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Educação Ambiental

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Educação Ambiental

Autor(a): Adalberto Mohai Szabó Junior. 1ª Edição – 2011

Educação Ambiental

Todos os direitos desta edição são reservados a Cresça Brasil Editora S/A. É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios, sem autorização escrita da Editora.

ISBN: 978-85-8153-063-5

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Cresça Brasil Editora S/A

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Sumário Capítulo 1 - Conceitos Ambientais

1.1 Definição de Meio Ambiente 1.2 O Meio Ambiente e suas Inter-relações 1.3 Desenvolvimento Sustentável 1.4 Definição de Educação Ambiental 1.5 Condicionamento x Conscientização

Capítulo 2 – Aspectos e Impactos Ambientais

2.1 Recursos Naturais 2.2 Aspectos Ambientais x Impactos Ambientais 2.3 Impactos Maléficos x Impactos Benéficos

Capítulo 3 – Classificação de Resíduos

3.1 Definição de Resíduos 3.2 Reciclagem no Brasil

Capítulo 4 – Gestão de Resíduos

4.1 Definição de Gestão de Resíduos 4.2 Etapas para Implantação da Gestão de Resíduos Sólidos 4.3 Técnicas de Gerenciamento de Gestão de Recursos

Capítulo 5 – Viabilidade Econômica de Projetos Ambientais

5.1 Viabilidade Ambiental x Viabilidade Econômica

Apresentação

Seja bem-vindo (a) ao livro “Educação Ambiental”. Este estudo abordará conceitos de educação ambiental e englobará

informações técnicas que permitem o adequado gerenciamento dos resíduos, contribuindo, assim, com o desenvolvimento sustentável do planeta.

Tenho plena certeza de que você reconhece a importância de criarmos alternativas que permitam o desenvolvimento sustentável do planeta, mediante a adoção de ações que melhorem a performance ambiental da organização em que você atua ou irá atuar.

Contudo, o sucesso dessas ações depende do nível de conhecimento sobre o assunto que será abordado. Portanto, desejo que consiga absorver o maior número possível de informações técnicas e específicas da área por intermédio deste estudo, para que consiga um posicionamento de destaque no cenário mercadológico em que atua. Assim, poderá contribuir para que a empresa ou instituição em que você trabalha ou irá trabalhar conquiste maior credibilidade, respeito e competitividade.

Introdução

Todos sabem que os problemas ambientais que têm causado expressivos prejuízos no planeta nos últimos anos não são provenientes de uma só causa. Isso evidencia que a solução para eles é muito mais complexa do que muitos imaginam e requer enorme comprometimento das diferentes esferas da sociedade.

No entanto, como cidadãos, devemos descruzar os braços e fazer a nossa parte, pois, assim, os problemas indubitavelmente diminuiriam tanto de frequência quanto de intensidade.

As enchentes, tão comuns, poderiam ser diminuídas se os resíduos sólidos não fossem descartados a esmo como muitas vezes lamentavelmente acontece, haja vista que tais resíduos entopem os bueiros por onde as águas deveriam escoar. Como as consequências das enchentes são inúmeras, tanto para as pessoas que perdem seus bens materiais quanto para aquelas que adquirem doenças, deveríamos mudar a forma de agir no ambiente em que estamos inseridos, contribuindo, assim, com o desenvolvimento sustentável do planeta.

Outro problema muito grave, principalmente no verão, é o excesso de sujeira nas praias. Muitos dos resíduos sólidos descartados inadvertidamente nas praias prejudicam as belezas naturais e atrativas de todo o litoral.

Tendo em vista que muitos desses resíduos são inertes, ou seja, não entram em decomposição quando em contato com as intempéries do tempo, eles jamais deveriam ser jogados nas areias das praias. Deveriam ser depositados em tambores apropriados para que pudessem ser reciclados, ou seja, utilizados como matérias-primas junto aos processos de industrialização de novos bens de consumo, contribuindo inclusive com a redução da extração de recursos naturais, o que é fundamental para que não faltem certos recursos para as futuras gerações.

Existe, inclusive, um local no Oceano Pacífico, entre o Estado norte-americano da Califórnia e o Hawai, com uma concentração enorme de resíduos de plástico. Convém ressaltar que, segundo algumas estimativas, esta área é sensivelmente maior que a soma dos territórios do Estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás, e que esses resíduos acabam se concentrando em tal região pelo fato de as correntes marítimas convergirem para esse ponto comum.

Reflita sobre esses e outros problemas e faça também a sua parte. A natureza agradece a sua colaboração.

Capítulo 1

Conceitos Ambientais

Para que entendamos educação ambiental e gestão de resíduos sólidos é de fundamental importância que conheçamos a definição paradigmática de meio ambiente mais utilizada nos dias atuais.

Você tem ideia do que é Meio Ambiente? Então, começaremos aprendendo conceitos básicos...

1.1 Definição de Meio Ambiente

O meio ambiente é a circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações (NBR ISO 14000). Observação

Percebe-se que a definição de meio ambiente possui fronteiras mais abrangentes que a definição de ecologia, pois na conceituação de ecologia não cabem todos os conceitos ambientais, mas na definição de meio ambiente cabem todos os conceitos ecológicos.

Outra questão muito importante é não se esquecer que somos seres humanos e que não somos donos do meio em que vivemos. Somos apenas alguns de seus constituintes. Este é o motivo pelo qual temos que respeitar todas as formas de vida e poupar, na medida do possível, todos os recursos naturais, independentemente de serem renováveis ou não renováveis.

Tanto que não temos o direito de nos achar melhores que os demais constituintes que fazem parte do mesmo meio.

1.2 O Meio Ambiente e suas Inter-relações

O meio ambiente é tão complexo que qualquer ação que adotemos para com um de seus constituintes influenciará direta ou indiretamente os demais. Esse pode ser perfeitamente compreendido se olharmos para o meio ambiente como se o mesmo fosse uma grande teia, onde os seus diferentes constituintes se inter- relacionam.

Este é o motivo pelo qual devemos pensar antes de agir, para que nossas ações não prejudiquem o meio em que estamos inseridos.

Sem contar que está comprovado: aqueles que se desenvolvem em ambientes harmoniosos, equilibrados e justos, possuem mais chances de se

tornarem pessoas saudáveis e de sucesso do que aqueles que se desenvolvem em ambientes conturbados. É óbvio que existem as exceções, mas que o meio ambiente influencia e muito em nossa forma de ser, é fato. O Meio Ambiente Visto como uma Grande Teia

Como observamos anteriormente, acreditamos que tenha se tornado suficientemente claro que sempre que mexermos nos recursos hídricos, influenciaremos a qualidade do ar que respiramos, até porque os níveis de poluição atmosférica são mais significativos em circunstâncias em que a umidade relativa do ar se torna baixa.

Ao modificarmos o ar, influenciaremos a flora; ao modificarmos a flora, influenciaremos a fauna, haja vista que muitos animais se alimentam de inúmeros constituintes da flora, e assim sucessivamente.

A seguir vamos compreender o que é a definição de desenvolvimento sustentável.

1.3 Desenvolvimento Sustentável

É aquele cujos princípios sugerem que nos desenvolvamos sem que prejudiquemos as presentes e futuras gerações. Isso não significa em hipótese alguma que devamos deixar de fazer as coisas que precisam ser feitas ou que tenhamos de deixar de produzir os bens de consumo que

precisem ser industrializados para suprir as necessidades da sociedade em que vivemos.

Significa que existem diferentes maneiras de fazermos as coisas que precisam ser realizadas, e que, assim sendo, temos a necessidade de escolher as estratégias que menos prejudiquem o meio ambiente e a qualidade de vida de todos.

1.4 Definição de Educação Ambiental

A educação ambiental é o conjunto de ações de caráter pedagógico, devidamente fundamentadas em conceitos de diferentes áreas do conhecimento, com o objetivo primordial de conscientizar os indivíduos para que mudem certos hábitos e certas atitudes, contribuindo assim, com o desenvolvimento

sustentável do planeta. A educação ambiental pode ser formal ou informal. A principal diferença

entre elas é que a formal ocorre no âmbito interno das instituições públicas e privadas de ensino, e a informal em ambientes extraescolares. Observações Importantes 1) Não é porque a legislação exige que a EA (Educação Ambiental) seja inserida em todos os níveis de ensino que as escolas precisam criar uma disciplina com tal denominação, pois os conceitos ambientais podem ser amplamente discutidos e problematizados nas diferentes disciplinas que fazem parte da grade curricular dos cursos regulares. 2) Não se esqueça que a educação ambiental deve conscientizar as pessoas e não condicioná-las, como muitas vezes, lamentavelmente, acontece.

1.5 Condicionamento x Conscientização

Embora alguns educadores partam do pressuposto que o condicionamento seja o primeiro passo para a conscientização, “eu, particularmente, discordo”.

O tempo que se perde e o dinheiro que se gasta para condicionar é praticamente igual ao tanto que se investe para conscientizar, sem contar que está comprovado cientificamente que pessoas condicionadas não se desenvolvem tanto quanto aquelas que tenham sido conscientizadas.

Em outras palavras, nem sempre aqueles que possuem conhecimento sobre os problemas ambientais agem de maneira diferente, ou seja, como deveriam agir. Além disso, grande parte das pessoas que agem como deveriam, não conhecem os benefícios provenientes de suas ações.

Para entender melhor a diferença entre condicionamento e conscientização, observe o seguinte exemplo:

Imagine que você visse uma criança jogando os papéis nos cestos de papéis, os vidros nos cestos de vidros, os plásticos nos cestos de plásticos e assim sucessivamente. Isso significa que ela estivesse devidamente conscientizada?

Não necessariamente, pois aquilo que você presenciara poderia ser fruto de um trabalho de condicionamento ao qual aquela criança foi submetida por seus pais ou professores. Para saber se ela estava condicionada ou conscientizada

seria necessário perguntar a ela o motivo de suas ações. Se ela respondesse que estava agindo daquela maneira porque assim exigem dela, poderíamos então, afirmar que estava condicionada.

Contudo, se ela respondesse que age daquela maneira porque assim acaba contribuindo com o meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável, poderíamos dizer que ela estava conscientizada.

É Hora de Recapitularmos!

Neste capítulo vimos a definição de meio ambiente e suas inter-relações e percebemos que nossas ações influenciam-no muito, visto que ele é uma grande teia de interdependência entre os seres vivos. Outro conceito estudado foi o de desenvolvimento sustentável, que possibilita a produção de bens de consumo com o menor prejuízo possível ao meio ambiente. Além disso, verificamos a necessidade da educação ambiental, não aquela que condiciona, mas a que conscientiza.

Capítulo 2

Aspectos e Impactos Ambientais

Estamos no segundo capítulo, e para iniciar é importante salientar que na natureza existem recursos naturais renováveis e não renováveis. Agora aprenderemos como classificá-los e como diferenciar o que são aspectos e o que são impactos.

2.1 Recursos Naturais

A seguir, compreenderemos sobre a classificação dos recursos naturais. Portanto, fique atento (a) a cada detalhe!

2.1.1 Recursos Renováveis

São aqueles que se renovam, ou seja, na medida em que vão sendo extraídos podem ser repostos. Podemos citar como exemplo a flora e a fauna que não estejam em extinção, mas precisamos saber utilizá-las com consciência.

2.1.2 Recursos não Renováveis

São aqueles que não se renovam. Como exemplo, temos os minérios, que com o uso indevido e sem controle, um dia irão desaparecer do planeta Terra.

Observação

Percebe-se que para nos desenvolvermos sustentavelmente, se faz necessário utilizarmos os recursos renováveis e pouparmos os não renováveis, para que no futuro próximo não soframos com as consequências provenientes da inexistência de certos recursos. Outra alternativa é incentivar a reciclagem, pois assim

pouparíamos tanto os renováveis quanto os não renováveis.

2.2 Aspectos Ambientais x Impactos Ambientais

A seguir, entenderemos como diferenciar os aspectos ambientais (São ações responsáveis pelo surgimento de impactos) de impactos ambientais (São efeitos provenientes dos aspectos que os geram.)

Existem duas maneiras de solucionarmos os problemas com os quais convivemos. A primeira consiste em medicarmos os efeitos e a segunda em agirmos sobre as causas dos mesmos. A segunda opção é a mais recomendada, pois ao medicarmos os efeitos não estaríamos fazendo com eles fossem neutralizados. Só estaríamos atenuando seus sintomas.

Isso significa que se pretendemos combater um impacto é exatamente sobre suas causas que devemos agir para que ele desapareça, ou que, na impossibilidade de neutralizá-lo, consigamos minimizar sua magnitude.

Veja alguns exemplos: Aspecto

Despejo de efluentes industriais nas águas de um rio sem prévio tratamento.

Impacto

Poluição das águas e morte exacerbada de peixes.

Atenção!

Não adianta desenvolvermos estratégias de descontaminação das águas do rio adotado como referência em nosso exemplo tentando evitar que outros peixes morram se o aspecto continuar existindo, ou seja, se as indústrias continuarem despejando seus efluentes sem prévio tratamento.

Portanto, as águas deste rio só seriam despoluídas se os efluentes fossem adequadamente tratados antes que fossem despejados, partindo-se do pressuposto que esse impacto fosse proveniente do único aspecto citado.

2.3 Impactos Maléficos x Impactos Benéficos

Nem todos os impactos são maléficos como muitos imaginam. Existem os maléficos e benéficos.

Impacto Maléfico (Negativo ou Adverso) É aquele que traz prejuízos ao meio ambiente.

Impacto Benéfico (Positivo)

É aquele que traz benefícios ao meio ambiente. Exemplo Aspecto

Vazamento de oleoduto e consequente derramamento de óleo no mar. Impacto Negativo

Contaminação das águas, tornando-as impróprias para banho e a morte de peixes de diversas espécies. Aspecto

Plantio de árvores frutíferas em área degradada. Impacto Positivo

Surgimento de pássaros de diversas espécies e consequente purificação do ar. Diagrama de Ishikawa

O Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou simplesmente Espinha de Peixe, é um recurso gráfico por meio do qual torna-se possível visualizarmos os diferentes aspectos responsáveis pelo surgimento de um impacto.

É Hora de Recapitularmos!

Neste capítulo aprendemos sobre os recursos naturais renováveis e não renováveis, vimos que existem impactos maléficos e benéficos ao meio ambiente e pudemos visualizar o Diagrama de Ishikawa.

Capítulo 3

Classificação de Resíduos

Neste capítulo aprenderemos o que são resíduos e como classificá-los. Espero que aprenda e pratique esse aprendizado em seu cotidiano.

3.1 Definição de Resíduos

Os resíduos são substâncias que deixam de ter aplicabilidade para a fonte geradora depois de terem sido utilizadas.

Como o foco principal deste capítulo está no estudo dos resíduos sólidos, veremos a seguir como os mesmos são classificados e as especificidades de cada classe.

3.1.1 Classificação Geral dos Resíduos

Os resíduos são classificados em: sólidos, líquidos (efluentes) e gasosos (emissões atmosféricas). Classe 1

São considerados perigosos. Normalmente são gerados pelas indústrias químicas, farmacêuticas e de explosivos. Por serem perigosos, não podem ser levados aos aterros sem que sejam devidamente tratados e segundo algumas estimativas perfazem 25% do total de resíduos sólidos gerados em nosso país. Classe 2 A

Não são considerados perigosos, mas poluem o meio ambiente. Fazem parte desse grupo os resíduos domiciliares, os industriais degradáveis e os orgânicos. Esses resíduos correspondem a 70% do total de resíduos sólidos gerados em território brasileiro. Classe 2 B

São os resíduos inertes (que não se decompõem quando em contato com as intempéries do tempo) e recicláveis. Correspondem a 5% dos resíduos sólidos e não deveriam ser encaminhados aos aterros sanitários como lamentavelmente muitas vezes acontece. Devem ser doados ou vendidos para instituições que os utilizem como matérias-primas para que novos produtos sejam industrializados.

Você sabe a diferença entre Reciclável, Reciclado e Reciclagem? Reciclável

Material que depois de usado serve de matéria-prima para que outros sejam industrializados. Reciclado Produto intermediário ou acabado, proveniente de um processo de reciclagem. Reciclagem Processo por meio do qual os materiais são transformados em reciclados.

3.2 Reciclagem no Brasil

O ato de reciclar consiste em transformar resíduos recicláveis em novos produtos (reciclados). Convém destacar que a reciclagem traz inúmeros benefícios ao meio ambiente, além de ser interessante do ponto de vista econômico também, pois existem algumas evidências de que as indústrias que utilizam materiais recicláveis como matérias-primas acabam diminuindo tanto o consumo de água quanto o de energia elétrica em seus processos.

Observe abaixo os índices correspondentes à reciclagem no Brasil.

41,0 % Papel de escritório 72,0 % Papel ondulado 17,5 % Plásticos rígidos e filme 87,0 % Latas de alumínio 45,0 % Latas de aço 44,0 % Vidro 57,0 % Pneus 35,0 % PET 15,0 % Embalagens longa-vida 23,0 % Óleo lubrificante usado 01,5 % Composto urbano

Observação!

Percebe-se que o Brasil recicla bastante, mas esses índices podem se tornar maiores ainda.

Sem contar que não podemos concluir que os brasileiros sejam ambientalmente educados por reciclarem tanto quanto reciclam, pois o Brasil é um país com inúmeros problemas sociais e muito do que se faz neste setor se deve à inexistência de oportunidades em outros.

É Hora de Recapitularmos!

Neste capítulo vimos a definição e classificação dos resíduos e aprendemos a diferença entre os conceitos de reciclável, reciclado e reciclagem.

Capítulo 4

Gestão de Resíduos

Agora compreenderemos como a gestão de resíduos deve ser implantada em uma organização não necessariamente empresarial e como estes devem ser gerenciados.

4.1 Definição de Gestão de Resíduos

A gestão de resíduos consiste em separar os resíduos gerados pela empresa para que os recicláveis sejam doados ou vendidos e os não recicláveis sejam retirados, transportados, tratados (se necessário) e destinados aos locais apropriados. Vale salientar que a responsabilidade legal da empresa responsável pela geração dos resíduos perdura até o destino final, mesmo que o serviço de retirada, transporte, tratamento e destinação tenham sido terceirizados, ou seja, realizados por uma empresa contratada.

4.1.1 A Reciclagem

Diminui a quantidade de lixo enviado aos aterros sanitários. Diminui a extração de recursos naturais. Diminui as probabilidades de enchentes em tempos de chuva. Diminui os níveis de poluição. Contribui para a limpeza da organização e de suas adjacências. Traz benefícios materiais e / ou financeiros para a instituição. Gera mais empregos.

4.2 Etapas para Implantação da Gestão de Resíduos Sólidos 1º) Conscientização coletiva. 2º) Definir quem serão os responsáveis pela retirada dos resíduos. 3º) Implantar a coleta seletiva. 4º) Divulgar, por meio de relatórios, tabelas e planilhas, os resultados obtidos.

Esclarecimentos 1) Todas as etapas citadas anteriormente precisam ser cumpridas para que exista êxito na implantação da gestão de resíduos sólidos nas organizações, não necessariamente empresariais, uma vez que isso pode ser implantado tanto em instituições privadas quanto em órgãos públicos. 2) As etapas precisam ser cumpridas na ordem apresentada e sem deixar etapas de lado, pois todas são necessárias e possuem o mesmo grau de importância. 3) A primeira delas serve de pré-requisito para todas as demais, pois não adianta pensarmos nas etapas subsequentes se todos não estiverem devidamente conscientizados da necessidade de agirem adequadamente. 4) A segunda etapa também é muito importante, pois de nada adianta acumularmos os resíduos recicláveis e não recicláveis em coletores apropriados se não tivermos devidamente definidos os responsáveis pela retirada dos mesmos. 5) Somente na terceira etapa é que devemos disponibilizar os coletores apropriados para o depósito de resíduos em pontos estratégicos da organização. 6) E, para concluir, não podemos nos esquecer de demonstrar os resultados obtidos, sazonalmente (semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente). Ou seja, é necessário que sejamos transparentes, pois assim conquistamos a confiança e o carisma das pessoas, fazendo com que continuem contribuindo. Exemplo de Aplicação 0,5 Ton. - Metal Reciclável 0,5 Ton. - Plástico Reciclável 0,5 Ton. - Papel Reciclável 0,5 Ton. - Vidro Reciclável 0,5 Ton. - Lixo Orgânico Não Reciclável 0,5 Ton. - Lixo Ambulatorial Não Reciclável Resultado = Arrecadação - Gastos Suponhamos que: R$ 310,00 de arrecadação. R$ 190,00 de gastos. Total líquido = R$ 120,00 por mês .

4.3 Técnicas de Gerenciamento de Gestão de Recursos

Por meio das Técnicas de Gerenciamento de Gestão de Recursos, torna-se possível perceber que os recicláveis foram vendidos.

Sempre que o valor que a organização arrecadar com a venda dos recicláveis for maior que o valor gasto para que os não recicláveis sejam retirados, transportados, tratados e destinados adequadamente, a empresa terá um resultado positivo.

Já em circunstâncias em que a arrecadação for menor que o capital gasto, o resultado será negativo, e quando a arrecadação coincidentemente for igual ao montante gasto, o resultado será zero (nulo). Observação Complementar

Mesmo que a organização doe os resíduos recicláveis, ainda assim ela acaba ganhando do ponto de vista financeiro, pois com a doação, a instituição diminui substancialmente os gastos com retirada, transporte, tratamento e destinação dos mesmos.

Isso porque as empresas que realizam esses serviços cobram por volume, ou seja, quanto mais resíduos precisam ser retirados, transportados, tratados e destinados adequadamente, mais onerosos se tornam os serviços.

Portanto, ao doar os recicláveis, os custos com os serviços se tornam menos expressivos. Sem contar que ao doar a empresa ainda se demonstra comprometida com o bem-estar da sociedade. É a responsabilidade social .

Teste seus conhecimentos: Analise o caso por meio de cálculos e preencha a tabela a seguir:

Uma organização produz 200.000 kg de resíduos por mês, sendo: 05% Lixo orgânico (10 t) 10% Papelão (20 t) 15% Papel (30 t) 20% Metal (40 t) 25% Alumínio (50 t) 12% PET (24 t) 13% Lixo ambulatorial (26 t) Preços para retirada e destinação: Lixo orgânico: R$ 100,00 por tonelada x 10 = 1000,00 Lixo ambulatorial: R$ 200,00 por tonelada x 26 = 5200,00

Preços para venda de resíduos: Papelão: R$ 0030,00 por tonelada x 20 = 600,00 Papel: R$ 0060,00 por tonelada x 30 = 1800,00 Metal: R$ 0050,00 por tonelada x 40 = 2000,00 Alumínio: R$ 1000,00 por tonelada x 50 = 50000,00 PET: R$ 0200,00 por tonelada x 24 = 4800,00 Gasto mensal: 6.200,00

Arrecadação mensal: 59.200,00

Saldo mensal: 53.000,00

Gasto anual: 74.400,00

Arrecadação anual: 710.400,00

Saldo anual 636.000,00:

É Hora de Recapitularmos!

Neste capítulo compreendemos o que é, como é feita e qual a importância da gestão de resíduos por parte das empresas, que podem doar esses resíduos ou contratar serviços para escoá-los, exemplificando, assim, a responsabilidade social.

Capítulo 5

Viabilidade Econômica de Projetos Ambientais

Agora veremos as diferentes maneiras por meio das quais torna-se possível desvendarmos a viabilidade econômica de ações que potencializam o desenvolvimento sustentável em diferentes ambientes.

5.1 Viabilidade Ambiental x Viabilidade Econômica

Existem muitos projetos que são ambiental e economicamente viáveis. Para que você descubra se um empreendimento cujo objetivo é

minimizar impactos adversos causados ao meio ambiente é economicamente viável, se faz necessário calcular um indicador extremamente importante: o Pay back, também conhecido como prazo de retorno de investimento e rentabilidade do projeto.

A seguir, veja as fórmulas. Pay back em meses: PBM = Investimento Economia Mensal Pay back em anos: PBA = Investimento Economia Anual Rentabilidade mensal: RM = Investimento x 100 Economia Mensal Rentabilidade anual: RA = Investimento x 100 Economia Anual

Exemplo de Aplicação

Imagine que uma indústria estivesse interessada em tratar os efluentes líquidos por ela gerados para que os mesmos fossem reaproveitados em seus processos industriais. É óbvio que esse projeto é ambientalmente viável, pois com sua implementação, a indústria pouparia água potável.

Mas, de que maneira os gestores dessa indústria deveriam proceder para verificar se além de contribuir com o meio ambiente, esse projeto é economicamente viável?

Muito simples. É só seguir as etapas...

Exemplo de Aplicação: Investimento: R$ 7.500,00 Economia mensal com consumo de água: R$ 1.500,00 Pay back: 5 Meses

Projeção para o período que se inicia após o pay back: Lucro por ano: R$ 018.000,00 Lucro por década: R$ 180.000,00 Rentabilidade: 20% Observações Importantes

Para descobrir a economia mensal com consumo de água, basta fazer uso do raciocínio: 1) Economia mensal com consumo de água = consumo antes da implantação do projeto – consumo médio estimado após a implantação do projeto. 2) Para que um empreendimento seja considerado economicamente viável, é necessário que o pay back seja baixo, ou seja, que a empresa recupere rapidamente a quantia investida e que a rentabilidade seja significativa, principalmente se comparada com a rentabilidade dos produtos oferecidos pelo mercado financeiro com baixo grau de risco. Isso significa que o empreendimento adotado como referência em nosso exemplo é altamente viável, pois além do pay back ser baixo, a rentabilidade é elevadíssima, principalmente se comparada com os fundos de renda fixa ou com caderneta de poupança (produtos oferecidos pelo mercado financeiro com baixo grau de risco).

É Hora de Recapitularmos!

Neste capítulo aprendemos sobre projetos ambiental e economicamente viáveis e vimos que essa viabilidade é calculada por meio do indicador pay back.

Parabéns! Chegamos ao fim do nosso livro.

Boa sorte e Sucesso!