EFEITOS HIPOALGÉSICOS DE INIBIÇÃO DOS MÚSCULOS ... · algômetro para avaliar o limiar de dor...

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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Fisioterapia Alessandra Varoli Crema Camila de Oliveira Bomfim EFEITOS HIPOALGÉSICOS DE INIBIÇÃO DOS MÚSCULOS SUBOCCIPITAIS EM PACIENTES COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA: ESTUDO CONTROLADO ALEATORIZADO LINS SP 2019

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Fisioterapia

Alessandra Varoli Crema

Camila de Oliveira Bomfim

EFEITOS HIPOALGÉSICOS DE INIBIÇÃO DOS

MÚSCULOS SUBOCCIPITAIS EM PACIENTES

COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO

ESPECÍFICA: ESTUDO CONTROLADO

ALEATORIZADO

LINS – SP

2019

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ALESSANDRA VAROLI CREMA

CAMILA DE OLIVEIRA BOMFIM

EFEITOS HIPOALGÉSICOS DE INIBIÇÃO DOS MÚSCULOS

SUBOCCIPITAIS EM PACIENTES COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO

ESPECÍFICA: ESTUDO CONTROLADO ALEATORIZADO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Curso de Fisioterapia, sob a orientação do professor Me. Jonathan Daniel Telles e orientação técnica da professora Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS – SP

2019

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Crema, Alessandra Varoli; Bomfim, Camila de Oliveira

Efeitos hipoalgésicos de inibição dos músculos suboccipitais em

pacientes com dor cervical crônica não específica: estudo controlado

aleatorizado / Alessandra Varoli Crema; Camila de Oliveira Bomfim–

– Lins, 2019.

65p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em

Fisioterapia, 2019.

Orientadores: Jonathan Daniel Telles; Jovira Maria Sarraceni.

1. Dor Cervical Crônica. 2. Terapia Manual. 3. Fáscia. I Título.

CDU 615.8

C937e

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ALESSANDRA VAROLI CREMA

CAMILA DE OLIVEIRA BOMFIM

EFEITOS HIPOALGÉSICOS DE INIBIÇÃO DOS MÚSCULOS

SUBOCCIPITAIS EM PACIENTES COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO

ESPECÍFICA: ESTUDO CONTROLADO ALEATORIZADO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Fisioterapeuta.

Aprovada em: 02/12/2019

Banca Examinadora:

Profº Orientador: Me Jonathan Daniel Telles

Titulação: Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos -

UFSCar

Assinatura: ___________________________________________

Profº: Dr. Paulo Umeno Koeke

Titulação: Doutor em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos -

UFSCar

Assinatura: ___________________________________________

Alex Madureira Barros

Titulação: Pós Graduado em Fisioterapia Esportiva pela Metrocamp

Assinatura: ___________________________________________

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Em primeiro lugar agradeço a Deus por todas as maravilhas que realiza

em mim, por ter me dado o dom da vida e ter plantado em meu coração o

desejo de servir ao próximo. Devo tudo a Deus, pois sem Ele eu com certeza

não teria chegado onde cheguei e não teria conseguido alcançar um dos meus

maior sonhos: a tão sonhada graduação. Não posso me esquecer da tão doce

Virgem Maria que intercede a Deus por mim e segura a minha mão quando eu

sempre preciso, desde criança peço a Nossa Senhora Auxiliadora pelos meus

estudos e com oração incessante venho vencendo cada etapa da minha vida.

Também a tudo devo a duas pessoas primordiais: meus amorosos pais

Celso e Sueli! O que falar deles? Às vezes me faltam palavras para expressar

o quanto eu os amo e o quanto eles são importantes e essenciais para mim.

São meus maiores incentivadores, meus espelhos, exemplos, sempre

sonhando com o meu sucesso profissional. Desde pequena na minha casa a

educação foi um dos fatores principais para a minha formação e a do meu

irmão Anderson.

Estudar para mim nunca foi uma obrigação, mas sim prazeroso, algo

que me fazia sentir alegria e ânimo. Quando eu tinha 10 anos falei pra minha

mãe que eu iria seguir a área da saúde porque eu queria trabalhar com algo

que trouxesse para as pessoas a qualidade de vida, a felicidade, foi aí que ela

me levou a sua sessão de fisioterapia. Foi amor à primeira vista! No primeiro

contato eu senti que era aquilo que eu queria seguir por toda a minha vida e

desde então o meu amor só cresce e não cabe dentro de mim.

Agradeço as escolas EMFEIF de Souza Zacarias leão, Professor

Henrique Unger e ao Centro Educacional de Lins Nossa Senhora Auxiliadora

por terem participado da minha formação educacional, a todos os professores

no Censa que incansavelmente me prepararam para o vestibular e sempre

incentivaram a buscar cada vez mais e lutar pelos meus sonhos.

Deixo o meu muito obrigada ao Unisalesiano de Lins que me acolheu

como acadêmica e a todos os professores que me formaram como profissional

sempre trazendo o melhor em sala de aula. Meu agradecimento em especial

aos supervisores de estágio: Prof. Ma. Ana Cláudia de Souza Costa, Prof. Me.

Marco Aurélio Gabanela Schiavon, Prof. Ma. Gislaine Ogata Komatsu, Prof.

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Me. Antônio Henrique Semensato Júnior e por fim o Prof. Me. Jonathan Daniel

Telles que além de supervisor de estágio foi a minha escolha para orientador.

Eu e a minha parceira Camila não poderíamos ter feito outra escolha, o Prof.

Jonathan desde o começo do quarto ano vem nos auxiliando em tudo, nos

mostrando os caminhos, as possibilidades, nos incentivando a melhorar, nos

corrigindo com muito carinho, agindo com muita dedicação e seriedade. Sem

ele essa pesquisa não seria possível. Obrigada nosso querido orientador por

ter sido um excelente orientador e ter feito o melhor por nós.

Agradeço imensamente a Prof. Me. Jovira Maria Sarraceni por ter sido

uma professora mãe, corrigindo cada detalhe, sempre estando disponível para

tirar nossas duvidas, por estar sempre incentivando e passando pensamentos

positivos, organizando todo o nosso projeto.

Obrigada a minha dupla maravilhosa Camila Bomfim que agarrou firme e

encarou essa jornada ao meu lado sendo a minha metade, o meu guia, minha

calma nos meus momentos de ansiedade, sempre mantendo o equilíbrio

quando eu me encontrava cansada e desesperada, por ter sido dedicada e

centrada em todo o tempo, por ter sido uma verdadeira companheira.

Por fim agradeço as clínicas: Instituto Integrado da Coluna Vertebral,

Centro De Reabilitação Física de Guaiçara e Clínica Fisiolins que me

acolheram como estagiária e contribuíram de maneira importantíssima na

minha experiência e bagagem profissional. Agradeço imensamente a todos os

pacientes que tive a honra de atender nesses anos de acadêmica e estagiária,

por terem me proporcionado a cada dia aprender mais e poder vivenciar na

prática essa profissão maravilhosa.

Esse TCC dedico a Deus, minha família, a minha dupla Camila Bomfim,

a Maria Martuchi por ter rezado incansavelmente comigo e por sempre ter me

acolhido não importando a hora, a todas as pessoas que acreditaram em mim,

aos meus professores, pacientes e profissionais que me auxiliaram nessa

jornada. O meu mais sincero MUITO OBRIGADA!!!!

Alessandra Varoli Crema

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Agradeço primeiramente DEUS, que me proporcionou força e paciência

durante todos os anos da graduação e principalmente para a realização desse

trabalho, pois não foi fácil a cada nova etapa da graduação são novos desafios

e Ele nunca me desamparou sempre me proporcionando mais fé e foco para

concluir mais essa etapa, sem Ele nada disso seria possível.

Agradeço aos meus pais Céusa e Edgar, que não mediram esforços

para qυе еυ concluísse mais essa etapa da minha vida, por todo apoio, amor e

incentivo a mim durante toda minha vida, vocês são incríveis!! Ao meu noivo,

por todo apoio e compreensão durante todo o curso e a minha irmã Rafaela, é

para todos eles que dedico esse conquista, amo vocês!

A minha parceira Alessandra Crema, pela paciência e empenho para

que concluíssemos esse trabalho, foi um longo caminho até aqui, mas com

certeza valeu a pena, sua dedicação foi de fundamental importância para que

eu conseguisse seguir firme nessa caminhada, serei sempre grata.

A todos os professores que de alguma forma contribuíram para nossa

formação durante todo curso e estágios, principalmente aos supervisores: Prof.

Ma. Ana Cláudia de Souza Costa, Prof. Me. Marco Aurélio Gabanela Schiavon,

Prof. Me. Antônio Henrique Semensato Júnior, Prof. Ma. Gislaine Ogata

Komatsu e Prof. Me. Jonathan Daniel Telles que estiveram comigo diariamente

durante os estágios sempre prontos para tirar dúvidas e ensinar com muita

dedicação e amor.

Em especial ao Profº Me. Jonathan Telles a qual tivemos o privilégio de

tê-lo como orientador, o meu agradecimento especial, com ele compartilhamos

de sua sabedoria, competência, e máxima dedicação.

E a profª Ma. Jovira Sarraceni que com muita paciência nos ajudou com

a orientação técnica, sempre disposta a tirar nossas duvidas e nos corrigir

sempre que necessário.

Agradeço a cada paciente que Deus colocou no meu caminho, com cada

um tive grande aprendizado tanto na parte profissional, quanto na pessoal.

Muito obrigada a todos que participaram direta e indiretamente dessa pesquisa!

E por fim, dedico esse trabalho a Deus, a minha família que sempre me

apoiou e a minha parceira Alessandra, se não fosse por cada um de vocês com

certeza não estaria aqui hoje, obrigada!

Camila de Oliveira Bomfim

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Queridos Mestres,

Palavra alguma pode descrever a gratidão que sentimos pela devota dedicação

empenhada para nos passar o devido ensinamento. Foram tantos

planejamentos, noites mal dormidas e quanta paciência para explicar várias

vezes o mesmo conteúdo. Salário algum pode recompensar o bem que

executaram em nossas jornadas, ao trazer conhecimento à nossa existência.

Não são apenas os médicos que salvam vidas. Quem ensinou aos renomados

médicos a base do conhecimento? Quem ensinou aos cientistas a usar o

raciocínio lógico? Sem professores não haveria doutores e nem ciência a ser

estudada.Os caminhos que seguiremos terão traços dos ensinamentos que

recebemos em sala de aula. Talvez esqueceremos dos rostos e nomes mas

levaremos no subconsciente as lições aprendidas. Na escrita sempre terá a

presença simbólica da professora querida que pegou em nossas mãos para

que pudéssemos ter a coordenação para escrever. Tais evidências mostram

quão preciosa é esta profissão em nossas vidas. Obrigado queridos mestres!

(Joice Costa Siqueira Nunes)

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RESUMO

A cervical é uma região que apresenta movimentos amplos, podendo acontecer episódios de rigidez, hiperatividade muscular e pontos gatilhos pelo mecanismo de compensação. É comum que a dor acometa essa região, limitando o cotidiano e desencadeando a dor crônica. A dor é um mecanismo de defesa do organismo alertando mudanças, dizendo que algo está errado podendo alterar o fisiológico. A fáscia é um tecido conjuntivo fibroso que conecta todo o corpo em cadeias transmitindo alterações de uma região para outra. Desajustes fasciais levam a pontos gatilhos, encurtamento muscular e sobrecarga como na região suboccipital, que apresenta grande tensão e imobilidade podendo modificar os movimentos da linha superficial posterior gerando limitação de movimento. O objetivo deste estudo foi comparar o efeito hipoalgésico da aplicação da técnica de inibição dos músculos suboccipitais em relação ao placebo em indivíduos com dor cervical crônica não específica, quantificando a flexibilidade e o limiar de dor á pressão. . Foram selecionadas 20 voluntárias de 18 a 40 anos do sexo feminino sendo divididas em 10 no grupo placebo e 10 no grupo intervenção. O grupo intervenção recebeu a técnica de inibição dos suboccipitais e o grupo placebo as mãos do terapeuta ficaram apenas espalmadas. Foi realizado o teste terceiro dedo ao solo antes e depois da sessão para avaliar a flexibilidade e o algômetro para avaliar o limiar de dor á pressão. Como resultado no teste terceiro dedo ao solo a melhora foi de 19% do grupo técnica sendo que no grupo placebo não teve relevância estatística. Já no limiar de dor á pressão a melhora do grupo intervenção foi de 49.1% e do placebo 34.1% não apresentando diferença estatística entre os dois. Através dos resultados obtidos, pode-se concluir que a técnica de inibição dos músculos suboccipitais demostrou ter sido superior à técnica placebo em relação ao ganho de mobilidade da cadeia posterior, porém, não houve diferença estatisticamente significante em relação ao limiar de dor a pressão. É necessário associar as técnicas para melhores resultados e um período de várias sessões para a melhora da dor cervical crônica.

Palavras chave: Dor cervical crônica, Terapia manual, Fáscia.

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ABSTRACT

The cervical is a region that presents broad movements, which may occur stiffness, muscle hyperactivity and trigger points by the compensation mechanism. It is common the pain accommodate in this region, limiting daily life and triggering chronic pain. Pain is a body's defense mechanism alerting changes, saying that something is wrong and can change the physiological. A fascia is a fibrous connective tissue that connects the entire body in chains, transmitting changes from one region to another. Fascial misalignment leads to trigger points, muscle augmentation, and overload such as the suboccipital region, which has great tension and immobility that can alter the movements of the posterior superficial line leading to movement limitation. The aim of this study was to compare the hypoalgesic effect of applying the suboccipital muscle inhibition technique to placebo in patients with unspecified cervical cancer, quantifying the flexibility and pain pressure limit. Twenty female volunteers from 18 to 40 years old were selected and divided into 10 in the placebo group and 10 in the intervention group. The intervention group received the suboccipital inhibition technique and the placebo group the therapist's hands were just flattened. The third finger to the ground test was performed before and after the session to assess flexibility and the algometer to assess pressure pain threshold. As a result of the third finger-to-ground test the improvement was 19% of the technical group and in the placebo group there was no statistical significance. In the pain threshold pressure improvement of the intervention group was 49.1% and placebo 34.1% showing no statistical difference between them. From the results obtained, it can be concluded that the suboccipital muscle inhibition technique was shown to be superior to the placebo technique in relation to the posterior chain mobility gain, however, there was no statistically significant difference regarding the pain pressure threshold. Multiple resources need to be combined for best results and a multi-session period for chronic neck pain improvement.

Keywords: Chronic neck pain, Manual therapy, Fascia.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fáscia ........................................................................................ 15

Figura 2: Matriz fáscia da parte do interior da coxa ................................ 15

Figura 3: Tensegridade ............................................................................ 17

Figura 4: Design Buckminster Fuller com um modelo geométrico ......... 18

Figura 5: Linha superficial posterior ......................................................... 19

Figura 6: Fáscia plantar ............................................................................ 20

Figura 7: Músculos suboccipitais ............................................................. 23

Figura 8: Músculo trapézio ....................................................................... 25

Figura 9: Escala analógica de dor............................................................ 29

Figura 10: Escala de faces da dor ............................................................. 30

Figura 11: Teste terceiro dedo ao solo ...................................................... 37

Figura 12: Aplicação do algômetro ............................................................ 38

Figura 13: Aplicação da técnica de inibição dos suboccipitais ................. 39

Figura 14: Aplicação do placebo ................................................................ 40

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultados do teste terceiro dedo ao solo de ambos os grupos pré

e pós intervenção ....................................................................................... 41

Tabela 2 – Resultados do teste de limiar de dor por pressão de ambos os

grupos pré e pós intervenção ..................................................................... 41

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

DP: Desvio-Padrão

EVA: Escala Visual Analógica

GBF: Grupo Bandagem Funcional

GC: Grupo Controle

GCI: Grupo Corrente Interferencial

IASP: International Association for the Study of Pain

LSP: Linha Superficial Posterior

PGMs: Pontos Gatilhos Miofasciais

SDMs: Síndromes Dolorosas Miofasciais

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 13

1 CONCEITOS PRELIMINARES ....................................................... 15

1.1 A Fáscia ........................................................................................... 15

1.1.1 Tensegridade .................................................................................... 17

1.1.2 Linha superficial posterior ................................................................ 18

1.2 Dor cervical ...................................................................................... 20

1.2.1 Pontos de tensão ............................................................................. 22

1.2.2 Músculos suboccipitais .................................................................... 23

1.2.3 Músculo trapézio ............................................................................. 25

1.3 Dor crônica não específica .............................................................. 26

1.3.1 A dor ................................................................................................. 27

1.3.2 Incidência ......................................................................................... 30

1.3.3 Sistema de alarme............................................................................ 31

1.4 Terapia manual ............................................................................. 33

1.4.1 O tecido conjuntivo .......................................................................... 34

1.4.2 Alívio da dor ..................................................................................... 34

1.4.3 Técnica de inibição dos músculos suboccipitais ............................. 35

2 O EXPERIMENTO ........................................................................... 36

2.1 Aspectos éticos e metodológicos .................................................... 36

2.2 Participantes da Pesquisa ............................................................... 36

2.3 Protocolo .......................................................................................... 37

2.4 Apresentação e Análise dos dados ................................................. 40

2.5 Discussão ......................................................................................... 42

2.6 Conclusão ........................................................................................ 45

REFERÊNCIAS .......................................................................................... 46

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ANEXO ....................................................................................................... 54

APÊNDICE.................................................................................................. 61

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INTRODUÇÃO

A dor é um sistema de defesa do organismo, sendo um mecanismo de

alerta e proteção do nosso corpo. A dor é considerada crônica depois de

persistir por 3 meses e essa dor ocorre pois o cérebro concluiu de uma forma

subconsciente que está sobre o efeito de alguma ameaça. A intensidade da dor

não necessariamente está ligada com o tamanho da lesão. (BUTLER;

MOSELEY, 2009)

É necessário mais estudos sobre a dor crônica investigando os fatores

associados a ela como sexo, idade, etnia, nível de escolaridade, peso corporal

e prática de atividade física. De acordo com um estudo que foi realizado pela

organização mundial de saúde na América do sul, existe alta prevalência de

influências culturais na dor crônica e 31% desses casos se encontram no

Brasil. (SÁ et al., 2009)

A fáscia é uma totalidade, sendo um tecido conjuntivo fibroso que

recobre todo nosso corpo, desajustes fasciais podem levar a pontos gatilhos,

sobrecarga em outras estruturas e encurtamentos musculares. A área

suboccipital apresenta excesso de tensão e imobilidade, compressões na linha

superficial posterior podem levar a limitações. As Técnicas de terapia manual

reorganizam as fibras fasciais, eliminando as tensões e devolvendo a

mobilidade. (MYERS, 2016)

As disfunções somáticas vertebrais do pescoço são geralmente causadas por movimento brusco e inesperado. Essas disfunções geram uma sensibilização do circuito neural medular, periférico e autônomo, chamado de fenômeno de sensibilização ou facilitação medular. Essa sensibilização neural pode afetar as comunicações nervosas, vasculares e musculoesqueléticas da coluna cervical e assim gerar cervicalgia, alterações posturais e redução da amplitude de alguns movimentos. (STELLE et al., 2013, p. 01)

A terapia manual vem sido utilizada no tratamento de várias patologias,

tendo bons resultados e sendo realizadas com o objetivo de estimular a

propriocepção, estimulando o liquido sinovial e produzindo o alivio da dor. O

terapeuta procura a causa do sintoma, encontrando a solução. (ARAÚJO,

2012)

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Diversos mecanismos neurofisiológicos estão envolvidos com os efeitos das técnicas de terapia manual. Os principais efeitos da aplicação das técnicas são: hipoalgesia, inibição do espasmo muscular por influência na excitabilidade do motoneurônio, melhora do controle motor e repercussões no sistema nervoso autônomo. Os benefícios parecem estar mais envolvidos com o efeito hipoalgésico, tanto por mecanismos periféricos quanto centrais. (NOGUEIRA, 2008, p. 419)

Diante dessas informações surge a seguinte pergunta: a técnica de

inibição dos músculos suboccipitais pode aumentar o efeito hipoalgésico em

indivíduos com dor cervical crônica não especifica?

A partir desse questionamento, a hipótese do presente estudo é que,

através da diminuição da tensão e relaxamento dos músculos suboccipitais

causados pela técnica de inibição dessa musculatura, ocorra uma liberação

dos pontos de tensão e assim uma melhora na dor cervical crônica.

O objetivo deste estudo foi comparar o efeito hipoalgésico da aplicação

da técnica de inibição dos músculos suboccipitais em relação ao placebo em

indivíduos com dor cervical crônica não específica, quantificando a flexibilidade

e o limiar de dor á pressão.

A metodologia é baseada em um estudo experimental e quantitativo, é

um estudo randomizado, controlado e cego.

O trabalho está assim estruturado: nos conceitos preliminares, o primeiro

tema abordado expõe sobre o tecido fascial e suas subdivisões a tensegridade

e a Linha Superficial posterior. No segundo tema, falamos sobre a dor cervical,

os pontos de tensão muscular; músculos suboccipitais; e o músculo trapézio. O

terceiro tema é a Dor crônica não específica, onde abordamos sobre o estudo

da dor; a incidência; e o sistema de alarme. A terapia manual é o quarto tema,

onde é exposto sobre o tecido conjuntivo; o alívio da dor; e sobre a técnica

aplicada de inibição dos músculos suboccipitais.

O experimento: foi descrito os aspectos éticos e metodológicos, os

participantes dessa pesquisa, o protocolo e a apresentação dos resultados

obtidos com esse estudo.

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1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 A Fáscia

A fáscia é um tecido conjuntivo de fibras irregulares sem interrupção

(Figura 1 e Figura 2), conectando todo corpo do topo da cabeça as pontas dos

dedos dos pés, envolvendo, protegendo e se entrelaçando com outros tecidos

do corpo como músculos, ossos, nervos e cada célula do corpo. (JORGE et al.,

2011)

Figura 1: Fáscia

Fonte: Myers, 2016, p.16.

Figura 2: Matriz fáscia da parte do interior da coxa.

Fonte: Myers, 2016, p.46.

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Células do tecido conjuntivo são menos eficazes na contração,

secretando variedade de produtos para o espaço intercelular se combinando

para formar cartilagens, ligamentos, ossos, etc. São células que constrói um

material forte e flexível, introduzindo uma variedade de substâncias nesse

espaço intercelular como elastina, colágeno, fibras de reticulinas e proteínas

interfibrilares chamadas de “substância fundamental”. (MYERS, 2010)

Existem três tipos básicos de fibras: colágeno, elastina e reticulina. A reticulina é uma fibra muito fina, um tipo de colágeno imaturo que predomina no embrião, mas é largamente substituída por colágeno, no adulto. A elastina, como o próprio nome indica, é empregada em áreas como a orelha, pele ou determinados ligamentos onde a elasticidade é necessária. O colágeno, de longe a proteína mais comum no corpo, predomina na rede fascial e é facilmente observado - na verdade, inevitavelmente - em qualquer dissecção ou mesmo qualquer corte de carne. (MYERS, 2010, p.17)

A fáscia tem funções sensoriais, envolvendo grandes lâminas fasciais,

que facilita o deslizamento dos tecidos, reveste e conecta estruturas, oferece

um meio de armazenamento de energia. (CHAITOW, 2015)

Para considerar as características fasciais observa-se dois princípios,

sendo a lei de Hooke que diz que o estresse imposto sobre tecidos é

proporcional a tensão produzida estando dentro do limite elástico desse tecido

e a lei de Wolffe que traz a concepção que os tecidos se remodelam

respondendo ás forças colocadas sobre ele, sendo que as forças mecânicas

são transmitidas dentro do citoesqueleto e da matriz nuclear das células,

ocorrendo mudanças bioquímicas e de transcrição. (CHAITOW, 2015)

Esse tecido armazena um pouco de energia mecânica que é aplicada

sobre ele, utilizando essa capacidade para voltar ao seu tamanho e formato

original sendo esse processo de armazenamento e perda de energia conhecido

como histerese. (CHAITOW, 2015)

O corpo não é estático, é dinâmico e está sempre se equilibrando para

preservar a estrutura anti gravidade. A fáscia tem função coordenativa,

anexando todos os músculos e fibras coordenando os grupos de tecidos moles

e duros, influenciando diretamente nos mecanismos da coluna vertebral,

fornecendo maleabilidade e força de tensão ao corpo, resistindo a diferentes

tipos de forças dependendo da quantidade, densidade e alinhamento das fibras

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de colágeno. (JIMENEZ; GIOJA, 2017)

Existe um equilíbrio entre as propriedades elásticas e do colágeno

permitindo plasticidade, flexibilidade e determinando a força do tecido fascial

posteriormente determinando as características de cada tecido em áreas

específicas do corpo de maneira particular. (JIMENEZ; GIOJA, 2017)

1.1.1 Tensegridade

A tensegridade refere-se as estruturas que mantém a sua integridade

equilibrando tensão e compressão (Figura 3), sendo caracterizada por uma

tensão ininterrupta em torno de compressão localizada. Estruturas de

tensegridade necessitam apresentar eficiência e ser adaptável para um bom

sistema biológico, possibilitando através desse princípio a compreensão de

como os corpos iniciam o movimento, crescem, desenvolvem-se, estabiliza,

mudam, reagem ao estresse e reparam lesões. (MYERS, 2010)

Figura 3: Tensegridade

Fonte: Myers, 2016, p.46.

Existem apenas duas maneiras de sustentar algo neste universo físico - através de tensão ou compressão; prenda-o ou pendure-o. Nenhuma estrutura é totalmente baseada em um ou outro; todas as estruturas misturam-se e combinam estas duas forças de diferentes maneiras em diferentes momentos. (MYERS, 2010, p.45)

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Figura 4: Design Buckminster Fuller com um modelo geométrico.

Fonte: Myers, 2016, p.46.

O modelo de tensegridade deve nos lembrar que a carga que transmite

tensão tem efeitos mecânicos e químicos (Figura 4), de modo em que

mudando a arquitetura, também muda suas funções. A mecanotransdução se

refere a maneira que ocorre a conversão das células aos estímulos mecânicos

diante de atividades químicas. (CHAITOW, 2015)

As estruturas biológicas foram submetidas aos parâmetros da seleção

natural, lavando ao emprego dos princípios da tensegridade sendo que toda

matéria está sujeita a limitações do espaço sendo possível que estruturas

trianguladas de tensegridade foram selecionadas devido sua eficiência

estrutural e alta resistência mecânica. Estruturas de tensegridade oferecem

máxima quantidade de força para qualquer quantidade de determinado material

sendo que as unidades de compressão pode ser construídos em uma forma de

tensegridade aumentando seu desempenho. O esqueleto é uma estrutura de

compressão contínua, repousando o peso da cabeça a 7ª vértebra cervical,

repousando cabeça e tórax sobre a 5ª vértebra lombar prosseguindo até os pés

que suportam todo o peso do corpo, transmitindo para a terra. (MYERS, 2010)

1.1.2 Linha superficial posterior

A linha superficial posterior conecta todas as estruturas posteriores do

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corpo em duas partes – dos pés aos joelhos e dos joelhos até a crista

supraorbital (Figura 5). Sua função é suportar o corpo em pé prevenindo a

posição de flexão. Os joelhos tem a função de extensão, são flexionados para

traz pelos músculos da linha superficial posterior (LSP). (MYERS, 2010)

Figura 5: Linha Superficial Posterior.

Fonte: Myers, 2016, p.8.

Indivíduos com pouca retração dos músculos da linha superficial

posterior ao ficar em flexão de tronco com os joelhos estentidos, apresentará

ângulo coxofemoral fechado de 90 graus com a coluna quase na horizontal.

Indivíduos com músculos posteriores muito encurtados irão apresentar

dificuldades em realizar essa mesma angulação próxima a 90 graus, seus

músculos serão mais curtos na região do tronco tendo tendência a

verticalização. (WILHELMS et al., 2010)

Na LSP existem padrões comuns de compensação como isquiotibiais

encurtados, limitação da dorsiflexão do tornozelo, hipertensão do joelho,

nutação do sacro, deslocamento anterior da pelve, ampliação do extensor em

flexão torácica, deslocamento anterior ou rotação do occipital, limitação

suboccipital levando a hiperextensão cervical superior e desconexão do

movimento olho-coluna. (MYERS, 2010)

Na região posterior dos membros inferiores, observa-se os músculos:

glúteo máximo tendo sua ação apenas na articulação do quadril, bíceps

femoral, semitendineo, semimembranaceo que são músculos biarticulares,

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tendo ação nas articulações do joelho e quadril. (FLOYD, 2011)

Figura 6: Fáscia plantar

Fonte: Myers, 2016, p.76.

Na fáscia plantar (Figura 6) ocorre pouca elasticidade, gerando uma

força de tração ao longo da fáscia durante a fase de apoio da marcha podendo

ocorrer degeneração consequente de forças de tração de maneira repetitiva e

exacerbada na porção medial da tuberosidade do calcanhar. Esses micro

traumas na fáscia plantar se relacionam com micro rupturas nessa fáscia

ocorrendo um processo inflamatório podendo acometer nervosos dos músculos

abdutor e tibial posterior. (FERREIRA, 2014)

1.2 Dor cervical

A coluna cervical é constituída por sete vértebras, cinco discos

intervertebrais e um conjunto de ligamentos sendo dividida em segmento

rostral (occipito-atlanto-axial) responsável pelo movimento cervical tanto de

extensão e flexão como o de rotação; e as caudais (C3-C4-C5-C6-C7)

responsáveis pelos movimentos de flexão, extensão e movimentação lateral da

coluna. O ligamento longitudinal anterior previne as lesões de hiperextensão, o

ligamento longitudinal posterior presente na região posterior vertebral, o

ligamento amarelo estando sob as lâminas vertebrais possuindo capacidade

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elástica, articulações zigoapofisárias, ligamentos intertransversos,

interespinhosos e discos intervertebrais. (TEIXEIRA et al., 2001)

Em um adulto a coluna vertebral possui quatro curvaturas sendo

lordoses cervicais e lombares e cifoses torácicas e sacrais, promovendo a

estabilidade da coluna suportando a compressão no sentido axial para facilitar

a postura bípede. Ocorrendo uma sobrecarga essas curvaturas podem

aumentar, comprimindo os discos. (MELO, 2012)

As vértebras cervicais estão entre o occipito e as vértebras torácicas

sendo menores e tendo ampla movimentação. A vértebra C1 (atlas) não possui

corpo e processo espinhoso tendo considerável grau de flexão e extensão da

cabeça pelas articulações atlanto-occipitais, acomodando os côndilos

occipitais. A vértebra C2 (áxis) possui uma pequena projeção, o seu dente é

projetado verticalmente para a atlas atuando para ocorrer a rotação da atlas

com o crânio. (MELO, 2012)

Dor cervical é caracterizada por rigidez na região da coluna cervical

podendo ocorrer irradiação para os membros devido a várias etiologias. Tem

grande potencial de lesões ocorrendo assim o acometimento de uma certa

quantidade de indivíduos no cotidiano levando em consideração a

complexidade estrutural dessa região. É uma grande razão de internação,

cirurgias tendo um impacto significativo devido sua incapacidade. A coluna

vertebral é o eixo do corpo, dando sustentação, flexibilidade necessária para o

tronco, cabeça e membros, recebendo e transmitindo peso ao quadril através

das articulações sacroilíacas, protegendo a medula espinhal. (MELO, 2012)

Geralmente indivíduos com dor cervical tem a postura da cabeça

anteriorizada levando a hiperatividade do músculo trapézio e desconforto nessa

região. Muita ativação dessa região sem intervalos de descanso levará a danos

nas fibras e dor muscular, causando alterações posturais nesses indivíduos.

Existe um sistema chamado feedforward nos músculos cervicais contribuindo

para a estabilização, atraso nesse mecanismo vai levar a exposição da cervical

a forças que surgem com o movimento. (MARQUES; MESQUITA, 2010)

Os movimentos maiores e mais significativos da coluna vertebral

ocorrem na coluna cervical e na lombar, havendo discreto movimento torácico.

Os movimentos da cabeça acontecem entre o crânio e a primeira vértebra

cervical. A região da coluna cervical pode se flexionar e se estender a 45º,

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flexionando-se lateralmente a 45º e girando cerca de 60º. (FLOYD, 2011)

A coluna cervical apresenta grande mobilidade, passando estruturas

nobres. Seu potencial de lesão e microtraumas é grande durante as atividades

de vida diária. Traumas ósseos, ligamentares, condições neurológicas,

infecções, e outras condições sistêmicas são causas de dor cervical. Uma

causa comum são as hérnias discais e osteófitos decorrentes de osteoartrites.

(MELO, 2012)

A cervicalgia é a segunda causa de dor na coluna vertebral perdendo

para a dor lombar, tem um índice maior em mulheres podendo acometer cerca

de 12% a 34% da população em algum momento da vida promovendo a

redução da qualidade de vida, tendo forte relação com indivíduos que

pratiquem atividades manuais, que passam por muita tensão, limitando a

amplitude de movimento podendo levar a disfunções estruturais e emocionais.

Tem relação com movimentos repetitivos, vício postural, raramente se

apresentando de maneira súbita. (SANTOS et al., 2017)

1.2.1 Pontos de tensão

As síndromes dolorosas miofasciais (SDMs) podem estar

acompanhadas de disfunções como hérnia, tumores, etc. Muitos músculos da

região cervical podem apresentar SDMs. No músculo esternocleidomastóideo a

dor é referida para o esterno, região occipital e clavicular. O acometimento dos

músculos escalenos normalmente é pelos vícios posturais e anormalidade

respiratória, podendo causar dor referida na cabeça e cervical, podendo causar

a síndrome do desfiladeiro torácico. A SDMs dos músculos suboccipitais causa

cefaleia e dor na região occipital, restringindo a flexão e rotação da cervical,

sua dor pode irradiar para a região temporomandibular. (TEIXEIRA, 2001)

Os pontos gatilhos miofasciais (PGMs) são regiões de maior

sensibilidade com aumento da tensão muscular, sendo palpável e resultando

dor local ou até mesmo referida. Os PGMs estão ativos quando a dor for

persistente e na palpação ocorre a dor irradiada, ocorrendo com bastante

frequência na região cervical. Quando os pontos gatilhos estão latentes, só

apresentam dor local quando estimulados. (ROCHA; SANCHEZ; SIQUEIRA,

2006)

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Os pontos gatilhos são nódulos com sensibilidade aumentada podendo

estar no músculo ou na fáscia podendo estar associados com fraqueza

muscular, limitação da amplitude de movimento ou algumas disfunções. Não

existe consenso na literatura em relação aos pontos gatilhos, porém existem

algumas causas como: microtraumas, sobrecarga, movimentos repetitivos,

vícios posturais e traumas. Alterações como ansiedade, perda da massa

muscular, alterações climáticas e compressões nervosas podem se relacionar

com os pontos gatilhos. Seu aparecimento contribui para o encurtamento

muscular, diminui o fluxo do sangue, altera a circulação reduzindo a

oxigenação e os nutrientes no local. (SOARES; RODRIGUES; SEIXAS, 2015)

1.2.2 Músculos suboccipitais

Os músculos suboccipitais (Figura 7) são responsáveis pela abertura da

linha superficial posterior (LSP), sendo os músculos: reto posterior e obliquo

importantes para o funcionamento da LSP. Os quatro músculos são: reto

posterior menor e maior da cabeça, obliquo superior e inferior da cabeça.

(MYERS, 2010)

Figura 7: Músculos suboccipitais.

Fonte: Myers, 2016, p.88.

O músculo posterior maior da cabeça tem sua origem no processo

espinhoso do áxis, inserção no terço médio da linha nucal inferior tendo como

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função ativa unilateral: vira e inclina a cabeça para o lado ipsilateral e ativo

bilateral: trabalha em conjunto na regulação da posição e da cinemática da

articulação da cabeça e extensão, sua inervação é pelo nervo suboccipital.

(PUTZ; PABST, 2006)

O músculo reto posterior menor da cabeça tem sua origem no tubérculo

posterior do atlas, sua inserção no terço medial da linha nucal inferior. Sua

função ativa unilateral vira e inclina a cabeça para o lado ipsilateral e ativo

bilateral trabalha em conjunto na regulação da posição e da cinemática da

articulação da cabeça e extensão, inervado pelo nervo suboccipital. (PUTZ;

PABST, 2006)

O músculo oblíquo superior da cabeça tem sua origem no tubérculo

posterior do processo transverso do atlas, sua inserção no terço lateral da linha

nucal inferior. Sua função ativa unilateral vira a cabeça e inclina a cabeça para

o lado ipsilateral e ativo bilateral trabalha em conjunto na regulação da posição

e da cinemática da articulação da cabeça e extensão, inervado pelo nervo

suboccipital. (PUTZ; PABST, 2006)

Por fim o músculo oblíquo inferior da cabeça tem sua origem no

processo espinhoso do áxis e a inserção na margem posterior do processo

transverso do atlas, tem como função ativa unilateral vira e inclina a cabeça de

lado ipsilateral e ativo bilateral trabalha em conjunto na regulação da posição e

da cinemática da articulação da cabeça e extensão, é inervado pelo nervo

suboccipital (PUTZ; PABST, 2006)

Da crista occipital, a LSP continua para cima e sobre o occipital até que estas camadas adentram a gálea aponeurótica, ou fáscia epicrânia, que inclui o pequeno deslizamento dos músculos occipital e frontal, todos claramente orientados no mesmo sentido que a LSP. Esta finalmente chega e repousa em uma forte ligação com a testa ou crista supraorbitária, no osso frontal, logo acima da cavidade ocular. (MYERS, 2010, p. 89)

Os músculos posteriores da cabeça são responsáveis pela manutenção

da retificação cervical. O plano mastigatório quando está na horizontal a

cabeça fica em equilíbrio sendo considerada uma alavanca interfixa tendo seu

apoio sobre os côndilos occipitais. Esses músculos geram potência para

balancear o peso da cabeça, pois ela tende a pender para frente.

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(NASCIMENTO, 2017)

1.2.3 Músculo trapézio

O músculo trapézio (Figura 8) tem origem na parte descendente na

escama occipital, processos espinhosos da vértebra cervical superior sobre o

ligamento nucal. Parte transversa nos processos espinhosos das vértebras

cervicais inferiores e torácicas superiores. Parte ascendente nos processos

espinhosos das vértebras torácicas médias e inferiores. Sua inserção é na

parte descendente no terço acromial da clavícula, parte transversa no acrômio,

parte ascendente na espinha da escápula. (PUTZ; PABST, 2006)

Ação: parte descendente: impede o afundamento do cíngulo superior e

o braço, eleva a escápula e vira o seu ângulo inferior para a lateral para a

elevação do braço acima da horizontal com o músculo serrátil anterior, no

cíngulo do membro superior firme vira a cabeça para o lado contralateral,

estende a vértebra cervical pela inervação bilateral. Parte transversa: puxa a

escápula para baixo. Parte ascendente: abaixa a escápula e vira-a para baixo.

(PUTZ; PABST, 2006).

Figura 8: Músculo Trapézio

Fonte: Putz; Pabst, 2006, p.22.

A parte descendente do músculo trapézio é uma parte fraca que permite

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um pouco de elevação da clavícula, auxilia na extensão do pescoço em razão

de sua origem na base do crânio. A parte transversa é resistente e espessa

realizando elevação mais vigorosa, rotação e retração da escápula. É muito

ativa no posicionamento no ombro e raramente se encontra fraca podendo

causar dor e desconforto devido sua tensão. (FLOYD, 2011)

A parte descendente auxilia na retração e gira a escápula para cima.

Geralmente se encontra fraca principalmente em pessoas que utilizam bastante

da abdução escapular. Quando todas as partes do trapézio trabalham juntas a

tendência é de tracionar para cima e aduzir ao mesmo tempo. Uma ação não

muito comum do trapézio é fixar a escápula para favorecer a ação do músculo

deltoide. (FLOYD, 2011)

O acometimento do músculo trapézio irá resultar em flexão ou extensão

excessiva devido estresse emocional, sobrecarga funcional devido carga

excessiva nas atividades. A dor irá ser referida para a face posterolateral do

pescoço, mastoide, região temporal e orelhas, sendo o músculo mais

acometido por pontos gatilhos. (TEIXEIRA et al., 2001).

A máxima capacidade do músculo de desenvolver a tensão e exercer

força varia de acordo com o seu comprimento durante a contração.

Dependendo do músculo, a maior tensão pode ser desenvolvida quando ele é

alongado entre 100 e 130% do seu comprimento em repouso. Quando

acontece de o músculo ser alongado além desse ponto a sua quantidade de

força a ser exercida diminui. (FLOYD, 2011)

1.3 Dor crônica não específica

De acordo com Lima; Trad (2007), a dor crônica pode ser considerada

um problema de saúde pública bastante importante, assim como a grande

demanda por recursos tecnológicos e serviços de saúde para a abordagem de

diversos problemas envolvidos na incapacidade e sofrimento resultantes. Um

grande desafio para os profissionais da saúde é lidar com o cuidado da pessoa

com dor crônica.

Nos últimos cinquenta anos, o estudo da dor tem contribuído com mudanças profundas na compreensão da dinâmica e

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complexidade do sistema nervoso; tem impulsionado o reconhecimento da importância das dimensões socioculturais e psíquicas na experiência e expressão do fenômeno doloroso, além de proporcionado a diversificação de recursos terapêuticos mobilizados no cuidado da dor crônica. (LIMA; TRAD, 2007, p. 2672)

Existe um sistema de inibição da dor, ocorrendo a fabricação de

substâncias que não permitem que a dor continue se manifestando para que a

dor não permaneça, sendo muito importante para a homeostase do organismo.

Por exemplo, se esse mecanismo não existisse, um machucado iria

permanecer doendo ao longo de todo o processo de cura. Quando esse

sistema falha ocorre a dor crônica, uma dor que é altamente debilitante e com

consequências físicas e emocionais. Patologias como cefaleia, cervicalgia,

lombalgia, reumatismos e fibromialgia são consideradas crônicas, pois são

processos patológicos estruturais ou viscerais ou também disfunções do

sistema nervoso central e/ou sistema nervoso periférico que são prolongados.

(BASTOS et al., 2007)

1.3.1 A dor

A dor é um sinal, acontece em resposta a alterações fisiológicas no

corpo, tendo em conjunto o fator psicológico. A dor tem um papel muito

importante para a detecção de que algo está errado, algum sistema está em

disfunção. Ela apresenta um impacto considerável na vida das pessoas,

dificultando o cotidiano. Existem meios de identificar a dor e sua intensidade

como as analógicas de rostos que são facilmente visíveis para crianças e

adultos que não conseguem se expressar verbalmente, a analógica visual

através de uma régua com numeração de 0 a 10, muito utilizada por

fisioterapeutas. (OLIVEIRA, 2016)

A dor é manifestada e sentida por cada indivíduo de maneira diferente

tendo reações variadas, causa um conflito interior deixando o indivíduo

angustiado podendo interferir nas atividades de vida diária, chegando ao ponto

de a dor ser o foco predominante. (BASTOS et al., 2007)

A dor aguda é considerada como parte do nosso sistema nociceptivo, o sistema de defesa que prontamente alerta o

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corpo para influências externas danosas, originada através da estimulação das terminações nervosas que contêm os nociceptores. Imagina-se que a dor aguda, penetrante, facilmente localizável, seja transmitida pelas fibras nervosas finas A delta de condução rápida (15 m/s). A dor crônica, descrita como surda, amolante, em queimação e de difícil localização, é mediada pelas fibras C, pobremente mielinizadas (velocidade de condução de 1 m/s). (OLIVEIRA; GABBAI. 1998. p. 87)

Dor não se trata apenas de uma sensação que não é agradável, mas

também de um estímulo de sobrevivência importante. O ser humano está

exposto a ações de mudança de temperatura, mudanças mecânicas, exposição

a determinados agentes químicos e possível falta de oxigênio. O mecanismo

do sistema nervoso de detectar possíveis danos leva a respostas

comportamentais de proteção e reações reflexas. (PATEL, 2010)

Dor fisiológica é protetiva, responde a estímulos rápidos de proteção

com o objetivo de parar o que está causando a dor, por exemplo, quando se

encosta a mão em um ambiente de temperatura muito elevada causando dor,

automaticamente a reação é de retirada. Esse tipo de dor é característico de

dor aguda, uma dor que não se perdura por longos períodos. Dor prolongada é

considerada crônica, sendo nociva e também independente do estimulo que a

gerou. (KLAUMANN; WOUK; SILLAS, 2008)

Existe um mito de que mulheres tem o limiar de dor menor do que dos

homens, sentindo então mais dor, porém é mais provável que as mulheres

sejam mais honestas ao descrever a dor sendo o trabalho de parto um exemplo

de fortaleza das mulheres. Estudos revelam as diferenças no limiar de dor em

diversas culturas, deixando clara a particularidade de cada ser humano. Ou

seja, a dor de uma pessoa com determinado problema ou acontecimento nunca

será a mesma dor mesmo em outro indivíduo com a mesma situação.

(BUTLER; MOSELEY, 2009)

Não necessariamente o tamanho da lesão tem relação com o limiar da

dor, isso vareia, uma lesão superficial podendo gerar mais dor do uma lesão

profunda por exemplo. Quando alguma lesão ou alteração no organismo não

gera dor isso quer dizer que o cérebro não interpretou isso como algo

ameaçador, não disparando o estimulo doloroso. É o cérebro que decide se vai

ocorrer o estimulo doloroso ou não, se tal evento é considerado ameaçador,

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isso acontece o tempo todo sem nenhuma exceção. (BUTLER; MOSELEY,

2009)

Diferentemente das dores agudas, a dor crônica não está relacionada com a permanência ou aparecimento de alterações neurovegetativas (sinais de alerta). Dor crônica é mais que um sintoma é a doença que persiste; não desaparece após a cura da lesão ou está relacionada a processos patológicos crônicos. A literatura aponta um tempo igual ou superior a três meses da vigência de dor. (SALLUM; GARCIA; SANCHES, 2012)

Ocorre a liberação de endorfinas e outros neuromodulares quando tem

uma dor intensa e sobre efeito do estresse, tendo a interação da depressão e

da ansiedade na percepção da dor por mecanismos inibitórios e facilitatórios.

Associadas a dor crônica existem o envolvimento de unidades noradrenérgicas

e serotoninérgicas no mecanismo da ansiedade e depressão. Na maioria dos

pacientes com dor crônica o sofrimento se instala, tornando a dor mais intensa

devido a resposta emocional negativa em relação a dor. (TEIXEIRA, 2006)

É de extrema importância a mensuração da dor para traçar uma conduta

e resolução do problema. Com a mensuração adequada é permitido o

discernimento de qual tratamento é o mais indicado para cada situação e

realizar um melhor acompanhamento. Não se pode olhar apenas para a

característica sensitiva da dor, descartar suas propriedades afetivas e

motivacionais não é olhar para o problema como um todo. Para ter um bom

engajamento científico a mensuração é primordial. (SILVA; RIBEIRO-FILHO,

2011)

Figura 9: Escala Analógica de Dor

Fonte: Fortunato et al., 2013.

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Figura 10: Escalas de Faces da Dor.

Fonte: Fortunato et al., 2013.

Instrumentos para quantificar a intensidade da dor sendo classificados

em unidimensionais e multidimensionais. Os unidimensionais analisam

somente uma característica, muito utilizado para quantificar a intensidade,

sendo de fácil utilização e baixo custo. Os multidimensionais avaliam a dor em

diversos aspectos, possuindo o benefício de uma avaliação completa da

complexidade da dor como intensidade, localização, etc. é de comum utilização

escalas numéricas e visuais como instrumento unidimensional, como por

exemplo, a escala visual analógica (EVA). A EVA é constituída por uma linha

reta de 10 cm tendo extremos, como ausência de dor e dor insuportável,

também podendo ser utilizadas imagens de expressões faciais para essa

análise (Figura 9 e Figura 10). (MARTINEZ; GRASSI; MARQUES, 2011)

1.3.2 Incidência

No Brasil a manifestação de dor crônica entre a população adulta é

muito grande, porém ainda não existem muitos estudos nesses aspectos. Os

estudos ajudam a identificar as ocorrências de dores crônicas e associadas,

uma ampla visão da população e planejamento de ações que possam

organizar os serviços de saúde. (KRELING; CRUZ; PIMENTA, 2006)

Muitos estudos têm sido conduzidos para verificar a interferência da dor crônica na vida das pessoas, avaliando o número e as características dos pacientes afetados, as principais dores e quais os recursos usados em seu tratamento. A prevalência de dor crônica estimada na população geral varia de 11,5% a 55,2%, porém segundo a International Association for the Study of Pain (IASP), a prevalência média é de 35,5%. A maioria dos estudos epidemiológicos foi realizada em países desenvolvidos, sendo

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pouco conhecida a sua prevalência em países em desenvolvimento. No Brasil, a dor crônica é a principal causa de procura por atendimento em ambulatórios, embora não haja muitos estudos epidemiológicos, algumas pesquisas confirmam incidência semelhante à estimada pela IASP. Por ser um problema de saúde pública o estudo epidemiológico da dor no Brasil deve ser priorizado, embora haja dificuldades para sua realização, especialmente pelo número reduzido de pesquisadores. (CIPRIANO; ALMEIDA; VALL, 2011, p. 297-298)

A IASP coloca a dor crônica a partir de 3 meses de dor, usando 6 meses

de dor para estudos científicos. Uma pesquisa por telefone no país da Espanha

em 5.000 residências apontou a incidência de 23,4% de dor crônica, na

Noruega o estudo com 4.000 pessoas entrevistadas apontou 24.4% apontando

que 65% dos indivíduos sentem essa dor por mais de 5 anos.

(VASCONCELOS; ARAÚJO, 2018)

1.3.3 Sistema de alarme

O cérebro é o centro de comando do sistema de alarme, sendo muito

complexo o sistema que transforma mensagens de perigo em dor. Existem

diversos receptores por todo o corpo, alguns deles respondem aos estímulos

mecânicos, por exemplo, um beliscão, os de temperatura detectando

mudanças climáticas, etc. esses receptores estão situados na parede e

terminações dos neurônios, transportando a todo tempo informações para a

medula espinhal. Ocorrendo algum estimulo imediatamente os receptores

respondem, abrindo para que as partículas do lado de fora do neurônio entrem

causando um impulso elétrico. Esses junto com os receptores presentes nos

olhos, nariz e ouvidos atuam como a primeira proteção contra algum dano que

poderá ser causado avisando ao cérebro o ocorrido. (BUTLER; MOSELEY,

2009)

Os receptores possuem vida curta, sendo em alguns dias substituídos

por novos receptores, alterando constantemente a sensibilidade, sendo assim,

o nível de sensibilidade de um dia não é o mesmo do outro. Os neurônios

detectando o estímulo enviam um sinal de alerta para a medula espinhal

podendo ser enviado para o cérebro, chamado de nocicepção, ou mais

popularmente a ”recepção do perigo”. A nocicepção ocorre o tempo todo em

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todo o organismo, resultando algumas vezes em dor, pois possuir esse sistema

de nocicepção não é suficiente para gerar dor. Alguns pensamentos sozinhos

podem ativar o sinal de alerta no cérebro sem ser detectado nocicepção em

outro lugar. (BUTLER; MOSELEY, 2009)

O termo nocicepção (em latim nocere, <doer>) refere-se ao processo sensorial desencadeado, a dor refere-se à percepção de um sentimento ou sensação que a pessoa designa como dor e descreve variavelmente como irritativa, dolorosa, pungente, persistente, pulsátil ou intolerável. (PATEL, 2010, p. 9)

Quando mais receptores forem abertos a excitação do neurônio vai ficar

em um ponto crítico gerando um potencial de ação que é a forma que os

nervos transmitem as mensagens. Quando essa excitação atinge o nível de

pico até pequenos eventos podem disparar a mensagem, sendo assim o

neurônio que é especializado em carregar a mensagem de perigo com um

estimulo pequeno é suficiente para atingir esse limiar critico podendo resultar

em dor sempre dependendo da conclusão feita pelo cérebro em relação a

sensibilidade. A única mensagem que é enviada do nervo para a medula

espinhal é de perigo, cabe a medula e ao cérebro analisar a mensagem e

decidir se será disparada a dor (BUTLER; MOSELEY, 2009).

Classicamente, consideram-se três dimensões de dor: a sensorial-discriminativa, a motivacional-afetiva e a cognitiva-avaliativa, avaliadas em escalas chamadas multidimensionais – Inventário para dor Mcgill, Wisconsin Brief Pain Questionnaire – mas que, em função de sua elevada complexidade e difícil aplicabilidade e reprodutibilidade, têm seu uso restrito para situações específicas. A experiência dolorosa é evento muito mais amplo, não se resumindo apenas à intensidade. As características da dor também devem ser avaliadas, incluindo o seu início, local, irradiação, periodicidade, tipo de dor, duração e fatores desencadeantes. É importante observar as reações comportamentais e fisiológicas da dor, tais como: expressão facial, inquietação, posicionamento protetor, insônia, ansiedade, irritabilidade, sudorese, palidez, taquicardia, taquipnéia, hipertensão, entre outros (PEDROSO; CELICH, 2006, p. 271)

Existem duas vias centrais para a dor: a via espinhotalâmica e a via

trigeminal, ambas são os meios de transmissões nervosas da dor e informação

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da temperatura do corpo e rosto para o encéfalo. Via espinhotalâmica:

sozinhas as vias talâmicas podem ser fontes de dor, por exemplo, um indivíduo

após um AVC que apresente dor central na zona paralisada, que é uma dor

talâmica. Via trigemial: a zona que recebe os estímulos sensoriais como toque

e a pressão também é a zona que recebe a informação da dor a partir da

medula espinhal e dos núcleos trigeminais ocorrendo o envio das fibras

nervosas para a camada superficial do encéfalo podendo processar a

informação da dor de modo a se tornar uma sensação dolorosa localizada

sendo uma fonte de dor em situações como, por exemplo, amputações.

(PATEL, 2010)

1.4 Terapia manual

A terapia manual vem sido muito utilizada na área ortopédica e

neurológica sendo uma área que também é estudada a nível de

especialização. As primeiras escritas sobre a terapia com as mãos surgiram na

China antiga e no Egito a cerca de 15 mil anos atrás. As técnicas de terapia

manual evoluíram com o passar do tempo. Existem vários subconjuntos da

terapia manual como a liberação miofascial, facilitação neuromuscular

proprioceptiva, manipulação articular e etc. As dores cervicais é uma queixa

muito comum e a terapia manual vem sido muito utilizada. (ARAÚJO, 2012)

O terapeuta manual deve procurar a causa da dor e encontrar uma

solução. A associação da terapia manual nos protocolos de atendimento gera

um ganho funcional bem maior possibilitando quebra de aderências alterando

as condições dos tecidos. Para aplicação correta de cada manobra devem-se

conhecer as formas das superfícies articulares, a duração, o tipo e a

irritabilidade dos sintomas, a posição do fisioterapeuta e do paciente, deixar o

paciente o mais relaxado possível para diminuir a atividade muscular e a

resistência, intensidade de força adequada e posição das mãos. Dentro da

fisioterapia a terapia manual é uma área que expande muito e tem causado

bons resultados com comprovação científica, podendo ser utilizada nos

tratamentos de diversas patologias e disfunções devido seu enorme benefício e

baixo custo. (ARAÚJO, 2012)

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34

1.4.1 O tecido conjuntivo

Os tecidos conjuntivos tratam-se da pele, tendões, cápsulas articulares,

fáscias e ligamentos obtendo componentes intra e extracelurares. Os

componentes extra celulares são: colágeno, elastina e fibras reticulares que

fornecem a lubrificação e espaço entre fibras de colágeno. A matéria prima

fornecida são os fibroblastos e condrócitos. (GEMILLI, 2004)

O colágeno é um polímero de tropocolágeno que se regenera ao longo

da vida, se unindo por ligações intramoleculares formando fibras de colágeno

se denominando pontes cruzadas que dão estabilidade e força ao tecido. Com

o passar do tempo essas ligações se fortalecem ficando mais fortes com o

envelhecimento. Conforme ocorre o aumento da tensão muscular o colágeno

se orienta a estruturas retilíneas e proporciona reforço as moléculas diminuindo

a deformação do tecido. (GEMILLI, 2004)

A elastina é uma proteína que possui uma enorme extensibilidade

promovendo recuperação do tecido após uma deformidade. É uma estrutura

que se assemelha ao gel lubrificando as fibras de colágeno, se mesclando com

as fibras de colágeno e variando as proporções nas estruturas

musculoesqueléticas. (GEMILLI, 2004)

1.4.2 Alívio da dor

A síndrome dolorosa miofascial (SDM) causa hiperatividade e

hiperirritabilidade nas regiões de pontos gatilhos gerando dor podendo ser

referida, alterando o sistema nervoso, aumentando a sensibilidade e

restringindo a amplitude de movimento. Existem variadas técnicas de terapia

manual sendo muito eficazes no tratamento de SDM. A terapia manual pode

contribuir nas ações clínicas porém é necessário cada vez mais estudos das

técnicas. (KAMONSEKI et al., 2011)

A terapia manual através das técnicas de manipulação e mobilização do

tecido tem como objetivos causar a estimulação proprioceptiva e estimular o

líquido sinovial, proporcionar a elasticidade nas fibras que perderam suas

propriedades elásticas, que estão aderidas e reduzir a dor. (SANTOS;

PEREIRA, 2016)

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O sistema nervoso transmite toda tensão gerada no central para o

periférico, se adaptando a mudanças de movimentos, transmitindo impulsos e

permitindo a capacidade de alongamento e encurtamento do tecido. Devido

aos pontos de tensão que acontecem no tecido ele se move para variadas

direções de acordo com o local da tensão. Os sistemas nervosos: central e

periférico formam um tecido contínuo de substancia conjuntiva. De maneira

mecânica devido transmissão de movimentos, elétrico devido impulsos.

(OLIVEIRA JUNIOR; TEIXEIRA, 2007)

As técnicas musculares geram efeitos mecânicos devido a manobras

como manipulação do tecido, alongamento, compressão, movimentação dos

líquidos, produção de calor. Os efeitos reflexos causam relaxamento devido

aumento da circulação em resposta do sistema nervoso diminuindo a

frequência cardíaca e a tensão emocional. Isso gera melhora da amplitude de

movimento e normalização da estrutura encurtada causando resposta positiva

do sistema nervoso ás técnicas de terapia manual pois a manobra feita em um

dos tecidos atinge outros tecidos também. As técnicas causam relaxamento

muscular e alivio da dor. (SCHULZ et al., 2012)

As técnicas de terapia manual agem no tecido conjuntivo influenciando

no reparo e na cura do organismo atuando na organização do tecido local,

neurológica ou psicofisiológica. A organização local se trata de pele,

ligamentos, músculo e articulações tendo ação nas alterações mecânicas como

compressão, rigidez, alongamento e força do tecido. (PEGORARO, 2004).

1.4.3 Técnica de inibição dos músculos suboccipitais

A técnica de inibição dos músculos suboccipitais é muito utilizada no

ramo da terapia manual obtendo grande importância na coluna cervical. Existe

uma relação entre a inibição desses músculos da região occipital com o

aumento da flexibilidade da cadeia posterior devido a desativação da

hiperatividade desses músculos, promovendo seu relaxamento e alongamento

também podendo ocorrer relação dos músculos suboccipitais com a cadeia

posterior através do sistema neural que passa pela dura mater. Alguns autores

dizem existir uma ponte miodural tendo ligação com a articulação atlanto-

occipital pelo tecido conjuntivo miofascial sendo importante mais estudos

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devido possíveis relatos sintomatológicos. (AMARO, 2018)

Flexibilidade diminuída pode estar associada a aderências miofasciais,

vícios posturais, lesões, diminuição do aporte sanguíneo local e tensão

muscular. Esses itens podem ocasionar o encurtamento muscular adaptativo

na região da articulação diminuindo a amplitude de movimento. Encurtamento

dos músculos da cadeia posterior causa alterações de postura e na cintura

pélvica, gerando sobrecargas. Alguns estudos apontaram o sucesso no

aumento da flexibilidade da cadeia posterior realizando a técnica de inibição

dos músculos suboccipitais, diminuindo o tônus dos músculos suboccipitais

promovendo relaxamento fascial e muscular. (AMARO, 2018)

2 O EXPERIMENTO

2.1 Aspectos éticos e metodológicos

O projeto foi submetido na Plataforma Brasil, atendendo a Resolução

466 do Ministério da Saúde e aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa do

Centro Universitário Católico Auxilium: número do parecer: 3.417.600, (ANEXO

B) e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A)

pelas voluntárias.

2.2 Participantes da pesquisa

Trata-se de um estudo randomizado, controlado e cego. Quantitativo e

experimental.

Para a pesquisa, participaram 20 voluntárias do sexo feminino de 18 a

40 anos, as participantes foram selecionadas a partir do questionário Índice de

Incapacidade Relacionado ao Pescoço (ANEXO A), sendo incluídas as que

atingirem a pontuação mínima de 15 pontos. Todas aceitaram participar do

estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

A partir disso de maneira cega e randomizada as voluntárias foram

divididas em 2 grupos: grupo intervenção e grupo placebo, distribuindo 10

voluntárias para cada grupo.

Foram incluídas as mulheres de 18 a 40 anos com dor cervical crônica

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não específica. Não foram incluídas as voluntárias submetidas a cirurgias na

coluna ou que apresentam contra indicação a mobilização cervical ou qualquer

lesão musculoesquelética que impeça de participar da pesquisa. E foram

excluídas as voluntárias que apresentarem aversão a terapia manual ou não

responderem de forma adequada o questionário inicial.

Se durante a aplicação da técnica a voluntária não estiver se mantido

relaxada, poderia causar um aumento do tônus muscular nessa região,

podendo gerar dor, interrompendo a sessão imediatamente.

2.3 Protocolo

Foi realizada uma avaliação antes e depois do atendimento, para isso foi

utilizado o teste terceiro dedo ao solo (Figura 11), com o objetivo de quantificar

a flexibilidade da cadeia posterior. Quando o resultado for maior que 20 cm é

considerado ruim, de 20 cm a 10 cm razoável, 10 cm bom, punho cerrado

muito bom e palma da mão no solo excelente. Foi realizado 3 vezes antes e 3

vezes depois do atendimento sendo feita a média das tentativas.

O teste terceiro dedo ao solo avalia a flexibilidade global não tendo

avaliação detalhada das articulações. É muito utilizado na avaliação da cadeia

posterior, sendo avaliado de maneira bastante utilizada no cotidiano,

parecendo com o movimento de pegar objetos no chão, se tornando funcional.

(SACCO et al., 2009)

Figura 11: Teste terceiro dedo ao solo

Fonte: autores, 2019.

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O teste é realizado em bipedestação realizando a flexão de tronco

ampliando o deslocamento do tronco em relação aos membros inferiores para

aumentar o alcance dos membros superiores. No plano sagital a coluna lombar

e o quadril entram em relação de cinemática. A cabeça e a superior do tronco

vão iniciando a flexão deslocando a pelve para a posterior, continuando a

flexionar o corpo pela ação dos músculos extensores da coluna ocorrendo a

inclinação da pelve para a anterior pelos músculos isquiotibiais e glúteo

máximo até o máximo comprimento dos músculos. (SACCO et al., 2006)

A flexibilidade é a maior amplitude fisiológica de movimento que

depende de estabilidade dos músculos e mobilidade das articulações. Uma boa

estabilidade postural necessita da distribuição das forças exercidas nas

estruturas e na coluna vertebral. (MEDEIROS et al., 2019)

A flexibilidade tem grande importância na qualidade de vida diminuindo

os riscos de lesões, melhorando a qualidade do movimento e influenciando na

motricidade humana e o aperfeiçoamento motor. (GOMES et al., 2014)

Figura 12: Aplicação do algômetro.

Fonte: autores, 2019.

Para quantificar o limiar de dor antes e depois do atendimento foi

utilizado o aparelho algômetro no músculo trapézio (Figura 12) do lado

dominante da voluntária, realizando a média da distância entre o processo

espinhoso da vértebra C7 e o acrômio da escápula, sendo realizadas três

vezes o procedimento antes e três vezes depois do atendimento, calculando a

média das tentativas. Para aplicação desse aparelho, foi colocado no

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posicionamento descrito acima, realizado uma pressão até que a sensação

descrita pela voluntária passe de pressão para sensação de dor, nesse

momento a participante aperta o botão que esta em suas mãos para pausar o

aparelho, assim é quantificado o limiar de dor a pressão.

O algômetro é um instrumento que quantifica a tolerância à dor

aplicando uma pressão sobre os nociceptores. Através do algômetro é possível

quantificar e avaliar a dor. (MEIRIM; CERVAENS, 2018)

Ambos os testes foram realizados em todas as voluntárias dos dois

grupos.

Para o grupo intervenção foi aplicada a técnica de inibição dos músculos

suboccipitais. A voluntária foi orientada a se deitar em decúbito dorsal na maca,

fechando os olhos e relaxando, o aplicador da técnica se manteve sentado,

com as mãos e os braços apoiados sobre a maca, flexão dos dedos de 90º, a

região entre o occipital e o processo espinhoso de C2 da voluntária repousada

sobre os dedos do aplicador. Foi mantido nessa posição por 5 minutos, na

metade do tempo foi realizada uma tração mantida até o fim da técnica (Figura

13).

Figura 13: Aplicação da técnica de inibição dos suboccipitais.

Fonte: autores, 2019.

No grupo placebo a voluntária também foi orientada a se deitar em

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decúbito dorsal na maca fechando os olhos e relaxando, o aplicador se

manteve sentado com as mãos e os braços apoiados sobre a maca, porém a

região occipital da voluntária repousou sobre as mãos espalmadas do

aplicador, não sendo realizada nenhuma tração e nenhum movimento com as

mãos, ficando estático durante o mesmo tempo de 5 minutos (Figura 14).

Figura 14: Aplicação do placebo.

Fonte: autores, 2019.

Em ambos os grupos o terapeuta se posicionou sentado atrás da

voluntária relatando as mesmas orientações. Não ocorreu nenhum contratempo

de aversão pelas voluntárias.

2.4 Apresentação e análise dos dados

Na Tabela 1, são apresentados os valores da média e desvio-padrão

(DP) do resultado do teste terceiro dedo ao solo pré e pós intervenção dos

participantes do grupo ativo e placebo. Foram observadas diferenças

estatisticamente significantes intragrupo para o grupo ativo (p ≤ 0,02), valores

intragrupo, obtendo uma melhora de 19% em relação aos valores pré

intervenção. Não houve diferença estatística para o grupo que recebeu a

manobra placebo (p ≤ 0,06).

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Tabela 1: Resultados do teste terceiro dedo ao solo de ambos os grupos pré e

pós intervenção.

Grupo Pré (cm)

Média (DP)

Pós (cm)

Média (DP)

% de

alteração

Valor p

Ativo 12,88 ± 8,1 10,25 ± 6,6 -19% 0,02*

Placebo 17,4 ± 7,9 15,2 ± 9,2 -17% 0,06

Fonte: autores, 2019

# Nível de significância de 5% (p<0,05) em relação ao valor pré

Na Tabela 2, são apresentados os valores da média e desvio-padrão

(DP) do resultado do teste de limiar de dor por pressão pré e pós intervenção

de ambos os grupos. Foi observada diferença estatisticamente significante (p ≤

0,05), do limiar de dor por pressão do grupo ativo (p=0,01), demostrando

aumento do limiar de dor por pressão de 49,1% e diferença estatisticamente

significante (p=0,01) do grupo placebo, demonstrando aumento do limiar de dor

por pressão de 34,1%.

Tabela 2: Resultados do teste de limiar de dor por pressão de ambos os grupos

pré e pós intervenção.

Grupo Pré (kPa)

Média (DP)

Pós (kPa)

Média (DP)

% de

alteração

Valor p

Ativo 206,8 ±

109,2

255,9 ± 120,7 49,1% 0,01*

Placebo 180,5 ± 84,1 214,6 ± 104,2 34,1% 0,01*

Fonte: autores, 2019.

# Nível de significância de 5% (p<0,05) em relação ao valor pré

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Para a realização da análise estatística foi utilizado o teste de

normalidade Shapiro-Wilk onde foi constatado normalidade dos dados. Para a

análise estatística foi realizado o Teste T de Student paramétrico. Foi atribuída

a presença de diferença significante (p<0,05). A análise dos dados foi realizada

por meio do Statistical Packge for the Social Science ( SPSS) versão 20.0.

2.5 Discussão

No estudo de Guimarães (2014) foi realizada a terapia combinada no

músculo trapézio para desativar pontos gatilhos e melhorar a cefaleia tensional

utilizando dois eletrodos um fixo e o outro móvel sendo o cabeçote do

ultrassom. A terapia combinada é a junção de uma corrente de baixa e média

frequência com o ultrassom terapêutico levando cerca de 20 minutos para

liberar com eficácia um ponto gatilho ao contrário do presente estudo onde a

técnica de inibição ocorre no tempo de 5 minutos. Os resultados foram

satisfatórios para o relaxamento e diminuição da tensão não sendo avaliado o

limiar de dor.

Morelli e Rebelatto (2007), estudaram 6 indivíduos de ambos os sexos

com cefaleia obtendo ou não alguma degeneração cervical. Foram submetidos

a 10 sessões de tração cervical, alongamentos, mobilização e massagens

sendo avaliado o limiar de dor a pressão pelo algômetro no músculo trapézio e

a quantificação da dor pela escala EVA. Nos indivíduos portadores de

degenerações notou-se uma melhora menor na dor em relação aos indivíduos

não portadores de degeneração que apresentaram resultados acentuados no

limiar de dor a pressão diferente do presente estudo onde todas as

participantes não apresentavam qualquer alteração vertebral e foram

submetidas a uma única sessão de efeito imediato.

Soares, Rodrigues e Seixas (2015), realizaram um estudo comparando o

efeito do dry needling com manipulação, puntura simples e o placebo,

participaram 18 indivíduos, distribuídos de forma aleatória nesses 3 grupos,

avaliando a temperatura da pele e o limiar álgico, antes e após a aplicação da

técnica da puntura. Não foram encontradas diferenças estatisticamente

significativas em relação à dor e à temperatura média entre as técnicas

aplicadas, portanto a técnica de dry needling, com ou sem manipulação,

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aplicada em trigger points miofasciais latentes não contribuiu para o alívio da

dor, nem para alteração da temperatura da pele da amostra em estudo.

Moura (2010) realizou uma pesquisa com o objetivo de comparar a

eficácia da corrente interferencial e da bandagem funcional no alívio da dor na

síndrome tensional cervical através da escala EVA e confrontar as respostas

dos sinais eletromiográficos da parte descendente do músculo trapézio antes e

após cada uma das sessões de tratamento, diferente do presente estudo que

realizou com voluntárias com dor cervical crônica.

Foram 34 voluntárias do sexo feminino com hipótese diagnóstica de

síndrome tensional cervical, divididas em três grupos, no grupo GBF foram

submetidas às intervenções de bandagem funcional, no GCI à

eletroestimulação com corrente interferencial e no grupo controle GC as

voluntárias permaneciam em repouso em decúbito dorsal. Antes e após as

intervenções foram mensuradas as respostas subjetivas através da escala EVA

e as respostas da atividade elétrica da musculatura. (MOURA, 2010)

Os resultados demonstram que a utilização de intervenções como

bandagem funcional e/ou corrente interferencial são alternativas igualmente

eficazes para diminuição da percepção da dor. Já através da eletromiografia há

aumento no recrutamento muscular para exercer contração isométrica

voluntária máxima após intervenção de ambos os recursos avaliados.

(MOURA, 2010)

Antunes et al., (2017), realizaram um estudo utilizando a massagem e a

pompage na cervical de 20 mulheres entre 45 e 60 anos. Foram selecionadas

10 mulheres para cada grupo onde 10 receberam a técnica de pompage e 10

receberam a técnica de massoterapia. Como avaliação foi utilizado um

questionário relacionado a qualidade de vida e a escala EVA para quantificar a

dor das voluntárias.

Foram realizadas sessões de 45 minutos tendo como critério de inclusão

mulheres entre 45 e 65 anos com dor cervical crônica podendo ser por esforço

repetitivo, postura incorreta ou traumas e como critérios de exclusão mulheres

em pós-cirúrgico de até 6 meses e que possuem doenças reumáticas. No

grupo pompage foram realizados deslizamentos de maneira lenta e longa

mantendo uma tensão por 15 a 20 segundos retornando de maneira lenta e

sendo repetido o processo por 5 ou 10 vezes no músculo trapézio,

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esternocleidomastóideo e romboides. Como resultado a massoterapia

apresentou melhora na dor enquanto a pompage apresentou resultados

significativos na capacidade funcional, aspecto social e aspecto físico da

qualidade de vida. Ambas as técnicas são de grande utilidade para o

tratamento de cervicalgias. (ANTUNES et al., 2017)

Aparecido e Passos (2010) nos traz a comparação do ultrassom e da

técnica de Jones no músculo trapézio para alívio da dor muscular também

avaliando a influencia das intervenções da amplitude de movimento da coluna

cervical. 10 voluntários de ambos os sexos foram divididos em 2 grupos com 5

participantes cada, onde um grupo recebeu a aplicação do ultrassom contínuo

e o outro grupo a técnica de Jones utilizando a escala EVA para quantificar a

dor e a goniometria para quantificar a amplitude de movimento antes e depois

das intervenções. No presente estudo a avaliação da flexibilidade foi feita na

cadeia posterior devido à influência dos músculos suboccipitais no

encurtamento dessa cadeia.

Na escala EVA não foi obtida diferença significativa, porém o grupo do

ultrassom teve uma melhora maior no alivio da dor comparado ao grupo Jones

e melhora progressiva na amplitude de movimento de flexão cervical. Neste

estudo não foi possível identificar qual das duas técnicas é mais eficaz no alívio

da dor e aumento da amplitude de movimento da coluna cervical mesmo o

grupo ultrassom apresentando resultados sutilmente superiores sendo

necessária a realização de mais estudos na área. (APARECIDO e PASSOS,

2010).

Para melhorar a dor de pacientes com cervicalgia Sobral et al., (2010)

recrutaram 20 indivíduos, ficando 10 no grupo intervenção e 10 no grupo

controle. No grupo intervenção foi aplicada a liberação posicional por 10

sessões sendo identificados pontos sensíveis na cervical sendo executada a

técnica nesses pontos sensíveis e depois nos outros pontos. Para avaliar a

intensidade da dor foi utilizada a escala de dor numérica, goniometria da coluna

cervical e teste de força muscular. No grupo intervenção todos os pacientes

tiveram aumento da amplitude de movimento e no controle alguns pacientes

apresentaram piora nesse quesito.

A técnica foi identificada como eficaz no tratamento da dor cervical

podendo ser aliada de um tratamento completo. No presente estudo não

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utilizamos grupo controle foi utilizado o grupo placebo, apresentando melhora

na flexibilidade e no limiar de dor do grupo placebo devido ao posicionamento

de relaxamento que o grupo placebo se encontrava.

Em um estudo foi aplicado técnicas de terapia manual em pessoas com

cefaleia devido à relação da cefaleia com a coluna cervical. Foram excluídas as

pessoas com cirurgia cervical ou fratura na coluna. Realizaram 10 sessões de

liberações no músculo esternocleidomastoideo, suboccipitais e elevador da

escápula, também utilizando tração, mobilização da cervical e o recrutamento

muscular dos flexores profundos. Utilizaram o questionário Índice de

Incapacidade Relacionado ao pescoço que também foi utilizado no presente

estudo e também a escala EVA para quantificar a dor. (ALMEIDA et al., 2014).

A algometria é uma ferramenta excelente de quantificação do limiar de

dor em diferentes pontos sendo parâmetro para avaliar técnicas e tendo grande

valia para o meio científico enriquecendo o presente estudo. A junção de todas

essas técnicas teve resultados satisfatórios na dor e também na melhora da

capacidade funcional do pescoço ressaltando a importância da associação de

várias técnicas por várias sessões, pois o resultado é potencializado, diversos

músculos podem apresentar pontos gatilhos sendo eliminados e musculaturas

com déficit podem ser ativadas melhorando a capacidade funcional não só da

coluna cervical, mas também a coluna por um todo.

2.6 Conclusão

Através dos resultados obtidos, pode-se concluir que a técnica de

inibição dos músculos suboccipitais demostrou ter sido superior à técnica

placebo em relação ao ganho de mobilidade da cadeia posterior, porém, não

houve diferença estatisticamente significante em relação ao limiar de dor

pressão. Deve-se reconhecer que apenas examinamos os efeitos imediatos de

uma única aplicação de uma técnica de inibição dos músculos suboccipitais,

contudo em um tratamento geralmente usaremos outras técnicas associadas a

essa e será realizada mais de uma aplicação e assim esperamos melhores

resultados. Estudos futuros devem investigar o impacto a longo prazo desta

técnica e também a aplicação associada a outros recursos e técnicas para que

seja mais similar a um tratamento completo do dia-a-dia.

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KLAUMANN, P. R. ; WOUK, A. F. P. F. ; SILLAS, T. Patofisiologia da dor. Archives of Veterinary Science, v. 13, n.1, p.1-12, 2008. Disponível em https://revistas.ufpr.br/veterinary/article/viewFile/11532/8022 . Acesso em 11 de Agosto 2019.

KRELING, Maria Clara Giorio Dutra; CRUZ, Diná de Almeira Lopes Monteiro da; PIMENTA, Cibele Andrucioli de Mattos. Prevalência de dor crônica em adultos. Revista brasileira de enfermagem. [s.l.], v. 59, n. 4, p. 509-513, jul-ago 2006. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672006000400007&script=sci_abstract&tlng=pt . Acesso em 13 de Agosto 2019.

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ANEXO

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ANEXO A : Questionário Índice de Incapacidade Relacionada ao Pescoço (Neck Disability Index).

Este questionário foi criado para dar informações ao seu doutor sobre como a sua dor no pescoço tem afetado a sua habilidade para fazer atividades diárias. Por favor responda a cada uma das perguntas e marque em cada seção apenas uma alternativa que melhor se aplique a você. Seção 1 – Intensidade da dor ( )Eu não tenho dor nesse momento. ( )A dor é muito leve nesse momento. ( )A dor é moderada nesse momento. ( )A dor é razoavelmente grande nesse momento. ( )A dor é muito grande nesse momento. ( )A dor é a pior que se possa imaginar nesse momento. Seção 2 – Cuidado pessoal (se lavar, se vestir, etc) ( )Eu posso cuidar de mim mesmo(a) sem aumentar a dor. ( )Eu posso cuidar de mim mesmo(a) normalmente, mas isso faz aumentar a dor. ( )É doloroso ter que cuidar de mim mesmo e eu faço isso lentamente e com cuidado. ( )Eu preciso de ajuda mas consigo fazer a maior parte do meu cuidado pessoal. ( )Eu preciso de ajuda todos os dias na maioria dos aspectos relacionados a cuidar de mim mesmo(a) ( )Eu não me visto, me lavo com dificuldade e fico na cama. Seção 3 – Levantar coisas ( )Eu posso levantar objetos pesados sem aumentar a dor. ( )Eu posso levantar objetos pesados mas isso faz aumentar a dor. ( )A dor me impede de levantar objetos pesados do chão, mas eu consigo se eles estiverem colocados em uma boa posição, por exemplo em uma mesa. ( )A dor me impede de levantar objetos pesados, mas eu consigo levantar objetos com peso entre leve e médio se eles estiverem colocados em uma boa posição. ( )Eu posso levantar objetos muito leves. ( )Eu não posso levantar nem carregar absolutamente nada. Seção 4 – Leitura ( )Eu posso ler tanto quanto eu queira sem dor no meu pescoço. ( )Eu posso ler tanto quanto eu queira com uma dor leve no meu pescoço. ( )Eu posso ler tanto quanto eu queira com uma dor moderada no meu pescoço. ( )Eu mal posso ler por causa de uma grande dor no meu pescoço. ( )Eu não posso ler nada.

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Seção 5 – Dores de cabeça ( )Eu não tenho nenhuma dor de cabeça. ( )Eu tenho pequenas dores de cabeça com pouca freqüência. ( )Eu tenho dores de cabeça moderadas com pouca freqüência. ( )Eu tenho dores de cabeça moderadas muito freqüentemente. ( )Eu tenho dores de cabeça fortes freqüentemente . ( )Eu tenho dores de cabeça quase o tempo inteiro. Seção 6 – Prestar Atenção ( )Eu consigo prestar atenção quando eu quero sem dificuldade. ( )Eu consigo prestar atenção quando eu quero com uma dificuldade leve. ( )Eu tenho uma dificuldade moderada em prestar atenção quando eu quero. ( )Eu tenho muita dificuldade em prestar atenção quando eu quero. ( )Eu tenho muitíssima dificuldade em prestar atenção quando eu quero. ( )Eu não consigo prestar atenção. Seção 7 – Trabalho ( )Eu posso trabalhar tanto quanto eu quiser. ( )Eu só consigo fazer o trabalho que estou acostumado(a) a fazer, mas nada além disso. ( )Eu consigo fazer a maior parte do trabalho que estou acostumado(a) a fazer, mas nada além disso. ( )Eu não consigo fazer o trabalho que estou acostumado(a) a fazer. ( )Eu mal consigo fazer qualquer tipo de trabalho. ( )Eu não consigo fazer nenhum tipo de trabalho. Seção 8 – Dirigir automóveis ( )Eu posso dirigir meu carro sem nenhuma dor no pescoço. ( )Eu posso dirigir meu carro tanto quanto eu queira com uma dor leve no meu pescoço. ( )Eu posso dirigir meu carro tanto quanto eu queira com uma dor moderada no meu pescoço. ( )Eu não posso dirigir o meu carro tanto quanto eu queira por causa de uma dor moderada no meu pescoço. ( )Eu mal posso dirigir por causa de uma dor forte no meu pescoço. ( )Eu não posso dirigir meu carro de maneira nenhuma. Pergunta não se aplica por não saber dirigir ou não dirigir muitas vezes Seção 9 – Dormir ( )Eu não tenho problemas para dormir. ( )Meu sono é um pouco perturbado (menos de uma hora sem conseguir dormir). ( )Meu sono é levemente perturbado (1-2 horas sem conseguir dormir). ( )Meu sono é moderadamente perturbado (2-3 horas sem conseguir dormir. ( )Meu sono é muito perturbado (3-5 horas sem conseguir dormir). ( )Meu sono é completamente perturbado (1-2 horas sem sono). Seção 10 – Diversão ( )Eu consigo fazer todas as minhas atividades de diversão sem nenhuma dor no pescoço.

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( )Eu consigo fazer todas as minhas atividades de diversão com alguma dor no pescoço. ( )Eu consigo fazer a maioria, mas não todas as minhas atividades de diversão por causa da dor no meu pescoço. ( )Eu consigo fazer poucas das minhas atividades de diversão por causa da dor no meu pescoço. ( )Eu mal consigo fazer quaisquer atividades de diversão por causa da dor no meu pescoço. ( )Eu não consigo fazer nenhuma atividade de diversão.

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ANEXO B : Parecer Consubstanciado Do CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: EFEITOS HIPOALGÉSICOS DE INIBIÇÃO DOS

MÚSCULOS SUBOCCIPITAIS EM PACIENTES COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA: ESTUDO CONTROLADO ALEATORIZADO

Pesquisador: Jonathan Daniel Telles

Área Temática:

Versão: 2

CAAE: 12476819.2.0000.5379

Instituição Proponente: MISSAO SALESIANA DE MATO GROSSO

Patrocinador Principal: MISSAO SALESIANA DE MATO GROSSO

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 3.417.600

Apresentação do Projeto:

O Protocolo de Pesquisa intitulado EFEITOS HIPOALGÉSICOS DE

INIBIÇÃO DOS MÚSCULOS SUBOCCIPITAIS EM PACIENTES COM

DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA: ESTUDO CONTROLADO

ALEATORIZADO propõe uma avaliação sobre o efeito da inibição dos

músculos suboccipitais na dor a pressão e flexibilidade.

Objetivo da Pesquisa:

O objetivo principal da pesquisa é Comparar o efeito hipoalgésico da

aplicação da técnica de inibição dos músculos suboccipitais em relação ao

controle em indivíduos com dor cervical crônica não específica.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Os riscos da pesquisa estão condizentes com o projeto apresentado. Sendo

assim, conforme o Art. V.1.a da Resolução 466/12, os riscos se justificam pelo

benefício esperado.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

A pesquisa apresenta relevância científica e social.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

O TCLE está adequado conforme resoluções em vigor (466/12 e 510/16).

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

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O projeto está adequado conforme resoluções em vigor (466/12 e 510/16).

Considerações Finais a critério do CEP:

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo

relacionados:

Tipo

Documento

Arquivo Postagem Autor Situaç

ão

Informações

Básicas do Projeto

PB_INFORMAÇÕES_B

ÁSICAS_DO_P

ROJETO_1337792.pdf

03/06/2019 17:23:48

Aceito

Outros NDI.pdf 03/06/2019 17:23:29

Jonathan Daniel Telles

Aceito

TCLE / Termos de Assentimento / Justificativa de Ausência

tcle.pdf 03/06/2019

17:23:14

Jonathan

Daniel

Telles

Aceito

Folha de Rosto folhaderosto.pdf 16/04/2019 17:31:51

Jonathan Daniel Telles

Aceito

Outros encaminhamento.pdf 16/04/2019 16:48:42

Jonathan Daniel Telles

Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutura

instituicao.pdf 16/04/2019

16:47:45

Jonathan

Daniel

Telles

Aceito

TCLE / Termos

de

Assentimento /

Justificativa de

Ausência

tcle1.pdf 16/04/2019

16:47:08

Jonathan

Daniel

Telles

Aceito

Declaração de

Pesquisadores

responsabilidade.pdf 16/04/2019

16:46:56

Jonathan

Daniel

Telles

Aceito

Declaração de

Pesquisadores

compromisso.pdf 116/04/2019 16:46:45

Jonathan

Daniel

Telles

Aceito

Projeto Detalhado /

projeto.pdf 116/04/2019

Jonathan Aceito

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Brochura Investigador

16:46:33

Daniel

Telles

Situação do Parecer:

Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não

Continuação do Parecer: 3.417.600

ARACATUBA, 26 de Junho de 2019

Assinado por:

CLAUDIA LOPES FERREIRA

(Coordenador(a))

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APÊNDICE

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APÊNDICE A: Termo De Consentimento Livre E Esclarecido

Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa:

EFEITOS HIPOALGÉSICOS DE INIBIÇÃO DOS MÚSCULOS

SUBOCCIPITAIS EM PACIENTES COM DOR CERVICAL CRÔNICA NÃO

ESPECÍFICA: ESTUDO CONTROLADO ALEATORIZADO.

A JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: A dor cervical

crônica não específica está cada vez mais comum, atingindo

predominantemente a população feminina, gerando desconforto, tensão e

limitação dos movimentos, a pesquisa se justifica a contribuir de maneira a

aliviar a dor, eliminar as tensões e melhorar a amplitude dos movimentos,

melhorando o desempenho das atividades de vida diária. O objetivo desse

projeto é através da terapia manual gerar o relaxamento da musculatura

causando um efeito de diminuição da dor e alongamento. O (os)

procedimento(s) de coleta de dados será da seguinte forma: iremos utilizar o

questionário ÍNDICE DE INCAPACIDADE RELACIONADO AO PESCOÇO para

selecionar as candidatas para a pesquisa, o tratamento será uma única sessão

de no máximo 20 minutos de duração onde iremos avaliar a flexibilidade da

cadeia posterior antes e depois da intervenção. A intervenção terá a duração

de 5 minutos onde a voluntária irá deitar na maca e o pesquisador irá aplicar a

intervenção com as mãos.

DESCONFORTOS, RISCOS E BENEFÍCIOS, MEIO DE MINIMIZAR OS

RISCOS: A sua participação neste estudo pode gerar algum tipo de

desconforto como se não estiver relaxada sobre a maca e não soltar o pescoço

para o pesquisador, a intervenção pode gerar o efeito contrário aumentando a

dor. Os benefícios esperados são alongamento e relaxamento da coluna

cervical, aumento da flexibilidade da cadeia posterior, aumento do limiar de dor

á pressão e diminuição da dor. Para minimizar quaisquer riscos de tensão, o

paciente será orientado a relaxar e será devidamente posicionado. Se caso

houver algum incomodo pós intervenção, os pesquisadores irão disponibilizar o

devido tratamento.

FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA: caso aconteça de a

voluntária se sentir desconfortável após a intervenção os pesquisadores se

responsabilizam em disponibilizar o tratamento adequado para a voluntária, de

maneira a eliminar qualquer possível desconforto. Os pesquisadores sempre

estarão a disposição.

GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E

GARANTIA DE SIGILO: Você poderá solicitar esclarecimento sobre a

pesquisa em qualquer etapa do estudo. Você é livre para recusar-se a

participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação na pesquisa

a qualquer momento, seja por motivo de constrangimento e/ou outros motivos.

A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar

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qualquer penalidade ou perda de benefícios. O(s) pesquisador(es) irá(ão) tratar

a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Os resultados da

pesquisa serão enviados para você e permanecerão confidenciais. Seu nome

ou o material que indique a sua participação não será liberado sem a sua

permissão. Você não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa

resultar deste estudo. Este consentimento está impresso e deve ser assinado

em duas vias, uma será fornecida a você e a outra ficará com o

pesquisador(es) responsável(eis). Se houver mais de uma página, tanto o

pesquisador quanto o participante deve rubricar todas as páginas.

CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO: A

participação no estudo, não acarretará custos para você e será disponibilizado

ressarcimento em caso de haver gastos com transporte, creche, alimentação,

etc, tanto para você, quanto para o seu acompanhante, se for necessário. No

caso de você sofrer algum dano decorrente dessa pesquisa você tem direito à

assistência integral e gratuita pelo Centro de Reabilitação Física Dom Bosco do

Unisalesiano de Lins.

DECLARAÇÃO DO PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELO

PARTICIPANTE

Eu, ................................................., fui informado (a) dos objetivos da pesquisa

acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que em

qualquer momento poderei solicitar novas informações e ou retirar meu

consentimento. Os responsáveis pela pesquisa acima, certificaram-me de que

todos os meus dados serão confidenciais. Em caso de dúvidas poderei chamar

as estudantes Alessandra Varoli Crema (14) 996950882. Endereço: rua Frei

Henrique de Coimbra n.20, Centro de Guaiçara. Camila de Oliveira Bomfim

(14) 991511802. Endereço: : Avenida Ernesto Monte nº 475, Promissão.

Pesquisador Jonathan Daniel Telles (14) 997972954. Endereço: : Rua Santa

Maria 61 vila América, Lins ou ainda entrar em contato com o Comitê de Ética

em Pesquisa do UniSALESIANO, localizado na Rodovia Teotônio Vilela, Bairro

Alvorada – Araçatuba-SP Fone:(18)3636-5252, 08:00 às 14:00. O Comitê de

Ética em Pesquisa (CEP) é um colegiado composto por pessoas voluntárias, com o objetivo de defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua

integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa

dentro de padrões éticos. O CEP – UniSALESIANO de Araçatuba é

diretamente vinculado ao Centro Universitário Católico Auxilium de Araçatuba-

SP/Missão Salesiana de Mato Grosso.

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Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma via deste

termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler

e esclarecer as minhas dúvidas.

Assinatura do participante de pesquisa ou impressão dactiloscópica(se

necessário).

Assinatura:

Nome legível:

Data _______/______/______

................................................................................

Assinatura do(a) pesquisador(a) responsável Jonathan Daniel Telles,

CPF: 373.001.798-51

Data _______/______/______

I m p r e s s ã o

d a c t i l o s c ó p i c a