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Estruturas de betão Secção Autónoma de Engenharia Civl Esforços normais e de flexão Universidade de Aveiro Paulo Barreto Cachim 2 Bases de cálculo Princípio da equivalência Este princípio surge directamente da mecânica clássica e impõe que: os esforços interiores, as forças interiores e as tensões interiores de uma secção têm que ser equivalentes Na figura apresenta-se a equivalência entre diferentes sistemas de solicitações numa secção de betão armado. É importante ter em atenção que o princípio da sobreposição não é válido para secções fissuradas. Condições de compatibilidade Esta hipótese admite que para as peças lineares admite-se que as secções planas antes da deformação se mantêm planas após a deformação (hip. de Bernoulli) Notar que na proximidade da fenda esta hipótese não é estritamente válida devido ao escorregamento entre o varão e o betão nesta zona (falha de aderência).

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  • Estruturas de beto Seco Autnoma de Engenharia Civl Esforos normais e de flexo Universidade de Aveiro

    Paulo Barreto Cachim 2

    Bases de clculo

    Princpio da equivalncia

    Este princpio surge directamente da mecnica clssica e impe que:

    os esforos interiores, as foras interiores e as tenses interiores de uma seco tm que ser equivalentes

    Na figura apresenta-se a equivalncia entre diferentes sistemas de solicitaes numa seco de beto armado. importante ter em ateno que o princpio da sobreposio no vlido para seces fissuradas.

    Condies de compatibilidade

    Esta hiptese admite que

    para as peas lineares admite-se que as seces planas antes da deformao se mantm planas aps a

    deformao (hip. de Bernoulli)

    Notar que na proximidade da fenda esta hiptese no estritamente vlida devido ao escorregamento entre o varo e o beto nesta zona (falha de aderncia).

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    Esta hiptese no igualmente vlida no caso de peas que no possam ser consideradas como peas lineares (por exemplo vigas-parede).

    A hiptese de Bernoulli traduz-se por

    z z dz z dz r yr r y z r + + += =

    +

    ( ) 11 1dz y y yz r r

    + = + =

    Para uma seco de beto armado fendilhada em flexo simples obtm-se

    ,c sx d xr r

    = =

    c

    s

    xd x

    =

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    Para uma seco de beto armado fendilhada em flexo desviada obtm-se

    1 1G

    x y

    y xr r

    = + +

    1G r

    = +

    Este problema pode ser de resoluo complicada se no for conhecida a posio do eixo neutro sendo necessrio recorrer a mtodos iterativos.

    Diagramas tenso-extenso do beto e do ao

    Beto

    Para efeitos de clculo rotura das seces de beto armado ou pr-esforado sujeitas a tenses normais dois diagramas simplificados podem ser utilizados para o beto: um diagrama parbola-rectngulo e um diagrama rectangular.

    O primeiro diagrama composto por uma parbola seguido de um troo recto a tenso constante. O coeficiente 0.85 destina-se a ter em considerao a perda de resistncia do beto sob cargas de longa durao. A tenso de clculo vale

    /cd ck cf f = , em que c = 1.5.

    c

    c1 cu c

    fcd

    c1 = 0.0020

    cu = 0.0035 ( )0.85 1 0.25c cd c cf =

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    O segundo diagrama simplificado representado por um bloco rectangular de tenses com o valor de 0.85 fcd, excepto se a largura da zona comprimida diminuir na vizinhana da fibra extrema em que deve ser tomado o valor para a tenso no beto de 0.8 fcd. O bloco de tenses deve prolongar-se at uma altura de 80% da profundidade do eixo neutro.

    Ao

    O diagrama tenso-extenso para as armaduras ordinrias encontra-se indicado na figura. O valor de s igual a 1.15.

    O valor do mdulo de elasticidade Ep toma os valores 205 GPa para fios e barras e o valor 195 GPa para cordes. No caso de se considerar o pr-esforo como uma aco, o valor da tenso de cedncia reduzido para 0.9 /pk s dof , em que do representa a tenso de clculo no cabo tendo em considerao o sistema de pr-esforo. O valor de s igual a 1.15.

    Hipteses de dimensionamento

    fcd 0.9 fcd

    x x Fc Fc

    Fs Fs As As Eixo neutro

    s

    s

    yd s,max

    Es = 200 GPa

    fyk s

    = fyd

    p

    p

    pd

    Ep

    0.9fpk s