Economia internacional, ascensão da China e inserção ... · elementos da crise europeia....
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Economia internacional, ascensão da
China e inserção brasileira: dimensões
econômicas, políticas e regionais
Eduardo Costa Pinto
Professor de Economia Política do Instituto
de Economia da UFRJ
Rio de Janeiro/RJ
Estrutura da Apresentação
•Parte I – A dinâmica internacional da década de 2000 (antes e depois da crise): elementos gerais
•Parte II – BRICS, a ascensão da China e novas tendências do capitalista
•Parte III – Inserção da economia brasileira e bloco no poder
•Parte IV – Elementos para pensar a questão regional
Parte IA dinâmica internacional da
década de 2000 (antes e depois da crise de 2008): elementos
gerais
Região/país 1990-99* 2000 2001 2002 2003 2003-07* 2008 2009
Mundo 2,9 4,8 2,3 2,9 3,6 4,7 3,0 -0,6
Países desenvolvidos 2,7 4,1 1,4 1,7 1,9 2,7 0,6 -3,2
- EUA 3,1 4,1 1,1 1,8 2,5 2,8 0,4 -2,4
- Área do Euro 1,9 3,9 1,9 0,9 0,8 2,1 0,6 -4,1
Países em desenvolvimento3,3 6,0 3,8 4,8 6,2 7,4 6,1 2,4
África 2,3 3,4 4,9 6,5 5,4 6,0 5,1 2,4
América Latina e Caribe 2,9 4,2 0,7 0,6 2,2 4,8 4,3 -1,8
- Brasil 1,7 4,3 1,3 2,7 1,1 3,9 5,1 -0,2
Ásia 7,2 - 5,8 6,9 8,1 9 7,9 6,6
- China 10,0 8,4 8,3 9,1 10,0 11,0 9,6 8,7
- Índia 5,6 5,7 3,9 4,6 6,9 8,6 7,3 5,7
Fonte: FMI/ Estatística Financeira Internacional (EFI)
Taxas de crescimento real do PIB: 2000-2009 (%)
Expansão da economia mundial no início
do sec. XXI: o eixo sino-americano
Forte expansão da economia mundial entre 2003 e 2007
O que teria mudando nos eixos da dinâmica capitalista no início do século XXI em relação à década de 1990 que teria gerado esses resultados?
Quais teriam sidos os elementos indutores deste crescimento?
Dinâmica da Economia Internacional
pós-crise•As economias centrais (EUA e Europa) não conseguiram restabelecer as taxas de crescimento anterior a crise (com a exceção da Alemanha)
•Economias em desenvolvimento já obtiveram crescimento próximo ao observado antes da crise
•Países em desenvolvimento (notadamente o grupo BRICS) passaram a contribuir para o crescimento numa proporção maior do que os desenvolvidos
Dilema dos EUA
O problema não é o endividamento público, mas
sim:
• A depressão econômica (baixo crescimento
dos investimentos e do PIB, elevado
endividamento das famílias, alto nível de
desemprego);
• Crise política que dificulta a adoção de
medidas (notadamente a fiscal) que
estimulem o crescimento.
Europa: estagnação e elevação do risco
soberano
• As taxas de crescimento econômico previstas
para os próximos anos não passaram de 1% ao
ano;
• A taxa de desemprego da região prevista para
2013 ainda será (cerca de 30%) maior do que a
verificada antes da crise;
Europa: estagnação e elevação do risco soberano
• O custo fiscal da crise (aumento do
endividamento público)
• O comércio internacional tem sido uma
importante (e rara) fonte de dinamismo
econômico para a região, especialmente para a
Alemanha
O risco soberano dos PIGS (Portugal, Irlanda,
Grécia e Espanha)
• O desemprego atinge, em 2011, cerca de 17,3% da
população economicamente ativa na Grécia; 14,4% na
Irlanda, 12,7% em Portugal e 21,6% na Espanha
• O PIB destas economias em 2011 ainda será
significativamente inferior ao verificado em 2008;
• O aumento do endividamento público
População (milhões pessoas)
Fonte: Banco Mundial. Elaboração própria
Total % Total %
Brasil 171 2,9% 195 3,3%
Rússia 146 2,5% 142 2,4%
Índia 1.024 17,2% 1.207 20,2%
China 1.267 21,2% 1.348 22,6%
Mundo 5.971 100,0% 6.834 114,5%
Países e Região2000 2010
População urbana (% do total)
Fonte: Banco Mundial. Elaboração própria
81,2 84,2 86,573,4 72,9 72,8
35,8 40,4 44,927,7 28,7 30,1
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
2000 2005 2010
Brasil Rússia China Índia
Taxa de variação do PIB (%) (média anual)
Fonte: Banco Mundial. Elaboração própria
Países 2000-2011 2003-2007 2009-2011
Brasil 3,6 4,2 3,3
Rússia 5,3 7,1 0,3
Índia 7,3 8,2 8,1
China 10,2 11,3 9,6
Mundo 3,7 4,4 2,8
PIB per capita(US$)
Fonte: Banco Mundial. Elaboração própria
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Brasil Rússia Índia China
Participação no PIB global (dólar corrente) – regiões
e China (em %)
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do International Monetary
Fund: World Economic Outlook Database, abril 2012
(**) Estimativa
Região/país 1990 2000 2008 2009 2010 2011 2012* 2013*
Países desenvolvidos 79,9 79,7 68,8 68,6 65,7 63,8 62,3 61,3
Países em desenvolvimento 20,1 20,3 31,2 31,4 34,3 36,2 37,7 38,7
Ásia 5,0 7,2 12,2 13,7 15,2 16,2 17,1 17,9
- China 1,8 3,7 7,4 8,6 9,4 10,5 11,1 11,6
Contribuição ao crescimento do PIB global (em
dólar corrente) (Em %) – regiões e China
Fonte: Direção de Estatísticas Comerciais/FMI. Elaboração própria
Região/país 1981-90 1991-00 2001-10 2002-07 2008 2009 2010 2011* 2012*
Países desenvolvidos 82,8 80,3 52,0 61,3 40,7 -70,0 33,6 49,3 41,8
- EUA 26,3 41,5 15,7 15,9 5,5 -7,5 10,8 9,9 17,0
Países em desenvolvimento 17,2 19,7 48,0 38,7 59,3 -30,0 66,4 50,7 58,2
Ásia 4,0 12,1 22,8 15,2 24,7 14,3 30,3 18,1 27,4
- China 1,6 8,1 15,2 9,2 18,4 14,1 17,8 11,1 18,1
Evolução das exportações, importações e corrente de comércio da China - valor (em bilhões US$ corrente) e
participação mundial (%)
(*) Acumulado dos três primeiros semestres do ano
Fonte: Direção de Estatísticas Comerciais/FMI. Elaboração IPEA
US$ milhões
Valor % Valor % Valor %
1980-89 31 1,4 35 1,6 66 1,5
1990-99 129 2,9 114 2,6 243 2,6
2000 249 3,9 225 3,4 474 3,7
2001 266 4,3 244 3,8 510 4,1
2002 326 5,1 295 4,5 621 4,8
2003 438 5,9 413 5,3 851 5,6
2004 593 6,5 561 5,9 1.155 6,2
2005 762 7,3 660 6,1 1.422 6,7
2006 969 8,0 792 6,4 1.761 7,2
2007 1.218 8,8 956 6,7 2.174 7,7
2008 1.429 8,9 1.132 6,9 2.560 7,9
2009 1.202 9,7 1.004 7,9 2.206 8,8
2010* 990 10,4 886 9,0 1.876 9,7
ImportaçõesExportaçõesCorrente de
Comércio
Tendências estruturais da economia mundial
• Elevação (e manutenção em níveis altos em termos históricos recentes) dos preços internacionais das commodities decorrente do efeito direto e indireto da demanda chinesa e também da elevação dos custos de produção desses produtos;
• Redução e/ou estabilização dos preços mundiais dos produtos industriais fruto da pressão competitiva da produção industrial da China (que combina salários baixos, economias de escala e de escopo, novas formas de organização e gestão da produção - tecnologia frugal, produção modular, etc. );
Tendências estruturais da economia mundial e China
• Manutenção dos termos de troca favorável aos países em desenvolvimento (relaxando a restrição externa), especialmente os africanos e latino-americanos que exportam commodities. Esta condição é uma decorrência da primeira e da segunda tendências;
• Ampliação mundial do consumo de massa em virtude da mudança de preço relativo entre manufaturas e salários que vem permitindo o acesso produtos indústrias a segmentos da população mundial que até então viviam na condição de subsistência. Esta condição é uma decorrência das três tendências acima, especialmente da segunda
Variações (%) dos preços e termo de troca (Mundo)
– 1994-2013
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados do International Monetary
Fund: World Economic Outlook Database, abril de 2012
1994-03 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Preços(US$) (bens)
Manufaturas 0,2 5,1 2,7 2,5 6,0 6,7 -6,6 2,4 7,2 0,2 0,2
Petróleo 5,6 30,7 41,3 20,5 10,7 36,4 -36,3 27,9 31,6 10,3 -4,1
Commodities não combustível -0,3 15,2 6,1 23,2 14,1 7,5 -15,7 26,3 17,8 -10,3 -2,1
Alimentos -0,8 14,0 -0,9 10,5 15,2 23,4 -14,7 11,5 19,7 -7,5 -3,1
Metal 1,4 34,6 22,4 56,2 17,4 -7,8 -19,2 48,2 13,5 -10,5 -0,7
Preços(Euro) (bens)
Manufaturas 0,6 -4,4 2,5 1,7 -2,9 -0,7 -1,4 7,5 2,2 6,0 0,1
Petróleo 6,0 18,9 41,0 19,5 1,4 27,1 -32,7 34,3 25,5 16,7 -4,2
Commodities não combustível 0,0 4,8 5,9 22,3 4,5 0,1 -10,9 32,6 12,3 -5,1 -2,2
Alimentos -0,5 3,7 -1,1 9,6 5,6 14,9 -9,8 17,0 14,1 -2,1 -3,2
Metal 1,8 22,4 22,2 55,0 7,5 -14,1 -14,6 55,5 8,3 -5,3 -0,7
Termos de Troca
Países desenvolvidos 0,1 -0,7 -1,6 -1,3 0,4 -2,5 3,6 -1,1 -1,5 -1,0 -0,1
Países em desenvolvimento 0,6 3,9 5,7 2,9 1,1 2,8 -4,8 1,8 4,3 0,4 -1,4
África sub-saariana - 5,0 10,6 7,7 4,1 10,6 -13,9 11,0 7,9 1,5 -2,4
América Latina e Caribe 1,1 5,9 4,8 6,6 1,6 3,0 -7,8 10,5 8,0 -3,0 -1,0
Ásia -0,8 1,1 -0,9 -0,8 0,0 -3,2 5,5 -6,3 -1,1 -1,1 -0,2
Projeção
(abr/2012)Região/país
Períodos
Commodity Price Index: Petroleum,spot: Average crude price: Spot (2005=100) – jan.1990-jan.2012
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
jan/90
jan/92
jan/94
jan/96
jan/98
jan/00
jan/02
jan/04
jan/06
jan/08
jan/10
jan/12
Fonte: FMI
Índice de Preços das Commodities: metais (2005=100)
Fonte: FMI
-30,00
20,00
70,00
120,00
170,00
220,00
270,00
China: Balanço de commodities agrícolas –milhões de toneladas
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Produção 15,4 15,4 16,5 15,4 17,4 16,4 15,1 13,4 15,5 15,0 15,1 13,5
Consumo 26,7 28,3 35,3 34,4 40,2 44,4 46,1 49,8 51,4 59,4 66,0 70,1
Balanço -11,3 -12,9 -18,8 -19,0 -22,8 -28,1 -31,0 -36,4 -35,9 -44,5 -50,9 -56,6
% Mundo 15,6 15,4 18,5 18,2 19,7 20,6 20,5 21,7 23,3 25,0 26,3 27,7
Produção 106,0 114,1 121,3 115,8 130,3 139,4 151,6 152,3 165,9 164,0 177,2 191,8
Consumo 120,2 123,1 125,9 128,4 131,0 137,0 145,0 150,0 153,0 165,0 180,0 188,0
Balanço -14 -9 -5 -13 -1 2 7 2 13 -1 -3 4
% Mundo 19,8 19,8 20,1 19,8 19,1 19,4 20,0 19,4 19,6 20,2 21,2 21,8
Soja
Milho
Fonte: USDA
Variáveis Países 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Brasil 81,7 - 95,3 79,3 81,3 69,9 65,9 60,4 61,7 53,5 55,8 -
Rússia 11,3 - 12,2 9,5 10,5 10,3 10,7 14,0 14,5 13,1 11,5 -
Índia - - - - - - 7,5 - - - - -
China 10,9 - - 13,9 - - 17,9 - - - - -
Brasil 29,0 - 30,9 27,7 27,5 24,2 22,3 23,1 21,6 20,6 20,6 -
Rússia 7,1 - 7,5 6,2 6,7 6,7 6,8 8,5 8,8 8,1 7,3 -
Índia - - - - - - 4,9 - - - - -
China 7,2 - - 8,9 - - 9,6 - - - - -
Brasil 21,32 - 21,7 20,2 20,6 18,6 16,6 14,4 13,2 11,3 10,8 -
Rússia - - - - - - - - - - - -
Índia - - - - - - 75,6 - - - - 68,7
China 61,44 - 51,2 - - 36,9 - - 29,8 - -
Renda dos 10% mais ricos em
relação aos 10% mais pobres
Renda dos 20% mais ricos em
relação aos 20% mais pobres
Participação da população que
ganha menos do que US$ 2 por
dia (PPP) (% da população)
Balanço de Pagamento, investimento direto e em carteira
e transações correntes (US$ bilhões)
Fonte: Bacen
-60,0
-40,0
-20,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Balanço de pagamentos Transações correntes
Investimento direto Investimento em carteira
Exportações, importações e saldo comercial
brasileiro (US$ bilhões)
Fonte: Bacen
-1 313
25 34 45 46 40 25 25 20 30 19
55 58 6073
96
118
138
161
198
153
202
256243
56 5647 48
63
7491
121
173
128
182
226 223
-20
40
100
160
220
280
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Balança comercial Exportação de bens Importação de bens
Reservas internacionais no Banco Central
(US$ Bilhões)
Fonte:Bacen
Reservas internacionais - Conceito liquidez ago/11; 353,4
ago/12; 377,2
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
350,0
400,0
jan/
03
jul/0
3
jan/
04
jul/0
4
jan/
05
jul/0
5
jan/
06
jul/0
6
jan/
07
jul/0
7
jan/
08
jul/0
8
jan/
09
jul/0
9
jan/
10
jul/1
0
jan/
11
jul/1
1
jan/
12
jul/1
2
Evolução do índice do termo de troca
(jan2000/mar2013) (mensal)
Fonte: IPEADATA
80,0
90,0
100,0
110,0
120,0
130,0
140,0
2000
.01
2000
.08
2001
.03
2001
.10
2002
.05
2002
.12
2003
.07
2004
.02
2004
.09
2005
.04
2005
.11
2006
.06
2007
.01
2007
.08
2008
.03
2008
.10
2009
.05
2009
.12
2010
.07
2011
.02
2011
.09
2012
.04
2012
.11
Participação das Exportações por setores produtivos 1995/2010
(%)
80,3 81,5 79,569,9
8,7 8,38,0
9,8
6,5 7,2 10,417,8
4,6 3,0 2,1 2,2
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
1º FHC 2º FHC 1º Lula 2º Lula
Indústria de Transformação Agropecuária Extrativismo Mineral
Outros não industriais Não classificado
Fonte: SECEX/MDIC
Saldo Comercial por setores produtivos 1995/2010 (US$
bilhões; valor acumulado para os períodos)
1º FHC 2º FHC 1º Lula 2º Lula
Indústria de Transformação -27,4 -0,3 110,4 -15,0
Agropecuária 7,9 11,8 26,8 56,8
Extrativismo Mineral -2,9 -0,5 5,4 53,2
Petróleo e gás natural -11,1 -9,9 -13,2 -8,5
Minério de Ferro 11,3 11,8 24,5 69,2
Outros não industriais -0,1 0,0 -0,1 1,3
Não classificado 0,0 3,0 7,6 14,2
Total -22,5 13,9 150,1 110,5
Fonte: FUNCEX/MDIC
Saldo Comercial da indústria de transformação por Intensidade
Tecnológica (US$ bilhões; valor acumulado para os períodos)
1º FHC 2º FHC 1º Lula 2º Lula
Indústria de Transformação -27,4 -0,3 110,4 -15,0
Baixa Inten. Tecno. 41,2 55,4 111,1 156,4
Média-Baixa Inten. Tecno. 5,4 5,6 38,3 15,8
Média-Alta Inten. Tecno. -41,4 -35,4 -5,8 -101,1
Alta Inten. Tecno. -32,6 -25,9 -33,3 -86,0
Fonte: FUNCEX/MDIC
Saldo Comercial por setores produtivos 2000/2010 (US$ bilhões)
Fonte: FUNCEX/MDIC
-30,4
16,6
30,1
3,6
-35,0
-30,0
-25,0
-20,0
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Indústria de Transformação Agropecuária
Extrativismo Mineral Não classificado
Dominados(subproletariado)
Evolução do estoque e fluxo de
riqueza das frações dominantes:
(luta econômica de classe)
Hegemonia àsavessas(Cena Política)
Condicionantes externos:novo eixo sino-americano e a
inserção externa brasileira
Condicionantes internos:
política econômica e desempe-
nho macroeconômico
(luta política de classe)
Lulismo: carisma, transferência de renda e populismo cambial
Bloco de Poder (Práticas Políticas)
Geral Principais Gêneros Fração da classe dominante
Agricultura
Alimentos
Bebidas
Cana/Açucar/Álcool
Fumo
Madeiras e Movéis
Pecuária
CC CC Construção Civil Construção Grande burguesia nacional
Celulose e Papel
Metalurgia e Siderurgia
Materiais de
Mineração
Petróleo, Gás e Refino
Química e Petroquímica
Equipamentos Eletro-
eletrônicos
Farmacêuticos
Maquinário
Material de Transporte
Borracha e Plásticos
Higiene e limpeza
Impressão e Edição
Têxtil, Vestuário e
Distribuição de Gás e
Água
Geração e Distribuição
de Energia Elétrica
Saneamento
Telecomunicações
Comércio Atacadista
Comércio Exterior
Comércio Varejista
Propaganda, Rádio e
Televisão
Serviços Especializados
Bancos
Corretoras de Valores
Seguro
AG
Grande burguesia nacional
e internacional do
agronegócio (forte
orientação para o mercado
externo)
Grande burguesia
industrial e SPE* (forte
orientação para o mercado
externo)
Grande burguesia bancária-
financeira nacional e
internacional
SF Setor Financeiro
AG Agronegócio,
pecuária e indústria
intensiva em recursos
naturais
ID - Indústria
Difusora de
Tecnologia (Intesivos
em Tecnologia)
Grande burguesia
industrial interna(nacional)
e internacional (forte
orientação para o mercado
interno)
Grande burguesia comercial
nacional (forte orientação
para o mercado interno)
Grande burguesia interna
industrial (forte orientação
para o mercado interno)
Grande burguesia nacional
e internacional e SPE* (forte
orientação para o mercado
interno)
Setores
SFSetor
Financeiro
IT - Indústria
Tradicional (Intensiva
em mão-de-obra)
SI Serviços de Infra-
estrutura
SO Outros Seviços
S
I
IC - Indústria de
Commodities
intensiva em capital
Setor não-
Financeiro
Classificação setorial adotada para o principal setor de atividade dos grupos econômicos
Nota: * SPE – Setor produtivo estatal Fonte: Kupfer (2001) e Rocha & Kupfer (2002). Elaboração própria
Evolução da participação (%) do patrimônio líquido por setores de atividade
4 , 8 4 , 8 5 , 6 5 , 3
4 , 9 6 , 4 5 , 3 4 , 6
2 3 , 3 2 3 , 6
3 3 , 1 3 7 , 4
4 , 9 4 , 2
3 , 2
4 1 , 13 5 , 1
2 7 , 4 2 2 , 5
2 , 7
3 , 82 , 8
1 6 , 42 0 , 7 2 1 , 7 2 4 , 1
2 , 1 1 , 11 , 2
1 , 41 , 8
2 , 5
0 %
1 0 %
2 0 %
3 0 %
4 0 %
5 0 %
6 0 %
7 0 %
8 0 %
9 0 %
1 0 0 %
1 º F H C 2 º F H C 1 º L U L A 2 º L u l a ( 1 º A n o )
S F
S O
S I
I T
I D
I C
C C
A G
Nota: Setores: AG – Agronegócio; CC – Construção Civil; IC – Indústria de Commodities; ID – Indústria
Difusora; IT – Indústria Tradicional; SI – Serviços de Infra-estrutura; SO – Outros Serviços; SF
– Setor Financeiro
Fonte: Banco de Dados da Pesquisa. Elaboração própria a partir das informações do Balanço Anual da Gazeta
Mercantil
Evolução real dos Lucros Líquidos do IC e SF
(1995 = base deflacionado pelo IPCA) (R$ bilhões)
2,0 2,1
14,112,5
22,6
27,6
31,8 31,4
36,1
-2,8
5,6
9,410,4
12,1
14,8
21,1
27,5
4,2 3,34,0
7,7
-0,7
5,9
3,5
7,3
11,2
IC:y = 3,1093tend - 6,4244
R2 = 0,8863
SF:y = 1,9853tend - 4,2471
R2 = 0,8756
-10,00
-5,00
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
IC
SF
Linear (IC)
Linear (SF)
Nota: Setores: AG – Agronegócio; CC – Construção Civil; IC – Indústria de Commodities; ID – Indústria
Difusora; IT – Indústria Tradicional; SI – Serviços de Infra-estrutura; SO – Outros Serviços
Origem do Capital: E – Empresa Estatal; M – Empresa Multinacional; N – Empresa Privada Nacional
Fonte: Banco de Dados da Pesquisa. Elaboração própria a partir das informações do Balanço Anual da Gazeta
Mercantil
Evolução da Participação (%) dos Lucros Líquidos por Setores de Atividade
8 ,4 7 ,0 4 ,9 4 ,2
8 ,0 7 ,4
2 2 ,0
4 0 ,0 5 2 ,0
4 4 ,0
6 ,8
2 ,83 6 ,0
6 ,9
7 ,5
1 0 ,7
6 ,3
0 ,1
2 ,2
2 ,2
1 1 ,5
3 5 ,02 6 ,7
3 3 ,5
2 ,6 2 ,6
2 ,51 ,6
1 ,0
1 ,0
1 ,2
1 ,2
0 %
1 0 %
2 0 %
3 0 %
4 0 %
5 0 %
6 0 %
7 0 %
8 0 %
9 0 %
1 0 0 %
1 º F H C 2 º F H C 1 º L U L A 2 º L u la (1 º A n o )
S F
S O
S I
IT
ID
IC
C C
A G
Nota: Setores: AG – Agronegócio; CC – Construção Civil; IC – Indústria de Commodities; ID – Indústria
Difusora; IT – Indústria Tradicional; SI – Serviços de Infra-estrutura; SO – Outros Serviços
Fonte: Banco de Dados da Pesquisa. Elaboração própria a partir das informações do Balanço Anual da Gazeta
Mercantil
Evolução da Taxa de Lucro do Setor
Financeiro e Não-Financeiro 1995-2007 (%)
2,7 3,5
8,0
4,63,3
10,6
8,4
4,6
12,814,4
15,5 14,815,812,3
7,0
13,0
9,4
15,0
17,5
15,5 15,2
23,1
25,1
21,3
-5,7
-1,3
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
SNF SF
Nota: Setores: SNF – Setor Não-Financeiro; SF – Setor Financeiro
Fonte: Banco de Dados da Pesquisa. Elaboração própria a partir das informações do
Balanço Anual da Gazeta Mercantil
Evolução da Taxa de Lucro do IC e SF - 1995-2007 (%)
-5,7
9,4
15,5 15,2
21,3
3,1
21,7
16,9
25,5 26,225,1
-1,3
12,3
7,0
13,0 15,0
17,5
25,123,1
2,76,1
4,86,3
10,5
20,821,2
IC/y = 2,0139tend + 0,576
R2 = 0,7172
SF/y = 2,0633tend - 1,567
R2 = 0,8119
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
SF
IC
Linear (IC)
Linear (SF)
Nota: Setores: IC – Indústria de Commodities; SF – Setor Financeiro
Fonte: Banco de Dados da Pesquisa. Elaboração própria a partir das informações do Balanço Anual da Gazeta
Mercantil
Principais fatos estilizados do estoque e do fluxo de riqueza das frações do bloco no poder, sob o governo Lula
Grande burguesia nacional e internacional do agronegócio => manutenção do estoque de riqueza e fluxo de riqueza instável; (manteve sua posição de significativo poder)
Grande burguesia internacional e nacional que orienta sua produção o mercado interno (CC, S, IT e ID) => redução do estoque de riqueza em virtude da queda relativa do fluxo de riqueza com melhora relativa entre 2007 e 2010;
Grande burguesia industrial que orienta sua produção ao mercado externo (commodities) => forte elevação do estoque de riqueza em virtude do aumento relativo do fluxo de riqueza (subiu );
Grande burguesia bancária-financeira => estabilidade intertemporal relativa do estoque de riqueza, manutenção de elevados fluxos de riqueza, bem como de altas taxas de retorno (manteve sua posição).
Participação das Grandes Regiões e Unidades da Federação no Produto Interno Bruto - 2002-2010
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Var. da
participação
2010-02 (%)
Brasil 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Norte 4,7 4,8 4,9 5,0 5,1 5,0 5,1 5,0 5,3 14%
Pará 1,7 1,8 1,8 1,8 1,9 1,9 1,9 1,8 2,1 19%
Nordeste 13,0 12,8 12,7 13,1 13,1 13,1 13,1 13,5 13,5 4%
Sudeste 56,7 55,8 55,8 56,5 56,8 56,4 56,0 55,3 55,4 -2%
Minas Gerais 8,6 8,8 9,1 9,0 9,1 9,1 9,3 8,9 9,3 8%
Espírito Santo 1,8 1,8 2,1 2,2 2,2 2,3 2,3 2,1 2,2 20%
Rio de Janeiro 11,6 11,1 11,5 11,5 11,6 11,2 11,3 10,9 10,8 -7%
São Paulo 34,6 34,1 33,1 33,9 33,9 33,9 33,1 33,5 33,1 -4%
Sul 16,9 17,7 17,4 16,6 16,3 16,6 16,6 16,5 16,5 -2%
Centro-Oeste 8,8 9,0 9,1 8,9 8,7 8,9 9,2 9,6 9,3 6%
Mato Grosso do Sul 1,0 1,1 1,1 1,0 1,0 1,1 1,1 1,1 1,2 13%
Mato Grosso 1,4 1,6 1,9 1,7 1,5 1,6 1,8 1,8 1,6 12%
Goiás 2,5 2,5 2,5 2,4 2,4 2,5 2,5 2,6 2,6 2%
Grandes Regiões
e
Unidades da Federação
Participação no Produto Interno Bruto (%)
Fonte: IBGE