Doming , 13 de março de 1898 - Últimas obras...

4
Doming , 13 de março de 1898 XVII ANNO ADMINISTRAÇÃO C. do S. Francimco. 91 LISBOA ASSIGXATUriA* Anno *»coo réis Semestre... vioo * Trimestre... * oo » SECRETARI cÇÁO VIRIAiu mutlÈS ' N.« 1510 REDACÇÃO C. lie S. Francisco. Si LISBOA PIBLICAÇÕE» Na i. â pag. (cada linha) 3 Na 2.* e 3.• 2 Annuncios FOLHA POLITICA, LITTERARIÂ E COMMERCIAL GFRENTE M. Y. CARVALHO EDITADA POR UMA SOCIEDADE fila « ;> Francisco Felisberto Dias Costa Depois que aos conselhos d \ co- roa subiu um ministério de feição progressista, os boatos de crise teem sido com intermitencias quasi quoti dianas. Que não, que não é possível, que não podem sustentar se. Isto tem de cahir breve. E' o que dizem os que mais ou menos são dedicados á an- terior feição politica e almejam por ver na pasta do reino o attribiliario conselheiro João Franco, ou o ac- commodaticio conselheiro Hintze. Comtndo o facto é que o governo progressista vae arcando com as dif- ficuldrdes que lhe legou o antecessor s se tem tido qualquer perturbação nas funeções dos... nervos ministe rtaes é para se retemperar e for- talecer. Assim ha tempo, ha cerca de seis mezes, começou a dizer-se que o go- verno ia proceder a recomposição, e um bello dia appareceu no Diário do Governo o decreto nomeando mi nistro da marinha o sr. conselheiro Francisco Felisberto Dias Costa, um novo no trabalho da governança mas veterano, permitta se-nos o termo, nas l.des d3 politica e nas luctas par- amentares, porque em umas e neu- tras ganhara ha muito esporas de ouro. Disse algures, alguém, que é um talento laureado. Abel Boielho, fa- lando de Dias Costa e descrevendc-o quando estudante: «Não perdia um dia, não dava uma falta, e assim, esta sua automá- tica e admirável regularidade, posta ao serviço do seu lúcido talento, deu em resultado elle ser premiado em todas as cadeiras e ter feito um cur so distinctissimo.» O homem publico corresponde ponto por ponto a esta analyse de estudante: não perde tempo. Surge quasi simultaneamente da chrysalida escolástica lente abalisado, politico de immaculada reputação, parlamen- tar distincto e agora, ministro illus- trado e inatacavel. Ha pouco quem tenha feito tão rapida carreira, e em tão breve colchea abarce n'um lance rápido os bancos escolares e a cadei- ra de ministro. Eis a biographia do nobre titular da pasta da marinha, que no meio das retaliações de que hoje são alvo todos os conselheiros da coróa, pas sa incólume, sem haver um único facto porque possam increpal-o ainda as mais acérrimos adversários da actual situação. E' que applica ás suas funeções de ministro as mes- mos principies de honestidade, zelo, desinteresse e abnegação, que inalte ravelmente tem sabido desdobrar sempre, em todas as commissões de serviço e que sempre também teem - > % k-- C3 - 3 - . »• »*-• guiado a conducta modelar da sua vida. > c - w .. 5 1 , < - O conselheiro Dias Costa não veiu ao governo do paiz em momento de felicidade; pelo contrario, subiu ao poder em quadra sfflxtiva, por isso não tem podido provar quanto pode produzir o seu alto engenho e pro- vado talento. Não é o momento asa- do para se evidenciarem as inspira- ções brilhantes do seu esclarecido es- pirito, mas na quasi possibilidade do seu papel de ministro numa conjun- ctura de dificuldades angustiosas, a nistro da marinha, dedicado e presti- moso paitidario, que por absolu- I ta e ii.condicional dedicação ao par- tido progressista acceitou o encargo de gerir uma pasta, no momento po- litico eriçado de dificuldades e agru- ras que vamos atravessando. íáSEkio A rir... a rir... Entre amigas: —Estás cena de que Leonor não tinge o cabelloi > —Certíssima. prédio, mostra a um seu amigo a casa para alugar —Quantas casas ha dispon veis? »• —Cinco e um corre-ior magnifico. Mas aonáe está o corredor? —Não o vês? Sou eu. Entre aficionados: —Já te disse que guerrita vem amanhã tourear ao Campo Pequeno. —E' mentira. —Oh! homem! Pois se eu vi o telegram- ma dizendo que vinha!... —E' uma pantomimice da Empreza, por- 2ue eu conheço a lettra do Guerrita e não a mesma do telegramma. Passou hontem o anniversario na- talício da sr. a D. Rosa Peixoto, soli- cita tia do nosso amigo Raul de Ma- 1 cedo. Felicitam©l-a. »•- s; fi V- CONSELHEIRO DIAS COSTA a maneira como se tem sabido eximir a argucias prova de qu nto será capaz quando tal cargo lhe seja dado em occasiões de mais desafogada admi- nistração. Entretanto limita se a estudar as questões mais importantes dependen- tes do seu ministério, os problemas mais complicados da politica moder na, e estejam certos que á sua apa- thia actual é apenas a gestação de medidas que o honrem profícuas pa- ra o paiz, porque o espirito do con- selheiro Dias Costa, não pára, não paralysa, funcciona, estuda etrabalha sempre. Eis o que temos a addicionar á publicação do retrato do illustre mi- —Pois aquella còr não parece natural. —Lá isso è. Ha d as estava eu no cabel- eireiro quando Leonor comprou as aceres* centos e eram d essa côr precisamente. Uma sujeita tinha que ir prestar declara- ções a um juiz, mas antes informou-se de seu caracter. E' um homem muito desconfiado - dis- seram lhe.—Não acredita senão em metade do que lhe dizrm. N esse caso, quando me perguntar a edade que tenho, responder-lhe hei que tenho 40 annos. Um individuo chega muito enca'orado a ura 5.° andar onde mora um argentario. Este. ao vèl-o, diz-lhe: —Quer um refresco? Sia?, senhor; acceit3-o com muito gos- to —Pois bem; abrirei ajanella. Verá que ar tão agradavel. 9 Um afamado ciclysta, proprietário de um João de Gaires ADVOGADO Ru* de S. Juliao. 53, 2°— LISBOA Barbosa Magalhães ADVOGADO %ua Victor Cordon, 34, i. 0 —Lisboa Exportação de vinhos NUNES AVELAR 8, Poço Novo, 8 e em I No nosso numero anterior correspondência de Almada fazia-se um appelo á justiça d'esta comarca, que não deve passar desapercebido aos dignos lunccionarios, que teem a seu cargo a representação do poder .udicial. Repetiremos o extranho facto que chamou a attençao do nosso corres- pondente e moveu os seus reparos. Entre varias cousas apprehendidas pela policia de Lisboa, em casa do presumido auctor do crime de homi- cidio, de que foi victima a infeliz Isi- dora Miraldes, encontrou-se uma ré- gua em que mão desconhecida escre- vera algumas notas da vida do Bigo- de, entre as quaes ha algumas refe- rentes ao processo, instaurado con- tra elle pelo crime de fratricídio, em que foi condemnado em pequeníssi- ma pena. Diz elle que deveu ao sew dinheiro—alguns contos de reis—não ter ido ja\er alguns annos nas celtas da Penitenciaria. . Esta é a summulla ou synthese da inscripção v j . Como se esta conclusão é so- bremaneira deprimente da boa repu- tação do tribunal, porque parece d^- prendar se de ali que o Bigode pa- gou a alguém para lhe alcançar a benignidade dos julgadores. Esta é em toda a rudeza a conclu- são a tirar d'aquella inscripção. que poderia ficar esqu cida se não hou - vesse sido communicada á imprensa e divulgada ao publico, que nao pode ficar tendo em bom conceito, nem confiar na integridade, rectiJão e im- parcialidade do tribunal, desde que corre em publico a versão de que concedeu, de crime nefando, miseri- córdia e piedade a troco de uma pe- quena fortuna, sacrificada para ob- ter successivos adiamentos do julga- mento e uma pena insignificante. Não somos nós que o dizemos, é o que está escripto. Confiamos que o digno delegado do procundor régio n esta comarca, e o respeitável juiz de direito não deixarão passar em julgado taes sus- peições que affectam a honra do tri- bunal, e hão de provocar sorrisos de mofa se por ventura em julgamento o Bigode vier a ser absolvido do cri- me de que o accusam, embora se- ja absolvido por falta de provas, que segundo cremos, não foram ainda en- contradas. E' preciso que se attente bem n'is- to. Sobre a justiça de Almada, pesa uma accusação tremenda, a maior que pode fazer se a um tribunal, a de peita ou suborno. Com verdade ou sem ella diz-se que mediante o sacrifício de alguns conto de reis um reu conseguiu es- capar ás cellas da Penitenciaria, que efectivamente o reclamavam em vis- ta do crime commettido. Isto requer verificação, apuro por parte dd auc* toridade judicial para honra da justi- ça e illibação dos funccionarios que então a exerciam nesta comarca,— cuja honestidade, confessamos, é su- perior e geralmente conhecido. Mas é de crer que alguém abusou d'elles ou conseguiu cegai os e é ne- cessário descobrir, encontrar e punir esse alguém-, punil-o seja quem for

Transcript of Doming , 13 de março de 1898 - Últimas obras...

Doming , 13 de março de 1898

XVII ANNO

ADMINISTRAÇÃO

C. do S. Francimco. 91

LISBOA

ASSIGXATUriA*

Anno • *»coo réis

Semestre... vioo *

Trimestre... * oo »

SECRETARI cÇÁO

VIRIAiu mutlÈS '

N.« 1510

REDACÇÃO

C. lie S. Francisco. Si

LISBOA

PIBLICAÇÕE»

Na i.â pag. (cada linha) 3

Na 2.* e 3.• 2

Annuncios

FOLHA POLITICA, LITTERARIÂ E COMMERCIAL

GFRENTE

M. Y. CARVALHO

EDITADA POR UMA SOCIEDADE

fila «

;>

Francisco Felisberto Dias

Costa

Depois que aos conselhos d \ co-

roa subiu um ministério de feição

progressista, os boatos de crise teem

sido com intermitencias quasi quoti

dianas.

Que não, que não é possível, que

não podem sustentar se. Isto tem de

cahir breve. E' o que dizem os que

mais ou menos são dedicados á an-

terior feição politica e almejam por

ver na pasta do reino o attribiliario

conselheiro João Franco, ou o ac-

commodaticio conselheiro Hintze.

Comtndo o facto é que o governo

progressista vae arcando com as dif-

ficuldrdes que lhe legou o antecessor

s se tem tido qualquer perturbação

nas funeções dos... nervos ministe

rtaes é só para se retemperar e for-

talecer.

Assim ha tempo, ha cerca de seis

mezes, começou a dizer-se que o go-

verno ia proceder a recomposição, e

um bello dia appareceu no Diário

do Governo o decreto nomeando mi

nistro da marinha o sr. conselheiro

Francisco Felisberto Dias Costa, um

novo no trabalho da governança mas

já veterano, permitta se-nos o termo,

nas l.des d3 politica e nas luctas par-

amentares, porque em umas e neu-

tras ganhara ha muito esporas de

ouro.

Disse algures, alguém, que é um

talento laureado. Abel Boielho, fa-

lando de Dias Costa e descrevendc-o

quando estudante:

«Não perdia um dia, não dava

uma falta, e assim, esta sua automá-

tica e admirável regularidade, posta

ao serviço do seu lúcido talento, deu

em resultado elle ser premiado em

todas as cadeiras e ter feito um cur

so distinctissimo.»

O homem publico corresponde

ponto por ponto a esta analyse de

estudante: não perde tempo. Surge

quasi simultaneamente da chrysalida

escolástica lente abalisado, politico

de immaculada reputação, parlamen-

tar distincto e agora, ministro illus-

trado e inatacavel. Ha pouco quem

tenha feito tão rapida carreira, e em

tão breve colchea abarce n'um lance

rápido os bancos escolares e a cadei-

ra de ministro.

Eis a biographia do nobre titular

da pasta da marinha, que no meio

das retaliações de que hoje são alvo

todos os conselheiros da coróa, pas

sa incólume, sem haver um único

facto porque possam increpal-o ainda

as mais acérrimos adversários da

actual situação. E' que applica ás

suas funeções de ministro as mes-

mos principies de honestidade, zelo,

desinteresse e abnegação, que inalte

ravelmente tem sabido desdobrar

sempre, em todas as commissões de

serviço e que sempre também teem

- >

% k--

C3 - 3 Aí

- . »• »*-•

guiado a conducta modelar da sua

vida. > c - w .. 5 1 , < -

O conselheiro Dias Costa não veiu

ao governo do paiz em momento de

felicidade; pelo contrario, subiu ao

poder em quadra sfflxtiva, por isso

não tem podido provar quanto pode

produzir o seu alto engenho e pro-

vado talento. Não é o momento asa-

do para se evidenciarem as inspira-

ções brilhantes do seu esclarecido es-

pirito, mas na quasi possibilidade do

seu papel de ministro numa conjun-

ctura de dificuldades angustiosas, a

nistro da marinha, dedicado e presti-

moso paitidario, que só por absolu-

I ta e ii.condicional dedicação ao par-

tido progressista acceitou o encargo

de gerir uma pasta, no momento po-

litico eriçado de dificuldades e agru-

ras que vamos atravessando.

íáSEkio

A rir... a rir...

Entre amigas:

—Estás cena de que Leonor não tinge o

cabelloi>

—Certíssima.

prédio, mostra a um seu amigo a casa para

alugar

—Quantas casas ha dispon veis?

»• —Cinco e um corre-ior magnifico.

— Mas aonáe está o corredor?

—Não o vês? Sou eu.

Entre aficionados:

—Já te disse que guerrita vem amanhã

tourear ao Campo Pequeno.

—E' mentira.

—Oh! homem! Pois se eu vi o telegram-

ma dizendo que vinha!...

—E' uma pantomimice da Empreza, por-

2ue eu conheço a lettra do Guerrita e não

a mesma do telegramma.

Passou hontem o anniversario na-

talício da sr.a D. Rosa Peixoto, soli-

cita tia do nosso amigo Raul de Ma-

1 cedo. Felicitam©l-a.

»•-

s;

fi V- M»

CONSELHEIRO DIAS COSTA

a

maneira como se tem sabido eximir a

argucias prova de qu nto será capaz

quando tal cargo lhe seja dado em

occasiões de mais desafogada admi-

nistração.

Entretanto limita se a estudar as

questões mais importantes dependen-

tes do seu ministério, os problemas

mais complicados da politica moder

na, e estejam certos que á sua apa-

thia actual é apenas a gestação de

medidas que o honrem profícuas pa-

ra o paiz, porque o espirito do con-

selheiro Dias Costa, não pára, não

paralysa, funcciona, estuda etrabalha

sempre.

Eis o que temos a addicionar á

publicação do retrato do illustre mi-

—Pois aquella còr não parece natural.

—Lá isso è. Ha d as estava eu no cabel-

eireiro quando Leonor comprou as aceres*

centos e eram d essa côr precisamente.

Uma sujeita tinha que ir prestar declara-

ções a um juiz, mas antes informou-se de

seu caracter.

— E' um homem muito desconfiado - dis-

seram lhe.—Não acredita senão em metade

do que lhe dizrm.

— N esse caso, quando me perguntar a

edade que tenho, responder-lhe hei que

tenho 40 annos.

Um individuo chega muito enca'orado a

ura 5.° andar onde mora um argentario.

Este. ao vèl-o, diz-lhe:

—Quer um refresco?

— Sia?, senhor; acceit3-o com muito gos-

to •

—Pois bem; abrirei ajanella. Verá que

ar tão agradavel.

9

Um afamado ciclysta, proprietário de um

João de Gaires

ADVOGADO

Ru* de S. Juliao. 53, 2°— LISBOA

Barbosa Magalhães

ADVOGADO

%ua Victor Cordon, 34, i.0—Lisboa

Exportação de vinhos

NUNES AVELAR

8, Poço Novo, 8

e em

I

No nosso numero anterior

correspondência de Almada fazia-se

um appelo á justiça d'esta comarca,

que não deve passar desapercebido

aos dignos lunccionarios, que teem a

seu cargo a representação do poder

.udicial.

Repetiremos o extranho facto que

chamou a attençao do nosso corres-

pondente e moveu os seus reparos.

Entre varias cousas apprehendidas

pela policia de Lisboa, em casa do

presumido auctor do crime de homi-

cidio, de que foi victima a infeliz Isi-

dora Miraldes, encontrou-se uma ré-

gua em que mão desconhecida escre-

vera algumas notas da vida do Bigo-

de, entre as quaes ha algumas refe-

rentes ao processo, instaurado con-

tra elle pelo crime de fratricídio, em

que foi condemnado em pequeníssi-

ma pena. Diz elle que deveu ao sew

dinheiro—alguns contos de reis—não

ter ido ja\er alguns annos nas celtas

da Penitenciaria.

. Esta é a summulla ou synthese da

inscripçãov j .

Como se vê esta conclusão é so-

bremaneira deprimente da boa repu-

tação do tribunal, porque parece d^-

prendar se de ali que o Bigode pa-

gou a alguém para lhe alcançar a

benignidade dos julgadores.

Esta é em toda a rudeza a conclu-

são a tirar d'aquella inscripção. que

poderia ficar esqu cida se não hou -

vesse sido communicada á imprensa

e divulgada ao publico, que nao pode

ficar tendo em bom conceito, nem

confiar na integridade, rectiJão e im-

parcialidade do tribunal, desde que

corre em publico a versão de que

concedeu, de crime nefando, miseri-

córdia e piedade a troco de uma pe-

quena fortuna, sacrificada para ob-

ter successivos adiamentos do julga-

mento e uma pena insignificante.

Não somos nós que o dizemos, é

o que está escripto.

Confiamos que o digno delegado

do procundor régio n esta comarca,

e o respeitável juiz de direito não

deixarão passar em julgado taes sus-

peições que affectam a honra do tri-

bunal, e hão de provocar sorrisos de

mofa se por ventura em julgamento

o Bigode vier a ser absolvido do cri-

me de que o accusam, embora se-

ja absolvido por falta de provas, que

segundo cremos, não foram ainda en-

contradas.

E' preciso que se attente bem n'is-

to. Sobre a justiça de Almada, pesa

uma accusação tremenda, a maior

que pode fazer se a um tribunal, a

de peita ou suborno.

Com verdade ou sem ella diz-se

que mediante o sacrifício de alguns

conto de reis um reu conseguiu es-

capar ás cellas da Penitenciaria, que

efectivamente o reclamavam em vis-

ta do crime commettido. Isto requer

verificação, apuro por parte dd auc*

toridade judicial para honra da justi-

ça e illibação dos funccionarios que

então a exerciam nesta comarca,—

cuja honestidade, confessamos, é su-

perior e geralmente conhecido.

Mas é de crer que alguém abusou

d'elles ou conseguiu cegai os e é ne-

cessário descobrir, encontrar e punir

esse alguém-, punil-o seja quem for

I n «ti tuiçõ es

para honra do tribunal, para honra

da justiça e da magistratura.

A justiça c sob este ponto collecti

vo encontra-se a magistratura,—deve

ser como a irulher de Cesar, insus-

peitavel.

Sobre a de Almada pesa nao só

uma suspeita, mas uma accusação;

necessário é que se faça a justifica-

ção.

O digno juiz de direjto que se en-

contra á frente da comarca, quer,

com boa razão, manter a decencia

do tribunal e para esse fim se vae

substituindo o mobiliário por outro

mais limpo e mais decoroso; mas o

que é necessário principalmente res-

taurar e manter é a moralidade e o

bom conceito. A limpeza material

muito vale, é certo; mas a moralida-

de é o verdadeiro—aceio—dos tribu-

naes.

E' preciso fazer luz sobre o que

se acha esciipto na famosa regoa.

Não largaremos mão d'este assum-

pto, porque o consideramos de ma-

gna importância e pa'a o que temos

razões de sóbra, que, por emquanto

reservamos.

Entretanto se são necessárias al-

gumas informações, algumas ahi

vão.

Quando o Bigode esteve preso na

cadeia da villa, em razão do assassi

nato do irmão, achavam se na mes-

ma prisão Thomaz Parada, bem co-

nhecido n esta villa, e o mestre de

redes de Caparica, por nome Adria-

no.

Estes dois homens eram os conn-

dentes, os secretários do Bigode,

eram elles que lhe faziam a coircs

pondencia, principalmente o Parada;

elles ambos"ou pelo menos este deve

saber alguma cousa d'util a respeito

do que se escreveu na tal regoa. E

possível até que possa reconhecer a

lettra da inscripção, assim corno pode

dar informações á justiça a respeito

do punhal, que viu na cadeia, por-

que o Bigode [ali o teve.

Em vista do que deixamos expos-

to, esperamos que os illustres e cor-

rectos representantes do poder judi-

cial n'esta comsrca hão de cumprir o

seu dever, delligenciando pelo menos

apurar o sentido e o vai >r das pala

vras escriptas, ou mandadas escrever

pelo Bigodefoà tal regoa e que cons-

tituem accusação tremenda ao tribu-

nal, porque se deduz da inscripção

que elle dispendeu a fortuna para

não i' parar á Africa ou a uma cella

da Penitenciaria.

Versões d'e»tas não podem deixar-

se morrer no esquecimento, é necej

sario pôl as a limpo; exige o a socie-

dade, a reputação do tribunal e a

honra da magistratura.

*

A este respeito recebemos á ultima

hora uma carta do sr. Abranches

Brandão, que em tempo presidiu ao

tribunal d'esta comarca. No proximo

numero a publicaremos porqne a fa-

zel-o nos auctonsa. I »sta também pe-

la aclaração do celebre escripto.

Conferencia

Na noite de quinta-íeira realisou o

sr. visconde de Coruche, nas salas

da Real Associação, a sua annuncia-

da conferencia sobre o rendimento

collectavel dos prédios rústicos e sua

critica.

O illustre conferente começou por

dizer ao selecto auditório que o sys-

tema adoptado em Portugal para ava-

liar o rendimento collectavel dos pré-

dios rústicos é comparável a um des-

potismo contrap oducente. O aug

mento das propriedades não pode ser

rápido porque ífs terras não podem

augmentar as producçocs como se

tem augmentado es tributos.

Faz considerações muito sensatas

sobre este caso e diz que a França,

em occasião de tributos de guerra,

nunca aggravou a contribuição pre

dial. Em 1869 a contribuição predial

em França era de 171 milhões^de

francos e desceu para 160 milhões;

depois pouco tem subido e ultima-

mente tem sido desaggravado. Em

Inglaterra também houve um decres-

cimento importante.

Apesar de tudo quanto a tal res-

peito se passa entre nós, diz o ora-

dor haver em Portugal quem affirme

que a propriedade não paga o que

deve; apresenta razões que bem pri-

vam o contrario e observa que em

Portugal no anno de 1860 a referida

contribuição rendeu i:3i8 contos e

hoje está rendendo 3:i32 contos.

Diz que se o- augmento de rendi

mento da propriedade rústica tivesse

subido na porpoção dos impostos,

estariam todos mais felizes.

Diz que para os indirectos e

do real d'agua, quem muito concor-

re é a propriedade rústica, que pio

duz a carne, o azeite, o vinho, as

fructas, os legumes, etc., e todos es

tes generos são tributados.

Desde i860 que ha um grande des-

envolvimento da riqueza publica o

qual é desbaratado pela péssima ad

ministração do Estado com prejuízo

de todos. A prosperidade do nosso

paiz tem sido só em tributos, que a

propriedade rústica não pode suppor-

iar' Rcfere-se ainda á França e Ingla-

terra, sob o ponto de vista económi-

co, e á lei de i5 de maio de 1880,

que foi p.sta em vigor em. 1881, a

qual regulou em ioojo a contribuição

sobre todos os prédios do continente

do reino.

Citou as desegualdades que aquel-

la lei queria fazer desapparecer, re-

duzindo o imposto predial em todo o

reino a 10 o|0, mas que não des

appareceram porque ha districtos

que pagam mais e menos de 10 ojo,

chegando alguns a pagar mais de 20

O|0.

Combate um artigo ha temro pu-

blicado no Jornal do Commercio,

em que se affirmava que a agricultu-

ra era uma lenda.

E' peio desenvolvimento da agri-

cultura que augmenta a riqueza de

um paiz, e do proprio Estado; mas

em Portugal é o Estado o primeiro

a contribuir para o definhamento da

agíicultura em prejuízo proprio, por-

que não subordina as despezas ás re

ceitas. Accrc8centa que entre nós ha

2 grandes deficits, o do commercio

geral que não equilibra a sua balan-

ça. o das industrias que não podem

viver senão importando mais maté-

rias primas do'que exportam, e aci

ma de todos o deficit ác Estado. 1 u-

do isto esgota o paiz de numerário,

e a propriedade e a agricu tura não

podem só por si sustentar se e con

tribuir para matar os deficits alheios.

São arbitrarias e falsas as bases de

que se serviram os nossos legislado

res para a applicação das percenta-

gens, não attendendo a que o rendi-

mento I quido das propriedades rús-

ticas não pode, como mandam as

leis, dar em media 5o o|o de pro due

ção liquida, quando em França deu

só 25 0(0.

Fundamenta as suas opiniões com

a dos agronomos e economistas no

taveis.

Apresenta dois mappas referentes

á cultura de trigos extraídos de contas

tiradas do inquérito agrícola de 1886,

e mostra que a cultura do trigo na

extremadura portugueza faz despezas

medias de 66 ojo das producções

brutas; e accrescenta que essas des

pezas ainda são maiores, porque nas

contas citadas não contaram com o

sustento do proprietário e do lavra-

dor, nem com as despezas de amorti-

sação e fundo de reserva para con

servação do prédio.

Explica os encargos a que estão

sujeitas as propriedades e admira se

como o trigo tem mantido o mesmo

preço; attribue á Providencia este

facto e não ás leis dos homens, os

quaes estão desvairados pelas ambi

çÕes e paixões politicas.

Fez uma distincção entre a renda

ou aluguer dos prédios e a renda

rústica qde eles podem d3r, dizendo

que ha prédios que pagam rendas

que não valem, porque não podem

tiral-as uos seus próprios procíuctos

líquidos, e que esses prédios^ deve

riam ?er isentos de contribuição, por

não terem rend mento collectavel.

Diz que a única base do imposto

predial é a renda e nada mais, por

que os lucros líquidos da lavoura con-

stituem outra contribuição que é a

industrial ou . a sumptuária; mas que

esta mesma contribuição devia abo-

lir-se para os rendeiros ou cultivado-

res de prédios que não teem rendi-

mento collectavel. Appella para os

agronomos se occnparem de estudar

esta distineção entre a renda rústica

e o aluguel do prédio.

Acha um despotismo contraprodu-

cente a renda da ter^a, além do li-

mite de ic- por cento.

A conferencia foi acompanhada em

muitos pontos cem apoiados convic-

tos, e uma salva de palmas respon-

deu ás ultimas palavras do conferen

rente.

Um novo inimigo

no horisonte

Do mesmo modo que o pulgão da

maceira e o doriphíra da batata e o

phylloxera, um novo inimigo da agri-

cultura nos virá d » America do Nor-

te se não nos apressarmos a tomar

medidas severas para lhes fechar a

entrada na Europa. E' o «coccide» o

Aspidiotus permetosus, o San José

scale, ou o piolho de São José, cu

nhecido ha alguns annos na Califor

nia e cuja invasão crescente causa as

maiores apprehensões aos c ltivado-

res das arvores fructiferas e aos ex-

portadores de fructas dos Estados

Unidos.

Os círculos commerciaes da Alie

manha não se alarmam 1 enos e o

ministro das finanças de Berlim aca-

ba de publicar uma ordem de prohi

bição contra a entrada nos portos

allemães das fructas vindas da Ame

rica, dos materiaes que servem ao

encaixamento e mesmo de plantas

vivas, prohibição fundada sobre um

inquérito official feito pelo professor

sr. Franck, eappoiada pelo testemu-

nho de muitos especialistas. y

Nos caixotes de peras vindas da

America para Hamburgo, o profes

sor Frank encontrou um grande nu

mero de Aspidiotus vivos, perfeita-

mente capazes de espalharem a in-

fecção nas plantações fructiferas da

Allemanha e mesmo sobre outras ar-

vores. O perigo é grande e não se

code dissimular.

A. secretaria da agricultura de

Washington demonstrou egualmen-

te a extraordinária potencia destrui-

dora do piolho de São José. Julgou-

se a principio que os seus estragos

não ultrapasassem os limites dos

Estados do Sul, mas actualmente re-

conhece se que os frios dos climas

não detem a sua marcha e que, sem

q^e se saiba como, elle introduziu se

nas culturas fructiferas dos Estados

do Este e até no Canadá. Se se não

encontrar o meio de o destruir, os

cultivadores teem perdas enormes

em perspectiva, equivalentes talvez

áquellas que o phylloxera causou na

Europa.

Esses temores não deixam de ser

fundados. Em contrario aos hábitos

da maior parte das outras «cocci ées»

o Aspidiotus perniciosas é essencial-

mente omnívoro; ataca todas as ar-

vores, mesmo aquellas que perdem

as folhas no inverno, mas as suas

preferencias são para as arvores tru

ctiferas, maceiras e pereiras, cujos

fructos criva de mordeduras, empe-

dindo-os de crescer, tornando os dis-

formes e causando a queda. Se elle

penetrar em Portugal, trará a ruína

aos pomares de todo o paiz. Quem

sabe mesmo se elle não cahirá sobre

as vinhas, sobre as culturas de

ameixoeiras e até sobre as arvores

dos nossos mattos.

Quanto aos remédios,nao são ainda

conhecidos. Na America experimen-

tam se insecticidos até agora sem o

menor succcsso, pois o insecto está

abrigado por uma concha sobre a

qual os venenos não tem acção. Mui-

tos cultivadores não veem mes no

outro meio de limitar o mal senão

destruir e queimar as arvores ataca-

das; comtudo espera se encontrar um

meio menos violento.

Em todo o caso,pôde se contar tam-

bém cem o recurso dos pássaros de

pequeno talhe es carriças e os abe-

lharucos particularmente, que pare-

cem organisados expressamente pa-

ra caçar os insectos mais pequenos e

que põe uma extrema actividade na

sua piocura. Tem-se formado ligas

para a protecção dos pássaros e rc-

commenda se aos rapazes das esco-

las dos campos que respeitem os ni-

nhos, o que é muito justo, mas tudo

isto será insufficiente emquanto se

não tomarem medidas para assegu

rar a multiplicação dos pássaros for-

necendo-lhes refúgios e morada onde

elles possam fazer o seu ninho em

paz e cuidar da sua prole. As tapu-

mes artificiaes que fizeram desappa-

recer tantas balsas naturaes contri-

buíram muito para a rarefacção d'es

ses pequenos auxiliares; devemos se

crescentar-lhes os gatos, muito nu-

merosos por toda a parte e mais oc-

cupados em caçar os passaros e os

seus ninhos do qie em perseguir os

ratos.

PROFESSOR

Antonio

Martins, professor de ensino

elementar e complementar na villa de

Almada, habilitado com o curso

completo de theologia, lecciona todas

as disciplinas que constituem o i.°

anno do curso geral dos Lyceus. Vae

tembem a casa dos alumnos leccio

nar.

Correio de Almada

Procedeu-se no ultimo domingo ao

apuramento dos trabalhos eleitoraes

com respeito á eleição da camara,

que deve começar a funccionar logo

que esteja approvado esse apuramen-

to, conforme a lei.

Correram regularmente e apurou-

se que os cidadãos mais votados lo-

ram de facto aquelles que aqui indi-

quei na minha ultima.

Predominam na mesma vereação

os mesmos elementos predominantes

na actual commissão nomeada pelo

governo, o que é garantia plena de

que a administração municipal está

entregue em boas mãos, a cidadãos

que hão de velar zelosos pelos inte-

resses do município e progressos do

eoncelhi.

O povo está satisfeito com o re-

sultado da eleição porque confia nos

cidadãos eleitos, principalmente por

ver entre elles o venerando progres-

sista Carvalho Freirinha,veterano nas

luctas pelos princípios liberaes, e

que foi í empre dedicado de alma e

coração ao bem do povo.

—No caminho da Torre a Capari

ca perdeu o sr. Tiburcio Ferreira

Constâncio, a quantia de ibo#ooo

rs. Esta quantia foi encontrada pelo

cabreiro sr. José da Agua que hon

radamente a entregou ao dono recu

sando qualquer gratificação. E' um

acto de probidade muito digno de

louvor.

—Tem grassado com intensidade

a epidemia de variola cm diversos

logares d'este concelho.

Não nos consta por emquanto que

tenha occasionado obitos, entretanto

seria bom que se vão tomando algu-

mas medidas sanitarias, porque o ve-

r o e os seus calores acerca-se de

nós com rapidez.

—Tem tido alguma saida o vinho

da ultima colheita, mas o preço cor

rente é bastante inferior 5-2iJI>8oo o

tonel de 52 almudes.

—Já foi inti nado o despacho de

pronuncia ao Bigode.

E' um trabalho magistral que

faz honra ao digno magistrado, que

representa o poder judicial n'esta co-

marca, bem como a petição de que

relia é um documento bem deduzido

que abrange todas as circumstancias

aggravantes d'este monstruoso cri-

me.

O Bigode foi recolhido na enxovia

da cadeia.

Diz um papel aqui publicado que

o Francisco Bigode mostra desejas

de perfilhar um filho do irmão José

Filippe bem como um filho da mu-

lher, com quem em tempo esteve

amancebado, eque—affirma o papel:

é seu filho legitimo.

Perfi har u n filho legitimo é ca-

so.

Se não houver aggrnvo do despa-

cho de pronuncia, o que é provável

porque seria tempo e dinheiro perdi-

do, talvez o julgamento d'este pro-

cesso possa realisar se em abril pro

ximo.

A instancias do sr. dr. delegado

procedeu se a diversas medidas de

segurança na cadeia, sendo uma d'el

las chapear de ferro a porta ca pri

são, que não offerccia bastante soli-

dez.

Também o mesmo magistrado re-

quisitou força armada para guarda

da cadeia, deliberação muito acerta-

aa.

—Fixou residência na viila o hábil

professo: da banda «Sociedade In-

crível Almade.ist», sr. Esteves da

Graça, em consequência de haver

contratado com a direcção da sympa-

thies sociedade dar de ora avante

trez ensaios por semana e ainda uma

noite destinada exclusivamente a ex-

plicações de musica.

E' digna de todo o louvor aquella

direcção pelo empenho, que toma na

instrucção dos associados.

—No primeiro domingo de abril,

segundo consoa aos aficionados de

aqui, deve realisar se a inauguração

da enoca tauromachica com brilhante

corrida, na Praça do Campo Peque-

no, sendo o gado fornecido por In

fante da Camara. Trabalha o espada

hespanhol Quinito e são cavallciros

José Bento de Araujo e Fern n-'o de

Oliveira.

Vem a proposito dize» que come-

çaram as obras na praça de S. Pau

lo, d'esta villa, esperando se que a

inauguração d -s lides também possa

ter logar no mez de «• bril

Os trabalhos de reparação estão

confiados aos hábeis mestres de obras

Ricardo Pfudencio da Costa e Ma-

nuel Resgate.

—Vae conti mando a experimentar

sensíveis melhoras o nosso amigo sr.

Vasco José de Almeida, o que sobre-

maneira estimamos.

—Tem estado de cama com uma

laryngite ou outro qualquer encom-

modo da garganta o sr. José Egydio

Rodrigues. Fazemos cordeaes votos

pelo rápido e completo restabeleci-

mento.

-—Registramos com subida satis-

fação as melhoras do honrado pro

prietario e esclarecido empregado da

Casa de Bragança sr. Francisco José

Tavares.

—Sabbado 12, passou o anniver-

sario natalício do nosso bem amigo

sr. Wenceslau Francisco da Silva

Junior, cavalheiro muito estimado

n'este concelho, a quem enviamos as

nossas felicitações.

—Com o crescimento dos dias vão

também augmentando as carreiras

dos vapores lisbonenses entre Lisboa

e Cacilhas.

A ultima carreira para Lisboa é

já ás seis horas e 20 minutos.

— Foi accommettida de um ataque

de variola, a interessante filhinha

mais velha do sr. José Holbeche.

Muito da alma lhe desejamos as me-

lhoras.

—E' esperado segunda feira em

Lisboa o sr. conselheiro José Dias

Ferreira.

— Agora que se trata de realisar

uma exposição em Lisboa, a que de

vem concorrer grande numero de es

trangeiros, lembramos aos industriaes

almadenses, principalmente indus-

triaes agrícolas que seria de alta con-

veniência enviarem á feira franca, da

Avenida da Liberdade amostras dos

melhores vinhos tqui produzidos, que

muitas vezes deixam de ser procura-

dos por não estarem conhecidos co-

mo merecem.

Recommendamos aos proprietários

que não deixem passar esta occasião

tão propria paia acreditarem os seus

productos.

João Braz

A empreza de viação «A Lusita-

na», fez constar ao publico por meio

de reclames distribuídos em todos os

estabelecimentos de Lisboa, que por

occasião dís festas do centen rio fa-

iá uma nova collecção de bilhetes

commemorativos, nos mezes de abril,

maio e junho, sendo toda allegorica

ás festas e terá photogravuras dos

monum ntos nacionaes.

— Lembramos á referida cooperativa

a conveniência de estabelecer carrei-

ras para feira franca, com o que

muito lucrarão o publico e a empre-

za.

Entre pae e filho:

— No meu tempo os rapazes eram mais

activos do que agora Na tua edade subia

eu escadas a quat'O e quatro.

—Hoje não ha necessidade d isso: temot

elevadores.

.A.S (n 4 2 > es

AC EN

TAVARES & COMMANDITA

ALMADA—RUA DIREITA

dic imies6 Aperfumara-C6 ' »-0*--—°- -° ® g6116r0s' aPParell}os, artigos de penso, diversos sabonetes me

veterinária.

Serviço clinico per:

A1 lyr A l • a • ^ i x 7 —O viA*viguo oauuuotOO 1UC"

etc. medicamentos nacionaes e estrangeiros. Tudo quanto serve ao exercício da arte

... anente pelos drs. AZEVEDO e CARVALHO. GRATIS aos pobres.

Aviam-se receitas para a Santa Casa da Misericórdia, Associações de Soccorros M ituos Progresso Hu-

anitario—-Primeiro de Dezembro —dos Calafates, e para os estabelecimentos fabris.

Palcos & Arenas

Os pequeninos

E' assim que o publico chama á encan-

tadora companhia de creanças hespanholas

que no Colyseu dos Recreios, habilmente

dirigi o pelo infatigável e intelligente em-

prezario e nosso amigo sr. Santos Junior,

todas as noites o delicia com uma varieda-

de infinita de novas zarzuelas, cantadas

com primor e desempenhada * com todos

os requisitos que se deviam exigir de adul-

tos e não de creanças de tenra edade. co-

mo as que formam a companhia de que nos

occupamos.

Quer nas zarzuelas ligeiras, quer n'aquel-

las de granoe folego, os jt.vens artistas são

superiores.

As primeiras figuras da companhia são:

Annita Anguita,de 11 annos.que na compa-

nhia occupa o logar de Consolac on e Ma-

nollta, ambas de saudosa memoria. Se bem

que não nos é tão agradavel como aquellas

duas creaturinhas,é comtudo pa a admirar

pelo menos a voz, que é bem timbrada, e

por cantar com verdadeiro merecimento

artístico as partes que lhe estão commetti-

das. O tenor, de quem não nos occorre ago-

ra o noxe, é verdade que também nos dei-

xa saudades de Palop, mas nem por isso

deixamos de reconhecer n esta creança o

merecimento devido. Peguero foi substituí-

do f or Franc sco Penas e Valdeviezo por

filiado Maya. Ambos agradaram extraordi-

nariamente, bem como a sympathica meni-

na Nieves Nire, que no Rei que rabio nos

deu uma excellente Roza muito discreta e

muito apaixonada pelo seu pastor.

Emfim a companhia infantil de zarzuela é

digna de vêr-se e todos os elogios que se

dispensarem ao seu director, omaestroBos-

ch, serão pequenos.

A companhia termina amanhã os seus es-

pectáculos noColjseudos Recreios, pas-

sando para o Real Colyseu, que tem me-

lhores condições acústicas mais adequados

ás vozes dos infantis artistas.

Nós damos os parabéns a Santos Junior

pe a acquisição da galante companhia e pre-

venimos quem ainda não viu a microscópi-

ca troupe o não deixe de fazer porque

depois se arrependerá.

II*. Maria

O ajuste de contas, de Lin? da Assump-

ção subiu hontem á scena.

O desemp nho está confiado aos melho-

res artistas e por este motivo é para agou-

rar-lhe uma carreira cheia desucoessos.

I». Amelia

Cubas, Saragozi e Nadal é a trempe que

todas as noites arranca os maiores applausos

aos espectadores d este theatro. A compa-

nhia ainda • e demora algum tempo. Depois

virá a celebre Duse. que em Paris está cau-

sando um sliccesso assombroso.

Trindade

Dá ainda os Dois barotos quando está li-

vre de benefici s

Cíj mnamfto

Agradou extraordinariamente a comedia

As carambolas do amor, que no sabbado

foi em beneficio da sympathica actriz Josefa

d'Oliveira. Foi brilhante e esplendorosa a

esta dehomenagem a Joaquim d'Almeida

pelo brilhante desempenho que dá ao seu

papel ho Papá Lcbo/mard, especialmente

no 5.° acto. O grande actor foi delirante-

mente applaudido Fclicitamol-o.

1'ri.tclpe Real

A companh a está em Braga, onde tem

sido muito applaudida

Rua «lo* Conde#

Está paia breve a primeira da revista

Formigas e formigueiros, de Eduardo Sch-

walbacn. Ate la vamos tendo as Bodas de

Boisjolie que teem agradado extraordinaria-

mente

Real Colyneu

Hoje e ámanhã ha espectáculos n'este

Colyseu, apresentando se outra ve« o ani-

matographo que no Colyseu dos Recreios

foi muitíssimo applaudido. Agora apresen-

tará vistas de novidade e todas sensaccio-

naes.

O espectáculo é baratíssimo e bom.

12-3-98

Armindo de Lorena.

sso de Iiygfiene

e demographia

Recebemos o programma do con-

gresso internacional de hygirne e de

mographia que ha de celebrar-se em

Madrid de ioa 17 de abril do cor-

rente anno sob o patrocínio de Sua

Magestade El Rei D. Affonso XIII e

de Sua Magestade a Rainha Regen

te.

O corgresso é dividido em 10 ses-

sões de hygiene e tres de demogra-

phia.

As sessões de hygiene são: micro-

biologia applicada á hygiene; pro-

phylaxia das enfermidades transmis-

síveis; climatologia e topographia me-

dicas; hygiene urbana; hygiene de

alimentação; hygiene infantil e esco-

lar; hygiene do exercício e do traba-

lho; hygiene militar e naval; hygiene

veterinária civil e militar; e architec-

ture e engenheria sanitaria.

As sessões de demographia são:

technica d 1 estatística demographica;

resultados estatísticos e suas 3pplica-

çoes á demographia; e demographia

dynamica.

As memorias e communicatees

sobre os themas do congresso deve-

rão ser remettidos antes de i5 de

março proximo ao secretario geral,

dr. Amálio Gimeno, ministério da

governação, Madrid; e podem ser e->

criptas em latim, hespanhol, portu-

ftuez, italiano, francez, inglez ou alle-

mão.

Para ser congressista é necessário

satisfazer a quota de 25 pesetas, pa-

gas em metal ou em lettra dirigida a

D. Pablo Ruiz de Velasco, thesou

reiro da junta e presidente da Cama-

ra do commercio de Madrid, que ex

pedirá o recibo provisorio.

Durante o congresso inaugurar-se-

ha uma exposição internacional de

hygiene e demographia, que só se

encerrará tres mezes depois, a 10 de

julho do corrente.

Preparam-se também varias excur-

sões de recreio a Toledo, Escurial,

Aranjuez, Granada, etc.

Sua Magestade a Rainha digna-se

oflerer.er uma recepção no seu palá-

cio.

Haverá também outras recepções

na presidência do conselho de minis-

tros, na municipalidade, etc.

lachinas

Probibição

O governo allemão respoudeu ás

queixas dos Estados Unidos com um

decreto prohibindo a importação de

plantas procedentes d'aquella Repu-

blica. Prohibe também a importação

de fructos, se do exame das mesmas

na fronteira se verificar a presença

do insecto chamado cochintlha de S.

José. , .

O poder publico, ante toda a defe-

za da agricultura contra certas pra-

gas parasitarias, prescinde por com

pleto das queixas formuladas por al-

guns diários norte americanos.

Cereaes importados

Durante o anno findo os cereaes

importados pagaram de direitos nas

diflerentes alfandegas do continente

e ilhas 1 562.85c#>ooo reis; em 1896

os direitos foram de 24i3:0i7$73o,

havendo portanto uma differença dc

851:767^730 contra o anno findo.

Exposição de alfaias e

agrícolas

Damos em seguida o programma

d esta exposição que deve realisar-se

por cccasião do centenário da índia,

elaborado por uma commissão de so

cios da Real Associação Central de

Agricultura Portugueza:

l.1 secção

Exposição de machinas, instrumen-

tos agrícolas e de apparel lios de

investigação technica

I GRUPO— Machinas motoras, apparelhosde

manobra e transmissão de força

Classe I Mavhinas motoras, turbinas e

rodas hydraulicas, turbinas e moinhos de

vento, machinas de vapor fixas, semifixas e

locomoveis, metores de gaz e de petróleo,

motores e accumuladores eléctricos.

Classe II. Apparelhos de manobra e trans-

missão de força, malacates, cabrestantes e

guinchos, macacos e cabrilhas, apparelhos

accessorios.

II GPU O—Machinase utensilias de lavou-

ra, grangeio, sementeira, plantação e co-

lheita

Classe III. Machinas e utensílios de la-

voura e gr^ngeio, ferramenta manual, ara-

dos, aravessas, charruas de diversos ty os,

estirpadorcs, cultivadores, escarific aores,

amontoadores, grades, sachado-es, rolos,

distribuidores de adubos líquidos e pulveru-

lentos.

Cia se IV Machinas e utensílios de se-

menteira e plantação, semeadores indepen

d-ntes e combinados com cultivadores,

charruas, derregadore-, etc., plantadores e

transplantadores.

Classe V Utensílios e material para po-

das, empas, .tratamentos, enxertias, arma-

ções, podões, podoas, machete*, serrotes,

thesouras, navalhas, tutores, etc., enxofra-

deiras e pulverisadores.

CLsse VI. Machinas, ferramentas e uten-

sílios para colheita, escadas de mão, the-

souras, foices, gadanros, etc., segadeiras,

ceifeiras, ancinhos arrancadores de tubércu-

los e raizes.

III GRUPO—Machinas e apparelhos desti-

nados ao aproveitamento, consentação e

transformação dos productos agrícolas

Classe VII. Machinas e apparelhos para

tratamento de for agens, prensas de ensilar

e prensas de en ardar, corta palhas, corta-

raizes, corta vides, . esmagadores de tojo,

vides e grãos, lavadores, despolpadores,

cal íeiras para cosedura.

Classe VIII Machinas e apparelhos de

debulha, limpeza e moagem agrícola, ferra-

menta manual, debulhadoras e escarolado-

res, tararas, crivos e apparelhos congé-

neres, moinhos.

(-lasse IX Machinas, utensílios e appare-

lhos para o fabrico e tratamento de vimos

e vinagres, desen açadores, esmagadores,

cu^as de fermentação, bombas de trasfega,

sulfuradores, refrigerantes, prensas, appa-

relhosde estuf gem, pastorisadores, filtros e

outros apparelhos para tratamento de vi-

nhos, etc. Utensílios de adega, apparelhos

de engarrafar, rolhar, capsular etc. Artigos

de t noaria, garrafas.

Classe X. Machinas, uten ilios e appare-

lhos para o fabrico e tratamento de azeites,

escolhedores de azeitona, lavadoras, des

caroçadores, moinhos para azeitona, pren-

sas, apparelhos d'aquecimento, tarefas, fil-

tros, machinas d'aproveitamento dos baga-

ços

Classe Xí. Machinas e utensílios para o

fabrico e traiamento de lacticínios, \ asa-

deiras e utensílios para mugidura do leite,

refrigerante*, pastorisadores, esterilisadores

vas lhas, e recipientes para a conducção e

contenção do leite, desnatadeiras separado-

res centrífugos, batedeiras, malaxadores,

( ealeitadores centrífugos, machinas para

emprensar manteiga, formas, etc., recipien-

tes e apparelhos para fazer a coalhada,

moinhos para coalho, prensas.

Classe XII. Machinas e apparelhos para a

preparação e transformação de productos

vegetaes das colonias.

IV GRUPO—Machinas} apparelhos e ins•

tallaçoes destinadas a industrias agrícolas

especiaes e subsidiarias

Classe XIII. Indu tria florestal.

Classe XIV. DLtillação de vinhos, bagai

ços e fructos, alambiques, machinas distilla-

torias, rectificadores

Classe XV. Installações, apparelhos e

projectos relativos a: policultura força for-

çada e frutJaria, sirgaria, avicultura, apicul-

tura, industrias textis, marinhas, aquicultu-

ra.

V GRUPO—À/eíos de transporte

Classe XVI. Vias ferreas, material fixo e

circulante.

Classe XVII. Viaturas para estradas ord -

narias e arreios, carros, zorras viaturas pa-

ra transportes especiaes, atrelagens e ar-

reios.

Classe XVIII. Utensílios de transporte

padiolas, cestos, baldes, bastes para carga

a dorso, etc.

VI GRUPO—Drenagem eaproveitamento da

agua

Classe XIX Drenagem, ferramenta ma-

nual, tub?s, apparelhos de fabrico de tubos,

etc.

Classe XX. Material e utensilios para ca-

ptagem e aproveitamento da agua, material

e utensilios para minas, poços furados e

artesianos, noras, bombas, pulsometros, e»c.

VII GRUPO—Apparelhos e instrumentos

para apreciação dos resultados económi-

cos nas explorações agrícolas

Classe XXI. Instrumentos de pesagem,

dynamome'ros, balanças diversas, ensacado-

res, pesadores automáticos.

Classe XXII. Instrumentos de agrimensu-

ra, apppanlbos dendrometicos, etc.

VIII GRUPO —Apparelhos de illuminação,

material para vedação

Classe XXIII. Apparelhos de illumina-

ção

Classe XXIV. Material para vedações.

2.a secção

lustrumentos e publicações destinadas

ao ensino e aos trabalhos de labo-

ratório technico agrícolas

GRUPO I —Ins rumentos

Classe XXV. Mecanica agrícola. Instru-

mentos indicmdo tsforços de trac.ão, pres-

são, autoregistado es e totalisadores.

Classe XXVI- Phyica c meteorologia

agrícola. Agrologia.

Classe XXVII chimica e technologia

agrícola.

Classe XXVIII. Microscop a e chimica

biológica.

GRUPO II—Publicações

Classe Obras scientificas.

Classe XXX. Livros e systemas pedagó-

gicos.

3.a secção

Serviços agrícolas vfficiaes

4.H secção

Revista da * Ifaia usada actualmen-

te nas differ entes regiões agrícolas

do pai$

OBSERVAÇÃO - As eondiçAe# do

coiicur*«» M«»rtio o*labelecidaN

oiti regulation lo especial.

nho,dos quaes 476 firam julgados próprios

para o consum *,49 impróprios para o con-

sumo immediato e 55 para queimar.

Recebemos um de 68 paginas da

livraria e typographia do sr. Fran-

cisco Silva, estabelecido na rua de

Santo Antão, n.0i 89 e 91. Annuncia

52:ooo volumes, havendo entre ei-

les muitos interessantes em roman-

ces, historia e sciencias.

Contra a importação de cereaes

A' amabilidade de um amigo deve-

mos a copia ^e uma representação

que a camara municipal de Torres

Vedras, presidida pelo nosso amigo

sr. Jo<quim Belford, dirigiu a El-rei

em dezembro de 1895, cujos argu-

mentos n'aquelh época, como agora,

são de grande peso.

Não a publ Camos hoje por falta

de espaço, mas dar lhe-mos publici-

dade no proximo numero.

Centenario da índia

Já foram affixados os cartazes an-

nunciando cs festejos do centenário

da índia. São impressos a cores e

muito vistosos. Honram as officinas

da Companhia Nacional Editora, on-

de foram executados.

f r

s

m sfil

Fiscalização <le vinhos

e azeites

Mappa synthetico do serviço de fis

calisação dc vinhos e azeites no mez

findo: ; -

Vinhos julgados impróprios para o consu-

mo 304, impróprios para o consumo imme-

diato 19, deteriorados 25, falsificados o—

Total 408.

Azeites julgados proprios para consumo

40, impróprios para o consumo immedia-

to o, deteriorados 11, falsificados o —Total

5u

Vinagres julgado* propnos para o con-

sumo 8, impróprios para o consumo imme-

diato 5, deteriorados o, falsificados o—To-

tal i3.

Numero total de amostras colhidas 472.

Na estação do Baneiro foram inspeccio-

nados no mesmo período 578 cascos de vi -.

GRANDES ARMAZÉNS DO

Printemps

NOVIDADES

Envia-se pi e franco

o catalogo geral illustrado, em portugue*

ou em francez, contendo todas as novidade#

para a ESTAÇÃO de VERÃO a quem o

pedir em carta devidamente franqueada!

• dirigida a

MM. JULES JALUZOT * C"

PARIS

Mo Igualmente enviadas franco a* amostra# dte todos os tecidos que compõe lmmensoa ■ortimento8do PRINTEMPS especiflcando-se bem •8 generos e os preços.

Expedições para todos os paizes do mundt

Esta Catalogo Indica as condições para A expedição.

Correspondência edModas as Llnpaaa

CASA D£ REEXPEBt&O EU LI960A:

TRAVXSCA DE S. NICOLAU 10Í-1*.

Editor J. Garcia de Lima.

Typographia—Calçada de S. Fraacisco

21

FTJR LIGAÇÕES

Recebem ;s as seguintes:

Gaveta das Aldeias, n° 110 do

3.° anno.

—Nouvelle Revue Internationale,

numero 2 do primeiro semestie do

anno XXIX.

—Supplemento humorístico do Se

culo, n.° 16.

—La Revista Vinícola y de Agri

cultura. n.° b do XVII anno.

—Antonio Maria, n.° 46b, vo ume

XIII. "

—Moda y Arte n.' 12b, do quinto

anno.

—La Petite Revue lnlernatii nale,

publicação semanal de Paris, n." 44

e 45 do segundo anno.

'—Madame Sans-Gêne, notável

romance publicado pela empreza do

Século, fascículo n.# 14.

A todos agradecemos.

Lercados

Preços correntes na semana finda

Lisboa:

Cereae»

Trigo nac. rijo lobeiro por 10 kilos, 63o a

*40, idem, regular, 610 a 620; idem, dura-

2Íc, moLr, 620 a 63o; idem, ribeiro fino, 660

a 670; idem, regular, Ó40 a 63o; idem, tem

porão fino, 640 a 645; regular, 63o a 640;

idem, das ilhas, molle, 620 a 660.

Centeio, nac no armazém, *5o a 460; ce-

vada nacional, no armazém 35o a 36o; das

Uhas a bordo, 280; aveia nacional, 20 litros.

no armazém 35o a 36o; fava nacional, 14

litros 480 a 5oo; fava das ilhas, branca a

bordo 45o,-idem idem vermelha a bordo,45o;

fava de Italia, branca, no armazém, 400 a

5 00; idem, idem. roxa, 480 a 4^0, idem,mixta

no armazém, 470 a 480, Barbaria 5oo a 510,

idem deSmyrna no armazém, 5oo a 510; mi

lho nacional de Vianna no armazém. 420;

milho nacional no armazém 460; milho das

ilhas amarello 36o; milho das ilhas branco

a bordo, 33o,idera, americano, amare.lo, no

armazém 450.

Vinho* e azeitei

Por 10 kilos, azeite de Santarém, Tor-

res Novas, Abrantes, Castello Branco e

Thomar, lagareiro para armazém. 2#ooo a

2# 100 para consumo, 2^200 a 2^400, do

Alemte o, iagareiro para armazém i#>8oo

a 2#>ooo.

Vinhos para consumo, por 17 litros: I in-

to do Cartaxo i#i a 1&2; Santarém 1# a

i$i; Alemtejo8oo a 900; al afado, branco,

i#8oo a 2$>ooo; preparado i#20oa i#3oo;

branco liso, 85o a 9.S0; aguardente de vi-

nho 3o° 4#>20o; álcool decereaes,40°por 14

litros 4«>oSo.

Vinagre branco para consumo, por 17 li-

tros, 900 a 95o; vinagre tinto para consu

mo, por 17 litros, 85o a 900.

Gado»

Boi—Cada i5 kilos: i.« qualidade, 3^900;

2.% 3#85o; 3 % 3#8oo 4-* o#ooo

VitelU—Cada kilo: 1 ■ qualidade, 3bo; 2

340; 3.a,320.

Carneiro.—i." qua idade 220; 2.a 200.

Porwo—i.a qualidade, 4^100; 2." 4^000;

3.* o#coo, 4." o#>ooo.

Coimbra:

Trigo de Celorico novo graúdo óio, dito

novo tremez 600, milho branco 370, dito

amarello 38o, feijão vermelho 660. dito

branco miúdo 640, dito branco graúdo 720,

dito rajado46o. dito frade 520, centeio 38o,

cevada 220, grão de bico graúdo 75o, dito

meudoôoo, favas 420, tremoços 36o. O

azeite velho fino não vem actualmente ao

mercado, novo da presente col eita a i#>85o

e i j 8S0 e o da colheita de 1895 e de 1896

conforme a amostra.

Barcellos:

Milho branco 5oo, milho amarello 460,

centeio 540, trigo qóo, fe jao.branco 940,

feijão amarello o5o, feijão vermelho g5o,

feijão rajado 700, feijão fradinho 740, preto

85o, manteiga i#>o5o, mistura 65o, painço

5oo, milho alvo 700

Porto

Trigos da terra, cada 20 litros 1^100, se-

rôdio 1 $> 100, barbella 980, ribeiro 980, mi-

lhos da terra: branco 5go, amarello 5óo

miúdo 780; centeio 670, cevada 56o, fei-

jões: preto 1^280,branco i#200, vermelho

13*140, rajado 8« o, frade 900, amarello 88o,

fava 680, bata«as cada i5 kilos, 55o,

azeite p< r 25,44 litros, dentro de barreiras,

i.« qualidade 5#6oo, segunda a 5*5oo, fora

de barrei as, primeira qualidade 5#3oo, se-

gunda 5# 000.

Braga:

Milho amarello (161,1»9) 660, milho bian-

co 680, centeio 700, feijão branco i#25o;

rajado i#ooo; oatatas 340, castanha secca,

2#6oo; azeite 6^200 a 6#>6oo rei.

Torres Novas (p >r 13,665 I):

Trigo dura2Ío, 58o; dito ribeiro, 640; mi-

lho, 450, cevada 260; centeio, 44°; aveia

220; grã" de bico, 700; feijão branco, 800

feijão vermelho, 800; f*V8 440; chixaro 38o,

tremoço, 36o; azeite fino, 20 litros 4^200;

aguardente de figo, i#>5oo; dita de vinho

5»ooo; vinho, i#3oo; vinagre 900; vacca;

kilo, 220 e 240; carneiro, 180; porco (lom-

bo), 36o; dito (carne magra), 320, (tou inho

240, ovos (12)180. frangos i5o a a 00 gal-

inhas 450 a 55o.

Lana:

Trigo ribeiro, 460; tremez, 420; gallego,

45o o dccalitro; milho amarello e branco.

35o o decalitro; centeio, 000; cevada 200

aveia 170; grão de bico 55o; chicharo 25oí

fava. 340; tremoço, 3oo o decalitro; feijão

branco, 570; marabuto, 52o; frade 38o, par-

do, 420; vinho, 55o; azeite, 1^900 os 10 li-

tros, batatas, 3o reis à kilo; ovos i3o a dú-

zia; carne de porco 2Q0 o kilo; palha 12

reis o kilo; arroz i#23o reis os i5 kilos.

Montemor o- Velho:

Milho branco 490, dito amarello 480,

trigo branco 660,d to tremez 660, dito mou

ro 670. feijão mocho 750, <Hto branco 800,

dito amarello 700, dito rajado 5oo,dito fra-

de 55o, grão de bico 800, tremoços 440, ba-

ata de comer 420, centeio 000, revada 240,

ch charo 400, aveia 240.

Lamego:

M lho branco, 660 e 680 reis; dito ama-

rello, 63o a 660; centeio, 680 a 700; feijãor

branco, i#>2so; dito rajado, 960 a i#ooo,

batata, 340 e 38o; castanha verde 660

a 000; fava secca, 720 a 000; azeite,

6.#>6oo reis.

(Jereaes no estrangeiro

Paris: Trigo, o* 100 kilos, 27,25 a 28,73

fr ; farinhas 59 00 a 61,5o.

Bordéus: Trigo 100 kilos 23.75 a 24,00 fr;

farinha 23 fr.; aveia 100 kilos 19,00 a 20,00

fr.

New- York: Trigo 100 kilos 15,61 a 22,27

fr.

Chicago: Trigo 100 kilos 14.70 a 20,04 fr.

Nantes: Trigo, os 100 kilos, 29,50 a 3o,00

fr.

Moday Arte

Publicação tri-menNftl de moda»

A MAIS BARATA DO MUNDO

Trimestre 3 pesetas

Banco de Portugal'

Dividendo 5 por cento

O pagamento d'este dividendo relativo ao 2 0 semestre

de 1807, livre d'imposto de rendimento, ha de começar no

dia 3 "de março das 10 horas da manhã á 1 da tarde c con-

tinua todos os dias úteis excepto ás terças e sextas feiras

destinadas ao pagamento dos dividendos atrasados.

Para cumprimento da portaria do Ministério da Fa-

zenda de 14 de agosto de i8S5, publicada no «Diário do

Governo» do mesmo mez e anno, terão os srs. accionistas

usofructuarios de mostrar no acto do pagamento estar sa-

tisfeita a contribuição de rçgisto, respectiva a todo o uso-

fructo ou á ultima annuioade vencida.

Recommenda-se aos srs. accionistas, para regularidade

do serviço, o favor de mencionarem os títulos ao portador

em relações separadas.

Benco de Portugal, 2 de março de 1898.

Os directores

Julio d'Oliveira Bastos.

J. P. Castanheira das Neves.

jflfB

RÉU §

I

a

MH %

81 « <!»

II" íl"

m

I

kl. 1

4ff O!

H o

v O

i v * ■Zt 'J II.M

X 'ri * V* 1*. ■L s y i-

ft V o c o £ V 9t o o

£ % 9* %

•/ * o 0 & C <y lib J

% * V*

•f- * A

I

0 V# W %° -%

W. % \ <>. ^ o

> m

i

% .

if

V V* o. ,

0 V l- 'o. y O

*■ i^íi % % %

yt <y <2.

%

Q. 4*0* "O ' 2 . W

"I S- YA e

t

11! !f "J,

'te

<0 &

iUW'K: f

r

EDMOND LEPELLET1ER

Madame Sans-Gêne

Grandioso romance militar e dramático,

abrangendo o período da Revolução Franceza e do primeiro império

Uma caderneta de 3 folhas ou 24 paginas com 3 gravuras, distribuição

semanal, 60 reis. 120 paginas por mez com i5 gravuras 3oo reis.

Dois magníficos brindes a todos os as-

signautes

Assign a se na emprega do jornal O SÉCULO

«fr' if «■ai

W'i'JP

1

m

—■

1

u

/>

m u 1

\

llu I" '!lí,

«A □ O y> a

s iWiíií; %

t. •ti

111 ; O yry 'y y> o. /' vr

% o O

o o %

y> a it.

V* O o '<• V

o Va

7?^ A O % *

*y t. V o

/ o ✓ V O

% à, ó -

o - % s

m 9

% 1 O ii'!!Ih

% o- m

o y> %

\ 5 V O

'•ít. d» o Ml Hl <4 & V r- V o

% ve

$ 0 O y> o ✓ v

% 3 P O y CS. * r

a %

9 •4 o. * o

y o <1.

*

o 'r O <- *>.

£- mm

Vt

c f- o

Pt. v

& O li

S

V Kr 9C

O y -

ft % i.M ■

/

fltyRN! ■"i 1.

■Hi::?» íl1.! ffilhl • \W

m iUBP" i; 1

Wi

ÁUREO

Nao eleetrolisado noa

prlvelegiado, mas

melhor de todos

os bicos d'in-

candescen-

cia pelo

E RE0UCC5D DE. PREGOS

Mangas platinauas superiores a 5oo rs., sobre iodos os bicos (sem se

estragarem os bicos a titulo de mo ificações).

Mangas transportáveis em estojos de cartão.

Bico Áureo a 4#>5o' réis prompto a funccionar.

O único nacional e o que dá a economia de 5o°/0 de consumo.

Grande sortimento de tulipas e globos desde 3oo reis.

Chaminés de christal desde 100 reis.

Fazem se montagens a prazos illi.nitados para'experiência.

Vendas a prestações.

Vendas a prazos fixos sem augmento de preço.

Para grandes montagens, orçamentos com preços vantajosos.

O MELHOR DE TODOS OS BICOS

P. ecisam-se agentes nas terras onde haja gaz, mas aonde ainda não

tenhamos agencia.

Rua Áurea, 200, 1.°

Esquina da R. d9 A ssumpçao, LIS BOA

Empreza Nacional de Navegação

.1.

ce- Peitoral tie

reja de Ayf-O je-

medio mais seguro que ha

para cura da tosse bronchi-

te, asthma e tubérculos pul-

monares. frasco 1:000 reis

meio trasco 6ro reis.

Extracto com-

ponto de ffalaanar-

rllba -le Ayer.—Para

purih._. o sangue, limpar

o corpo e cura radical das

escrophulas frasco 630 reis.

O remedlo de

Ayer contra aesdea.

—Febres intermit tent es e

biliosas.

a a uo cabello grisalho a

VIGOR DO CABELLO,

DE AYER,

Impedeque o cabello se torne

sua vitalidade e formosura.

Todos os remédios que ficam indicados são altamente concentra-

dos de maneira que sahem baratos, porque um vid. o dura muito tempo.

PllulaH catlmrticn» de Ayer.—O melhor purgativo, suave

ÍmeÍrperreito6e®e-l».fectante « «sríllcante de JEVES

nara desinfectar casas e latrinas; também é excellence para tirar gor-

dura ou nodoas de roupa, limpar metaes e curar feridas.

Vend e-NC em Ioda» »«• prlnclpae* pliarmarln»

a nroiiaria». Preço. « If r«i». Os representantes damen

CawnelN A C.', rua do Mousinho da Silveira, S5, i °, PORTO, dão as

Formulas aos srs. Facultativos que as requisitarem.

Toniro oriental marca «Caaael».-Exquisitapreparaçao

para aformosear o cabello-Extirpa todas as allecções do craneo, limpa

e Perf^^® Florida (marca Cassello). Perfume delicioso para o lenço

o toucador e o banho. « «abonetew grande» de glicerina, marca CASSAS

—Amaciam a pelle. Qualidade superior. ^

Deposito geral: dmue» Ca-neli» «Sc C.-, ma do Mousinho da Sil.

veira, #5—Porto.

DYNAMITE

FABRICA Na TRAFARIA

Dynamite gomma, o kilo ,^100

Dito n.® 1, idem 1

Dito n.° 3, idem...

Capsulas duplas, caixas de 100

Duas triplas, idem*

Ditas quintuplas, idem

Mecha ou rastilho, preços conforme a qualidade.

AGENTES EM LISBOA—Lima Mayer & Filhos,rua da Prata,

NO PORTO—José Rodrigues Pinto e Pinto, rua do Almada,

O paquete

Sahirá no dia 23 do current? ao meio dia para S Thiago, S. Tho-

me, Cabinda, Santo Antonio do Zaire, Ambriz, Loanda, Novo Redondo,

Benguella e Mossamedes

Previne se os srs. carregadores que os liquid is só se recebem até ao

dia 20 inclusive.

Para carga e passageiros trata-se no escriptorio da Empreza Nacio-

nal, R. da Prata

e pass;

, 8, 1.

Empreza Insulana de Navegação

Para IVew-Yorle

Com escala pelos Açores, sahirá com brevidade o vapor portuguez

Vega, esperado no dia 5 do corrente.

Tem magnificas accommodações para passageiros de i." e 3.a cias-

se.

Trata-se no Caes do Sodré,84, 2.0, com os agentes

Germano Serrão Arnaud.

AFRICA ORIENTAL

Pelo Canal de Suez

• • •

• • •

5oo

540

800

95o

5qi

109

Hl*

Carreira qniazenal sob contracto com o governo

O paquete allcmão «Reicbstag» sairá no dia 11 de março para Ná-

poles Port Said, Suez, Adem, Mombaça, Zanzibar, Moçambique, Beira

Lourenco Marques e Durban (Natal), recebendo carga e passageiros pa-

ra Quelimanf, Chinde e nhabane ^ 0 , .

Este paquete recebe carga para Mormugao e Bombaim com baldea-

ção em Zanzibar.

Para carga e passageiros trata-se na rua da Prata, n.° b.

O agente

Ernesto George.