EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA À GESTÃO DE … · nossos resíduos, a observância dos horários...

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA À GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS NO MUNICÍPIO DE SALTO DO LONTRA-PR

Autor: Valmir Zanandréa

1

Orientadora: Irene Carniatto2

Resumo

A atual crise ambiental é resultante de uma sociedade capitalista que explora os recursos naturais de maneira irracional para a satisfação das suas necessidades. Esse sistema está centrado na produção e consumo, o qual gera grande quantidade de resíduos que quando dispostos inadequadamente, podem trazer grandes prejuízos econômicos e socioambientais. Assim, se faz necessário buscarmos padrões de produção e consumo mais sustentáveis. Nessa perspectiva, o ensino de Ciências pode sensibilizar os alunos através da Educação Ambiental voltada para a problemática dos resíduos sólidos, para que estes desenvolvam hábitos de consumo que promovam a sustentabilidade. A coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos possibilita o aproveitamento destes, em processos de reciclagem, proporcionando ganhos econômicos, sociais e ambientais. O presente artigo aborda a Educação Ambiental voltada à gestão integrada de resíduos sólidos urbanos desenvolvida na Escola Estadual Jorge de Lima – Ensino Fundamental de Salto do Lontra-PR, durante a implementação do Projeto, do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, ano de 2011.

Palavras-chave: Resíduos sólidos; Educação ambiental; Reciclagem; Coleta seletiva.

Abstract

The current environmental crisis is the result of a capitalist society that exploits natural resources irrationally to meet their needs. This system focuses on production

1 Especialista em Ensino de Matemática, graduado em Matemática pela FACEPAL, Palmas-PR e Engenharia

Ambiental, na União de Ensino do Sudoeste do Paraná – UNISEP, Dois Vizinhos-PR. Docente de Ciências

na Escola Estadual Jorge de Lima – Salto do Lontra – PR. [email protected] 2 Doutora em Engenharia Florestal pela UFPR, Conservação da Natureza – Planejamento e Gestão de Recursos

Hídricos e Bacias Hidrográficas Docente e Pesquisadora do Curso de Ciências Biológicas da UNIOESTE,

Cascavel-PR.. [email protected].

and consumption, which generates large amounts of waste when disposed improperly, can bring great economic, social and environmental damage. Thus, it is necessary to seek patterns of production and consumption patterns. From this perspective, science teaching can sensitize students through Environmental Education focused on the issue of solid waste so that they develop spending habits that promote sustainability. Separate collection of municipal solid waste permits the use of these in recycling processes, providing economic gains, social and environmental. This article discusses the environmental education focused on integrated management of municipal solid waste developed in the State School Jorge de Lima - Elementary School Jumping the Otter-PR during project implementation, the Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, year 2011.

Keywords: Solid waste; Environmental education; Recycling; Selective collection.

1 Introdução

O consumismo desenfreado acaba gerando um grande volume de resíduos

que quando dispostos inadequadamente, podem trazer grandes prejuízos

econômicos e socioambientais.

Os resíduos produzidos diariamente nos diversos ambientes sociais, em

especial nas residências e na própria escola, representam grande risco para a saúde

pela proliferação de vetores de doenças e para o meio ambiente, com a

possibilidade de contaminação do solo, da água e do ar. No entanto, a coleta

seletiva e a reciclagem dos mesmos podem proporcionar diversos impactos positivos

gerando emprego, renda e preservação dos recursos naturais.

O trabalho de educação ambiental na escola pode contribuir

significativamente para a redução da geração de resíduos domiciliares e para a

separação adequada do lixo, fazendo com que a coleta seletiva dos resíduos sólidos

urbanos tenha pleno sucesso.

O ensino de Ciências deve a promover a Educação Ambiental para

sensibilizar os alunos em relação à problemática dos resíduos sólidos,

desenvolvendo hábitos de consumo que promovam a sustentabilidade.

O presente trabalho tem como premissa que o destino adequado dos

resíduos sólidos é responsabilidade de toda a sociedade, pois o tratamento e/ou

disposição adequada poderão ser feitos começando com pequenas ações e

mudanças de hábitos da população.

Nessa perspectiva, o presente artigo destaca a educação ambiental no

âmbito escolar de maneira integrada com a coleta seletiva para a destinação

adequada dos resíduos sólidos urbanos no Município de Salto do Lontra – PR, tendo

como objetivo sensibilizar os alunos para que estes promovam nas suas residências

a separação dos resíduos com a perspectiva de preservação ambiental e melhor

qualidade de vida através da destinação adequada dos mesmos.

2 Fundamentação teórica

A crise ambiental global, não é ecológica, mas social, desencadeada pela

ação antrópica predatória sobre o planeta, onde a natureza responde em um

processo inverso. O homem age, a natureza reage (CARNIATTO, 2007).

De acordo com Brasil (2007), no ano de 1987, a Comissão Mundial de Meio

Ambiente e Desenvolvimento criou a definição de desenvolvimento sustentável

como sendo “a capacidade de satisfazer as necessidades presentes, sem

comprometer a capacidade das gerações futuras de suprirem suas próprias

necessidades”. Porém, atualmente esta definição é bastante contraditória, pois o

desenvolvimento econômico apresenta produção e consumo desenfreados, esgota a

capacidade da Terra e torna a vida insustentável. Vários documentos, como o

Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade

Global e a Carta da Terra dizem que precisamos da Terra, da sociedade e da vida

humana sustentáveis.

Nessa perspectiva, para o desenvolvimento ser efetivamente sustentável,

este deve abranger conjuntamente os aspectos econômicos, sociais e ambientais,

como mostra a Figura 1:

Figura 1: Esquema do modelo de desenvolvimento sustentável Fonte: http://andrews102g32007.wordpress.com/2007/09/12/25/

Enfatiza-se que, no caput do artigo 225 da Constituição Federal do Brasil de 1988, que:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futuras gerações (BRASIL, 2010).

Córdula (2010) diz que a Educação Ambiental tem como prioridade trabalhar

em prol da qualidade de vida e da sustentabilidade para as atuais e as futuras

gerações, através da diagnose de problemas que afetam o meio ambiente pelas

diversas ações antrópicas que o modificam, as quais estão ligadas a falta de

consciência, respeito e do pleno exercício da cidadania na sociedade.

Nesse sentido, a percepção dos problemas socioambientais torna-se cada

vez mais evidente, fazendo com que a humanidade reflita sobre o seu modelo de

crescimento econômico. Essa reflexão busca soluções para que a economia possa

se desenvolver de forma racional, sem com isso comprometer a garantia dos

recursos naturais. Esse modelo é denominado de desenvolvimento sustentável.

A Lei 9.795 de 27 de abril de 1999 dispõe sobre a educação ambiental,

institui a Política Nacional de Educação Ambiental e, em seu artigo 1o define

educação ambiental como:

Os processos pelo meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (ROCCO, 2002, p.225).

Conforme Pereira e Fernandes (2009), a Educação Ambiental surge como

uma proposta para que a sociedade tome consciência do real e dramático problema

que ora vivenciamos, abordando a importância de um desenvolvimento baseado na

sustentabilidade de seus recursos e considerando que o meio ambiente equilibrado

é fator determinante para a melhoria da qualidade de vida.

Para Carniatto (2007), toda a educação deve ser Ambiental e esta deve

identificar e explicitar as contradições da sociedade atual, construir conceitos que

possibilitem as transformações da sociedade, através da construção do

conhecimento que possibilite a mediação entre culturas e os interesses dos

diferentes grupos sociais, bem como na gestão de conflitos existentes.

Para Seiffert (2009), a aplicabilidade da educação ambiental de forma efetiva

está vinculada a políticas públicas educacionais compatíveis, que possibilitem

mudanças culturais que proporcionem melhorias nos hábitos e posturas de uma

determinada sociedade.

É fundamental desenvolver atividades de educação ambiental no sentido de motivar uma maior participação do cidadão no sistema de limpeza municipal, mostrando-lhe as conseqüências ambientais, econômicas e sociais de atos simples e diários como o correto acondicionamento de nossos resíduos, a observância dos horários de coleta, o não jogar lixo nas ruas, o varrer e conservar limpas as calçadas – medidas que há décadas são incentivadas, sem grande sucesso. Sabemos que isso seria decisivo para uma eficiente gestão municipal de resíduos (EIGENHEER 2008, p.1).

Ainda de acordo com Eigenheer (2008), na educação ambiental, não

devemos abordar a questão dos resíduos voltada basicamente para a crítica

socioambiental, para o modelo produtivo, ainda que em nome de defensáveis teses

e utopias sociais. Certamente o tema “resíduos sólidos” nos ajuda a desenvolver, e

mesmo a visualizar, essas relevantes questões. Entretanto, o cotidiano da limpeza

urbana é também uma realidade a ser discutida e enfrentada independentemente de

diferenças sociais ou políticas. Para que sua implementação tenha eficácia,

necessita de práticas adequadas por parte dos cidadãos e ações municipais dentro

dos orçamentos existentes para esse fim.

Mano, Pacheco e Bonelli (2005 p.113) comentam que “o gerenciamento da

destinação dos resíduos urbanos é um conjunto de ações normativas, operacionais,

financeiras e de planejamento para a disposição do lixo de forma ambientalmente

segura, utilizando tecnologias compatíveis com a realidade local”.

Os resíduos sólidos urbanos constituem-se como uma das maiores

problemáticas das cidades brasileiras, principalmente pela gestão inadequada

destes resíduos. Todavia, a coleta seletiva dos resíduos sólidos urbanos é uma das

melhores maneiras para dar destino adequado aos mesmos, porém, para que a

implementação da coleta seletiva tenha sucesso, faz-se necessário vontade política

e o trabalho integrado de Educação Ambiental junto à comunidade.

De acordo com Paraná (2006), a coleta seletiva de resíduos está baseada

em uma das linhas propostas pela Agenda 21.

Conforme Brasil (2007), a Agenda 21 é um conjunto de compromissos e

ações sustentáveis para o Século XXI. Ela foi assinada na Conferência das Nações

Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, realizada no Rio de

Janeiro em 1992. Na Agenda 21 estão definidos os compromissos assumidos por

179 países, com objetivo de construir um novo modelo de desenvolvimento que

resulte na melhoria de qualidade de vida para a humanidade, que seja econômica

social e ambientalmente sustentável. Em 2002, foi criada a Agenda 21 Brasileira,

com a participação de cerca de 40 mil pessoas. Esta Agenda 21 tem como

referência a Carta da Terra, um documento internacional que trata de como cuidar do

nosso Planeta.

Precisamos ainda reformular a nossa concepção a respeito do lixo. Não podemos continuar pensando que o saco de lixo é o fim do problema, quando é apenas o começo. Não podemos mais encarar o lixo como um “resto inútil”, e sim como algo a ser transformado em nova matéria prima para retornar ao ciclo produtivo de forma salutar (MMA/IDEC, 2002, p.98).

Segundo Braga et al (2005), os resíduos sólidos de uma área urbana são

constituídos por certos tipos de resíduos (mistura de resíduos produzidos nas

residências, comércio e serviços e nas atividades públicas, na preparação de

alimentos, no desempenho de funções profissionais e na varrição de logradouros),

os quais são chamados vulgarmente de “ lixo”, incluindo-se também resíduos

especiais, geralmente mais problemáticos e perigosos, provenientes das atividades

industriais e médico-hospitalares.

Braga et al (2005) destacam ainda que a norma brasileira NBR 10.004

caracteriza como resíduos sólidos todos os tipos de resíduos que se apresentam nos

estados sólido e semi-sólido que resultem das diversas atividades da comunidade,

de origem: industrial, doméstica hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e

varrição. Incluindo-se também os lodos gerados em sistemas de tratamento de água

e controle de poluição, além de determinados líquidos em que seu lançamento na

rede pública de esgoto ou em corpos de água seja inviável.

A NBR 10.004, distingue os resíduos em três classes, conforme mostra a

Tabela 1:

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS

Classe I ou Perigosos

São aqueles que, isoladamente ou por mistura, em função de suas características de toxicidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, radioatividade e patogenicidade em geral podem apresentar riscos à saúde pública ou efeitos adversos ao meio ambiente, se manuseados ou dispostos sem os devidos cuidados.

Classe II ou Não-Inertes

São aqueles que não se enquadram nas classes I e III.

Classe III ou Inertes

São aqueles que não se solubilizam ou que não tem nenhum dos seus componentes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, quando submetidos a um teste padrão de solubilização (conforme NBR 10.006 – solubilização de resíduos).

Tabela 1: Classificação dos resíduos segundo a NBR 10.004 Fonte: BRAGA, 2005, p.147. Adaptado pelo autor

No gerenciamento dos resíduos sólidos é indispensável levar em

consideração as classes a que cada resíduo está vinculado, para a sua correta

disposição final. Neste sentido, é papel fundamental da Educação Ambiental

possibilitar a discussão, compreensão e a participação efetiva da comunidade na

seleção dos resíduos por ela gerados.

A questão do lixo vem sendo apontada pelos ambientalistas como um dos mais graves problemas ambientais urbanos da atualidade, a ponto de ter-se tornado objeto de proposições técnicas para seu enfrentamento e alvo privilegiado de programas de educação ambiental na escola brasileira (LAYRARGUES, 2009, p.179).

De acordo com CONAMA (2001) através da Resolução 275/2001, foi

estabelecido o código de cores a ser adotado na identificação de coletores e

transportadores, para os diferentes tipos de resíduos, bem como nas campanhas

informativas para a coleta seletiva.

Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da

administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades,

devem seguir o padrão de cores estabelecido no anexo da Resolução 275/2001.

A Tabela 2 representa o anexo da Resolução 275/2001 do CONAMA, o qual

estabelece o padrão de cores para a coleta seletiva de resíduos:

COR LEGENDA TIPOS DE RESÍDUOS

AZUL papel/papelão;

VERMELHO plástico;

VERDE vidro;

AMARELO metal;

PRETO madeira;

LARANJA resíduos perigosos;

BRANCO resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;

ROXO resíduos radioativos;

MARROM resíduos orgânicos;

CINZA resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível

de separação.

Tabela 2: Padrão de cores para a coleta seletiva de resíduos Fonte: CONAMA, 2001

Em locais públicos o padrão de cores para a coleta seletiva pode ser

utilizado nas lixeiras para que as pessoas destinem adequadamente seus resíduos

de acordo com o tipo, conforme se apresenta na Figura 2:

Figura 2: Lixeiras para a coleta seletiva de resíduos sólidos Fonte: http://www.google.com.br

Reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento

de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos

materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o

metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da

utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a redução da

quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou

incineração (WIKIPEDIA, 2012).

Paraná (2006) conceitua o Gerenciamento Integrado de Resíduos (GIR)

como sendo a adoção de um conjunto articulado de ações normativas, operacionais,

financeiras e de planejamento, baseadas em critérios sanitários, ambientais e

econômicos, a fim de coletar, tratar e dispor os resíduos sólidos, buscando conhecer

o ciclo completo destes, da geração até o destino final.

Conforme Paraná (2006), a reciclagem considera os resíduos gerados pela

sociedade, como matéria-prima, a qual passa por uma série de processos. Os

materiais, a princípio rejeitados são coletados, tratados, processados e

transformados em novos produtos. O consumo desenfreado da sociedade atual

proporciona a degradação e desperdício dos recursos naturais. A redução do

desperdício e a preservação destes recursos só serão possíveis através do

esclarecimento da população quanto á importância na mudança de seus hábitos e

das dificuldades de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos por ela gerados.

Para Mano, Pacheco e Bonelli (2005), o problema do descarte do lixo está

diretamente relacionado com o aumento crescente de sua produção e à falta de

locais adequados para a sua disposição. A industrialização moderna incorporou na

sociedade novos hábitos de consumo, com o surgimento das embalagens

descartáveis.

Assim, se propõe adotar a filosofia do 3R, que significa reduzir, reutilizar e

reciclar.

A reciclagem não é a forma mais adequada para destinar os resíduos

sólidos, pois antes da reciclagem o ideal seria buscarmos primeiramente reduzir a

geração de resíduos ou quando estes forem gerados procurar reutilizá-los.

Segundo Paraná (2008), as Diretrizes Curriculares Estaduais para a

Educação Básica - DCE, para o Ensino de Ciências no Estado do Paraná, destaca

que as relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

natureza ocorrem em função da busca de condições mais favoráveis à

sobrevivência. Assim, a interferência do ser humano sobre a natureza possibilita

incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos na

coletividade e transmitidos culturalmente ao longo do tempo.

Nessa perspectiva, a gestão integrada dos resíduos sólidos representa um

grande desafio para o município de Salto do Lontra - PR, onde tanto a escola quanto

a comunidade podem exercer um papel fundamental no processo da coleta seletiva

do lixo, contribuindo assim para a conservação e preservação do meio ambiente.

3 Caracterização da Área de Estudo

3.1 Localização

O município Salto do Lontra está situado na região Sudoeste do Estado do

Paraná, na latitude 25 º 47 ' 02 '' S e longitude 53 º 18 ' 31 '' W. A altitude é de cerca

de 620 m acima do nível do mar e área de aproximadamente 312,2 km2 (IPARDES,

2009b).

Figura 3: Mapa de Salto do Lontra-PR Fonte: IPARDES, 2009b

Figura 4: Mapa de Salto do Lontra-PR Fonte: IPARDES, 2009b

Os municípios limítrofes com Salto do Lontra são: Boa Esperança do Iguaçu,

Dois Vizinhos, Enéas Marquês, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu

e Santa Izabel do Oeste.

3.2 População

Segundo dados do IBGE (2010), a população total do município de Salto do

Lontra era de 13.689 habitantes.

De acordo com o IPARDES (2009b), o Índice de Desenvolvimento Humano

médio (IDH–M) é 0,760.

3.3 Geomorfologia

O relevo do Município é constituído de planalto, sendo bastante acidentado,

com superfícies onduladas e por elevações de topo arredondado, por esse motivo,

os terrenos ocupados por lavouras ou por pastagens necessitam de práticas

conservacionistas de solo e plantio em curvas de nível para controle da erosão rural

(SALTO DO LONTRA, 2006).

A Tabela 3 apresenta os percentuais de declividade do relevo do município,

em geral as áreas de pastagens tendem a ocupar áreas das pequenas propriedades

rurais com maior declividade:

Tabela 3: Declividade da área do município de Salto do Lontra Fonte: Emater (2006, apud SCHMITZ, 2007, p.79)

O solo é classificado atualmente como litólico, caracterizado pela presença

de blocos de rocha imersos na massa do solo (SCHMITZ, 2007).

3.4 Hidrografia

Os rios Cotegipe, Jaracatiá e Lontra compõem as três microbacias

hidrográficas de Salto do Lontra, as quais fazem parte da Bacia Hidrográfica do Rio

Iguaçu. A cidade é banhada pelo Rio Lontra. A malha urbana do Município ocupa

importantes áreas de drenagem e córregos afluentes, cujas nascentes estão

bastante ameaçadas, principalmente pela falta de mata ciliar (APP – Área de

Preservação Permanente).

3.5 Clima

O clima é classificado como subtropical úmido mesotérmico (Cfa), com

verões quentes e invernos com geadas pouco frequentes. As maiores concentrações

de chuvas ocorrem nos meses de verão, sem estação seca definida. A média das

temperaturas dos meses mais quentes é superior a 22 Graus centígrados e a dos

meses mais frios é inferior a 18 Graus centígrados.

3.6 Vegetação

A vegetação nativa pode ser definida como Mata de Araucárias ou Floresta

Ombrófila Mista, que é composta basicamente de araucária, canela, angico, louro,

pessegueiro, grápia, entre outras. Porém essa vegetação é muito fragmentada

Declividade Área (hectares)

8 a 20% 14.549,99

20 a 45% 5.934,99

Maior que 45% 4.05

devido à falta de planejamento de uso e ocupação do solo, durante o seu processo

de colonização.

3.7 Histórico do município

Segundo Schmitz (2007) a colonização de Salto do Lontra iniciou por volta

de 1951, quando chegaram as primeiras famílias que posteriormente fundaram uma

vila às margens do Rio Lontra, como foi batizado, devido a grande quantidade de

lontras que existiam ali, na época. Nicolau Inácio é considerado o fundador deste

município, por ter sido um dos pioneiros de maior destaque na época. Por isso, a

principal avenida da cidade, hoje tem o seu nome. A vila passou a se chamar

Lontras, sendo posteriormente mudado para Salto do Lontra, devido á existência de

uma pequena queda d’água no Rio Lontra.

Os primeiros habitantes eram descendentes de alemães, italianos e

poloneses oriundos principalmente dos estados do Rio Grande do Sul e Santa

Catarina, os quais mantiveram aqui suas culturas, hábitos e tradições herdados de

seus antepassados (SCHMITZ, 2007).

O desbravamento da Região Sudoeste foi marcado por muitos conflitos

agrários, envolvendo a disputa de interesses pela terra, entre a CANGO (Colônia

Nacional de General Osório) e a CITLA (Clevelândia Industrial e Territorial Ltda.),

que eram as companhias colonizadoras. Esses conflitos também envolveram Salto

do Lontra, pois os pistoleiros contratados pelas colonizadoras ameaçavam e até

matavam os moradores. Isso fez com que muitas famílias fossem obrigadas a

abandonarem suas propriedades. Esses conflitos só acabaram no ano de 1957 com

a chamada “Revolta dos Colonos”, onde os agricultores de toda a região de

Francisco Beltrão se rebelaram e expulsaram as companhias colonizadoras,

restabelecendo a paz na região (SCHMITZ, 2007).

Ainda segundo a mesma autora o desenvolvimento da cidade ocorre

segundo os períodos seguintes: em 1961, a vila de Salto do Lontra foi elevada a

categoria de Distrito do município de Francisco Beltrão.

A emancipação política e administrativa de Salto do Lontra ocorreu no ano

de 1964, através da Lei Estadual nº 4823, de 18 de fevereiro de 1964, que criou o

Município, o qual foi instalado em 13 de dezembro do mesmo ano, sendo este,

desmembrado de Francisco Beltrão. O primeiro prefeito foi o Médico Dr. Wilson José

da Silva Nunes.

Em 01 de agosto de 1986, foi criada a Comarca de Salto do Lontra, através

da Lei Estadual no nº 8.280/86, de 03 de março de 1986 (SCHMITZ, 2007).

3.8 Dados sócio-econômicos

Em Salto do Lontra, 85,97% dos imóveis rurais são classificados como

minifúndios, e a economia baseia sua arrecadação fundamentalmente na

agropecuária com 73% do total, seguido do comércio com 21% e apenas 6% da

indústria.

Quanto ao uso e ocupação do solo, a área total do município de Salto do

Lontra foi dividida em regiões denominadas Zona Urbana e Zona de Uso

Agrossilvipastoril, sendo que esta última corresponde à porção de território com uso

e ocupação de características não urbanas, com concentração de atividades como

agricultura, pecuária, silvicultura e criações diversas. A distribuição da área total do

município pode ser observada na Tabela 4:

Ocupação do solo Hectares (ha)

Área Rural 30.036

Área Urbana 2.714

Outras 838

Área total do município 33.588

Tabela 4: Ocupação do solo do município de Salto do Lontra em 2005 Fonte: SEMA (2005, apud PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE, 2006)

A economia do município de Salto do Lontra tem base essencialmente

agrícola, com o setor de serviços bem desenvolvido, enquanto a industrialização é

baixa, como podemos observar na tabela 5:

RAMOS DE ATIVIDADES VALOR (R$ 1,00)

Agropecuária 21.962

Indústria 6.168

Serviços 39.406

TOTAL 67.536

Tabela 5: Valor bruto adicionado a preços básicos 2005 Fonte: IPARDES, 2009b

O Produto Interno Bruto do Município no ano de 2007 está representado na

tabela 6 a qual mostra a distribuição do PIB municipal nos diversos segmentos:

Descrição Valor em R$

Valor adicionado bruto da agropecuária 37.769,00

Valor adicionado bruto da indústria 7.792.000,00

Valor adicionado bruto dos serviços 50.831.000,00

Impostos sobre produtos líquidos de subsídios 4.632,000,00

PIB a preços correntes 101.025.000,00

PIB per capita 8.095,00

Tabela 6: PIB do Município de Salto do Lontra – PR em 2007 Fonte: IBGE - Cidades@, 2009. Adaptada por ZANANDRÉA, 2010

Enfatizando que o PIB das cidades brasileiras variam bastante, por exemplo

o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, do município de Francisco Beltrão-PR no

ano de 2009 era de R$ 15.418. (IPARDES, 2012).

4 Resíduos sólidos urbanos em Salto do Lontra - PR

Seguindo o ritmo do crescimento econômico brasileiro que vem ocorrendo

nos últimos anos, o Município de Salto do Lontra também está se desenvolvendo

com crescimento nos diversos setores produtivos. Consequentemente, ocorreu o

aumento da população, principalmente a urbana, trazendo problemas, dentre eles,

maior geração de resíduos sólidos.

Figura 5: Resíduos sólidos dispostos no meio ambiente em Salto do Lontra-PR Fonte: ZANANDREA, 2011

De acordo com o Departamento Municipal de Meio Ambiente e Recursos

Hídricos de Salto do Lontra, no perímetro urbano em 2010 existiam cerca de 2.173

residências e estas produziam em média 2,774 kg/dia de resíduos domiciliares cada

uma, o que representa, aproximadamente, 6 toneladas por dia.

Atualmente, o município não possui um programa de coleta seletiva para a

separação dos materiais inorgânicos dos orgânicos e estes resíduos são coletados

todos juntos através da coleta regular, conforme mostra a Figura 6:

Figura 6: Coleta de resíduos em Salto do Lontra-PR Fonte: ZANANDREA, 2011

Segundo o Censo/IBGE 2010, o Município de Salto do Lontra, possui uma

população de 13.689 habitantes, sendo 7.431 residentes na zona urbana e 6.258 na

zona rural.

De acordo com o Departamento Municipal de Urbanismo (2010), os resíduos

coletados regularmente nos domicílios do perímetro urbano foram em média, acima

de 6 toneladas de resíduos sólidos domiciliares por dia e cerca de 180,632

toneladas de resíduos por mês.

A Tabela 7 apresenta a quantidade, de resíduos sólidos domiciliares

coletados na área urbana do município de Salto do Lontra, durante o mês de abril de

2010:

Tabela 7: Quantidade de resíduos coletada no Município de Salto do Lontra-PR, no período de 01 a 30 de abril de 2010. Fonte: SALTO DO LONTRA, 2010.

Estes dados foram fornecidos pelo Departamento Municipal de Urbanismo

de Salto do Lontra, que fez as pesagens do caminhão para se obter a quantidade de

Dia da semana Quantidade (em kg)

01 Quinta-feira 7.165

02 Sexta-feira 7.660

03 Sábado 3.655

04 Domingo Não coletado

05 Segunda-feira 7.755

06 Terça-feira 7.435

07 Quarta-feira 7.610

08 Quinta-feira 7.620

09 Sexta-feira 7.320

10 Sábado 3.590

11 Domingo Não coletado

12 Segunda-feira 7.670

13 Terça-feira 7.430

14 Quarta-feira 7.755

15 Quinta-feira 7.465

16 Sexta-feira 7.522

17 Sábado 3.605

18 Domingo Não coletado

19 Segunda-feira 7.545

20 Terça-feira 7.700

21 Quarta-feira 7.495

22 Quinta-feira 7.680

23 Sexta-feira 7.520

24 Sábado 3.755

25 Domingo Não coletado

26 Segunda-feira 7.500

27 Terça-feira 7.760

28 Quarta-feira 7.225

29 Quinta-feira 7.560

30 Sexta-feira 7.635

Total 180.632

resíduos produzidos por dia e por mês.

O Município de Salto do Lontra não conta com uma política de planejamento

adequado para a gestão dos resíduos sólidos urbanos. A maior parte dos recicláveis

acaba sendo misturado com os resíduos orgânicos e muitos catadores trabalham

sem organização, treinamento e equipamentos de proteção, ficando sujeitos aos

riscos de contaminação no manuseio dos resíduos, conforme mostra a Figura 7:

Figura 7: Catador de recicláveis em frente à E.E.Jorge de Lima Fonte: ZANANDRÉA, 2011

5 Implementação do Projeto na Escola

A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola foi um

dos requisitos do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria

de Estado da Educação do Paraná (SEED). O trabalho de implementação

caracterizou-se como uma proposta metodológica inovadora, na área de educação

ambiental, a qual envolveu tanto professores quanto alunos da 5a série da Escola

Estadual Jorge de Lima – Ensino fundamental, do município de Salto do Lontra - PR.

Na implementação do Projeto foram elaborados materiais didático-

pedagógicos em consonância com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola,

os quais poderão servir de apoio ao trabalho dos professores de Ciências, para que

busquem sensibilizar os alunos para a percepção dos problemas ambientais

causados pela destinação inadequada dos resíduos.

Figura 9: Lixeiras da Escola Estadual Jorge de Lima

Fonte: ZANANDRÉA, 2011

Foi elaborada uma unidade didática, a qual abordou temas relacionados à

problemática dos resíduos sólidos urbanos, dentro das seguintes linhas:

O lixo jogado no meio ambiente e na escola.

Coleta seletiva dos resíduos sólidos urbanos como fonte de renda com

ganhos ambientais e econômicos, podendo proporcionar a inclusão social e

promover a sustentabilidade.

A prática da compostagem doméstica dos resíduos orgânicos, como forma

de reduzir materiais enviados aos aterros sanitários.

O desenvolvimento do projeto contou com o apoio da Escola Estadual Jorge

de Lima – E.F., professores da rede municipal de ensino, o Departamento Municipal

de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Salto do Lontra - PR e a comunidade.

6 Síntese da implementação

A implementação do Projeto “Educação Ambiental integrada à gestão de

resíduos sólidos urbanos no município de Salto do Lontra-PR”, foi realizada na

Escola Estadual Jorge de Lima – Ensino Fundamental.

Figura 10: Pátio da Escola Estadual Jorge de Lima Fonte: ZANANDRÉA, 2011

O tema central do projeto abordou a problemática dos resíduos sólidos

urbanos, mostrando que a responsabilidade de dar o destino adequado aos mesmos

é de toda a sociedade, pois o tratamento e a destinação adequada dos mesmos

poderão ser feitos começando com pequenas ações e mudanças de hábitos da

população.

No processo de implementação do Projeto foram desenvolvidas as seguintes

ações:

Apresentação do Projeto para a Direção, Professores e Funcionários da

Escola Estadual Jorge de Lima –E.F, de Salto do Lontra-PR;

Encontro com o Departamento Municipal de Meio Ambiente e Recursos

Hídricos para apresentação do Projeto, busca de informações e futuras

parcerias;

Encontro com os Professores de Ciências da Escola e da rede munipal para

diagnosticar as dificuldades dos mesmos trabalharem com a Educação

Ambiental no âmbito dos resíduos sólidos urbanos;

Elaboração dos Materiais Pedagógicos digitais, totalizando 20 horas de

atividades desenvolvidas na Escola;

No projeto foram elaborados materiais didáticos digitais na forma de slides

em PowerPoint, organizados em três arquivos distintos, os quais abordaram os

temas: tema 1 - A Educação Ambiental e os Resíduos Sólidos Urbanos; A coleta

seletiva de resíduos sólidos urbanos; Compostagem de resíduos sólidos domésticos.

O objetivo destes materiais é para subsidiar os professores de Ciências para

que nas suas aulas de Educação Ambiental, possam sensibilizar os alunos para que

os mesmos desenvolvam hábitos ambientalmente adequados e assim contribuam

com o processo de coleta seletiva de lixo no Município.

Trabalhos de campo para diagnosticar os problemas relacionados aos

resíduos jogados nos diversos ambientes da cidade de Salto do Lontra,

registrando-os em fotos;

Realização de palestras aos alunos das 5a séries, da Escola Estadual Jorge

de Lima, E.F.;

Encontro com os Professores de Ciências das escolas estaduais e

professores da rede municipal de educação de Salto do Lontra-PR, para o

repasse do material didático-pedagógico digital e oficinas sobre como utilizá-

los nas aulas de Educação Ambiental.

7 Considerações finais

Para que a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos ocorra

efetivamente no Município de Salto do Lontra-PR, é necessário o envolvimento

conjunto do poder público, escolas, entidades, cooperativas, empresas e da

sociedade em geral, em programas de coleta seletiva e Educação Ambiental.

O processo de gestão integrada dos resíduos sólidos é um grande desafio

para a administração municipal de Salto do Lontra. Nessa perspectiva, o órgão

público deve motivar a sociedade nas questões ambientais, através de alternativas e

conscientizações ao consumo de produtos que proporcionem a redução de resíduos

nos aterros sanitários.

O trabalho de Educação Ambiental deve ser um processo contínuo para que

a sociedade esteja comprometida em defesa ao meio ambiente, reduzindo a

geração de resíduos e destinando adequadamente os resíduos produzidos.

A coleta seletiva é uma das soluções dos problemas relacionados aos

resíduos sólidos urbanos, e consequentemente contribui com a preservação do meio

ambiente e a melhoria da qualidade de vida.

A sensibilização da população através de um processo contínuo de

Educação Ambiental é indispensável para o sucesso da implantação de um

programa de coleta seletiva, pois este depende do grau de envolvimento dos

diferentes agentes da sociedade.

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