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Universidade Camilo Castelo Branco Pós-Graduação em Produção Animal FERNANDO TRALDI ZAFFALON EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL COM AMINOÁCIDOS E VITAMINAS NA PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO MINERAL DO LEITE DE VACAS DA RAÇA HOLANDESA DESCALVADO 2010

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Universidade Camilo Castelo Branco

Pós-Graduação em Produção Animal

FERNANDO TRALDI ZAFFALON

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL COM AMINOÁCIDOS

E VITAMINAS NA PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO MINERAL DO LEI TE

DE VACAS DA RAÇA HOLANDESA

DESCALVADO

2010

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Fernando Traldi Zaffalon

EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL COM

AMINOÁCIDOS E VITAMINAS NA PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO

MINERAL DO LEITE DE VACAS DA RAÇA HOLANDESA

Prof. Dr. Luciano Melo de Souza

Orientador

Profa. Dr a. Liandra Maria Abaker Bertipaglia

Co-Orientadora

Dissertação apresentada ao

Programa de Mestrado

Profissionalizante em Produção

Animal, Unicastelo, Campus de

Descalvado, como complementação

de créditos para obtenção do título

de Mestre em Produção Animal.

Descalvado, São Paulo 2010

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Autorizo exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação, por processos xerográficos ou eletrônicos.

Descalvado, 05 de junho de 2010.

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DEDICATÓRIA

A Deus por dar-me força para suportar as provas que aprouve me enviar e

por permitir que a luz se faça viva em meu espírito para que eu aprecie toda

extensão de um amor que me aflige por querer me salvar.

À minha mãe Marly que me ensinou a viver com dignidade e ao meu pai

José Fernando que se deu por inteiro e renunciou aos seus sonhos para realizar

os meus.

Ao meu orientador Prof. Dr. Luciano Melo de Souza que me guiou pelos

caminhos da profissão e é exemplo de dedicação e dignidade pessoal.

Recebam meu respeito e gratidão:

Minha avó Maria do Carmo pelo amor dispensado durante toda a minha

vida. Minha irmã Gabriela por tanta paciência. Mariana Galetti Prata pela

cumplicidade, renúncia e amor. Ao meu amigo Prof. Dr. José Cássio de Almeida

Magalhães pelas orientações e incentivo. Profa. Dra. Liandra Maria Abaker

Bertipaglia pela sua dedicação e ajuda nos meus momentos de dificuldade. Ao

Coordenador do Curso de Mestrado em Produção Animal Prof. Dr. Vando Edésio

Soares e à equipe de professores nas pessoas de Käthery Brennecke, Gabriel

Maurício Peruca de Melo, Paulo Henrique Moura Dian, Marco Antonio de Andrade

Belo e José Rodrigo Cláudio Pandolfi, que me apoiaram em minhas dificuldades.

Profa. Dra. Elaine Marcílio Santos, Prof. José Antonio Todescan Gabrielli e Profa

Dra Mara Regina Rosler pelo apoio a mim concedido. Aos colegas de curso pela

amizade que nos une por tudo que descobrimos juntos.

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RESUMO:

A pesquisa teve como objetivo determinar alterações na produção e

composição mineral do leite de vacas da raça Holandesa, submetidas à

suplementação parenteral com aminoácidos e vitaminas. O experimento foi

conduzido no período de Setembro a Dezembro de 2008, na Fazenda Belvedere,

localizada no município de Descalvado – SP e as análises laboratoriais foram

realizadas no Laboratório de Nutrição Animal e Biogeoquímica, da UNICASTELO,

Campus Descalvado. O teste foi instalado em delineamento inteiramente

casualizado com medidas repetidas no tempo. Nas parcelas foram avaliados os

tratamentos T1 (sem aplicação parenteral de aminoácidos e vitaminas) e T2

(aplicação parenteral de aminoácidos e vitaminas em intervalos de 28 dias) e, nas

subparcelas, a época de amostragem. Cada tratamento foi composto por 15 vacas

da raça Holandesa, multíparas, com peso vivo médio de 510 kg, em início de

lactação e com produção média de 20 litros/dia. Os animais do lote com

suplementação parenteral com aminoácidos e vitaminas receberam 3 aplicações

iniciais de 5 mL com intervalo entre aplicações de 5 dias e, as demais aplicações

foram realizadas em intervalos de 28 dias a partir da primeira aplicação. Amostras

de leite foram obtidas individualmente, no início do experimento, e,

posteriormente, a cada 7 dias, totalizando 9 amostragens. O controle da produção

de leite foi realizado em intervalos de 28 dias, com total de 4 avaliações. Foram

analisados, a produção e os teores minerais do leite ( Ca, Mg, Zn, Mn, K, Fe e

Cu). Os resultados mostraram que a suplementação parenteral com aminoácidos

e vitaminas não influiu estatisticamente na produção do leite. Quanto aos teores

de minerais, houveram diferenças estatísticas isoladas entre os animais que

receberam suplementação parenteral com aminoácidos e vitaminas e os animais

do grupo testemunha.

Palavras-chave: suplementação aminoacídica, produção de leite, minerais do

leite.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3

2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 4

2.1. Síntese e secreção do leite .......................................................................... 4

2.2. Composição do leite ..................................................................................... 5

2.3 Composição mineral do leite ......................................................................... 8

2.4 Suplementação com aminoácidos ............................................................. 9

2.4.1 Suplementação da dieta com aminoácidos ....................................... 9

2.4.2 Suplementação parenteral com aminoácidos ................................. 10

2.5 Aminoácidos na nutrição de bovinos ........................................................ 10

2.6. Composição do leite – respostas aos aminoácidos suplementares ........... 11

2.7. Metabolismo dos aminoácidos ................................................................. 12

2.7.1 Metabolismo dos aminoácidos na glândula mamária ..................... 12

2.8. Efeito da metionina na produção do leite ................................................. 14

2.9. Outros fatores que alteram a produção e a composição do leite ............. 15

3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 20

4. OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 21

5. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................... 22

5.1 Local do experimento ............................................................................... 22

5.2 Tratamentos e delineamento estatístico ...................................................... 22

5.3 Seleção dos animais e manejo ................................................................ 22

5.4 Manejo das vacas leiteiras ....................................................................... 24

5.5 Amostragem e avaliações nas amostras de leite ..................................... 25

5.6 Amostragem de alimentos ........................................................................ 25

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 27

7. CONCLUSÃO .................................................................................................... 33

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 34

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Valores médios da concentração de minerais do leite bovino ............. 9

TABELA 2 - Randomização dos grupos experimentais para avaliação da produção

de leite e de análise hematológica de vacas da raça Holandesa, suplementadas

ou não de forma parenteral com aminoácidos. ..................................................... 23

TABELA 3 – Composição da solução injetável de Aminoácidos e vitaminas. ....... 24

TABELA 4 - Composição química do volumoso e concentrado fornecidos aos

animais.Teores expressos em %MS ..................................................................... 26

TABELA 5 - Efeito da suplementação com aminoácidos na média diária da

produção total, primeira e segunda ordenha do leite (kg) de vacas da raça

Holandesa ............................................................................................................. 27

TABELA 6 - Resultados das comparações múltiplas da produção de leite de vacas

da raça Holandesa, corrigido para 3,5% de gordura ............................................. 28

TABELA 7 - Valores médios da concentração de cobre, manganês e ferro,

presentes no leite, de animais da raça Holandesa, média de produção de 20

kg/dia, suplementados via subcutânea com solução de aminoácidos e vitaminas

ou não ................................................................................................................... 30

TABELA 8 - Valores médios da concentração de potássio, magnésio e zinco

presentes no leite de animais da raça Holandesa, média de produção de 20

kg/dia, suplementados via subcutânea com solução de aminoácidos e vitaminas

ou não. .................................................................................................................. 31

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

mg ……………………………. miligrama mL ……………………………. mililitro SILA ……………………………. síndrome do leite anormal PM ……………………………. proteína metabolizável Ca ……………………………. cálcio Mn ……………………………. manganês Zn ……………………………. zinco Mg ……………………………. magnésio K ……………………………. potássio Fe ……………………………. ferro Cu ……………………………. cobre BST ……………………………. somatropina recombinante bovina SP ……………………………. São Paulo L ……………………………. litro g ……………………………. grama Kg ……………………………. kilograma µg ……………………………. micrograma H2O ……………………………. água CO2 ……………………………. dióxido de carbono NNP ……………………………. nitrogênio não protéico AA ……………………………. aminoácidos PB ……………………………. proteína bruta FDN ……………………………. fibra em detergente neutro FDA ……………………………. fibra em detergente ácido LIG ……………………………. lignina MM ……………………………. matéria mineral MS ……………………………. matéria seca EE ……………………………. extrato etério MO ……………………………. matéria orgânica 0C ……………………………. grau Celsius

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1. INTRODUÇÃO

A composição do leite bovino pode variar em função da região onde o rebanho é

criado, do mês do ano, da genética, da diferença climática, condições do solo e da

nutrição, que é o principal fator de eficiência do sistema de produção do leite.

Diante da busca por uma otimização na pecuária leiteira visando obter

competitividade e sustentabilidade, desenvolveu-se técnicas para incremento da

produção, melhora na qualidade físico-química e nutricional do leite, redução de

distúrbios metabólicos e otimização dos custos de cria e recria do rebanho.

Sendo a nutrição o principal fator de eficiência na pecuária leiteira, a introdução

de nutrientes na dieta do rebanho tende a produzir leite de melhor qualidade

possibilitar maior lucratividade ao produtor (KNORR, 2002).

Produtores de leite e nutricionistas têm utilizado formulações de rações para o

rebanho, considerando somente os requerimentos de energia e proteína. Não são

estimadas as concentrações de aminoácidos presentes nos componentes das

rações e na se sabe totalmente sobre os requerimentos de aminoácidos necessários

pelos ruminantes. Justifica-se o porquê dos ruminantes necessitarem de

suplementação com aminoácidos para otimizar as atividades de síntese de proteína

em vários tecidos e síntese do leite.

Grandes avanços em pesquisa científica vêm ocorrendo na área de nutrição

animal, principalmente quanto ao estudo dos processos fisiológicos e como

diferentes fatores os afetam. Pesquisadores têm estudado a suplementação com

aminoácidos tanto na formulação de rações (OLIVEIRA et al., 2001) como por via

parenteral (SANTOS et al., 2009).

Assim, com os conhecimentos básicos que compreendem a fisiologia, nutrição,

bioquímica, economia e administração, dentre muitos outros, além dos

conhecimentos mais aplicados como aqueles que constituem a bovinocultura leiteira,

os profissionais conseguem avaliar o sistema de produção e então, tomar medidas

para que este se torne cada vez mais eficiente.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Síntese e secreção do leite

Após o parto ocorre rapidamente um desvio do fluxo sanguíneo do útero para

as glândulas mamárias. Um intenso fluxo sanguíneo é condição para a alta

produção secretória das glândulas mamárias. Primeiramente, as proteínas do leite,

sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso, movem-se para o aparelho de Golgi.

Os constituintes não gordurosos do leite (lactose, proteínas e sais) são então

incorporados às vesículas de Golgi. Essas vesículas movem-se em direção à

superfície apical das células epiteliais mamárias e se fundem com a membrana

plasmática, onde o conteúdo vesicular é descarregado no lúmen (CUNNINGHAM,

1999).

Quanto às partículas lipídicas citoplasmáticas, essas coagem para formar

gotas maiores à medida que migram do retículo endoplasmático na direção da

membrana apical. Essas gotas atravessam a membrana e surgem como glóbulos

envolvidos em um invólucro da membrana plasmática apical. O movimento dos

constituintes do leite ocorre de maneira sequencial nas células mamárias

(CUNNINGHAM, 1999).

O leite é sintetizado a partir de nutrientes fornecidos para as células

secretoras da glândula mamária pelo sangue. Estes nutrientes são provenientes

diretamente da dieta ou após sofrerem modificações nos tecidos dos animais antes

de alcançar a glândula mamária (NORO, 2001).

Sendo assim, a secreção do leite é a síntese nas células epiteliais e posterior

passagem do citoplasma das células para o lúmen alveolar. As células epiteliais

revestem os alvéolos mamários e sintetizam e secretam as proteínas, a lactose e a

gordura do leite (VENTURINI et al., 2007).

O leite é drenado dos ductos principais para a cisterna da glândula, passando

para a cisterna do teto onde fica retido. A cisterna da glândula comunica-se com a

cisterna da papila mamária através de uma crista circular (ânulo) que contém uma

veia e algumas fibras de musculatura lisa. A cisterna do teto comunica-se com o

exterior por uma abertura estreita no final do teto, chamado de ducto papilar (canal

do teto) que se abre no óstio papilar que dispõe de fibras musculares lisas. A

estrutura primária responsável pela retenção do leite é um esfíncter muscular que

rodeia o canal do teto. Irradiando-se para cima, existe uma estrutura conhecida

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como roseta de Furstemberg, formada de 7 a 8 dobras de camadas duplas de

epitélio e tecido conjuntivo subjacente (CUNNINGHAM, 1999).

O controle da síntese, secreção e ejeção do leite reúnem um grande número

de hormônios, entre os quais estão a insulina, o cortisol, a tiroxina, a triiodotironina,

a leptina e a ocitocina (REIST, 2002).

A produção do leite se inicia pela ação da prolactina, um hormônio que

estimula as células produtoras de leite dos alvéolos da glândula mamária. Para cada

litro de leite produzido, passa pela glândula mamária cerca de 400 litros de sangue,

portanto, uma boa vaca leiteira deve ter o úbere muito bem irrigado pela rede

sangüínea. A liberação do leite depende da ação de um hormônio chamado

ocitocina e o mesmo pode ser inibido pela secreção da adrenalina que deve ser

evitada. Durante a ordenha deve-se evitar barulho, presença de pessoas estranhas,

maus tratos, pancadas, empurrões etc., pois isso faz com que haja a liberação do

hormônio adrenalina, que impede a descida do leite (SETTI, 2008). Outros fatores

contribuem para a liberação do leite como: ambiente, ordenhador, presença do

bezerro, mugido do bezerro e ruídos da sala de ordenha.

2.2. Composição do leite

Segundo NORO (2001), os principais componentes do leite são: água 86-

88%, sólidos totais 12-14%, gordura 3,5-4,5%, proteína 3,2-3,5%, lactose 4,6-5,2%,

minerais 0,7-0,8%, vitaminas, bactérias, leucócitos e células mamárias secretoras.

SILVEIRA e ABREU (2003) descrevem a composição clássica do leite como:

87,5% de água e 12,5% de matéria seca total. A matéria seca do leite é composta

por 3,6% de gordura, 3,0% de caseína, 0,6% de albumina, 4,6% de lactose e 0,7%

de minerais.

De acordo com BRITO et al. (2009), o leite é uma combinação de diversos

elementos sólidos em água. Os elementos sólidos representam aproximadamente

12 a 13% do leite e os principais são os lipídios (gordura), carboidratos, proteínas,

sais minerais e vitaminas. Os termos sólidos totais ou extrato seco total englobam

todos os componentes do leite exceto a água. Por sólidos não-gordurosos ou extrato

seco desengordurado compreendem-se todos os elementos do leite, menos a água

e a gordura. Os componentes do leite permanecem em equilíbrio, de modo que a

relação entre eles é muito estável. O conhecimento dessa estabilidade é a base para

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os testes que são realizados com o objetivo de apontar a ocorrência de problemas

que alteram a composição do leite.

A lactose é o principal carboidrato do leite. Produzido pelas células epiteliais

da glândula mamária, é o principal fator osmótico no leite, pois no processo de

síntese do leite atrai água para as células epiteliais mamárias. (GONZÀLEZ et al.,

2004).

A quantidade de água do leite e, consequentemente, o volume de leite

produzido pela vaca, depende da quantidade de lactose secretada na glândula

mamária. A concentração de lactose no leite é de aproximadamente 5% (4,7 a

5,2%). É um dos elementos mais estáveis do leite, isto é, menos sujeito a variações.

As proteínas representam entre 3 e 4% dos sólidos encontrados no leite. A

composição protéica total do leite reúne várias proteínas específicas, dentre as quais

a mais importante é a caseína (85% das proteínas lácteas). Existem vários tipos

identificados de caseínas: α, β, γ e κ, todas similares na sua estrutura, mas com

diferente importância na qualidade do leite. As caseínas se agregam formando

grânulos insolúveis chamados micelas, enquanto que as demais proteínas do leite

estão em forma solúvel (GONZÁLEZ et al.,2001).

Grandes modificações da composição do leite ocorrem durante o período de

lactação. Verifica-se, por exemplo, que para a lactose, os valores são máximos,

cerca de 25 a 30 dias após o parto. De forma geral, pode dizer-se que existe uma

relação inversa entre quantidade produzida de leite e percentagem de gordura e

proteína ao longo da lactação. No pico de produção, proteínas e gorduras

encontram-se em percentagem relativamente baixa, aumentando progressivamente

com o número de semanas de lactação (PEREZ, 2001).

O teor de proteína do leite somente é afetado pelo teor de proteínas da dieta

quando a mesma estiver abaixo do mínimo recomendado. Assim, em dietas com

níveis de proteína bruta acima de 15% na matéria seca praticamente não haverá

resposta à suplementação protéica, em termos de aumento no teor e na produção

de proteína do leite (MÜNLBACH, 2000).

Praticamente 75% da proteína metabolizada pela vaca é de origem

microbiana, e esta proteína é a que mais se aproxima do perfil de aminoácidos

requeridos pela glândula mamária para síntese de leite. Desta forma,

proporcionando uma maior produção de proteína microbiana tende a proporcionar

maior produção de leite (KNORR, 2002).

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A gordura do leite está presente na forma de pequenos glóbulos suspensos

na fase aquosa, onde cada glóbulo é envolvido por uma camada formada por um

componente da gordura denominado fosfolipídio. Essa camada forma uma

membrana que impede a união de todos os glóbulos, mantendo deste modo, a

gordura do leite em suspensão (SOUZA et al., 2003).

A maior parte da gordura do leite é constituída de triglicerídios, que são

formados por ácidos graxos ligados ao glicerol. A fração de gordura do leite serve de

veículo para as vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), colesterol e outras substâncias

solúveis em gordura, como os carotenóides (provitamina A), que dão ao leite sua cor

amarelo-creme. A concentração de gordura no leite varia geralmente entre 3,5 e

5,3%, em razão de diferenças entre raças, fase da lactação e de acordo com a

alimentação dos animais, entre outros fatores (AEBERHARD e BRUCKMAIER,

2001).

O leite é uma importante fonte de vitaminas, onde algumas se associam com

a gordura (A, D, E e K), enquanto outras se associam com a parte aquosa, como as

do complexo B e a vitamina C. Mais de dez vitaminas diferentes do complexo B são

encontradas no leite. Entretanto, com exceção da vitamina B2 (riboflavina), as outras

são encontradas em quantidades pequenas. As vitaminas do complexo B são

produzidas no estômago composto (rúmen) dos animais. O leite é uma fonte

importante de vitamina C (ácido ascórbico), mas esta é rapidamente oxidada na

presença do cobre, em um produto biologicamente inativo. No entanto, a glândula

mamária não pode sintetizar vitaminas, portanto, para sua secreção no leite

depende do aporte sanguíneo (HURLEY, 2010).

Segundo HARAGUCHII et al. (2005) a composição média de aminoácidos no

leite por grama de proteína é de 4,9 mg de alanina, 2,4 mg de arginina, 3,8 mg de

asparagina, 10,7 mg de ácido aspártico, 1,7 mg de histidina, 4,7 mg de isoleucina,

11,8 mg de leucina, 9,5 mg de lisina, 3,1 mg de metionina, 3,0 mg de fenilalanina,

4,2 mg de prolina, 3,9 mg de serina, 4,6 mg de treonina, 1,3 mg de triptofano, 3,4 mg

de tirosina e 4,7 mg de valina.

De acordo com FERRARA e INTRIERI (1975) apud VERRUMA e SALGADO,

(1994) o número de lactação, a época de parto e a quantidade de leite produzida

não influenciaram na composição de aminoácidos, podendo haver um aumento dos

aminoácidos à medida que se distanciam os períodos entre as ordenhas,

provavelmente por ação proteolítica das enzimas do leite.

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De acordo com os resultados obtidos no estudo de VERRUMA e SALGADO

(1994), os aminoácidos triptofano e cistina do leite de búfala, apresentaram menores

teores em relação ao leite de vaca. Para os demais aminoácidos essenciais o leite

de búfala apresentou valores superiores em relação ao leite de vaca. Os dados

obtidos mostraram que o leite de búfala apresentou 25,5% de aminoácidos

essenciais a mais que no leite de vaca.

2.3 Composição mineral do leite

Os principais minerais encontrados no leite são cálcio e fósforo, que estão

basicamente associados com a estrutura das micelas de caseína. O leite também

contém pequenas quantidades dos demais minerais. No caso do cálcio e fósforo,

apresentam alta disponibilidade, em parte porque se encontram associados à

caseína. Por isso, o leite é a melhor fonte de cálcio para o desenvolvimento do

esqueleto dos indivíduos jovens e para a manutenção da integridade dos ossos dos

adultos. O cálcio insolúvel se encontra física ou quimicamente combinado com o

caseinato, citrato ou fosfato, conseqüentemente, o leite tem um mecanismo que lhe

permite acumular uma concentração alta de cálcio ao tempo em que mantém o

equilíbrio osmótico com o sangue (GONZÁLEZ et al., 2001).

VERRUMA e SALGADO (1994) estudaram a composição química do leite de

búfala em relação do leite de vaca. Os níveis de cálcio foram mais elevados no leite

de búfala (1,88%) comparado ao leite de vaca (1,30%). Os teores de magnésio e

manganês foram semelhantes. Para o mineral ferro, os dados apresentaram alta

variação, mas observando de forma geral, maiores teores para o leite de búfala, o

que pode ser explicado pelo fato da composição mineral do leite também variar com

fatores tais como, tipo de alimentação e individualidade do animal. Para o zinco e

potássio não houve diferenças nos teores dos leites de búfala e vaca.

Embora o leite contenha vários minerais, os principais encontrados são

aqueles necessários para o desenvolvimento do esqueleto do bezerro,

principalmente o cálcio, o fósforo e, em menor escala o magnésio. Estão presentes

ainda o alumínio, arsênio, boro, cobalto, cobre, ferro, manganês, molibidênio, silício,

zinco, bromo, iodo e outros (FONTANELI, 2001).

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TABELA 1 - Valores médios da concentração de minerais do leite bovino

Minerais Concentração Cálcio (%) 1,30 Fósforo (%) 0,90 Potássio (%) 0,90 Magnésio (%) 0,10 Ferro (ppm) 37 Manganês (ppm) 12 Zinco (ppm) 100 Adaptado de VERRUMA e SALGADO (1994) 2.4 Suplementação com aminoácidos

Nas últimas décadas, a busca por uma melhor eficiência na pecuária leiteira

propiciou o desenvolvimento e aprimoramento de técnicas que proporcionaram

incremento à produção, melhora na qualidade físico-química e nutricional do leite,

redução na ocorrência de distúrbios metabólicos e dos custos de cria e recria de

fêmeas destinadas à reposição, sem detrimento ao desempenho animal. Dentre as

técnicas utilizadas para manipular a produção e a qualidade do leite, destaca-se a

alimentação e a introdução de certos nutrientes à dieta (PUSHPAKUMARA et al,

2003).

2.4.1 Suplementação da dieta com aminoácidos

ALVES (2004) relata que os conhecimentos atuais são insuficientes para

estabelecer recomendações de aminoácidos para vacas de leite. Não obstante, a

máxima eficiência da proteína metabolizável para mantença e lactação é quando as

concentrações de lisina e metionina são de 7,2 e 2,4% da proteína metabolizável,

respectivamente, ou quando a relação entre esses aminoácidos é de 3:1. Esta

relação considera as proporções de lisina e metionina no tecido muscular e no leite

como padrão e, neste sentido, apontam a proteína bacteriana com uma relação

lisina:metionina bastante similar àquela encontrada no tecido muscular e no leite.

De acordo com SANTOS (1997), a qualidade da fonte protéica está

relacionada ao teor e principalmente ao balanço de aminoácidos essenciais,

especialmente lisina e metionina, que são os dois aminoácidos mais limitantes à

produção de leite com dietas comerciais.

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2.4.2 Suplementação parenteral com aminoácidos

De acordo com CORRÊA et al. (1998), quando se degrada uma determinada

proteína, obtém-se maior número de aminoácidos; então, ao fornecer um “pool” de

aminoácidos via parenteral aos animais, estes não são misturados aos aminoácidos

adquiridos via absorção digestiva, assim tem-se uma especificidade relativa de que

a maior parte destes aminoácidos, aplicados via parenteral, serão direcionados para

as glândulas que lhes deram origem.

Segundo LITTER (1978), a utilização de soluções de aminoácidos livres obtidas

através da hidrólise ácida e enzimática de órgãos e glândulas de origem bovina,

para aplicações parenterais, é um método seguro e indicado em nutrição animal,

uma vez que esta solução estimula a retenção de nitrogênio, com reflexo positivo no

ganho de peso.

Todavia, no Brasil desde 1996 é proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (MAPA) a utilização, na nutrição de ruminantes, de qualquer

produto de origem animal, em função da encefalopatia espongiforme bovina, mais

conhecida como doença ou mal da vaca louca, o que impossibilitou a utilização

destes suplementos com fontes de aminoácidos de origem animal, sendo então

formulados, atualmente, a partir de extratos de origem vegetal.

Muitas soluções injetáveis disponíveis no mercado alegam melhora na produção

de leite e no desempenho de bovinos de corte. Porém, dados provando a eficácia

destes produtos não são comumente encontrados na literatura científica. Os

trabalhos com suplementação de aminoácidos encontrados na literatura nacional e

internacional avaliam sistemas de proteção contra a degradação ruminal e, neste

caso, são reconhecidos os trabalhos que demonstram alterações quali-quantitativas

na lactogênese (CAMPOS NETO et al., 2003; SANCANARI et al., 2001).

2.5 Aminoácidos na nutrição de bovinos

De acordo com Rossi et al., (2007), há grande interesse em determinar os

requerimentos de aminoácidos e desenvolver sistemas que permitam o

balanceamento de dietas quanto aos aminoácidos absorvidos no intestino. Um dos

motivos seria o perfil de aminoácidos da proteína não-degradada no rúmen que não

é adequado para maximizar a utilização da proteína metabolizável para a síntese

protéica pelo animal. Segundo os autores, o suprimento de aminoácidos para a

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11

produção de leite depende da quantidade e da qualidade dos aminoácidos

absorvidos no intestino. O fluxo de aminoácidos para o intestino pode ser

aumentado pela ingestão de proteína não-degradável no rúmen e, pelo aumento da

eficiência de síntese microbiana. Assim, o animal responderia à suplementação de

proteína da dieta pelo aumento do fluxo de aminoácidos essenciais para o intestino

delgado.

No início da lactação, são verificadas as maiores respostas no aumento de

volume de leite que estão relacionadas com o aporte de lisina na dieta. Assim,

dependendo da proporção de vacas em início de lactação no rebanho, pode-se fazer

uma estimativa do provável efeito sobre o volume de leite a partir de uma alteração

na formulação da dieta (GARTHWAITE et al., 1998).

Enriquecer a ração com aminoácidos limitantes ajuda a maximizar a síntese

de proteínas do leite, bem como melhorar o aproveitamento dos aminoácidos

absorvidos. GARTHWAITE et al. (1998) observaram que com o uso de rações

balanceadas com lisina e metionina metabolizáveis em sete testes iniciados

imediatamente após o parto ou dentro das primeiras 2 a 3 semanas de lactação,

continuando até pelo menos os 120 dias de lactação, a produção de leite diária e a

proteína do leite foram aumentadas, em média, de 680 gramas de leite, e 80 gramas

respectivamente.

2.6. Composição do leite – respostas aos aminoácido s suplementares

O teor e produção de proteína do leite são afetados principalmente pelo

suprimento de proteína microbiana e pelo perfil de aminoácidos essenciais desta

proteína (SANTOS et al., 1998).

Alguns pesquisadores salientam que, em alguns casos, a suplementação de

aminoácidos na dieta não reflete no aumento significativo da produção média de

leite, mas permite aumentar o teor médio de gordura do leite, sugerindo que o efeito

está mais associado a mudanças na composição do que na produção de leite. Este

resultado é de grande importância econômica, quando se considera a remuneração

do leite por qualidade, e não mais por quantidade (SANTOS et al., 1981 apud

FONSECA et al. 2008).

Por outro lado, trabalhos de pesquisa ressaltam que o balanço dos

aminoácidos limitantes afeta o desempenho lácteo, a utilização da proteína

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metabolizável, a eficiência alimentar, os distúrbios metabólicos e reprodutivos e,

provavelmente, o sistema imunológico (ALVES, 2004).

A grande demanda de aminoácidos na glândula mamária corresponde aos

aminoácidos extraídos do sangue. Existem poucas informações sobre qual

aminoácido pode ser limitante ou co-limitante para a produção de leite. Apesar das

poucas informações sobre os aminoácidos limitantes para ruminantes, a metionina é

indicada como o primeiro aminoácido limitante na síntese de leite (BUTTERY e

FOULDS, 1985).

2.7. Metabolismo dos aminoácidos

2.7.1 Metabolismo dos aminoácidos na glândula mamár ia

A utilização de aminoácidos pelas células da glândula mamária ocorre em

duas fases: captação celular e metabolismo intracelular. A captação celular dos

aminoácidos é dependente da concentração arterial de aminoácidos; do fluxo de

sangue na glândula mamária; do fluxo de aminoácidos através dos tecidos; e do

processo de extração pelo qual sistemas transportadores efetuam a transferência de

aminoácidos através da membrana basal da célula. Uma vez dentro da célula o

aminoácido pode sofrer polimerização para formar proteínas do leite, que serão

secretadas pelas células; sofrer polimerização para formar proteínas celulares, que

serão mantidas nas células como parte de proteínas estruturais e enzimas; entrar

em reações metabólicas produzindo dióxido de carbono, uréia, poliaminas e

aminoácidos não essenciais ou passar inalterados para o leite, sangue ou linfa

(como aminoácidos livres) (KOLB, 1987).

A captação de aminoácidos do sangue é adequada para avaliar a utilização

de aminoácidos na síntese de proteínas na glândula mamária. Alguns aminoácidos

essenciais são absorvidos em quantidades adequadas para suprir seus depósitos no

leite, enquanto outros são captados em excesso, pois serão convertidos

posteriormente em aminoácidos não essenciais na glândula mamária. Mais de 60%

de alguns aminoácidos essenciais, notadamente os sulfurados, são removidos do

sangue quando este passa pela glândula mamária. De maneira geral, a

disponibilidade destes aminoácidos pode limitar a síntese de proteína do leite e

afetar a produção de leite. A metionina em particular, mas também fenilalanina,

histidina, lisina e treonina têm sido considerados como possíveis limitantes, sendo

indicado que a suplementação destes aminoácidos na forma “bypass”, normalmente

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produz um aumento na produção de leite. A absorção de aminoácidos não

essenciais é mais variável do que a de aminoácidos essenciais, sugerindo que a

glândula mamária não é completamente dependente de precursores do plasma para

aminoácidos não essenciais (KOLB, 1987).

Alguns dos aminoácidos não essenciais são absorvidos como aminoácidos

livres a partir do sangue, sendo que outros são sintetizados na glândula mamária.

Esta síntese consiste em interconversões de diferentes aminoácidos ou síntese a

partir de esqueletos de carbono de carboidratos ou ácidos graxos, para formar, em

quantidade suficiente, os aminoácidos necessários. Os aminoácidos são absorvidos

do sangue por um mecanismo específico envolvendo a enzima γ-glutamil

transpeptidase, a qual tem função semelhante em outros tecidos. O organismo

animal somente é capaz de sintetizar alguns aminoácidos, não todos, ou então

somente é capaz de sintetizá-los em quantidades insuficientes. Tais aminoácidos

são denominados aminoácidos essenciais, sendo de grande importância para

aumentar a capacidade produtiva dos animais (KOLB, 1987).

ALVES (2004) explica que a síntese de aminoácidos essenciais não ocorre

nos tecidos de maneira adequada para atender às necessidades metabólicas; ou

não são sintetizados pelo organismo ou o são, porém em quantidades insuficientes,

principalmente nas fases iniciais do crescimento ou para atender altos níveis de

produção. O mesmo considera aminoácidos essenciais a arginina, histidina,

isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina, tirosina

e cisteína para a produção de leite. Contrariamente aos essenciais, os não

essenciais são sintetizados pelos tecidos em quantidades que satisfazem às

exigências do metabolismo, a partir de fontes de carbono e grupos amino de outros

aminoácidos ou de compostos mais simples, eles não necessitam constar na dieta.

No entanto, todos os aminoácidos são necessários para o organismo, tanto os

essenciais, como os não essenciais.

2.7.2 Metabolismo dos aminoácidos no rúmen e no int estino delgado

De acordo com ALVES (2004), em situação ideal, a quantidade de

aminoácidos disponíveis para absorção deve ser igual às necessidades de

aminoácidos para atender as exigências de manutenção e produção dos ruminantes.

Contudo, quando se deseja elevados níveis de produção, ocorre aumento das

necessidades protéicas, e para atender esta condição, maximiza-se a eficiência de

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síntese de proteína microbiana e, além disso, providencia-se que parte da proteína

dietética ingerida não seja degradada no rúmen.

De acordo com KOLB (1987) os ruminantes são capazes de estruturar os

aminoácidos essenciais por meio dos microrganismos do rúmen, e vacas em período

de lactação em boa produtividade apresentam, aproximadamente, 8-12 Kg de

microorganismos por dia, que contém aproximadamente 800-1200 g de proteínas de

alto valor nutricional. Os mesmos autores afirmam, também, que a maior parte da

proteína da dieta é degradada a aminoácidos no rúmen pela ação de

microrganismos ruminais. Em seguida, são finalmente desaminados, em grande

parte originando a amônia ou, em menor proporção, incorporados diretamente às

proteínas microbianas. O conteúdo de aminoácidos livres no suco digestivo do

rúmen é pequeno em consequência da rápida metabolização dos aminoácidos

resultantes da proteólise. Após a ingestão de alimentos, a concentração de N-alfa-

amino do suco digestivo do rúmen eleva-se a valores cerca de 5-10 vezes

superiores aos anteriores à alimentação.

FERREIRA et al. (2007) relataram que a síntese de aminoácidos pelos

microrganismos do rúmen inclui os aminoácidos normalmente considerados

essenciais para os tecidos dos mamíferos. Vários microrganismos do rúmen

sintetizam esses aminoácidos a partir de compostos simples de carbono e de

nitrogênio não protéico dietético ou endógeno. Os aminoácidos são disponibilizados

para o organismo animal após a digestão do microorganismo, no intestino delgado.

2.8. Efeito da metionina na produção do leite

A metionina é um dos aminoácidos mais importantes para o crescimento e

para a produção de leite, e por isso tem sido considerada, juntamente com a lisina,

como um dos principais aminoácidos limitantes principalmente no que diz respeito à

produção de leite (SCHWAB et al., 2004).

No entanto, OLIVEIRA et al., (2001) avaliaram o efeito da adição da metionina

na dieta sobre a produção de leite de vacas da raça Holandesa. Utilizaram 34 vacas

leiteiras, distribuídas em dois tratamentos: 1- vacas alimentadas com ração

completa; e 2- vacas alimentadas com ração completa contendo metionina

(15g/vaca/dia). Os autores observaram que a adição de metionina na dieta de vacas

de alta produção não proporcionou aumento significativo na produção de leite.

Assim, concluíram que tornam-se interessantes novos estudos a fim de verificar o

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efeito da metionina fornecida durante o pré- e o pós-parto sobre a produção de leite

das vacas.

Para que a suplementação de metionina para ruminantes seja efetiva, é

necessário que seja fornecida de forma protegida, ou seja, não deve ser feita de

forma livre na dieta, pois será degradada pelos microorganismos ruminais. É

necessário que se faça mais estudos avaliando os efeitos da adição de metionina

protegida e seu respectivo impacto na eficiência biológica real, ou seja, o incremento

financeiro que este manejo alimentar nutricional propiciará ao produtor (FERREIRA

e FERNANDES, 2009).

SANCANARI et al. (2001) utilizaram-se de vacas da raça holandesa com

produção superior a 20 kg de leite/dia, de primeira e segunda lactações, com 19±6

dias em lactação, para avaliar o efeito da suplementação com 8,4 g/dia de metionina

protegida ou 8,4 g/dia de metionina não-protegida da degradação ruminal sobre a

produção e composição do leite, comparativamente a vacas controle, durante 90

dias. Os autores concluíram que a suplementação com metionina protegida da

degradação ruminal esteve mais associada a alterações no teor de gordura do leite

do que aumentos na produção de leite.

2.9. Outros fatores que alteram a produção e a comp osição do leite

Segundo MELO (2003), as produções diárias de leite são afetadas por

diversos fatores, tais como raça dos animais, região do país, rebanho, grupo de

manejo dentro do rebanho, data do controle, número da lactação, idade da vaca ao

parto, mês do parto, dias em lactação, prenhês, número de ordenhas diárias, uso de

somatotropina bovina recombinante (BST), entre outros.

A concentração de sólidos totais no leite pode variar em função da região, do

ano, do mês, de mastite e da genética das vacas do rebanho. Foi verificado que em

diferentes regiões, a diferença climática, de relevo, condições de solo e a

composição racial do rebanho afetaram significativamente os valores de sólidos

totais (KENNELLY et al., 2000).

Sendo assim, a composição do leite bovino pode variar de acordo com vários

fatores, inclusive a alimentação, genética, região, ano, mês, período de conservação

da amostra e saúde da glândula mamária, sendo este último medido através da

contagem de células somáticas (SANTOS e SANTOS, 2001).

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Segundo KOLB (1987) a composição do leite da vaca apresenta diferenças

de acordo com a raça, principalmente, no que se refere ao teor de gorduras e

proteínas. Também ocorrem variações na composição do leite no decorrer do

período de lactação, sendo que a diminuição da quantidade de leite segue

paralelamente com o aumento do teor de gordura, proteínas e substâncias minerais.

CANT et al. (1991) e GALLARDO et al.(1996) ressaltaram em seus trabalhos

de pesquisa que uma das maneiras de alterar a qualidade e quantidade dos sólidos

do leite é a alimentação através da suplementação da ração. A gordura do leite é o

componente mais fácil de manipular em relação à lactose, à proteína e minerais.

Destes, a lactose tem muito pouca alteração e a proteína e os minerais podem ter

suas concentrações modificadas, mas em margens muito restritas, principalmente

quando se trabalha com níveis relativamente bons de nutrição.

Segundo FONTANELI, (2001), a síndrome do leite anormal caracteriza-se por

um conjunto de alterações na composição do leite e afeta sua qualidade. Os

diversos estudos desenvolvidos na atualidade permitem estabelecer com clareza as

concentrações médias e a taxa de variação dos componentes lácteos na presença

da síndrome. A base hipotética mais provável está associada às limitações na

quantidade e na qualidade da alimentação, agravadas por um potencial produtivo e

maiores exigências nutricionais, fundamentalmente de animais da raça holandesa, o

que se agrava no final da seca e no início da primavera. Alterações na composição

do leite podem ser verificadas a partir da alteração dos teores dos minerais cálcio,

fósforo e magnésio. Os valores normais e associados à síndrome de cálcio, fósforo e

magnésio, são 120mg, 90mg, 12mg e, <111mg, <81mg, <9mg, respectivamente.

O teor e produção de proteína do leite são afetados principalmente pelo

suprimento de proteína microbiana e pelo perfil de aminoácidos essenciais desta

proteína (SANTOS et al., 1998).

Na atividade leiteira, a nutrição é o principal fator de eficiência do sistema de

produção, pois é o maior responsável pelo nível de produção e pode representar até

70% dos custos. Animais nutridos eficientemente, além de permitir maior

lucratividade para o produtor, tendem a produzir leite de melhor qualidade, já que

uma boa nutrição é um princípio básico, mais não o único, de animais sadios

(KNORR, 2002).

A proporção de cada componente no leite é influenciada, em diferentes em

maior ou menor intensidade, pela nutrição da vaca. Assim, a alimentação responde

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por aproximadamente 50% das variações de gordura e proteínas do leite, porém

praticamente não afeta o conteúdo de lactose (FREDEEN, 1996).

Os precursores da síntese de gordura do leite são derivados das reservas de

gordura do corpo do animal, no tecido adiposo ou dos triglicerídeos presentes na

corrente sanguínea, que são produzidos a partir dos ácidos graxos voláteis

sintetizados no rúmen. Aproximadamente 40 a 60% dos precursores da síntese de

gordura são triglicerídeos que são carregados na corrente sanguínea na forma de

complexos, os quilomícrons. Na glândula mamária, os quilomícrons e as proteínas

de baixa densidade, por serem muito grandes para atravessar o endotélio, são

quebrados pela enzima lipase lipoproteíca produzida pelas células epiteliais do

úbere, e liberados na forma de componentes solúveis em água. Os produtos da

hidrólise são ácidos graxos voláteis, monoglicerídeos e glicerol, os quais cruzam o

endotélio capilar e são capturados pelas células endoteliais do úbere (BERGMAN,

1990).

Os ácidos graxos voláteis considerados como precursores destes

triglicerídeos são o ácido acético (acetato) e o ácido butírico (butirato). FONSECA e

SANTOS (2000) comentaram que cerca de 17 a 45% da gordura do leite têm origem

do acetato, e 8 a 25% têm origem do butirato, o propionato é o terceiro ácido graxo

produzido no rúmen e é utilizado para a produção de lactose, porém precisa ser

transformado em glicose no fígado.

Para manter a produção adequada de ácidos graxos voláteis e a proporção

proprionato:acetato, também adequada, para altas proporções de gordura no leite é

preciso que a dieta seja balanceada com forragens e grãos. A fermentação das

forragens pelos microrganismos ruminais, é responsável pela produção maior de

acetato. O abaixamento do pH ruminal, devido às altas proporções de grão ou

açúcares da dieta, afeta a digestão das forragens, reduz a produção de acetato e,

consequentemente, diminui a gordura no leite. Quando a proporção de grãos na

dieta é alta, é necessário utilizar tamponantes de forma a evitar os distúrbios

metabólicos (BERGMAN, 1990).

Com relação ao teor de proteína do leite, diversos trabalhos têm demonstrado

aumento na concentração protéica do leite quando se aumenta o fluxo de amido

para o intestino, enquanto outros demonstram um aumento da concentração da

proteína quando se utiliza amido de alta degradabilidade ruminal (NOCEK e

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TAMMINGA, 1991). No entanto, alguns estudos têm revelado maiores produções de

leite para dietas com maior digestibilidade ruminal e total do amido (YU et al., 1998).

A suplementação da energia da dieta com lipídios pode aumentar a produção

de leite, inclusive o teor de gordura do leite e várias fontes de lipídios, como o caroço

de algodão, a soja e óleos são utilizados com esta finalidade. Segundo Staples et.

al. (2001), a utilização de uma fonte de gordura pode resultar em aumento na

produção de leite de 2,0 a 2,5 kg/vaca/dia, desde que seja considerada a

aceitabilidade e a adaptação do animal a fonte utilizada.

O período de lactação não se reproduz de forma constante durante toda a

vida do animal; a partir da quinta ou sexta lactação, diminuem ligeiramente as

quantidades de gordura e sólidos totais corrigidos para gordura. As fêmeas

primíparas da raça Guzerá apresentaram menor (p<0,05) teor de gordura do que as

multíparas (MOREIRA et al, 2007).

A raça influencia o volume de leite produzido e a riqueza em gordura (%). A

raça Holandesa, por exemplo, produz mais leite, enquanto que as raças Jersey e

Guernsey produzem menos leite e mais gordura. (VIEIRA et al., 2005).

Segundo GONZÁLEZ et al, (2001), entre as raças zebuínas, a Guzerá é a

que apresenta como característica de produção o leite com maior teor de gordura

sendo muitas vezes denominada raça “manteigueira”. O teor butiroso do leite

aumenta com o final da lactação e tendem a ser mais expressivo em vacas

multíparas. O autor também relata a influência da raça na composição do leite,

especialmente em gordura e proteína, sendo esses componentes as bases de

pagamentos diferenciados para produtores na maior parte dos países

desenvolvidos.

A ocorrência de doenças é outro fator que modifica a qualidade nutricional do

leite; as mastites, por exemplo, aumentam a concentração de sódio, cloretos e

proteínas da fase solúvel, e diminuem o teor de lactose e potássio, além de aumentar o

número de células somáticas. Os efeitos das células somáticas na composição do

leite podem resultar na alteração da capacidade de síntese de seus componentes

pela glândula mamária afetada e, também, devido à ação de enzimas de origem das

células somáticas que atuam degradando, por exemplo, a caseína e gordura do

leite, mesmo após a ordenha. As modificações na composição do leite em função da

mastite vão depender da severidade da infecção e do estágio da doença do animal.

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Mudanças mais pronunciadas podem ser observadas nos casos clínicos em

comparação aos casos subclínicos da mastite (SANTOS, 2004).

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3. JUSTIFICATIVA

Diante da busca por uma melhoria de produção na pecuária leiteira visando

obter competitividade e sustentabilidade, há necessidade do desenvolvimento de

novas alternativas para incremento da produção, melhora na qualidade físico-

química e nutricional do leite.

Quando se degrada uma determinada proteína, obtém-se maior número de

aminoácidos; então, ao fornecer um “pool” de aminoácidos via parenteral aos

animais, estes não são misturados aos aminoácidos adquiridos via absorção

digestiva, assim tem-se uma especificidade relativa de que a maior parte destes

aminoácidos, aplicados via parenteral, serão direcionados para as glândulas que

lhes deram origem (CORRÊA et al., 1998).

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4. OBJETIVO GERAL

Avaliar os efeitos da suplementação parenteral com solução de

aminoácidos e vitaminas sobre a produção e composição mineral do leite de vacas

da raça holandesa.

4.1. Objetivos específicos:

De maneira específica, pretende-se:

a) Medir o teor de minerais do leite;

b) Avaliar alterações na composição mineral do leite de vacas submetidas aos

tratamentos impostos;

c) Medir de forma comparada a produção de leite de vacas tratadas e não tratadas

com aminoácidos e vitaminas pela via parenteral.

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5. MATERIAL E MÉTODOS

5.1 Local do experimento

O experimento foi conduzido no período de Setembro a Dezembro de

2008, na Fazenda Belvedere, localizada no município de Descalvado – SP, Rodovia

SP 330 km 3,5. As análises laboratoriais foram realizadas no Laboratório de Nutrição

Animal e Biogeoquímica da Universidade Camilo Castelo Branco, UNICASTELO –

Campus de Descalvado.

5.2 Tratamentos e delineamento estatístico

O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado

com medidas repetidas no tempo. Nas parcelas foram avaliados os tratamentos T1

(sem aplicação parenteral de aminoácidos e vitaminas) e T2 (aplicação parenteral de

aminoácidos e vitaminas em intervalos de 28 dias) e, nas subparcelas, a época de

amostragem. Cada tratamento foi composto por 15 animais.

5.3 Seleção dos animais e manejo

Foram selecionadas trinta vacas da raça Holandesa, multíparas, com

peso vivo médio de 510 kg, em diversas fases da lactação. Os animais foram

ordenhados, com ordenhadeira mecânica, duas vezes ao dia, sendo a média de

produção diária de 20 litros/animal. Durante o dia e noite, as vacas foram mantidas

em piquetes de capim tifton (Cynodon dactylon) contendo comedouros e bebedouros

adibitum.

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TABELA 2 - Randomização dos grupos experimentais para avaliação da produção

de leite e de análise hematológica de vacas da raça Holandesa, suplementadas ou

não de forma parenteral com aminoácidos.

TRATAMENTO BOVINO Nº PARIÇÕES

DATA PARTO

DIAS DO PARTO

GR

UP

OS

EX

PE

RIM

EN

TA

IS (

AA

E

VIT

AM

INA

S)

1763 6 3/31/2008 155 1807 4 7/31/2008 33 1835 4 4/23/2008 132 1837 3 6/21/2008 73 1862 3 2/1/2008 214 1902 3 2/17/2008 198 1923 3 5/28/2008 97 1931 3 5/11/2008 114 1944 2 3/16/2008 170 1948 3 8/27/2008 6 1951 2 2/3/2008 212 1965 2 7/13/2008 51 1991 2 8/15/2008 18 2015 1 4/14/2008 141 2028 1 7/13/2008 51

MÉDIA 3 111 DESVIO PADRÃO 1 71

TE

ST

EM

UN

HA

1022 1 6/20/2008 74 1784 6 4/11/2008 144 1860 4 7/27/2008 37 1867 4 4/4/2008 151 1898 3 7/8/2008 56 1900 3 2/24/2008 191 1912 3 2/27/2008 188 1925 3 5/5/2008 120 1926 3 8/14/2008 19 1933 3 5/1/2008 124 1941 2 2/17/2008 198 1959 2 7/24/2008 40 1963 2 3/17/2008 169 1994 2 8/15/2008 18 2004 1 4/14/2008 141

MÉDIA 3 111 DESVIO PADRÃO 1 65

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5.4 Manejo das vacas leiteiras

Os animais do lote com suplementação parenteral de aminoácidos

receberam 3 aplicações iniciais de 5 ml com intervalo entre aplicações de 5 dias, as

demais aplicações foram realizadas em intervalos de 28 dias a partir da primeira

aplicação, de acordo com a recomendação da fórmula. A alimentação foi fornecida

ad libitum, duas vezes ao dia, sendo utilizada a cana-de-açúcar picada (8-10mm)

como volumoso e um concentrado protéico, na proporção 60:40, contendo farelo de

soja, farelo de trigo, milho moído, aditivo promotor de crescimento, bicarbonato de

sódio, cloreto de sódio, melaço, uréia, calcário calcítico e premix vitamínico e

mineral. A ração foi distribuída no cocho às 6h e às 15h. O volumoso foi oferecido

baseando-se na ingestão total de matéria seca de, aproximadamente, 3% do peso

corporal.

A composição da solução de aminoácidos e vitaminas pode ser

observada na TABELA 3.

TABELA 3 – Composição da solução injetável de Aminoácidos e vitaminas.

Garantia/kg de produto Valores Garantia/kg de produ to Valores

Alanina, mg 52.500 Glicina, mg 83.000

Arginina, mg 39.700 Leucina, mg 13.000

Ácido Glutâmico, mg 36.300 Cistina, mg 800

Isoleucina, mg 6.400 Fenilalanina, mg 9.200

Ácido Aspartico, mg 26.600 Treonina, mg 5.000

Lisina, mg 14.400 Valina, mg 9.700

Metionina, g 4,10 Serina, mg 8.400

Tirosina, mg 2.100 Trptofano, mg 3.300

Prolina, mg 63.700 Vitamina A, UI 5.000.000

Histidina, mg 2.900 Vitamina E, mg 2.000

Hidroxiprolina, mg 60.000 Vitamina D3, UI 5.000.000

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25

5.5 Amostragem e avaliações nas amostras de leite

A produção de leite foi monitorada no intervalo de 28 dias, nas duas

ordenhas do dia, registrando-se a produção de leite individual de cada vaca, no total

de 4 avaliações. A produção de leite foi corrigida para 3,5% de gordura.

As amostras individuais do leite foram colhidas em recipientes

apropriados e estéreis, que neste momento foi inclinado a um ângulo de 90 graus

em relação ao teto, para evitar a entrada de qualquer sujidade (HARMON et al.,

1990). A alíquota foi tomada do teto posterior do lado direito do úbere.

As duas amostras de cada animal foram homogeneizadas obtendo-se

então uma amostra composta. As amostras foram colhidas a cada 7 dias, totalizando

9 amostragens. Foram analisados os teores de minerais (Ca, K, Mg, Zn, Mn, Fe,

Cu), conforme método descrito por SARRUGE & HAAG (1979).

5.6 Amostragem de alimentos

Quinzenalmente foram obtidas amostras dos alimentos fornecidos aos

animais que tiveram sua composição bromatológica avaliada. As amostras foram

secas em estufa com circulação forçada de ar a 55º C, por 72 horas, e moídas em

moinho tipo Willey (Modelo Thomas) providos de peneiras com malha de 1 mm. As

determinações de matéria seca (MS), matéria mineral (MM) e extrato etéreo (EE)

foram realizadas de acordo com a AOAC (1990). A matéria orgânica (MO) foi

calculada pela diferença entre a MS e MM. Foi estimado o teor de proteína bruta

(SILVA e QUEIROZ, 2002).

Dos constituintes da fração de carboidratos foram determinados os teores

de fibra em detergente neutro (FDN) segundo VAN SOEST et al. (1991), fibra em

detergente ácido (FDA) e lignina utilizando-se ácido sulfúrico 72%, conforme

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Goering & Van Soest (1970). Os teores de hemicelulose e celulose foram estimados

segundo método descrito por SILVA & QUEIROZ (2002).

TABELA 4 - Composição química do volumoso e concentrado fornecidos aos

animais.Teores expressos em %MS

PB FDN FDA LIG MM Celulose Hemicelulose

Volumoso 2,5 52,7 33,1 2,2 2,8 30,9 19,6

Concentrado 20 17,4 5,2 1,4 11,5 3,8 12,2

PB=Proteína Bruta; FDN=Fibra em Detergente Neutro; FDA=Fibra em detergente ácido;

LIG= Lignina; MM= Matéria Mineral;

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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1. Produção de Leite

Não houve diferença na produção de leite entre os animais que receberam a

suplementação parenteral de aminoácidos e os animais testemunhas (TABELA 5),

em função da comparação de médias do parâmetro avaliado pelo teste SNK

(P<0,05).

TABELA 5 - Efeito da suplementação com aminoácidos na média diária da produção

total, primeira e segunda ordenha do leite (kg) de vacas da raça Holandesa

Período Experimental Produção de Leite Grupos Experimentais / Médias1 e Desvio Padrões

Complexo de Aminoácidos Testemunha

02/09/2008

Diá

ria

20,34 ± 4,20 A 20,52 ± 4,02 A

28/10/2008 17,09 ± 5,85 A 19,44 ± 6,12 A

14/11/2008 17,48 ± 5,37 A 16,47 ± 8,56 A

15/12/2008 13,43 ± 7,01 A 16,12 ± 7,98 A

28/10/2008

1ª O

rden

ha

10,00 ± 3,12 A 11,73 ± 3,65 A

14/11/2008 11,08 ± 3,15 A 10,33 ± 5,03 A

15/12/2008 8,12 ± 4,20 A 9,96 ± 5,05 A

28/10/2008

2ª O

rden

ha

7,09 ± 3,22 A 7,71 ± 2,66 A

14/11/2008 6,40 ± 2,63 A 6,13 ± 4,06 A

15/12/2008 5,31 ± 2,94 A 6,16 ± 3,16 A

1 Médias seguidas pela mesma letra, na linha, não diferem entre si pelo teste F (P>0,05)

Com base nos dados apresentados na TABELA 5, pode-se observar que a

produção de leite (diária, 1º ordenha e 2º ordenha) entre os dois grupos de animais

foi semelhante (P>0,05).

De acordo com os resultados apresentados na TABELA 6, a suplementação

com aminoácido não alterou a produção total de leite corrigida para 3,5% de

gordura, comparada com a produção do grupo testemunha.

Supondo produção de leite constante, o teor de gordura é o fator que

determina a quantidade de energia líquida direcionada para a produção do animal.

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Em função disso, costuma-se corrigir a produção de leite para 3,5% ou 4,0% de

gordura. Nota-se, comparando os dados de produção de leite apresentados na

TABELA 5, com os dados apresentados na TABELA 6, que a redução do teor de

gordura reduz significativamente a produção de leite corrigida para 3,5%.

TABELA 6 - Resultados das comparações múltiplas da produção de leite de vacas

da raça Holandesa, corrigido para 3,5% de gordura

Período

Experimental

Produção de Leite Total

Corrigida(kg)/vaca/dia

Complexo de

Aminoácidos Testemunha

02/09/2008 12,53 Aab 13,01 Aab

28/10/2008 12,87 Aab 15,02 Aa

14/11/2008 14,35 Aa 12,14 Aab

15/12/2008 9,12 Ab 10,73 Ab

Médias seguidas pela mesma letra maiúscula (linha) e minúscula (coluna) não diferem entre si pelo teste F (P>0,05)

No geral não foram observadas alterações entre os dois grupos no aspecto

produtivo. Porém, quando se realizou a análise entre as amostragens, pode-se

observar que, dentro de cada grupo de tratamento, houve variação nos meses de

avaliação.

No grupo que recebeu o tratamento com o complexo de aminoácidos e

vitaminas observou-se que, no mês de novembro ocorreu a maior produção de leite

(14,35 kg), no entanto, sem diferenças estatísticas em relação aos meses de

setembro e outubro. A menor produção foi observada no mês de dezembro (9,12

kg), porém semelhante estatisticamente aos meses de setembro e outubro. Com

relação ao grupo testemunha, a maior produção (15,02 kg) foi observada em outubro

que diferiu (P<0,05) da menor produção de dezembro (10,73 kg).

Na produção de leite, normalmente as pesquisas que envolvem a

suplementação de aminoácidos, especificamente da metionina na dieta dos animais,

não têm mostrado efeito significativo sobre a produção de leite das vacas. Segundo

SANCANARI (2001) houve aumento de 26,5% na produção de gordura do leite, em

vacas leiteiras suplementadas com metionina protegida da degradação ruminal,

porém houve apenas tendência no aumento da produção de leite.

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GARTHWAITE et al. (1998) observaram que com o uso de rações

balanceadas com lisina e metionina metabolizáveis, a produção de leite diária e a

proteína do leite foram aumentadas, em média, de 680 gramas de leite, e 80 gramas

respectivamente.

A suplementação com aminoácidos na dieta não reflete no aumento

significativo da produção média de leite, mas permite aumentar o teor médio de

gordura do leite, sugerindo que o efeito está mais associado a mudanças na

composição do que na produção de leite (SANTOS et al., 1981 apud FONSECA et

al. 2008).

OLIVEIRA et al., (2001) observaram que a adição de metionina na dieta de

vacas de alta produção não proporcionou aumento significativo na produção de leite.

ALVES (2004) com base na literatura estudada concluiu que a suplementação

de aminoácidos protegidos tem sido estudada com maior ênfase em bovinos leiteiros

que em bovinos de corte, no entanto os resultados são favoráveis no desempenho

produtivo de bovinos de corte, com dieta suplementada com aminoácidos

protegidos.

Assim, conclui-se que tornam-se interessantes novos estudos a fim de

verificar o efeito da suplementação com metionina sobre a produção de leite das

vacas.

6.2. Composição mineral do Leite

Os resultados obtidos da análise de minerais presentes nas amostras de leite

obtidas estão apresentados nas TABELAS 7 e 8.

Para os teores de minerais avaliados, observou-se diferenças estatísticas

isoladas entre os tratamentos, em algumas amostragens, como exemplo o teor de

cobre foi menor no tratamento com solução parenteral de aminoácidos e vitaminas

na segunda amostragem em comparação ao grupo testemunha (P≤0,05); o teor de

manganês apresentou-se menor no grupo testemunha (P≤0,05) na oitava

amostragem; o teor de ferro em menor teor no grupo tratado com solução parenteral

de aminoácidos e vitaminas (P≤0,05) na primeira e terceiras amostragens (TABELA

7). Na TABELA 8, observa-se que o magnésio apresenta-se em menor concentração

no grupo com suplementação na segunda amostragem. Já os teores de zinco no

grupo tratado, apresentaram-se menores na segunda e quinta amostragens e o teor

de cálcio apresentou-se menor no grupo teste (P≤0,05) na sétima amostragem.

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TABELA 7 - Valores médios da concentração de cobre, manganês e ferro, presentes

no leite, de animais da raça Holandesa, média de produção de 20 kg/dia,

suplementados via subcutânea com solução de aminoácidos e vitaminas ou não

Amostragens

Mineral

Grupos Experimentais / Médias1 e Desvios Padrões Complexo de Aminoácidos e

Vitaminas Testemunha

1

CO

BR

E

µg/

L 52,77 ± 3,58 Aabcd 54,45 ± 3,58 Aab

2 53,13 ± 2,77 Babc 60,59 ± 2,77 Aa 3 57,62 ± 3,37 Aa 59,50 ± 3,37 Aa 4 54,63 ± 3,22 Aab 46,75 ± 3,22 Ab 5 46,55 ± 1,57 Acd 47,71 ± 1,57 Ab 6 58,63 ± 3,82 Aa 54,25 ± 3,82 Aab 7 48,13 ± 2,12 Abcd 52,43 ± 2,12 Ab 8 44,84 ± 2,38 Ad 46,90 ± 2,38 Ab 9 52,98 ± 2,70 Aabc 59,71 ± 2,70 Aa 1

MA

NG

AN

ÊS

m

g/L

1,61 ± 0,81 Aab 2,69 ± 0,81 Aa 2 1,79 ± 0,07 Aab 1,78 ± 0,07 Aa 3 1,51 ± 0,06 Ab 1,51 ± 0,06 Aab 4 1,96 ± 0,51 Aab 1,53 ± 0,51 Aab 5 0,64 ± 0,10 Ac 0,58 ± 0,10 Ab 6 1,97 ± 0,10 Aa 1,86 ± 0,10 Aa 7 1,50 ± 0,07 Ab 1,52 ± 0,07 Aab 8 1,94 ± 0,06 Aab 1,57 ± 0,06 Bab 9 1,68 ± 0,04 Aab 1,72 ± 0,04 Aa

1

FE

RR

O

mg/

L

11,56 ± 2,93 Bab 15,32 ± 2,38 Aab 2 12,86 ± 1,48 Aa 12,67 ± 1,95 Aa 3 9,35 ± 1,58 Bb 12,02 ± 1,89 Ab 4 13,04 ± 1,61 Aa 13,15 ± 1,73 Aa 5 11,83 ± 1,37 Aab 12,05 ± 1,26 Aab 6 12,65 ± 1,72 Aab 12,58 ± 1,46 Aab 7 11,83 ± 1,17 Aab 13,43 ± 1,68 Aab 8 12,71 ± 1,91 Aab 13,50 ± 1,57 Aab 9 13,18 ± 2,27 Aab 12,59 ± 1,13 Aab

1 Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste T. (P>0,05)

De maneira geral houve diferença estatística, dentro de cada grupo

experimental, entre as amostragens. Este resultado é justificado pelo fato do

rebanho utilizado no experimento não ser homogêneo com relação ao período e o

número de lactações.

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TABELA 8 - Valores médios da concentração de potássio, magnésio e zinco

presentes no leite de animais da raça Holandesa, média de produção de 20 kg/dia,

suplementados via subcutânea com solução de aminoácidos e vitaminas ou não.

Amostragens Parâmetros Grupos Experimentais / Médias1 e Desvios Padrões

Complexo de Aminoácidos Testemunha 1

PO

SS

IO

g/L

17,72 ± 1,41 Ab 17,42 ± 1,70 Aabc 2 21,12 ± 2,32 Aa 21,32 ± 2,77 Aab 3 18,23 ± 2,26 Aab 18,10 ± 1,35 Aabc 4 20,70 ± 3,41 Aab 21,50 ± 2,33 Aab 5 19,00 ± 1,51 Aab 18,80 ± 1,60 Aabc 6 17,73 ± 1,22 Ab 16,10 ± 1,98 Ac 7 17,77 ± 1,94 Ab 17,03 ± 1,36 Ac 8 19,37 ± 1,88 Aab 17,37 ± 1,67 Abc 9 17,20 ± 1,66 Ab 17,97 ± 1,06 Abc 1

MA

GN

ÉS

IO

g/L

1,13 ± 0,15 Aa 1,12 ± 0,12 Aa 2 1,17 ± 0,18 Ba 1,56 ± 0,43 Aa 3 0,82 ± 0,12 Ab 1,00 ± 0,22 Aa 4 1,09 ± 0,12 Aa 1,27 ± 0,17 Aa 5 1,16 ± 0,14 Aa 1,44 ± 0,26 Aa 6 1,17 ± 0,16 Aa 1,29 ± 0,16 Aa 7 0,98 ± 0,13 Aab 1,17 ± 0,17 Aa 8 0,97 ± 0,25 Aab 1,23 ± 0,14 Aa 9 1,07 ± 0,17 Aab 1,31 ± 0,17 Aa 1

ZIN

CO

m

g/L

4,69 ± 1,11 Aa 4,49 ± 0,92 Ab 2 5,33 ± 0,39 Ba 6,35 ± 0,88 Aa 3 6,16 ± 1,08 Aa 6,95 ± 1,10 Aa 4 6,03 ± 0,83 Aa 6,25 ± 1,17 Aab 5 5,51 ± 1,22 Ba 7,41 ± 1,92 Aa 6 7,51 ± 1,85 Aa 6,65 ± 1,17 Aa 7 5,97 ± 1,31 Aa 6,13 ± 0,94 Aab 8 5,96 ± 2,22 Aa 6,77 ± 1,82 Aab 9 5,81 ± 1,44 Aa 5,62 ± 0,79 Aab

1

LCIO

g/

L

10,39 ± 1,12 Aa 11,19 ± 0,98 Aa

2 10,66 ± 1,05 Aa 11,72 ± 1,21 Aa

3 9,57 ± 0,40 Aa 9,10 ± 0,80 Ab 4 10,29 ± 0,95 Aa 11,00 ± 0,71 Aa 5 10,24 ± 1,23 Aa 11,16 ± 1,10 Aa 6 9,81 ± 1,48 Aa 10,83 ± 1,27 Aab

7 10,36 ± 0,99 Ba 11,48 ± 0,65 Aa 8 9,27 ± 1,10 Aa 10,96 ± 1,14 Aab

9 9,40 ± 0,85 Aa 10,47 ± 1,31 Aab 1 Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem entre si pelo teste T. (P≥0,05)

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Segundo ALVES (2004) os conhecimentos atuais são insuficientes para

estabelecer recomendações de aminoácidos para vacas com aptidão leiteira.

CANT et al. (1991) e GALLARDO et al.(1996) ressaltaram em seus estudos

que uma das maneiras de alterar a qualidade e quantidade do leite é através da

alimentação. Além disso, que a proteína e os minerais podem ter suas

concentrações modificadas, mas em margens muito restritas, principalmente quando

se trabalha com níveis relativamente bons de nutrição.

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7. CONCLUSÃO

A suplementação parenteral com solução de aminoácidos e vitaminas não

causou efeito significativo sobre a produção do leite de vacas tratadas comparadas

ao grupo testemunha. Porém, foram observados resultados estatisticamente

significantes de forma isolada na composição mineral do leite de vacas tratadas

comparada ao grupo testemunha. Mais estudos são necessários para

recomendações de suplementação parenteral de aminoácidos e vitaminas para

vacas da raça holandesa.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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