FELIPE JOSÉ GURGEL BENINI SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL ...

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Universidade Camilo Castelo Branco Programa de Mestrado em Produção Animal FELIPE JOSÉ GURGEL BENINI SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL DE NUTRIENTES SOBRE O DESEMPENHO E PARÂMETROS SANGÜÍNEOS DE NOVILHAS CONFINADAS Descalvado, SP 2010

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Universidade Camilo Castelo Branco

Programa de Mestrado em Produção Animal

FELIPE JOSÉ GURGEL BENINI

SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL DE NUTRIENTES SOBRE O

DESEMPENHO E PARÂMETROS SANGÜÍNEOS DE NOVILHAS

CONFINADAS

Descalvado, SP 2010

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Felipe José Gurgel Benini

SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL DE NUTRIENTES SOBRE O

DESEMPENHO E PARÂMETROS SANGÜÍNEOS DE NOVILHAS CONFINADAS

Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique Moura Dian

Co-orientador: Prof. Dr. Gabriel Mauricio Peruca de Melo

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Produção Animal da

Universidade Camilo Castelo Branco, como

complementação dos créditos necessários para

obtenção do Título de Mestre em Produção Animal.

Descalvado, SP 2010

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Autorizo exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta dissertação, por processos xerográficos ou eletrônicos.

Descalvado, 7 julho de 2010.

Assinatura do discente.

B415s Benini, Felipe José Gurgel Suplementação parenteral de nutrientes sobre o desempenho sangüíneos de novilhas confinadas. Felipe José Gurgel Benini. Descalvado – SP : [sn.], 2010. 26 p.; 21cm Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Camilo Castelo Branco. Curso de Mestrado Profissionalizante em Produção Animal. Orientador: Dr. Paulo Henrique Moura Dian. Co-orientador Gabriel Mauricio Peruca de Melo 1. Aminoácidos. 2. Ganho médio diário. 3. Nitrogênio uréico. I. Paulo Henrique Moura Dian. II Gabriel Maurício Peruca de Melo Universidade Camilo Castelo Branco. Curso de Mestrado Profissionalizante em Produção Animal. CDD 636.0852

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Dedicatória

Aos meus familiares, professores e

à todos que acreditaram no meu sucesso...

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Agradecimento

Primeiramente à Deus pelo dom da vida e por me guiar na caminhada da

realização deste sonho;

Aos meus pais que são pessoas de garra, que não mediram esforços para que eu

alcançasse o meu objetivo.

À minha Vó Layeta que sempre me apoiou e ajudou nas minhas decisões...

Ao meu irmão Fábio, a minha cunhada Vânia e aos meus sobrinhos Matheus e

Mariely, que mesmo indiretamente nunca deixaram que eu desistisse dos meus ideais.

A toda a minha Família que de alguma maneira contribuiram para a minha

formação.

Aos colegas de sala que são pessoas que eu nunca vou esquecer.

À todos os amigos conquistados durante o Mestrado e que hoje fazem parte de

uma grande família.

Ao Sr. Silvio Casale, proprietário da Siltomac, empresa localizada na cidade de

São Carlos onde foi desenvolvido a parte experimental do projeto, e à todos os

funcionários da respectiva empresa pela colaboração na realização deste trabalho.

Aos Discentes de Graduação do curso de Medicina Veterinária da

Universidade Camilo Castelo Branco - UNICASTELO, Ives Charlie da Silva, Wellington

Leão Fávero e Marcelo Zorzenon pelo empenho, esforço e dedicação na realização deste

trabalho;

Ao Mauro José Viana Ferreira, colega de curso e de profissão e um excelente

profissional que não poupou esforço na realização e sucesso do experimento;

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Ao proprietário do Laboratório Aminogel, Sr. Hélio Serra que disponibilizou

os produtos, para a realização do experimento, além da atenção, interesse de sua parte e

todo o suporte técnico;

Ao meu orientador Dr. Paulo Henrique Moura Dian pela orientação na

realização deste trabalho, atenção e carinho com que sempre me acolheu, e por torcer pela

felicidade e sucesso do seu Orientado.

A todos os professores do curso de Mestrado em Produção Animal, que

passaram ao longo destes dois anos de Mestrado, pelo incentivo e contribuição para a

minha formação pessoal e profissional.

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Epígrafe

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite

que ele possa ser realizado.”

Roberto Shinyashiki

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1

2- REVISÃO DE BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 2

2-1 Aminoácidos ......................................................................................................... 2

2.2 - Minerais .............................................................................................................. 4

2.3 - Vitaminas ............................................................................................................ 7

3 - JUSTIFICATIVAS ..................................................................................................... 9

4 - OBJETIVO ................................................................................................................. 9

5 - MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 9

6 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 13

7 - CONCLUSÃO ........................................................................................................... 18

8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 19

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AGL.........................................................................................................Ácidos graxos livres.

CNF.................................................................................................Carboidratos não fibrosos.

dL...............................................................................................................................Decilitro.

EE......................................................................................................................Extrato etéreo.

FDA................................................................................................Fibra em detergente ácido.

FDN...............................................................................................Fibra em detergente neutro.

g.....................................................................................................................................Grama.

kg............................................................................................................................Kilograma.

MAPA................................................. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

mg.......................................................................................................................... Miligrama.

mL..............................................................................................................................Mililitro.

MM.................................................................................................................Matéria mineral.

MO................................................................................................................Matéria orgânica.

MS.......................................................................................................................Matéria Seca.

MUD.............................................................................................................Gordão de Milho.

NDT.............................................................................................Nutrientes digestíveis totais.

NRC............................................................................................. National Research Council.

NUP...........................................................................................Nitrogênio uréico plasmático.

PB......................................................................................................................Proteína Bruta.

PC..................................................................................................................... Peso Corporal.

pH ...................................................................................................Potencial Hidrogeniônico.

T3....................................................................................................................................................................................Triidotironina.

T4............................................................................................................................................................................................... Tiroxina.

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SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL DE NUTRIENTES SOBRE O DESEMPENHO E PARÂMETROS SANGÜÍNEOS DE NOVILHAS CONFINADAS

RESUMO

Objetivou-se avaliar o desempenho e parâmetro sanguíneos de animais sob o tratamento do

modificador orgânico AminoPool® – Laboratórios Aminogel, e comparar o mesmo

produto após a adição de minerais quelatados na formulação (fósforo e selênio), para

avaliação do desempenho, consumo e parâmetros sangüíneos de novilhas confinadas. O

experimento foi conduzido na Agropecuária SILTOMAC, no município de São Carlos – SP

e as análises laboratoriais foram realizadas no Laboratório de Análises de Alimentos e

Nutrição Animal da UNICASTELO, campus Descalvado. Foram utilizadas 39 novilhas,

com peso corporal (PC) médio inicial de 308,10 kg e 18 meses de idade. O experimento foi

composto de 3 tratamentos: testemunha (Tratamento 1), 5 mL da solução injetável

contendo aminoácidos e vitaminas por via subcutânea, nos dias 0, 7, 14, 21, 28 e

posteriormente a cada 28 dias (Tratamento 2), e 5 mL da solução injetável contendo

aminoácidos, vitaminas e minerais quelatados, seguindo o mesmo esquema de aplicações

proposto no tratamento 2 (Tratamento 3). O ensaio teve duração de 84 dias (três períodos

de 28 dias) para coleta dos dados. Os animais foram pesados no início do experimento e

posteriormente no final de cada período experimental para avaliação do ganho de peso

médio diário. O consumo de alimentos foi determinado pesando-se as sobras e o alimento

fornecido diariamente. Amostras de sangue foram obtidas no início do experimento e,

posteriormente, a cada 28 dias, antes da alimentação da manhã, por meio de punção da veia

jugular, para determinação do nitrogênio uréico no soro e concentração plasmática de

glicose. Os suplementos injetáveis testados neste experimento não apresentaram resultados

significativos sobre nenhum dos parâmetros avaliados.

Palavras-chave: aminoácidos, ganho médio diário, glicose, nitrogênio uréico, quelato,

vitaminas

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1 – INTRODUÇÃO

Não há dúvidas de que ruminantes e não-ruminantes devem receber quantidade

suficiente de aminoácidos essenciais para atender às necessidades de mantença e produção. No

caso de ruminantes, no entanto, a situação é mais complexa, devido às particularidades do

metabolismo intermediário, às transformações que os alimentos sofrem durante a fermentação

ruminal e às dificuldades de se conhecer os aminoácidos disponíveis para absorção no

duodeno, oriundos de uma mistura de proteína microbiana, de alimentos não degradáveis no

rúmen e pela via endógena (Rodriguez, 1996).

Em situação ideal, segundo Broderick et al. (1991), a quantidade de aminoácidos

disponíveis para absorção deve ser igual às necessidades de aminoácidos para atender as

exigências de mantença e de produção dos ruminantes.

Quando há um desgaste protéico funcional e necessidade de reposição para a

manutenção das sínteses, a reposição das proteínas teciduais é fundamentalmente realizada por

aminoácidos, sendo que os aminoácidos para formação de proteínas específicas dependem do

número, da qualidade e dos arranjos destes aminoácidos (Corrêa et al., 1998).

Estudos realizados por Baldwin et al. (1994) demonstraram a existência de fortes

evidências indicando que os aminoácidos livres provenientes de uma fonte externa são

direcionados para os processos de síntese protéica.

Todavia, Valadares filho (2000) apontou a enorme carência de pesquisas no Brasil

avaliando as necessidades de aminoácidos para bovinos. De maneira semelhante, o NRC

(1996) também apontou a necessidade da apresentação das exigências de aminoácidos pelos

bovinos de corte. Em condições brasileiras, merece destaque o trabalho de Silva et al. (2002),

que determinaram as exigências líquidas de aminoácidos para ganho em peso de bovinos

Nelore não castrados.

Segundo Alves (2004), existem duas opções para o atendimento das exigências de

aminoácidos dos bovinos: a primeira é baseada no balanceamento com os aminoácidos dos

alimentos disponíveis para a absorção intestinal e a segunda opção é a utilização de

aminoácidos protegidos. Este trabalho visa avaliar uma terceira via para atendimento da

demanda aminoacídica em bovinos de corte, através da suplementação por via parenteral.

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2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2-1 Aminoácidos

Nas últimas décadas, considerável atenção foi dada à determinação de requisitos de

proteínas para ruminantes, tendo sido proposta uma série de sistemas ou modelos baseados,

principalmente, nas frações protéicas degradáveis e não-degradáveis dos alimentos, deixando

o campo aberto para a predição de exigências em aminoácidos (Rodriguez, 1996).

Segundo Zambrano et al. (1987), a utilização de aminoácidos como suplemento

alimentar, visa corrigir deficiências nutricionais e ou estimular o crescimento e terminação de

bovinos.

O metabolismo dos aminoácidos tem sido estudado como uma parte do metabolismo

das proteínas porque estas são as principais fontes dos aminoácidos na dieta. A relação

metabólica dos aminoácidos com as proteínas baseia-se em alguns fatos: os aminoácidos são

obtidos por degradação protéica no intestino, bem como através do metabolismo protéico

celular (hidrólise das proteínas teciduais), formando um “pool” comum de aminoácidos no

organismo, e o principal papel metabólico exercido pelos aminoácidos é o de servir como

constituintes das proteínas. O mesmo autor complementa que em todos os estágios da vida

animal há uma constante entrada e saída de compostos nitrogenados, os quais entram no

organismo, são processados e seus produtos metabólicos são excretados na urina, suor e fezes

(Brobeck, 1976).

A proteína é constituída de 21 aminoácidos principais, sendo que normalmente dez são

considerados como “essenciais” ou “indispensáveis” (NRC, 2001), devendo constar na dieta.

A síntese desses aminoácidos essenciais não ocorre nos tecidos de maneira adequada para

atender às necessidades metabólicas; ou não são sintetizados pelo organismo ou o são, porém

em quantidades insuficientes, principalmente nas fases iniciais do crescimento ou para atender

altos níveis de produção. Os aminoácidos “não essenciais”, contrariamente, são sintetizados

pelos tecidos em quantidades que satisfazem as exigências do metabolismo, a partir de fontes

de carbono e grupos amino de outros aminoácidos ou de compostos mais simples; eles não

necessitam constar na dieta. No entanto, todos os aminoácidos são necessários para o

organismo, tanto os essenciais, como os não essenciais (Alves, 2004).

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Desse modo, com relação às necessidades de aminoácidos dos ruminantes,

consideram-se essenciais os mesmos que em monogástricos: arginina, histidina, isoleucina,

leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina. Chalupa & Sniffen (1991)

também consideram a tirosina e cisteína aminoácidos essenciais para a produção de leite.

Segundo NRC (2001), quanto mais semelhante for o perfil dos aminoácidos essenciais

disponíveis para absorção no intestino delgado da exigência animal, maior será a eficiência do

uso dos aminoácidos para síntese protéica e menores as exigências para aminoácidos totais.

Isto porque existe um constante desgaste funcional das células de todo o organismo (com

exceção das células do sistema nervoso, a neuróglia). Este maior desgaste funcional ocorre a

todo o momento, em todos os órgãos dos animais, principalmente aqueles órgãos de

parênquima reduzido como o caso das glândulas hipófise, paratireóide e tireóide.

Uma maior passagem de aminoácidos para o intestino delgado, sem sofrer degradação

microbiana no rúmen, proporciona acréscimo na concentração de nitrogênio no plasma, o qual

reflete no desempenho animal de forma positiva (Armentano et al., 1993; Piepenbrink et al.,

1996 e Pisulewski et al., 1996).

Erasmus et al. (1994), no entanto, salientaram que apesar do crescente interesse na

formulação de dietas e suplementos para ruminantes com ênfase no fornecimento específico

ou geral de aminoácidos no intestino, há dificuldades na realização deste objetivo, por causa

da pequena semelhança quantitativa e qualitativa entre os aminoácidos fornecidos na dieta e os

aminoácidos que chegam ao intestino.

Os conhecimentos atuais sobre aminoácidos limitantes em distintas situações

produtivas de ruminantes são muito restritos e pouco concludentes. Existe uma falta clara de

informação para se determinar com precisão os efeitos dos aminoácidos nos modelos

utilizados para prever os resultados produtivos das rações de ruminantes, tal como é possível

realizar no caso de animais monogástricos (Alves, 2004).

Segundo Schingoethe (1996), a histidina parece ser o aminoácido limitante depois da

lisina e metionina, para vários suplementos protéicos, sendo que a carnosina pode atuar como

fonte de histidina, o que reduz sua limitação. Xu et al. (1998) e Robinson et al. (1998)

concluíram que, em rações a base de silagem de gramíneas, a histidina pode ser mais limitante

que lisina e metionina. Outros trabalhos indicam que a arginina (Xu et al., 1998) e fenilalanina

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(Nichols et al., 1998), em rações a base de silagem de milho e feno de alfafa, são claramente

limitantes além da lisina e metionina.

A aplicação de soluções de aminoácidos livres por via parenteral, obtida através

hidrólise ácida e enzimática de órgãos e glândulas de origem bovina, foi considerada um

método seguro e indicado em nutrição animal, como comprovou Liter (1978), uma vez que

esta solução estimula a retenção de nitrogênio, com reflexo positivo no ganho de peso (Corrêa

et al.,1998; Campos Neto et al., 2003).

Também, Baldwin et al. (1994), descreveram a existência de fortes evidências

indicando que aminoácidos livres, provenientes de uma fonte externa (hidrolisados de órgãos e

glândulas) são diretamente direcionados para a síntese protéica, não misturando-se com os

aminoácidos intracelulares provenientes do turnover de proteínas preexistentes; reforçando a

hipótese que a síntese de proteína dos órgãos e glândulas que deram origem aos aminoácidos

livres são beneficiados devido a especificidade relativa entre eles.

Todavia, no Brasil desde 1996 é proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA), a utilização na nutrição de ruminantes de qualquer produto de

origem animal, em função da encefalopatia espongiforme bovina, mais conhecida como

doença ou mal da vaca louca, o que impossibilitou a utilização destes suplementos com fontes

de origem animal, sendo então formulados, atualmente, a partir de extratos de origem vegetal,

a exemplo o suplemento injetável avaliado neste trabalho.

2.2 - Minerais

O fornecimento de suplementos minerais com o objetivo de complementar a dieta dos

animais domésticos começou a ser adotado a mais de 2000 anos (Baruselli, 2005). Este autor

afirma que as deficiências, os excessos e os desequilíbrios minerais vêm sendo cada vez mais

estudados e muito tem sido feito, não somente para prevenir e curar enfermidades de origem

nutricional.

A associação de minerais com compostos orgânicos, afeta a disponibilidade destes

minerais para o organismo animal. A disponibilidade dos minerais quelatados é superior a

90%. Os minerais quelatados podem substituir as fontes inorgânicas em níveis mais baixos, no

quais o desempenho é mantido ou melhorado (Spears et al., 1992), e ainda reduzem a poluição

ambiental (Lee et al., 2001).

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Moraes (2001) comenta que os minerais têm um papel relevante na fisiologia do

animal. Mecanismos homeostáticos são necessários para manter as suas concentrações nos

locais ativos, dentro de estreito limite fisiológico, apesar da alta e baixa disponibilidade na

dieta. O grau de controle homeostático varia de acordo com o elemento. A ingestão contínua

de dietas deficientes, ou a exposição a ambientes que são, a rigor, deficitários, desequilibrados

ou excessivamente altos, induz trocas nas formas desse funcionamento. Assim, suas

concentrações caem e sobem além dos limites permitidos pelo equilíbrio do organismo.

Os desequilíbrios podem evoluir para estados de carência, que segundo Underwood &

Mertz (1987) e Ricciardino (1993) ocorrem em quatro fases. Na primeira, chamada de

“depleção inicial”, as reservas minerais do organismo diminuem progressivamente, mas

durante este período os níveis sangüíneos do elemento se mantêm aproximadamente constante

pela ação do controle homeostático, e os sistemas enzimáticos permanecem normais. A

segunda, conhecida como “deficiência”, caracteriza-se pela demasiada diminuição na

concentração plasmática dos elementos, o sistema enzimático é menos eficaz e o controle

homeostático conserva uma concentração mínima para as atividades fisiológicas. Nesta fase,

tem sido observada imunodepressão em ruminantes. Na terceira, chamada de “deficiência

subclínica funcional”, aparecem progressivamente lesões bioquímicas com poucos sinais

clínicos, acompanhados por perdas na produção. Já a quarta, reconhecida por “clínica” é a

etapa terminal e a sintomatológica é especifica para cada mineral, sendo que o crescente

agravamento da deficiência pode acarretar a morte do animal.

Segundo Barbosa et al. (2003), a absorção de íons minerais depende de vários fatores,

entre eles, níveis do elemento ingerido, idade, raça, sexo, e estado fisiológico do animal, pH

intestinal, condições ambientais, presença de antagonistas minerais ou outros nutrientes.

Bovinos mantidos exclusivamente em pastagem recebem a suplementação de minerais

geralmente em cochos, nem sempre cobertos, colocados em locais estratégicos e regularmente

abastecidos. Entretanto, o consumo é variável e errático (Moraes, 2001). Por isso, em países

como Argentina, a principal forma de suplementação de alguns minerais, principalmente o

cobre, é a via parenteral (Minatel et al., 1998).

Os minerais desempenham três funções essenciais para o organismo dos animais.

Primeiro, participam como componentes estruturais dos tecidos, por exemplo, ósseo e

muscular. Atuam nos tecidos e fluidos corporais como eletrólitos para a manutenção do

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equilíbrio ácido-básico, da pressão osmótica e da permeabilidade das membranas celulares.

Por fim, funcionam como ativadores ou integrantes de processos enzimáticos e vitamínicos

(Tokarina et al., 2000; Barbosa et al., 2003).

Os minerais considerados essenciais são classificados em macrominerais e

microminerais. Segundo o National Research Council (NRC 2001), cálcio, fósforo, potássio,

magnésio, sódio, cloro e enxofre são classificados como macrominerais. Enquanto que cobre,

cromo, cobalto, iodo, manganês, molibdênio, níquel, selênio e zinco são microminerais.

O fósforo foi primeiramente identificado por Hermig Brand em 1669 (Ensminger et al.,

1990). É o segundo mineral mais abundante nos mamíferos com cerca de 1% do corpo dos

mamíferos. Nos ossos estão cerca de 80% do fósforo do organismo, o restante está distribuído

em todas as células corporais.

A absorção é mais eficiente do que a do cálcio, sendo 70% do total consumido

absorvido no intestino delgado em condições ácidas. A presença de sódio favorece a absorção

de fósforo, que é prejudicada por altos níveis de ferro e alumínio, devido a formação de

fosfatos insolúveis (Mufarrege, 1999). A excreção é feita principalmente pelas fezes, e

também pela urina.

O controle hormonal não é tão rigoroso, por isso as concentrações de fósforo no sangue

variam constantemente. Quando diminui a disponibilidade de fósforo no alimento, os animais

retiram fósforo das reservas presentes nos ossos, por isso a deficiência não se manifesta

(Mufarrege, 1999). O excesso deste elemento na dieta provoca maior excreção renal e

aumento da concentração na saliva, o que provoca elevação da perda fecal (Underwood &

Suttle, 2001). Os mecanismos de controle de cálcio e fósforo são direcionados a manter a

relação 2:1 (Kaneko et al., 1997). Dentre as principais funções no organismo destacam-se:

formação e manutenção de ossos e dentes, produção e secreção de leite, formação do tecido

muscular, junto com outros elementos mantém o tamponamento e equilíbrio osmótico do

sangue, e dos líquidos celulares e intercelulares (Tokarina et al., 1999; Mufarrege, 1999).

O selênio foi descoberto em 1817 pelo químico Berzelius (Ensminger et al., 1990). A

absorção ocorre no duodeno, quando se fixa a uma proteína e é transportado do sangue para os

tecidos, onde se incorpora como selenocisteina e selenometionima. Ao contrário da maioria

dos outros minerais essenciais, a suplementação de selênio se caracteriza por um limite

estreito, entre a deficiência e toxicidade (Gonzáles et al., 2000; Arthington, 2004).

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O NRC (2001) recomenda de 0,10 mg a 0,20 mg/Kg de peso vivo, para o consumo

diário na mistura. O selênio atua em diversas funções corporais, como o crescimento,

reprodução, prevenção de enfermidades e a integridade dos tecidos.

A função biológica mais conhecida do selênio está associada à vitamina E com

atividades antioxidantes e antiinflamatórias (Ricciardino, 1993). As suas principais inter-

relações são com enxofre, cobre, zinco, vitamina E e C. O selênio apresenta uma grande

capacidade de oxirredução, sendo tal característica importante para sua atuação no centro ativo

da enzima glutationa peroxidase, responsável pela eliminação de peróxido (Ortolani, 2002).

Outra importante função é na reprodução de hormônios da tiróide, quando participa da

constituição da enzima iodotironina deiodinase, responsável pela conversão de tiroxina (T4)

em triidotironina (T3 ) (Beckett & Arthur, 2005).

Na reprodução o selênio tem a participação ativa tanto no macho quanto na fêmea. No

macho protege os espermatozóides da peroxidação pelos radicais livres e evita má formação

nestas células. Na fêmea, o selênio se concentra nos ovários e protege a membrana lipídica dos

ovócitos, impedindo a formação de cistos foliculares. Também age diretamente no

metabolismo da progesterona. No útero sua função antioxidante é fundamental para manter o

ambiente mais sadio possível, tanto para o transporte espermático na época do estro, quanto

para implantar o embrião (NRC, 2001).

Segundo Gonzáles et al. (2000), no Brasil, existem solos com deficiências ou excesso

de selênio. A carência do mesmo acarreta acúmulo de peróxidos nas membranas celulares,

causando necrose com posterior fibrose e calcificação, principalmente nos músculos

esquelético e cardíaco. Tal distúrbio é conhecido como doença do músculo branco. Também

podem surgir debilidade neonatal, miopatia cardíaca, retenção de placenta, abortos,

degeneração testicular, imunossupressão e mastite (Ricciardino, 1993).

2.3 - Vitaminas

As vitaminas são compostos orgânicos necessários em pequenas quantidades e, em

geral, funcionam como catalisadores e reguladores metabólicos (Ewan, 1997).

A vitamina A está envolvida em vários processos metabólicos referentes à participação

na membrana celular de células receptoras de luz na retina, proteção do epitélio (pele, mucosa

conjuntival, brônquica, vesical e uterina), desenvolvimento e manutenção da integridade do

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sistema nervoso, desenvolvimento ósseo, embrionário e controle da pressão normal do fluido

cérebro-espinhal e envolvimento direto na reprodução e crescimento (Chapman et al., 1964;

Chew, 1987). Tem sido demonstrado que, em ratos, os corticosteróides prejudicam a

cicatrização de lesões da pele e que a vitamina A e C, quando usadas associadas, são capazes

de reverter esses efeitos (Medeiros et al., 2003).

Sintomas de deficiência de vitamina A incluem cegueira noturna, xeroftalmia,

papiloedemas, convulsões e muitos problemas reprodutivos (Corbett, 1990). A vitamina A

ainda atua com elevada importância na resistência às doenças e ao estresse.

A vitamina D também é denominada vitamina anti-raquítica, estimulando a absorção

de cálcio e fósforo na mucosa intestinal, seu transporte sanguíneo, mobilização e fixação nos

ossos (NRC, 1996). Em condições naturais, as necessidades de vitamina D para o animal são

supridas por síntese na derme em animais expostos à luz solar. A interação da vitamina A com

outras vitaminas é clara, sendo que as vitaminas A e D diminuem os efeitos tóxicos uma da

outra.

A vitamina E não é armazenada em grandes quantidades no organismo, sendo que o

fígado e o tecido adiposo apresentam os maiores níveis desta vitamina. Sua principal função é

de agir como poderoso antioxidante celular, protegendo as membranas celulares da oxidação,

agindo junto com o selênio. (Mcdowell, 2004). Atua na proteção da vitamina A do organismo,

evitando sua oxidação, no metabolismo da energia, nos ácidos nucléicos e aminoácidos e na

síntese do ácido ascórbico. Também participa da produção de hormônios tireotróficos,

adrenocorticotróficos e gonadotrofinas estando, direta e indiretamente, envolvida com

crescimento e reprodução.

A vitamina E facilita a absorção da vitamina A e sua estocagem no fígado, sendo que

uma deficiência de vitamina E pode induzir a uma deficiência de vitamina A, mesmo em

dietas contendo níveis adequados desta (Fox, 1992).

Sintomas de deficiência como a doença do músculo branco (distrofia muscular

nutricional) em conjunto com o metabolismo do selênio, crescimento retardado, diarréia,

abortos e retenção de placenta completam o quadro de sintomas de deficiência da vitamina E.

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3 – JUSTIFICATIVAS

Muitas soluções injetáveis disponíveis no mercado alegam melhora no ganho de peso e

conversão alimentar em ruminantes. Porém, dados provando a eficácia destes produtos não são

comumente encontrados na literatura científica.

4 – OBJETIVO

Objetivou-se avaliar uma solução injetável comercial contendo aminoácidos e

vitaminas (Modificador Orgânico AminoPool® – Laboratórios Aminogel), e comparar o

mesmo produto após a adição de quelato de fósforo e selênio, sobre o desempenho, consumo e

parâmetros sangüíneos de novilhas confinadas.

5 - MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na Agropecuária SILTOMAC, no município de São

Carlos – SP e as análises laboratoriais foram realizadas no Laboratório de Análises de

Alimentos e Nutrição Animal da UNICASTELO.

Foram utilizadas 39 novilhas, com peso corporal médio inicial de 308,10 kg e idade

média de 18 meses. O experimento foi composto de 3 tratamentos: testemunha (Tratamento

1), 5 mL da solução injetável contendo aminoácidos e vitaminas por via subcutânea, nos dias

0, 7, 14, 21, 28 e posteriormente a cada 28 dias (Tratamento 2) e 5 mL da solução injetável

contendo aminoácidos, vitaminas e minerais quelatados, seguindo o mesmo esquema de

aplicações proposto no tratamento 2 (Tratamento 3). A composição das soluções injetáveis

encontram-se na Tabela 1. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos inteiramente

casualizados, com três tratamentos e treze repetições.

Page 21: FELIPE JOSÉ GURGEL BENINI SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL ...

10

Tabela 1. Solução injetável de aminoácidos e vitaminas (Aminopool®, Laboratórios

Aminogel) e solução de aminoácidos, vitaminas e quelato de fósforo e selênio (Aminopool®,

Laboratórios Aminogel)

Níveis de garantia por Kg de produto

Alanina 52.500 mg

Arginina 39.700 mg

Ácido Glutâmico 36.300 mg

Isoleucina 6.400 mg

Ácido Aspartico 26.600 mg

Lisina 14.400 mg

Metionina 4,10 g

Tirosina 2.100 mg

Prolina 63.700 mg

Histidina 2.900 mg

Hidroxiprolina 60.000 mg

Glicina 83.000 mg

Leucina 13.000 mg

Cistina 800 mg

Fenilalanina 9.200 mg

Treonina 5.000 mg

Valina 9.700 mg

Serina 8.400 mg

Triptofano 3.300 mg

Vitamina A 5.000.000 UI/Kg

Vitamina E 2.000 mg

Vitamina D3 5.000.000 UI/Kg

Umidade 51,80%

*Quelato de fósforo a 10% 1,00 g

*Quelato de selênio a 10% 1,00 g * Quelatos de fósforo e selênio adicionados ao suplemento injetável para comparar o

mesmo produto isento de quelatos.

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11

Os animais foram alocados em três baias coletivas de 12,0 x 6,0 m sem cobertura com

piso de concreto (13 novilhas por baia), providas de comedouro e bebedouro. O experimento

constou de 15 dias para adaptação às dietas experimentais, às instalações e ao manejo, e 84

dias (três períodos de 28 dias) para coleta dos dados.

A mesma dieta foi utilizada para os três tratamentos experimentais, sendo composta de

silagem de Panicum maximum cv. Mombaça e bagaço de cana como volumoso (50,64%) e

mistura concentrada (49,36%), à base de polpa de laranja úmida, co-produto do milho oriundo

da produção de high-maltose (MUD), farelo de girassol, núcleo concentrado para rações e

uréia (Tabela 2 e 3), formulada para atender as exigências nutricionais de novilhas em

crescimento e acabamento para ganho de 500 gramas/dia, segundo as recomendações

preconizadas pelo NRC (1996).

A alimentação foi fornecida duas vezes ao dia, pela manhã (7 horas) e à tarde (16

horas). Foi fornecida água à vontade durante o experimento.

As composições percentual e química da ração experimental estão apresentadas nas

Tabelas 2 e 3, respectivamente.

Tabela 2. Composição percentual das rações experimentais (% MS) Silagem de capim mombaça 31,53 Bagaço de cana 19,11 Polpa de laranja úmida 25,80 Gordão de milho(MUD)1 16,32 Farelo de girassol 3,62 Núcleo concentrado para rações2 3,29 Uréia 0,33 Total 100

1Co-produto do milho oriundo da produção de high-maltose. 2Composição: proteína bruta mínimo (60%), nitrogênio não protéico em equivalente proteína máximo (39,2%),

matéria mineral máxima (45%), umidade máxima (10%), matéria fibrosa máxima (10%), cálcio máximo (8%),

fósforo mínimo (1%), extrato etéreo mínimo (1%). Enriquecimento por Kg de produto: zinco (400 mg), cobre

(130 mg), selênio (0,45mg), iodo (1,5mg), cobalto (15mg), sódio (26g), enxofre (6,5g), monensina sódica (270

mg), magnésio (5g).

Para aferição do peso corporal, no início do experimento e a cada 28 dias, foram

realizadas as pesagens dos animais após jejum de alimentos sólidos e líquidos de 16 horas.

O consumo de alimentos foi determinado pesando-se as sobras e o alimento fornecido

diariamente.

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12

Tabela 3. Composição química dos alimentos e da ração experimental (%MS) Ingredientes* MS PB EE MM FDN FDA LIG NDT Silagem de capim mombaça

23,54 9,28 2,33 1,85 76,48 42,62 6,69 58,01

Bagaço de cana 33,48 1,84 4,58 5,72 84,91 60,66 15,52 45,38

Polpa de laranja úmida

14,71 6,70 10,95 1,85 24,31 23,01 3,19 71,73

Gordão de milho(MUD)1

60,33 14,22 10,18 22,22 29,16 11,11 9,52 80,06

Farelo de girassol 94,80 27,98 7,18 6,07 38,02 24,32 9,25 70,82

Núcleo concentrado para rações2

90,00 60,00 - 45,00 - - - -

Uréia 98,00 287,5 - 0,17 - - - -

Ração Total 26,77 11,75 5,41 6,23 55,12 30,97 7,58 66,16 1Co-produto do milho oriundo da produção de high-maltose. 2Composição: proteína bruta mínimo (60%), nitrogênio não protéico em equivalente proteína máximo (39,2%),

matéria mineral máxima (45%), umidade máxima (10%), matéria fibrosa máxima (10%), cálcio máximo (8%),

fósforo mínimo (1%), extrato etéreo mínimo (1%). Enriquecimento por Kg de produto: zinco (400 mg), cobre

(130 mg), selênio (0,45mg), iodo (1,5mg), cobalto (15mg), sódio (26g), enxofre (6,5g), monensina sódica (270

mg), magnésio (5g).

Semanalmente foram obtidas amostras dos alimentos fornecidos aos animais que

tiveram sua composição bromatológica avaliada. As amostras foram secas em estufa com

circulação forçada de ar a 55º C, por 72 horas, e moídas em moinho tipo Willey (Modelo

Thomas) providos de peneiras de 1 mm. As determinações de matéria seca (MS), matéria

mineral (MM) e extrato etéreo (EE) foram realizadas de acordo com a AOAC (1990). A

matéria orgânica (MO) foi calculada pela diferença entre a MS e MM. Foi estimado o teor de

proteína bruta (Silva & Queiroz, 2002).

Dos constituintes da fração de carboidratos foram determinados os teores de fibra em

detergente neutro (FDN) segundo Van Soest et al. (1991), fibra em detergente ácido (FDA) e

lignina utilizando-se ácido sulfúrico 72%, conforme Goering & Van Soest (1970).

Para estimativa dos nutrientes digestíveis totais (NDT) foi utilizada a equação proposta

por Undersander et al. (1993): NDT = 87,84 – (0,70 * FDA).

Amostras de sangue foram obtidas no início do experimento e, posteriormente, a cada

28 dias, antes da alimentação da manhã, por meio de punção da veia jugular, utilizando-se de

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13

agulhas descartáveis 40x12, tomando-se o cuidado de deixar o sangue fluir pela parede do

tubo sem turbilhonamento, evitando a hemólise (Dirksen et al, 1993). Foram coletadas

amostras sem anticoagulante e com anticoagulante (fluoreto), para obtenção do plasma e soro,

respectivamente. As amostras foram posteriormente acondicionadas em tubos do tipo

“ependorf” e armazenadas a -10oC para posteriores análises. As concentrações plasmáticas de

glicose e nitrogênio uréico no soro foram determinadas utilizando o método enzimático

colorimétrico de ponto final.

As análises estatísticas foram realizadas por comparações múltiplas, obtidas pelo teste

Tukey ao nível de 95% de confiança (SAS, versão 9.0).

6 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

O peso dos animais no início e final do experimento, o ganho médio diário, a ingestão

de matéria seca e a conversão alimentar não foram influenciados pelos tratamentos avaliados

(P>0,05), provavelmente em função da baixa dosagem da solução avaliada (Tabela 4). Vale

ressaltar que foi seguida a dosagem sugerida pelo fabricante de 5 mL a cada 28 dias.

Tabela 4 – Suplementação parenteral sobre o desempenho de novilhas confinadas

Atributos Tratamento 1a Tratamento 2b Tratamento 3c

Peso inicial (Kg) 308,69a 308,08a 307,54a

Peso final (Kg) 338,62a 339,24a 338,31a

Ganho de peso total (Kg) 29,93a 31,16a 30,77a

Ganho de peso diário (Kg/dia) 0,36a 0,37a 0,37a

Ingestão de matéria seca (Kg MS/dia) 6,36a 6,39a 6,42a

Ingestão de matéria seca/ peso corporal 1,95a 1,97a 1,99a

Conversão alimentar da matéria seca

(Kg/Kg PC)

17,67a 17,27a 17,35a

Médias seguidas pela mesma letra, na linha, não diferem entre si estatisticamente pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. a – Testemunha. b - 5 mL da solução injetável contendo aminoácidos e vitaminas. c - 5 mL da solução injetável contendo aminoácidos, vitaminas e minerais quelatados.

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Resultados semelhantes foram obtidos por Vitorino (2005) que trabalhando com

novilhos castrados em regime de pastejo suplementados com 4g de probiótico-pó/animal

adicionados a 100g de fubá de milho/dia via oral, em cocho coletivo, associado a 3 aplicações

de 10ml da solução de aminoácidos a cada 30 dias, não obteve resultados superiores ao lote

testemunha que receberam somente o fubá de milho em cocho coletivo, na mesma quantidade.

O autor relatou ainda que tanto o estímulo pelo fornecimento de aminoácidos como pelo

fornecimento de probiótico induzem a crer que são necessários desafios como, por exemplo,

ganho compensatório ou confinamento em que se tenha uma pressão de estresse muito grande

sobre os animais.

Também, Soutello et al. (2002), comparando a eficiência de quatro diferentes

suplementos injetáveis quanto ao ganho de peso de novilhos nelore mantidos em pastagem

formada com Brachiaria decumbens durante um período de 84 dias, não observaram diferença

significativa no ganho de peso dos animais tratados em relação aos animais testemunha.

Porém, Zambrano et al. (1987) trataram 28 bovinos machos com suplemento injetável

em regime de pastagem e encontraram um ganho de peso maior dos animais tratados por via

intramuscular com suplemento de aminoácido em relação aos animais testemunha. A diferença

foi de 15,70 kg por animal no período de 90 dias. Também, Corrêa et al. (1998) conduziram

um experimento por um período de 120 dias, em que um grupo de animais receberam um

composto de aminoácidos livres associados a minerais e vitaminas, e obtiveram uma diferença

de peso médio final de 4,1% maior quando comparados com os animais que permaneceram no

grupo testemunha.

Campos Neto et al. (2004), avaliando o desempenho de novilhas da raça Nelore em

pastejo, suplementadas com sal mineral protéico das águas e solução injetável de aminoácidos

e minerais, observaram um acréscimo de peso vivo de 22,50 Kg em relação ao grupo controle,

que receberam apenas sal mineral protéico das águas. De acordo com o autor, a diferença

significante entre os dois lotes está relacionada com a proteína e energia, pois enquanto o sal

mineral protéico-energético estimulou o crescimento da flora e fauna ruminal, com melhoria

do aproveitamento de nutrientes das pastagens e consequentemente, com maior produção de

ácidos graxos voláteis, a solução de aminoácidos promoveu maior retenção de nitrogênio e

propiciou também maior proliferação celular (Paffenholz & Theurer, 1980), que refletiu

positivamente no maior ganho de peso.

Page 26: FELIPE JOSÉ GURGEL BENINI SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL ...

15

O baixo desempenho dos animais experimentais, independente do tratamento,

observado pelo baixo ganho de peso e alta conversão alimentar (Tabela 4), está relacionado à

composição química da ração experimental. De acordo com Valadares Filho et al. (2006), os

teores de nutrientes digestíveis totais (NDT) e proteína bruta (PB) necessários para atender as

exigências energéticas e protéicas de fêmeas zebuínas com peso vivo de 300 Kg e com taxas

de ganho de peso de 0,50 Kg/dia são de 64,76% e 11,89%, próximos aos valores encontrados

na dieta experimental, 66,16% e 11,75%, respectivamente.

Os níveis de glicose plasmática (Figura 1) e nitrogênio uréico no soro (Figura 2) não

foram influenciados pelos suplementos injetáveis (P>0,05). Da mesma forma, não foi

observado efeito do período de coleta, independente do tratamento.

0

20

40

60

80

100

120

140

0 28 56 84

D ias

Glic

ose

(mg/

dL)

C ontrole S em Quelato C om quelato

Figura 1 – Médias dos níveis de glicose plasmática em novilhas confinadas sem

suplementação parenteral e recebendo suplementação injetável com ou sem adição de quelato

de fósforo e selênio aos 0, 28, 56 e 84 dias de experimento.

De acordo com a literatura, as variações nas concentrações de glicose sérica de bovinos

vão de 35,0 a 55,0; 45,0 a 75,0 e 42,1 a 74,5 mg/dL segundo Blood e Radostits (1991);

Clinical Biochemistry of Domestic Animals (1997) e Manual Merck de Veterinária (1997),

respectivamente. Rigolon (2001) observou níveis de glicose da ordem de 70 a 80 mg/dL em

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16

novilhas terminadas em confinamento e alimentadas ad libitum, com diferentes níveis de

energia na ração. Os resultados encontrados no presente experimento situam-se acima destes

campos de variação (72 a 100,03 mg/dL).

Os altos valores de glicose encontrados no presente trabalho podem estar relacionados

ao comportamento mais nervoso de animais da raça Nelore no momento da colheita de

sangue, podendo ter provocado estresse, com conseqüente elevação da glicose circulante. Ruas

et al. (2000) observou diferença na concentração de glicose entre vacas das raças Nelore e Gir

e relatou que a diferença pode estar ligada à produção de leite, e, ou, ao comportamento, uma

vez que vacas que apresentam maior produção de leite, no caso das vacas da raça Gir, têm

concentrações de glicose menores, enquanto vacas que apresentam comportamento mais

nervoso, no caso de animais da raça Nelore, têm mostrado maiores concentrações de glicose

(Kappel et al., 1984; Weekes, 1991).

Também, estes valores elevados de glicose podem estar correlacionados a grande

disponibilidade de carboidratos não fibrosos (CNF) na dieta dos animais experimentais,

oriundos da polpa cítrica, o que pode ter resultado em aumentos na disponibilidade de glicose,

oriunda de gliconeogênese a partir de produtos finais de fermentação, principalmente

propionato. López & Stumpf Jr. (2000), avaliando quatro níveis de sorgo em dietas para

ovinos, observaram que a concentração de glicose para o nível de 0% de inclusão de sorgo foi

inferior aos demais tratamentos com 15, 30 e 45% de sorgo, indicando que a quantidade de

CNF da dieta pode afetar a concentração sérica de glicose. Também, Mouro et al. (2007)

observaram menores concentrações plasmáticas de glicose nos tratamentos que resultaram em

menores ingestões de CNF.

De modo geral, o nível de alimentação tem pouca influência nas taxas circulantes de

glicose na corrente sanguínea de ruminantes, pois o organismo possui um controle

homeostático hormonal que mantém os níveis de glicose constantes (Kolb, 1984; Van Soest,

1994). Apesar da glicose ser o metabólito de eleição para avaliar o status energético dos

ruminantes, trabalhos têm demonstrado uma certa contrariedade nos resultados, uma vez que

mecanismos homeostáticos que controlam a glicemia tornam difícil estabelecer uma clara

relação entre estado nutricional e níveis de glicose, pois além de grande parte dos tecidos

utilizarem ácidos graxos livres (AGL) e corpos cetônicos como fonte energética, o fígado

destes animais possui alta função neoglicogênica.

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17

0

10

20

30

40

50

60

0 28 56 84Dias

Uré

ia (m

g/dL

)

Controle Sem Quelato Com Quelato

Figura 2 – Médias dos níveis de uréia no soro de novilhas confinadas sem

suplementação parenteral e recebendo suplementação injetável com ou sem adição de quelato

de fósforo e selênio aos 0, 28, 56 e 84 dias de experimento.

A uréia é sintetizada pelo fígado a partir do N-NH3, a qual é produzida durante o

catabolismo das proteínas. O organismo gasta energia considerável para produzir a uréia, a fim

de evitar a toxicidade por N-NH3 (Swenson & Reece, 1996). As concentrações de uréia

sangüínea têm sido utilizadas para monitorar o consumo de proteína dietética próxima as

exigências do animal, já que o consumo excessivo de proteína pode afetar o desempenho

reprodutivo do animal, elevando sua exigência em energia, ou ainda aumentar o custo da ração

(Broderick & Clayton, 1997).

O nitrogênio uréico plasmático (NUP) não é bom indicador de consumo de proteína,

mas pode ser bom indicador da proteína não utilizada (Staples et al., 1993). Isso reforça a

hipótese de que os animais do atual experimento não estavam sendo capazes de utilizar boa

parte da proteína consumida, uma vez que os valores de NUP foram altos (maiores que 16

mg/dL; Figura 2).

Staples et al. (1993) sugeriram que valores de NUP acima de 16 mg/dL podem incidir

problemas reprodutivos em vacas lactantes. Também, Valadares et al. (1997) observaram que

Page 29: FELIPE JOSÉ GURGEL BENINI SUPLEMENTAÇÃO PARENTERAL ...

18

o teor de PB da dieta influenciou linearmente a média de NUP, e que, 13,52 a 15,15 mg/dL

correspondeu à máxima eficiência microbiana, e provavelmente, representaria o limite a partir

do qual estaria ocorrendo perda de N para esses animais, destacando que a concentração

elevada de uréia plasmática está relacionada à utilização ineficiente da proteína bruta da dieta.

Os valores do atual experimento ficaram sempre acima destes, variando de 28,68 a 41,37

mg/dL.

Segundo López et al. (2004), as baixas concentrações de uréia plasmática indicam uma

utilização mais eficiente dos carboidratos fermentáveis no rúmen para a síntese de proteína

microbiana, ou uma inibição na atividade proteolítica microbiana.

7 – CONCLUSÃO

A aplicação do suplemento contendo aminoácidos e vitaminas com ou sem adição de

quelato de selênio e quelato de fósforo não promoveram melhora no desempenho e no

consumo de novilhas. Futuros trabalhos serão necessários para determinação da posologia que

permita resultados satisfatórios para bovinos de corte confinados.

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19

8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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