Outubro 2013

Marechal Deodoro, Proclamador da República Página 10

Asseio e Conservação dos Cemitérios Página 2

Manifestações aumentam

o trabalho das equipes

de limpeza urbana

Página 7Siemaco inaugura novas salas de aula para atender trabalhadores da categoriaPágina 6

EDUCAÇÃO

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Morada final da maioria das pessoas, os ce-mitérios são lugares peculiares. Para alguns remete à tristeza, para outros é um ambiente de paz. Mas como será trabalhar num lugar silencioso, com pouco movimento e temido por muitos?

Os companheiros Marli Josina de Assis Silva, 56 anos, e Paulo Rosa Alves, 52, se acostuma-ram à rotina tranquila, mas de muito trabalho para manter a limpeza e beleza de um dos mais importantes campos santos da capital

paulista: o Cemitério da Consolação. A auxi-liar de limpeza convive com os “mortos” há 13 anos e o ajudante geral, há sete meses.

“No começo eu estranhei. Não tinha medo, mas ficava ressabiada, pois só visitava cemi-térios nos dias de Finados e passei a conviver nesse ambiente diariamente, mas logo me acostumei”, conta Marli. Para ela, que ficou vi-úva há três meses, o local de trabalho parece um parque, com muitas obras de arte em for-ma de túmulos.

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No silêNcio dos cemitérios, o harmoNioso trabalho das equipes do asseio e coNservação

NOSSA GENTE

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Os mortos foram descansar.

(Marli Josina de Assis Silva)

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Eu tenho medo dos vivos.(Paulo Rosa Alves)

Paulo conta que até dormiria no cemitério, mas não sozinho. Longe de ter medo de alma penada, ele teme os ladrões que não respei-tam nem mesmo os mortos. Metalúrgico, tor-nou-se ajudante geral depois que a empresa fechou. O meu irmão, coveiro do Cemitério Quarta Parada, disse que havia vagas na em-presa Tonanni, eu levei os meus documentos e fui contratado.

Ela, limpa a capela, a fachada, os banheiros, os refeitórios e o vestiário dos sepultadores; en-quanto ele varre as ruas e limpa os túmulos das folhas, galhos de árvore e sujeira. Todo dia de Finados, comemorado em dois de novembro, eles capricham ainda mais no trabalho sempre bem feito.

A mais antiga necrópole de São Paulo, o Cemitério da Consolação foi inaugurado em 1858 e nele estão sepultados os corpos de brasileiros e estrangeiros ilustres. Entre eles: a Marquesa de Santos, Maria Domitila de Castro Canto e Melo (que doou os recursos para a construção da Capela); o escultor italiano Victor Brecheret; os ir-mãos escritores Mário e Oswald de Andrade; o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo (que projetou o pórtico e a capela) entre tantos outros. Pela beleza dos túmulos, adornados com obras de arte, o Cemitério da Consolação tornou--se um ponto turístico paulistano.

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Valquíria Ferreira da Silva mudou-se da Praça da Árvore para o Jardim Cidália, na Cidade Ademar, e não se arrependeu. “Eu adoro o meu bairro, que é calmo, não tem violência e conta com toda a estrutu-ra que preciso bem perto da minha casa”.

Graça a essa tranquilidade, a auxiliar de limpeza não teme chegar de ônibus no retorno do trabalho, após as 23 horas.

“O ponto fica na frente da minha casa e desde que me mudei para cá nunca ouvi nenhuma história de assalto ou crime”.

Um dos seus locais prediletos no bairro é o Parque Nabuco, onde ela passeia com o neto Bruno, de oito anos, nos fi-nais de semana: “Lá ele joga bola, brin-ca, vê os peixes... Passeamos juntos a tarde inteira”, finaliza.

Minha mudança foi positiva, pois gosto muito daqui

cidade ademar, dos Joãos, Josés, Antonios, Marias e todos os demais

Um bairro relativamente novo, fundado da década de 1960, Cidade Ademar ainda tem características tranqüi-las, tão raras na capital paulista. No princípio, migran-tes vindos de todo o Brasil para fazer a vida na cidade grande habitavam o lugar. Inicialmente subdistrito de Santo Amaro, foi emancipada a subprefeitura em 1997. Atualmente conta com quase 300 mil habitantes.

Cortada por grandes e importantes avenidas, a região não tem mais onde crescer, mas tem fluxo garantido para os demais bairros e a região do ABC Paulista, atra-vés de avenidas importantes e um grande corredor de

ônibus. Curiosamente, o nome foi uma homenagem ao ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros.

Dialogando com o SubprefeitoPara aproximar munícipes e poder público, o Progra-ma “Falando Com a Subprefeitura Cidade Ademar” realiza encontros todas as últimas sextas-feiras do mês, às 17 horas, na Avenida Yervant Kissajikianm, 416, na Vila Constância.

Não deixe de participar, pois é a sua chance de ser ou-vido e melhorar o seu bairro!

GrANDES BAirrOS

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Manifestações aumentam o trabalho das equipes de limpeza urbana

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Tudo começou com o movi-mento dos estudantes que exi-giam passe livre no transporte público, em julho passado. No início, a sociedade brasileira se assustou com as manifestações populares e a violência policial, mas aos poucos, cidadãos de todas as idades e ideologias fo-ram às ruas por diferentes cau-sas, em protestos pacíficos por todo o país.

Em consequência do imenso número de populares, rastros de lixo e de destruição torna-ram-se tão visíveis quanto os cartazes e faixas dos manifes-tantes. Sujeira de papel acu-mulado, vidros quebrados, bens incendiados e, depois, movimentos e prédios históri-cos depredados.

O que poucos debatem, entre-tanto, é que a cada manifesta-ção uma legião de varredores, coletores e ajudantes gerais vão às ruas para limpar e mini-mizar os estragos. Trabalhado-res que também têm muito a reivindicar, mas que são obri-gados a trabalhar duro para manter a ordem da cidade.

A pichação do Monumento às Bandeiras, esculpido por Victor Brecheret, um dos símbolos da cidade de São Paulo, dois dias seguidos no início de outubro, ganhou as manchetes dos jornais do mundo todo. Conhecido como “empurra que eu ajudo” e localizado no Ibirapuera, a escultu-ra foi pichada com tinta vermelha. Jatos de água quente e fria, além de removedores químicos foram usados para limpar os 240 blocos de 50 toneladas que representam 29 figuras da misci-genação brasileira, formada por bandeirantes, índios, mamelucos e negros.

Pichação do Monumento às bandeiras foi notícia no mundo.

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siemaco iNaugura duas Novas salas de aulaHá sete anos, a Central de Cursos do Siemaco investe na educação de adultos visando à inserção social e profissional. Nos dias 21 e 22 de outubro, duas novas salas de aula foram inauguradas, uma no CEU Jaçanã (duas turmas), destinada aos trabalhadores do Asseio e Conservação e outra no Alojamento de São Miguel Paulista e Ermelino Matarazzo, para os funcionários do Consórcio Loga que atuam na Limpeza Urbana.

O Programa de Educação Continuada, parceria com o Seac (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo), CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) e Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo) garante há sete anos a oportunidade para os

trabalhadores da categoria do Asseio e Con-servação voltarem a estudar. Outras parcerias, agora com empresas, têm estendido as oportu-nidades para os trabalhadores da área da Lim-peza Urbana, com a instalação de salas de aulas nos locais de trabalho.

parcerias pela educação

EDUCAÇÃO

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A coordenadora da Central de Cursos, Roberta Butolo, enfatiza que a educação alimenta a mente e a alma e é o melhor caminho para quem têm objetivos a con-quistar. O Siemaco, explica, oferece todo o suporte necessário para que os alunos se desenvolvam, completem os estudos e tirem o diploma do ensino fundamen-tal ao médio, além de viabilizar a realiza-ção da prova do Enem, que dá acesso à universidade pública.

exemplos de coragem A grande mudança na vida da professora Joicelaine Aparecida da Silva começou quando ela começou a frequentar o curso de Educação Continuada do Siemaco. “Eu fiz todos os cursos oferecidos, até entrar na faculdade de Pedago-gia, com bolsa pelo ProUni.

No dia 21 de outubro ela entrou numa sala de aula pela primeira vez como professora, mas até três meses atrás trabalhava como auxiliar de limpeza. “Hoje eu me sinto realizada. Além de ensinar, quero motivar os meus alunos com o meu exemplo”.

Empregada doméstica boa parte da vida, Márcia Aparecida Nogueira foi demitida por-que os seus patrões não queriam registrar a sua carteira de trabalho, como manda a lei. Desempregada, desesperou-se, e por não ter dinheiro para a condução caminhou a pé du-rante 12 horas seguidas para tentar uma vaga de ajudante geral, na empresa Soma.

Agora, utiliza toda a sua força para realizar o melhor trabalho, e esforços para concluir os estudos. “O meu sonho é ser bióloga, como o meu ídolo Jacques Cousteau”.

EDUCAÇÃO

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O bom eNcarregado PENSA NA coletividade

Algumas pessoas parecem nascer para comandar, outras, apesar de terem car-gos de chefia apenas sabem ordenar. Um bom encarregado é o profissional que estimula os seus funcionários, ensina e aprende com eles.

“A liderança é uma característica que nas-ce com o indivíduo”, afirma o especialista em terceirização de mão de obra e instru-tor do curso de encarregado da Central de Cursos do Siemaco, Toni Ketendjian. Muito mais do que a técnica de limpar, fiscalizar e treinar para a realização do procedimento, ele preocupa-se com os conceitos da liderança.

“O encarregado é aquele profissional que faz a coisa acontecer e eu pretendo, através do curso, quebrar padrões. Ou seja, eliminar as relações de poder e estimular o diálogo e o respeito para melhorar o relacionamento." Diz Toni

Explicando que o bom encarregado é o líder que instrui, treina e tem a confianças da equi-pe e patrões, ele enfatiza: Formar parcerias tem de ser a meta desse profissional, para que o resultado do trabalho conjunto seja bom.

Encarregado: o profissional que faz a interface entre o empregado e o patrão

NOSSA GENTE

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Competências necessárias:

Bom senso;Capacitação;

(tem de saber fazer para poder mandar)

Chefe e líder;Teórico. Dinâmica de grupo;Onde incentivo na verdade ;

o trabalho em equipe.

Sem trabalho em equipe não há sucessoEncarregada do asseio e conservação da empresa Provac no CEU (Centro de Educação Unificado) Jaçanã, há seis anos, Claudia do Nascimento Borges Maciel é responsável por uma equipe de 26 colaboradores, que trabalham no período das seis às 14 horas. Para ela, o diálogo é a pa-lavra-chave para o encarregado. “Eu tenho de zelar para que o serviço seja bem feito e também pelo bom relacio-namento com os funcionários, alunos e frequentadores do local onde prestamos serviço”.

Do esforço coletivo vem a qualidadeRonaldo Africo da Silva é encarregado da equipe de ser-viços diversos da limpeza urbana do Grupo Soma há um ano e dez meses. Com a experiência de quem subiu na carreira, depois de ter trabalhado na base e ter sido fis-cal, ele acredita que a motivação dos companheiros de trabalho é o segredo para o sucesso da sua atividade.

“Apenas dispor de equipamentos não adianta, pois se as pessoas não estiverem envolvidas o trabalho não tem qualidade”. Comandando profissionais que traba-lham no serviço pesado, ele responde do planejamento aos serviços realizado nas ruas, como pinturas de guias, capinação, coleta de entulhos e de animais mortos, ele também faz a interface com os profissionais do escritó-rio e oficinas.

Numa escola que recebe de bebês a adolescentes, ela enfatiza que todo o cuidado é pouco. “É preciso atenção não apenas com a limpeza, mas com o chão molhado e os produtos de limpeza utilizados. Já o trabalho bem feito depende da união da equipe.

“Sempre fui interessada e disposta a ajudar. Gosto muito de liderar, mas sou calma e penso muito antes de falar”. Talvez por isso ela tenha sido promovida de auxiliar de limpeza para encarregada em apenas quatro meses.

“Eu converso muito com os meus colegas, mostrando a importância do nosso serviço para manter uma cidade mais bonita e limpa!”.

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Há dois anos, o proclamador da República Mare-chal Deodoro da Fonseca, indiretamente, também se tornou patrono dos trabalhadores do Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes. Isso aconteceu em janeiro de 2011, quando a Praça Ma-rechal Deodoro, localizada no bairro de Santa Ce-cília, recebeu as estátuas representando o gari, o jardineiro, a copeira e o auxiliar de limpeza.

Escreveu seu nome na história por ter rompido com D.Pedro II, colocado fim ao monarquismo e implan-tado o regime de estado republicano, em 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro da Fonseca foi primeiro presidente do Brasil. Na época, povo brasileiro estava descontente e o governo em crise.

Marechal Deodoro, Proclamador da República e endereço especialíssimo da nossa categoria

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Mais um trabalhador se aposenta beneficiado pelo Siemaco PrevidenciárioO companheiro Alvimar de Souza Borges aposen-tou-se no final de outubro com os benefícios do Siemaco Previdenciário. Ele foi o primeiro associa-do do segmento do Asseio e Conservação a con-quistar os seus direitos em 2013, depois de cumprir 35 anos de atividades profissionais.

Apesar de ter nascido em solo baiano, em Vitória da Conquista, ele migrou para São Paulo com a fa-mília ainda bebê, aos 11 meses de idade. Metalúr-gico de origem, ele tornou-se vigilante aos 45 anos, quando começou uma nova carreira e se filiou ao Siemaco. Orgulhoso do comprometimento com a atividade, ele conta que se ausentou do trabalho, na empresa Speed Gold, apenas três vezes.

“Fiquei surpreso com a rapidez que minha aposen-tadoria saiu. Isso sem contar à atenção que recebi do pessoal, principalmente da diretora Karine Ka-ren e do assessor Márcio, que cuidaram da minha documentação com todo o cuidado. O Siemaco está de parabéns”, agradeceu Alvimar.

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AMIGOS DO BAIRRO

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Uma nova ação do sindicato, o “Amigos do Bairro em Ação”, foi realizado em 28 de setembro garantindo lazer e serviços gratuitos para os moradores do Bairro Jardim Guarujá, na Zona Sul da cidade de São Paulo. Organi-zado pela equipe da subsede Santo Amaro, a iniciativa agradou a população e poderá ser repetida em outras regiões, no decorrer de 2014.

De manhã, quando começamos o turno de trabalho, são 7 horas: seven o’clock am.

Depois do trabalho, chegamos a nossa casa às: 19 horas: seven o’clock pm.

Exemplificando

É muito comum errarmos algo muito simples quando vamos falar às ho-ras. Trocar meia-hora por meio-dia. Por isso atenção à regra:12h30min: meio-dia e meia (hora);24h30min: meia-noite e meia (hora);13h30min: treze horas e trinta minu-tos ou uma hora e meia.20h30min: vinte horas e trinta minu-tos ou oito e meia da noite.

Dicas de portuguêsque horas são

Em inglês, quando vamos dizer as horas precisamos dividir o dia em dois: antes e depois do meio-dia. Portanto, quanto você for informar as horas, diferente-mente do português, não existe 13, 14 ou 24 horas. As horas vão do um ao 12 e é preciso completar "am" (antes do meio dia) ou "pm" (depois do meio dia).

que horas sãoDicas de Inglês

diversão com serviçosMais de 150 pessoas, entre crianças e adultos, participaram da festa realizada na Associação de Moradores do Jardim Guarujá, que cedeu o espaço e contribuiu com o policiamen-to para que tudo corresse com segurança. Empresas da re-gião também colaboraram, enquanto o Siemaco garantiu as-sessoria jurídica e realizou cadastros para vagas de trabalho. Vários candidatos foram encaminhados para entrevistas.

Show do Palhaço Goiabinha, brinquedos, esculturas de ba-lões e roda de capoeira animaram os participantes que pude-ram, inclusive, cortar os cabelos. “Para os próximos eventos pretendemos incluir novos serviços, inclusive com a partici-pação das ETECs e do Poupatempo”, adiantou Andrea, assis-tente social do Siemaco.

em ação

12ExpEdiEntE:Coordenação Geral: Moacyr PereiraJornalista Responsável: Adriana Amaral (MTB 16.447)Colaboração: Simone Rocha

projeto Gráfico: AGPC Comunicaçãotiragem: 20.000 Exemplares

Sindicato dos trabalhadores em Empresas de prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São pauloSEdE: Alameda Eduardo Prado, 648Santa Cecília - São Paulo - Cep: 01218-012 - Tel.: 3821-6444SuBSEdE: Rua doutor Carlos Augusto de Campos, 165Santo Amaro - São Paulo - Cep: 04750-060 - Tel.: 5521-9108

www.siemaco.com.br e-mail: comunicacao@siemaco.com.br

É de pequeno que se aprende!

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