Índice

Capítulo 1 – Consumismo 3

Capítulo 2 – Por que dizer não? 5

Capítulo 3 – Como dizer não? 6

Capítulo 4 - Breve educação financeira 7

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Capítulo 1 – Consumismo

O consumo representa uma grande parcela de nossa vida, pois precisamos adquirir bens para suprir nossas necessidades alimentares, moradia, educação, vestuário, lazer. Porém os assédios da mídia e da comunicação mercadológica, aliados a nossa falta de autoconhecimento, interferem em nossa forma de consumir e acabamos nos tornando consumistas.

O termo consumismo, muitas vezes utilizado erroneamente como sinônimo de consumo, refere-se ao consumo exagerado, ou seja, o consumo influenciado por modismos, novelas, desfiles, comerciais, entre outros que nos fazem consumir sem senso crítico.

Essa falta de senso crítico no momento de consumir pode nos trazer uma série de prejuízos como dívidas, dependência em consumir, estresse familiar, sentimento de culpa etc.

A partir disso muitas pessoas começaram a procurar soluções para esses problemas e uma delas é o consumo saudável, já que não é possível evita-lo.

O primeiro fundamento do consumo saudável baseia-se em três perguntas:

Muitas pessoas conseguiram se livrar de dívidas, da dependência em comprar, ou seja, não ficar feliz somente quando estiver consumindo, economizar, conseguir atingir metas mais elaboradas, entre outras conquistas.

Porém não é possível fazer isso com crianças, pois suas estruturas cerebrais ainda estão em formação e a estrutura responsável pelo senso crítico e tomada de decisão, também conhecida como córtex pré-frontal, ainda não está totalmente desenvolvida.

Sendo assim, as crianças se tornam um alvo fácil de ser atingido pelas agências publicitárias, tanto por serem mais influenciáveis quanto pela falta de controle que os pais têm sobre elas hoje em dia.

Todos vocês já devem ter presenciado ou vivido essa cena:

Preciso deste produto?

Possuo condições

para comprar?

Posso deixar para comprar

amanhã?

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E por que isso acontece? PORQUE É DIFÍCIL DIZER NÃO!

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Capítulo 2 – Por que dizer não?

Você sabia que a maioria dos produtos consumidos por uma família são escolhidos pelas crianças?

Em um orçamento familiar, além dos gastos fixos de nossos filhos como educação, vestimenta e lazer, os gastos supérfluos geralmente têm atingido um nível muito acima do esperado. Isso têm deixado os orçamentos cada vez mais desorganizados.

Com todos esses estímulos ao consumo, a falta de senso crítico e o fato de eles não entenderem muito bem como funciona o dinheiro, como dizer ao seu filho que você já gastou muito esse mês e que não dá para comprar o que ele quer?

Provavelmente esta será a reação dele(a):

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Capítulo 3 – Como dizer não? 

A melhor solução para que nossos filhos saibam consumir de forma saudável é educa-los financeiramente.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a educação financeira é o processo em que através da informação, formação e orientação a pessoa seja capaz de compreender os conceitos e produtos financeiros.

Mas se isso já é difícil para um adulto, imagine para uma criança. Por isso a primeira coisa a ser feita é pensar em sua própria vida financeira, caso tenha dificuldade existem diversos programas que podem te auxiliar.

Você já ouviu falar em ensino lúdico?

Lúdico é uma atividade que está associada ao prazer e a vida, ou seja, deve ser uma vivência prazerosa, espontânea, que desperte a criatividade e que não envolva obrigações. Portanto a melhor forma de fazer seu filho entender como funciona o dinheiro é criar brincadeiras com associações sobre esse tema ao longo de seu desenvolvimento.

Existem diversos jogos que te auxiliam no ensino lúdico:

Mas como dizer não, ou melhor, como prevenir ter que dizer não?

Em uma situação prática como ir ao mercado pode ser fácil identificar essa demanda. Vejo muitos profissionais da área financeira aconselhando seus clientes a não levarem seus filhos ao mercado para economizarem, porém o mercado é um cenário excelente para práticas educativas financeiras.

O mercado é quase mágico para as crianças, se pararmos para observar, conforme citado acima, o mercado possui quase todas as características que fazem as crianças quererem consumir (produtos associados a personagens famosos, produtos que oferecem brindes e jogos e embalagens coloridas e atrativas), sendo assim é muito improvável que uma criança vá ao mercado e não peça nada, muito pelo contrário, na maioria das vezes vejo as crianças querendo tudo o que vêm pela frente, o que prejudica o orçamento esperado.

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Capítulo 4 - Breve educação financeira

Como o mercado pode se transformar em um ambiente educativo?

1. Peça ajuda para montar a lista de compras do mercado:

Quando você for listar os produtos necessários para a compra, chame seu filho para fazer parte. Peça ajuda para ver o que está faltando no armário e quando estiver terminando a lista pergunte um item que ele quer, coloque na lista e combine com ele que ele poderá trocar o item quando estiver comprando, porém não poderá pegar mais de um, apenas um. Reforce o combinado, pois ele não poderá ser quebrado.

2. Mude o item se necessário:

Quando vocês estiverem no mercado faça as compras seguindo a lista conferindo preços, prestando atenção às datas de validade e ticando o que já foi comprado (para ele ir aprendendo). Quando chegar no item dele diga que ele poderá mudar se quiser.

3. Hora de dizer não:

Se seu filho te pedir algo à mais do que o item combinado e escolhido por ele, reforce que vocês combinaram que ele teria direito a um item e que só poderia trocá-lo. Caso ele insista diga que esse item poderá ficar para a próxima compra. Não ceda, se você ceder todo o aprendizado será perdido!

4. Recompensa:

a) Ele cumpriu o combinado sem titubear: Parabenize seu filho e dê uma recompensa.

b) Ele cumpriu mas tentou quebrar o combinado: Parabenize e diga o quanto um combinado é importante.

c) Ele não cumpriu e fez birra: O correto seria puni-lo para que o comportamento não se repita, porém cabe aos pais decidirem como agir.

d) Ele não cumpriu e você cedeu: O correto seria você prestar atenção para na próxima vez não ceder à vontade dele para que seu filho tenha uma boa educação financeira.

Esse exercício pode ser um pouco difícil no começo pois nossa mente é dividida em mente inconsciente (piloto automático) e consciente (controle manual).

A mente inconsciente representa nossos impulsos ou comportamentos automatizados, ou seja, que fazemos sem pensar muito. Já a mente consciente envolve o senso crítico, que conforme já citado, ainda não está totalmente desenvolvido em crianças. Porém se esse exercício for realizado diversas vezes ele se tornará um comportamento automatizado/hábito, assim como vestir uma roupa, quando pequeno você o ensina a se vestir e no início ele tem muita dificuldade mas a cada dia ele se

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veste melhor e mais rápido, isso acontece porque o comportamento de se vestir se torna um comportamento automatizado por ter sido repetido diversas vezes.

Além do exercício desenvolver um hábito saudável em seu filho, ele aprenderá a ser organizado com a montagem da lista, fazer compras através da experiência, tomar decisões por ter que escolher entre um item ou outro, desenvolver o senso crítico por aprender a manter um combinado, lidar com frustrações por não ter tudo o que quer a hora que quer e torna-lo mais responsável.

Caso você queira educar seu filho financeiramente, confira o ebook “Educação financeira para pais e filhos” e veja como você pode fazer a diferença na vida de seu filho.

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“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”

Cora Coralina

Autora

Co-autora

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Ana Cláudia Rodrigues, atua como Coach de Atitude, treinadora comportamental e palestrante. Economista pelo Mackenzie e Administradora pelo SENAI. Com especializações em Coach, pelo ICF, Coach de Atitude pela Atitude Emocional, Practitioner em PNL pela The Next Level Institute e atualmente especializando-se em psicodrama. Diretora das mídias sociais @atitudenasfinancas do grupo @atitudemocional.

Larissa Aragão, psicóloga em formação, engajada em iniciação científica pelo CNPQ e conhecimentos em Recrutamento e Seleção. Estagiária do Grupo Atitude Emocional.

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