-P60-2, obtida na última etapa de purifi

x.

Página

74

82

88

94

95

cação da preparação FEA ... ..... ........ 102

Cromatogramas dos derivados alditóis ac~

tatos dos carboidratos presentes na pre­

paração bruta FEA e nas diferentes fra-

ções resul tantes de sua purificação 105

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TABELA N9

01

02

03

04

05

06

LISTA DE TABELAS

Bioensaios efetuados com cotilédones de

soja empregando-se as variedades IAC-7,

IAC-8, IAC-ll, IAC-12 e Cristalina e a

fração elicitora LEV-SD da prepara~o de

Xl.

Página

S. c. e. !L e. v~!.>~a.e. ••.•••••••••••••••••••••• 72

Concentração de carbo idra tos e pro teínas

totais na preparação bruta de H. va.~~a

tJti x .................................... 7 5

Efeito de diferentes concentrações da

preparação bruta de H. va.!.>~a.~!L~x na ati

vidade elicitora da síntese de gliceoli

na em cotilédones de soja............. 77

Concentração de carboidratos e proteí­

nas totais nas frações resultantes da

precipi tação fracionada da preparação br~

ta de H. va!.>~a.~!L~X com etanol

Bioensaios com cotilédones de soja e as

frações resultantes da precipitação fra

cionada da preparação bruta de H. va.!.>~~

~!L~X com etanol

Concentração de carboidratos e proteí­

nas totais nas frações provenientes da

cromatografia de afinidade da amostra

FEA-80 em coluna de Concanavalina-A Se-

79

80

pharose 4B ............................ 84

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TABELA N9

07

08

09

10

11

12

13

Bioensaios com cotilédones de soja ~ as

frações provenientes da croma tografia de

afinidade da amostra FEA-80 em Concana-

xii.

Página

valina-A Sepharose 4B ..... ............ 86

Concentração de carboidratos e proteí­

nas totais nas frações provenientes da

cromatografia de troca aniônica da amos

tra FEA-EI em coluna de DEAE-celulose. 90

Bioensaios com cotilédones de soja e as

frações provenientes da croma tografia de

troca aniônica da amostra FEA-EI em

DEAE-celulose ......................... 92

Concentração de carboidratos e proteí­

nas totais nas frações provenientes da

filtração da amostra FEA-A em coluna d~

Bio-Gel P-60 ........................................ ..

Bioensaios com cotilédones de soja e as

frações provenientes da filtração da

amostra FEA-A em Bio-Gel P-60 ........ .

Atividades elicitoras relativas da sín­

tese de gliceolina da preparação FEA de

H. va-6tatJt;"x e das frações subsequmtes

97

99

resultantes de sua purificação ........ 100

Composição dos açúcares neutros da pre­

paração elicitora bruta FEA de H. va-6ta

tJt;"x e das frações subsequentes resul

tantes de sua purificação ............. 104

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TABELA N9

14

15

16

17

18

Efei to do tratamento com metaperiodato de

sódio sobre a atividade elicitora da

fração FEA-P60-2, obtida na última eta

pa de purificação da preparação bru­

ta FEA através da filtração da amos-

xiii.

Página

tra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60 107

Efeito do tratamento com pronase sobre

a atividade elicitora da fração FEA-80,

obtida pela precipitação etanólica fra

cionada da preparação FEA a 80% ...... 109

Efei to do tra tamento com a-manosidase so

bre a atividade elicitora da fração

FEA-P60-2, obtida pela filtração da

amostra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60 110

Efeito do tratamento com S-galactosida­

se sobre a atividade elicitora da fra­

ção FEA-P60- 2, obtida pela fil tração da

amostra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60. 112

Efeito do tratamento com S -glucosida­

se sobre a atividade elicitora da fra­

ção FEA-P60-2, obtida pela fil tração da

amostra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60. 113

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LISTA DE ABREVIATURAS E SI~mOLOS

A285nm ............... absorbância a 285 nanômetros AE ................... atividade elicitora

AER

ca.

cv.

atividade elicitora relativa

cerca

cultivar

d.e . ................. diâmetro externo

DEAE-celulose ........ dietilaminoetil-celulose

EGA

EGS

etileno glicol adipato

etileno glicol succinato

Eq ................... equivalente

9 ••••••••.•••••.•••.• aceleração da gravidade meq/g ................ miliequivalente por grama

nm •••.....••..•...•.. nanôme t ro

PAL

PBS

fenilalanina amonia-liase

tampão fosfato de sódio

xiv.

Pmg Phytophtho~a mega~pe~ma varo ~ojae ou

p/v SAB

11m

UV Vi

Phytophtho~a f.sp. gtye~nea

peso por volume

soro-albumina bovina

micrômetro luz ultra violeta

volume interno da coluna de

Bio-Gel P-60

Vo ................... volume externo da coluna de

Bio-Gel P-60

vol/cm ............... volume por centímetro

v/v .................. volume por volume

LEV-SD ............... preparaçao el ici tora de S. e~ev~~ae

FEA .................. filtrado de esporos autoclavados de

H. \J aó ~atJ'L~ x

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LISTA DE PLANTAS E MICROORGANISMOS CITADOS

PLANTAS

Nome Científico

Ace~ p~eudopla~anu~ L. Avena ~a~lva L.

Co66ea a~ablca L.

Vaucu~ caJto~a L o

Glyclne max (L.) Merrill

Ipomoea bata~a~ Lam. LycopeJt~lcon e~culen~um Millo

OJtyza ~a~lva L.

Pe~~o~ellnum hoJt~en~e Hoffm.

Pha~eolu~ vulgaJtl~ L.

Pl~um ~a~lvum L.

PJtunu~ pe~~lcae Batsch.

Rlclnu~ communl~ L. Solanum ~ubeJto~umL.

SOJtghurn blcoloJt (1.) Moench

TJtl60llum lncaJtna~urn L.

TJtl60llum pJtocumben~ L. Vlcla 6aba L.

MICROORGANISMOS

Aphanomyce~ eu~elche~ Drechs.

Nome vulgar

plâ"'~ano

aveia

cafeeiro

cenoura

soja

batata doce

tomateiro

arroz

salsa

feijoeiro

ervilha

pessegueiro

mamona

batata

sorgo

trevo

trevo

fava

CeJta~ocy~~l~ 6lmb~la~a (~ll. et Hals) Elliot

Clado~poJtlum 6ulvum Cooke (= Fulvla 6ulva CCookel Cif o)

Collet~o~Jtlchum de~~Jtuc~lvum O'Gara Colle~otJtlchum llndemuthlanum ($acco et Magno) Scribo

Colle~o~Jtlchum tJtl60lll Bain e Essary

EJtwinia ca~otovo~a (Jonesl Holl

xv.

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xvi.

Fu~a~ium Qoe~ufeum Lib. ex Sacc.

Fu~ a/Lium ~ olan.i (Mart.) Sacc. f. sp . pi~i (J ones) Snyder e Hansen

Hefmin.tho~po~ium maydi~ Nisik. e Miy.

Helmin.tho~po~ium viQto~iae Meehan e Murphy

Hemifeia va~tat~ix Berkeley et Broome

Mon.ifin.ia 6~uQtiQofa (Wint.) Honey

Phytophtho~a in.6e~tan.~ (Mont.) de Barry

Phytophtho~a mega~pe~ma Drechs. varo ~ojae A.A. Hildebrand

(= Phytophtho~a mega~pe~ma Drechs. f.sp.g~yQlVl.ea (Hildeb.)

Kuan e Erwin) PUQQln.la Qo~on.ata Cda. f.sp.aven.ae Fraser et Ledingham

Py~lQula~la o~yzae Cavo

Rhlzopu~ ~tolon.i6e~ (Fr.) Lind. SaQQha~omyQe~ Qe~evl~lae Meyen

U~omyQe~ pha~eofl (Reb.) Wint. varo typlQa Arth.

Ve~tlQlffium he.mlfe.lae. Bourique t C= Ve./'LtlQllflum Ie.QCL/'Úl Zimm.)

Page 19: ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM ......ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS

xvii.

ELICITAÇAO DA FITOALEXINA GLICEOLINA EM COTILEDONES DE SOJA

(Giy~~ne max (L.) MERRILL) POR POLISSACAR!DEOS EXTRACELUUUffiS

DE UREDINIOSPOROS DE Hem~ie~a va~tatn~xBERK. ET BR.

RESUMO

Autora: SYLVIA DIAS GUZZO

Orientador: Drct WALKYRIA BUENO DE C.:'\ ... "1ARGO MORAES

Com o objetivo de demonstrar a existência de

substâncias extracelulares em urediniosporos de Hem~ie~a va~

tatn~x, capazes de desencadear a formação de fitoalexinas,

foram utilizados bioensaios com cotilédones de soja. Para

tanto foi inicialmente selecionada, através de bioensaios, a

variedade de soja IAC-8, entre as variedades IAC-7,. IAC-8,

IAC-II, IAC-12 e Cristalina, por ser a mais adequada quanto

a capacidade de sintetizar a fitoalexina gliceolina e quanto

a uniformidade de resposta em presença de um elicitor ativo

nestes tecidos, proveniente de extrato comercial de células

autolisadas da levedura Sa~~hanomy~e~ ~enev~~~ae Meyen. Foi

possível verificar que substâncias presentes no filtrado de

suspensao aquosa de urediniosporos autoclavados de H. va~ta­

tn~x são capazes de desencadear a síntese da fitoalexina gli

ceolina em cotilédones de soja, variedade IAC-8.

Objetivando o isolamento da substância elici-

tora extracelular, mais ativa, proveniente de urediniosporos

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xviii.

de H. vah~a~~~x, o filtrado aquoso foi submetido à purifica

ção através de precipitação etanólica fracionada, seguida de

cromatografias em colunas de Concanavalina-Á Sep&arose 4B,

DEAE-celulose e Bio-Gel P-60, sendo estas etapas intercaladas

por diálise. Pôde-se verificar que a atividade elicitora re

lativa aumentou gradativamente durante o processo de purifi­

caça0, sendo que a fração elicitora mais pur~ apresentou uma

atividade relativa 16,7 vezes maior do que aquela detecta­

da para o filtrado aquoso bruto. O elicitor extracelularmos

trou-se ativo mesmo quando concentrações equivalentes a 0,92

~g de carboidratos foram aplicadas por cotilédone. A ativi­

dade elicitora aumentou quando foram utilizadas concentrações

crescentes do elicitor purificado, atingindo um máximo à con

centrações equivalentes a 10 ~g de carboidratos por cotilé­

done.

Foi possível observar que o elicitor extrace­

lular de H. vahtat~~x, solúvel em água e termoestável, é pre

cipitado com etanol a 80% (v/v), não apresenta afinidade pe­

la lectina Concanavalina-A e nem tampouco pelo trocador aniô

nico dietilaminoetil-celulose e possui um peso molecular me­

nor que 60.000 e maior que 6.000 daltons.

Visando elucidar a natureza química do elici­

tor extracelular de H. va~~at~~x, frações ativas foram sub­

metidas a testes químicos para quantificação de carboidratos

e proteínas, análise por cromatografia em fase gasosa e a tra

tamentos com metaperiodato de sódio e com as enzimas prona-

Page 21: ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM ......ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS

xix.

se, a-manosidase, S-galactosidase e S-glucosidase. O elici­

tor extracelular é oxidado pelo metaperiodato de sódio, o

que acarreta a perda de sua atividade elicitora (94,63%), sendo

esta parcialmente recuperada (56,20%) por redução com boro­

hidreto de sódio e posterior hidrólise ácida fraca. Entre­

tanto, a atividade elicitora não é alterada pelos tratamen­

tos com as referidas enzimas. Os resultados ,obtidos eviden­

ciam que o elicitor extracelular de H. va~tat~~x possui na­

tureza polissacarídica, apresentando como principal componen

te a manose (88,77%), seguida pela glucose (6,67%) e a galac

tose (4,56%), sendo que os monossacarídeos componentes das

moléculas dos polissacarídeos estão unidos entre si por liga

ções do tipo S.

O polissacarídeo extracelular isolado de ure­

diniosporos de H. va~tat~~x possui uma atividade biológica

inespecífica, pois é capaz de desencadear a formação de fi­

toalexinas em uma planta não-hospedeira a H. va~tat~~x co­

mo a soja.

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ELICITATION OF THE PHYTOALEXIN GLYCEOLLIN IN SOYBEAN

COTYLEDONS (Gty~~ne max (L.) MERRILL) BY EXTRACELLULAR

POLYSACCHARIDES FROM UREDINIOSPORES OF Hem~le~a va~~a~~~x BERK. ET BR.

xx.

Author: SYLVIA DTAS GUZZO

Adviser: Dr. WALKYRIA BUENO DE CAMARGO ~DRAES

In order to demonstrate the presence of extra

cellular substances from urediniospores of Hem~te~a v~6ta~x,

able to elicit the accumúlation of phytoalexins, bioassays on

soybean cotyledons were employed. First of alI, among the

soybean cul ti vars IAC-7, IAC-8, IAC-II, IAC-12 and Cristalina,

the IAC-8 cultivar was selected through the cotyledon bioassay

for further experiments, since it exhibited a more suitable

and uniform response to an acti ve glyceollin elicitor, isolated

from a commercially available extract of the yeast Sa~~ha~o-

my~e~ ~e~ev~~~ae Meyen. It was possible to verify that

substances present in the filtrate of water-washes from auto

claved urediniospores of H. va~~a~~~x were able to stimulate

the synthesis of the phytoalexin glyceollin in IAC-8 soybean

cotyledons.

In order to isolate the extracellular elicitor

from H. va~~a~Jr.,tx, fil trates of water-washes of the autoclaved

urediniospores, were purified through fractiona ted ethanolic

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xxi.

precipitation, followed by column chromatography on Concana­

valin-A Sepharose 4B, DEAE-cellulose and Bio-Gel P-60, inter­

calated with dialysis. It was possible toverify that the

relative elicitor activíty gradually íncreased throughout the

purification steps and that the purest elícítor fraction

showed a relatíve elícitor activity 16.7 times greater than

that exhibíted by the crude filtrate. The p,urified extra­

cellular elicitor was active even when concentrations equi­

valent to 0.92 ]Jg of carbohydrate were applied per cotyledon.

The elicitor activity íncreased wíth increasing amounts of

elicitor up to approximately 10 ]Jg of carbohydrates per coty

ledon.

It was observed that the water-soluble extra­

cellular elicitor from H. va~~a~~~x was heat-stable, preci­

pitated with 80% ethanol (v/v), had no affinity neither for

the Concanavalin-A lectin nor for the anion exchanger diethyl

aminoethyl-cellulose. The elici tor showed a molecular weight

lower than 60,000 and greater than 6,000 daltons.

In order to elucidate the chemical nature of

the extracellular elícitor from H. va~~a~Jt~x, active fractions

were submitted to chemical tests, analysis through gas-liquid

chromatography and treatments with sodium metaperiodate and

a150 wi th pronase, a-mannosidase, S-galactosidase and S­

glucosidase. The extracellular elicitor was sensitive to

the sodium metaperiodate, that caused the eliminatíon of its

elicitor activity (94.63%). The biological activity was

Page 24: ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM ......ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS

xxii.

partially regained (56.20%) when the periodate-degraded po­

lymers were reduced with sodium borohydride, followed by a

mild acid hydrolysis. However, the elicitor activity was

not affected by the mentioned enzyme treatments. Yet, the

results showed that the extracellular elicitor from H. va~ta

t~~x was a S-linked polysaccharide that presented mannose ~

the major component (88.77%), followed by glucose (6.67%)

and galactose (4.56%).

The extracellular polysaccharide isolated from

urediniospores of H. va~tat~i.x sh01-red an unspecific biological

activity, due to its ability to elicit phytoalexinaccumulation

on a non-host plant to H. va~tat~i.x, as the soybean.

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1, I NTRODUÇAO

Na natureza, as plantas estão expostas ao ata

que por inúmeros microorganismos sendo, no entanto, resis­

tentes ã grande maioria dos mesmos. A resistência de plantas

à doenças depende de múltiplos mecanismos que incluem barrei

ras de defesa física e química pré-formadas, tais corno a cu­

tícula, as paredes celulares ou compostos antimicrobianos cons

titutivos, bem corno um complexo de respostas de defesa que é

desencadeado ou melhor, ativado pelo microorganismo-invasor.

Esses mecanismos de resistência efetivos, induzíveis, reque­

rem a sfntese de proteínas e a ativação de vias metab6licas.

Entretanto, para que as respostas de defesa sejam desencade~

das é necessário que as plantas reconheçam primariamente os

pat6genos potenciais como organismos estranhos. Por outro

lado, estes microorganismos fornecem sinais que, de alguma

forma, ativam os mecanismos de resistência das plantas. Se­

gundo AYERS et alii (1985), apesar destes mecanismos aprese!!.

tarem grande complexidade, são surpreendentemente similares

em relação aos diferentes pat6genos. Assim, as plantas pos­

suiriam um sistema de detecção muito flexível, o qual desen-

Page 26: ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM ......ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS

2.

cadearia um complexo de respostas de defesa de efetividade bem

ampla. De fato, vários autores (BUSHNELL & ROWELL, 1981; CAL

LOW et alii, 1987) propõem modelos que éxpréssama id€ia de

que as plantas são imunes ou resistentes à maioria dos pató­

genos através de sistemas gerais ou inespecíficos de reconhe

cimen to'.

Segundo KUe & CARUSO (1977) e HEITEFUSS (1982),

nao existe um único fator que determine a resistência ativa,

mas sim diversos fatores interligados dentro de um sistema

dinâmico. O acúmulo de fi toalexinas no sítio de infecção con~

titui um dos vários mecanismos de resistência ativos, utili­

zados pelas plantas para se defenderem de patógenos. As fi­

toalexinas tem sido definidas como compostos antimicrobianos

de baixo peso molecular que são sintetizados e acumulados em

plantas após a exposição a microorganismos (PAXTON>. 1981).

Tem sido demonstrado que a síntese e o subse­

quente acúmulo de fitoalexinas em diferentes plantas hospe­

deiras podem ser desencadeados por substâncias extraídas da

parede celular de microorganismos ou produzidas pelos mesmos

quando cultivados tlin vitrol! CDARVILL & ALBERSHEIM, 1984).

Estas substâncias, denominadas de elicitores bióticos - "bio

-eic elicitors" - CKEEN et alii, 1972; YOSHlKAWA, 1978), po­

dem estar envolvidas nas interações de plantas e patógen~ p~

tenciais, possuindo um papel fisiológico importante. Estas

mol€culas se constituiriam em um sinal para as plantas ini­

ciarem o processo de síntese de fitoalexinas (DARVILL & AL-

Page 27: ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM ......ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS

3 .

BERSHEIM, 1984). Diversas pesquisas tem sido realizadas Vl­

sando a purificação e caracterização química de elicitores bi.§.

ticos, contribuindo para o esclarecimento dos mecanismos bio

químicos de resistência das plantas a patógenos.

A soja, Gly~ine max (L.) Merrill, sintetiza

característicamente uma fitoa1exina pterocarpanóide, design~

da gliceo1ina, em resposta à infecção pelo patógeno Phytoph­

thona mega~penma Drechs.f.sp. gly~inea (Hildeb.) Kuan e Er­

win, agente causal da podridão do caule e da raiz (BURDEN &

BAILEY, 1975). Foi verificado ainda que a gliceo1ina se ac~

mula nos tecidos de soj a, também em respos ta ao tra tanento com

polissacarídeos isolados de extrato comercial de células

autolisadas de Sa~~hanomy~e~ ~VtevL6iae Meyen, um não-patôg~

no (HAHN & ALBERSHEIM, 1978).

G1ucanas isoladas de P. mega~peJ1.ma f.-sp. gly~i­

nea e de S. ~enevi~iae, se mostraram ativas como elicitores

de fitoa1exinas em tecidos de outras plantas, além da soja,

tais como caules de feijoeiro CPha~eolu~ vulgani~ L.) (CLI­

NE et a1ii, 1978), tubérculos de hatata CSolanum tubenMwn L.)

CCLINE et alii, 1978) e células em suspensão de salsa (Petn~

~çlinum honten~e Hoffm.) (TIETJEN et a1ii, 1983; KOMBRINK &

HAHLBROCK, 1986). Estes resultados levam a crer, que estas

substâncias são inespecíficas quanto a sua ação elicitora da

síntese de fitoa1exinas.

Por outro lado, GUZZO et alii (1987) verific~

ram que substâncias de natureza po1issacarídica presentes em

Page 28: ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM ......ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS

4 •

filtrado aquoso de urediniosporos autoclavados de Hemileia

va~tatnix Berkeley et Broome, agente causal da ferrugem ala­

ranjada do cafeeiro, induzem proteção em cafeeiros suscetÍ­

veis (Co66ea anabica L. cv. Mundo Novo) a uma subsequente in~

culação com o patógeno. O fenômeno da indução de proteção

apresen ta como caracterÍ s ti ca marcante a inespe ci ficici.1.de, pois

diferentes microorganismos sao capazes de in~uzir proteção

em uma mesma planta, ã uma subsequente inoculação com o pa­

tógeno. Alguns autores tem relacionado o fenômeno da indu­

ção de proteção com o acúmulo de fitoalexinas (CHAMBERLAIN &

PAXTON, 1968; BELL & PRESLEY, 1969; H~~E et alii, 1981). A~

sim, substâncias capazes de induzir resistência em plantas

suscetíveis, poderiam também apresentar atividade elicitora

da síntese de fitoalexinas. Estas substâncias, biologicffioon

te ativas, poderiam ser responsâveis pela ativação de dife­

rentes mecanismos de resistência de plantas a patógenos.

Diante do exposto, o presente trabalho foi de

senvolvido com o propósito de:

1. Demonstrar a possível existência de substâncias ex­

tracelulares em urediniosporos de H. va~tatnix,

capazes de elicitar a formação de fitoalexi­

nas.

2. Purificar e estudar a natureza química da subs

tância elicitora mais ativa.

3. Demonstrar a inespecificidade da substância

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5 •

isolada de urediniosporos de H. va~~a~~~x co-

mo elicitor de fitoalexinas em plantas nao-

hospedeiras a H. va~~a~~~x, como a soja.

Page 30: ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM ......ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS

6.

2. REVISAO DE LITERATURA

2.1. CONSIDERA~ÕES GERAIS SOBRE FITOALEXINAS

MULLER & BBRGER (1940) foram os primeiros pe~

quisadores a formalizar o conceito de que as plantas sinteti

zavam substâncias de defesa em resposta à infecção por fito­

patógenos. Estes autores realizaram várias experiências vi­

sando verificar se a reação de hipersensibilidade, que era

desencadeada em cultivares de batata resistentes a uma deter

minada raça de Phy:toph:thofLa -<'.n.6e.-6:tan.-6 (Mont.) de Barry, pod~

ria afetar o desenvolvimento de uma raça do mesmo fungo nor­

malmente virulenta àquele cultivar. Os autores verificaram

que ocorria inibição da raça virulenta nos tecidos de batata

onde havia sido previamente iniciada a reação de hipersensi­

bilidade, P, concluíram que a inibição era causada por um

"princípio" de defesa originado na planta e produzido na rea

ção de hipersensibilidade. Denominaram este "princípio" de

fitoalexina. Os autores observaram, ainda, que tubérculos

de batata que apresentavam reação de hipersensibilidade, ini

biam o crescimento do parasita Fu~aJr..-<'.um Qoe.fLule.um Lib. ex

Sacc. e ~e alguns fungos saprôfitas. Concluíram portanto,

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7 .

que as fitoalexinas apresentavam um efeito inibidor ines-

pe cí fico.

Os experimentos clissicos de ~MULLER & BBRGER

(1940) estimularam vasta pesquisa visando a detecção de fito

alexinas em outras culturas, bem como seu isolamento e ca-

racterização química. .

O isolamento e a identificação especialmente

de duas fitoalexinas, muito contribuíram para a compreensao

do papel desses compostos nos mecanismos de resistência de

plantas à doenças. Estas foram: a pisatina CCRUICKSHANK &

PERRIN, 1960; PERRIN & BOTTOMLEY, 1962} e a faseolina (CRUI­

CKSHANK & PERRIN, 1963a; PERRIN, 1964), sendo caracterizadas

como pterocarpaaos. A primeira era produzida em vagens de

ervilha (Pi~um ~a~ivum L.) e a segunda em vagens de feijoei-

ro, quando estas eram tratadas na face interna com. exudatos

da germinação de esporos de Monilinia 6~uc~icola (Wint.) Ho­

ney, agente causal da podridão parda dos frutos do pesseguei

ro (r~unu~ pe~~icae Batsch.l.

Entretanto, após as primeiras fitoalexinas te

rem sido isoladas e identificadas, permaneciam as possibili­

dades destes compostos antifúngicos serem produtos dos pro-

prios fungos ou do metabolismo conjunto dos fungos e dos seus

hospedei ros. CRUICKSHANK & PERRIN (.1963b 1 descartaram es tas

possibilidades, pois mostraram que a formação de pisatina era

estimulada não apenas por exudatos da germinação de M. 6~uc­

ticola, mas também por soluções de cloreto de mercúrio ou de

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8.

cobre. Assim, esses autores consideraram a pisatina e a fa­

seolina como produtos do hospedeiro e fitoalexinas no concei

to geral concebido por MULLER & B~RGER (1940).

A identificação das fitoalexinas pisatina e

faseolina levou ã investigação da produção de fitoalexinas em

outras leguminosas. SIMS et ali i (J972) observaram que a s~

ja sintetizava uma fitoalexina pterocarpanôide muito rela­

cionada quimicamente a faseolina e a designaram por hidro­

xifaseolina. BURDEN & BA1LEY Cl97S) , entretanto, considera

ram a estrutura desta fitoalexina incorreta. Esses autores

propuseram uma estrutura revisada da mesma, a qual passou a

ser denominada de gliceolina (~liceolina I). Vários pesqui­

sadores observaram que a gliceolina se acumulava em grandes

quantidades em tecidos de spja, em resposta a infecção por

Phy:toph:thoJta me.ga-6pe.Jtma Drechs. varo -6ojae. A.A. Hildebrand

(= Phy:toph:thoJta me.ga-6pe.Jtma Drechs.f.sp. gly~ine.a (Hildeb.)

Kuan e Erwinl, bem como em resposta i inoculação com vários

microorganismos não-patogênicos (ALBERSHEIM & VALENT, 1978).

No presente trabalho, a abreviação Pmg será utilizada para

designar tanto P. me.ga-6pe.Jtma f.sp. gly~ine.a como a sua sino

nímia P. me.g~pe.Jtma varo -6ojae., independentemente de como

este fungo tenha sido citado pelos autores. LYNE et alii

(J976) e LYNE & MULHEIRN (978) isolaram de tecidos de so­

ja infectados, dois isômeros da gliceolina I, os quais foram

designados por gliceolina 11 e 111. Posteriormente, WEINS­

TEIN et alii (19811 isolaram de tecidos de soja inoculados

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9.

com E~w~n~a ea~otovo~a (Jones) Holl, outra fitoalexina ptero

carpanóide, a qual foi denominada de glicinol. Estas fito­

alexinas pterocarpanóides mostraram-se potentes inibi dores do

crescimento de um amplo espectro de microorganismos (ALBER~

HEIM & VALENT, 1978; WEINSTEIN et alii, 1981).

Segundo EBEL l1986), jã foram caracterizadas

cerca de 150 fitoalexinas, pertencendo a grup,os químicos di~

tintos, tais como isoflavonóides, sesquiterpenos, di terpe-

nos, poliacetilenos, dihidrofenantrenos, estilbenos e ou­

tras classes de compostos, estando distribuídas em pelo me­

nos 16 famílias de plantas, principalmente entre as dicoti­

ledôneas. Assim, por exemplo, o composto sesqui terpenóide ipo

meamarona foi isolado de raízes de batata doce (Ipomoe.a bata

ta-6 Lam.l infectadas por Ce.~atoey.6ti..6 ü~mb~~ata (Ell. et Hals)

Elliot CKUBOTA & MATSUURA, 19531-; a metoximeleina, uma iso­

cumarina substi tuída, isolada de raízes de cenoura (Vau..eu...6

ea~ota L.) infectadas por C. Ü~mb~~ata (CONDON & KUe, 1962);

a rishitina, um sesquiterpeno, isolada de tecidos de batata

(KATSUI et alii, 1968) e de tomateiro (Lyeope.~.6~eon e..6eu..le.n­

tu..m Mill.) (5ATO et alii, 1968) infectados por P. ~nÜe..6tan.6;

o composto terpe~óide fituberina (VARl\TS et alii, 1971) iso­

lado de tubérculos de batata infectados por P. ~nÜe..6tan.6; e

o ãcido wyerônico, um furanoacetileno, isolado de fava (V~-

e~a üaba L.) infectada por Bot~yt~.6 sp. (LETCHER

1970).

et alii,

Mais recentemente foram isoladas fitoalexmas

Page 34: ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM ......ELICITACAO DA FITOALEXINA GLICE0LINA EM COTILÉDONES DE SOJA (Glycine max(L,) MERRILL) POR P0LISSACARIDEOS EXTRACELULARES DE UREDINIOSPOROS

10.

de algumas gramíneas, tais como as momilactonas do arroz

(Oftyza. -óa.:t-<.va. L.) após a infecção por Pyft-<.c.uta.ft-<.a. oftyza.e Cavo

(CARTWRIGHT et alii, 1981); as avenaluminas, de aveia (Avena.

-óa.:t-<.va. L.) infectada com Puc.c.-<.n-<.a. c.oftona.:ta. Cda.f.sp. a.vena.e Fr~

ser et Lcdingham nv1AYAl\1A et ali i , 1981) e as antocianidinas apige

ninidina e luteolinidina, em mesocótilos e folhas jovens de

so rgo CSOftg hum b-<.c.otoft (L.) Moench.) inoculados com H etm-<'n:tho~

poft-<.um ma.yd-<'-ó Nisik. e Miy. (NICHOLSON et alii, 1987; NICHOL

SON et alii, 1988).

Após a descoberta das fitoalexinas, muitas

pesquisas foram desenvolvidas visando esclarecer o papel des

tes compostos na resistência de plantas à doenças. O fato

das fitoalexinas apresentarem características antibióticas e

estarem ausentes em plantas sadias, ou presentes em concen­

trações muito pequenas, sendo acumuladas em muitas plantas no

sítio de infecção após a exposição a microorganismos, suge­

riu que estes compostos desempenhavam, nas plantas, uma fun­

çao de defesa a fitopatógenos. Entretanto, verificou-se que

as fitoalexinas eram também acumuladas em tecidos vegetais

apos injúria provocada tanto por agentes químicos abiôticos,

tais como sais de metais pesados, ribonuclease autoclavada,

detergentes, bem como por agentes físicos, tais como raios

ultravioleta, congelamento, aquecimento, etc. (HARGREAVES,

1979; BAILEY, 1982). Estes tratamentos estavam sempre asso­

ciados com a morte de algumas células no tecido vegetal tra­

tado (~AILEY, 1982). Este fato levou alguns pesquisadores a

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11.

denominarem as fitoalexinas de compostos de estresse (STOESSL

et alii, 1976), tendo sido sugerido que as mesmas se acumula

vam em tecidos vegetais inoculados ou infectados, devido sim

plesmente à injúria provocada pelos fitopatógenos, não tendo

um papel mais relevante na resist~ncia de plantas à doenças

(VANDERPLANK, 1978). Ainda, VANETTEN & PUEPPKE (1976) veri­

ficaram que o fungo AphanomyQe~ eu~e~Qhe~ Drechs., altamen­

te sensível aos efeitos antibióticos da pisatina "in vitro",

colonizava rapidamente os tecidos de ervilha, seu hospedeiro,

apesar desses acumularem altas concentrações de fitoalexi-

na. Estas e outras discrepâncias aparentes, levaram vários

pesquisadores a questionar o papel geral das fitoalexinas na

resist~ncia de plantas à doenças (PUEPPKE, 1978).

Todavia, vários estudos forneceram evidências

consideráveis de que o acúmulo de fitoalexinas no sítio de

infecção é um mecanismo de resistência efetivo utilizado pe­

las plantas para se defenderem de agentes fitopatog~nicos (NAL\lS­

FIELD et alii, 1974; TEGTMEIER & VANETTEN, 1982).

Uma doença que recebeu considerável atenção

como modelo para o estudo do papel das fitoalexinas, corno

fator de defesa, foi a podridão do caule e da raiz da soja

causada por P. mega~pe~ma f.sp. gfyc~nea (MANSFIELD, 1982).

HAHN et alii (1985) examinaram detalhadamente a localização

quantitativa de gliceolina em relação a hifa de Pmg, em mi­

crosecçoes de raízes de soja infectadas por seus zoosporos.

Utilizaram um radioimunoensaio específico para detectar a

gliceolina I e um corante imunofluorescente para a hi~a do

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12.

fungo. Assim, foi possível demonstrar que, na interação in­

compatível, o crescimento do fungo limitado à vizinhança ime

diata do sítio de inoculação, estava associádo com uma rea­

ção típica de hipersensibilidade e com o acúmulo de gliceoli

na I. De fato, esta fitoa1exina se acumulou em concentra­

çoes t6xicas nos tecidos de soja, somente nos sítios de infec

çao, 5h ap6s a inoculação. Contrastantement~, na interação

compatível, o crescimento do fungo não era inibido, nao ocor

rendo qualquer acúmulo da fitoalexina nas primeiras horas de

infecção. BONHOFF et alii (19862 demonstraram, ainda, que

ocorria, nas interações incompatíveis, um aumento significa­

tivo na atividade de várias enzimas envolvidas na biossínte

se de gliceolina, concomitantemente com o acúmulo de gliceo­

lina I. Na interação compatível não foi observada qualquer

mudança na atividade dessas enzimas. Estudos preliminares

desenvolvidos por outros pesquisadores haviam também demons

trado que o acúmulo de fitoaleJCinas restrito aos sítios de

infecção, precedia a interrupção do crescimento do fungo em

hipoc6ti1os de soja resistentes a uma raça avirulenta de

Pmg. Nos cultivares suscetíveis, ocorria acúmulo de fito-

a1exinas a níveis tôxic0s somente 24h apôs a inoculação, se~

do que a gliceolina era detectada apenas nas camadas de teci

do mais superficiais, estando ausente nos tecidos onde o fun

go estava se desenvolvendo (XOSHIKAWA et alii, 1978). MOES­

TA & GRISEBACH (982) demonstraram ainda, que a inibição "in

si tu" da enzima fenilalanina amonia-1iase (PJ\L) pela adição

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13.

do ácido L-2-aminooxi-3-fenilpropiônico, suprimiu o acumu-

10 da gliceolina em soja e levou à perda de resistência des­

te cultivar a urna raça normalmente avirulenta dePmg.

2.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A NATUREZA QUíMICA E A

ESPECIFICIDADE DOS ELICITORES DE FITQALEXINAS

A descoberta das fitoa1exinas levou à pesqui­

sas visando o esclarecimento dos mecanismos responsáveis pe­

lo início da biossíntese e subsequente acúmulo destas subs­

tâncias em tecidos vegetais. Foi verificado que filtrados

de cultura e extratos de paredes de micélio de fungos esti­

mulavam a formação de fi toalexinas. CRUICKSHANK & PERRIN (1968)

denominaram estes materiais de indutores ("inducers rr), sendo

este termo posteriormente modificado para elicitores (!!eli­

citors"), por KEEN et alii (J972). Desde então, o termo

elicitor tem sido utilizado para se referir à substâncias ca

pazes de induzir a síntese de fitoalexinas em plantas. YOSHI

KAWA (J978) sugeriu que fosse feita urna divisão dos elici to

res em elicitores bióticos, para designar com:[:ostos de ori­

gem bio16gica e portanto provenientes de microorganismos ou

da pr6pria planta, e elicitores abióticos, para os agentes

de natureza física ou química, de origem não-bio16gica.

CRUICKSHAt\lK & PERRIN (968) foram os primeiros

pesquisadores que isolaram, purificaram e caracterizaram pa~

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14.

cialmente um elicitor biótico. O elicitor foi extraído do nu

c~lio de M. 6~ue~ieola, sendo denominado de monilicolina A.

Os autores verificaram que esta substância era um peptÍdeo

de peso molecular pequeno (8 x 10 3 daltons), capaz de ativar

a síntese de f~seolina quando aplicada na cavidade interna

de vagens de feij oei ro (cv. "Red Ki dney"). O e li ci tor era

- -7 ativo a concentraçoes de 2 x 10 M (2 ppm). Entretanto, mo-

nilicolina A não foi capaz de estimular a síntese de fitoale

xinas em tecidos de ervilha e de fava.

At~ 1971, outros pesquisadores relataram a

existência de elicitores produzidos por fitopatógenos, po-

rêm, a atividade elicitora destes era detectada utilizando -

se preparações brutas dos mesmos. Nenhuma tentativa foi fei

ta visando a purificação e caracterização qUlmlca dessas

substâncias (KLARi\1AN & GERDEMANN, 1963; RA1HMELL & . BENDALL,

KEEN et alii (19721 detectaram substâncias pr~

sentes no meio extracelular de cultura do fungo Pmg, com ati

vidade elicitora. A aplicação do meio de cultura extracelu­

lar em hipocótilos ou cotilédones de soja, resultava na sín­

tese e subsequente acúmulo da fitoalexina gliceolina nestes

tecidos. O elicitor, parcialmente purificado, possuía um p~

so molecular pequeno e parecia ser um peptídeo.

AYERS et alii (1976cl purificaram elicitores

isolados de filtrados de cultura de três raças de Pmg. Os

elicitores obtidos das raças 1, 2 e 3 deste fungo apresenta-

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lS.

vam a mesma habilidade em elici tar o acúmulo de gliceolina t~

to em cotilédones corno em hipocótilos do cultivar de soja

"Harosoy 63", resistente às raças 1 e 2, mas suscetível a ra

ça 3. Os autores verificaram que a substância ativa era urna

glucana ramificada. apresentando predominantemente ligações

1 -+ 3.

AYERS et alii (1976a) extraíram da parede do

micélio das raças 1, 2 e 3 de Pmg, elicitores da síntese de

gliceolina em cotilédones e hipocôtilos de soja cv. "Haro-

soy 63". Os elicitores foram purificados e caracterizados

quimicamente. Foram obtidas quatro frações para cada raça

de Pmg~ durante o processo de purificação. As frações cor­

respondentes provenientes de cada uma das três raças do fun­

go eram muito similares quanto à composição química e ativi-

dade elicitora. As frações mais ativas, obtidas para as

três raças de Pmg, eram constituídas predominantemente de

glucanas ramificadas apresentando principalmente ligações

1 -+ 3. Estes elicitores extraídos do micélio de Pmg eram si

milares quanto à composição química aos elicitores extracelu

lares obtidos do mesmo fungo descritos anteriormente (AYERS

et alii, 1976c). Foi verificado, ainda, que a taxa de acu­

mulo de gliceolina era essencialmente a mesma em hipocóti­

los de soja cv. "Harosoy 63" tratados com os elicitores ou

com o micélio vivo proveniente das raças de P;ng virulentas ou

avirulentas àquele cultivar. Os autores observaram, também,

que a fração elicitora mais ativa foi capaz de proteger hi-

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16.

pocóti los de soj a cv. "Harosoy 63" da infecção pe la raça 3 de

Pmg, normalmehte virulenta a esse cultivar, quando aplicada

10h antes da inoculação com o patógeno. Entretanto, quando

o elicitor foi aplicado simultaneamente com a raça virulenta

de Pmg, não se mQS~YOU capaz de interromper o crescimento do

fungo em hipocótilos de soja cv. "Harosoy 63".

AYERS et alii (1976b) apresentaram evidências

de que os resíduos glicosil terminais da glucana de Pmg eram

requeridos para a atividade elicitora. Além disso, foi de­

monstrado que 90% da glucana podia ser removida enzimaticamen

te com uma B-l,3-exoglucanase, sem resultar em qualquer per­

da de sua atividade elicitora. O resíduo resultante da di­

gestão enzimática, o qual possuía ainda atividade elicitora,

era uma glucana altamente ramificada apresentando ligações

S-c} + 3) e S-() + 61 e contendo cerca de 4% de resíduos ma­

nosil. Foi estimado para o resíduo um peso molecular médio

de cerca de 10.000 daltons. O elicitor ativo, não tratado

enzimaticamente, se mostrou muito heterogêneo em tamanho apr~

sentando um peso molecular médio oscilando de 1.000 a mais

de 100.000 daltons.

EBEL et ali i (1976) verificaram que os elici-

tores glucana isolados previamente das paredes do mi célio das

raças 1, 2 e 3 de Pmg, estimulavam igualmente a atividade da

enzima PAL em cultura de células em suspensao de soja, salsa

e plátano (Aeen p~eudopla~anu~ L.). Estes elicitores esti-

mulavam, também, igualmente o acúmulo de gliceolina em cul-

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17.

tura de suspensao de células de soja do cv. "Harosoy", sus­

cetível às três raças, e do cv. "Harosoy 63", resistente as

raças 1 e 2, mas suscetível ã raça 3.

Os resultados obtidos por AYERS et alii (l976a;

1976b; 1976c) e EBEL et alii (1976) indicavam claramente que

os elicitores isolados de Pmg não eram raça-específicos. As

três raças de Pmg se diferenciavam quanto ã ~abilidade em

infectar diferentes cultivares de soja. Entretanto, a ati­

vidade elici tora das glucanas isoladas destas raças e, conse­

quentemente, o acúmulo de gliceolina não eram suficientes pa

ra explicar a interação específica existente no sistema so­

ja-Pmg. Os autores afirmaram que a ação dos elicitores de

Pmg não era raça - ou cultivar-específica e que a síntese

de fitoalexinas fazia parte de um mecanismo geral de defesa

das plantas.

HAHN & ALBERSHEIM (978) isolaram e caracteri

zaram parcialmente um elicitor de extrato comercial da leve­

dura S. Qe~evi~iae, um não-pat6geno de plantas. Esse elici­

tor estimulava o acúmulo de gliceolina em cotilédones e hipo

c6tilos de soja, quando apenas lS ou IOOng do mesmo eram apli

cadas respectivamente nesses tecidos. O elicitor foi carac­

terizado como urna B-glucana, sendo muito similar quanto a

composição química e ã atividade elicitora àquele isolado do

micélio de pmg. Os autores sugeriram, também, que as plan­

tas eram capazes de responder ativamente à presença de fun­

gos sintetizando fitoalexinas, por reconhecerem polissacari

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18.

deos estruturais ou extracelulares dos mesmos corno substâncias

estranhas.

Os resultados obtidos por CLINE et alii (1978)

corroboravam esta idéia. Estes autores verificaram que as

8-glucanas isoladas de Pmg e de S. ~e~evl~lae, potentes eli

citores do acúmulo de gliceolina em soja, estimulavam também

a síntese de fitoalexinas em tecidos de feijqeiro e em tubér

culos de batata.

Posteriormente, SHARP et ali i (1984b) isola-

ram e purificaram da parede do micélio de Pmg, o menor oli­

gossacarídeo que possuía ainda atividade elicitora da sínte­

se de gliceolina em tecidos de soja. Foram obtidos oito isô

meros hexa-(S-D-glucopiranosil)-D-glucit6is, sendo apenas um

biologicamente ativo. As estruturas primárias dos oito he­

xa-(6-D-glucopiranosil)-D-glucitóis foram determinadas indi­

cando que sete isômeros, incluindo o oligoglucosídeo ativo,

consistiam de resíduos glucopiranosil ligados por ligações

6-1 + 3, 6-1 + 6 e 6-3 + 6 e apresentavam estruturas muito

similares (~HARP et alii, 1984a). A estrutura molecular do

hepta-S-glucosídeo ativo corno elicitor de gliceolina, foi

confirmada por síntese química (OSSOWSKI et alii, 1984; SI-IAl{P

et alii, 1984c). O hepta-s-glucosídeo sintetizado quimicame~

te possuía a mesma estrutura e a mesma atividade elicitora do

fragmento isolado da parede do micélio de Pmg, sendo ambos - -9 -10 ativos a concentraçoes de 10 - a 10 M (SHARP et alii,

1984c).

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19.

Os resultados apresentados por AYERS et alii

(19 76 a, 19 76 b e 19 76 c ) e E B E L e tal i i ( 19 76) c o n t r a s t avam com

aqueles obtidos anteriormente por KEEN (1975), que verifi­

cou que filtrados de cultura das raças 1 e 2 de Pmg, conti-

nham elicitores específicos da síntese de gliceolina.

autor observou que filtrados de cultura das raças 1 e 2

Este

de

Pmg, continham metabóli tos os quais em bioens,aios em hipocó­

tilos de soja, elicitavam no cultivar resistente ''Harosoy 63",

níveis maiores de gliceolina do que no cultivar suscetível "Haro

soy" . Fil trados de cultura da raça 3, virulenta aos cul ti vares ''Haro­

soy 63 ft e ''Harosoy'', estimulavam a formação dos mesmos níveis de gl iceo

lina nos dois cultivares. KEEN (l975) concluiu então, que

os resultados obtidos eram consistentes com a hipótese de que

metabólitos de fitopatógenos poderiam induzir especificamen­

te suscetibilidade ou resistência no hospedeiro, através de

um efeito diferencial na biossíntese de fitoalexinas.

KEEN & LEGRAND (1980), em estudos posteriores,

isolaram glicoproteínas das paredes do micélio de diferentes

raças de Pmg e observaram que estas substâncias elicitavam

especificamente a síntese de gliceolina em hipocótilos de

cultivares de SOj8 compatíveis e incompatíveis a essas ra­

ças. Os autores obtiveram evidências de que a porçao de

carboidrato, composta de glucana e mana na , das glicoproteínas

era essencial para a atividade elicitora de gliceolina.

KEEN & YOSH1KAWA 0.983) isolaram glucomananas da

parede micelial de Pmg apos o tratamento da mesma com a en

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20.

zima B-1,3-g1ucanase presente na soja. Estas glucomananas eram

muito ativas como elicitores de gliceolina em cotilédones de

soja e apresentavam raça-especificidade. Os autores afir­

maram que estes resultados corroboravam a hipótese formula­

da per KEEN (975), de que 3. 8xistência de elici tores raça­

específicos poderia explicar satisfatoriamente a interação

específica existente entre soja e Pmg.

Além dos elicitores isolados de Pmg, outras

substâncias com atividade e1icitora obtidas de outros fun-

gos, foram purificadas e caracterizadas quimicamente.

ANDERSON (19781 isolou po1issacarídeos de al­

to peso molecular contendo glucanas, de filtrados de cultu­

ra de Coll~tot~ichum lind~muthianum (Sacc. et Magn.) Scrib~

agente causal da antracnose do feijoeiro, e de C. t~i6olii

Bain e Essary e C. de~t~uctivum O'Gara, agentes causais da

antracnose do trevo CT~i6olium inca~natum L.e T~i6olium p~o­

cumben~ L., respectivamente1. Essas substâncias induziam

igualmente o acúmulo de fitoa1exinas e reação de hipersensibi

lidade em tecidos de feijoeiro. ANDERSON (19801 observou

também que componentes e~trace1ulares produzidos por três

raças de C. lindemu~hianum apresentar~m diferenças quanto a

sua composição química e atividade elicitora da síntese de

faseolina em tecidos de feijoeiro. Estas substâncias pos­

suíam propriedades raça-específicas. Mais recentemente,TEf

PER & ANDERSON (1986) isolaram componentes extracelulares da

raça a de C. lindemuthianum que exibiam atividade elicitora

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21 .

diferencial em cultivares de feijoeiro. O elicitor, carac-

terizado como sendo uma galactoglucomanana, estimulava a sí~

tese de fitoalexinas, em altas concentrações, no cultivar i~

compatível (resistente) "Dark Red Kidney". Entretanto, a ga-

lactoglucomanana da raça a de C. f)ndemuthianum nao era ati

va no cultivar suscetível "Great Northern". Não foram detec

tados quaisquer componentes extrace1ulares da raça S apresen . -

tando atividade elicitora da síntese de fitoalexinas nos cul

tivares compatíveis (suscetíveis) "Dark Red Kidney" e "Great

Northern". Estes resultados revelaram a existência de eli-

citores raça-específicos em C. findemuthianum, reforçan­

do as idéias defendidas por KEEN (1975), KEEN & LEGAAND (1980)

e KEEN & YOSHIKAWA Cl983).

DE WIT & ROSEBOOM (1980) isolaram de filtra-

dos de cultura, micélio e parede celular de Cfado6p9~ium 6uf

vum Cooke (= Fufvia 6ulva CCooke)Cif.), glicoproteínas ati-

vas como elicitores da síntese de rishitina em folhas e fru-

tos de tomateiro, de pisatina em ervilha e de gliceolina na

so j a . Es tas subs tânci as, a ti vas a concentrações de 250 pg/

ml, apresentavam peso molecular variando de 30.000 a 250.000.

Estes elicitores, identificados como peptídeogalactoglucoma-

nanas não se mostraram raça ou cultivar-específicos em fo-

lhas e frutos de tomateiro (DOW & CALLOW, 1979; LAZAROVITS &

HIGGINS, 1979 e DE WIT & ROSEBOOM, 1980).

HADWIGER & BECKMANN (1980) isolaram uma qui-

tosana, um derivado de B-l + 4 glucosamina, das paredes celu

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22.

lares de Fu~a4ium ~oiani (Mart.)Sacc.f.sp. pi~i (Jones) Sny­

der e Hansen, capaz de elicitar a síntese de pisatina em va­

gens de ervilha.

LEE & WEST (1981) isolaram uma glicoproteína de

filtrado de cultura de Rhizoru~ ~toioni6e4 (Fr.)Lind., com

a ti vi dade elici tora da síntese da fi toalexina casbena em mamona (Ri­

Qinu~ QOmmunib L.), possuindo também atividade poligalactur~

násica. Esse elicitor, de peso molecular de 32.000, perdia

tanto sua atividade elicitora como a atividade

quando exposto à temperaturas altas.

enzimática,

HUMME et alii (1981) extraíram, por autoclav~

gem, substâncias de natureza protéica e polissacarídica das

paredes celulares de tubos germinativos de urediniosporos de

U4omyQe~ pha~eoii (Reb.)Wint. varo ~ypiQa Arth., agente cau­

sal da ferrugem do feijoeiro. Estas substâncias induziam re

sist~ncia e síntese de fitoalexinas, ap6s infiltração em fo­

lhas primárias de um cultivar de feijoeiro suscetível a U.

pha~eoii. Os carboidratos, constituídos principalmente de

glucanas, e as proteínas presentes nos extratos ativos de

U. pha~eoii não puderam ser separados pelas técnicas utiliz~

das. Entretanto, os autores sugeriram qU8 a atividade bioli

gica do extrato era devido às glucanas. Estas substâncias

se revelaram inespecíficas quanto a sua ação elicitora, pois

eram ativas tanto na variedade resistente 017, como na varie

dade suscetível "Favorit".

BOSTOCK et alii (J982) isolaram do micélio de

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23.

P. ~n6e~~an~ os ácidos graxos eicosapentanóico e araquidôni­

co, que possuíam atividade elicitora da síntese de rishiti­

na nos tecidos de batata. Estes ácidos graxos nao eram ati

vos em cotilédones de soja (KEEN et alii, 1983). KURANTZ &

OStvIAN (1983) isolaram do micélin rle P. ~n~e~~an~, uma B-glu­

cana solúvel, a qual aumentava a atividade elicitora de ris­

hi tina, dos ácidos graxos extraídos do mesmo ,fungo .

tvIAYArvIA et alii (1986) is o laram a toxina vi c­

torina de Helm~n~ho~po~~um v~c~o~~ae Meehan e Murphy, agen-

te causal da requeima em aveia, e verificaram que a mesma

elicitava a síntese das fitoalexinas avenaluminas no culti­

var de aveia contendo o alelo dominante Pc-2. Este gene con

fere sensibilidade ao hospedeiro em relação à toxina victori

na e portanto suscetibilidade a H. vic~o~iae, como também re

sist~ncia a algumas raças de P. COhona~a varo avenae. agen­

te causal da ferrugem em aveia. A atividade elicitora era

máxima quando eram utilizadas concentrações de victorina ao

redor de 10 pg/ml. Por outro lado, a victorina não elicit~

va a produção detectável de avenalumina na linhagem de aveia

pc-2, resistente a H. v~c~o~iae e suscetível a raças de P.

co~ona~a varo avenae, quando aplicada em concentrações de

10 ng/ml. Inibidores da síntese protéica, tais como ciclo­

heximida e blasticidina S, inibiram a produção de avenalumi­

na em folhas de aveia Pc-2, tratadas com victorina. Os auto­

res concluíram que a victorina funciona como um elicitor es­

pecífico da produção de avenalumina. Foi sugerido ainda que

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24.

esta toxina pode desencadear urna reaçao de hipersensibilida-

de, por se assemelhar a elicitores raça-específicos prese!!.

-tes em raças de P. Qo~ona~a f.sp. av~na~, avirulentas a linha

gem de ªveia Pc-2.

Cumpre mencionar, ~onforme verificado por va­

rios pesquisadores, que tecidos vegetais contêm substânci~

as quais podem agir como e1icitores da sínte~e de fitoalexi

nas, tendo sido estes denominados de elici tores consti tuti vos ou

endógenos (HARGREAVES & BAILEY, 1978; HAH:-J et a1ii, 1981;

BAILEY, 1982 e DAVIS et alii, 1984). Foi sugerido que estes

elicitores endógenos seriam liberados de células vegetais mo~

tas ou injuriadas, como consequência de danos is plantas,por

exemplo, durante a resposta dehipersensibi1idade ou durante

a fase necrotrófica do parasita. Estas substâncias poderiam

ainda ser liberadas por enzimas pectinolíticas do patógeno ou

originárias do hospedeiro, durante os primeiros eventos da

patogênese, estimulando a síntese de fitoa1exinas nas célu­

las vizinhas, sadias. Vários elicitores endógenos se mostra

ram termoestáveis, tendo sido identificados como fragmentos

pécticos da parede celular das plantas.

2.3. MECANISMO DE A~AO DOS ELICITORES E SEU PAPEL NOS

MECANISMOS DE RESISTENCIA

A extensa pesquisa realizada, voltada para o

isolamento e caracterização química de elicitores de origem

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25.

microbiana capazes de estimular a síntese de fitoalexinas em

plantas hospedeiras e não-hospedeiras a estes microorganismos

visou, sobretudo, contribuir para o esclarecimento dos meca­

nismos de resistência de plantas à doenças. A maioria dos

elicitores bi6ticos isolados aprese~t&ram natureza polissac~

rÍdica, glicoprotéica e protéica, sendo específicos ou ines­

pecÍficos quanto à sua habilidade elicitora da síntese de

fitoalexinas.

ALBERSHEIM & VALENT (1978) e DARVILL & ALBERS

HEIM (J984) sugeriram que a síntese de fitoalexinas e um me­

canismo efetivo e geral utilizado pelas plantas para se de­

fenderem do ataque de microorganismos não-patogênicos. A sÍn

tese e o acúmulo de fitoalexinas no sítio de infecção pode­

riam ser desencadeados pelos elicitores bi6ticos inespecÍfi

cos, isto é, componentes estruturais da parede celular de mi

croorganismos, os quais seriam previamente reconhecidos pe­

las plantas. Assim, um microorganismo patogênico a um dete~

minado hospedeiro teria desenvolvido mecanismos para evitar

os efeitos t6xicos das fitoalexinas, uma vez que raças viru­

lentas de determinados pat6genos contêm substâncias elicito­

ras ativas.

KEEN (1982) também sugeriu que a função dos

elicitores inespecíficos consiste na elicitação de mecanis­

mos gerais de resistência de espêcies de plantas não -hospe­

deiras. Pat6genos bem sucedidos, teriam, de acordo com essa

hip6tese, desenvolvido meios para evitar o reconhecimento de

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26 .

seus elicitores inespecíficos por plantas hospedeiras ou te­

riam desenvolvido meios para tolerar ou degradar as fitoale­

xinas do hospedeiro (KEEN, 1986).

De fato, várias hipóteses tem sido aventadas,

para explicar a síntese diferencial dA fitoalexinas observa­

da em interações compatíveis e incompatíveis, nos vários sis

temas hospedeiro-patógeno que têm sido estudé\,dos. MAYAt\tLA.. et

alii ()..986) e KEEN (1986) acreditam que a indução específica

de fitoalexinas pode ser explicada pela ação de

específicos.

elicitores

Outra hipótese que tem sido defendida por al­

guns pesquisadores, consiste na ação conjunta de elicitores

inespecíficos e supressores específicos da síntese de fito­

alexinas (DOKE & TOMIYAMA, 1980; ZIEGLER & PONTZEN, 1982 e

HERMANNS & ZIEGLER, 1984).

ZIEGLER & PONTZEN (J982) verificaram que uma

invertase extracelular de Pmg, anteriormente purificada e ca

racterizada (ZIEGLER & ALBERSHEIM, 1977), inibia o acúmulo

da fi toalexina gliceolina em cotilédones de soja tratados com

o elicitor glucana isolado do mesmo patógeno. Esta substân­

cia com atividade supressora, foi caracterizada como uma gli

coproteína, sendo que sua porçao po1issacarídica era consti

tuída principalmente de resíduos de manose unidos por liga­

çoes a. O supressor promovia uma inibição raça-específica da

açao elicitora da glucana de Pmg. Assim, a invertase da ra­

ça 1 suprimia o acúmulo de gliceolina nos cultivares de soja

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27.

compatíveis "Harosoy" e "Wayne" , mas nao no cultivar incomp~

tível "Harosoy 63". Entretanto, a invertase da raça 3, que

é compatível com "Harosoy", "Wayne" e "Harosoy 63", inibia o

acúmulo de gliceolina nos três cultivares. A porção poliss~

carídica da molécul~ era essencial para a atividade supress~

ra.

DOKE & TOMIYAMA (.1980) isolara,m glucanas so­

lúveis de P. in6e~~an~, as quais inibiam o acúmulo de fito­

alexinas e a reação de hipersensibilidade em tubérculos de

batata. Entretanto, DARVILL & ALBERSHEIM (1984) colocaram

em dúvida a significância fisiológica destas observações, d~

vido a alta concentração de supressores requerida para a ati

vidade (1-10 mg/mll.

Tem sido observado que o acúmulo de fitoalexi

nas em plantas após infecção microbiana está frequentemente

associado, ou se segue à morte rápida de células vegetais d~

rante a resposta de hipersensibilidade. Assim, BAILEY (1982)

aventou a hipótese de que os elicitores bióticos e abióti-

cos, agem meramente como fitotoxinas potentes, causando eve~

tos similares àqueles iniciados pela morte de células vege­

tais na resposta de hipersensibilidade. A morte celular,

independentemente de sua causa, libera os elicitores endóg~

nos, os quais ativam a síntese de fitoalexinas e possivelme~

te outras reações de defesa nas células vivas adjacentes (BA!

LEY, 19821. EPPERLEIN et alii (1986) sugeriram que os e1i-

citores abióticos provocam a peroxidação de 1ipídeos pela

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28.

ação de radicais livres. O dano causado às membranas celula

res facilitaria a difusão de elicitores endógenos, os quais

permitem a transcrição de genes requeridos para a síntese de

fitoalexinas. LYON & ALBERSHEIM (1982) propuseram que enzi­

mas degradativas de subst~ncias p€cticas, liheradas pelo ml­

croorganismo invasor, ou enzimas liberadas pelas c€lulas hos

pedeiras danificadas poderiam liberar, desta~ Gltimas, frag­

mentos de elicitores endógenos ativos. Estes funcionariam co

mo mensageiros secundários no processo de elicitação da sínte

se de fitoalexinas.

Segundo EBEL (1986) e EBEL & GRISEBACH (1983),

o evento chave na indução da síntese de fitoalexinas mediada

por elicitores biôticos de origem microbiana, é sua interação

com um sítio primário ou receptor localizado provavelmente no

plasmalema das células vegetais.

De fato, YOSHIKAWA et alii (19831 verificaram

a existência de um sítio de ligação, termolábil, na membrana

de c€lulas de soja, para a micolaminarina isolada de Phy~o­

ph~hoJr..a. spp. Entre tanto, es te compos to apresentou baixa ati

vidade elicitora quando comparada com as 6-glucanas isoladas

de Pmg. COSIO et alii (}988) identificaram sítios de liga­

ção especí ficos e de aI ta afinidade, presentes em frações iso­

ladas de membranas de raízes, hipocôtilos, cotilêdones e em

cultura de c€lulas de soja, para o elicitor B-glucana de Pmg.

Os autores observaram, ainda, que havia uma correlação forte

mente positiva entre a habilidade dos oligossacaL''Ídeos em com

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29.

petir pelos sítios de ligação e a atividade destes ligantes

corno elicitores da síntese de gliceolina, em bioensaios em

cotilédones de soja.

Entretanto, ainda se desconhece corno a liga­

çao de fragmentos da parede celular de Pmg 80 recpptor loca­

lizado na membrana plasmática do hospedeiro, dá origem ao

sinal que resulta no aumento da transcrição d~ genes para as

enzimas envolvidas na biossíntese da gliceolina. EBEL & GRISEBACH (1988) sugerem, baseados em resultados obtidos por

STXB & EBEL (1987), que a resposta inicial que se segue a

ligação do elicitor na membrana de células de soja, consiste

em urna mudança nos fl~xos de substratos (íons) através da

membrana plasmática, podendo incluir o fluxo de Ca 2+.

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30 •

3. MATERIAIS E MtTODOS

3.1. FONTE DE MATERIAL

3.1.1. Fungos

Para a obtenção dos e1icitores foram utiliza

dos corno fonte de material os seguintes fungos:

(1) S~eeh~~omyee~ ee~evi~i~e Meyen. Foi utilizado extrato de

células auto1isadas de preparação comercial desta 1evedu

ra (Difco Co., Detroit Michigan, USA).

(2) Hemilei~ v~~~~~~ix Berke1ey et Broome. Urediniosporos de

H. v~~~~~~Lx. foram co1etados no campo (Fazenda Santa E1i:,.

sa, Instituto Agronômico - Campinas) diretamente de fo­

lhas de cafeeiros (Co66e~ ~~~ble~ L. cv. Mundo Novo) na-

tura1mente infectados. Foram selecionadas, para a co1e-

ta dos esporos, somente as lesões que não apresentavarns.~

nais macroscópicos de necrose ou da presença do hiperpa-

e.ee~Yl.il Zimm.).

Os urediniosporos foram recolhidos, ... com aUXl-

1io de um tubo de po1ieti1eno, raspando-se~ suavemente as 1e-

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31.

soes da superfície abaxial das folhas. Após a coleta, os

urediniosporos foram peneirados em peneiras Granutest (La­

borlex Com€rcio de Equipamentos para Laboratório Ltda., São

Paulo, SP) com malhas de 0,149 mm e de 0,044 mm para elimi­

nar impurezas, sendo em seguiôa acondicionados e:11 ::Tiotubos e

conservados em nitrog~nio líquido (~196°C).

3.1.2. Planta

Foram utilizadas nos testes biológicos as va­

riedades de so j a (Glyc.ine. ma.x (L.) Merri lI} IAC-7, IAC - 8 ,

IAC-ll, IAC-12 e Cristalina.

As sementes de soja foram obtidas da Seção de

Leguminosas do Instituto Agronômico de Campinas, SP. A semea

dura foi fei ta em areia penei rada e es terili zada (38min,121 9C,

ou em substrato organo-vegetal est€ril "Plant Cell" comercia

lizado pela Plantágil Comercial Agrícola Ltda., São Paulo,SP.

(mistura de material orgânico/vermiculita/formulações ricas

em fósforo e potássio), contidos em bandejas plásticas (40 x

50 x 8,5 cm). As bandejas foram mantidas em camaras a uma

temperatura de .:±. 24 9 C, sob umidade relativo. de .:±. 65% e a um

fotoperíodo de 12 h com iluminação de ca. de 1.800 luxo Para

os testes biológicos foram utilizadas plântulas de 9 a 10 dias

de idade.

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32.

3.2. OBTEN~ÃO DOS ELICITORES

3.2.1. S. ~e~evi~iae

A metodologia e~pregada para a extração da

substância elicitora presente no extrato comercial da leve­

dura S. Qe~evi~iae baseou-se naquela utilizada por HAHN &

ALBERSHEIM (1978).

O extra to comercial de S. Qe~evi~iae (IOOg) foi

dissolvido em 500 ml de água bidestilada autoclavada (30 min,

12l 9 C), sendo submetido em seguida ã precipi tação com etanol

P.A. a 80% (v/v), ã temperatura ambiente. A suspensão foi

mantida por 4 dias a 6 9 C, para a sedimentação do precipita­

do formado. O sobrenadante foi, em seguida, decantado e des

cartada e o sedimento gomoso que permaneceu no frasco foi

dissolvido em 500 ml de água bidestilada autoclavada. A saIu

ção obtida foi reprecipitada com etanol a 80% (yjv). O sedi

menta formado foi dissolvido em 800 ml de agua bidestilada

autoclavada. Essa solução foi dialisada extensivamente (144

hl, sob agitação, a 6 9 C, contra água bidestilada trocada a

cada 12 h. Como membrana de diálise foram utilizados os tu­

bos de membrana Spectrapor (Spectrum MedicaI Industries, Inc~

Los Angeles, USA), com vol/cm de 3,2 ml, e com capacida~ de

excluir moléculas com pesos moleculares menores que 6.000 a

8.000 daltons. O precipitado formado no interior da membra

na de diálise foi removido por filtração da fração não -dia-

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33.

lisável, em filtros de membrana Sartorius (Sartorius GmbH,

Gé5ttingen, BRD) de l2]lm (pré-fil tro) e 0,8 ]lm, e o filtrado

obtido consistiu na preparação elicitora de S.ce~evi~~ae~V­

SD). Essa preparação foi utilizada como controle da síntese

de fitoalexina nas diversas vari0dades de soja testadas atT~

vés de bioensaios, uma vez que foi verificado por HAHN &

ALBERSHEIM (1978) que a mesma contém glucana~ capazes de de­

sencadear a formação da fitoalexina gliceolina em tecidos de

soja. A fração LEV-SD foi submetida a teste químico para de­

terminação da concentração de carboidratos.

3.2.2. H. va~~a~~ix

Os urediniosporos de H. va~~a~~ix acondicio­

nados nos criotubos, foram retirados do nitrogênio líquido e

secos em dessecador a vácuo durante 24 h. Em seguida os me~

mos foram pesados (6g) e submetidos à autoclavagem (J2l 9 C,

30 min), após terem sido acondicionados em Erlenmeyer, fech~

do cuidadosamente com algodão hidrófobo e papel de alumínio

para evitar a entrada de vapor d'água. Após a autoclavagem,

os urediniosporos foram misturados com 300 ml de água bides­

tilada autoclavada, e a suspensão obtida (20 mg de uredinio~

poros/mIl foi submetida à agitação em placa agitadora magné­

tica, por 3 h ã temperatura ambiente. Em seguida a suspen­

são foi filtrada em filtros Sartorius de 12 ]lm (pré-filtro),

de 0,45 ]lm e de 0,22 ]lID. O filtrado, denominado filtrado de

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34.

esporos autoclavados (FEA) , consistiu na preparaçao bruta do

elicitor estudado. Esta fração foi submetida a bioensaios,

para determinação de sua atividade elicitora da síntese de

fitoalexinas em soja e a testes químicos.

3.3. BIOENSAIO E SELEÇAO DA VARIEDADE DE SOJA

EMPREGADA PARA O MESMO

Com a finalidade de selecionar entre as varie

dades de soja IAC-7, IAC-8, IAC-ll, IAC-12 e Cristalina, aque

la mais adequada quanto à capacidade de sintetizar a fitoale

xina gliceolina e à uniformidade de resposta em presença de

um elicitor ativo nestes tecidos, foi empregado o bioensaio

em cotilédones de soja, desenvolvido por AYERS et alii (1976c)

e modificado por ZIEGLER & PONTZEN CJ982). Como elici tor foi

utilizada a fração LEV-SD da preparação de S. Qe~ev~~~ae, di

luída seis vezes em ~gua bidestilada estéril. O bioensaio

consistiu no seguinte:

Após 9 a 10- dias da data do plantio Cem areia

peneirada e estérill das diferentes variedades de soja confor

me descrito no item 3.1.2., os cotilédones foram destacados

das plântulas e lavados com água bidestilada estéril por três

vezes. Os cotilédones foram então enxugados suavemente com

papel absorvente fino. Uma secção de ca. de lrrm de espessura e 6

mm de diâmetro foi cortada da superfície inferior de cada co

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35 •

tilédone, com auxílio de uma lâmina previamente esterilizada.

Dez cotilédones foram então colocados sobre cinco discos de

papel de filtro FIT-80 (Fitec - Ind.Com. Filtros Ltda., São

Paulo, SP) previamente umedecidos com âgua bidestilada esté­

ril e colocados em uma placa de PetT] de 10 em de diâmetro,

Uma alíquota de 75 wl da fração LEV-SD foi aplicada sobre a

lesão feita pelo corte em cada cotilédone. Como controle,fui

utilizada âgua bidestilada estéril. As placas foram fecha­

das e incubadas por 20 h a 26 9 C no escuro. A adição de anti

bióticos foi evitada para impedir que o acúmulo de gliceoli­

na fosse influenciado por qualquer outra substância que nao

aquelas que estivessem sendo testadas. Cuidados foram toma­

dos para garantir, tanto quanto possível, esterilidade duran

te a realizacão de cada exuerimento. Todos os bioensaios fo ~ L

ram efetuados em câmara de fluxo laminar (Kettermann GmbH,

Uetze-H~nigsen-BRD) previamente desinfectada e todo o mate-

rial utilizado para os mesmos foi esterilizado por autocla­

vagem (30 min, 12l 9 C). Exames microscópicos regulares foram

efetuados nas gotas da solução teste, após o final do tempo

de incubação, para se detectar qualquer contaminação por mi-

croorganismos.

Após o período de incubação os cotilédones de

cada placa foram cuidadosamente transferidos para Erlenmeyers

contendo 20 ml de âgua bidestilada estéril, os quais foram

agitados por uma hora para extrair a gliceolina formada. A

suspensao aquosa foi em seguida filtrada em pré-filtro de fi

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36.

bra de vidro da Sartorius. A absorbância do filtrado foi

determinada a 285 nm, utilizando-se um espectrofotômetro Pye

Unicam SP8-400 UV /VIS (Pye Unicam Ltd, Cambridge, England) e

como referência, água bidesti1ada estéril. A absorbância

(A285nm) foi utilizada como medida do e>.mteúdo de gU.cen:.i

na e portanto da atividade e1icitora, uma vez que existe uma

correlação linear entre estes dois parâmetros (AYERS et alii,

1976c).

A variedade de soja selecionada foi utilizada

nos bioensaios subsequentes, sendo empregado para o seu plag

tio o substrato organo-vegetal t'Plant Cell", conforme des­

crito no item 3.1.2.

3.4. DETERMINA~ÃO DA ATIVIDADE ELICITORA DA SfNTESE DE

GLICEOLINA DAS FRA~OES PROVENIENTES DE H. va~~a~~ix

Para determinar a atividade e1icitora da sín­

tese de fitoa1exinas da preparação bruta FEA, bem como das

frações subsequentes resultantes de sua purificação, foram

efetuados bioensaios em cotilédones de soja conforme descri­

to no item 3.3. As frações foram submetidas ao bioensaio na

concentração de 40 Eq mg de urediniosporos por ml. Alíquotas

de 75 ~l de cada fração foram aplicadas respectivamente so­

bre a 1esâo feita em cada cotilédone, utilizando-se para ca­

da bioensaio um conjunto de dez cotilédones para determina-

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37.

çao da atividade elicitora de cada fração. As subst~i~ sub

metidas aos bioensaios foram dissolvidas somente em agua bi­

destilada estéril. O uso de tampões foi evitado visando lm­

pedir que a síntese de gliceolina fosse influenciada por ou­

tras substincias que não aquelas sob estudo. Foi utiliza­

da para estes bioensaios a variedade de soja previamente se­

lecionada conforme descrito no item 3.3.

A atividade elicitora da preparaçao FEA foi

determinada submetendo-se diferentes concentrações desta fra

çao ao .bioensaio em cotilédones de soja. Foram utilizadas

além da fração FEA na concentração de 4Q Eq mg de uredinios­

poros por ml, frações obtidas pela diluição desta preparaçao,

duas, quatro e oito vezes com água bidestilada estéril.

Cumpre mencionar que procedeu-se à determina

çao em espectrofotômetro CPye Unicam SP8-400 UV/VIS) das ab­

sorbincias a 285 nm de soluções preparadas pela diluição de

750~1 de cada fração em 2Q ml de água bidestilada estéril,

respectivamente. Este procedimento permitiu determinar se

as frações assim diluídas apresentavam absorbincia a 285 nm.

Em caso afirmativo, as absorbincias a 285 nm dos filtrados

obtidos conforme descri to no i tem 3.3. foram deterrPinadas uti

lizando-se como referência as respectivas frações diluídas,

ao invés de água bidestilada estéril. Este procedimento te­

ve por objetivo evitar que as absorbincias dos filtrados de­

terminadas a 285 nm, e utilizadas como medida do conteúdo de

gliceolina e portanto da atividade elicitora, incluissem a

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38.

absorbância de outras substâncias além daquela devido à ali b _

ceolina.

3.5. PURIFICA~ÃO DO ELICITOR DE H. va~t~~~~x

3.5.1. Precipitação etanólica fracionada

A preparaçao bruta FEA de H. va~tat~~x (240rnl,

20 Eq mg de urediniosporos/ml) obtida conforme descrito no

item 3.2.2., foi concentrada sob pressão reduzida a 40 9 C em

rotoevaporador (BUchi Laboratoriums - Technik AG,

Schweizl para um volume de 120 ml. Em seguida, esta fração

-concentrada (40 Eq mg urediniosporos/ml), foi submetida apr~

cipitação fracionada com etanol P.A. nas concentrações de

20, 40, 60 e 80% (v/v}. visando uma separação inicial das

glicoprotefnas, proteínas e carboidratos. Para tanto, pro­

cedeu-se como se segue:

Após o pH da fração FEA (117 ml; 40 mg/ml) ter

sido ajustado para 7,0, adicionou-se a mesma, etanol P.A. a

uma concentração final de 20% Cv/vl. A adição de etanol l:'Ji

feita sob agitação e no gelo. A suspensão obtida foi manti-

da a 4 9 C por 24 h, sendo em seguida centrifugada por 20 min

a 2.500 9 em centrífuga de mesa (Tominaga Works. Ltd., Ja-

panl. O sedimento foi seco sob uma corrente de nitrogênio

gasoso e retomado em água bidestilada estéril em um volume

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39.

igual ao inicial (117 ml). Esta fração foi designada por

FEA-20. O volume do sobrenadante foi medido, acrescentando­

se, em seguida, ao mesmo, etanol P.A. até 40% (v/v), apos o

pH ter sido reajustado para 7,0. A suspensão obtida foi man

tida a 4 9 C por 24 h, sendo então centrifugad2 ror 20 min a

2.500 9. O sedimento foi seco sob nitrogênio gasoso e reto­

rnado em 117 ml de água bidestilada estéril, s.endo que a fra­

ção resultante foi denominada de FEA-40. Após o pH do sobr~

nadante ter sido reajustado para 7,0, adicionou-se ao mesmo,

etanol até 6Q% (y/vl. Em seguida procedeu-se corno nas eta­

pas anteriores. A fração resultante da precipitação etanóll

ca a 60% foi designada por FEA-6D. C1l7 ml) e o sobrenadan­

te ohtido foi tratado com etanol até uma concentração final

de 80% Cy/v}. A fração obtida a partir do sedimento resul-

tante da precipitação etanólica a 80%, foi denominada de

FEA-80.. O sobrenadante, obtido nesta úl tima etapa, foi sub­

metido à secagem em rotoevaporador, a 40 9 C, sob pressão re­

duzida. O resíduo foi retornado em 117 ml de água bidestila

da estéril e a fração resultante foi designada por FEA-Sn. O

volume de etanol adicionado na primeira etapa O) e nas eta­

pas subsequentes (~) foi calculado respectivamente pelas se­

guintes fórmulas:

(J) v = e x . Vo

100 -X

Ve = volume de etanol a ser adicionado (ml);

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(2)

x = concentração de etanol desejada (%); Vo = volume inicial da fração (ml).

Ve = y = X =

V =

v = e

volume

(Y-X)V.

100 - Y

de etanol

concentração de

concentração de

volume da fração

a ser

etanol

etanol

(ml)

etanol adicionado) .

adicionado (ml) ;

desejada (%) ;

da etapa anterior

(Vo + volume total

40.

(%) ;

de

Cumpre mencionar, a título de observação, que

a medida do volume do sobrenadante feita antes de cada preci

pitação permitiu constatar se houve ou não perda por evapo-

ração do etanol adicionado na etapa anterior. Esta perda,

sempre que constatada, foi corrigida por uma reposição do vo

lume de etanol eva?orado.

Todas as frações resultantes da precipitação

fracionada da preparaçao FEA com etanol foram submetidas ao

bioensaio em cotilédones de soja (item 3.3) para determina­

ção de sua atividade elicitora da síntese de gliceolina e a

testes químicos.

3.5.2. Cromatografia de afinidade em Concanavalina-A

Sepharose 4B

A fração mais ativa como elicitora da síntese

de gliceolina proveniente da precipitação fracionada da pre-

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41.

paraçao FEA com etanol, foi submetida à cromatografia de afi

nidade em Concanavalina-A Sepharose 4B (Pharmacia Fine Che­

micals, Uppsala, Sweden). A utilização desta técnica visou

a separação de polissacarídeos e glicoproteínas, baseando-se

na sua afinidade pela referida lectina.

Para tanto, 40 ml de suspensão de Concanavali

na-A Sepharose 4B foram submetidos a desgasei~icação por 15

min, com auxílio de uma bomba de vácuo (Primar L tda., São Pa~

lo, SP1. Em seguida, uma coluna de vidro adaptada a uma ja­

queta para refrigeração (1,6 em de diâmetro interno e 20 em

de altura; K 16/20 - Pharmacia) foi empacotada com a suspen­

são, segundo as instruções dos manuais preparativos da Phar­

macia tlAffini ty chromatography-principles and methods" (1974)

e "Gel filtration - theory and practice" (1979). A coluna

foi equilibrada com 200 ml de tampão fosfato de sódio 0,02M

pH J,2, previamente desgaseificado, e foi refrigerada pela

circulação de água através da jaqueta, proveniente de um ba­

nho térmico (modelo 2209 Multitemp, LKB-Produkter AB, Brornrna,

Swedenl mantido a 49 C. Em seguida, a coluna já estabiliza­

da (J,6 em de diâmetro interno x 14 cm de altura, correspon­

dendo a um volume de ca. 28 ml de gel sedimentado e contendo

ca. de 280 mg de Concanavalina Al foi acoplada a um coletor

de frações automático da LKB, modelo 2070 Ultrorac 11.

Uma alíquota (105 ml) da fração elicitora foi

submetida à secagem em rotoevaporador, a 40 9 C, sob pres­

são reduzida e o resíduo obtido foi dissolvido em 9 ml de

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42.

tampão fosfato de sódio (PBS) 0,02M, pH 7,2. Em seguida es­

ta fração foi filtrada em membrana Sartorius de 0,22 ~m e o

filtro lavado com 2 ml do mesmo tampão. A amostra (11 ml)

foi, então, aplicada cuidadosamente sobre o leito da coluna,

a qual foi eluída com 190 ml do tampão PBS 0,02M, n:·J i:'.I..l 7,2, se

guido de 190 ml do mesmo tampão contendo 4% (p/v) de metil­

a-D-manopiranosídeo (Fluka, AG, Chem.Fabrik, IBuchs, Switzer­

landl. Foram coletadas 87 frações de 4,5 ml cada, as quais

foram submetidas a testes químicos. As frações de n 9 s 4 a 13

~luato I) e as de n 9 s 14 a 45 (eluato Ia), eluídas com o

tampão PBS 0,02M, pH 7,2, e as frações de n 9 s 46 a 87 (elua-

to 111 eluídas com o mesmo tampão contendo 4% de metil -a-D-

manopiranosídeo, foram respectivamente reunidas e dialisa

das exaustivamente contra igua bidestilada (lOOh). A diili­

se foi feita sob agitação e a 49 C, efetuando-se 5 trocas de

agua, e utilizando-se membranas Spectrapor com capacidade de

excluir moléculas com pesos moleculares menores que 6.000 a

8.000 daltons. Em seguida, as frações, retidas pelas membr~

nas de diilise, foram concentradas sob nressão reduzida, a

409 C, em evaporador rotatório, para um volume de 105 ml ca-

da, sendo posteriormente filtradas em filtros de 0,22 ~m (Sa!

torius}.

Essas frações, denominadas FEA-EI (~luato 11,

FEA-Ela (eluato Ia) e FEA-II (eluato lI), foram submetidas

ao bioensaio em cotilédones de soja (item 3.3) para determi­

nação de sua atividade elicitora da síntese de gliceolina e

a testes químicos.

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43.

3.5.3. Cromatografia de troca iônica em DEAE~lulose

~

A fração mais ativa como elicitor da síntese

de gliceolina, proveniente da cromatografia de afinidade em

Concanavalina-A Sepharose 4B, foi submeti da ã croma to;r9fia de

troca ani~nica em DEAE-celulose (Sigma Chemical Co. Ltd., St.

Louis, USA). A utilização desta t~cnica visQu o fracioname~

to das substâncias presentes nesta fração, baseando-se na

sua afinidade pelo referido trocador aniônico.

Para tanto, 15 g de DEAE-celulose (forma fi-

brosa; "fine mesh"; capacidade de troca iônica ca. 0,9 meq:l

gl foram adequadamente preparadas para uso e a suspensao obti-

da foi equilibrada com o tampão PBS 5mM, pH 7,2, utiliza-

do como eluente inicial, conforme instruções do manual pre-

parativo da Bio-Rad (]io-Rad Laboratories, California, USA)

ti Chroma to graphy, e lec trophores i s and membrane filtratioIÍ' (1976)

e metodologia descri ta por PETERSON (1975). Em seguida, uma

coluna de vidro (l,6 cm de diâmetro interno e 30 cm de altu-

ra; K16}30 - Pharmacia) foi empacotada com a suspensão, pre-

viamente desgaseificada por lQ min, segundo as instruções do

manual preparativo da Pharmacia "Sephadex ion exchangers - a

guide to ion exchange chromatography" (970) e equilibrada

com 250 m1 do mesmo tampão PBS. A coluna j á estabilizada (1,6

cm de diâmetro interno x 26 cm de altura, correspondendo a

um volume de ca. 52 ml de celulose sedimentada) foi acopla­

da a um coletor de amostras automático LKB, modelo 2070 Ul-

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44.

trorac 11. Para evitar variações na taxa de fluxo ("flow ra

te") do eluente através da coluna, utilizou-se uma bomba pe­

rist51tica (Buchler Instruments, Inc. Fort Lee NJ, USA), ao

invés do campo gravitacional.

Uma alíquota (90 ml) da fração elicitora foi

submetida ã secagem em rotoevaporador, a 40 9 C, sob pressao

reduzida e o resíduo obtido foi dissolvido em 36 ml de tam­

pão PBS 5lTIlVI, pH 7,2. A amostra (36 ml) foi, então, aplica­

da cuidadosamente sobre o leito da coluna, a qual foi eluída

com 70 ml do tampão PBS 5mM, pH 7,2, seguida de eluição em

gradiente linear de cloreto de s6dio O a 0,5M preparado no

mesmo tampão (volume total do gradiente de 260 ml}. Para a

produção do gradiente de concentração linear foi utilizada a

camara misturadora de gradiente t'Gradient Mixer GM-l" da Phar

macia. A taxa de fluxo utilizada durante a cromatografia fui

de 11,3 ml/cm 2 .h. Foram coletadas 74 frações de 4,8 ml ca­

da, as quais foram submetidas a testes químicos. As frações

de n 9 s 6 a 21 (eluato A}, eluídas com o tampão inicial PBS

5lTIlVI, pH 7,2, e as de n 9 s 22 a 50 (eluato B) e de n 9 s66 a 74

(eluato C), eluídas no gradie.nte linear de cloreto de s6dio,

foram respectivamente reunidas e dialisadas exaustivamente

contra 5gua bidestilada (96 h). A di5lise foi feita sob agi

tação e a 49 C, efetuando-se quatro trocas de 5gua e utilizan

do-se membranas Spectrapor com capacidade de excluir molécu­

las com pesos moleculares menores que 6.000 a 8.000 daltons.

Em seguida, as frações retidas no interior das membranas de

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45.

diálise, foram submetidas à secagem sob pressao reduzida, a

40 9 C, em evaporador rotatório, e cada resíduo obtido foi dis

solvido em 90 ml de água bidestilada estéril. As frações fo

ram então, filtradas em membranas de 0,22 )1m (Sartorius).

Essas frações, denominadas FEA-A (eluato

FEA-B (eluato B) e FEA-C (eluato C), foram submetidas ao bio

ensaio em cotilédones de soja (item 3.3) para determinação

de sua atividade elicitora da síntese de gliceolina e a tes-

tes químicos.

3.5.4. Filtração em Bio-Gel P-60

A fração mais ativa como elicitor da síntese

de gliceolina, proveniente da cromatografia de troca aniôni­

ca em DEAE-celulose, foi submetida à filtração em gel utili-

zando-se Bio-Gel P-60 lBio-Rad Laboratories, California,USA).

A utilização desta técnica visou a separaçao das substâncias

presentes nesta fração de acordo com o tamanho molecular.

Para tanto, 3,9 g de Bio-Gel P-60 (xerogel) ,

100-200 mesh (~amanho de partícula 75-150 )1; limite de exclu

são igual a 60.000 daI tons e intervalo de fracionamento de

3.000 a 60.000 daltons) foram previamente embebidos em exces

so de tampão PBS O,IM, pH 7,2050 ml} e a suspensão obtida

permaneceu em repouso por 4h a temperatura ambiente pa-

ra a completa hidratação do gelo A preparação do gel foi

feita segundo as instruções do manual preparativo da Bio-Rad

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46.

"Chromatography, electrophoresis and membrane filtration" (1976).

Em seguida, uma coluna de vidro (1,6 em de diâmetro interno e

30 em de altura; K 16/30 - Pharmacia) foi cuidadosamente em

pacotada com a suspensão, previamente desgaseificada por 20

min, de ~c0Ydo com as instruções do referido manual prepara­

tivo da Bio-Rad (1976) e equilibrada com 250 ml de tampão PBS

O,lM, pH 7,2. A coluna já estabilizada (1,6,cm de diâmetro

interno x 25,5 em de altura, correspondendo a um volume de

ca. 51 ml de gel sedimentado) foi acoplada a um coletor de

amostras automático LKB, modelo 2070 Ultrorac 11. Para evi­

tar variações na taxa de fluxo C'flow rate fl) do eluente atra

ves da coluna, utilizou-se a bomba peristáltica, ao invés do

sistema de fluxo gravitacional. Para o empacotamento da co­

luna foi utilizado um fluxo de 12 ml/cm2 .h. Em seguida, pro

cedeu-se à determinação experimental do volume externo (Vo)

e do volume interno.(Vi) elufdos da coluna de Bio-Gel P-60,

utilizando-se respectivamente soluções feitas em tampão PBS

O, 1M, pH 7,2, de I' Bl ue dextran 200 O" CPharmacia) (2 mg/ml) e

de manose P.A. (1 mg/mll. Para a eluição dessas substâncias

marcadoras utilizou-se o tampão PBS O,lM pH 7,2 e um fluxo

de 8,2 ml/cm 2 .h. Foram coletadas frações de 3 ml cada. O

"Blue-dextran 2000" foi detectado nas frações pela medida da

absorbância a 340 nm utilizando-se um espectrofotômetro Pye

Unicam SP8-4QO UV/VIS e a manose foi detectada nas frações

através de teste químico.

Uma alíquota (82 mIl da fração elici tora foi

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47.

submetida à secagem em rotoevaporador, a 40 9 C, sob pressao

reduzida e o resíduo obtido foi retornado em 3 ml de tampão

PBS O,IM, pH 7,2. A amostra (3 ml) foi aplicada cuidadosamen

te sobre o leito da coluna, a qual foi eluída com 80 ml do

mesmo taTIlpEío. A taxa de fluxo utilizada durante a cromatogr~

2 fia foi de 8,2 ml/cm .h. Foram coletadas 27 frações de 3 ml

cada, as quais foram submetidas a testes químicos. As fra-

ções de n 9 s 4 a 7 (eluato 1) e as frações de n 9 s 8 a 12 Celua

to_2) foram respectivamente reunidas e dialisadas exaustiva-

mente contra igua bidestilada C90 h). A diãlise foi feita

sob agitação e a 4 9 C, efetuando-se três trocas de agua e

utilizando-se membranas Spectrapor com capacidade de excluir

moléculas com pesos moleculares menores que 6.000 a 8.000

daltons. Em seguida, as frações retidas no interior das mem

branas de diálise, foram submetidas à secagem sob pressão r~

duzida, a 40 9 C, em evaporador rotat6rio, e cada resíduo obti

do foi dissolvido em 82 ml de água bidestilada estéril. As

frações foram então, filtradas em membranas de 0,22um (Sarto

rius }.

Essas frações, denominadas FEA-P60-1 (eluato

1) o FEA-P60-2 Celuato 21, foram submetidas ao bioensaio em

cotilédones de soja (item 3.3) para determinação de sua ati­

vidade elicitora da síntese de gliceolina e a testes quími-

coso

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48.

3.6. COMPARAÇÃO DA ATIVIDADE ELICITORA DA SíNTESE DE

GLICEOLINA DAS FRAÇÕES PROVENIENTES DE H. va~tat~ix

Para a comparaçao das atividades elicitoras

da síntese de gliceolina da preparação FEA de H. va~tat~ix e

das frações subsequentes resultantes de sua purificação, foi

empregado o procedimento descrito por AYERS ~t alii (1976a).

Para tanto, as atividades elicitoras das fra-

çoes foram previamente determinadas, através de bioensaios em

cotilédones de soja conforme descrito nos itens 3.3 e 3.4.

Em seguida, determinou-se a concentração de cada fração (ex­

pressa em ~g de carboidratos/mIl requerida para fornecer um

valor arbitrãrio de atividade elicitora (AE). No presente

estudo foi escolhido, para efeito de comparação, um valor

arbi trãrio de AE (absorbância a 285nml igual a 0,5 . (HAHN &

ALBERSHEIM, 1978). A concentração de carboidratos em cada

fração foi previamente determinada através de teste químico.

Para comparação das atividades elicitoras relativas das fra­

çoes foi utilizada a seguinte fôrmula:

Y = ~de carboidrato/mlJ x 0,5

AE

Y = concentração da fração requerida para fornecer uma

atividade elicitora relativa igual a 0,500~

~g de carboidrato/ml = concentração de carboidratos na

fração;

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49.

AE = atividade elicitora da fração determinada por bio

ensaio em cotilédones de soja.

Os valores obtidos através deste cálculo lY)

sao inversamente proporcionais às atividades elicitoras re-

lativas las fraç~e5. Estas, foram em seguida, normalizadas

para a atividade da fração obtida na última etapa de purifi­

cação da preparação FEA (i tem 3.5.4.), tomada corrio cem (100).

3.7. EFEITO DA VARIA~ÃO DA CONCENTRA~ÃO DO ELICITOR DE

H. va~tatnix NA ATIVIDADE ELICITORA

Para o estudo do efeito da variação da concen

tração do elicitor de H. va~tatnix na atividade elicitora,di

ferentes concentrações da fração obtida na última etapa de

purificação da preparação FEA (item 3.5.4.) foram submetid~

ao bioensaio em cotilédones de soja.

Para tanto, alíquotas de 3, 2 e 1,5 ml desta

fração elicitora foram submetidas a liofilização, sendo que

cada resíduo obtido foi posteriormente dissolvido em 1 ml de

agua bidestilada estéril. Através deste procedimento a fra-

ção elicitora foi concentrada respectivamente 3, 2 e 1,5 ve-

zes, obtendo-se assim as frações designadas por FEA-P-3C, FEA-

P-2C e FEA-P-l,5 C. AILquotas da fração elicitora (0,5 e

0,25 ml) foram diluídas separadamente com agua bidestilada

estéril para um volume final de 1 ml. As frações obtidas,

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50.

2 e 4 vezes mais diluídas que a original, foram denominadas

respectivamente de FEA-P-2D e FEA-P-4D. Em seguida, as fra­

ções FEA-P-3C, FEA-P-2C, FEA-P-l,5C, FEA-P-2D e FEA-P-4D e a

fração elicitora na concentração original, foram submetidas

ao bioensaio em c0til~dones de soja para a determinação de

suas atividades elicitoras, conforme metodologia descrita no

item 3.3.

3.8. ESTUDOS SOBRE A NATUREZA QUíMICA DO ELICITOR DE

H. va..ó:ta.:tJti..x.

3.8.1. Testes químicos

Foram empregados os testes químicos quantita­

tivos de Lowry (LOWRY et alii, 1951) e de antrona (DISCHE,

19621 para determinar respectivamente o conteúdo total de

proteínas e de açúcares na preparaçao bruta FEA, bem como ~

frações obtidas nas etapas subsequentes de sua purificação.

Para o teste de antrona, foi adicionado a ca­

da n,s rnl das amostras, mantidas em banho de gelo, 1 ml da

solução reagente de antrona (n,2% de antrona em icido sulfú­

rico concentrado P.A.). Após uma agitação vigorosa, as amo~

tras contendo o reagente foram aquecidas por 16 min em banho

de igua fervente. Em seguida, apos resfriamento e agitação

posterior das amostras, procedeu-se ã determinação das res-

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51.

pectivas absorbâncias no comprimento de onda de 625 nm, uti­

lizando-se um espectrofotômetro Pye Unicam SP8-400 UV/VIS. A

concentração de carboidratos em cada amos tra, express a em ter

mos de equivalentes ~g de manose por ml (Eq ~g manose / ml) ,

foi determinada utilizando-se urna curva padrão de diferentes

concentrações de D-manose (Hopkin e Williams, Essex, Engl~d)

variando de 25 a 100 ~g/ml, em função de suas respectivas ab

sorbâncias a 625 nm.

Para o teste de Lowry, foi adicionado a cada

0,2 ml das amostras, 1 ml da solução reagente C, que consis­

tiu em urna mistura da solução reagente B e de urna solução 2%

de carbonato de sódio em hidróxido de sódio O,lN, na propor­

ção de 1:50, respectivamente. A solução B foi preparada mi~

turando-se alíquotas iguais de urna soluç~o 1% de sulfato de

cobre pentahidratado em água bidestilada e de urna solução

2% de tartarato de sódio em água bidestilada. Em seguida as

amostras contendo a solução reagente C, foram agitadas à tem

peratura ambiente e, apos 10 min, adicionou-se 0,1 ml do rea

gen te Folin Cio cal teau 2N CQee 1- Ind. Quim. São Paulo, SP), pre

viamente diluído com água bidestilada (J:l, v/v). As amos­

tras foraw agitadas vigorosamente e após 30 min, procedeu-se

ã determinação das respectivas absorbâncias nos comprimentos

de onda de 500 e de 750 nm, em espectrofotômetro ultraviole­

ta-visível. A concentração de proteínas em cada amostra, e~

pressa em termos de equivalentes ~g de soro-albumina bovina

por ml (Eq ~g SAB/mll(Sigma Chem. Co.), foi determinada uti-

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52.

lizando-se curvas padrão de diferentes concentrações de

SAB, variando de 20 a 500 wg/ml, em função de suas respecti­

vas absorbâncias a 500 e a 750 nm, respectivamente. A curva

padrão obtida a 750 nm foi utilizada para amostras contendo

concentraç6es rrot~ica5 ~enores ou iguais a 29 Wg/ml.

3.8.2. Cromatografia em fase gasosa!

A técnica de cromatografia em fase gasosa foi

utilizada para determinar a composição de monossacarídeos na

preparação bruta FEA, bem como nas frações obtidas nas eta­

pas subsequentes de sua purificação. Para tanto, foi empre­

gada a metodologia descrita por JONES & ALBERSHEIM (1972) ,

com modificações, que possihilita a detecção nas amostras,

de açGcares neutros, aminoaçGcares e de ~cidos urõnicos.

3.8.2.1. Preparação das amos tras para an~lise

3.8.2.1.1. Hidrólise dos polissacarídeos

Alíquotas (100 a 2000 wl) das frações prove­

nientes de H. vahtat~ix contendo ca. de 13 a 200 Eq wg de

manose/ml, foram liofilizadas em ampolas de vidro previamen­

te lavadas com ~gua bidestilada e acetona. Em seguida, foi

adicionado a cada amostra uma solução 2N de ~cido trifluoro­

acético (Merck-Schuchardt, Darmstadt, BRD) contendo 0,01% de

mioino.s i tol (Merck-Schuchardt L na proporção de ca. de 200 wl

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53.

de solução para cada 200 wg de carboidrato. As ampolas fo­

ram submetidas à agitação e em seguida à passagem de uma cor

rente de nitrogênio gasoso, com a finalidade de garantir uma

atmosfera inerte e evitar assim reações secundárias indesejá

veis. As ampolas foram jmediatamente seladas e s~bmetidas à

autoclavagem por 2 h a l2l 9C. Em seguida, as amostras foram

submetidas à secagem em banho de água a 409C~ sob uma corren

te de nitrogênio gasoso. Estas etapas permitem a hidrólise

de polissacarídeos presentes nas amostras, liberando os re­

síduos de açúcar, componentes das moléculas. O mioinositol

foi utilizado corno padrão interno para a análise de aldoses.

Foi preparado ainda um controle contendo somente os reagentes

utilizados no processo.

3.8.2.1.2. Redução dos monossacarídeos

liberados

Após a hidrólise dos polissacarídeos, os monos

sacarídeos liberados foram convertidos quantitativamente em

derivados voláteis, alditóis acetatos, através de uma sequê~

cia de reacões, com a finalidade de viabilizar a sua análise

por cromatografia em fase gasosa.

Assim, foi adicionado a cada amostra obtida

na etapa anterior, uma solução 1% de borohidreto de sódio

CMerck-Schuchardtl em hidróxido de am6nio IN, na proporçao

de ca. de 120 Wl de solução para cada 200 wg de carboidrato.

As amostras foram submetidas à agitação, sendo em seguida in-

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54.

cubadas à temperatura ambiente por 2 h. Alíquotas de 50 wl

de ácido acético glacial P.A. foram adicionadas a cada amos­

tra até não se observar mais efervescência. - Em seguida, foi

adicionada a cada amostra uma solução de 10% de ácido acéti­

co glacial em metanol P.A .. na proporção de 300 ~l de solu­

ça0 para cada 200 wg de carboidrato. As amostras foram en­

tão submetidas à secagem em banho de água a 40 9 C, sob uma

corrente de nitrogênio gasoso. Este processo de adição de

solventes e posterior secagem foi repetido mais quatro ve­

zes. Em seguida, foi adicionado a cada amostra metanol abso­

luto P.A. na proporção de 3QQ wl de solvente para cada 200

wg de carboidrato. As amostras foram submetidas a secagem

em banho de água a 40 9 C, sob uma corrente de nitrogênio ga-

soso. O processo de adição de metanol e posterior

foi repetido por mais quatro vezes. Esta etapa de

secagem

redução

com borohidreto de sódio permite a conversão dos açucares

neutros (aldoses) em seus alditóis correspondentes, e dos áci

dos urônicos em ácidos aldônicos.

3.8.2.1.3. Separação dos alditôis e ácidos

aldônicos

Os resíduos secos das amostras obtidos na eta

pa anterior após a última evaporaçao com metanol, foram reto

mados em água bidestilada (0,6 ml de água para cada 200 wg de

carboidrato). As soluções foram transferidas respectivamen­

te para frascos contendo ca. de 0,3 g de resina de troca aniô

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55.

nica AG l-Xl da Bio-Rad (50-100 mesh; forma cloreto), previ~

mente transformada para forma acetato. Em seguida, as sus­

pensões foram submetidas à agitação por 1 h à temperatura a~

biente e centrifugadas em centrífuga de mesa, refrigerada, Sig

ma 2MK (Sigma Laborzentrifugen GmbH, Osterode am Harz, BRD)

por 10 min a 2.500 g. Os sobrenadantes foram transferidos res

pecti vamente para frascos contendo 0,2 g da resina AG l-Xl. As

suspensões obtidas foram submetidas à agitação por 1 h à tem

peratura ambiente e em seguida centrifugadas (2.500 g/lOmin).

As resinas, apos terem sido separadas dos sobrenadantes fo­

ram lavadas duas vezes com agua bidestilada. Os sobrenadan­

tes e as águas de lavagem foram respectivamente combinados e

submetidos à secagem a 40 9 C sob corrente de nitrogênio gaso­

so. Estas frações contêm os alditôis formados a partir dos

açúcares neutros dos polissacarídeos. As mesmas fOTam manti

das por 12 h em dessecador a vácuo com pentôxido de fósforo,

antes de serem submetidas à acetilação (item 3.8.2.1.6.).

3.8.2.1.4. Lactonização dos ácidos aldônicos

Os ácidos aldônicos formados pela redução dos

ácidos urônicos, permanecem ligados à resin~ AG l-Xl durante

o processo de lavagem no qual os alditóis são removidos. As

resinas foram então, ressuspendidas em solução IN de ácido

clorídrico P.A. (1 ml de solução/ 500 J.lg de carboidrato). As

suspensoes obtidas foram submetidas a agitação por 30 min, a

temperatura ambiente, para extração dos ácidos aldônicos, e

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56.

filtradas em filtros de fibra de vidro. Os filtrados foram

evaporados a secagem em banho de agua a 40?C sob corrente de

nitrogênio gasoso. Esta evaporação da solução de ácido clo­

rídrico, converte os ácidos aldônicos em aldonolactonas. Os

resíduos obtidos foram mantidos por 12 h em dessec~dor a va­

cuo com hidróxido de potássio para remover o ácido clorídri­

co residual.

3.8.2.1.5. Redução das aldonolactonas a

alditóis

As amostras secas contendo as ald.onolactonas fo

ram dissolvidas em várias gotas de solução de borato de so­

dio 10TIUv!, pH 7,5. Em seguida foi adicionado a cada amostra

0,5 ml do tampão borato contendo 10 mg de borohidreto de so­

dia. As amostras foram incubadas por 1 h a temperatura am­

biente e em seguida foram adicionadas gotas de .ácido acético

glacial até cessar a efervescência. As amostras foram en­

tão, evaporadas à secagem em banho de água a 40?C sob corre~

te de nitrogênio gasoso. Os resíduos obtidos foram retoma­

dos em uma solução 10% de ácido acético glacial em metanol,

procedendo-se em seguida exatamente como descrito no item

3.8.2.1.2. Neste procedimento, as aldonolactonas sao conver

tidas respectivamente em seus alditôis. Antes da acetilação

Cjtem 3.8.2.1.6.), estas amostras foram mantidas em desseca

dor a vácuo por 12 h.

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57.

3.8.2.1.6. Acetilação das amostras

Em seguida, todas as amostras foram submeti­

das a acetilação, para transformação dos alditóis, provenie~

tes tanto dos açucares neutros como dos ácidos urônicos, em

seus derivados acetilados voláteis.

Para tanto, foi adicionado a cada amostra em

ampolas de vidro, anidrido acético P.A. (Merck), na propor­

ção de ca. de 40 ~l para cada 200 ~g de carboidrato. As am­

polas foram seladas e submetidas ã autoclavagem por 3 h a

l2l 9 C. Em seguida foi acrescentado a cada amostra, agua bi­

destilada (0,2 ml/200 ~g carboidrato). As amostras foramneu

tralizadas com carbonato de sódio anidro, adicionado em pe­

quenas porçoes até cessar a efervescência e se formar um pe­

queno precipitado. Em seguida foi acrescentado a cada amos­

tra, clorofórmio P.A. lO,2 ml/200 wg carboidrato). Após uma

vigorosa agi tação da mis tura, a fas e aquosa foi descartada. A

extração foi repetida quatro vezes, acrescentando-se sempre

agua bidestilada. Após a retirada do excesso de água na úl­

tima extração, as fases orgânicas contendo os alditóis ace­

tatos, foram cuidadosamente transferidas para pequenos tubos

e submetidas ã secagem sob uma correllte de nitrogênio gasoso

a temperatura ambiente. Cumpre mencionar que todos os sol­

ventes orgânicos (Merck-Schuchardt), foram redestilados an­

tes de serem utilizados.

Para a identificação posterior dos resíduos ~

açúcar presentes nas amostras analisadas, foram utilizadas

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58.

como padrões as seguintes subst~ncias: L-ramnose, L-fucose,

D-arabinose, D-xilose, D-manose, D-galactose, D-glucose, D­

galactosamina HCl e D-glucosamina HeI, comercializadas pela

Supelco (Inc. Pennsylvania, USA) e L-manono-l,4-lactona (Sig­

ma Chem. Co.), icido-D-galactur6nico(monohidrato) e L-gluco­

no-I,4-lactona comercializadas pela Merck-Schuchardt. Estas

subst~ncias, mantidas previamente em desseca40r a vacuo por

48 h. foram pesadas (1 mg de cada padrão) e submetidas ao

processo de derivação em seus respectivos alditôis acetatos.

Para tanto, todos os açucares neutros e os aminoaçúcares foram

submetidos às etapas de redução com borohidreto de sôdio,de~

crita no item 3.8.2.1.2., e à de acetilação (item 3.8.2.1.6.).

As lactonas foram submetidas às etapas de redução com boro­

hidreto de sôdio, descrita no item 3.8.2.1.5., e à de aceti­

lação (3.8.2.1.6.). O icido D-galacturônico foi submetido às

etapas descritas nos itens 3.8.2.1.2, 3.8.2.1.4.,3.8.2.1.5. e

3.8.2.1.6.

3.8.2.2. Preparo das colunas cromatográficas

Para a separaçao dos alditóis acetatos, obti­

dos conforme descrito no item 3.8.2.1., foi utilizada uma fa

se estacioniria líquida consistindo de, etileno glicol adipa

to CEGA) 0,2% (Applied Science Labs. Inc., Pennsylvania,USA),

e til e no g 1 i c o 1 s u c c i n a t o (E G S ) O. 2 % (A P P 1. S c i. La b s . I n c . )

e óleo de silicone XF-1150 0,4% (Appl. Sci. Labs. Inc.), im-

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59.

pregnada no suporte Chromosorb W HP (100-120 mesh) (Supel­

co, Inc.). Este material, utilizado para a separaçao cromato

gráfica, foi introduzido em duas colunas de aço inoxidável

(Premium Grade, Supelco, Inc.) possuindo um comprimento de 2m

cada e diâmetTos externos e internos c.e 3,17 mm e 2,1'fil, -re.s­

pectivamente. Para o preparo da fase estacionária e para o

empacotamento das colunas, procedeu-se como se segue:

Para o preparo da fase estacionária, 100 mg

de EGS foram dissolvidas em 25 ml de clorofórmio P.A. e 100

mg de EGA, acrescidas de 200 mg de XF-1150, foram dissolvi­

das em 25 ml de acetona P.A. Em seguida as duas soluções fo

ram simultaneamente despejadas sobre 10 g do suporte Chromo

sorb W HP, previamente pesadas em um Becker de 250 ml. A sus

pensa0 foi agitada suavemente com uma espátula e submetida,

em seguida, a uma desgaseificaçio (5 min) em um dessecador,

a vacuo. A mistura foi, então, submetida a mais duas agita

çoes suaves intercaladas por um período de repouso de 15min,

apos o que sofreu nova agitação e decantação por ca. de 20s,

para eliminação do excesso de solvente juntamente com as par

tículas menores. Em seguida a suspensão foi filtrada a va­

cuo em sílica porosa e o material, ainda úmido, foi transfe­

rido para uma cápsula de porcelana e submetido à secagem em

estufa a 45 9 C, com revolvimentos periódicos do mesmo, com au

xílio de uma espátula.

Duas colunas de aço inoxidável (2m x 3,17 mm

d.e.), previamente confeccionadas conforme o usual, foram la

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60.

vadas sequencialmente, a vacuo, com 100 ml de cada um dos sol

ventes: água bidestilada, metanol, acetona e clorofórmio. Em

seguida, 50 mg de EGS foram dissolvidas em 12,5 ml de cloro­

fórmio e 50 mg de EGA, acrescidas de 100 mg de XF-1150, fo­

ram dissolvidas em 12,5 ml de acetona. As duas soluçôes ob­

tidas foram reunidas e as colunas foram preenchidas com a

mistura. Após alguns segundos, o líquido foi entornado e o

resíduo do mesmo retirado com auxílio de vácuo brando, sen­

do, então, as colunas submetidas ã secagem em estufa a 1009C

por 2 h. Após este tratamento as colunas foram empacotadas

por vibração, a vacuo, com o suporte impregnado com a fase

estacionária, conforme procedimento usual.

3.8.2.3. Separação e análise das amostras

Para a separaçao e análise dos alditóis aceta

tos presentes nas amos tras foi empregado o croma tógrafo a gas

Varian modelo 3.7QO Cyarian Aerograph, California, USA) aco­

plado a um integrador Shimadzu Chroma topac C-RIB CShimadzu

Corporation Analytical Instrurnent Plant, Kyoto, Japan). As

colunas cromatográficas preparadas conforme descri te n') i tem

3.8.2.2., foram previamente condicionadas por 48 h a 190 9C,

sob um fluxo de nitrogênio de 10 ml/min, antes de serem uti­

lizadas para a análise. Urna das colunas foi empregada para

a análise, sendo que a outra, de referência, foi utilizada

corno balanceadora para compensar eventuais perdas de fase

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61.

líquida. Dois detectores de ionização de chama foram opera-

dos utilizando-se os gases ar sintético e hidrogênio. Como

gas de arraste foi empregado o nitrogênio. O eletrômetro foi

ajustado para uma amplitude de sinal de 10-10 amperes /mili­

volts com uma atenuação igual a 16.

As frações contendo os alditóis acetatos, ob­

tidos conforme descrito no item 3.8.2.1., for.am dissolvidas

em acetona em volumes variando de 10 a 30 ~l, sendo que as

amostras contendo os padrões foram dissolvidas em um volume

de 200 ~l. Em seguida, alíquotas de 1 ~l, foram injetadas

na coluna com uma seringa Hamilton de 5 ~l (7005N - Hamil-

ton Bonaduz AG, Bonaduz, Switzerland). Os alditóis acetatos

puderam ser separados utilizando-se o seguinte programa de

temperatura: injeção das amostras na coluna a uma temperatu­

ra inicial de l60 9C. Após um intervalo de 7 min, a· tempera­

tura foi aumentada a razao de 29C/min de 160 a 195 9C, perma­

necendo em 195 9C por 4 ou 25 min para detecção dos açucares

neutros e aminoaçúcares, respectivamente. As temperaturas

dos injetores e dos detectores foram de 230 9C e de 2409C,re~

pectivamente. O fluxo do gás de arraste (N2) empregado foi

de 30 ml/min. Os fluxos dos gases hidrogênio e ar sintético

foram iguais a 30 e 300 ml/min, respectivamente.

Os dados sao apresentados como porcentagem

em massa da composição de açúcares a partir dos valores inte

grados das áreas obtidas para cada pico respectivo. O méto­

do empregado para o cálculo da composição quantitativa das

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62.

amostras, a nartir dos cromatogramas obtidos, foi o de norm~

lização de area. Para a identificação dos resíduos de açú­

cares presentes nas amostras foram utilizados os padrões men

cionados no item 3.8.2.1.

3.8.3. Tratamentos efetuados com o elicitor de

H. v a.-6 :ta.:tILÁ.. x

3.8.3.1. Tratamento com metaperiodato de sódio

A fração obtida na última etapa de purificação

da preparação FEA (i tem 3.5.4.) foi submetida a um tratamento com meta­

periodato de sódio segundo metodologia descri ta por AYERS et alii

(1976bl e por SPIRO (1966), com modificações. As frações

obtidas após este tratamento foram submetidas ao bioensaio

em cotilédones de soja para a determinação de suas· ativida­

des elicitoras da síntese de gliceolina, conforme metodolo

gia descrita no item 3.3. A utilização desta técnica teve

por objetivo verificar a sensibilidade do elicitor à oxida­

çao com metaperiodato de sódio e consequentemente o efeito

deste tratamento sobre a atividade elicitora.

Para tanto, alíquotas de 3 ml da fração eli­

citora contendo 148 Eq ~g de manose totais, foram liofiliza­

das e em seguida dissolvidas respectivamente em 1 ml de solu

çao aquosa de metaperiodato de sódio (Sigma Chem. Co.) 15 mM

(pH 5, O}. A mistura foi incubada a 20 9 C por 45 h no escuro.

Após a reação, o excesso de metaperiodato foi consumido pela

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63.

adição de 200 ~l de etileno glicol (Merck) a cada amostra.

Foram preparados dois controles: um contendo apenas os rea­

gentes utilizados no processo (Controle-PE) e o outro consis

tindo em urna fração elicitora igual à tratada e submetida às

mesmas condições, exceto que o metaperiodato foi pré-tratado

com o etileno glicol antes de ser adicionado à fração (FEA­

PE-Controle). As amostras tratadas com metaperiodato, desiK

nadas por FEA-PE-Tratada, e as amostras controle foram dia­

lisadas contra urna solução de cloreto de sódio O,lM (lSh) e

em seguida contra igua bidestilada (24 h), efetuando-se duas

trocas de igua. A diilise foi feita sob agitação e a 4 9 C,

utilizando-se membranas Spectrapor com capacidade de excluir

moléculas com pesos moleculares menores que 2.000 daltons.

As frações, retidas no interior das membranas de diilise, fo

ram respectivamente diluídas com igua bidestilada estéril p~

ra um volume de 3 ml cada. Uma das amostras tratadas com p~

riodato e dialisadas (FEA-PE-Tratadal foi submetida à redu-

çao com borohidreto de sódio e a uma posterior hidrólise ici

da fraca com icido sulfúrico O,OSN. Para tanto, foram adi­

cionados à amostra 400 ~l de urna solução 1 % de borohidreto de

sódio em hidróxido de amônio IN. A mistura foi incubada Dor .l

2 h à temperatura amb iente e em se guida por 12 h a 4 9 C. O pH

da amostra foi ajustado para 5,0, adicionando-se, a mesma,

gotas de icido acético glacial. A fração foi dialisada con­

tra uma solução de cloreto de sódio O,lM (12 h) e em seguida

contra igua bidestilada (48 h), efetuando-se duas trocas de

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64.

agua. A diálise foi fei ta nas mesmas condições descri tas pr~

viamente. Em seguida, a fração retida no interior da membra

na de diálise, foi submetida à hidrôlise com ácido sulfúrico

O,OSN a 80 9 C por I h. A amostra foi então neutralizada com

uma solução de hidróxido de sódio IN e submetidd a secagem

a 40 9 C em rotoevaporador a vacuo. Ores íduo foi dissolvido em

3 ml de água bidestilada estéril, sendo que a fração obtida

foi designada por FEA-PE-Hidrolisada. Foi preparado um con-

trole contendo apenas os reagentes utilizados no

50 (~ontrole-PE-H).

proces-

As frações FEA-PE-Tratada, FEA-PE - Controle,

FEA-PE-Hidrolisada, Controle-PE e Controle-PE-H foram subme­

tidas ao bioensaio em coti1~dones de soja (item 3.3.) e ao

teste de antrona (item 3.8.1.) para determinação respectiva­

mente da atividade e1icitora da síntese de gliceolina e da

concentração de carboidratos.

3.8.3.2. Tratamento com pronase

Com a finalidade de verificar a sensibilida­

de do elicitor ao tratamento com pronase e consequentemente o

efeito desta enzima sobre a atividade elicitora, a fração o~

tida pelo tratamento da preparação FE~ com etanol a 80% (FEA-

80) foi submetida a um tratamento com pronase, segundo meto­

dologia descrita por SPIRO (19721 e AYERS et alii (1976c). A

fração obtida após este tratamento foi submetida ao bioen-

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65.

saio em cotilédones de soja para a determinação de sua ati­

vidade elicitora da síntese de gliceolina, conforme metodolo

gia descrita no item 3.3.

Para tanto, alíquotas de 3 ml da fração FEA-80

contendo cada urna 174 Eq ug SAB totais, foram liofilizadas e

em seguida dissolvidas respectivamente em 2,95 ml de tampão

PBS 10mlif, pH 7,2. Em seguida foram adicionad.os a urna das

frações 50 uI de urna solução 0,01% de pronase (extraída de

StJte.ptomyc.e.f.J gJt-L-6e.Uf.J, Koch-Light Labs. Ltd. - Colnbrook, En­

gland) no mesmo tampão e 3-4 gotas de toluol. A amostra foi

incubada a 37 9 C por 24 h e em seguida submetida à fervura por

10 mino A fração foi, então, centrifugada a 2.500 9 por 10

mino O sedimento foi descartado e o volume do sobrenadan-

te foi completado com ~gua hidestilada estéril para 3 ml. Es

ta fração foi designada por FEA-80-Pronase-T. Foram prepara

dos dois controles: um contendo apenas os reagentes utiliza

dos no processo (Çontrole-Pronase) e o outro consistindo em

urna fração FEA-80 igual à tratada e submetida às mesmas con­

dicões, exceto que foi adicionado a mesma tampão PBS 10 ~~,

pH 7,2, ao invés da enzima (FEA-80-Pronase-C).

As frações FEA-80-Pronase-T, FEA-80-Pronase-C

e Controle-Pronase foram submetidas ao bioensaio em cotilédo

nes de soja (item 3.3) para determinação da atividade eli­

citora da síntese de gliceolina.

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66.

3.8.3.3. Tratamentos com glicosidases

Tendo por obj etivo verificar a sensibilidade do

elicitor aos tratamentos com as glicosidases a-manosidase, B­

galactosidase e B-glucosidase, e consequentemente o efeito

destas enzimas sobre a atividade elicitora, alíquotas aa fra

ção, obtida na última etapa de purificação da preparaçao FEA

(item 3.5.4.), foram submetidas a tratamentos com as mesmas,

segundo metodologias descritas por SPIRO (1966) e LI & LI

(1972). As frações obtidas após estes tratamentos foram sub

metidas ao bioensaio em cotilédones de soja para a determina

ção de suas atividades elicitoras da síntese de gliceolina,

conforme metodologia descrita no item 3.3. As atividades das

enzimas utilizadas foram comprovadas através de ensaios pré­

vios com os respectivos substratos.

3.8.3.3.1. Tratamento com a-manosidase

Para tanto, alíquotas de 3 ml da fração eli­

citora contendo cada uma 148 ~g de carboidrato totais, fo­

ram liofilizadas e em seguida dissolvidas respectivamente em

1 ml de tampão citrato de sódio 0,05M, pH 4,6. Em seguida fo

ram adicionados a uma das frações 15 ~l de uma solução de

a-manosidase (exoglicosidase comercial, tipo III, extraída

de Canavalia en~i6o~mi~ , Sigma Chem. Co.) e 3 gotas de t~

luol. A amostra foi incubada a 25 9 C por 44 h e em seguida

submetida à fervura por 5 mino A fração foi então centrifu­

gada a 2.500 9 por la mino o sedimento foi descartado e o

sobrenadante foi dialisado contra água bidestilada (72h) , efe-

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67.

tuando-se quatro trocas de água. A diálise foi feita sob

agitação e a 4 9 C, utilizando-se membranas Spectrapor com ca­

pacidade de excluir moléculas com pesos moleculares menores

que 2.000 daltons. O volume da fração, retida no interior

da membrana de diálise, foi ajustado para 3 ml com agu3. bi­

destilada estéril. Esta fração foi designada por FEA-a-mano

sidase-Tratada. Foram preparados dois controles: um conten­

do apenas os reagentes utilizados no processo (Controle-a-ma­

nosidase) e o outro consistindo em urna fração elicitora igual

à tratada e submetida às mesmas condições, exceto que foi

adicionado à mesma tampão citrato de sódio 0,05M, pH 4,6, ao

invés da enzima CpEA-a-manosidase-Controle).

As frações FEA-a-manosidase-Tratada, FEA-a-ma

nosidase-Controle e Controle-a-manosidase foram submetidas ao

bioensaio em cotilédones de soja (jtem 3.3) e ao teste de a~

trona (item 3.8.1.) para determinação respectivamente da ati

vidade elici tora da síntese de gliceolina e da concentração de

carboidratos.

3.8.3.3.2. Tratamento com B-galactosidase

Para tanto, alíquotas de 3 ml da fração eli­

citora contendo cada urna 148 ~g de carboidrato totais, foram

liofilizadas e em seguida dissolvidas respectivamente em lml

de tampão citrato de sódio 0,05M, pH 4,0. Em seguida, foram

adicionados a urna das frações, 15 ~l de urna solução de S-ga­

lactosidase (exoglicosidase comercial, grau V, extraída de

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68.

A~pengi~~u~ nigen, Sigma Chem. Co.) e 3 gotas de toluol. A

amostra foi incubada a 25 9 C por 44 h e em seguida subme­

tida à fervura por 5 mino A fração foi então centrifugada a

2.500 9 por 10 mln. O sedimento foi descartado e o sobrena­

dante foi dialisado contra ~gua bidestilada (72 h), efet~ac­

do-se quatro trocas de ~gua. A di~lise foi feita sob agita­

çao e a 4 9 C, utilizando-se membranas Spectrapor com capacid~

de de excluir moléculas com pesos moleculares menores que

2.000 daltons. O volume da fração, retida no interior da

membrana de di~lise, foi ajustado para 3 ml com ~gua bidesti

lada estéril. Esta fração foi designada por FEA-B-galactosi

dase-Ttatada. Foram preparados dois controles: um contendo

apenas os reagentes utilizados no processo (Controle-B-galac­

tosidasel e o outro consistindo em uma fração elicitora igual

ã tratada e submetida às mesmas condições, exceto que foi

adicionado à mesma tampão citrato de sódio 0,05M, pH 4,0, ao

invés da enzima (}EA-S-galactosidase-Controle).

As frações FEA-S-galactosidase-Tratada, FEA­

S-galactosidase-Controle e Controle-B-galactosidase forams~

metidas ao bioensaio em cotilédones de soja (item 3.3.) e ao

teste de antrona (item 3.8.1) para determinação respectivame!!.

te da atividade elicitora da síntese de gliceolina e da con­

centração de carboidratos.

3.8.3.3.3. Tratamento com B-glucosidase

Para tanto, alíquotas de 3 ml da fração eli-

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69.

citora contendo cada uma 148 wg de carboidrato totais, foram

liofilizadas e em seguida dissolvidas respectivamente em 1

ml de tampão acetato de sódio O,lM, pH 5,2. Em seguida,

foram adicionados a uma das frações 70 wl de solução de S-gluc~

sidase em tampão acetato de sódio O,lM, pH 5,2 (15 mg enzi­

ma/ml de tampão) (exoglicosidase comercial, isolada de amen­

doas, Si gma Chem. Co.) e 3 go tas de to 1 uol. ·A amos tra foi

incubada a 37 9 C por 44 h e em seguida submetida a fervura por

5 mino A fração foi então centrifugada a 2.500 9 por 10 min.

O sedimento foi descartado e o sobrenadante foi dialisado con

tra igua bidestilada (72 h), efetuando-se quatro trocas de

agua. A diilise foi feita sob agitação e a 4 9 C, utilizando­

se membranas Sp'ectrapor com ca-pacidade de excluir moléculas

com pesos moleculares menores que 2.000 daltons. O volume

da fração, retida no interior da membrana de diilise, foi

ajustado para 3 ml com igua bidestilada estéril. Esta fração

foi designada por FEA-S-glucosidase-Tratada. Foram prepara­

dos dois controles: um contendo apenas os reagentes utiliza

dos no processo (Controle-S-glucosidase) e o outro consistin

do em uma fração elicitora igual à tratada e submetida às res

mas condições, exceto que foi adicionado à mesma tampão ace­

tato de sódio O,lM, pH 5,2, ao invés da enzima (FEA-S-gluco

sidase-Controle) .

As frações FEA-S-glucosidase-Tratada, FEA-S­

glucosidase-Controle e Controle-S-glucosidase foram submeti

das ao bioensaio em cotilédones de soja (jtem 3.3.) e ao tes

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70.

te de antrona (item 3.8.1) para determinação respectivamente

da atividade elicitora da síntese de gliceolina e da concen­

tração de carboidratos.

3.9. ANÁLISE ESTATíSTICA

Os bioensaios em cotilédones de soja, os tes-

tes químicos e as anâlises em cromatografia em fase gasosa

foram repetidos pelo menos três vezes em cada experimento e

todos os experimentos foram repetidos duas vezes no , .

mlnlmo.

Os resultados dos bioensaios foram submetidos ã anâlise de

variância e as diferenças entre as médias do tratamento e do

controle foram testadas quanto ã significância empregando-se

o teste-t de Student a P ~ 0,05.

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4. RESULTADOS

4.1. SELE~ÃO DA VARIEDADE DE SOJA EMPREGADA PARA

OS BIOENSAIOS

71.

Através dos bioensaios efetuados com cotilé­

dones de soja, empregando-se as variedades IAC-7, IAC-8,

IAC-ll, IAC-12 e Cristalina, foi possível verifica~ que as

duas variedades mais adequadas quanto à capacidade de sinte­

tizar a fitoalexina gliceolina e quanto à uniformidade de res

posta em presença da fração LEV-SD da preparação de S. eehe­

vi~iae foram a IAC-8 e a Cristalina (Tabela 1). Embora a va­

riedade Cristalina tenha se mostrado bastante sensível quag

to à capacidêde de resposta em pr~sença do elicitor de S. ee

hevi~iae, IAC-8 foi a variedade selecionada para os bioen­

saios subsequentes, por apresentar uma resposta mais homogê

nea. As variedades IAC-7, IAC-ll e IAC-12 sintetizaram con­

centrações menores de gliceolina em resposta a fração LEV-SD

quando comparadas com a IAC-8 e a Cristalina, sendo que a

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72.

Tabela 1. Bioensaios efetuados com cotilédones de soja empregando-se as

variedades IAC-7, IAC-8, IAC-ll, IAC-12 e Cristalina e a fra­

çao elicitora LEV-SD da preparação de S. Q~ev~iae 1

Variedade

IAC-7

IAC-8

IAC-ll

IAC-12

Cristalina

Atividade elicitora 2 CA 285nm)

Controle

0,120 ±. 0,040

0,250 ± 0,023

0,131 ± 0,012

0,138 ± 0,011

0,296 ± 0,025

Tratamento

0,405* ± 0,079

1,022* ±. 0,049

0,544* ± 0,071

0,478* ± 0,089

1,132* ± 0,149

1 Média de três experimentos com duas réplicas cada C:!:.. erro padrão) .

2 S considerado como atividade elicitora o valor A285nm, segundo AYERS

et alii (1976c). Médias seguidas por um asterisco são significativa

mente diferentes do controle ao nível de 5% CP < 0,05) Cteste-t).

Controle: cotilédones tratados com água bidestilada estéril. Tratamen

to: cotilédones tratados com a fração elicitora diluída com água bide~ tilada estéril, possuindo uma concentração igual a 418 Eq ~g de mano­

se/ml.

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73.

IAC-ll mostrou-se inadequada pois os seus cotilédones apre­

sentaram intensa necrose após o período de incubação com o

elicitor.

Os cotilédones de soja, quando tratados com

substâncias ativas como elicitores da síntese de fitaliexinas,

apresentam uma coloração vermelha característica devido a

presença de um composto não identificado, qu~ é sintetizado

paralelamente à gliceolina (ALBERSHEIM & VALENT, 1978). Ape­

sar da formação desta substância não estar diretamente rela­

cionada à síntese da fitoalexina, serve como indicador da res

posta bioquímica dos tecidos à presença de elicitores, uma

vez que a intensidade da coloração vermelha é aproximadameQ

te proporcional à concentração de gliceolina sintetizada CAL

BERSHEIM & VALENT, 1978). Esta mesma coloração típica foi

também observada nos bioensaios efetuados (Figura 1)-.

4.2. TESTES QUíMICOS EFETUADOS COM A PREPARAÇAO BRUTA DE

H. va-ó:ta:tJr.1-x..

Os testes químicos efetuados com a preparação

bruta de urediniosporos de H. va-ó:ta:tJr.1-x.., FEA, na concentra­

ção equivalente a 40 mg de urediniosporos por ml, revelaram

a presença, nesta fração, de uma proporção de 42,04% de car­

boidratos para 57,96% de proteínas (Tabela 21.

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74.

Figura 1. Bioensaio com cotilédones de soja empregando-se a variedade

IAC-8 e corno elicitor a fração LEV-SD da preparação de s. Qe~e

v~.[ae.

c - Controle: cotilédones tratados com água bidestilada esté­

ril e inúlbados por 20h a 26 9C no es alTo.

T - Tratamento: cotilédones tratados com a fração elicitorana

concentração de 418 Eq ~g de manose/rnl e incubados por 20h

a 26 9C no escuro.

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Tab

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2.

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4.3. DETERMINA~ÃO DA ATIVIDADE ELICITORA DA SfNTESE DE

GLICEOLINA DA PREPARA~ÃO BRUTA DE H. va~tatnix

76 •

Os resultados dos bioensaios com co tilédones

de soja çrr.pregando-se a var:E:daêp IAC-8 e diferentes concen-

trações da preparação FEA, são apresentados na Tabela 3. Es-

ses resultados revelaram que o filtrado aquoso bruto de ure-

diniosporos autoclavados de H. V CL':da t/t-ZX foi capaz de

desencadear a síntese da fitoalexina gliceolina nestes teci-

dos. A atividade elicitora da preparação bruta de H. va~ta

tnix pôde ser detectada quando foram utilizadas concentra-

çoes desta fração equivalentes a 400 e 800 Eq ~g de manose

por ml. A maior atividade elicitora foi detectada na fração

FEA na concentração de 8QO Eq ~g de manose por ml, sendo equi valente àquela apresentada pela fração LEV-SD da . -preparaçao

de S. ~enev-z~iae (418 Eq ~g de manose/ml), utilizada como

controle da síntese de fitoalexina nestes bioensaios.

4.4, PURIFICA~ÃO DO ELICITOR DE H. va~tatnix

4.4.1. Testes químicos efetuados com as frações

resultantes da precipitação fracionada da

preparação bruta de H. VM~X com etanol

Os testes químicos efetuados com todas as fra

çoes resultantes da precipitação fracionada da preparaçao

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77.

Tabela 3, Efeito de diferentes concentrações da preparação bruta de H.

Vah~Qt~x na atividade elicitora da síntese de gliceolina em

cotilédones de sOja,l

Atividade elicitora 3

Preparação (AZ85nn)

FEA (100 Eq J.lg manose/ml) 0,Z17 ±. 0,OZ4

FEA

(ZOO Eq J.lg manose/ml) 0,311 ±. 0,051

FEl\.

(400 Eq J.lg manose/ml) 0,543*±. 0,064

FEl\.

(800 Eq J.lg manose/ml) 0,997*.:t. 0,007

LEV-SD

(418 Eq J.lg manose/ml) 0,9lZ*.:t. 0,073

ControleZ 0,Z44 .:t. 0,014

1 Média de três experimentos com três réplicas cada (.:t. erro padrão) .

Z Controle = coti1édones tratados com água bidestilada estéril.

3 Médias seguidas por um asterisco são significativamente diferentes do

controle ao nível de 5% CP < 0,051 Cteste-t).

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78.

bruta FEA com etanol revelaram a presença de carboidratos e

proteínas, em diferentes concentrações para cada uma das fra

ções obtidas (Tabela 4). A fração FEA-Sn apresentou as maio

res concentrações de proteínas (30,38%) e de carboidratos

(A7,60%) em relação aos totais recuperados, sendo que quase

a totalidade das proteínas detectadas na preparação bruta

FEA permaneceram nesta fração (FEA-Sn), obti4a na última eta

pa do tratamento com etanol. Abaixo desta, as frações Bi~-60

e FEA-80, resultantes da precipitação etanólica fracionada do

FEA a 60 e 80%, respectivamente, foram as que apresentaram, em

relação às demais, as maiores concentrações tanto de carboi

dratos como de proteínas, tendo, entretanto, cada fração,

maior concentração de carboidratos que proteínas.

4.4.2. Determinação da atividade elicitora da

síntese de gliceolina das frações provenientes

da precipitação etanólica fracionada

Os bioensaios com cotilédones de soja efetua-

dos empregando-se a variedade IAC-8 e as frações resultantes

da precipitação fracionada da preparaçao bruta de H. va~~a­

~nlx (FEA) com etanol, são apresentados na Tabela 5. Foi ve­

rificado que somente as frações FEA-60 e FEA-80, foram capa­

zes de desencadear a síntese da fitoalexina gliceolina nos

tecidos de soja. A fração FEA-80, resultante da precipita­

ção etanólica fracionada do FEA a 80%, se mostrou 387,4% mais

ativa do que a fração FEA-60. A fração FEA-80 apresentou tam

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79.

Tabela 4. Concentração de carboidratos e proteínas totais nas fra­

ções resultantes da precipitação fracionada da preparaçao

bruta de H. vCú~,ta;t/r.i.x com etanol. l

_ 2 Fraçoes

FEA-20

FEA-40

FEA-60

FEA-80

FEA-Sn

Carboidratos 3 4 Proteínas

(Eq ~g manose/ml) (Eq ~g SAB/ml)

8,05 11,00

19,13 9,00

206,38 30,00

183,89 50,49

379,20 944,63

Carboidratos 5 Proteínas 5

(%) (%)

1,01 1,05

2,40 0,86

25,91 2,87

23,08 4,83

47,60 90,38

1 Os resultados apresentados representam a média de dois experimentos com

três réplicas cada.

2 Todas as frações foram submetidas aos testes químicos na concentração

equivalente a 40 mg de urediniosporos de H. V~~~X por ml.

3 -Concentraçao de carboidratos determinada pelo teste de antro-

na.

4 Concentração de proteínas determinada pelo teste de Low-ry.

5 % de carboidratos e proteínas em cada fração em relação aos totais re­

cuperados.

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80.

Tabela 5. Bioensaios com cotilédones de soja e as frações resultantes da

precipitação fracionada da preparação bruta de H. v~z~x

com etanol 1

2 Frações

FEA-20

FEA-40

FEA-60

FEA-80

FEA-Sn

LEV-SD

Controle

3 Atividade elicitora

0,103 .:!:. 0,022

0,091 ±. 0,009

0,309* ±. 0,042

1,197* ±. 0,097

0,184 ±. 0,022

0,742* ±. 0,020

0,136 ±. 0,026

1 Média de quatro experimentos com três réplicas cada (.:!:. erro padrão) .

2 Todas as frações provenientes da precipitação fracionada do FR~ com

etanol foram submetidas aos bioensaios na concentração equivalente a

40 mg de urediniosporos de H. v~5~x por ml. A fração elicitora

LEV-SD da preparação de S. e~ev~~ae foi utilizada na concentração de

418 Eq ~g de manose por ml. Controle: cotilédones tratados com água

bidestilada estéril.

;:: .... Médias seguidas por um asterisco sao significativamente diferentes do

controle ao nível de 5% CP < 0,05) Cteste-t}.

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81.

bém uma atividade e1icitora 161,3% maior do que aquela en­

contrada para a fração LEV-SD da preparação de S.' ~e~ev~iae

(418 Eq ~g de manose/m1), utilizada como controle da síntese

de fitoa1exina nestes bioensaios. Como amaior atividade e1i

citora foi detectada na fração FEA-80, dell-se prosseguimento

à purificação do e1icitor de H. va~tat~ix, submetendo-se es

ta preparação a cromatografia de afinidade em Concanava1ina­

A Sepharose 4B.

4.4.3. Cromatografia de afinidade em Concanavalina-A

Sepharose 4B

A Figura 2 representa o fracionamento da amos

tra FEA-80 [19,31 Eq mg manose totais e 5,30 Eq mg SAB to­

tais), obtida pela precipitação etanôlica fracionada da pre­

paraçao bruta FEA a 80%, através de cromatografia de afini­

dade em Concavana1ina-A Sepharose 4B. As frações de n 9 s 1 a

45 e as de n 9 s 46 a 87 foram obtidas, respectivamente, pela

eluição da coluna com o tampão PBS O,02M, pH 7,2 e com o mes

mo tampão contendo 4% de meti1-a-D-rnanopiranosídeo. As fra­

ções de n 9 s 46 a 87 não puderam ser submetidas ao teste de

antrona para determinação direta do conteúdo de carboidratos,

devido à presença nas mesmas do metil-a-D-manopiranosídeo.Os

carboidratos detectados nas frações, obtidas pela eluição da

coluna com o tampão PBS 0,02M, pH 7,2, foram e1uídos em um

único pico. enquanto que as proteínas detectadas nestas fra-

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82.

[ 1.000 -EI Era

I I -E II

1.000 I -= --.... ::» 800 3-ti) 'I) o c ::; 600 ~

I::

3)

:J

'/) 400 :o -.... D -o 200 > :J cr tI

o o

Figura 2.

I I

E 800 -O>

:J..

co <t

600 Cf)

<D U

fi)

400 <D +-c <D -o

200 > :J 0-

/ll ••••• ~eef 4J o

10 20 40 50 60 90 -Frações

Cromatografia de afinidade da fração FEA-80 em coluna de Con-

canavalina-A Sepharose 4B.

A seta indica o início da eluição com o tampão PBS O,O~~,

pH 7,2 contendo 4% de metil--a-D--manopiranosídeo. As frações

foram de 4,5 ml cada. Carboidratos (.---.), em equivalentes

l1g de rnanose por ml e as proteíp.as (0--0), em equivalentes

l1g de SAB por ml, foram medidos respectivamente pelos tes­

tes de antrona e de Lowry. As frações eluídas foram reuni das: n9s 4 a 13 (FEA-EI1, n9s 14 a 45 (FEA-Ela) e n9 s 46 a 87 (FEA-EII).

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83.

çoes e naquelas contendo 4% de metil-a-D-manopiranosídeo fo-

ram eluídas em diferentes picos. A combinação das frações

se deu com base em sua afinidade pela lectina Concanavalina­

A e de acordo com os picos de eluição dos carboidratos e

proteínas detectados nas mesmas. Assim, as frações de n 9 s

4 a 13 (eluato I) e as de n 9 s 14 a 45 (eluato Ia), eluídas

da coluna com o tampão PBS O,02M, pH 7,2 e que não apresen­

taram qualquer afinidade pela referida lectina, e as fra­

ções de n 9 s 46 a 87 Celuato lI) eluídas com o mesmo tampão

contendo 4% de metil-a-D-manopiranosídeo, e que possuíramco~

sequentemente afinidade pela Concanavalina-A, foram respecti

vamente combinadas, dialisadas, concentradas e filtradas co~

forme descrito no item 3.5.2. As frações resultantes, pos­

suindo uma concentração equivalente a 40 mg de urediniosporos

de H. va~~a~~~x por ml e um volume de 105 ml cada, ~oram de-

nominadas de FEA-EI (eluato 11. FEA-Ela (eluato Ia) e FEA-EII

. Celuato 111.

4.4.4. Testes químicos efetuados com as frações

provenientes da cromatografia em

Concanavalina-A Sepharose 4B

Os testes químicos efetuados com as frações

FEA-EI, FEA-Ela e FEA-EII, resultante da cromatografia de

afinidade da amostra FEA-80 em coluna de Concanavalina-A Se-

pharose 4B encontram-se expressos na Tabela 6. Os resulta­

dos revelaram que foram recuperados 81,10% do total em Eq de

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84 .

Tabela 6. Concentração de carboidratos e proteínas totais nas frações pr~

venientes da cromatografia de afinidade da amostra FE~-80 em co

luna de Concanavalina-A Sepharose 4B 1

- 2 Fraçoes Carboidratos 3 Proteínas4 Carboidratos 5 Proteínas5

(Eq ~g manose/rnl) (Eq ~g SABlml) (% ) (%)

FE~-El 125,96 34,86 84,46 81,33

FEA-Ela 9,58 3,43 6,42 8,00

FEA-Ell 13,60 4,57 9,12 10,66

1 Os resultados apresentados representam a média de dois experimentos com

três réplicas cada.

2 Todas as frações foram submetidas aos testes químicos na concentração

equivalente a 40 mg de urediniosporos de H. v~,~x por ml.

3 Concentração de carboidratos detenninada pelo teste de antro-

na.

4 Concentração de proteínas determinada pelo teste de Low-

ry.

5 % de carboidratos e proteínas em cada fração em relação aos totais re­

cuperados.

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85.

manose e 84,91% do total em Eq de SAB aplicados à coluna de

Concanavalina-A Sepharose 4B. Do total recuperado, 90,88 %

dos carboidratos eluídos da coluna não possuem qualquer afi-

nidade pela referida lectina. A maioria destes carboidratos,

eluídos com o tampão PBS 0,02M, pH 7,2 (84,46%), foi recupe­

rada na fração FEA-EI (Tabela 6). Os testes químicos indic~

ram, ainda, que 89,33% das proteínas, detecta,das nas frações,

foram eluídas com o mesmo tampão PBS, estando 81,33% das mes

mas presentes na fração FEA-EI (~luato I). Aproximadamente,

nas três frações, a proporção de proteínas para carboidratos

em cada fração é da ordem de 1:3.

4.4.5. Determinação da atividade elicitora da

síntese de gliceolina das frações provenientes

da cromatografia em Concanavalina-A

Sepharose 4B

Os bioensaios com cotilEdones de soja efetua-

dos empregando-se as frações provenientes da cromatografia

de afinidade da amostra fEA-80 em coluna de Concanavalina -A

Sepharose 4B, revelaram que somente a fração FEA-EI foi ca­

paz de desencadear a síntese da fitoalexina gliceolina nos

tecidos de soja (Tabela 71. Como a atividade elicitora foi

detectada apenas na fração FEA-EI, deu-se prosseguimento a

purificação do elicitor de H. va~~a~~ix, submetendo-se esta

preparaçao à cromatografia de troca iônica em DEAE - celulo

se.

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86.

Tabela 7. Bioensaios com cotilédones de soj a e as frações provenientes da

cromatografia de afinidade da amostra FEA-80 em Concanavalina­A Sepharose 4B 1

Frações 2 Atividade elicitora 3

FEA-El 1,406* ±. 0,074

FEA-Ela 0,215 ± 0,007

FEA-EII 0,218 ± 0,033

Controle 0,219 .± 0,020

1 Média de quatro experimentos com duas réplicas cada (+ erro padrão).

2 Todas as frações foram submetidas a;s bioensaios na concentração equi-

valente a 40 mg de urediniosporos de H. Va4~atnix por mI. Controle: cotilédones tratados com água bidestilada estéril.

3 Médias seguidas por um asterisco são significativamente diferentes do

controle ao nível de 5% CP < 0,051 (teste-tl.

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87.

4.4.6. Cromatografia de troca iônica em DEAE-celulose

A Figura 3 representa o fracionamento da amos

tra FEA-EI (11,34 Eq mg manose totais e 3,14 Eq mg SAB totais),

obtida na cromatografia de afinidade da fração FEA-80 em Co~

canavalina-A Sepharose 4B, atravês de cromatografia de troca

aniônica em DEAE-celulose. As frações de n 9 s, 1 a 21 e as de

n 9 s 22 a 74 foram obtidas, respectivamente, pela eluição da

coluna com o tampão PBS 5~~, pH 7,2 e com um gradiente li­

near de cloreto de sódio O a 0,5M preparado no mesmo tampão.

Os carboidratos foram eluidos em dois picos distintos, sendo

o primeiro detectado nas frações eluidas da coluna com o tam

pão inicial e o segundo nas frações eluidas, com o gradiente

linear de cloreto de sódio. As concentrações máximas de car

boidratos foram detectadas, respectivamente, nas frações de

n 9 s 13 e 35 do primeiro e segundo pico de eluição,

iguais a 225,50 e 22,64 Eq ~g de manose por ml. As

sendo

protef

nas foram detectadas principalmente nas frações eluidas da co

luna, com o tampão inicial Cfrações n 9 s 7 a 16), estando pr~

sentes tambêm naquelas eluidas com o gradiente linear de cIo

reto de s6din [frações n 9 s 67 e 68). As frações foram reu­

nidas baseando-se em sua afinidade pelo trocador aniônico DEAE­

celulose e de acordo com os picos de eluição dos carboidratos

e proteinas detectados nas mesmas. Assim, as frações de n 9 s

6 a 21 (eluato A), eluidas da coluna com o tampão PBS 5 mM,

pH 7,2, não apresentando portanto afinidade pelo referido tro

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89.

cador aniônico, e as frações de n 9 s 22 a 50 (eluato B) e de

n 9 s 66 a 74 (eluato e), eluídas no gradiente linear de clo­

reto de sôdio, possuindo consequentemente afinidade pela

DEAE-celulose, foram respectivamente combinadas, dialisadas,

concentradas e filtradas conforme descrito no item 3.5.3. As

frações resultantes, possuindo uma concentração equivalen-

te a 40 mg de urediniosporos de H. vah~a~~lx( por ml e um

volume de 90 ml cada, foram denominadas de FEA-A (eluato A),

FEA-B (eluato B) e FEA-e (~luato e).

4.4.7. Testes químicos efetuados com as frações

provenientes da cromatografia em

DEAE-celulose

Os resultados dos testes químicos efetuados

com as frações FEA-A, FEA-B e FEA-C, resultantes da· croma-

tografia de troca aniônica da amostra FEA-EI em coluna de

DEAE-celulose são apresentados na Tabela 8 e revelaram que

74,75% do total em Eq de manose e 24,56% do total em Eq de

SAB aplicados à coluna, foram recuperados. Do total recupe­

rado, 87,16% dos carboidratos e1uídos não possuem afinidade

pelo referido trocador aniônico. Os carboidratos que apre­

sentaram afinidade pela DEAE-ce1ulose (12,83%), foram recu­

perados principalmente na fração FEA-B (10,72%). Os testes

químicos indicaram, ainda, que as proteínas eluídas da colu­

na foram detectadas apenas na fração FEA-A, não apresentan­

do portanto afinidade pelo trocador aniônico. A concentra-

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90.

Tabela 8. Concentração de carboidratos e proteínas totais nas frações prQ

venientes da cromatografia de troca aniônica da amostra FE~-EI

em coluna de DEAE-celulose 1

- 2 Fraçoes

FEA-A

FEA-B

FEA-C

Carboidratos 3 Proteínas 4

(Eq flg manose/ml} (fq flg SAB/ml)

82,10 8,57

10,10 ° 1,99 °

Carboidratos 5 Proteínas 5

(%) (%)

87,16 100

10,72 o

2,11 °

1 Os resultados apresentados representam a média de dois experimentos com

três réplicas cada.

2 Todas as frações foram submetidas aos testes químicos na concentração

equivalente a 40 mg de urediniosporos de H. V~~X por ml.

3 Concentração de carboidratos determinada pelo teste de antro-

na.

4 Concentração de proteínas determinada pelo teste de Low-

ry.

5 % de carboidratos e proteínas em cada fração em relação aos totais re­

cuperados.

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91.

ção total de proteínas eluídas da coluna e presentes na fra-

çao FEA-A (0,77 Eq mg de SAB totais) representa uma recupe­

ração de apenas 24,56% em relação ao total aplicado à coluna

de DEAE-celulose (3,14 Eq mg de SAB totais). A fração FEA-

A mostrou uma maior proporção de carboidratos do que proteí-

nas, sendo aproximadamente da ordem de 10:1.

4.4.8. Determinação da atividade elicitora da

síntese de gliceolina das frações provenientes

da cromatografia em DEAE-celulose

Os resultados dos bioensaios com coti1édones

de soja efetuados empregando-se as frações provenientes da

cromatografia de troca aniônica da amostra FEA-EI em coluna

de DEAE-celulose são apresentados na Tabela 9 e revelaram que

as frações FEA-A e FEA-B foram capazes de desencadear a sín-

tese da fitoalexina gliceolina nos tecidos de soja. Entre-

tanto, a fração FEA-A, obtida pela e1uição da coluna com o

tampão PBS 5mM, pH 7,2 e não apresentando portanto afinidade

pelo referido trocador aniônico, se mostrou 194,1% mais

ativa do que a fração FEA-B, eluída no gradiente linear de

cJoreto de sódio. Como a maior atividade elicitora foi de-

tectada na fração FEA-A, deu-se prosseguimento à purificação

do e1icitor de H. va~~a~~~x, submetendo-se esta preparaçao a

filtração em Bio-Gel p-60.

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92.

Tabela 9. Bioensaios com cotilédones de soja e as frações provenientes da

cromatografia de troca aniônica da amostra FEA-EI em DEAE-celu los e 1

Atividade elicitora 3 Frações 2

FEA-A 1,114* .±. 0,108

FEA-B 0,574* .±. 0,031

FEA-C 0,323 ±. 0,047

Controle 0,238 ±. 0,022

1 Média de três experimentos com três réplicas cada (±. erro padrão).

2 Todas as frações foram submetidas aos bioensaios na concentração equi­

valente a 40 mg de urediniosporos de H. va;.,;ta;t)úx por ml. Controle:

cotilédones tratados com água bidestilada estéril.

3 Médias seguidas por um asterisco são significativamente diferentes do

controle ao nível de 5% CP < 0,051 Cteste-t}.

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93.

4.4.9. Filtração em Bio-Gêl P-60

A Figura 4 representa a determinação experi­

mental dos volumes externo (Vo) e interno (Yi) eluídos da c~

luna de Bio-Gel P-60, utilizando-se respectivamente soluções

feitas em tampão PBS O,lM, pH 7,2, de "Blue dextran 2.000"

C2 mg/ml) e de manose Cl mg/mll. O "Blue de:Ntran" e a mano­

se apresentaram m~ximos de eluição em 13,2 e 40,8 ml, respe~

tivamente. A Figura S representa o fracionamento da amos­

tra FEA-A (6,73 Eq mg manose totais e 0,70 Eq mg SAB to­

taisl, obtida na cromatografia de troca aniônica da fração

FEA-EI em DEAE-celulose, através de filtração em Bio-Gel P-60.

A concentração m~xima de carboidratos foi detectada na fra­

ção de n? 10, correspondendo a um volume de eluição igual a

30 ml. As proteínas apresentaram um m~ximo de eluição nas

frações de n 9s 9 alI, correspondendo a um volume de 27 a

33 ml. O fracionamento da amostra FEA-A, através da coluna

de Bio-Gel P-60, evidenciou uma distribuição heterogênea em

termos de tamanhD molecular dos carboidratos presentes nesta

fração. Os polissacarídeos, detectados nas frações de n9s

4 3 14, apresentaram uma faixa de volume de eluição de 12 a

42 ml, correspondendo a moléculas com tamanhos de 3.000 a

mais de 60.000 daltons. As frações de n9s 4 a 7 (eluato 1)

e as de n 9 s 8 a 12 Celuato 2), eluídas respectivamente nos

volumes externo e interno, foram separadamente combinadas,

dialisadas, concentradas e filtradas conforme descrito no

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94.

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Volume eluído (mil

Figura 4. Detenninação experimental dos volumes externo 010) e interno (Vi) eluídos da colUna de Bio-Gel P-60.

As frações foram de 3 ml cada. "Blue dextran 2000" (e--e) e

rnanose (~---.) (~g por mIl determinados respectivamente pela absorbância a 340 nm e pelo teste de antrona.

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95.

I 1~000 ~500 I E -0\

E 3- 800 1 2 400 -Q) O) fi) ::t O c O

600 (])

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O O 4J O 12 24 36 48 60

Vol u me e luído lmll

Figura 5. Filtração da fração FEA-A em collma de Bio-Gel P-60.

As setas indicam respectivamente os volume!:> externo (\To )

(13,2 ml) e interno (Vi) (40,8 ml), determinados experimental.

mente. As frações foram de 3,0 m1 cada. Carboidratos (.--e),

em equivalentes ~g de manose por ml e as proteínas (0--0), em equivalentes ~g de SAB por ml, foram medidos respectivamente

pelos testes de antrona e de Lowry. As frações eluídas fo­

ram reunidas: n9s 4 a 7 (FEA-P60-l) e n9 s 8 a 12 (FEA-P60-2).

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96.

item 3.5.4. As frações resultantes, possuindo uma concen-

tração equivalente a 40 mg de urediniosporos de H. va~t~x

por ml e um volume de 82 ml cada, foram denominadas de FEA-

P60-l (eluato 1) e FEA-P60-2 (~luato 2).

4.4.10. Testes químicos eretuados com as frações

provenientes da filtração em Bio-Gel P-60

~ . Os resultados dos testes qUlmlcos efetuados

com as frações FEA-P60-l e FEA-P60-2, resultantes da filtra

çao da amostra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60, são apresen­

tados na Tabela 10 e revelaram que 79,61 % dos carboidratos elm

dos da coluna possuem pesos moleculares menores que 60.000

daltons, estando presentes na fração FEA-P60-2. A concentra

ção total de carboidratos eluídos da coluna e presentes nas

frações FEA-P60-l e FEA-P60-2 (~,Q8 Eq mg manose totais), r~

presenta uma recuperação de 75,48% em relação ao total apli­

cado à coluna de Bio-Gel P-6Q [6, 73.Eq mg manose totais}. Os

testes químicos indicaram, ainda, que as proteínas eluídas

da coluna foram detectadas apenas na fração FEA-P60-2 [0,63

Eq mg SAB totais), representando uma recuperação de 90% em

relação ao t6tal aplicado à coluna de Bio-Gel P-60 [0,70 Eq

mg SAB totais). A fração FEA-P6Q-2 mostrou uma maior propor

ção de carboidratos do que proteínas, sendo da ordem de 6:1,

aproximadamente.

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97.

Tabela 10. Concentração de carboidratos e proteínas totais nas frações

provenientes da filtração da amostra FEA-A em coluna de Bio­

Gel P-60 1

Frações2 Carboidratos 3 Proteínas 4 Carboidratos 5 Proteínas 5

(Eq 1Jg manose/ml) (Eq 1Jg SAB/ml) (%) (%)

FEA-P60-l 12,63 O 20,39 O

FEA-P60-2 49,30 7,71 79,61 100

1 Os resultados apresentados representam a média de dois experimentos com

três réplicas cada.

2 As frações foram submetidas aos testes químicos na concentração equi­

valente a 40 mg de urediniosporos de H. Va4~X por ml.

3 Concentração de carboidratos determinada pelo teste de antro-

na.

4 Concentração de proteínas determinada pelo teste de Low-

ry.

5 % de carboidratos e proteínas em cada fração em relação aos Lotais re­

cuperados.

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98.

4.4.11. Determinação da atividade e1icitora da

síntese de gliceolina das frações provenienres

da filtração em Bio-Gel P-60_

Os bioensaios com coti1êdones de soja efetua-

dos empregando-se as frações provenientes da filtração da

amostra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60, revelaram que ape­

nas a fração FEA-P60-2, eluída no volume int~rno, foi capaz

de desencadear a síntese da fitoalexina gliceo1ina nos teci-

dos de soja C]abela 11).

4.5. COMPARA~ÃO DA ATIVIDADE ELICITORA DA SfNTESE DE

GLICEOLINA DAS FRA~ÕES PROVENIENTES DE H. va~zaZ~~x

Conforme se verifica na Tabela 12, nos bioen-

saios com co~i1édones de soja efetuados empregando-se a pre­

paração bruta FEA de H. va~zaz~~x, bem como as frações sub-

sequentes resultantes de sua purificação, as atividades eli-

citoras, respectivamente obtidas, não foram as mesmas. As-

sim, o procedimento descri to por AYERS et alii 0976a) li tem

3.6) foi empregadc pêra comparar as atividades elicitoras da

síntese de gliceolina das várias frações obtidas durante o

isolamento do elicitor proveniente de H. va~zaz~~x e presen-

te na preparação FEA. As atividades e1icitoras relativas da

síntese de gliceo1ina das frações foram calculadas (item 3.6.)

e em seguida normalizadas para a atividade da fração elicito

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99.

Tabela 11. Bioensaios com cotilédones de soja e as frações provenientes

da filtração da amostra FEA-A em Bio-Gel P-60 1

~ - 2 Atividade elicitora3

fraçÚes

FEA-P60-l 0,352 .:t. 0,045

FEA-P60-2 1,012* ± 0,078

Controle 0,249 ± 0,025

1 Média de quatro experimentos com duas réplicas cada C± erro padrão).

2 As frações foram submetidas aos bioensaios na concentração equivalen­

te a 40 mg de urediniosporos de H. vM;ta.:tJU.x por m1. Controle: cotilé dones tratados com água bidestilada estéril.

3 Médias seguidas por um asterisco são significativamente diferentes do

controle ao nível de 5% CP < 0,05) C~este-t).

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100.

Tabela 12. Atividades elicitoras relativas da síntese de gliceolina da

preparação FEA de H. Va4tatnix e das frações subsequentes re­

sultantes de sua purificação.

_ 1 Fraçoes

FEA

FEA-80

FEA-EI

FEA-A

FEA-P60-2

Atividade elicitora2 Carboidratos 3

(Eq Jlg manose/rnl)

0,997 ±. 0,007 781,90

1,197 ±. 0,097 183,89

1,406 ±. 0,074 125,96

1,114 ±. 0,108 82,10

1,012.±. 0,078 49,30

A • 'dade 1" 4 '\.tlVl . e lCl tora

relativa

6

32

54

66

100

1 Todas as frações foram submetidas aos bioensaios e aos testes qUlffilCOS

na concentração equivalente a 40 mg de urediniosporos de H. v~~atnix

por ml.

2 Atividades elicitoras C±. erro padrão} determinadas através de bioen­

saios com cotilêdones de soja, variedade IAC-8.

3 Concentração de carboidratos em cada fração determinada pelo teste de

antrona.

4 Calculado confonne AYERS et aI i i Cl976a). Um valor de A285nm -'= 0,5

foi escolhido como ponto de comparação. Atividades elicitoras relati

vas das frações foram nonnalizadas para a atividade da amostra FEA­P6Q-2.

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101.

ra mais pura, FEA-P60-Z. Pode-se observar que a atividade

elicitora relativa foi gradativamente aumentada durante o

processo de purificação do elicitor proveniente de H. va~~a

~4ix. A fração mais pura, FEA-P60-2, mostrou possuir uma ati

vidade elici tOTa relati va cerca dp. ] 7 vezes maior do

que aquela apresentada pelo filtrado aquoso bruto de uredi­

niosporos autoclavados de H. vaó~a.:t4~x CFEA) ..

-4.6. EFEITO DA VARIA~AO DA CONCENTRA~AO DO ELICITOR DE

H. va~~a~4ix NA ATIVIDADE ELICITORA

A Figura 6 representa o efei to da variação

da concentração do elicitor de H. va~~a~4ix na atividade eli

citora. Diferentes concentrações da fração elicitora mais

pura, FEA-P60-Z, obtida na última etapa do fracionamento da

preparação FEA, foram submetidas a bioensaios com cotilédones

de soja (item 3.7). Os valores obtidos para as respectivas

atividades elicitoras CÂZ85nm) foram descontados do valor

médio de AZ85nm do controle (~otilédones tratados com agua

bidestilada estéril). Pode-se verificar que a atividade eli

citora aumentou quando concentrações crescentes do elicitor

de H. va~~a~4ix foram aplicadas por cotilédone.

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1,0

E c 10 0,8 co c.. « O c..

0,6 O +-.-O

Q)

0,4 Q)

"O O "O

> 0,2 +-«

O

o

O 2 4

102 •.

o

o

y = 0,030 + 0,175 x-O,00824x2

R2: 0,988

6 8 10 12 ug de carboidrato aplicado por cotilédone

Figura 6. Bioensaios com cotilêdones de soja efetuados com a varieda­

de L~C-8 e diferentes concentrações da fração elicitora FEA­

P60-2, obtida na última etapa de purificação da preparaçao

FEA.

o valor mêdio de AZ85nm obtido para o controle (cotilêdores de

soja tratados com água bidestilada estêril) foi igual a

0,225, sendo subtraído das atividades elicitoras obtidas para

cada concentração da fração FEA-P60-2. A concentração de car

boidratos foi determinada pelo teste de antrona. Cada ponto da curva representa a mêdia de dois experimentos. Os dados

obtidos foram submetidos à regressão curvilinear. Se = erro­

padrão da estimativa. R2 = coeficiente de determinação.

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103.

4.7. ESTUDOS SOBRE A NATUREZA QUfMICA DO ELICITOR DE

H. va..6:ta.:ttc..Á.-x

4.7.1. Cromatografia em fase gasosa

As análises efetuadas, através de cromatogra

fia em fase gasosa, dos derivados aldit6is a~etatos dos car­

boidratos presentes na preparação elicitora bruta FEA de H.

va..6:ta.:ttc..Á.-x, revelaram como principais componentes a arabino­

se l59,59%) e a manose (34,15%), seguidos pela glucose (5,54%)

e a galactose (0,72%) (Tabela 13, Figura 7). Entretanto, as

frações FEA-80, FEA-EI e FEA-A, resultantes respectivamen-

te da purificação do elicitor de H. va..6:ta.:ttc..Á.-x através da

precipitação etan6lica fracionada a 80%, cromatografia de

afinidade em Concavanalina-A e cromatografia de troca aniôni

ca em DEAE-celulose, revelaram possuir como principal compo­

nente a manose, seguida pela galactose e glucose, sendo aar~

binose, o componente detectado em menor concentração nestas

amostras. A fração elicitora mais pura, FEA-P60-2, obtida

na última etapa do fracionamento da preparação FEA através

da filtração da amostra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60 mos

trou possuir como principal açúcar componente, a

(88,77%}, seguida pela glucose (6,67%) e galactose

manose

(4,56%) ,

sendo que a arabinose não foi mais detectada nesta fração. A

FEA-P60-l, eluída no volume externo da coluna de Bio-Gel P-60

e não apresentando atividade elicitora, mostrou possuir como

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104.

Tabela 13. Composição dos açucares neutros da preparação elicitora bruta

FEA de H. Va.-6:ta.:t.Ji.ix e das frações subsequentes resultantes

de sua purificação.

Fração elicitora

FEA

FEA-80

FEA-EI

FEA-A

FEA-P60-2

1 Composição dos açucares neutros

Arabinose Manos e Galactose Glucose

59,59

7,96

0,92

3,71

0,00

34,15

70,62

78,13

70,44

88,77

0,72

12,43

14,26

14,33

4,56

5,54

8,99

6,69

11 ,52

6,67

1 Porcentagem em massa da composição dos açucares, determinada pelo méto

do do alditol acetato e calculada pela normalização dos valores inte­

grados das áreas obtidas para cada pico respectivo. Média de quatro

repetições.

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Figura 7. Cromatogramas dos derivados a1ditóis acetatos dos carboidratos presentes na preparação bruta FEA e nas diferentes frações re­

sultantes de sua purificação.

(a) FEA, (b) EEA-80, (c) FEA-80-EI, (d) FEA-A, (e) FEA-P60-2,

(f) FEA-B, (g) FEA-EII, (h) FEA-P60-1.

(1) arabinose, (2) manose, (3) ga1actose, (4) glucose, (5) ino

sitol (referência).

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1 105. a

5

2

'- 2 5 o b 5 +-

'- f o (1) ~ +- ü

~ 5 (1)

U 34 (1) U

2 o o 3 5

2 U U C I 5 o t JiJL +-o I/)

o +-Q. I/') I/) o (1) Q. ex: O 10 20 30 I/')

(1) 1 ex: Tempo (min.)

2 d

5

e 2

5

o 10 20 30

Tempo Imin. 1

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106.

principal componente a galactose (61,74%), seguida de manose

(31,13%) e de glucose (7,13%). A fração FEA-EII, contendo

carboidratos, que possuíram afinidade pela lectina Concanava

lina-A, e não apresentando qualquer atividade elicitora, mos

trou possuir apenas urna pequena concentração de ~~nose. A

análise da composição dos resíduos de açúcar presentes na fra

ção FEA-B, proveniente da cromatografia de troca aniônica e

possuindo urna atividade elicitora cerca de 1,9 vezes menor

que aquela apresentada pela amostra FEA-A, revelou corno prin

cipal componente a manose (69,84%), seguida pela galactose

(20,88%) e a glucose (9,28%}. Não foi detectada a presença

de ácidos urônicos, nem tampouco de glucosamina e galactosa­

mina em qualquer urna das amostras analisadas.

4.7.2. Tratamentos efetuados com o elicitor de

H. v a./.};ta. ;tJtJ. x

4.7.2.1. Tratamento com metaperioda to de sódio

o tratamento com metaperiodato de sódio da

fração FEA-P60-2, obtida na última etapa de purificação da

preparação bruta FEA, levou a uma perda qUdse completa d2.

atividade elicitora (94,63%} e a uma diminuição do conteúdo

de carhoidratos (45,33%} na amostra tratada (FEA-PE-Tratada)

(Jabela 141. Entretanto, quando a amostra tratada com perio

dato, FEA-PE-Tratada, foi submetida a uma redução com borohl

dretode sódio e a urna posterior hidrólise ácida fraca, ocor

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107.

Tabela 14. Efeito do tratamento com metaueriodato de sódio sobre a ativi ~ -

dade elicitora da fração FEA-P60-2, obtida na última etapa

de purificação da preparação bruta FEA através da filtração

da amostra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60.

- 1 Fraçoes

FEA-PE-Contro1e

FEA-PE-Tratada

Contro1e-PE

FEA-PE-Hidrolisada

Controle-PE-H

Atividade elicitora2

CA285nrn)

° , 774* ±. 0, 044

0,316 ±. 0,065

0,290 .±.. 0,049

0,324* .±.. 0,028

0,167 .2:. 0,002

Carboidratos.)

(Eq 1Jg manose/m1)

42,80

23,40

° 15,10

° 1 FEA-PE-Contro1e: fração FEA-P60-2 ã qual foi adicionado metaperiodato

de sódio pré-tratado com etileno glicol. FEA-PE-Tratada: fração FEA­

P60-2 tratada com metaperiodato de sódio. Controle-PE: controle con­

tendo apenas os reagentES utilizados no tratamento com metaperiodato.

FEA-PE-Hidrolisada: fração FEA-P60-2 tratada com metaperiodato, segui­

do de redução com borohidreto de sódio e hidró1ise ácida fraca. Con­

trole-PE-H: controle contendo apenas os reagentes utilizados em todo

o processo.

2 Determinada através de bioensaios com cotilédones de soja e as respecti

vas frações. Média de quatro experimentos C::!: erro padrão}. Médias se­

guidas por um asterisco são significativamente diferentes dos respecti

vos controles ao nível de 5% CP < 0,05) C:teste-t}.

3 Concentração de carboidratos determinada nas amostras, apos os respec­

tivos tratamentos, através do teste de antrona.

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reu uma recuperaçao parcial da atividade elicitora

na amostra hidrolisada (FEA-PE-Hidrolisada). Esta

108.

(56 ,20%)

amostra

FEA-PE-Hidrolisada mostrou possuir um conteúdo de carboidra­

tos igual a 15,10 Eq ~g manose/ml, sendo que na fração elici

tora FEA-P60-2 controle CFEA-PE-Controle) foi detect1.da uma

concentração de carboidratos igual a 42,80 Eq ~g de manose/

ml.

4.7.2.2. Tratamento com pronase

o tratamento com pronase da fração FEA-80, oQ

tida pela precipitação etanólica fracionada da preparaçãobru

ta FEA a 80%, não afetou a atividade elici tora da amostra tra

tada (FEA - 8 O-Pronase-Tl, conforme se veri fi ca na Tabela 15. A

fração FEA-80-Pronase-T, quando submetida à bioensaios com

cotilêdones de soja, apresentou uma atividade elicitora simi

lar àquela detectada para a amostra controle, FEA-80-Pron~e­

C.

4.7.2.3. Tratamento com a-manosid~e

Como pode ser observado na Tabela 16, o trat~

mento com a-manosidase da fração FEA-P60-2, obtida na última

etapa de purificação da preparação bruta FEA, nao afetou a

atividade e1icitora e nem tampouco o conteúdo de carboidra­

tos na amostra tratada (JEA-a-manosidase-Tratada). A fração

FEA-a-manosidase-Tratada, quando submetida a bioensaios com

coti1êdones de soja, apresentou uma atividade e1icitora simi

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109.

Tabela 15. Efeito do tratamento com pronase sobre a atividade elicito­

ra da fração FEA-80, obtida pela precipitação etanôlica fra­

cionada da preparação FEA a 80%.

. - 1 Fraçoes

FEA-80-Pronase-C

FEA-80-Pronase-T

Controle-Pronase

Atividade elicitora2

1,107b ±. 0,053

1 ,2 86b ± O, OS 3

0,346a ± 0,031

1 FEA-80-Pronase-C: fração FEA-80 igual à tratada e submetida às mesmas

condições, exceto que foi adicionado à mesma tampão PBS 10 m~, pH 7,2,

ao invés da enzima. FEA-80-Pronase-T: fração FEA-80 tratada com

pronase; Controle - Pronase: controle contendo os reagentes utilizados no tratamento.

apenas

2 Determinada através de bioensaios com cotilédones de soja e as fra-

çoes. Média de três experimentos C:t erro padrão). Médias seguidas pe

la mesma letra, não diferem significativamente entre si ao nível de 5%

CP > 0,051 (teste-t).

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110.

Tabela 16. Efeito do tratamento coma-manosidase sobre a atividade elici

tora da fração FEA-P60-2, obtida pela filtração da

FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60. amostra

-1 Fraçoes Atividade e1icitora2 Carboidratos 3

FEA-a-manosidase­

Controle

FEA-a-manosidase­

Tratada

Controle-a-manosi

das e

CA285nm) (Eq ~g manose/m1)

O,966b ± 0,153 47,12

o ,802b .±. 0,204 47,74

0,163a ± 0,018 o

1 FE~-a-manosidase-Controle: fração FEA-P60-2 igual à tratada e submeti­

da às mesmas condições, exceto que foi adicionado à mesma tampão citra

to de sódio 0,05M, pH 4,6, ao invés da enzima. FE~-a-manosidase-Trata

da: fração FEA-P60-2 tratada com a-manosidase. Controle-a-manosidase:

controle contendo apenas os reagentes utilizados no tratamento.

2 Determinada através de bioensaios com cotilédones de soja e as fra-

3

çoes. Média de três experimentos (+ erro padrão}. Médias seguidas pe la mesma letra, não diferem significativamente entre si ao nível de 5%

CP > O, OS} (teste-t}.

Concentração de carboidratos determinada nas amostras apos o tratamen-

to, através do teste de antrona.

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111.

lar àquela detectada para a amostra controle, FEA-a-manosida

se-Controle.

4.7.2.4. Tratamento com B-ga1actosidase

Conforme se verifica ne Tabela 17, o tratam~n

to com S-galactosidase da fração FEA-P60-2, obtida na última

etapa de purificação da preparação bruta FEA~ nao afetou a

atividade elicitora e nem tampouco o conteúdo de carboidra

tos na amostra tratada lFEA-S-ga1actosidase-Tratada). A fra­

çao EEA-S-galactosidase-Tratada, quando submetida a bioensaiós

com coti1édones de soja, apresentou uma atividade e1icitora

similar àquela detectada para a amostra controle, FEA-S-ga1a~

tosidase-Contro1e.

4.7.2.5. Tratamento com B-glucosidase

Através dos resultados apresentados na Tabela

18 pode-se verificar que o tratamento com S-glucosidase da

fração FEA-P60-2, obtida na última etapa de purificação da

preparação bruta FEA, não afetou a atividade e1icitora, mas

resultou em uma pequena redução (S,l~) no conteúdo total de

carboidratos na amostra tratada (FEA-S-glucosidase-Tratada).

A fração FEA-S-glucosidase-Tratada, quando submetida a bio­

ensaios com cotilédones de soja, apresentou uma atividade e1i

citora similar àquela detectada para a amostra controle, FEA­

S-glucosidase-Contro1e.

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112.

Tabela 17. Efeito do tratamento com S-galactosidase sobre a atividade eli

citora da fração FEA-P60-2, obtida pela filtração da amostra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60.

- 1 Fraçoes

FEA-S-galactosidase­

Controle

FEA-S-galactosidase­

Tratada

Controle-S-galactosi­

das e

Atividade elicitora2 Carboidratos 3

(A285nml (Eq flg manose/ml)

1,058b ~ 0,198 47,44

1,12lb ± 0,181 48,66

0,229a .±.. 0,023 o

1 FEA-S-galactosidase-Controle: fração-P60-2 igual à tratada e submeti­

da às mesmas condições, exceto que foi adicionado à mesma tampão ci­

trato de sódio 0,05M, pH 4,0, ao invés da enzima. FEA-S-galactosidase

-Tratada: fração FEA-P60-2 tratada com S-galactosidase. Controle-S-ga­

lactosidase: controle contendo apenas os reagentes utilizados no tra­

tamento.

2 Determinada através de bioensaios com cotilédones de soja e as fra-

çoes. Média de três experimentos (+ erro padrão). Médias seguidas pe

la mesma letra, não diferem significativamente entre si ao nível de 5%

CP > 0,05) Cteste-t).

3 Concentração de carboidratos determinada nas amostras apos o tratamen­

to através do teste de antrona.

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113.

Tabela 18. Efeito do tratamento com B-glucosidase sobre a atividade eli-

citora da fração FEA-P60-2, obtida pela filtração da amos-

tra FEA-A em coluna de Bio-Gel P-60.

- 1 Fraçoes

FEA-B-glucosidase­

Controle

FEA-8-glucosidase­

Tratada

Controle-S-glucosi­

dase

Atividade elicitora2

(A285nm)

1,1l2b ±. 0,019

1,01lb ±. 0,045

0,356a ±. 0,057

Carboidratos 3

(Eq ~g manose/rnl)

48,04

45,58

°

. 1 FEA-B-glucosidase-Controle: fração FE~-P60-2 igual à tratada e subme­

tida às mesmas condições, exceto que foi adicionado à mesma tampão ace

tato de sódio O,IM, pH 5,2, ao invés da enzima. FE~-B-glucosidase-Tra

tada: fração FEA-P60-2, tratada com B-glucosidase. Controle-B-glucosi

dase: controle contendo apenas os reagentes utilizados no tratamento.

2 Determinada através de bioensaios com cotilédones de soja e as fra-

çoes. Média de três experimentos C+ erro padrão}. Médias seguidas pe

la mesma letra, não diferem significativamente entre si ao nível de 5%

CP > 0,051 (:teste-tl.

3 Concentração de carboidratos determinada nas amostras apos o tratamen­

to, através do teste de antrona.

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114.

5. DISCUSSÃO

5.1. PURIFICA~ÃO DO ELICITOR EXTRACELULAR DE H. vaA~a~4ix

E CONSIDERA~aES SOBRE A SUA NATUREZA QUfMICA

A utilização do bioensaio em cotilédones de

soja desenvolvido por AYERS et alii (J976c), permitiu demons

trar a existência de substâncias extracelulares em uredinios-

poros de H. va~~a~4ix, capazes de desencadear a formação de

fitoalexinas (;abela 3). A atividade elicitora destas subs-

tâncias provenientes de H. va~~a~4ix pode ser detectada em-

pregando-se, nos bioensaios, a variedade de soja IAC-8, a

qual foi previamente selecionada dentre as demais, por ser

a mais adequada quanto à capacidade de sintetizar a fitoale-

xina gliceolina e pela uniformidade de resposta em presen-

ça da fração elicitora LEV-SD da preparação de S. ee4ev~ia~

(figura 1 e Tabela 1). A variedade IAC-8 apresentou uma re~

posta em relação ao elicitor de S. ce4evi~iae similar aque-

la descrita por HAHN & ALBERSHEIM C1978) para o cultivar de

soja "Harosoy 63", sendo as atividad<?s elicitoras médias

CA285nml, descontadas dos valores obtidos para os controles,

iguais a 0,682 e 0,657, respectivamente.

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115.

As substâncias extracelulares de H. va..ó.ta..:tJvLx.,

apresentando atividade elicitora da síntese de gliceolina em

tecidos de soja, puderam ser liberadas de urediniosporos au-

toclavados, por agitação destes em meio aquoso a

ra ambiente (Tabela 3). A atividade elicitora d'J

tempera tu­

filtrado

aquoso bruto de urediniosporos autoclavados (FEA), na concen

tração equivalente a 40 mg de urediniosporos!por ml, foi

igual a 0,997 (Jabela 3). Vários autores também detectaram

em filtrados de cultura de alguns patógenos, componentes ex­

tracelulares dos mesmos, capazes de estimular a formação de

fitoalexinas em tecidos de seus respectivos hospedeiros ou

de plantas não-hospedeiras (AYERS et alii, 1976c; ANDERSON,

1978; DE WIT & ROSEBOOM, 1980; LEE & WEST, 1981 e TEPPER &

ANDERSON, 1986).

A primeira etapa de purificação da preparaçao

elicitora bruta FEA de H. va..ó.ta..t~~x, atr~vés de precipitação

etanólica fracionada, resultou na obtenção de apenas duas

frações, FEA-60 e FEA-80, ativas como elicitores da síntese

de gliceolina em tecidos de soja. Entretanto, a fração

FEA-80, resultante da precipitação etanólica fracionada do

FEA a 80% (v/v), se mostrou a mais ativa CAE = 1,197), sendo

que a fração FEA-60 apresentou uma atividade elicitora (AE =

0,309l igual a 25,8% do valor detectado para a amostra FEA-

80 (Tabela 52. A atividade elicitora relativa (AER) da fra­

ção FEA-80 foi igual a 32, sendo 5,3 vezes maior do que aque

la apresentada pela preparação bruta FEA (AER = 6) (J'abela 12).

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116.

Estes resultados indicam que houve uma purificação parcial

do elicitor extracelular, presente no filtrado aquoso bruto

de urediniosporos de H. va~~a~~ix, através de precipitação

etanólica fracionada. HAHN & ALBERSHEIM (1973) também veri­

ficaram que o elicitor da síntese de gliceolina, presente em

extrato comercial de células autolisadas de S. c.e~evj./.:/J..a.e., foi

isolado utilizando-se como primeira etapa de.purificação uma

precipitação etanólica a 30% (v/v). Ainda, ANDERSON (1973)

verificou que polissacarídeos presentes em filtrados de cul­

tura de três espécies de Colle~o~~ic.hum, ativos como elicito

res da síntese de fitoalexinas em cotilédones de feijoeiro,

puderam ser precipitados com etanol a 75% (v/v), sendo que

as respectivas frações etanólicas sobrenadantes nao apresen­

taram qualquer atividade elicitora.

O fracionamento da amostra elicitora FEA -3D,

através de cromatografia de afinidade em coluna de Concanava­

lina-A Sepharose 4B, resultou na obtenção de uma fração ati­

va, FEA-EI, a qual não apresentou afinidade por esta lectina

(~igura 2 e Tabela 7}. Esta fração apresentou uma ativida­

de elicitora relativa igual a 54, sendo portanto 9 vezes mais

ativa do que a preparação bruta FEA e 1,7 vezes mais ativa

do que a amostra elicitora FEA-30 (Tabela 12). Estes re~ul

tados indicam que houve uma purificação do elicitor extrace­

lular de H. va~~a~~ix através do fracionamento da fração atl

va FEA-30 em Concanavalina-A Sepharose-4B. AYERS et alii

U976a) e HAHN & ALBERSHEIM (19731 ao utilizarem esta técni-

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117.

ca cromatográfica para o isolamento dos elicitores da sínte­

se de gliceolina provenientes, respectivamente, de paredes re

micélio de três raças de Pmg e de extrato de células autoli­

sadas de S. ce~evi~iae, verificaram também que estas substân

cias não apresentaram afinidade pela Concanavalina-A. Entre-

tanto, DE WIT & ROSEBOOM (1980) observaram que substâncias

isoladas de filtrados de cultura de duas raças de C. 6uivwn?

ativas como elicitores da síntese de rishitina em frutos de

tomateiro, apresentaram afinidade pela referida lectina.

o fracionamento da amostra elicitora FEA-EI

através de cromatografia em coluna de DEAE-celulose resultou

na obtenção de duas frações, FEA-A e FEA-B, ativas como eli­

citores da síntese de gliceolina em cotilédones de soja (Fi­

gura 3 e Tabela 9). Entretanto, a fração FEA-A, que nao apre

sentou afinidade pelo trocador aniônico, se mostrou a mais

ativa ~igura 3 e Tabela 91. A fração FEA-B, possuindo afi

nidade pela DEAE-celulose, apresentou uma atividade elicito­

ra igual a 51,5% do valor detectado para a amostra FEA-A (Fi

gura 3 e Tabela 9). A fração FEA-A apresentou uma atividade

elicitora igual a 66, sendo, respectivamente, 11 e 1,2 vezes

mais ativa, do que a preparação bruta FEA e a fração FEA-EI,

indicando portanto, que houve uma purificação do elicitor ex

tracelular de R. va~~a~~ix através de cromatografia em DEAE­

celulose (~abela 12). V5rios autores ao fracionarem, atra­

vés de cromatografia de troca aniônica em DEAE-celulose ou

em DEAE-Sefadex, substâncias ativas como elicitores da sín-

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118 .

tese de fitoalexinas, provenientes de filtrados de cultura e

paredes de micélio de diferentes fungos, verificaram, tam­

bém, que as frações mais ativas não apresentaram afinidade

pelo referido trocador aniônico (AYERS et alii, 1976a; AYERS

et alii, 1976c; HAHN & ALBERSHEIM, 1978; DE wrT & ROSEBOOM,

1980 e TEPPER & ANDERSON, 1986).

A filtração da amostra elicitQra FEA-A em co­

luna de Bio-Gel P-60 resultou na obtenção de urna fração, FEA­

P60-2, ativa corno elicitor da síntese de gliceolina em coti­

lédones de soja, sendo eluída no volume interno ~igura 5 e

Tabela 11). Esta fração, obtida na ultima etapa de purifica

ção do elicitor extracelular de H. VQ~~Q~~ix, possuindo por­

tanto urna atividade elicitora relativa igual a 100, se mos­

trou respectivamente, 16,7 e 1,5 vezes mais ativa do que a

preparação bruta FEA e a fração FEA-A CJabela 12). O fato

da atividade elicitora relativa ter sido gradativamente au­

mentada durante o processo de purificação do elicitor da sín

tese de gliceolina proveniente de urediniosporos de H. VQ~­

~Q~~~X, indica que as técnicas utilizadas para o fracionamen

to desta substância biologicamente ativa mostraram-se efeti­

vas. Vârios autores trabalhando com componentes extracelu­

lares de diferentes patôgenos e de células de levedura, ati­

vos corno e1icitores da síntese de fitoa1exinas, observaram

que a atividade biológica também aumentou durante as vârias

etapas de purificação destas substâncias (AYERS et a1ii,

1~76c; ANDERSON, 1978; HAHN & ALBERSHEIM, 1978; DE WrT & RO­

SEBOOM, 1980 e TEPPER & ANDERSON, 1986).

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119.

o elicitor extracelular de H. va~tat~~x mos­

trou-se ativo mesmo quando concentrações equivalentes a 0,92

~g de carboidrato foram aplicadas por cotilédone, sendo que

a atividade elicitora aumentou quando foram utilizadas con-

centrações crescentes da fração elicitora FEA-P60-2 CPi gu-

ra 6). Pôde-se veri ficar, ainda, que a respos ta dos tecidos

de soja em relação ao elicitor de H. va~tat~~x atingiu um

valor máximo, quando foi aplicada uma concentração desta subs

tância equivalente a aproximadamente 10 ~g de carboidrato por

cotilédone (Figura 6). A curva de atividade elicitora em

função da concentração do elicitor extracelular de H. va~ta­

t~~x apresentou um aspecto similar àquelas obtidas para os

elicitores da síntese de gliceolina provenientes de Pmg e de

S. c.e.~e.v-<-~iae. (AYERS et alii, 1976c e HAHN & ALBERSHEIM, 1978).

ZIEGLER & PONTZEN (1982), utilizando nos bioensaios os culti

vares de soja "Harosoy" e "Harosoy 63" e o elicitor da sín­

tese de gli~eolina proveniente de parede de micélio de Pmg,

na concentração de 1 Eq ~g de glucose por ml (0,075 Eq ~g de

glucose/cotilédone), detectaram atividades elicitoras iguais

a 0,954 ± 0,167 e 1,188 ± 0,271, respectivamente. No presen­

te trabalho, foi detectada uma atividade elicitora igual a

1,012 ± 0,078, quando foi empregada uma concentração do eli-

citor de H. va~tat~-<-x igual a 49,30 Eq ~g de manose por ml

(3,70 Eq ~g de manose/cotilédone), que corresponde a 27,39

Eq J1g de glucose por ml C2,06 Eq ~g de gl ucose / co ti 1 écbne} Cra-

bela 111. Aparentemente, o elicitor extracelu1ar de H. va~-

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120 .

tatnix parece ser menos ativo do que aquele extraído de pa­

redes de micélio de Pmg, embora uma comparação precisa nao

possa ser feita uma vez que as variedades de soja utilizadas

foram diferentes. Por outro lado, KEEN et alii (1983) embi~

ensaios com cotilédones de soja empregando-se o cultivar "1-1a

rosoy 63", verificaram terem sido necessárias concentrações

de qui tina e qui tosa na iguais a 4.00 O llg pOT. ml, para detecção

de urna atividade elicitora correspondendo a metade da ativi

dade máxima. Assim, o elicitor proveniente de urediniosporos

de H. va~tatnix parece ser muito mais ativo do que as referi

das substâncias, polímeros de glucosamina, as quais estão pr~

sentes nas paredes celulares de alguns fungos .. LÜnda., glicopro~teÍnas ex

traídas de C. 6ulvum, foram ativas como elicitores da sínte­

se de rishitina em folhas e frutos de tomateiro, a concentra

ções iguais a 250 llg por ml CDE WIT & ROSEBOOM, 1980). TEP­

PER & ANDERSON (19861 verificaram que uma fração obtida pela

purificação de filtrados de cultura da raça a-de C. lindemu­

thianum. mostrou-se muito ativa como elicitora da síntese

de fitoalexinas em tecidos do cultivar de feijão "Dark Red

Kidney" na concentração de 5 Eq llg de glucose por cotilêdone.

Resultados similares foram observados no presente trabalho p~

ra o elicitor da síntese de gliceolina proveniente de H. va~

tatnix em relação à variedade de soja IAC-8 (Tabela 111.

Os estudos efetuados visando elucidar a natu­

reza química do elicitor da síntese de gliceolina provenien­

te de H. va~tatnix sugerem que esta substância biologícame~

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121.

te ativa seja um polissacarídeo. O elicitor, solúvel em meio

aquoso, se mostrou termoestável, pois além de ter sido libe-

rado de uredliUosporos autoclavados de H. va~tat~~x, não per­

deu sua atividade biológica quando submetido à fervura por 5

ou lO min nos diferentes tratamentos efetuados, com as glic~

sidases e a pronase, respectivamente (Tabelas 15,16, 17 e

18). Os testes químicos efetuados com a preparação elicito-

ra bruta FEA de H. va~tat~~x e com as frações sub s e quentes

resultantes de sua purificação revelaram a presença nestas

frações, de carboidratos e proteínas (Tabelas 2, 4, 6, 8 e

lO). Ainda, a fração elicitora mais pura, FEA-P60-2, mos-

trou ser rica em carboidratos, apresentando proporçresde car­

boidratos e proteínas iguais a 86,48 e 13,52%, respectivamen

te (Tabela la). Porém, os resultados obtidos pelo tratamen-

to do elicitor de H. va~tat~~x com pronase, onde se verifi-

cou que o mesmo não teve qualquer efeito sobre a atividade

elicitora da amostra tratada, sugerem que a natureza

ca do elitor não seja protéica (Tabela 15). Esta idéia e

enfatizada pela estabilidade do elicitor ao calor. Foi obser

vado também, que o elicitor extracelular de H. va~tat~~x,pr~

se~te na preparação bruta FEA, pode ser precipitado com eta­

no1 a 80% (v/v) (Tabela 5), similarmente aos polissacari~os

isolados de células autolisadas de S. Qe~ev~~~ae e de filtra

dos de cultura de três espécies de Coffetot~~Qhum, ativos co

mo elicitores da síntese de fitoalexinas em tecidos de soja

e feijoeiro, respectivamente (HAHN & ALBERSHEIM, 1978 e AN-

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122.

DERSON, 1978). Ainda, o e lici tor de H. va.ó:tt,ttJr.A..x. estudado no

presente trabalho, não mostrou possuir afinidade pelo troca­

dor aniônico dietilaminoetil-celulose (Figura 3 e Tabela 9),

característica esta apresentada por elicitores da síntese de

fitoalexinas isolados de diferentes fungos os quais foram

caracterizados como sendo polissacarídeos (AYERS et alii,

1976a; AYERS et alii, 1976c; HAHN & ALBERSHEIM, 1978 e TEP­

PER e ANDERSON, 1986). Outra evidência concernente à nature

za polissacarídica do elicitor extracelular de H. va.ó:ta:tJr.A..x.,

foi obtida no presente trabalho, quando a fração FEA-P60 -2,

foi submetida ao tratamento com metaperiodato de sódio (Tab~

la 14). O metaperiodato de sódio ê capaz de oxidar átomos

de carbono vizinhos apresentando grupos hidroxila (hidroxilas

vicinais) produzindo os dialdeidos correspondentes. Assim, o

tratamento de glicoproteínas, glicopeptídeos ou polissacari

deos com metaperiodato de sódio pode provocar a clivagem da

cadeia de carbono dos monossacarídeos presentes nestas subs­

tâncias. Pelos resul tados aqui obtidos pode-se verificar que

o tratamento do elicitor extracelular de H. va.ó:ta:tJr.A..x. com me

taperiodato de sódio levou a uma perda quase completa da ati

vidade elicitora (~4,63%), bem como a uma diminuição de

45,33% no conteúdo de carboidratos na amostra tratada (Tabe­

la 14). Estes resultados indicam que houve uma clivagem da

cadeia de carbono dos monossacarídeos componentes dos polis­

sacarídeos presentes na fração FEA-P60-2, levando a uma pe~

da na atividade elicitora da síntese de gliceolina. A dimi-

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123.

nuição de 45,33% no conteúdo de carboidratos na amostra tra­

tada sugere, ainda, a presença, nas moléculas de polissacarí

deos, de ligações não suscetíveis à oxidação por metaperiod~

to, sendo que as mesmas parecem nao ser essenciais para a

atividade elicitora, urna vez que foi observado na amostra

tratada ~ma perda quase total da atividade bio16gica (Tabela

14). A suscetibilidade de elicitores da sín~ese de fitoale­

xinas a oxidação com metaperiodato de s6dio e consequenteme~

te a diminuição, observada ap6s os tratamentos, nas respecti

vas atividades elicitoras foram utilizadas por vários auto­

res corno indicações de que as substâncias por eles estudadas

possuíam natureza polissacarídica, associadas ainda ao fato

das mesmas serem estáveis ao tratamento com pronase (AYERS

et alii, 1976c; ANDERSON, 1978 e KEEN & LEG~~ND, 1980). Foi

observado ainda que quando o elicitor de H. va~~a~~~x trata

do com metaperiodato foi submetido a urna redução com borohi­

dreto de s6dio e a urna posterior hidrôlise ácida fraca, oco r

reu urna recuperação parcial da atividade elici tora C56, 20%)

na amostra hidrolisada (~abela 14). Estes resultados pode­

riam sugerir que a hidrôlise ácida fraca teria levado a exp~

sição de novos resíduos glicosil terminais na cadeia poliss~

carídica do elicitor previamente tratado com periodato, for-

necendo assim urna estrutura similar àquela apresentada

elicitor ativo. Resultados similares foram obtidos por

BERSHEIM & VALENT (978) para o elicitor da síntese de

ceolina proveniente de Pmg.

pelo

AL­

gli-

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124.

A fração elicitora mais pura, FEA-P60-2, obt~

da na última etapa da purificação do elicitor extracelular de

H. va~tat~ix, mostrou possuir como principal açúcar compone~

te, a manose (88,77%), seguida pela glucose (6,67%) e galac­

tose (4,56%), não tendo sido detectados nesta amostra, a pr~

sença de ácidos urônicos, nem tampouco de glucosamina e ga­

lactosamina (Figura 7 e Tabela 13). Os açúc,ares manose, g~

lactose e glucose foram detectados em todas as frações elic~

toras provenientes de H. va~tat~ix, embora presentes, nas me~

mas, em diferentes proporções (Figura 7 e Tabela 13). A pr~

cipitação etanólica fracionada, a diálise, bem como as dife­

rentes técnicas cromatográficas utilizadas para a purifica­

ção do elicitor extracelular proveniente de urediniosporos de

H. va~tat~ix, não puderam separar os referidos açúcares. Es­

te fato sugere que a manose, glucose e galactose seriam os ~

nossacarídeos componentes das mesmas moléculas dos polissac~

rídeos presentes na fração elicitora FEA-P60-2. Por outro

lado, o elicitor de H. va~tat~ix não apresentou afinidade p~

la lectina Concanavalina-A, a qual apresenta sítios de liga­

ção específicos para resíduos a-D-manosil, a-D-glucosil e re

síduos estericamente similares (Figu Ta 2 e Tabela 7). Ain­

da, o tratamento da fração FEA-P60-2 com a enzima a-manosida

se, não afetou a atividade elicitora e tampouco o conteúdo

de carboidratos na amostra tratada Cyabela 16), apesar da m~

nose ser o principal açúcar componente nesta fração (Figu­

ra 7 e Tabela 13). Estes resultados sugerem que os monossa-

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125 .

carídeos componentes das moléculas de polissacarídeos extra­

celulares presentes na fração FEA-P60-2 e ativos como elici­

tores da síntese de gliceolina, estão unidos entre si por

ligações do tipo S. Estes resultados estão de acordo com

aqueles obtidos por LEAL et alii (l983), que, utilizando cro

matografia a gas e análise por infravermelho, iden ti ficaram

polissacarídeos, isolados de urediniosporos qe H. va~~a~~~x

por hidr6lise alcalina em solução de hidr6xido de s6dio 1M

a 22 9 C, como sendo 8-gluccmanan~. Estes autores verificaram

ainda, que as proporções molares de glucose e manose nestes

polissacarídeos, foram iguais a 13 e 86%, respectivamente.En

tretanto, os referidos autores, extraíram estes polissacarí

deos por hidr6lise alcalina, objetivando um estudo da compo-

sição dos urediniosporos de H. va~~a~~~x, não corre 1 acionan

do estas substâncias com quaisquer

O fracionamento da fração

atividades bio16gicas.

elicitora FEA-80 através

de cromatografia de afinidade em Concanavalina-A Senharose

4B indicou, ainda, que 9,12% dos polissacarídeos eluídos da

coluna e retidos pela membrana de diálise, apresentaram afi­

nidade pela referida lectina, sendo constituídos por manose

(Figuras 2 e 7; T2..be.1 a 61. Entretanto, estasa-mananas, não

se mostraram ativas como elicitores da síntese de gliceoli­

na (Tabela 7). Os tratamentos do elicitor de H. va~~a~~~x

com as enzimas S-glucosidase e S-galactosidase, onde se veri

ficou que os mesmos nao apresentaram qualquer efeito sobre a

atividade elicitora das amostras tratadas, sugerem que a ati

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126.

vidade biológica pode nao se dever à presença dos resíduos

de glucose e de galactose nas moléculas dos polissacarídeos

mas, provavelmente, às S-mananas, urna vez que as mesmas apa­

recem como componente principal na fração elicitora (Tabe­

las 13, 17 e 18). O pequeno decréscimo (5,1%) observado no

conteúdo total de carboidratos após o tratamento do elicitor

de H. va~~a~~ix com S-glucosidase, pode indiTar que esta en­

zima se mostrou ativa, uma vez que a quantidade normal de glu

cose na amostra FEA-P60-2 é baixa, não excedendo a 6,67% dos

açúcares totais (yabelas 13 e l8}. Entretanto, no caso do

tratamento com a enzima S-galactosidase, não poderia ser des

cartada a possibilidade dos resíduos de galactose presentes

no polissac~ídeo de H. va~~a~~ix, serem estericamente inaces

síveis ao ataque pela referida glicosidase. Ainda, poderiam

ser obtidas evidências diretas da participação real das S-ma

nanas na atividade do elicitor extracelular de H. va~~~x,

se o tratamento desta substância com a enzima 8-manosidase a

carretasse a perda de sua atividade biológica. Entretanto,

este experimento não pode ser realizado, uma vez que a refe­

rida enzima não é disponível no comércio. Contrariamente ao

elicitor extracelular de H. va~~a~~ix, estudado no presente

trabalho, os elicitores da síntese de gliceolina extraídos

de células autolisadas de S. Qe~evi~iae e de paredes de micé

lio de Pmg, foram identificados corno sendo 6-glucanas (HAHN

& AllBERSHEIM, 1978; AYERS et alii, 1976c e ALBERSHEIM & VA­

LENT, 1978). SHARP et alii (1984b) isolaram e purificaram

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127.

da parede do micélio de Pmg, o menor oligossacarídeo que po~

suía ainda atividade elicitora da síntese de gliceolina em

tecidos de soja. Apesar de terem sido obtidos oito isôme­

ros hexaCS-D-glucopiranosil}-D-glucitois, apenas um mostrou

ser biologi camente a ti vo, sendo que os autores concluíram que

os resíduos glucosil terminais, apresentando uma orientação

espacial específica, eram requeridos para a atividade eli­

ci tora da síntese de gl i ceo lina CSHARP e t alii, 1984a). Ain­

da, foram identificados sítios de ligação em membranas de cé­

lulas de soja para elicitores da síntese de gliceolina, a mi

colaminarina e 8-glucanas, isoladas, respectivamente, de Phy­

tophthoJta. spp. e de Pmg CYOSHIKAWA et alii, 1983; COSIO et

alii, 1988}. O fato de polissacarídeos extracelulares pro­

venientes de H. va.~ta.tJt~x, constituídos principalmente de

S-mananas e apresentando em sua composição apenas uma peque­

na proporção de resíduos de glucose ~,67%) (Figura 7 e Ta­

bela l3) serem ativos como elicitores da síntese de gliceoli

na em tecidos de soja, sugere que outros aspectos concernen

tes a esta atividade biolôgica, devam ser considerados. O

primeiro aspecto importante reside no fato de que a ativida­

de de substâncias como elicitores da síntese de gliceolina,

não requer necessariamente que estes elicitores sejam cons­

tituídos principalmente por resíduos de glucose (~-glucanas).

Por outro lado, resíduos de açúcar unidos entre si por liga­

ções do tipo S, poderiam fornecer uma estrutura espacial si­

milar àquela ~equerida para que ocorra a ligação do elicitor

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128.

ao sítio receptor presente em células de soja. A existência

de ligações do tipo 6 entre os monossacarídeos componentes

de polissacarídeos ativos como elicitores da síntese de gli­

ceolina, poderia ser importante para esta atividade biológi­

ca. Esta idéia é enfatizada pelo fato de que frações prove­

nientes de H. va~tat~~x, de S. Qe~ev~~~ae e de Pmg, as

quais não apresentaram afinidade pela Concana.valina-A sendo

constituídas principalmente por a-mananas, nao se mostraram

ativas como elicitores da síntese de gliceolina ~igu-

ras 2 e 7; Tabela 7) (BAHN & ALBERSHEIM, 1978; ZIEGLER & EONT

ZEN, 1982).

o elicitor extracelular de H. va~tat~~x mos­

trou possuir um peso molecular menor que 60.000 e maior que

6.000-8.000 daI tons , pois foi, respectivamente, eluído no vo

lume interno da coluna de Bio-Gel P-60 e retido no interior

da membrana de diálise. A fil tração da fração elici tora FEA­

A através de coluna de Bio-Gel P-60 permitiu separar, do eli

ci tor de H. va~tat~~x, uma fração (FEA-P60-l) çontendo um po

lissacarídeo de peso molecular maior, inativo como elicitor

da síntese de gliceolina e constituído principalmente de 6-

galactanas (Figuras 5 e 7; Tahelas 10 e 111. Foi detecta

da ainda, na fração elicitora FEA-P60-2 a presença de proteí

nas (),7l Eq ~g SAB/mll (Jabela 101. Estas proteínas mostra

ram um padrão de curva de eluição da coluna de Bio-Gel P-::60,

similar àquele observado para os carboidratos, embora te­

nh.am sido detectadas, nas frações eluídas, em concentrações

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129.

compara ti vamente bem menores (Figu ra 5). Es ta observação,

associada ao fato de que estas proteínas ou peptídeos, nao

puderam ser separadas dos carboidratos pelas técnicas de pu-

rificação utilizadas, poderiam sugerir que as mesmas esta-

riam ligadas aos polissacarídeos, ativos como elicitores da

síntese de gliceolina. Entretanto, estas proteínas presentes

na fração mais pura, FEA-P6Q-2, estando ou não ligadas a~ p~

lissacarídeos extracelulares de H. va~~a~~~x, não se mostra­

ram essenciais para a atividade elicitora (Jabela 15).

5.2. INESPECIFICIDADE DO ELIC1TOR EXTRACELULAR DE

H. va~:ta:t~~x

o polissacarídeo extracelular isolado de ure­

diniosporos autoclavados de H. va~~a~~~x mostrou possuir .uma

atividade bio16gica inespecífica, pois foi capaz de desenca­

dear a síntese de fi toalexinas em uma planta mão-hospedeira a

H. va~~a~~~x, como a soja lTabela 11). Vários autores de­

monstraram a inespecificidade de substãncias, isoladas de di

ferentes fungos fitopatogênicos, como elicitores da síntese

de fitoalexinas, sendo ativas em plantas hospedeiras e nao­

hüspedeiras CCRUICKSHANK & PERRIN, 1968; CLINE et alii,1978;

ANDERSON, 1978; DE WIT & ROSEBOOM, 1980; TIETJEN et alii,

1983 e KOMBRINK & HAHLBROCK, 1986l. Os resultados obtidos

no presente trabalho, concernentes . à inespecificidade dos po-

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130.

lissacarídeos extracelulares de urediniosporos de H. v~~t~­

tn~x, corno elicitores bióticos, inespecíficos, corroboram

a hipótese formulada por ALBERSHEIM & VALENT (1978) e

DARVILL & ALBERSHEIM (1984), de que a síntese de fitoalexinas

se constitui em U~ m~canismo efetivo e geral utilizado pelas

plantas para se defenderem do ataque de microorganismos nao­

patogênicos ou de raças avirulentas de um patógeno. GUZZO &

MORAES (}985) verificaram, ainda, que o filtrado aquoso de

urediniosporos não-autoclavados de H. v~~t~tn~x, contêm subs

tâncias ativas corno elicitores da síntese de gliceolina em

cotilédones de soja. Poderia se supor, com base nos resul­

tados aqui obtidos, bem corno naqueles encontrados por GUZZO &

MORAES (J98S), que, na natureza, os urediniosporos de H. V~~

t~tn~x em contato com um meio aquoso e estando sobre a super

fície de uma planta não-hospedeira, como a soja, poderiam li

berar estas substâncias elicitoras, as quais se constituiriam

em um sinal para as plantas iniciarem o processo de síntese

de fitoalexinas.

GUZZO et alii (J987) verificaram que substân­

cias de natureza polissacarídica presentes em filtrato aquo­

so de urediniosporos autoclavado3 de H. v~~t~tn~x, induzem

proteção em cafeeiros suscetíveis (~v. Mundo Novo) a urna sub

sequente inoculação com o patógeno. Estes polissacarídeos ,

compostos principalmente por manose C8l, 63%) puderam ser pr~

cipitados eom etanol a 80% (jjvl, não apresentaram afinida­

de pela lectina Concanavalina-A, e tampouco pela forte resi-

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131.

na catiônica AG-SOW e, finalmente, sua atividade biológica

não foi alterada pelos tratamentos com a-manosidase e S-glu­

cosidase. Os resultados obtidos no presente trabalho, bem

corno aqueles encontrados por GUZZO et alii (1987), sugerem

que estas substâncias provenientes de urediniosporos de H.

va~~a~~ix, biologicamente ativas, poderiam ser responsáveis

pela ativação de diferentes mecanismos de resistência de plan-

tas a fitopatógenos. Estes resultados corroboram aque-

les obtidos por HUMME et alii ()98l) , que verificaram que

substâncias de natureza polissacarídica extraídas, por auto­

clavagem, das paredes celulares de tubos germinativos de ure

diniosporos de U. pha~eoii, foram capazes de induzir resis­

tência e a síntese de fitoalexinas, após infiltração em fo­

lhas primárias de um cultivar de feijoeiro suscetível a este

fitopatógeno. Ainda, KOMBRINK & HAHLBROCK (1986) verificaram

que fragmentos de parede celular de diferentes fungos fitopa

togênicos, extraídos pela ação do calor, foram ativos corno

elicitores da síntese de fitoalexinas em cultura de células

de salsa em suspensão. Estas substâncias elicitoras foram

também capazes de ativar a síntese das enzimas hidrolíticas,

quitinase e 1,3-S-glucanase, envolvjdas nos mecanismos de re­

sistência de plantas a fitopatógenos. BONHOFF & GRISEBACH

(1988), verificaram também, que substâncias, capazes de eli-

citar o acúmulo de gliceolina em raízes de soja, induziram

ainda, a formação de calos e e proteção localizada contra uma

posterior inoculação com o pat~geno Pmg.

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132.

Embora estudos posteriores devam ser desen-

volvidos visando o esclarecimento dos mecanismos de açao de

elicitores bióticos inespecíficos, da síntese de fitoalexinas,

os resultados obtidos no presente trabalho, bem como a vasta

pesquisa desenvolvida p0T vários autores até o presente mo­

mento, sugerem que estas substâncias são capazes de ativar

diferentes mecanismos de defesa que conferem,is plantas re­

sistência i doenças.

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133.

6. CONCLUSOES

Os estudos realizados no presente trabalho per ,

mitiram chegar as seguintes conclusões:

1. A variedade de soja IAC-8 mostrou ser a mais adequada

quanto ã capacidade de sintetizar a fitoa1exina gliceo

lina e quanto ã uniformidade de resposta em presença

do elicitor proveniente de S. Qe~ev~~~~e.

2. Substâncias presentes no fi1trato aquoso bruto de ure-

diniosporos autoc1avados de Hem~le~~ V~J~~~~~X são ca

pazes de desencadear a síntese da fitoa1exina gliceoli

na em cotilédones de soja, variedade IAC-8.

3. O elicitor extracelular proveniente de urediniosporos

de H. v~~~a~~~x é precipitado com etanol a 80% (v/v),

não apresenta afinidade pela lectina Concanavalina - A

Sepharose 4B e tampouco pelo trocador aniônico dietil-

aminoetil-celulose.

4. O elicitor extracelular de H. V~J~~~~~X mostrou pos-

suir um peso molecular menor que 60.000 e maior que

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134.

6.000 daltons, sendo eluÍdo no volume interno de uma

coluna de Bio-Gel P-60 e retido no interior da membra-

na de diálise.

5. A atividade elicitora relativa aumentou gradativamente

durante o processo de purificação do elicitor extra

celular proveniente de H. va~tat~~x, sendo que a

fração elicitora mais pura apresentou uma atividade eli

ci tora relativa 16,7 vezes maior que o filtrado aquoso

bruto de H. va~tat~lx.

6. O elicitor extracelular purificado proveniente de ure-

diniosporos de H. va~tat~lx mostrou-se ativo mesmo

quando concentrações equivalentes a 0,92 ~g de carboi­

dratos foram aplicadas por cotilédone. A atividade eli

citora aumentou quando foram utilizadas concentrações

crescentes do elicitor purificado, atingindo um máximo

à concentrações equivalentes a 10 ~g de carboidrato por

cotilédone.

7. O elicitor extracelular de H. va~tat~~x é solúvel em

água, é termoestável, resiste ao tratamento com prona-

se e é suscetível à oxidação com :netaperiodato de -so-

dio.

8. O elicitor extracelular de H. va~tat~lx nao perde sua

atividade elicitora da síntese de gliceolina em coti­

lédones de soja, quando submetido a tratamentos enzi-

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135.

máticos com a-manosidase, B-galactosidase e B-glucosl

dase.

9. O tratamento do elicitor de H. va~~a~n~x com B-gluco­

sidase leva a um decréscimo no conteúdo de carboidra­

tos na amostra tratada (5,1 %), contrariamente aos tra­

tamentos com a-manosidase e B-galactosidase.

10. O elicitor extracelular de H. va~~a~n~x perde sua

atividade elicitora quando submetido a tratamento com

metaperiodato (94,63%), sendo que sua atividade bioló­

gica é parcialmente recuperada (56,20%) apos redução

com borohidreto de sódio e posterior hidrólise

fraca.

ácida

11. A fração elicitora mais pura, proveniente de uredini­

osporos de H. va~~a~n~x 'é rica em carboidratos, apre­

sentando proporções de carboidratos e proteínas iguais

a 86,48 e 13,52%, respectivamente.

12. O elicitor extracelular purificado proveniente de ure­

diniosporos de H. va~~a~n~x, possui natureza polissaca

rídica, apresentando como principal componente a mano­

se (88,77%), seguida pela glucose (6,67%) e galacto­

se (4,56%), estando estes monossacarídeos unidos entre

si por ligações do tipo S.

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136.

13. Não foi detectada na fração elicitora mais pura, prove

niente de urediniosporos de H. va~tat~~x, a presen-

ça de ácidos urônicos, e tampouco de galactosamina e

glucos amina.

14. O polissacarídeo extracelular isolado de uredinios-

poros autoclavados de H. va~tat~~x possui uma ativida­

de el ici tora inespecífi ca, sendo capaz de desencadear a

formação de fitoalexinas em uma planta nao hospedei­

ra de H. va~tat~~x, como a soja.

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